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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU – FMN

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

HEBSON COSTA SANTOS


Mat.: 04020364

RELATÓRIO DO 1° CONGRESSO NACIONAL DE CIÊNCIAS


EXATAS E ENGENHARIA

Campina Grande
Novembro de 2016
INTRODUÇÃO

Hoje em dia, a constante busca inerente de recursos naturais, faz com que a engenharia
atinja uma perspectiva de crescimento rápida. Visto que, as necessidades da humanidade
precisam ser supridas de alguma forma, isto é, os confortos trazidos pelos equipamentos e
apetrechos industriais dependem essencialmente de recursos minerais explorados e
beneficiados para serem utilizados em diversos fins.

Cada vez mais a palavra “sustentabilidade” tem aparecido em diversas publicações na


indústria da Construção Civil e nos cursos de graduação em Engenharia. No mercado, o
desenvolvimento sustentável está se tornando essencial para a dinâmica econômica. Diz-se que
“Sustentabilidade” é a conciliação entre a necessidade de hoje com a necessidade de não
comprometer o amanhã.

A Construção Sustentável visa a minimização dos danos ambientais. Tudo começa no


projeto com o planejamento, pensando na vida útil da construção e as necessidades que devem
ser supridas. Passando pela etapa da execução, com a diminuição do desperdício de material e a
destinação correta dos resíduos. E após a conclusão da obra, com a economia de energia, água,
e minimização dos danos ambientais.

A história do mundo mostra que a construção civil sempre existiu para atender as
necessidades básicas e imediatas do homem sem preocupação com a técnica aprimorada em um
primeiro momento. O homem pode ser qualificado diferencialmente dos demais seres vivos por
inúmeras características, entre elas se inclui o dinamismo de produzir e transformar
continuamente suas técnicas através de aperfeiçoamento e estudo contínuo dos resultados. A
constituição das cidades exigiu qualificação e técnicas mais apropriadas e vantajosas para se
construir edifícios cada vez mais sustentáveis. Surgem as edificações concebidas com
responsabilidade social.

É urgente a identificação das características técnicas que propiciem a execução de um


edifício ecologicamente correto tais como: condicionamento de ar, posicionamento de fachada
em relação à nascente/poente do sol, destinação de resíduos sólidos, reuso de água dentre
outros. Também, uma profunda reflexão das principais causas de um estudo preliminar
inadequado ou apressado da fase inicial do projeto, tais como: falta de observação da
orientação magnética, análise incoerente quanto ao correto uso da edificação, preocupação
somente com questões financeiras construtivas sem projeção de custos de manutenção desta
edificação.
OBJETIVOS

Este relatório foi feito objetivando a participação de um congresso, onde neste contexto,
serviu para nos mostrar de forma empírica as temáticas atuais e conceitos relacionados a
engenharia e tecnologia sustentável. Afim de se conhecer métodos e aplicações de
conhecimentos relacionados a sustentabilidade, o congresso contou com minicursos de
‘‘Escassez Hídrica’’, ‘‘Projeto de Estrada’’, e conferencias com temas de “Energias Renováveis
uma alternativa sustentável para nova geração” e “Uma Alternativa Sustentável para a Matriz
Energética Brasileira”. Outro ponto significativo da feição do relatório está em transmitir os
conhecimentos adquiridos na plenária do congresso e em sala de aula com os minicursos.

TEMÁTICAS DE CONFERÊNCIA E MINICURSO


No primeiro de dia de congresso foi exposto relatórios de dados científicos relacionado a
Sustentabilidade, Quanto a humanidade já consumiu dos recursos naturais do planeta e o que
precisa fazer para manter uma situação sustentável. O ser humano não é dono, mas sim
inquilino da Terra e do sistema solar. A humanidade depende da disponibilidade de terra, água e
ar no planeta. Ultrapassar os limites existentes significa caminhar para o suicídio e o ecocídio.
A situação atual é a seguinte: após 200 anos de desenvolvimento econômico, propiciado pela
Revolução Industrial, a população mundial ganhou com a redução das taxas de mortalidade e o
crescimento da esperança de vida.

Hoje, na média, as pessoas vivem mais e melhor. O consumo médio da humanidade


disparou. Entre 1800 e 2010 a população mundial cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1
bilhão para 7 bilhões de habitantes) e a economia (PIB) aumentou cerca de 50 vezes. Mas o
crescimento da riqueza se deu à custa da pauperização do planeta. Uma boa forma de
dimensionar o impacto do ser humano na Terra é a pegada ecológica. Essa é uma metodologia
utilizada para medir as quantidades de terra e água (em termos de hectares globais - gha) que
seriam necessárias para sustentar o consumo atual da população. Considerando cinco tipos de
superfície (áreas cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca e áreas edificadas), o planeta
Terra possui aproximadamente 13,4 bilhões de hectares globais (gha) de terra e água
biologicamente produtivas.

Segundo dados de 2010 da Global Footprint Network, a pegada ecológica da humanidade


atingiu a marca de 2,7 hectares globais (gha) por pessoa, em 2007, para uma população
mundial de 6,7 bilhões de habitantes na mesma data (segundo a ONU). Isso significa que para
sustentar essa população seriam necessários 18,1 bilhões de gha. Ou seja, já ultrapassamos a
capacidade de regeneração do planeta. No nível médio de consumo mundial atual, com pegada
ecológica de 2,7 gha, a população mundial sustentável seria de no máximo 5 bilhões de
habitantes

Se a população mundial adotasse o consumo médio do continente africano - com pegada


ecológica per capita de 1,4 gha -, poderia atingir 9,6 bilhões de habitantes. Se o consumo médio
mundial fosse igual à média asiática (1,8 gha), a população mundial poderia ser de 7,4 bilhões
de habitantes. Com base na pegada ecológica da Europa (4,7 gha), não poderia passar de 2,9
bilhões de habitantes. Com a pegada ecológica da América Latina (2,6 gha), o limite seria de
5,2 bilhões de habitantes. Com as pegadas ecológicas da Oceania (5,4 gha) e dos Estados
Unidos e Canadá (7,9 gha) precisaríamos parar em 2,5 bilhões e 1,7 bilhão de habitantes,
respectivamente.

Qual é a perspectiva para as próximas décadas? De acordo com dados da Divisão de


População da ONU, em 2050 a população mundial deve atingir 8 bilhões de pessoas, na
projeção baixa, 9 bilhões, na projeção média, e 10 bilhões, na projeção alta. Nas previsões do
FMI, a economia mundial deve crescer acima de 3,5% ao ano de 2010 a 2050. Isso significa
que o PIB mundial vai dobrar a cada vinte anos ou se multiplicar por quatro até 2050. Portanto,
o mais provável é que a Terra tenha mais 2 bilhões de habitantes nos próximos quarenta anos e
uma economia quatro vezes maior. O planeta suporta?

Não há, evidentemente, como manter esse crescimento nos padrões de produção e
consumo atuais. Para que a humanidade possa sobreviver e permitir a sobrevivência das demais
espécies, será preciso promover uma revolução na matriz energética, incentivar a eficiência do
uso de energia, reciclar e reaproveitar o lixo. Enfim, reduzir os desperdícios em todas as suas
formas. Será necessário introduzir inovações tecnológicas nos prédios e casas para melhorar o
aproveitamento da energia e a reciclagem de materiais, reforçar e melhorar o transporte
coletivo, criar empregos verdes; ampliar as áreas de floresta e mata e a preservação ambiental.

Nesse contexto, proteger a biodiversidade; desestimular a cultura do pet shops e o


elevado consumismo dos animais de estimação; avançar com a aquacultura e na revolução azul.
Incentivar o vegetarianismo é um modo de diminuir o consumo de carnes e os impactos da
agropecuária. Na lista de redução estão ainda o consumo de bebidas alcoólicas e outras
substâncias tóxicas, os gastos mitrares, o consumo conspícuo e aquele que provoca maiores
danos ambientais.

A lista pode ainda ser maior. Dessa forma, é urgente discutir a alternativa do modelo do
"decrescimento sustentável", especialmente a redução das atividades mais poluidoras, com a
mudança no padrão de consumo e o avanço da sociedade no conhecimento e na produção de
bens imateriais e intangíveis.

A pegada ecológica é um cálculo do que cada pessoa, cada país e, por fim, a população
mundial consomem em recursos naturais. A medição é feita em hectares, e seis categorias são
avaliadas: terras para cultivo, campos de pastagem, florestas, áreas para pesca, demandas de
carbono e terrenos para a construção de prédios. Hoje, por conta do atual ritmo de consumo, a
demanda por recursos naturais excede em 50% a capacidade de reposição da Terra. Se a
escalada dessa demanda continuar no ritmo atual, em 2030, com uma população planetária
estimada em 8,3 bilhões de pessoas, serão necessárias duas Terras para satisfazê-la.

Também foi apresentado e discutido no minicurso sobre o tema “Escassez Hídrica e


qualidade das águas”, onde Quase toda a superfície do planeta Terra está coberta por água: água
dos oceanos, água dos rios e lagos, arroios e sangas. Água das calotas polares em forma de
gelo, água da chuva, muita, muita água..., mas, na realidade nem tudo é azul (a cor que cobre a
Terra – devido à água - quando é vista do espaço), porque toda a água do planeta
(1.370.000.000 km³) é constituída basicamente de dois tipos: água salgada dos mares e água
doce dos rios, lagos e subsolo. Mas o mais importante, a saber: a água salgada ocupa 97% do
total, o que vem a ser impossível para o consumo. Quando somos estudantes aprendemos como
se formam as nuvens e como a água retorna à Terra. A isto chamamos “ciclo das águas” onde a
evaporação é o primeiro estágio quando uma imensa massa d´água dos oceanos é levada à
atmosfera em forma de vapor d´água, ali é resfriada e condensada, surgem assim as nuvens.

Com a gravidade, acontece a precipitação dessas águas das nuvens, a conhecida chuva, a
encantadora neve (para os brasileiros) e, ainda, o granizo ou geada sobre os continentes e
oceanos. Quando congelada, ao invés de se retrair, como acontece com a maioria das
substâncias, a água se expande e flutua sobre a parte líquida por ter se tornado mais leve. Ao
cair na superfície terrestre, a vegetação se encarrega de reter em suas raízes esses nutrientes
que, aos poucos, voltam para o ar em forma de transpiração das plantas. Mas, uma outra parte é
evaporada dos lagos, pântanos e rios; mais uma se infiltra no solo e fica conhecida como água
subterrânea; e uma terceira, a menor parte dela, conhecida como água superficial, escoa pelos
rios, córregos, sangas e igarapés. E assim sucessivamente. A natureza é sábia e justa, senão,
vejamos: quando a água escapa para a atmosfera em forma de evaporação, a transpiração é
compensada com a precipitação. Essa diferença entre volume de água que cai e volume de água
que evapora é de cerca de 45 mil quilômetros cúbicos por ano – o que, em tese, o ser humano
poderia gastar. Só que, desse total, apenas 20% é aproveitável. A água utilizável está nos rios,
nos lagos, nas águas da chuva e na água subterrânea. No entanto, elas todas juntas
correspondem a apenas 1% do volume de água doce.

Se juntarmos 1,5 litro de água, como a encontramos no planeta, e a dividirmos


proporcionalmente, a quantidade de água doce disponível seria equivalente a uma única e
insignificante gota. E para complicar tudo, esse pouco que nos resta está cada vez mais poluído,
especialmente nas grandes cidades. O problema está no aumento da população mundial. Só no
século passado este aumento triplicou o que ocasionou o aumento de fábricas, mais desperdício
e mais irrigação nas lavouras. De acordo com o Banco Mundial, cerca de 80 países enfrentam
hoje problemas de abastecimento. A situação mais crítica está na Ásia onde, 60% da população
vive com apenas 32% da água doce disponível.

O crescimento da população mundial e da produção, associado ao consumo insustentável,


impõe pressões cada vez mais intensas sobre o meio ambiente. Torna-se necessário desenvolver
estratégias para mitigar esses impactos, pois está prevista uma população superior a oito bilhões
de pessoas para o ano de 2020: 65% em áreas litorâneas e 60% em cidades com mais de 2,5
milhões de pessoas. É verdade que a utilização da provisão de água aumentou enormemente em
um curto período de tempo: enquanto a renovação não alterou o nível dos recursos hídricos, de
1900 a 1995 a quantidade utilizada aumentou para seis vezes mais (duas vezes mais o índice de
aumento populacional) e duas vezes mais desde 1975.

A agricultura absorve uma média mundial de 70% das provisões de água, uma porcentagem
que aumenta para 80 a 90% nos países subdesenvolvidos. Aí encontramos uma média de 20%
para a indústria e 10% para usos domésticos e outros. Têm-se em média o consumo de água no
mundo: 60 litros de água em uma ducha de 15 minutos; 350 litros para um banho de imersão; 3
litros para escovar os dentes sem fechar a torneira; 140 litros para lavar e enxaguar 10 quilos de
roupas; 60 litros (a cada 15 minutos) para lavar a louça sem fechar a torneira e 100 litros (a
cada 25 minutos) para lavar o carro sem fechar a torneira.

Dessa forma chegou a um consenso que o ser humano precisa adotar o quanto antes uma
medida emergencial de reaproveitamento da agua, seja por dessalinização, bem com o
tratamento de esgotos.

CONCLUSÃO
O congresso de forma explicita e empírica foi de extrema importância para agregar valores a
temas tão relevantes como a sustentabilidade para mantimento da vida no planeta. Medidas
mitigadoras como materiais sustentáveis como Bamboo, Barro, dados sobre o consumo de
agua, reduções de consumo de energia e outros, se tornaram fontes de suma importância para a
manutenção da terra. Conclui-se, portanto que os processos de engenharia para se alcançar a
sustentabilidade não devem ser isolados. Os processos devem envolver vários setores da
sociedade, promovendo ações de educação ambiental, permitindo que todos os envolvidos
tenham conhecimento da importância e abrangência de suas ações na busca pela
sustentabilidade como um todo.

REFERENCIAS
BRAGA, BENEDITO, e outros. Introdução à Engenharia Ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005. 318 p.

CAPRA, FRITJOF. A Teia da Vida. Newton Roberval Eichemberg. 8. ed. São Paulo: Editora
Cultrix, 2003. 256 p.

FÉLIX, UBIRATAN. Cidades sustentáveis e a Engenharia Urbano-Industrial. 61ª SOEAA


Semana Oficial da Engenharia, Arquitetura e da Agronomia. São Luís, p. 59-69, Nov. / Dez.
2004.

CÂMARA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Guia de Sustentabilidade na Construção.


Belo Horizonte: FIEMG, 2008. 60p.

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