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PROJETOS FOTOVOLTAICOS
NOS LEILÕES DE ENERGIA
Secretário Executivo
Marcio Felix Carvalho Bezerra
Secretário de Planejamento e
Desenvolvimento Energético
Eduardo Azevedo Rodrigues
URL: http://www.epe.gov.br
Sede
Esplanada dos Ministérios Bloco "U" - Ministério de Minas e
Energia - Sala 744 - 7º andar
70065-900 - Brasília – DF
Escritório Central
Av. Rio Branco, 01 – 11º Andar
No. EPE-DEE-NT-091/2018-r0
20090-003 - Rio de Janeiro – RJ Data: 17 de outubro de 2018
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Ministério de Minas e Energia
Área de Estudo
EXPANSÃO DA GERAÇÃO
Estudo
PROJETOS FOTOVOLTAICOS NOS LEILÕES DE ENERGIA
Macro-atividade
APRESENTAÇÃO
Esta Nota Técnica faz parte de uma série de trabalhos que vêm sendo publicados
referentes aos empreendimentos fotovoltaicos participantes dos leilões de energia no
Brasil, com o objetivo de disseminar informações referentes aos projetos dessa fonte,
discutindo algumas tendências e os aspectos mais relevantes. Os trabalhos anteriores,
todos disponíveis no site da EPE, foram os seguintes:
Neste trabalho, decidiu-se por realizar uma abordagem mista das anteriores.
Primeiramente, é apresentada uma visão geral dos dois leilões mais recentes, o A-4 de
2017 e o A-4 de 2018, com um resumo dos projetos cadastrados, além de uma discussão
do processo de habilitação técnica desses certames, apresentando os principais motivos
que impediram a participação de parte dos projetos dessas competições.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 7
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 10
2. CADASTRAMENTO E HABILITAÇÃO TÉCNICA ............................................ 11
3. RESULTADOS E AVALIAÇÕES ..................................................................... 17
3.1 Aspectos relativos ao recurso solar ....................................................... 17
3.2 Equipamentos ........................................................................................ 20
3.2.1 Módulos fotovoltaicos ........................................................................ 20
3.2.2 Inversores .......................................................................................... 23
3.2.3 Estruturas de suporte dos módulos ................................................... 26
3.3 Fator de Capacidade .............................................................................. 27
3.4 Custos de investimento ......................................................................... 29
4. VENDEDORES ............................................................................................. 35
4.1 Resumo das informações ...................................................................... 35
4.2 Preço da energia .................................................................................... 39
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 40
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 41
ANEXO I – Mapa: Estações solarimétricas ...................................................... 42
ANEXO II – Mapa: Empreendimentos vendedores ........................................ 43
9
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
1. INTRODUÇÃO
10
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
2.1. Cadastramento
À época dos respectivos leilões, a EPE publicou resumos dos projetos cadastrados e
potências totais por unidade federativa. Essas informações são reproduzidas nas
Tabelas 1 e 2 abaixo, cujas potências podem diferir ligeiramente dos valores
divulgados anteriormente devido a ajustes realizados durante o processo de análise.
11
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
600
500
Quantidade de projetos
400
649
300 620
574
*Embora tenha havido cadastramento e habilitação técnica, não ocorreu o leilão para a fonte
fotovoltaica
12
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
Assim como nos leilões anteriores, a maior parte dos cadastrados, tanto em
quantidade de projetos quanto em potência localiza-se no subsistema Nordeste, 84%
em ambos os leilões. Os 16% restantes pertenciam ao subsistema Sudeste/Centro-
Oeste, estes divididos em apenas três unidades federativas: Mato Grosso do Sul, São
Paulo e Minas Gerais.
13
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
O gráfico da Figura 2 apresenta dados dos Leilões de energia desde o ano de 2014.
Comparando-se o percentual de habilitações técnicas de empreendimentos
fotovoltaicos dos leilões passados com os dois leilões A-4, de 2017 e 2018, percebe-se
um incremento nas inabilitações principalmente no certame de 2017, com um
percentual de habilitados um pouco superior em 2018.
14
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
700 100%
90%
600 83% 89%
200 30%
20%
100
10%
0 0%
*Embora tenha havido cadastramento e habilitação técnica, não ocorreu o leilão para a fonte
fotovoltaica
250
214
200
Quantidade de Projetos
150
122
100
50 36 36 33
12 18
8 5 7
0
Parecer de Licença Projeto / Registro Direito de Usar Garantia Física e
Acesso / Margem Ambiental ANEEL ou Dispor do Produção de
Sistêmica Terreno Energia
A-4/2017 A-4/2018
15
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
Com base nos resultados apresentados nessas Notas Técnicas, foram identificados
diversos pontos de conexão onde a capacidade de escoamento calculada era nula ou
inferior à potência injetada individual dos empreendimentos cadastrados. É importante
destacar que os resultados das simulações realizadas pelo ONS para definir os valores
das margens de escoamento dos barramentos candidatos do sistema continuam sendo
fortemente influenciados pela não entrada em operação, no prazo recomendado, das
obras outorgadas à ABENGOA, CHESF e ELETROSUL, que impactam substancialmente
o quantitativo das margens calculadas para os estados da Bahia, Rio Grande do Norte
e Rio Grande do Sul.
Outro motivo importante de inabilitação nos dois leilões foi referente ao licenciamento
ambiental dos empreendimentos. Para a habilitação técnica, deve ser apresentada a
Licença Ambiental válida e compatível com as características técnicas do projeto e com
a etapa do processo de licenciamento. Além disso, devem ser fornecidos os Estudos
Ambientais apresentados ao órgão competente no processo de licenciamento. Com
relação a esse motivo, dos 36 empreendimentos não habilitados no leilão A-4/2017, 26
16
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
o foram por não terem encaminhado a licença ambiental e 10 por terem apresentado
incompatibilidade entre os dados cadastrados no AEGE e os dados da Licença
Ambiental protocolada na EPE. Já no A-4/2018, os 36 inabilitados não apresentaram a
licença ambiental referente ao projeto.
3. RESULTADOS E AVALIAÇÕES
Neste capítulo, são apresentadas algumas análises com relação a todo o grupo de
empreendimentos habilitados para os leilões A-4 de 2017 e 2018 em comparação com
a base de dados histórica de habilitados tecnicamente. Vale destacar que as avaliações
apresentadas têm como base os projetos habilitados pela EPE para participação nos
leilões de energia, o que não representa necessariamente as configurações que seriam
adotadas caso os projetos viessem a ser implantados, uma vez que é facultado ao
empreendedor promover alterações de características técnicas dos projetos, após a
outorga, desde que autorizadas pelo MME, em conformidade com as regras vigentes.
Esse processo de alteração é natural que ocorra, já que antes do leilão, o projeto
encontra-se num estágio de desenvolvimento que podemos chamar de “estudo de
viabilidade”, enquanto após o leilão, já com um contrato assinado, o projeto evolui
para uma etapa de projeto básico e executivo, a partir do fechamento de contratos
com fabricantes, otimizações técnico-econômicas e dados mais detalhados sobre os
locais.
Desde 2016, são exigidas medições in-situ do recurso solar, conforme Art. 6º, II da
Portaria MME nº 102/2016:
(...)
17
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
Para os leilões em análise nesta Nota Técnica, foram realizadas alterações nas
Instruções para Cadastramento de Empreendimentos Fotovoltaicos referentes ao uso
dos dados solarimétricos locais. No item 5.9.1.2, as novas redações trazem:
“c) Avaliação da correlação dos dados de medição local com dados solarimétricos de
longo prazo (histórico de pelo menos 10 anos) em intervalos horários ou menores, além
da descrição da metodologia de ajuste de dados, caso utilizada;
O objetivo destas mudanças foi indicar a metodologia mínima esperada para utilização
dos dados solarimétricos medidos. Esta consiste em comparar a medição com dados
obtidos por um modelo de satélite ou reanálise, que possua prazo mais longo, e, caso
se julgue necessário, utilizar um método para ajuste dos dados de longo prazo. Mais
detalhes sobre métodos de ajuste, sua necessidade e seu uso em leilões são discutidos
em Ruschel e Ponte (2018).
Após uma queda na Incerteza dos Dados Solarimétricos verificada em 2016, com o
início do requisito de medição, esta sofreu ligeiras elevações nos leilões de 2017 e 208.
18
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
A Incerteza Padrão Resultante, por sua vez, apresentou pequenas quedas, conforme
apresentado na Figura 4.
10
9
8
Incerteza declarada (%)
7
6
5
4
3
2
1
0
A3-2013 A5-2013-2 A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER-2015-2 ER-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
Incerteza dos Dados Solarimétricos (%) Incerteza Padrão Resultante (%)
19
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
2.600
2.400
2.200
2.000
1.800
1.600
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER2015-2 ER2-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
A partir de 2016, os valores máximos foram reduzidos, podendo haver uma correlação
dessa redução com o início do uso das medições locais. Já os valores médios se
mantiveram praticamente constantes, enquanto os quartis têm sofrido variações, que
podem estar relacionadas à variação no número de projetos, à diversificação nos locais
escolhidos, dentre outros fatores. É necessário apontar que, embora a GHI seja um
bom indicativo da produção futura de uma usina em determinado local, essa relação
não é direta, já que as usinas trabalham com inclinações diferentes da horizontal, e no
caso de rastreamento, inclinações variáveis ao longo do dia.
3.2 Equipamentos
20
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
100%
80%
Proporção da potência CC (%)
58%
66%
77% 74% 73% 76%
60%
92%
40%
37%
20% 33%
22% 25% 26% 18%
2%
2% 1% 1% 1% 5% 5% 5%
0%
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER-2015-2 ER-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
Dentre os módulos de silício cristalino (mono e poli), em 2016 parecia haver uma
tendência de aumento pela opção de módulos com maior número de células. Contudo,
nos leilões subsequentes o que se confirmou foi um domínio dos módulos de 72
células, que chegaram a ser quase a totalidade dos cadastrados (de silício) no leilão de
2017, e recuaram para 95% em 2018, com o restante sendo de módulos de 96 células.
A Figura 7 apresenta as proporções das potências CC dos projetos habilitados que
consideravam cada configuração de módulo fotovoltaico.
Outra tendência verificada nos leilões recentes foi o aumento da tensão máxima
admissível pelos sistemas. Tem havido uma migração dos módulos com limite de
1000 V para os que suportam até 1500 V, permitindo a utilização de séries mais
longas, reduzindo as correntes no sistema e os custos com cabeamento. Por outro
21
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
lado, sistemas com tensão mais alta são mais propensos à ocorrência de PID (potential
induced degradation), principalmente em regiões de temperaturas e umidade relativa
elevadas, sendo esse um importante ponto de atenção.
100%
5%
13% 11% 15%
22%
33%
80% 12%
Proporção de potência CC (%)
60%
65%
54% 100%
83% 95%
40% 52%
73%
20%
24% 22%
14%
6%
0%
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER-2015-2 ER-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
60 72 96 128
100% 0% 0% 0% 0%
8%
Proporção da potência CC (%)
80%
46%
53%
60%
100% 100% 100% 100%
92%
40%
54%
47%
20%
0%
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER-2015-2 ER-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
1000 V 1500 V
22
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
3.2.2 Inversores
180
150
Quantidade de projetos
120
90
60
30
0
500 1000 1500 2000 2500 Mais
Faixa de potência (kW)
1
Sigla em inglês para Maximum Power Point Tracker, em português chamado de seguidor do ponto de
máxima potência.
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Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
próximo às suas condições nominais. Na maioria dos casos, a Potência Habilitada pela
EPE coincide com a Potência CA. Nos leilões A-4 de 2017 e 2018, isso ocorreu para
todos os projetos habilitados.
1200
1000
Potência produzida (kW)
800
600
400
200
0
00:00:00 06:00:00 12:00:00 18:00:00 00:00:00
Hora do dia
FDI = 0,85 FDI = 0,65
24
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
1200
1000
Potência produzida (kW)
800
600
400
200
0
08:00:00 09:00:00 10:00:00 11:00:00 12:00:00 13:00:00 14:00:00
Hora do dia
FDI = 0,85 FDI = 0,65
25
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
1,4
Fator de dimensionamento do inversor - FDI
1,2
0,8
0,6
0,4
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER2015-2 ER2-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
100%
9%
17%
80%
Fração dos projetos (%)
55%
68%
60%
89%
97% 96%
91%
40% 83%
45%
20%
32%
11%
0% 3% 4%
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER-2015-2 ER-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
Fixo Rastreamento 1 eixo
26
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
Assim como em leilões anteriores, os parques com sistema fixo apresentam fatores de
capacidade menores que os que utilizam sistema de rastreamento em um eixo. A
Figura 14 ilustra, sob a forma de histograma, as faixas de fator de capacidade
apresentadas pelos projetos no leilão A-4/2018, destacando por cores os projetos de
estrutura fixa e com rastreamento.
2
Em conformidade com a Portaria MME nº 258/2008, no caso de empreendimentos fotovoltaicos, utiliza-
se a garantia física do empreendimento como expectativa de geração de energia.
27
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
120
80
60
40
20
0
23% 24% 25% 26% 27% 28% 29% 30% 31% 32% 33% 34% 35%
Fator de Capacidade CA
Fixo Rastreamento 1 eixo
28
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
40%
Fator de capacidade base potência habilitada (%)
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER2015-2 ER2-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
Percebe-se ainda que após uma queda na variação dos valores máximos verificada em
2016, as diferenças nos dois últimos leilões entre o máximo e o mínimo custo
declarados cresceu significativamente. Contudo, a análise dos quartis revela que a
variabilidade para os 50% intermediários foi ligeiramente reduzida. A Figura 16
sintetiza esses resultados. Ressalta-se que tais valores de investimento não consideram
os juros durante a construção - JDC e estão referenciados a dezembro do ano anterior
ao do respectivo leilão.
29
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
8.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER2015-2 ER2-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
Outro ponto a se ressaltar com relação aos custos declarados é o fato desses terem
permanecido em níveis similares a leilões passados, enquanto o preço de venda de
energia foi significativamente reduzido, conforme será visto na seção 4.2. O aumento
do fator de capacidade (FC) contribui para tal redução, já que um parque com maior
FC produz mais energia com a mesma potência instalada. Entretanto, o crescimento do
FC discutido na seção 3.3 não é suficiente para explicar esse descasamento, já que
ocorreu em proporção bastante inferior à queda nos preços.
30
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
14.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER2015-2 ER2-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
3
Valores da taxa de câmbio média em dezembro do ano anterior aos leilões de 2014, 2015 e 2016, 2017
e 2018 em real por dólar americano, respectivamente: R$ 2,3455; 2,6394; 3,8711; 3,3523 e 3,2919/US$.
Fonte: http://www.ipeadata.gov.br (taxa de câmbio comercial para venda – média mensal).
31
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
3.500
Custo de investimento declarado
3.000
2.500
(US$/kWp)
2.000
1.500
1.000
500
0
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER2015-2 ER2-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
100%
11% 11% 10% 10% 8% 8% 10%
Fração dos custos de investimento (%)
6% 7% 7% 7% 10% 10% 8%
80% 10% 8%
15% 15% 9% 11% 11%
60%
40%
74% 74% 73% 70% 71%
68% 68%
20%
0%
A5-2014 ER-2014 ER-2015-1 ER2015-2 ER2-2016 A4-2017 A4-2018
Leilão
Equipamentos e sistemas auxiliares Conexão e transmissão Obras civis Outros
32
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
Diante desses números, a partir de 2016, para fins de habilitação técnica da EPE, o
custo de investimento declarado pelos empreendedores em equipamentos passou a ser
subdividido em Módulos, Inversores, Estruturas (incluindo rastreadores) e Outros.
Percebe-se na Figura 20 uma ligeira queda na participação do custo dos módulos em
relação aos demais equipamentos, com o principal crescimento relativo sendo da
parcela Outros, que inclui cabeamento, caixas de junção, equipamentos de proteção,
sistema de supervisão, etc. Destaque também para o custo das estruturas e
rastreadores, que vem sendo superior à parcela dispendida com os inversores.
100%
5% 5% 9%
Fração dos custos de equipamento (%)
19% 21%
80% 19%
13% 14%
15%
60%
40%
63% 60% 57%
20%
0%
ER2-2016 A4-2017 A4-2018
Leilão
Módulos Inversor Estruturas Outros
33
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
3.500
Custo declarado de módulos fotovoltaicos
3.000
2.500
(R$/kWp)
2.000
1.500
1.000
500
0
ER2-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
1.600
1.400
Custo declarado de inversor (R$/kW)
1.200
1.000
800
600
400
200
0
ER2-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
34
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
1.200
800
600
400
200
0
ER2-2016-2 A4-2017 A4-2018
Leilão
4. VENDEDORES
Neste capítulo, apresenta-se de forma resumida as informações referentes aos
projetos que venderam energia nos Leilões de Energia Nova A-4 de 2017 e 2018. A
seguir, comenta-se sobre algumas características relevantes dos empreendimentos
vendedores, e, por fim, avaliam-se os preços de energia obtidos com relação ao
histórico de contratações, discutindo-se algumas possíveis causas para a acentuada
redução verificada.
No total dos dois certames, foram contratados 398,7 MWm de energia, de um total de
413,1 MWm disponíveis dos empreendimentos que comercializaram energia,
representando 96,5% de contratação para o mercado regulado, ficando uma parcela
de 3,5% descontratada.
35
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
Preço de
Potência Potência Energia Custo
Garantia Fator de Tipo de venda na
Final Final Contratada Tecnologia Tipo de total
Empreendimento UF FDI Física Capacidade Estrutura de data do
Instalada Instalada (MW de módulo conexão declarado
(MWm) CA (%) Suporte leilão
CC (kWp) CA (kW) medios) (R$ mil)
(R$/MWh)
Água Vermelha Rastreamento Silício
SP 18748 15000 0,80 4,0 26,7% 4,0 DIT 87 173,01 145,49
IV 1 eixo Policristalino
Rastreamento Silício
Água Vermelha V SP 37498 30000 0,80 7,9 26,3% 7,9 DIT 174 346,01 145,49
1 eixo Policristalino
Água Vermelha Rastreamento Silício
SP 37498 30000 0,80 7,9 26,3% 7,9 DIT 174 346,01 146,66
VI 1 eixo Policristalino
Rastreamento Silício Rede de
BRIGIDA PE 37417 27000 0,72 8,9 33,0% 8,9 190 470,79 144,90
1 eixo Policristalino Distribuição
Rastreamento Silício Rede de
BRIGIDA 2 PE 41571 30000 0,72 8,9 29,7% 8,9 212 700,77 143,60
1 eixo Policristalino Distribuição
SÃO GONÇALO Rastreamento Silício
PI 48478 30000 0,62 10,2 34,0% 9,9 Rede Básica 243 678,80 146,67
1 1 eixo Policristalino
SÃO GONÇALO Rastreamento Silício
PI 48478 30000 0,62 10,2 34,0% 9,9 Rede Básica 243 678,80 145,50
10 1 eixo Policristalino
SÃO GONÇALO Rastreamento Silício
PI 48478 30000 0,62 10,2 34,0% 9,9 Rede Básica 243 678,80 146,67
2 1 eixo Policristalino
SÃO GONÇALO Rastreamento Silício
PI 48478 30000 0,62 10,2 34,0% 9,9 Rede Básica 243 678,80 145,99
21 1 eixo Policristalino
SÃO GONÇALO Rastreamento Silício
PI 48478 30000 0,62 10,2 34,0% 9,9 Rede Básica 243 678,80 145,00
22 1 eixo Policristalino
SÃO GONÇALO Rastreamento Silício
PI 48478 30000 0,62 10,2 34,0% 9,9 Rede Básica 243 678,80 146,67
3 1 eixo Policristalino
SÃO GONÇALO Rastreamento Silício
PI 48478 30000 0,62 10,2 34,0% 9,9 Rede Básica 243 678,80 146,67
4 1 eixo Policristalino
SÃO GONÇALO Rastreamento Silício
PI 48478 30000 0,62 10,2 34,0% 9,9 Rede Básica 243 678,80 146,67
5 1 eixo Policristalino
Sertão Solar Rastreamento Silício
BA 29388 28000 0,95 6,8 24,3% 6,8 Rede Básica 154 652,00 143,50
Barreiras I 1 eixo Policristalino
Sertão Solar Rastreamento Silício
BA 29388 28000 0,95 6,8 24,3% 6,8 Rede Básica 154 652,00 143,50
Barreiras II 1 eixo Policristalino
Sertão Solar Rastreamento Silício
BA 29388 28000 0,95 6,8 24,3% 6,8 Rede Básica 154 652,00 146,60
Barreiras III 1 eixo Policristalino
36
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
Rastreamento Silício
ALEX I CE 41 796 30 000 0,72 10,2 34,0% 10,0 Rede Básica 146 000,00 118,00
1 eixo Monocristalino
Rastreamento Silício
ALEX III CE 41 796 30 000 0,72 10,2 34,0% 10,0 Rede Básica 137 500,00 118,00
1 eixo Monocristalino
Rastreamento Silício
ALEX IV CE 41 796 30 000 0,72 10,2 34,0% 10,0 Rede Básica 137 500,00 118,00
1 eixo Monocristalino
Rastreamento Silício
ALEX IX CE 41 796 30 000 0,72 10,2 34,0% 10,0 Rede Básica 137 500,00 118,39
1 eixo Monocristalino
Rastreamento Silício
ALEX V CE 41 796 30 000 0,72 10,2 34,0% 10,0 Rede Básica 137 500,00 118,00
1 eixo Monocristalino
Rastreamento Silício
ALEX VI CE 41 796 30 000 0,72 10,2 34,0% 10,0 Rede Básica 137 500,00 118,00
1 eixo Monocristalino
Rastreamento Silício
ALEX VII CE 41 796 30 000 0,72 10,2 34,0% 10,0 Rede Básica 137 500,00 118,39
1 eixo Monocristalino
Rastreamento Silício
ALEX VIII CE 41 796 30 000 0,72 10,2 34,0% 10,0 Rede Básica 137 500,00 118,25
1 eixo Monocristalino
Rastreamento Silício
ALEX X CE 41 796 30 000 0,72 10,2 34,0% 10,0 Rede Básica 137 500,00 118,39
1 eixo Monocristalino
ETESA 17 São Rastreamento Silício
PI 34 848 29 976 0,86 8,4 28,0% 6,7 Rede Básica 169 885,00 117,80
João do Piauí I 1 eixo Policristalino
37
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
38
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
O maior destaque dos dois leilões A-4, de 2017 e 2018, foram os preços de venda
obtidos, significativamente inferiores aos dos leilões anteriores. A Tabela 7 indica as
quantidades comercializadas e preços de venda a cada leilão nos quais ocorreu
comercialização, bem como o preço-teto estabelecido em cada competição.
Verifica-se que, em termos nominais, os preços médios dos dois últimos leilões A-4
foram inferiores à metade dos obtidos nos dois leilões do ano de 2015. Atualizado pelo
IPCA, o preço médio de 2018 foi cerca de 1/3 daquele do leilão com maior preço de
4
Valores atualizados pelo IPCA para agosto de 2018
39
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
1.000 400
800
300
600 250
200
400 150
100
200
50
0 0
LER/2014 1º LER/2015 2º LER/2015 A-4/2017 A-4/2018
Leilão
Potência Contratada (MW) Preço médio atualizado (R$/MWh)
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após 9 leilões com cadastramento de projetos de usinas solares fotovoltaicas, verifica-
se uma constante evolução dos projetos cadastrados. Dentre as tendências, duas se
destacam: o uso de estruturas de rastreamento de um eixo, e a redução da relação
entre as potências CA e CC, resultando em maior carregamento dos inversores. Ambas
essas práticas levam a fatores de capacidade mais elevados, e a produções mais
constantes ao longo do dia. Quanto ao recurso nos locais das usinas, demonstrou-se
não ter havido variações significativas, a menos da redução da variação dos valores
40
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Ministério de Minas e Energia
extremos, indicando que não tem havido alteração das localizações ao longo do
histórico.
Os custos declarados, por sua vez, apresentaram uma leve tendência de queda,
principalmente no último leilão. Na moeda nacional, a magnitude dessa queda foi
pequena, sendo mais próxima da verificada em outros mercados quando analisada em
dólares americanos. Entre os custos detalhados, o único componente que manteve
uma tendência clara de queda foram os módulos fotovoltaicos, enquanto inversores e
estruturas permaneceram em níveis semelhantes nos três leilões nos quais se possui
essa informação.
REFERÊNCIAS
INPE. Atlas Brasileiro de Energia Solar. 2ª Edição, São José dos Campos, 2017.
41
Projetos Fotovoltaicos nos Leilões de Energia
Estações Solarimétricas Instaladas
EPE-DEE-NT-091/2018-r0
ANEXO I
para atendimento às exigências
dos leilões de energia
MA
±
PA CE
RN
PB
PI
PE
AL
TO
SE
BA
MT
GO DF
MG
ES
Fonte: Atlas
SP RJ Brasileiro de
Energia Solar
2° Edição
(INPE, 2017)
Estações Solarimétricas
PR
Data: 17/10/2018
Fonte: Sistema AEGE/EPE
0 112,5 225 450 Km Base municipal: IBGE 2010
SC
RS
UFV - VENCEDORES
EPE-DEE-NT-091/2018-r0
Empreendimentos Fotovoltaicos Vendedores nos Leilões de Energia
ANEXO II
(potência agregada por município)
Norte e Nordeste
± MT
Sudeste / Centro-Oeste
BA
±
DF
GO
PA
MG
ES
MA
CE MS
RN
SP RJ
PB
PI PR
PE 0 75 150 300 km
Convenções
AL
TO VENDEDORES
Fundo: Irradiação Global
SE Horizontal (Wh/m².dia)
Potência agregada
por município (MW)
Escala de cores (referências):
200.000
BA 2014
2015
MG
Data: 17/10/2018
DF Fonte: Sistema AEGE/EPE
0 80 160 320 km Base municipal: IBGE 2010