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R ADIO • ELECTRICIDADE • TELEVISÃO

TRANSISTORES

LIÇÃO N°.2

Aplicações práticas dos semi-condutores

A condução num único sentido e a propriedade fun


damental da válvula electrónica de dois elementos, ou se
ja, a válvula diodo, propriedade essa que lhe permite
ser usada como rectificadora na transformação da corren
te alternada em continua.
Um semi-condutor de cristais pode,portanto,subs
tituir a válvula electrónica nesta importante função,com
grandes vantagens de economia, de energia e espaço.
Dado que as correntes a fornecer por um rectifi
cador normal são relativamente elevadas (50 • a 300 mA)não
e
e possível utilizarem-se semi-condutores de germanio,eois
este elemento e muito sensível 'a temperatura inevitavel
- 2 - Lição N9.2

mente desenvolvida por correntes dessa ordem. Felizmen-


te, existem substâncias, como o selenio e o silício, cu
jos cristais possuem propriedades idênticas aos do ger-
mânio e suportam,sem se deteriorarem,temperaturas mais
altas.
A fig.14 representa semi-condutores de selenio
tal como se encontram 'a venda no mercado e,a fig.15, o
símbolo internacional do semi-condutor. O sentido da se
ta indica o sentido da condução.

Fig.14

O SEMI - CONDUTOR

E CONDUTOR
+

NÃO E CONDUTOR

Fig.15
-

Lição N°.2

A RECTIFICAÇÃO
1111111111111111111111111111111ifi ffilifilliiiiii 11111111
11111111111111111111111111111111

R
o ♦

T c, T C2 —
MEIA
ONDA

o

FIG. 16

ONDA
o
= COMPLETA

FIG. 17

EM
o
PONTE

FIG.48
Lição N9.2

A fig.16 representa um circuito rectificador de


meia onda, a fig.17 um circuito rectificador de onda com
pleta e a fig.18 um circuito rectificador de onda comple
ta em ponte, todas utilizando semi-condutores de selenio.

Os semi-condutores de cristais de germânio são


utilizados sempre que as correntes a rectificar são de
pequeno valor, como e o caso da detecção das ondas her-
tzianas. É,porem,na televisão e na electrónica industri
al que os semi-condutores de germânio têm um campo vas-
tíssimo de aplicações, assunto que porém mão podemos tra
tar aqui por ser fora do âmbito do nosso curso.

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...all~swearnieree .

Fig.19
Lição 149.2 5-

O transistor

Chama-se transistor a um elemento constituído


por duas lâminas de germânio do mesmo tipo ligadas en-
tre si por uma lâmina de germânio de tipo diferente.
A fig.20a represenn um transistor tipo PNP,que
e constituído por duas lâminas de germânio P, tendo en-
tre si uma lâmina de germânio N. No transistor tipo NPN,
repíesentado na fig.20b,as duas laminas laterais são de
germânio N e a lamina central de germânio P.

(a)
(b)
Fig.20

Estas curiosas associações de lâminas de germâ-


nio possuem propriedades eléctricas extraordinárias,tão
extraordinárias que na sua simplicidade podew substitu-
ir as complicadas e volumosas válvulas electrónicas am
plificadoras. Se, porem, a constituição dum transistor
e simples, a explicação do seu funcionamento nada tem
de simples e a maioria dos autores, ou não abordam o as-
sunto na sua total profundidade, ou o fazem duma forma
tão complexa que se torna incompreensível para a maio-
ria dos interessados.
Não querendo deixar de fornecer aos nossos alu
nos a explica"ção total do funcionamento do transistor,
procurámos faze-lo dentro dos moldes de simplicidade e
clareza com que temos apresentado todos os outros assun
tos. Pedimos, porem, ao aluno o máximo da sua atenção
porque o assunto e, na realidade, difícil.
6 Lição N0.2

A fig.21 representa o esquema eléctrico dum tran


sistor PNP, no qual estão representadas as diferentes
partículas que`compõem cada uma das lâminas e que,confor
me já foi explicado anteriormente, são:
- Lâminas de germânio P - contêm cavidades e áto
mos com características negativas;
- LâMinas, germânio N - contêm electrões li-
vres e tomos
átomos com características positivas.
Os campos electrostáticos que cerram as frontei-
ras das junções PN e NP ao trânsito das partículas são
representados na figura a tracejado, com indicação das
respectivas polaridades.
Estabeleçamos agora, como representa a figura,um
circuito eléctrico exterior ao transistor, composto por
duas pilhas ligadas da forma indicada na figura, e veja-
mos o que se passa:
19. - A junção PN esquerda) torna-se condutora, pois
a tensão da pilha Eb destrói as fronteiras elec-
trostáticas, dado que tem o polo positivo ligado
ao germânio P e o polo negativo ao germânio N;

O TRANSISTOR

P si N P

e +e+e+ 1- E) 4- E) 4- E)
e +e+el- 4- e 1- E3 4- E)
e +e+e + 4- E) -F E3 4- E)
b
/ \

Ic
Ie Ic
+ — + I—
II
Eb Ec

ff3 ÁTOMOS POSITIVOS — — ELECTRÕES LIVRES

e _ ATOMOS NEGATIVOS + — C AVIDADES

Fig.21
Lição N°.2 -7

29. - Os electrões livres existentes na lâmina N inva-


dem a lâmina P (da esquerda) seguindo o sentido
d.. atracção do campo electrostático criado pela
tensão da pilha, e são absorvidos pelo polo po-
sitivo desta através do ponto de ligação e. Es-
tabelece-se,portanto,uma corrente eléctrica com
o seguinte sentido:
Polo negativo da pilha Eb--4Ponto de ligação
b---4.Germânio N ----)Germânio P---Wonto de
ligação e --).Polo positivo da pilha Eb
3°. - As cavidades existentes na lâmina P (da esquerda)
como são elementos positivos são atraídos no sen-
tido inverso do campo electrostático e invadem a
lâmina de germânio N. Ai, parte das cavidades ab-
sorvem electrões livres para formar átomos neu-
tros; outra pequena parte e absorvida pelo pplo
negativo da pilha Eb através do ponto de ligação
b; porém, a esmagadora maioria das cavidades pros
segue o seu caminho e invade a lâmina de germânio
P da direita, o que vamos explicar imediatamente
porque;
49. - A pilha Eb foi ligada de modo a tornar a junção PN
condutora, como acabamos de ver. Porém, a pilha Ec
foi ligada de forma a tornar a junção NP (da direi
ta) isoladora; portanto,no circuito desta pilha,
não se estabelece, em principio, qualquer corrente
eléctrica.
Observe-se porém que, a fronteira NP está cerrada
ao trânsito de electrões livres devido ao campo
electrostático negativo do germânio P; porém está
completamente aberta e absorvente para o trânsito
das cavidades, pois que estas tem potencial posi-
tivo;
59. - Deste modo, a maioria das cavidades que,vindas do
germânio P (da esquerda), invadiram o germânio N,
prossegue a sua marcha e difunde-se pelo germânio
P (da direita), onde são absorvidas pelo polo ne
gativo da pilha E c .
Chegámos assim 'a parte mais espinhosa do problema.
- 8 Lição N9.2

O aluno aprendeu, durante o estudo da electricida


de, que uma corrente eléctrica e constituída por
electrões em movimento. Isso e uma verdade indis-
cutível, porem, no caso dos cristais contaminados,
o movimento de cavidades também constitui uma cor-
rente eléctrica. Porque ?
69 - Uma cavidade e um átomo completo, porem, ávido dum
electrão para se equilibrar na estructura do cris-
tal. Um electrão e uma partícula real, com peso e
existencia próprios, deslocável mas não destrutí-
vel. Porem, uma cavidade e apenas um nome dado a
uma situação especial de desiquilibrio e que na
realidade significa apenas falta dum electrão.Uma
cavidade fica destruída e deixa de existir logo
que lhe fornecemos o electrão de que necessita.
Quando uma cavidade se desloca, não se trata duma
partícula a deslocar-se mas sim duma situação es-
pecial em movimento. Isto torna-se perfeitamente
claro através do exame da fig.22.

A CORRENTE DE CAVIDADES

ELECTRÃO ELECTRÃO ELECTRÃO

4O • • Ge 4' o 4 •O •
/
-

CAVIDADE CAVIDADE CAVIDADE

SENTIDO ELECTRÓNICO DA CORRENTE

Fig.22
Lição N0.2 - 9-

Esta figura representa quatro átomos centrais de


quatro cristais de germânio, dos quais só o pri-
meiro está contaminado de índio. Os restantes
quatro átomos de cada cristal não são representa-
dos para não complicarem o desenho e por não in-
teressarem para a explicação. O conjunto supõe-se
colocado dentro dum campo electrostático, criado
exteriormente.
O átomo de índio constitui uma cavidade e, como
tal, ávida dum electrão. Procurando capturá-lo no.
sentido do menor esforço, tira-o ao átomo de ger
panio da direita, pois nesse sentido e auxiliado
pelo campo electrostático. O átomo de índio fica
completo; porem,o átomo de germânio fica desfalca
do dum electrão, ficando a constituir uma cavida-
de. Actuando segundo o mesmo principio, o átomo
de germânio captura um electrão ao outro átomo de
germânio que lhe está â direita e este por sua vez
ao que lhe está mais prOximo,tambem â direita.

Conclusão: a cavidade deslocou-se do lado positivo


para o lado negativo do campo, provocando o deslo-
camento dum electrão do lado negativo para o posi-
tivo. Ora o deslocamento duM electrão constitui u-
ma corrente electrica.
Por isso,•sempre que falamos numa corrente de cavi
dades num determinado sentido, isso significa uma
corrente electrica de electrões deslèc.andOse em
sentido oposto.
Como esta explicação indispensável talvez tenha a-
fastado o aluno da sequência lógica do raciocínio
que conduz 'a compreensão total do funcionamento do
transistor, aconselhamo-lo, antes de continuar, a
reler a matéria desde o parágrafo 19. ate ao final
do 50.
70 - Podemos, portanto, considerar na ligação electrica
dum transistor dois circuitos distintos:
- 10 - Lição N0.2

- Um circuito de controle ou de entrada, que, alimenta-


do pela tensão E e incluindo a junção PN e percorri-
b
do pela corrente' I e ;
- Um circuito controlado ou de saída, que, alimentado
pela tensão E c e incluindo a junção NP e percorrido
pela corrente I c .

Como e que o transistor amplifica ?

Pela descrição anterior, verificámos que no cir


cuitovde entrada a pilha e ligada no sentido da condu-
ção e no circuito de saída no sentido da não condução.
Se interrompessemos a corrente de entrada I e , a corren-
te de saída 1 c cairia também para zero, pois deixaria
de haver emissão de cavidades. Se, por qualquer proces-
so, variarmos o valor da corrente a corrente de sai
da 1 c variará ao mesmo ritmo, isto e, o transistor apre-
senta a saída uma corrente inteiramente controlada pela
corrente de entrada.
Se fizermos com que a corrente contínua do cir-
cuito de sarda tenha um valor superior a corrente conti
nua do circuito de entrada, as variações provocadas nes
ta pela injecção de, por exemplo, um sinal alternado,

O SENTIDO DAS CORRENTES

P N P
ENTRADA e 4- 1S. AS. 4... AS. 4.., 10... 4
c SAIDA

I.
.. -

ak

b AL
Ie
lw 4 Ic

‘. 1e
__} f 4 ...':c__)

[—■--*—
Eb Ee

Fig.23
Lição N0.2

provocarão na corrente de saída variações alternadas de


muito maior amplitude, isto e, o transistor funciona-
,
ra como amplificador de corrente.
Se, por meio duma resistência, transformarmos
as variações de corrente de saída em variações de ten-
são, o transistor funcionará como amplificador de ten-
são (Fig.24).

AMPLIFICAÇÃO DE TENSÃO

P N P
ENTRADA SAIDA
b

oi

E E
b

Fig.24
Designações, símbolos e abreviaturas nos transistores

- 1 lâmina de germânio P da junção PN do circuito de en


trada chama-se EMISSOR, nome proveniente do facto de
ser essa lâmina que realiza a emissão de cavidades;
- A lâmina de germânio P da junção NP do circuito de sai
da chama-se COLECTOR, devido a ser essa lâmina que rea
liza a "colheita" das cavidades;
- A lâmina de germânio N chama-se BASE, dado ser nela
que convergem ambos os circuitos;
- O emissor e representado pela abreviatura e, o colector
pela abreviatura c e a base pela abreviatura b;
- 12 - Lição N9.2

- O transistor, tal como o apresentámos ate aqui, cons-


tituído por duas lâminas de germânio apertando entre
si uma terceira lâmina, chama-se TRANSISTOR DE JUNÇÃO,
para o diferençar do transistor de pontas de contac-
to de que falaremos mais tarde;
- O símbolo internacional de transistor de junção está
representado na fig.25 e desta forma o passaremos a
representar futuramente.

Fig•25

RCE 244 F. GUEDES • Lisboa

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