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Aqui na floresta
Oh Beleza! Oh potência invencível, Dos ventos batida,
Que na terra despótica imperas; Façanhas de bravos
Se vibras teus olhos Não geram escravos,
Quais duas esferas, Que estimem a vida
Quem resiste a teu fogo terrível? Sem guerra e lidar.
— Ouvi-me, Guerreiros,
Oh Beleza! Oh celeste harmonia, — Ouvi meu cantar.
Doce aroma, que as almas fascina;
Se exalas suave Valente na guerra,
Tua voz divina, Quem há, como eu sou?
Tudo, tudo a teus pés se extasia. Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
A velhice, do mundo cansada, Quem golpes daria
A teu mando resiste somente; Fatais, como eu dou?
Porém que te importa — Guerreiros, ouvi-me;
A voz impotente, — Quem há, como eu sou?
Que se perde, sem ser escutada?
Quem guia nos ares
Diga embora que o teu juramento A frecha emplumada,
Não merece a menor confiança; Ferindo uma presa,
Que a tua firmeza Com tanta certeza,
Está só na mudança; Na altura arrojada
Que os teus votos são folhas ao vento. onde eu a mandar?
— Guerreiros, ouvi-me,
Tudo sei; mas se tu te mostrares — Ouvi meu cantar.
Ante mim como um astro radiante,
De tudo esquecido, Quem tantos imigos
Nesse mesmo instante, Em guerras preou?
Farei tudo o que tu me ordenares. Quem canta seus feitos
Com mais energia?
Se até hoje remisso não arde Quem golpes daria
Em teu fogo amoroso meu peito, Fatais, como eu dou?
De estóica dureza — Guerreiros, ouvi-me:
Não é isto efeito; — Quem há, como eu sou?
Teu vassalo serei cedo ou tarde.
Na caça ou na lide,
Infeliz tenho sido até agora, Quem há que me afronte?!
Que a meus olhos te mostras severa; A onça raivosa
Nem gozo a ventura, Meus passos conhece,
Que goza uma fera; O imigo estremece,
Entretanto ninguém mais te adora. E a ave medrosa
Se esconde no céu.
Eu te adoro como o anjo celeste, — Quem há mais valente,
Que da vida os tormentos acalma; — Mais destro que eu?
Oh vida da vida,
Oh alma desta alma,
Um teu riso sequer me não deste!
Ai! Pobre
Por coração!
ela tudo Assim
daria...vazio Se eu soubesse que no mundo
E frio — A vida, o céu, a razão! Existia um coração,
Sem guardar a lembrança de um amor! Que só por mim palpitasse
Nada em teus seio os dias hão deixado!... De amor em terna expansão;
É fado? Do peito calara as mágoas,
Nem relíquias de um sonho encantador? Bem feliz eu era então!