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Universidade Federal de Santa Catarina

CFH – Departamento de Psicologia


A Psicologia da Criança - Jean Piaget
Resumo
Carolina Ramos Rosa
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Piaget divide o desenvolvimento da criança, na primeira infância o bebê ainda não


apresenta pensamento, nem afetividade ligada a representações que permitam evocar pessoas
ou objetos na ausência deles. Elabora o conjunto das subestruturas cognitivas, que servirão de
ponto de partida para as suas construções perceptivas e intelectuais futuras , assim como certo
número de reações afetivas elementares, que lhe determinarão, em parte, a afetividade
subsequente.O conhecimento nessa perspectiva do raciocínio da aprendizagem começa desde
o nascimento do sujeito.
A inteligência sensório-motora, essencialmente prática, tendente a resultados
favoráveis e não ao enunciado de verdades, constrói um sistema complexo de esquemas de
assimilação, e de organização do real de acordo com um conjunto de estruturas
espácio-temporais e causais. O estádio I é o reflexo que se da assimilação reprodutiva ou
funcional,assimilação generalizadora,assimilação recognitiva. Estádio II referente aos
primeiros hábitos que é estrutura ou organização das ações, as quais se transferem ou
generalizam no momento da repetição da ação, em circunstâncias semelhantes ou análogas.
Estádio III hábito em estado nascente, sem finalidade prévia dos meios empregados. Estádios
IV e V impõe-se ao sujeito uma finalidade prévia, independentemente dos meios que vai
empregar. E no V estágio, acrescenta-se a procura de meios novos por diferenciação dos
esquemas conhecidos (conduta de suporte) Estádio VI fim do período sensório-motor, a
criança torna-se capaz de encontrar meios novos por combinações interiorizadas.
Teoria cognitiva se divide em quatro períodos Sensório-motor (0 a 2 anos); período
Pré-operatório (2 a 7 anos); período das Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos); período
das Operações formais (11 ou 12 anos em diante).
Período Sensório-Motor: (recém-nascido e o lactente - 0 a 2 anos) a característica
central do primeiro período é a inexistência de representações e ou imagens mentais dos
objetos que entornam a criança. Nesse período o conhecimento se processa a partir de
impressões que chegam ao organismo via órgãos dos sentidos (por isso a denominação de
Sensório – da sensação e Motora – do movimento motor). Nesse período de
desenvolvimento o processo predominante será o da assimilação, que começa com os
reflexos, ou seja, com as estruturas inatas, os quais possibilitam, ao recém-nascido, o
estabelecimento dos primeiros contatos com os objetos que o cerca favorecendo-o às
construções dos primeiros referenciais cognitivos que para o autor, nesse período
apresentam-se um tanto pouco desenvolvidos.
Período pré-operatório (ou a primeira infância - 2 a 7 anos) período da
representação, da linguagem e da socialização, o aspecto mais destacado desta fase do
desenvolvimento é a capacidade de representação – ou a transformação de esquemas de
ações em esquemas representativos. É nesta fase que nota-se evidente progresso na função
da linguagem. No decorrer deste período, a linguagem vai deixando de ser representativa
para assumir configurações socialmente convencionais. Neste período do desenvolvimento,
o egocentrismo se caracteriza por uma visão do real que tem por referência o próprio eu, ou
seja, a criança nessa fase não concebe uma situação no mundo sem que não faça parte,
desse modo, ela confunde-se com objetos e pessoas atribuindo-lhes seus próprios
pensamentos. Assim, a criança pode dar explicações animistas, frente a acontecimentos por
ela vividos, ou seja, a criança irá atribuir características humanas para animais, plantas e
objetos.
Período das operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) Nessa fase do
desenvolvimento, o processo de pensar da criança alcança a capacidade de operar
mentalmente visto que não possuía em função de operar por representações. Conforme este
autor, embora consiga operar mentalmente, essas operações possuem um caráter concreto,
ou seja, precisam realizar parte da tarefa empiricamente, ou com a presença e apoio de
suportes de objetos e materiais concretos. Nessa fase do desenvolvimento identifica-se um
significativo declínio do egocentrismo intelectual e certa ascensão do pensamento lógico.
No que se refere ao desenvolvimento da linguagem verifica-se um encolhimento da
linguagem egocêntrica até o seu total desaparecimento. Já, quanto ao desenvolvimento
social, este ocorre não só e ao mesmo tempo em que o desenvolvimento intelectual, mas
acaba por configurar com um dos aspectos mais evidentes neste período. Nessa fase do
desenvolvimento, se observa na criança uma interação mais genuína e mais efetiva, isso,
tanto com relação aos outros colegas, como com referência aos adultos de sua convivência.
Período das operações formais (+ ou - 12 anos em diante) entre os 12 e 16 anos, o
sujeito experiência a fase de desenvolvimento chamada de operações formais. A
característica focal desta fase é a transformação dos esquemas cognitivos, operados
concretamente em esquemas baseados na realidade imaginada. neste período, o adolescente
possui condições intelectuais para elaborar conceitos éticos como liberdade, justiça e
outros. neste período o adolescente domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e
generalizar, cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de
reformular.
A construção do real constrói as grandes categorias da ação que são os esquemas do
objeto permanente, do espaço, do tempo e da causalidade, subestruturas das futuras noções
correspondentes. Espaço e tempo o grupo dos deslocamentos (primeiramente material e
depois no plano da representação do conjunto. Causalidade é mágico-fenomenista, depois
se objetiva e especializa. O esquematismo sensório motor manifesta-se em três grandes
formas sucessivas: as formas iniciais são constituídas por estruturas de ritmos; regulações
diversas que diferenciam os ritmos iniciais segundo esquemas múltiplos; princípio de
reversibilidade.
Temos os aspecto afetivo das reações sensório-motoras. Adualismo inicial - não há
fronteira entre o mundo interior ou vivido e o conjunto das realidades exteriores. Satisfação
biológica mais satisfação psicológica um sistema de trocas graças à imitação, à leitura dos
indícios dos gestos e das mímicas. Modulação dos afetos, controle das excitações,
possibilidade de adiar reações. Relações objetais são referentes a afetividade é solidária com
o conjunto da conduta sem consistir em causa nem em efeito das estruturações cognitivas, o
fator essencial nas relações objetais é a relação como tal entre o sujeito e o objeto afetivo.

O desenvolvimento das percepções se dá a partir de uma inteligência que procede


da ação em seu conjunto, na medida em que transforma os objetos e o real, e que o
conhecimento, cuja formação pode seguir-se na criança, é essencialmente assimilação ativa e
operatória. A percepção depende do aspecto figurativo do conhecimento real.; Ação
sensório-motora é operativa e transforma o real.
A atividade perceptiva pode ser dirigida a uma inteligência; isso não substitui a
percepção, mas, ao estruturar o real, contribui para programar as colheitas de informação
perceptiva, isto é, para indicar o que se deve olhar com mais atenção. Nas constâncias
perceptivas, o objeto não é modificado na realidade, mas apenas na aparência, isto é, do ponto
de vista do sujeito. Sendo necessária uma regulação perceptiva. No caso das conservações, o
objeto é modificado em realidade e, para compreender a invariância, é preciso construir
operatoriamente um sistema de transformações que assegura as compensações.
O desenvolvimento da linguagem se divide em dois estádios: pré – linguístico, quando
o bebê usa de modo comunicativo os sons, sem palavras ou gramática; e o linguístico, quando
usa palavras.

No estádio pré – linguístico a criança, de princípio, usa o choro para se comunicar,


podendo ser rica em expressão emocional. Logo ao nascer este choro ainda é indiferenciado,
porque nem a mãe sabe o que ele significa, mas aos poucos começa a ficar cheio de
significados e é possível, pelo menos para a mãe, saber se o bebê está chorando de fome, de
cólica, por estar se sentindo desconfortável, por querer colo etc. è importante ressaltar que é a
relação do bebê com sua mãe, ou com a pessoa que cuida dele, que lhe dá elementos para
compreender seu choro.

O estádio linguístico está pronto para se estabelecer. Sendo assim, contando com a
maturação do aparelho fonador da criança e da sua aprendizagem anterior, ela começa a dizer
suas primeiras palavras.

A fala linguística se inicia geralmente no final do segundo ano, quando a criança


pronuncia a mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objeto, um animal
ou um acontecimento. Por exemplo, se a criança disser apo quando vir a água na mamadeira,
no copo, na torneira, no banheiro etc., podemos afirmar que ela já está falando por meio de
palavras. Espera – se que aos 18 meses a criança já tenha um vocabulário de
aproximadamente 50 palavras, no entanto ainda apresenta características da fala pré –
lingüística e não revela frustração se não for compreendida.

Na fase inicial da fala linguística a criança costuma dizer uma única palavra,
atribuindo a ela no entanto o valor de frase. Por exemplo, diz ua, apontando para porta de
casa, expressando um pensamento completo; eu quero ir pra rua. Essas palavras com valor de
frases são chamadas holófrases.A partir daqui acontece uma “explosão de nomes”, e o
vocabulário cresce muito. Aos 2 anos espera – se que as crianças sejam capazes de utilizar
um vocabulário de mais de cem palavras.
Entre os 2 e 3 anos as crianças começam a adquirir os primeiros fundamentos de
sintaxe, começando assim a se preocupar com as regras gramaticais. Usam, para tanto, o que
chamamos de super – regularização, que é uma aplicação das regras gramaticais a todos os
casos, sem considerar as exceções. É por isso que a criança quer comprar “pães”, trazê – los
nas “mães”. Aos 6 anos a criança fala utilizando frases longas, tentando utilizar corretamente
as normas gramaticais.

Dentro da óptica interacionista, da qual Piaget é adepto, o aparecimento da linguagem


seria decorrência de algumas das aquisições do período sensório – motor, já que ela adquiriu
a capacidade de simbolizar ao final daquele estádio de desenvolvimento da inteligência.
Soma – se a isso a capacidade imitativa da criança. As primeiras palavras são intimamente
relacionadas com os desejos em ações da criança.

O egocentrismo da criança pré – operatório também se faz presente na linguagem que


ela exibi. Desse modo, ela usa frequentemente a fala egocêntrica, ou privada, na qual fala sem
nenhuma intenção muita clara de realmente se comunicar com o outro, centrada em sua
própria atividade. É como se a criança falasse em voz alta para si mesma. Contudo ela
também usa a linguagem socializada, que tem como objetivo se fazer entendida pelo
interlocutor.

Os fatores que influenciam no desenvolvimento da criança devem ser os mais


variados, uma vez que a pessoa se constrói a partir das suas, mas também das vivências dos
outros. Então, temos como fatores próprios da criança a inteligência, a motivação, a
curiosidade, acompanhados de fatores sociais, históricos, culturais, afetivos, emocionais que
compõem o meio no qual ela está inserida.

As dificuldades enfrentadas pela criança no seu processo de autoconstrução são


desconhecimento relativo do mundo real que a cerca, acrescido da falta de apoio dos pais que
não compreendem bem cada etapa da vida e, por muitas vezes, acabam por prejudicar o
processo. Professores, também, ignorantes sob o ponto de vista do desenvolvimento
psicossocial da criança, podem estimular atitudes discriminatórias, excluir ou negligenciar
apoio às crianças.

Família, professores, parentes e amigos, enfim, todas as pessoas que habitam o


universo da criança devem procurar conhecer as formas de ajudar na condução do processo
de inserção social e desenvolvimento individual destes pequenos que são mais emoção do
que razão e precisam se firmar nas atitudes e exemplos que os adultos dão.

Essa comunicação emocional, aos poucos, vai sendo substituída por outra forma mais
racional de comunicação. A criança, crescendo, aprende novas maneiras de se relacionar com
os outros e novas formas de saciar suas vontades. O sistema nervoso fica cada vez mais capaz
de controlar as emoções deixando o raciocínio tomar posse das atitudes. Então, novas
"técnicas" de relacionamento interpessoal vão se desenvolvendo e se tornando mais eficazes,
como é ocaso da fala.

Apesar de exibir uma linguagem verbal bem desenvolvida, a criança menor de 6 anos
ainda utiliza intensamente a linguagem emocional.

É necessário um meio sócio-emocional, afetivo, motor e cognitivo para o


desenvolvimento da criança menor de três anos, pois é nesta fase que ocorre a aquisição da
linguagem. Neste momento as emoções têm um importante papel no desenvolvimento do
indivíduo, mas são nos primeiros meses de vida que elas terão o papel de garantir a
sobrevivência do bebê e progresso da noção do eu.

O amor e o ódio compõem a vida afetiva do ser humano e estão sempre juntos,
interferindo em nossos pensamentos e ações. A compreensão das emoções e os sentimentos
são essenciais no entendimento da afetividade. Emoções causam efeitos intensos e imediatos
no organismo enquanto que os sentimentos são mais amenos e duradouros. Quantas vezes nos
preparamos para tomar determinada atitude diante de um problema e a emoção nos fez reagir
de forma totalmente inesperada? As emoções são raiva, medo, nojo, tristeza, alegria,
vergonha, desprezo, empolgação etc. Sentimentos podem ser: amizade, ternura, entre outros.

Na nossa cultura o homem é "proibido" de demonstrar suas emoções através do choro


enquanto a mulher é incentivada a isso. O importante, então, é entendermos que a afetividade
interfere no crescimento pessoal do ser, mas não está indiferente a fatores biológicos,
cognitivos e, sobretudo, sociais, que depende da cultura na qual o indivíduo está ou será
inserido.
Referências

Teoria Cognitivista de Jean Piaget


https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/teoria-cognitivista-de-jean-piag
et/42384

A Contribuição da Psicologia de Piaget para Educação infantil

http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-contribuicao-da-psicologia-de-piaget-para-educac
ao-infantil

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