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LINHAS DE TRANSMISSÃO
FUNDAÇÕES PARA LINHAS DE
APOSTILA TRANSMISSÃO Código: 001.002
SETORIAL
01 - Linhas de Transmissão.
01.002 - Projeto
A Mecânica dos Solos estuda as características físicas dos solos e as suas propriedades
mecânicas (equilíbrio e deformação) quando submetido a acréscimos ou alívio de
tensões. Solo sob o ponto de vista da engenharia é a denominação que se dá a todo
material de construção ou mineração da crosta terrestre escavável por meio de pá,
picareta, escavadeira, etc, sem necessidade de explosivos. Dentre os mais importantes o
estudo da Mecânica dos Solos inclui:
• Teorias sobre comportamentos dos solos submetidos a tensões, baseados em
hipóteses altamente simplificadas;
• Investigação das propriedades físicas reais de solos.
O solo é constituído de uma fase fluida (água e ou ar) e de uma fase sólida. A fase sólida
ocupa os vazios deixados pelas partículas sólidas. Os solos na natureza apresentam-se
constituídos de três fases físicas, em maior ou menor proporção. O arcabouço do solo,
constituído do agrupamento das partículas sólidas, apresenta-se entremeado de vazios,
os quais podem estar preenchidos com água e/ou ar. São os solos, assim, no caso mais
geral, um sistema disperso formado por três fases: sólida, líquida e gasosa.
Ar
Sólido Água
Parte líquida - Preenche os vazios dos solos. Pode estar em equilíbrio hidrostático ou
fluir sob a ação da gravidade ou de outra forma. A água contida no solo pode ser
classificada em:
• Água de constituição: é aquela que faz parte da estrutura molecular da partícula
sólida. Presente na própria composição química das partículas sólidas, não é
retirada utilizando-se os processos de secagem tradicionais.
• Água adesiva ou adsorvida: é a película de água que envolve a partícula sólida e a
ela se adere fortemente (0,005µ). Aderem-se as partículas de solos muito finos
devido à ação de forças elétricas desbalanceadas na superfície dos argilo-
minerais.
• Água higroscópica: encontra-se em um solo seco ao ar livre. As águas encontradas
nas condições livre, higroscópica e capilar são as que podem ser totalmente
evaporadas pelo efeito do calor a uma temperatura maior que 100° C.
• Água capilar: Eleva-se pelos interstícios capilares formados pelas partículas
sólidas, devido à ação das tensões superficiais oriundas a partir da superfície
líquida da água.
• Água livre: é a que se encontra em uma determinada zona do terreno (na
superfície ou em profundidade) enchendo todos os seus vazios. O seu estudo
rege-se pelas leis da hidráulica.
Parte sólida - A fase sólida ocupa os vazios deixados pelas partículas sólidas. São
formados a partir da desagregação de rochas por ações físicas e químicas do
intemperismo. As propriedades química e mineralógica das partículas dos solos assim
formados irão depender fundamentalmente da composição da rocha matriz e do clima da
região e irá influenciar de forma marcante o comportamento mecânico do solo. São
formados por agregados de um ou mais minerais que possuem forma geométrica,
composição química e estrutura própria e definidas. Eles podem ser divididos em dois
grandes grupos, a saber:
• Primários - Aqueles encontrados nos solos e que sobrevivem à transformação da
rocha (advêm, portanto do intemperismo físico).
• Secundários - Os que foram formados durante a transformação da rocha em solo
(ação do intemperismo químico).
•
Minerais Primários Minerais Secundários
Zircônio Anatásio (Ti02)
Rutilo (Ti02) Gibsita (Al(0H)3)
Turmalina Hematita (e goetita)
Ilmenita Kaolinita
Quartzo Smectita (Montmorilonita)
Muscovita (mica) Halloysita
Ortoclásio Calcita (CaC03)
Clorita Gesso (CaS04. 2H20) e pirita (FeS2).
Biotita (mica)
Olivina
A natureza e arranjo dos átomos em uma partícula de solo, isto é, a sua composição
química, influencia de forma significativa na permeabilidade, compressibilidade,
resistência ao cisalhamento e na propagação de tensões nos solos, especialmente
aqueles de natureza mais fina. Certos minerais que conferem propriedades especiais. E.
Montmorilonita dá grande expansibilidade ao solo; loisita, com as suas formas alongadas,
dá origem a solos com pesos específicos muito baixos. As partículas de solo podem ser
orgânicas ou inorgânicas.
Partículas inorgânicas - são minerais ou um elemento ou um composto químico natural
(tem composição química que pode ser expressa por uma fórmula) formado por
processos naturais.Os minerais classificam-se de acordo com a natureza e arranjo dos
seus átomos. Os mais importantes são os silicatos, pois que mais de 90% do peso dos
solos existentes na terra são minerais de silicatos.
Solos grossos - Solos com φ ≥ 0,074mm e suas partículas tem forma arredondada
poliédrica, e angulosa.Os solos grossos são os PEDREGULHOS e as AREIAS. As
partículas dos solos grossos, dentre as quais apresentam-se os pedregulhos, são
constituídas algumas vezes de agregações de minerais distintos, sendo mais comum,
entretanto, que as partículas sejam constituídas de um único mineral. Estes solos são
formados, na sua maior parte, por silicatos (90%) e apresentam também na sua
composição óxidos, carbonatos e sulfatos.
• Silicatos - feldspato, quartzo, mica, serpentina.
• Grupos Minerais Óxidos - hematita, magnetita, limonita.
• Carbonatos - calcita, dolomita.
• Sulfatos - gesso, anidrita.
O quartzo, presente na maioria das rochas, é bastante estável, e em geral resiste bem ao
processo de transformação rocha-solo. Sua composição química é simples, SiO2, as
partículas são equidimensionais, como cubos ou esferas e ele apresenta baixa atividade
superficial (devido ao tamanho de seus grãos). Por conta disto, o quartzo é o componente
principal na maioria dos solos grossos (areias e pedregulhos).
Solos finos - são os SILTES e as ARGILAS. Solo com φ ≤ 0,074mm. Os solos finos são
os siltes e as argilas. A fração granulométrica classificada como ARGILA possui diâmetro
inferior a 0,002mm e se caracteriza pela sua plasticidade marcante elevada resistência
quando seca. Os solos finos possuem uma estrutura mais complexa e alguns fatores,
como forças de superfície, concentração de íons, ambiente de sedimentação, etc., podem
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL
CLASSIFICAÇÃO DA ABNT
Prismática
Colunar
Blocos subangulares
Laminares
Granulares
Etc.
Onde:
p – é a pressão exercida pelo solo na profundidade z;
K – é o coeficiente de empuxo do solo;
c – é a coesão do solo;
γ – é o peso específico do solo.
Empuxo no repouso:
Onde:
S – é a resistência total ao cisalhamento
c – é a coesão
σ’ – é a tensão normal efetiva na superfície de ruptura
φ – é o ângulo de atrito interno do solo
Geralmente nos solos grossos, adota-se uma coesão nula, ou seja, a resistência do solo
ao cisalhamento é puramente por atrito. Já nos solos finos admite-se φ = 0, o que os leva
a ter apenas resistência coesiva. Normalmente os solos são tratados como se
apresentassem os dois fatores anteriores, de uma maneira geral. Cuidados especiais
devem ser tomados quando se utilizam esses parâmetros, pois o conhecimento exato
deles muitas vezes define o tipo de estrutura de fundação a ser projetada, e / ou a sua
execução. Por exemplo, ao se projetar uma fundação numa areia pura, pouco compacta,
sabe-se que haverá necessidade de escoramentos na escavação. E isto poderá
inviabilizar o projeto economicamente. Mas, se aquela areia não for pura e contiver argila
e, portanto, apresentar coesão, a escavação poderá ser executada sem o escoramento,
viabilizando a fundação.
Outro fato também relevante é quando se tem presença do nível d’água em profundidade
acima da cota de assentamento da fundação. A primeira idéia é que não se poderia
utilizar fundação direta nesta circunstância. Mas se o terreno tiver coesão, e for pouco
permeável (caso das argilas e solos argilosos), e ainda se o volume de escavação não for
muito grande, apresentando segurança ao se escavar, executa-se a fundação
rapidamente, sem se dar tempo para a água invadir a cava, e provocar instabilidade das
paredes.
pelas forças gravitacionais. Os siltes apesar de serem classificados como finos, o seu
comportamento é governado pelas forças gravitacionais (mesmas dos solos grossos).
SILTES apesar de serem classificados como finos, o seu comportamento é governado
pelas forças gravitacionais (mesmas dos solos grossos). A estrutura de um solo possui
um papel fundamental em seu comportamento, seja em termos de resistência ao
cisalhamento, compressibilidade ou permeabilidade. Como os solos finos possuem o seu
comportamento governado por forças elétricas, enquanto os solos grossos têm na
gravidade o seu principal fator de influência, a estrutura dos solos finos ocorre em uma
diversificação e complexidade muito maior do que a estrutura dos solos grossos. De fato,
sendo a gravidade o fator principal agindo na formação da estrutura dos solos grossos, a
estrutura destes solos difere, de solo para solo, somente no que se refere ao seu grau de
compacidade. No caso dos solos finos, devido à presença das forças de superfície,
arranjos estruturais bem mais elaborados são possíveis. Quando duas partículas de
argila estão muito próximas, entre elas ocorrem forças de atração e de repulsão. As
forças de repulsão são devidas às cargas líquidas negativas que elas possuem e que
ocorrem desde que as camadas duplas estejam em contato. As forças de atração
decorrem de forças de Van der Waals e de ligações secundárias que atraem materiais
adjacentes. Da combinação das forças de atração e de repulsão entre as partículas
resulta a estrutura dos solos, que se refere à disposição das partículas na massa de solo
e as forças entre elas. Há dois tipos básicos de estrutura do solo, denominando-os de
estrutura floculada, quando os contatos se fazem entre faces e arestas das partículas
sólidas, ainda que através da água adsorvida, e de estrutura dispersa quando as
partículas se posicionam paralelamente, face a face.
Uma vez conhecidos os limites de consistência de um solo, vários índices podem ser
definidos.
TIPOS DE SOLOS
PROPRIEDADES ARENOSOS SILTOSOS ARGILOSOS TURFOSOS
Compressibilidade
Pouca Média Grande Muito Grande
(carga vibrada)
Coesão Nenhuma Média Grande Pouca
Resistência
Nenhuma Média Grande Média a Pouca
ao Solo Seco
Tato Pela cor escura
Tato
Se molhar torna-se (preta)
Quando seco se
bem plástico se Quando Molhado, é
Resumo para Tato esfarela se
imergir na água, bem plástico.Nota-
caracterização Visual imergir uma
mesmo depois de se ser um material
porção seca na
seca não fibroso
água desagrega
desagrega. cheiro
Onde: Va, Vw, Vs, Vv e Vt representam os volumes de ar, água, sólidos, de vazios e total
do solo, respectivamente. Ps, Pw, Pa e Pt São os pesos de sólidos, água, ar e total e Ms,
Mw, Ma e Mt são as respectivas massas de sólidos, água, ar e total.
seus vazios e o volume de vazios do solo. Amassa específica do solo possui definição
semelhante ao peso específico, considerando-se.
agora a sua massa.
A umidade é definida como a relação entre o peso da água e o peso dos sólidos em uma
porção do solo, sendo expressa em percentagem.
P-
PLACA
FLEXÍVEL
PLACA RÍGIDA
As tensões dentro de uma massa de solo podem também ser estimada empregando as
soluções obtidas a partir da teoria da elasticidade. Apesar das hipóteses adotadas nestas
formulações, seu emprego aos casos práticos é bastante freqüente, dada a sua
simplicidade, quando comparadas a outros tipos de análises mais elaboradas, como o
emprego de técnicas de discretização do contínuo.
Bulbo de pressões
Para o estudo das tensões no solo aplicam-se os conceitos da Mecânica dos SÓLIDOS
DEFORMÁVEIS aos SOLOS, para tal deve-se partir do conceito de tensões. Considera-
u = (zB – zw) γw
ou
u = γw z Coluna De Água
PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS - O princípio das tensões efetivas foi postulado
por TERZAGHI, para o caso dos solos saturados, a tensão em um plano qualquer deve
ser considerada como a soma de duas parcelas:
• Tensão transmitida pelo contato entre as partículas, chamada de TENSÃO
EFETIVA ( σ ) ou (σ’);
• Pressão da água, denominada PRESSÃO NEUTRA ou PORO -PRESSÃO.
Pressões verticais devidas ao peso próprio dos solos - Na análise do comportamento dos
solos, as tensões devidas ao peso próprio têm valores consideráveis, e não podem ser
desconsideradas. Este estudo visa determinar as pressões atuantes na massa de solo,
nas diversas profundidades de um maciço, quando consideramos somente o peso
próprio, isto é, apenas sujeito à ação da gravidade, sem cargas exteriores atuantes. Estas
pressões são denominadas pressões virgens ou geostáticas.
.
Pressão neutra (u) na condição de Submersão - Considerando o maciço submerso, a
água que se encontra nos vazios está sujeita a ação da gravidade, isto é, nessa água se
desenvolve uma parcela da pressão vertical total correspondente ao sistema partículas
sólidas x água. A água, sendo um fluido, transmite aos grãos do esqueleto estrutural,
considerando separadamente cada grão, pressões em todas as direções, dando sobre
cada partícula uma resultante nula. Daí chamar-se pressão neutra, ou seja, aquela que
não ocasiona deslocamento de grãos. Essa resultante nula atuando em cada grão
considerado separadamente, não dará, como decorrência, possível mudança de posição
dos grãos, que poderia afetar sua arrumação, isto é, alterar o seu índice de vazios. Como
ela se propaga igualmente em todas as direções (fluidos), essa pressão neutra se fará
presente, não só no plano horizontal, mas também no plano vertical (paramento). No caso
de algumas obras só uma drenagem bem feita, anulará esse efeito sobre os paramentos
verticais de estruturas, como, por exemplo, ocorre no caso de contenções (muros de
arrimo).
(8.1)
Onde ∆F é o módulo da força que atua no elemento de área de módulo ∆A. Mostra-se
que o estado de tensão em qualquer plano passando por um ponto em um meio contínuo
é totalmente especificado pelas tensões atuantes em três planos mutuamente ortogonais,
passando no mesmo ponto. O estado de tensões em um ponto é completamente
representado pelo tensor de tensões naquele ponto.
Onde:
σv é a tensão geostática vertical total no ponto considerado.
γ - o peso específico do solo.
z - equivale a profundidade.
(8.4)
Onde:
u - é a pressão neutra atuando na água no ponto considerado.
γ w é o peso específico do da água (adotado normalmente como 10 kN/m3).
zw - equivale à profundidade do ponto considerado até a superfície do lençol freático.
(8.5)
Pela fórmula:
Onde:
Q = carga pontual
Z = profundidade que vai da superfície do terreno (ponto de aplicação da carga) até a cota
onde deseja-se calcular ∆z
r = distância horizontal do ponto de aplicação da carga até onde atua ∆→z
Onde:
Q = carga pontual
Z = profundidade que vai da superfície do terreno (ponto de aplicação da carga) até a cota
onde deseja-se calcular ∆z
r = distância horizontal do ponto de aplicação da carga até onde atua ∆z
Carga distribuída ao longo de uma linha:
A pressão vertical induzida σz no ponto (A), por uma carga uniformemente distribuída p
ao longo de uma linha na superfície de um semi-espaço foram obtidas por Melan e é dada
pela fórmula:
Carga distribuída sobre uma placa circular: Para uma superfície flexível e circular de raio
R, carregada uniformemente com pressão P, o valor da pressão vertical σz, abaixo do
centro é dado pela fórmula de Love.
Ábaco de Newmark.
onde:
I = unidade de influência
N = número de fatores de influência
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