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De onde vem a taxa DI e por que ela acompanha a Selic

A taxa DI, também chamada de taxa CDI, é uma taxa de juros que acompanha de perto a taxa básica de juros (Selic).

Ela é muito familiar aos investidores brasileiros por ser a principal referência para a rentabilidade dos investimentos
de renda fixa e de muitos fundos de investimento.

Os títulos de renda fixa geralmente remuneram um percentual da taxa CDI, e diversos tipos de fundos procuram
acompanhá-la ou superá-la.

Você provavelmente já ouviu falar dessa taxa, mas já se perguntou de onde ela veio ou por que acompanha a Selic tão
de perto? Este post responde!

De onde saiu essa tal de taxa DI?


A taxa DI é uma das taxas de juros praticadas nos empréstimos entre instituições financeiras. Todos os dias, bancos
que ficam com o caixa negativo podem recorrer ao mercado interbancário para fazer empréstimos com os bancos que
têm sobra de caixa.

Isso ocorre porque as instituições financeiras não podem terminar o dia com caixa negativo. Trata-se de uma medida
de segurança, para manter o sistema financeiro saudável e estável.

Apenas instituições financeiras participam do mercado interbancário, que também não sofre a incidência de impostos.

Há duas formas básicas para os bancos tomarem dinheiro no mercado interbancário: os DIs (Depósitos Interbancários)
e as operações compromissadas.

No primeiro caso, o banco que precisa do empréstimo emite um título de renda fixa, o Certificado de Depósito
Interbancário ou Certificado de Depósito Interfinanceiro, nosso conhecido CDI.

Eles são similares aos Certificados de Depósito Bancário (CDBs), títulos de renda fixa muito populares entre as
pessoas físicas. A diferença é que apenas bancos podem comprar os CDIs.

A taxa DI ou CDI corresponde à média das taxas de juros dos depósitos interbancários com prazo de um dia. Ou seja,
é a remuneração média paga pelos bancos tomadores aos bancos emprestadores. CDI, portanto, é o nome do título e
também da taxa de juros.

A taxa CDI varia diariamente, mas costuma ser expressa como um percentual anual.

As operações compromissadas são semelhantes. Mas, nesse caso, os bancos que tomam dinheiro colocam os títulos
públicos que têm em carteira como garantia do empréstimo.
Em outras palavras, os DIs têm, em tese, maior risco, já que não contam com garantias. Já as compromissadas são
mais seguras, pois caso o banco tomador venha a quebrar, a instituição emprestadora fica com seus títulos públicos.

A taxa de juros média das operações compromissadas é a chamada Selic efetiva, uma taxa que normalmente difere da
Selic meta, estabelecida pelo Banco Central.

Todos os dias, o BC trabalha para que a Selic efetiva convirja para a meta, mas não é preciso entrar em detalhes sobre
isso aqui.

Entenda melhor o que é a taxa Selic estabelecida pelo Banco Central e como ela afeta o nosso dia a dia.

O DI acompanha a Selic
A taxa CDI guarda forte correlação com a taxa Selic. As duas caminham juntas e costumam ter valores bem próximos,
mas geralmente a taxa CDI é ligeiramente inferior à Selic.

Economicamente, isso não faz muito sentido. Afinal, o CDI, título privado e sem exigência de garantias, tem mais
risco que os títulos públicos, que servem como garantia das operações compromissadas.

Ricardo José de Almeida, professor de finanças do Insper, explica essa relação entre o CDI e a Selic da seguinte
maneira:

Os bancos que captam recursos por meio do CDI costumam ter títulos públicos em carteira. Do contrário, teriam
dificuldade de obter empréstimos.

Se a taxa DI fosse superior à Selic, taxa que baliza a remuneração dos títulos públicos, seria mais vantajoso para esses
bancos vender seus títulos para gerar caixa do que pegar dinheiro emprestado por meio da emissão de CDI. Eles
simplesmente não recorreriam ao DI.

Assim, os bancos que têm sobras de caixa precisam aceitar receber menos que a Selic para conseguir emprestar por
meio de CDI. “Então, as operações entre bancos, quando existe a confiança de que o tomador tem títulos em carteira,
tende a seguir a Selic”, diz Almeida.

Mas por que os bancos emprestadores aceitam receber menos no CDI quando poderiam aplicar suas sobras de caixa
em títulos públicos e receber uma remuneração equivalente à Selic? Uma explicação aceita é que é vantajoso, para os
bancos, manter a taxa DI baixa.

O mercado de CDI é pequeno – bastante inferior ao de operações compromissadas, por sinal. Mesmo assim, a taxa DI
serve como referência para a remuneração dos títulos privados de renda fixa.
Os bancos captam recursos no mercado financeiro por meio da emissão de títulos que pagam um percentual do DI.

Como a quantia que os bancos devem é consideravelmente maior do que o que têm a receber no mercado de depósitos
interbancários, é interessante para eles manter a taxa DI baixa.

Assim, mesmo sendo instituições privadas, os bancos conseguem captar recursos pagando juros menores do que a
Selic, taxa paga pelo governo federal em seus títulos.

O que significa uma rentabilidade de 90% do CDI


A taxa DI serve como indexador de boa parte dos títulos de dívida privada, tanto aqueles emitidos por bancos quanto
os emitidos por empresas (debêntures).

Os chamados títulos pós-fixados – cuja remuneração flutua de acordo com um indicador – normalmente pagam um
percentual da taxa DI.

Talvez você já tenha se deparado com um CDB que pagasse, por exemplo, 90% do DI, ou com uma Letra de Crédito
Imobiliário (LCI) que pagasse 85% do CDI.

Isso significa que a rentabilidade desses títulos corresponde apenas a uma parte – o percentual designado – da taxa DI
diária. Conforme o exemplo, se o CDI do período for de 10% ao ano, o CDB pagará em torno de 9% ao ano, e a LCI,
cerca de 8,5% ao ano.

O CDI também serve de referência para uma série de fundos de investimento, como os de renda fixa e muitos
multimercados.

Nesses casos, o CDI é o parâmetro utilizado para o investidor verificar se o desempenho do fundo foi bom ou ruim.

Devido à proximidade com a Selic e ao fato de referenciar uma série de aplicações de baixíssimo risco, como os
CDBs, LCIs e LCAs, o CDI é equiparado à “taxa livre de risco” da economia.

Isso quer dizer que, para o investidor aceitar correr risco, ele precisa ter uma perspectiva de rentabilidade superior à
Selic e ao CDI. Afinal, ele pode ganhar uma remuneração equivalente a essas duas taxas em aplicações de baixo risco,
como os títulos públicos ou os CDBs.

Dessa forma, os fundos de renda fixa conservadora buscam render algo em torno do CDI. E fundos que podem tomar
mais risco, como alguns multimercados e fundos de renda fixa que investem em títulos mais arriscados, procuram
render mais que o CDI.

Se você quiser conhecer melhor as aplicações financeiras de baixo risco, nós temos alguns posts que podem te ajudar:
O que é um CDB
O que são as LCIs e LCAs
3 investimentos de baixo risco mais rentáveis que a poupança
Fonte: https://blog.genialinvestimentos.com.br/taxa-di/

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