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Estudo 19 - Provérbios

Orientações para o viver

Texto bíblico - Provérbios 1 a 31 Texto áureo - Provérbios 1.1-4

"Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel:


Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem
as palavras de inteligência; para se instruírem em sábio procedimento,
em retidão, justiça e eqüidade; para se dar aos simples prudência
e aos jovens conhecimento e bom siso."

Introdução

Provérbio, palavra latina que quer dizer “pro” antes e “verbum” palavra, ou seja, um pensamento
já existente que serve como diretriz para algo novo a ser feito ou comparação para algo novo que está
sendo feito. Em geral os provérbios voltam-se para os conselhos próprios para uma vida harmoniosa em
sociedade. Alguns tratam da boa educação nas relações sociais; e outros, da necessidade de a pessoa saber
se controlar, também de assuntos de moral, de bom senso, e de boas maneiras. Os provérbios revelam a
sabedoria dos antigos mestres sobre o que a pessoa sábia deve fazer em certas situações. Alguns
provérbios são a respeito das relações de família; outros, sobre o comportamento nos negócios. Entre
outras coisas, eles ensinam a humildade, a paciência, o respeito pelos pobres e a lealdade para com os
amigos. Enfim, o provérbio é quase sempre uma declaração expressiva, incisiva e concisa, com o intuito
de transmitir com objetividade uma idéia ou pensamento.

No hebraico, a palavra similar seria “mashal”, similar ou comparação. No grego a palavra é


"parabolê", que quer dizer posto ao lado, para servir de comparação. Os livros chamados de sabedoria
eram bem presentes nas culturas antigas. Livros que se voltavam para máximas ou provérbios. Na
literatura grega, as fábulas de Esopo, nos séculos VII ou VI a.C. marcaram época. Mais tarde La Fontaine,
célebre escritor francês (1621-1695) tornou-se famoso por suas fábulas. Tanto um como outro
maximizaram em suas épocas o ramo editorial de por meio de fábulas e máximas as mais diversas, quase
sempre com uma conclusão concisa que se transformava depois em um ditado popular. A cultura judaica
não poderia ficar ausente neste painel, razão porque, um de seus reis, o homem tido como o mais sábio do
mundo, se encarregou de criar então os livros de sabedoria do povo de Deus. Juntamente com ele, o livro
de Provérbios, podemos enquadrar também o Eclesiastes e o Cântico dos Cânticos, todos de autoria
atribuída a Salomão.

Em 1Reis 4.32, está registrado “ele proferiu três mil provérbios, e foram os seus cânticos 1005".
Nem todos foram registrados na Bíblia, pois se somarmos os seus escritos nos três livros a ele atribuídos,
temos em Provérbios 31 capítulos com 915 versículos, Eclesiastes com 12 capítulos e 222 versículos e
Cântico dos Cânticos com 8 capítulos e 117 versículos, e mesmo adicionando-se os dois salmos a ele
atribuídos (72 e 127) com mais 25 versículos, chegaremos a um total, usando a unidade de versículos, que
chega apenas ao número de 1.279, muito distante portanto dos 4..005 que a Bíblia atribui a ele.

I - Dados históricos e preliminares

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Os provérbios de Salomão exaltam as virtudes da sabedoria, associada sempre à retidão de
caráter, condenando sempre os vícios da insensatez que o autor associa sempre à falta de temor a Deus.
Sua autoria está declarada logo no início do texto (1.1,2), lembrando-se sempre que pode ter sido tudo
coligido por uma equipe de escribas do rei, como lemos em 25.1 onde se registra que praticamente 200
anos depois de Salomão, uma equipe de escribas da corte do Rei Ezequias (727 a 698 a.C.) se encarregou
de coligir alguns deles. Lembremo-nos que ao tempo de Salomão a ordem do templo e do governo foi
estabelecida de maneira formal, não sendo nada de mais que nos momentos em que o rei proferia suas
decisões, seus juízos, seus conselhos, diante da corte, um secretário de atas, uma espécie de amanuense,
um escriba, enfim, estivesse de serviço ao lado, registrando tudo que era proferido pelo rei. Isto se tornou
normal e natural, passando-se mais tarde a função para o taquígrafo ou o estenógrafo, para hoje nos
tempos da modernidade a multiplicidade dos gravadores eletrônicos de áudio e de vídeo que são
colocados à disposição de todas as autoridades para registro fiel de suas palavras em seus pareceres e
decisões.

O texto de 1Reis é claro e objetivo em comentar a sabedoria de Salomão, razão pela qual os
estudiosos não têm dúvidas em atribuir a ele, que reinou em Israel de 985 a 945 a.C. os textos que
passaram a fazer parte do cânon bíblico nesses três livros: "Ora, Deus deu a Salomão sabedoria, e
muitíssimo entendimento, e conhecimento múltiplos, como a areia que está na praia do mar. A
sabedoria de Salomão era maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos
egípcios. Era ela ainda mais sábio do que todos os homens... e a sua fama correu por todas as nações
em redor... Dissertou a respeito das árvores, desde o cedro que está no Líbano até o hissopo que brota
da parede; também dissertou sobre os animais, as aves, os répteis e os peixes. De todos os povos vinha
gente para ouvir a sabedoria de Salomão, e da parte de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua
sabedoria."

O livro que promove a sabedoria tem como razão de ser a necessidade que Salomão recebera de
seu pai, Davi, de estabelecer um reino de verdade, uma nação estruturada e institucionalizada. Para isto
ela precisaria de princípios e fundamentos morais e sociais que a conduzissem em todo o tempo. Salomão
vai então dedicar parte de seu reinado, a primeira metade do mesmo, possivelmente, para o desempenho
desta tarefa.

II - Esboço básico do livro - Sua divisão

Livro de sabedoria prática. Em seus 31 capítulos e 915 versículos ensina que a religião ou o temor
a Deus está ligado aos problemas comuns da vida. Começa lembrando que para ser sábio, é preciso
primeiro temer a Deus, o Senhor. Trata de assuntos de moral, bom senso e boas maneiras e uma forma
simples de divisão do livro seria a seguinte:

1. Instrução paterna (provérbios de pai para filho, ensinando sobre a vida) – 1 a 7;


2. Provérbios de Salomão: 1a. Parte exaltando a sabedoria como maior das virtudes – 8.1 a 22.16;
3. Provérbios dos sábios seus contemporâneos: 1ª. Parte - 22.17 a 24.22;
4. Provérbios de outros sábios: 2ª. Parte – 24.23 a 34;
5. Provérbios de Salomão 2ª. Parte – 25 a 29;
6. Provérbios de Agur (30), de Lemuel (31.1-9) e de exaltação à mulher virtuosa (31.10-31),
possivelmente coligidos pelas escribas de Salomão dentre outros sábios para complementação do livro.

III - A visão global do texto

Num texto tão rico sobre conselhos e práticas cotidianas, fica difícil escolher alguns itens para
realce ou destaque. O que podemos retirar deste painel imenso que o livro retrata para nós, como uma
visão global do texto é, sem dúvida, a intenção do autor de coletar em seu trabalho, o maior número
possível de orientações básicas para a vida com o fim, mui provavelmente, de que tais conselhos e
sinalizações venham a servir de referência para os seus filhos e as gerações mais jovens em formação.
Com este trabalho, deixaria ele para a posteridade de seu povo, uma espécie de receituário moral e social
vindo ao encontro do conselho de seu pai, o rei Davi, quando disse (1Cr 22.12): "Tão somente te dê o
Senhor prudência e entendimento para governares sobre Israel, e para guardares a lei do Senhor teu
Deus."

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Não podemos, no entanto, deixar de observar que a grande ênfase contida na mensagem do livro é
o verdadeiro hino que ele se constitui à sabedoria humana, procurando destacar aquilo que pela
inteligência, percepção mental e elucubração intelectual o homem pode construir em seu viver para a
harmonia com a natureza, o melhor relacionamento com o próximo, e o devido posicionamento diante de
Deus, o Senhor Pai.

IV - Os pontos principais em destaque

Num livro tão rico em princípios e conceitos, vamos destacar alguns aspectos:

1. A orientação paterna: Uma das partes mais expressivas do livro de Provérbios é a que ele
dedica aos cuidados que devem ter os pais com a educação dos filhos. É memorável a preocupação que o
rei demonstra para aquilo que deve ser feito para a melhor formação dos filhos. Começa com um dos mais
belos ditados que deve servir de roteiro para toda e qualquer juventude em qualquer época: "O temor do
Senhor é o princípio da sabedoria". Continua aconselhando, "ouve a instrução de teu pai, e não deixes
os ensinos de tua mãe." Interessante a atenção que o rei traz para a responsabilidade do casal na
educação dos filhos. Ele não a transfere para os professores, a escola, o pastor, a igreja, o rei-sábio
aconselha com segurança que a educação filial começa em casa.

2. A excelência da sabedoria: Chama-nos atenção no texto, a exaltação que Salomão faz à


sabedoria como instrumento de desenvolvimento da vida do ser humano. Observem que estamos vivendo
uma época muito voltada para as coisas imediatistas da vida e de sobrevivência básica do ser humano.
Preocupações filosóficas e elucubrações voltadas para a meditação e a reflexão eram procedimentos
muito distantes da realidade do homem do século 10 a.C. No entanto, o rei-sábio nos traz palavras de
sublime profundidade em termos da sabedoria humana: "O que atende à instrução está na vereda da
vida... Quem anda em integridade anda seguro... A bênção do Senhor é que enriquece... O caminho do
Senhor é fortaleza para os retos... Quando não há sábia direção o povo cai." E, por aí segue o escritor
exaltando a busca pela sabedoria e o trabalho pelo conhecimento, de forma que a humanidade deixando
de condicionar-se apenas pelos aspectos materiais e físicos da vida, abra o seu entendimento para
perceber as belezas e riquezas contidas na mente e no intelecto.

3. A criação reescrita por Salomão: Um dos textos mais belos e profundos do livro de
Provérbios é o que está contido no seu capítulo 8 de 22 a 31. Para muitos estudiosos da Palavra de Deus é
a criação do Gênesis sendo reescrita por Salomão. É interessante que ele descreve a figura da sabedoria,
como pessoa presente e mentora da criação de Deus, no sentido de que ele chama atenção para que foi
somente pela existência dela que o Senhor teria criado em primeiro lugar, tudo se fez. Sem dúvida, há
muito de verdade nesta linguagem metafórica de Salomão, pois como uma criação magnífica como esta
que recebemos do Senhor teria sido concebida sem um mínimo de sabedoria e conhecimento em seu
cerne e origem? Façam a leitura e observem que a mesma ordenação dos seis dias do Gênesis é aqui
registrada. Registre-se ainda, a alegria e júbilo da sabedoria que se intitula como arquiteta de tudo que se
fazia, no momento em que a criação se completa com a chegada dos "filhos dos homens".

4. A sabedoria aplicada às coisas simples e humildes da vida: Uma das coisas nas interessantes
do livro de Provérbios é como o sábio escritor soube aplicar às coisas simples e comuns da vida, o bom
uso da sabedoria, aquilo que poderíamos chamar de bom-senso prático. O sábio Salomão nos ensina com
tais conselhos que a sabedoria não precisa ficar presa aos páramos dos conceitos e princípios abstratos e
áridos, mas também abrir espaço para a aplicação simplória e humilde de seus passos por todos os
homens: "A resposta branda, desvia o furor... em todo o trabalho há proveito... a soberba precede a
destruição... não é bom agir sem refletir... feliz é o homem que teme ao Senhor continuamente". Por
certo, todos temos conhecido pessoas simples e humildes que sem dispor de grande conhecimento
intelectual são homens e mulheres de um bom-senso prático extraordinário para a vida do dia-a-dia.

V - Sua contextualização
Por sua vez, tais destaques servem de base também para uma fácil contextualização dos mesmos:

1. Será que estamos assumindo nossa responsabilidade paterna? Pais e mães crentes que
somos hoje estamos dando o devido cuidado à educação dos nossos filhos? Ou a estamos transferindo

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para outros? Existe uma infeliz tendência moderna de pais transferirem para outros a responsabilidade
que deveria ser prioritária e primeiramente deles, apenas. Hoje, a creche serve para isto... a escola
também... a professora no colégio... as "tias" na EBD... Infelizmente há uma geração de pais que acha
normal e natural fazer isto. Pagam para tal e com isto se alienam do dever pessoal e da responsabilidade
que seria deles apenas, de construírem a formação de seus filhos, através do exemplo, do diálogo, do
ensino, da repreensão quando necessária. Os conselhos de Salomão nos apontam para uma educação
solidária, responsável, onde pais e mães, não abrem mão de seu dever divino e primário de educarem os
filhos nos caminhos do Senhor.

2. Será que exaltamos a criação de Deus como devíamos? Diante da beleza da criação
conforme descrita no capítulo 8 que já citamos em nosso estudo aqui, fica a indagação se estamos dando o
devido valor e apreciação à soberba criação que herdamos do Pai? No século em que vivemos estamos
assistindo à deterioração da natureza por causa dos crimes cometidos pelo homem contra o equilíbrio
ecológico. Como crentes em Cristo, diante do desaquecimento polar, do enfraquecimento da camada de
ozônio, do desmatamento desenfreado, das espécies em extinção, temos que clamar para o mundo a
necessidade da conservação ambiental de forma que ajudemos na preservação das belezas e das bênçãos
do mundo de Deus.

3. Será que não nos ensoberbecemos com as bênçãos que Deus nos dá? Um dos destaques que
o livro de Provérbios nos traz é o cuidado que devemos ter com a nossa conduta pessoal. Nada de
vaidade, de inveja, de preguiça, de cobiça, de mentira, de má intenção... O ser humano diante de Deus
deve buscar uma vida pautada pelos bons caminhos: "O galardão da humildade e do temor do Senhor é
riquezas, e honra e vida... O desejo do preguiçoso o mata... A testemunha mentirosa perecerá... O
cobiçoso levanta contendas..." Como crentes hoje temos que ter cuidado em evitar que pelas bênçãos do
Senhor que nos são dadas com tanta abundância pelo amor de Deus, sejamos levados a envaidecer-nos e
perdermos de foco a presença do Senhor Deus em nosso viver. Que tenhamos como advertência para a
vaidade o texto de 29.23: A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra".

4. Será que não nos perdemos em nossos exercícios mentais? Uma das coisas para as quais nos
devemos acautelar no mundo moderno de hoje é o de não sermos envolvidos pela febre e volúpia da
mídia moderna da informação ou da comunicação, de forma a virmos a perder o foco de nossa identidade
com o Senhor. São tão fartos hoje os caminhos oferecidos ao homem moderno do conhecimento
tecnológico, da investigação científica, que vamos perdendo de vista as coisas simples e corriqueiras do
viver, como a Palavra de Deus nos adverte e ficamos presos e cativos da informática, da internet e de tudo
aquilo que a computação moderna nos oferece. Em razão disto, muito de nossos jovens estão perdendo a
identificação com o Pai e pensando apenas naquilo que pode receber da nova revista na Banca, no novo
"site" da internet, no novíssimo lance da mídia, do telefone celular, do i-pod, do palm-top e esquecemo-
nos de que "os sábios entesouram o conhecimento e a alma generosa é esta que prospera".

Conclusão
A Bíblia é um livro precioso em todos os aspectos. Sendo a revelação completa de Deus ao
homem, não poderia faltar a ela um texto como este, quando a capacidade humana em sua mais
esplendorosa manifestação, a inteligência, é pela inspiração do Senhor exaltada aos nossos olhos pela
visão do mais sábio dos homens.

"Olho"

O livro que promove a sabedoria tem como razão de ser a necessidade que Salomão recebera
de seu pai, Davi, de estabelecer um reino de verdade, uma nação estruturada e institucionalizada. Para
isto ela precisaria de princípios e fundamentos morais e sociais que a conduzissem em todo o tempo.
Salomão vai então dedicar parte de seu reinado, a primeira metade do mesmo, possivelmente, para o
desempenho desta tarefa.

Leituras diárias:
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Pv 1 a 4 Pv 5 a 8 Pv 9 a 12 Pv 13 a 17 Pv 18 a 22 Pv 23 a 27 Pv 28 a 31

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