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eucaliptocultura

e preservação
ambiental
preservação ambiental
eucaliptocultura e

eucaliptocultura e preservação ambiental

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sumário
eucaliptocultura
e preservação ambiental
florestas plantadas 05

eucaliptocultura 08

verdades e mitos 14

suzano papel e celulose


eucaliptocultura

e manejo sustentável 20

parcerias com a sociedade 30

glossário 36

para saber mais 38


preservação ambiental
eucaliptocultura e

Mucuri, sul da Bahia: florestas plantadas


e florestas nativas

02-03 eucaliptocultura e preservação ambiental

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eucaliptocultura
e preservação
ambiental
Suzano Papel e Celulose é uma empresa brasi-
leira, fundada há mais de oito décadas, e sua
trajetória é marcada pelo pioneirismo e inova-
ção, pelo desenvolvimento em parceria com a
sociedade e pelo respeito ao meio ambiente. Pioneira mundial no
desenvolvimento da tecnologia da produção de celulose a partir
do eucalipto – atualmente adotada em larga escala não só no
Brasil, mas em várias partes do mundo –, a Empresa é um dos
o plantio maiores fabricantes de papel e celulose da América Latina.
florestal reduz a Até o fim desta década, com a expansão de sua unidade
pressão sobre industrial localizada em Mucuri, no sul da Bahia, atualmente
as florestas em curso, a Empresa estará entre os dez maiores produtores
nativas de celulose do mundo, passando a ser o segundo maior em
celulose de eucalipto.
Como toda a sua produção é feita a partir de árvores plan-
tadas para esse fim, a Empresa também é responsável por
grandes áreas de plantio, seja em áreas próprias ou por meio
de projetos de fomento florestal. Em todas elas, realiza o
manejo florestal sustentável – conjunto de tecnologias e prá-
ticas de gestão capazes de conciliar o cultivo do eucalipto de
forma economicamente viável, com conservação dos recursos
naturais, a preservação ambiental e o respeito às comunidades
áreas de plantio entremeadas por
corredores de vegetação nativa (no alto) localizadas em suas áreas de influência.

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a
ão
o

florestas plantadas
o mundo inteiro, as florestas nativas foram exploradas
irracionalmente ao longo dos séculos, devido à grande
demanda de madeira, que durante muito tempo foi o principal
combustível disponível e matéria-prima para as construções.
Atualmente, aos poucos, as florestas plantadas vêm ocupan-
do esse papel, promovendo a preservação e a restauração das
florestas nativas remanescentes.
O Brasil é o sétimo país do mundo em áreas plantadas com
florestas. São cerca de 5,5 milhões de hectares, aproximada-
mente 7,7% das áreas agriculturáveis do País. Sua presença se
traduz em ganhos ambientais evidentes, pois reduz a pressão
sobre as florestas naturais, contribui para a recuperação de
áreas degradadas e preserva os solos. plantio de mudas
de eucalipto,
As características climáticas do Brasil e a tecnologia de manejo em Mucuri

florestal aqui desenvolvida fazem da eucaliptocultura uma


atividade extremamente promissora, economicamente viável,
ambientalmente correta e socialmente justa.
Com esta publicação, a Suzano Papel e Celulose tem por
objetivo divulgar a importância e as vantagens da eucaliptocultura
preservação ambiental

para a economia, o meio ambiente e a sociedade brasileira e


eucaliptocultura e

esclarecer alguns mitos que cercam essa cultura. As práticas de


manejo florestal da Empresa mostram que é possível produzir com
respeito ao meio ambiente e a todas as partes interessadas. 04-05

04-05 eucaliptocultura e preservação ambiental

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negócios florestais
florestas s florestas plantadas já somam cerca de 5,5 milhões de
plantadas hectares no Brasil. A maior parte, mais de 3 milhões de
hectares, destina-se à produção de papel e celulose, mas o
áreas plantadas
setor congrega também as empresas florestais voltadas para
5,5 milhões de hectares
geração de energia, indústria moveleira, painéis de madeira
áreas de preservação
e madeira sólida.
1,6 milhão de hectares
A cadeia produtiva, que tem por base as florestas plantadas,
geração de valor gera cerca de 4,1 milhões de empregos e é responsável por
US$ 23 bilhões 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar desses números
exportações expressivos, a participação brasileira no mercado mundial ainda
US$ 7,5 bilhões é pequena e o setor de florestas plantadas está em expansão.
Plantar florestas vem se consolidando como um bom negó-
superávit
US$ 5 bilhões
cio e atraindo um número crescente de pequenos e médios
proprietários rurais. Em 2005, esse segmento foi responsável
impostos
por 23% das novas áreas de florestas plantadas, por meio de
US$ 3,4 bilhões
projetos de fomento florestal.
empregos
4,1 milhões
(diretos e indiretos)

estradas vicinais
100 mil km

fonte: Abraf – 2004 / Sociedade Brasileira florestas plantadas: atividade em expansão que atrai um
de Silvicultura – 2005 número crescente de pequenos e médios proprietários

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florestas
de eucalipto
eucaliptocultura representa 64% das florestas plantadas no
País. O eucalipto serve de matéria-prima para a produção
de celulose e papel, carvão vegetal, chapas e aglomerados.

plantar florestas
vem atraindo um
número crescente
de pequenos
e médios
proprietários
rurais

plantios atuais
eucalipto
3,3 milhões

pinus
1,9 milhão
preservação ambiental

outros*
eucaliptocultura e

0,3

Sociedade Brasileira de Silvicultura – 2005


*acácia, araucária, teca, populus e
seringueira

06-07 eucaliptocultura e preservação ambiental

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eucaliptocultura
atural da Austrália,
durante milhares de
anos o eucalipto evoluiu em
diversos ambientes, o que lhe
conferiu grande resistência,
crescimento rápido.
Essas características e mais
a sua fácil adaptação às mais
diferentes condições de solo e
clima fazem do eucalipto uma
espécie ideal para a consti-
tuição de florestas plantadas
e uma alternativa ao uso de
florestas naturais.
O plantio sistemático teve
início nas três primeiras dé-
cadas do século 19 e, no
século 20, o eucalipto pas-
sou a ser a espécie florestal
mais plantada no mundo,
frente à crescente demanda
de madeira para diversos fins.
Existem atualmente cerca
de 700 espécies de eucalipto
no planeta. Elas pertencem
à família das Mirtáceas – a
mesma da goiabeira, da jabu-
ticabeira e da pitangueira.

no século 20, o eucalipto


passou a ser a espécie florestal
mais plantada no mundo

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preservação ambiental
eucaliptocultura e

08-09 eucaliptocultura e preservação ambiental

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eucalipto
no Brasil
s primeiros eucaliptos chegaram ao Brasil por volta de dormentes de
1825, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, como planta estrada de ferro,
ornamental. Mais tarde, em 1868, passou a ser plantado no
lenha para
Rio Grande do Sul para lenha e quebra-ventos.
fogões domésticos
A eucaliptocultura propriamente dita começou no início do
e caldeiras de
século 20. Seu pioneiro foi Edmundo Navarro de Andrade, diretor
estrada de ferro:
do Serviço Florestal da Companhia Paulista de Estradas de Ferro,
assim o eucalipto
que, após intensas pesquisas com várias espécies, optou pelo
eucalipto para a produção de dormentes e, principalmente, de
ganhou espaço
lenha para alimentar a caldeira das locomotivas a vapor utilizadas
no Brasil
na época. No fim da década de 1930, o eucalipto já era planta-
do em escala e começava a ser utilizado como combustível na
indústria siderúrgica e como lenha para os fogões domésticos
– o fogão a gás liquefeito de petróleo (GLP) só começou a se
popularizar no Brasil no pós-guerra, no fim dos anos 1940.
Aos poucos, o eucalipto foi conquistando espaço como
alternativa energética, reduzindo a pressão sobre as florestas
nativas, já muito destruídas pelo avanço da agricultura e da
exploração madeireira. Até os anos 1960, estima-se que a área
plantada era de aproximadamente 400 mil hectares. A partir
daí, o quadro mudou radicalmente.
Em 1966, o governo brasileiro lançou um programa de incentivos
fiscais para estimular o reflorestamento, principalmente de euca-
liptos e pinus. As áreas de plantio se multiplicaram principalmente
nas regiões Sul e Sudeste, na época praticamente já destituídas
de cobertura florestal natural. Menos de dez anos depois, em
preservação ambiental

1973, um relatório da FAO indicava que a área plantada com


eucaliptocultura e

eucaliptos no Brasil era a maior do mundo, mais de 1 milhão de


hectares, mais do que o dobro da área plantada pelo segundo floresta de eucaliptos (à esquerda):
o Brasil possui uma das maiores
colocado, a Índia. áreas do mundo

10-11 eucaliptocultura e preservação ambiental

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celulose
de eucalipto
essa época, além de atender à demanda de madeira
para lenha e carvão, a eucaliptocultura destinava-se
papel fabricado também à produção de celulose – uma novidade que logo
com celulose de ganharia o mundo.

eucalipto: uma A celulose de eucalipto foi desenvolvida pela Suzano durante


os anos 1950. Na época, o desafio era encontrar uma alternativa
tecnologia brasileira
à celulose de pinus, matéria-prima importada, produzida a partir
desenvolvida
de uma árvore típica das regiões frias, cuja oferta era marcada
pela Suzano
por longos períodos de escassez, como ocorreu na época da
Papel e Celulose
Segunda Guerra Mundial. Leon Feffer, fundador das Empresas
Suzano, e seu filho Max Feffer conduziram o processo de pes-
quisa de diversas espécies, optando pelo eucalipto. No fim dos
anos 1950, a Empresa já adicionava uma parcela de celulose de
eucalipto que produzia à massa de celulose de pinus. Em 1961, a
Suzano passou a produzir papel exclusivamente a partir da celu-
lose de eucalipto. Três anos depois, começou a exportar celulose.
O Brasil passava da condição de importador para exportador.
Com um ciclo de corte médio de sete anos, o eucalipto tornou-
se a melhor opção para a produção de papel de imprimir e es-
crever, papel sanitário e papel cartão. A eucaliptocultura ganhou
força e espalhou-se por várias regiões do País e do mundo.

bobinas de papel (acima) e


chapas de celulose (ao lado)

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pesquisa e
desenvolvimento
omo toda atividade pioneira, a eucaliptocultura em seus
momentos iniciais não contava com pesquisa científica
suficiente para sustentar a atividade. Técnicas de manejo pouco
desenvolvidas, bem como escolha de espécies inadequadas para
as condições de plantio, traduziam-se em florestas de baixa
produtividade e manejo inadequado.
No entanto, nos últimos 30 anos, as empresas e os centros de
pesquisa acumularam um amplo conhecimento científico sobre
padrão de qualidade: viveiro da Suzano
as variadas espécies de eucalipto, promoveram sua melhoria, Papel e Celulose em Mucuri (BA) e
laboratório em Itapetininga (SP)
aperfeiçoaram técnicas de produção de mudas, de preparação
e conservação dos solos, de plantio e monitoramento das flo-
restas plantadas, além de técnicas e práticas conservacionistas
para preservar e recuperar áreas degradadas, de mananciais
preservação ambiental

e de vegetação nativa.
eucaliptocultura e

O Brasil tem hoje uma das mais exigentes legislações ambien-


tais do mundo, e todo projeto florestal necessita submeter-se
a um processo de licenciamento ambiental rigoroso.

12-13 eucaliptocultura e preservação ambiental

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verdades
e mitos
s avanços da ciência e a experiência acumulada em
décadas de plantio são o melhor testemunho de que a
cultura do eucalipto é sustentável, ou seja, é economicamente
com manejo viável, traz benefícios ambientais evidentes e pode beneficiar

sustentável, a amplos segmentos da população, especialmente as comuni-


dades que vivem próximas às áreas de plantio. No entanto,
eucaliptocultura
alguns mitos ainda persistem. Vamos buscar esclarecê-los.
promove
benefícios
ambientais

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água consumo
de água
o eucalipto seca o solo?

A folhagem ou copa do eucalipto retém menos água de chuva floresta de


do que as árvores das florestas tropicais, mais densas. Nessas eucalipto
florestas, boa parte da água é retida nas copas das árvores, 900 mm/ano
evaporando-se para a atmosfera.
As raízes do eucalipto não ultrapassam 2,5 metros de profun-
didade e não alcançam os lençóis freáticos, quase sempre loca- mata
lizados em profundidades bem maiores. A maior parte da água atlântica
absorvida durante o crescimento das árvores é proveniente da 1.200 mm/ano
camada superficial do solo, alimentado pela chuva.
Além disso, sua eficiência no aproveitamento da água garante
maior produtividade quando comparado a outras culturas agrí-
colas – ou seja, o eucalipto produz mais matéria por quantidade
floresta
de água absorvida.
amazônica
1.500 mm/ano

eficiência no
uso da água
(quantidade de matéria por
litro de água consumido)

eucalipto
0,0029 kg/l

cana-de-açúcar
0,0018 kg/l

milho
0,00108 kg/l

feijão
0,0005 kg/l
preservação ambiental
eucaliptocultura e

a preservação das matas ciliares e


dos mananciais: ao lado, rio Mucuri,
na Bahia; à esquerda, no alto, vertedouro
em área de preservação

14-15 eucaliptocultura e preservação ambiental

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a conservação do solo
solo contribui para o eucalipto empobrece o solo?
a manutenção dos
rios e córregos O eucalipto possui um sistema radicular formado por uma raiz
central e uma extensa rede de raízes secundárias, que produzem
efeitos benéficos sobre o solo: deixa-o mais estruturado, aumen-
ta a capacidade de armazenamento de água, de drenagem e
de aeração. Esse sistema radicular tende a trazer os nutrientes
mais para a superfície do solo. Essa característica, aliada às
técnicas de manejo, como a de cultivo mínimo, desenvolvidas
pela Suzano Papel e Celulose, promove intensa incorporação
de matéria orgânica aos terrenos – como folhas, cascas e raízes,
ajudando a recuperar sua fertilidade.
Os nutrientes utilizados pelo eucalipto são repostos pela
decomposição dessa matéria orgânica e também por meio de
adubação. A conservação dos solos contribui para a melhoria
da qualidade dos recursos hídricos.

área de proteção em meio ao plantio,


em São Luís do Paraitinga (SP)

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biodiversidade
a eucaliptocultura cria grandes desertos verdes?

O plantio de eucalipto convive com inúmeras espécies da fauna


e da flora brasileiras, interagindo amigavelmente com outras plan-
tas em seu sub-bosque e proporcionando o abrigo e o alimento
necessário a diferentes espécies da fauna.
fauna e flora nativas encontram abrigo
A legislação ambiental brasileira exige que pelo menos 20% nas reservas da Suzano Papel e Celulose

das propriedades sejam destinadas à preservação da vegetação


nativa, além das áreas de mananciais. A Suzano Papel e Celulose
destina cerca de 40% de suas áreas para a preservação ambien-
tal, mantendo reservas naturais de alto valor de conservação.
O plantio em talhões não muito extensos, intercalados por
áreas de preservação da vegetação nativa, e a interligação dessas
áreas criam corredores ecológicos de grande extensão por onde
a fauna nativa pode circular livremente e se reproduzir.
O plantio de eucalipto também pode ser consorciado com
outras culturas agrícolas e pastoris, como vem ocorrendo em
projetos de fomento florestal mantidos pela Empresa, promo-
vendo a diversificação da produção, dinamizando a economia
e gerando emprego e renda para moradores das comunidades
de suas áreas de influência. preservação ambiental
eucaliptocultura e

16-17 eucaliptocultura e preservação ambiental

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inclusão social
o eucalipto é socialmente excludente?

A eucaliptocultura gera e distribui riqueza de várias formas


nas comunidades em que está instalada: empregos diretos e
indiretos, impostos pagos às três esferas de governo e que
devem ser aplicados localmente; investimentos em infra-
estrutura, como estradas vicinais e melhoria nos meios de
transporte em geral, criação e melhoria de serviços nas áreas
de saúde e educação.
colaboradores em São Luís do Paraitinga
(acima) e no viveiro em Mucuri, Bahia
Além disso, empresas socialmente responsáveis procuram in-
serir na cadeia produtiva os moradores da região onde atuam,
seja como fornecedores de madeira, por meio de projetos de
fomento, seja como prestadores de serviços.

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contra o
efeito estufa
inegável que estamos atravessando um período de
mudanças climáticas e ambientais. Uma das princi-
pais causas apontadas pelos cientistas é o chamado efeito
estufa, o aumento gradativo da concentração de carbono
na atmosfera, decorrente principalmente da queima de
combustíveis fósseis. Reflorestar ajuda a seqüestrar esse
excesso de carbono da atmosfera.

Florestas em formação absorvem carbono, fato reco-


nhecido e valorizado pelo Protocolo de Kyoto – acordo
internacional em vigor desde fevereiro de 2005, que tem
por objetivo reduzir as emissões de carbono em todo o
mundo em 5,2% até 2012. Para isso, estabelece limites
para a emissão dos países industrializados e cria os cha-
mados “mecanismos para o desenvolvimento limpo”,
que incluem desde a geração de energia não-poluente,
como a solar, até projetos que contribuam para remover
o carbono da atmosfera, como o plantio de florestas e a
recuperação de áreas degradadas. Os créditos de carbono
são um desses mecanismos.

As companhias que desenvolvem atividades que resultam


no seqüestro de carbono da atmosfera recebem certificados
de redução de emissões, ou créditos de carbono. Aquelas que
não conseguirem reduzir suas emissões podem optar pelo
mecanismo compensatório de compra desses créditos.

A Chicago Climate Exchange (CCX) – entidade organizada


em bases semelhantes a uma bolsa de mercadorias e
futuros – é um dos principais mecanismos de negociação
de créditos de carbono. A Suzano Papel e Celulose é a
primeira empresa de florestas plantadas exclusivamente
preservação ambiental
eucaliptocultura e

de eucalipto do mundo a ser listada na CCX.

18-19 eucaliptocultura e preservação ambiental

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suzano papel
e celulose
eucaliptocultura e
manejo sustentável
plantio de eucalipto no sul da Bahia compromisso com a sustentabilidade levou a Suzano
(acima) e área de preservação
em São Paulo (abaixo)
Papel e Celulose a desenvolver o conceito de manejo
sustentável, um conjunto de tecnologias e práticas de gestão
voltadas para o crescimento econômico, balanço ecológico
e o progresso social.
Para a Empresa, o correto manejo florestal viabiliza, simulta-
neamente, o cultivo do eucalipto e a melhoria das condições
ambientais. Suas práticas conservacionistas têm por objetivo
manter a biodiversidade e, quando necessário, adotar proces-
sos para sua progressiva restauração, melhorar as condições
para o crescimento vegetal, reduzir a exposição do solo e
preservar os recursos hídricos.

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pesquisa
científica
ioneirismo, inovação e compromisso com um de-
senvolvimento em parceria com a sociedade são mais de três
marcas constantes da trajetória da Suzano Papel e Celu- décadas de
lose em suas mais de oito décadas de atuação. A Empresa
pesquisa científica
foi pioneira mundial no desenvolvimento da celulose de
aplicada à
eucalipto porque acreditou nessa idéia e investiu anos
em pesquisa e desenvolvimento. Também foi pioneira
melhoria da
na constituição, em 1957, de uma Diretoria de Recursos produtividade
Naturais, atual Unidade de Negócio Florestal, apostando e ao manejo
na pesquisa científica aplicada ao aprimoramento da sustentável
silvicultura. Na década de 1980, novamente inovou ao
criar uma Gerência de Meio Ambiente e, em 1996, foi a
primeira empresa do setor de papel e celulose a obter a
certificação ambiental ISO 14001.

Com mais de três décadas de pesquisas, em seus próprios


laboratórios e em parceria com centros de investigação
científica no País e no exterior, a Empresa conta com um
conjunto de conhecimentos acumulados nas áreas de
melhoramento genético, biotecnologia, manejo florestal,
preservação ambiental e produção de mudas, de forma
sustentável, nos mais diferentes ambientes. laboratório em Itapetininga (SP):
pesquisa científica voltada para a
alta produtividade dos plantios
preservação ambiental
eucaliptocultura e

20-21 eucaliptocultura e preservação ambiental

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certificações
o aperfeiçoamento dos
métodos de gestão e manejo
florestal e a qualificação de seus
Colaboradores, próprios ou de
prestadoras de serviços, vêm
se traduzindo na conquista de
várias certificações.

ISO 9001
qualidade dos processos
e produtos

ISO 14001
gestão eficaz dos impactos
ambientais de suas atividades

OHSAS 18001
um reconhecimento de que
a Empresa adota os melhores
procedimentos de segurança
e saúde ocupacional

selo FSC – Forest


Stewardship Council
de manejo florestal com
respeito ao meio ambiente
e às comunidades que
vivem na região. A Unidade
da Suzano Papel e Celulose
localizada em Mucuri (BA)
conquistou o selo FSC em
2004, e a Unidade localizada
em Suzano (SP) encontra-se
em processo de certificação,
prevendo-se a conquista do
selo no fim de 2006

reserva de mata atlântica em São


Luís do Paraitinga (SP), em área de
preservação da Suzano Papel e Celulose

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biodiversidade
a Suzano Papel e Celulose, o cultivo do eucalipto é
realizado em áreas descontínuas, entremeadas por
áreas de reserva de matas nativas, formando mosaicos que
sapo-de-chifre em área de reserva no sul
asseguram a biodiversidade. As reservas nativas totalizam da Bahia; abaixo, técnico da Empresa em
atividade de monitoramento de mata
cerca de 40% da área total da Empresa – aproximadamen- nativa, em Mucuri (BA)

te 125 mil hectares. A biodiversidade nas áreas plantadas


é garantida por meio de rigoroso planejamento ambien-
tal, realizado por equipe multidisciplinar. As práticas que
contribuem para a sustentabilidade do sistema incluem
o respeito aos recursos hídricos e a delimitação dos
corredores de vegetação natural para a movimentação
da fauna e de restauração da vegetação nativa.

as práticas
de manejo
sustentável
incluem técnicas
de preservação
da biodiversidade

controle
Política para Manutenção da Biodiversidade no Manejo
Sustentável de Plantações, mantida pela Empresa desde
1999, implica o monitoramento constante da diversidade bioló-
gica em suas áreas. O Bioindex (índice de Diversidade Biológica)
permite avaliar a composição dos grupos genéticos de clones
e de sementes de eucalipto em idades de plantio, bem como a
proporção das áreas de reserva nativa presentes nos mosaicos
preservação ambiental

das paisagens, o tipo e a fragmentação da cobertura vegetal.


eucaliptocultura e

Com isso, é possível determinar as áreas que merecem maior


atenção do ponto de vista da diversidade biológica, direcionando
o manejo florestal para o aumento da diversidade.

22-23 eucaliptocultura e preservação ambiental

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monitoramento
das florestas
rios de montanha, acima, em São Paulo,
nativas
e de planície, na Bahia, abaixo

s áreas de preservação ambiental mantidas pela Em-


presa incluem reservas de mata atlântica e cerrados,
mata atlântica
considerados verdadeiros tesouros ecológicos, as chamadas
Considerada Patrimônio
florestas de alto valor de conservação. São fragmentos rema-
Natural da Humanidade
pela Unesco, a mata
nescentes de vegetação nativa original, ricas em biodiversi-

atlântica é o bioma dade, com a presença de espécies ameaçadas de extinção,


de maior diversidade muitas vezes endêmicas. Nessas áreas são desenvolvidos
biológica do planeta e sofi sticados programas de monitoramento e preservação
também um dos mais ambiental, em parceria com centros de pesquisa e universi-
ameaçados. De sua área dades, como a Universidade Federal de Viçosa e o Instituto
original, superior a 1,3 de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef) da Universidade de
milhão de quilômetros São Paulo, entre outros, com o objetivo de verificar a saúde
quadrados, restam das florestas, prevenir possíveis impactos e aperfeiçoar a
apenas 7,3% em
tecnologia de preservação da Empresa. Em áreas definidas, as
fragmentos descontínuos.
espécies da flora são identificadas e medidas, registrando-se o
Engloba diversificados
comportamento da sucessão ecológica, ou seja, da seqüência
ecossistemas florestais,
natural em que as diferentes espécies surgem e se desenvolvem
de grande riqueza em
em um determinado ecossistema.
patrimônio genético e
paisagístico. Calcula-se
que 55% das suas espécies
arbóreas e 40% das não-
arbóreas são endêmicas,
bem como 70% no
caso das bromélias e
orquídeas. Também são
endêmicos 39% dos
mamíferos que vivem na
floresta, que abriga mais
de 15% dos primatas
existentes no Brasil.

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a mata atlântica
e da avifauna abriga mais de
600 espécies
de aves e sua
presença de aves é um indicador universalmente reco- presença é
nhecido das condições ambientais de uma determinada um indicador
área. Por isso, o monitoramento da avifauna é uma forma da saúde dos
de acompanhar as alterações e os resultados de melhorias ecossistemas
introduzidas no manejo florestal e no meio ambiente. A Su-
zano Papel e Celulose está investindo nesse monitoramento
em suas áreas de plantio, contando com apoio e parceria
de equipes técnicas de centros de pesquisa e universidades saíra-de-sete-cores (no alto) e
tiê-sangue, aves endêmicas da
mata atlântica, encontradas nas áreas
como a Fundação Pró-Natureza (Funatura). O monitoramen- de reserva da Suzano
to é feito em áreas florestais de alto valor de conservação,
em corredores de conexão entre fragmentos de vegetação
nativa, bem como em áreas de plantio.
Em São Paulo, o monitoramento já detectou a presença
preservação ambiental

de 30% das espécies existentes em todo o Estado, nove


eucaliptocultura e

delas na lista estadual de espécies ameaçadas de extinção,


como o gavião florestal Accipiter poliogaster, ou o pichochó
Sporophila frontalis.

24-25 eucaliptocultura e preservação ambiental

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coleta de sementes,
produção replantando
de mudas em
viveiro e plantio:
a silvicultura
florestas
recupera áreas
florestais
o sul da Bahia e norte do Espírito Santo, onde as áreas
da Suzano incluem grandes extensões de antigas pastagens,
a Empresa já plantou 1,95 milhão de mudas de espécies nativas,
nos últimos 15 anos, para a recuperação da cobertura vegetal.
Com apoio técnico da Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (Esalq-USP), a Empresa otimizou sua metodologia de
restauração de áreas degradadas, utilizando técnicas variadas,
dependendo da situação do terreno. Em 2006, serão replanta-
dos 260 hectares, com mudas de 90 espécies da mata atlântica,
desenvolvidas em viveiro a partir de sementes coletadas em
equipes de silvicultores realizam plantio
de mudas de espécies nativas diferentes áreas da própria Empresa.

Eucaliptocultura5.indd 26 5/31/06 7:08:32 PM


manejo
sustentável
e a água
s técnicas de manejo que protegem o solo contra a a proteção dos
erosão também contribuem para evitar o assoreamento mananciais e o
dos cursos d´agua. Em todas as suas áreas de plantio, a Empresa controle de
respeita as normas de preservação dos mananciais definidas em
efluentes mantêm
lei, mantendo a vegetação nativa em pelo menos 50 metros em
a qualidade e
torno das nascentes e 30 metros ao longo dos cursos d’água. Sua
a quantidade de
ação, porém, vai além das exigências legais: realiza um manejo
integrado das microbacias presentes em suas áreas, faz moni-
água disponível
toramento da qualidade e da disponibilidade, tanto das águas
superficiais quanto das subterrâneas, em parceria com o Ipef.
Nas fábricas da Empresa, o tratamento de efluentes recu-
pera todos os produtos químicos utilizados na fabricação
de papel e celulose. Os resíduos orgânicos são tratados por
processos biológicos de modo que a água que retorna ao
meio ambiente não provoca impactos e cumpre as normas
nacionais e internacionais de controle ambiental.
preservação ambiental
eucaliptocultura e

manejo sustentável inclui a preservação


dos recursos hídricos

26-27 eucaliptocultura e preservação ambiental

Eucaliptocultura5.indd 27 5/31/06 7:08:37 PM


plantio em
mosaico e
o plantio em talhões de diferentes idades
cultivo mínimo
e composições clonais (acima) reduz o
impacto ambiental e visual; o plantio
entremeado com áreas de matas nativas
preserva a biodiversidade
plantio em mosaico é um dos elementos do manejo
sustentável: os talhões de plantio não são muito gran-
des e, sempre que possível, entremeados por fragmentos de
vegetação nativa, formando os corredores ecológicos. Como
o eucalipto é colhido aos sete anos, procura-se dividir as áreas
de plantio em sete setores, plantadas de forma rotativa, uma
por ano. Esse mesmo conceito também se aplica à colheita,
reduzindo assim o impacto ambiental e visual.
A técnica de cultivo mínimo é fundamental para conservação
do solo: todo o resíduo da colheita – folhas, cascas e galhos
– fica nos terrenos, formando uma cobertura que protege o solo
da erosão, mantém sua umidade e agrega micronutrientes.

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viveiros da Suzano Papel e Celulose:
tecnologia aplicada à produção de
mudas de alta qualidade

viveiros
Suzano Papel e Celulose produz a maior parte das mu-
das que serão utilizadas nas áreas de plantio em seus
viveiros em Alambari (SP) e Mucuri (BA). Para isso, são usados
clones e sementes desenvolvidos na própria Empresa, a partir
de indivíduos selecionados. O ciclo de produção das mudas
dura 120 dias. Começa com a coleta de brotos no minijardim
– uma área coberta e protegida – e seu acondicionamento
em tubetes para o enraizamento. Depois disso, as pequenas
preservação ambiental

estacas, ou mudas, desenvolvem-se por 35 dias em área


eucaliptocultura e

com temperatura controlada, passam um tempo semelhante


em áreas de aclimatação para adaptar-se às condições do
campo e já estão prontas para o plantio.

28-29 eucaliptocultura e preservação ambiental

Eucaliptocultura5.indd 29 5/31/06 7:09:02 PM


parcerias com a
sociedade
promoção do desenvolvimento social e ambien-
talmente sustentável faz parte da estratégia
de gestão da Suzano Papel e Celulose. Por isso,
a Empresa mantém e apóia vários programas
em parceria com a comunidade, em diferentes frentes.

projeto de fomento no sul da Bahia:


o eucalipto é cultivado em
consórcio com a pecuária

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fomento florestal
nclui pequenos e médios proprietários na cadeia produtiva de papel e celulose como
fornecedores de madeira, com benefícios para todos os envolvidos. Para os proprietários,
a silvicultura garante retorno atrativo, de baixo risco, proporcionando a diversificação do uso
da terra – aumentando tanto sua rentabilidade quanto a geração de empregos. Na região
do Alto Tietê, em São Paulo, cerca de 570 proprietários participam do programa e na Bahia
e no Espírito Santo, são 250 proprietários.

A Empresa fornece insumos (formicida, herbicida e adubos), assistência técnica, mudas de


eucalipto e de espécies nativas para enriquecer as áreas de preservação. Os proprietários
comprometem-se a desenvolver o manejo sustentável, com respeito às normas ambientais,
sociais, fiscais e trabalhistas.

projeto
®
Reciclato
esenvolvido pela Suzano Papel e Celulose em parceria Ecofuturo
com o Instituto Ecofuturo, o projeto articula cooperativas O Instituto Ecofuturo é
de catadores de materiais recicláveis, comprando aparas de pa- uma organização não-

pel para a produção do Reciclato® – o primeiro papel reciclado governamental criada pela

brasileiro produzido em escala industrial. Suzano Papel e Celulose

A primeira parceria foi realizada com a Cooperativa de em 1999, com o objetivo


de potencializar soluções
Catadores de Aparas e Materiais Recicláveis (Coopamare), de
socioambientais e fortalecer o
São Paulo, em 2001 e, atualmente, mantém relação comercial
caminho do desenvolvimento
com cerca de 50 cooperativas.
sustentável no Brasil.
preservação ambiental
eucaliptocultura e

cooperativa de catadores de
material reciclável é parceira
no Projeto Reciclato®

30-31 eucaliptocultura e preservação ambiental

Eucaliptocultura5.indd 31 5/31/06 7:09:10 PM


usos múltiplos
do eucalipto
s florestas de eucalipto podem propiciar vários benefícios
para as comunidades que vivem em suas vizinhanças. Para
potencializar esses benefícios, a Empresa desenvolve programas
voltados para a geração de trabalho e renda.

apicultura
As floradas de eucalipto são extremamente produtivas para
a apicultura e, para aproveitar esse potencial, a Empresa de-
senvolve programas de apicultura em parceria com associações
de apicultores, órgãos públicos e outras empresas em suas
áreas de plantio. Na Bahia e no Vale do Jequitinhonha (MG),
o Programa Apicultura Solidária é voltado para formar novos
apicultores e, além da capacitação de moradores interessados,
fornece kits com equipamentos básicos para a atividade.

embalagens, móveis, artesanato


artesanato, lenha, Os resíduos de eucalipto não aproveitados na produção
de celulose podem ser usados como matéria-prima para a
carvão, apicultura:
confecção de objetos de design diferenciado. O Programa
as florestas de
Comunidade Produtiva tem por objetivo capacitar as pessoas
eucalipto servem
das comunidades da área de influência da Empresa para a
de base para
elaboração de ecoprodutos. Já existem um núcleo de arte-
múltiplas atividades, sanato constituído em São José, distrito de Alcobaça (BA), e
gerando benefícios dois novos núcleos em formação, um em Helvécia, distrito
para as de Nova Viçosa (BA), e em Biritiba-Mirim (SP).
comunidades
vizinhas

kit do Programa Apicultura Solidária,


com os equipamentos necessários para
a exploração da atividade (no alto), e
núcleo de objetos de artesanato do
Programa Comunidade Produtiva, de São
José, Alcobaça (BA): objetos produzidos
a partir da casca do eucalipto (ao lado)

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educação ambiental
Suzano Papel e Celulose mantém e apóia em suas áreas
de atuação diferentes projetos voltados para a educa-
ção ambiental, educação básica, alfabetização e educação de
adultos, promoção cultural e esportiva, assistência à infância
e atenção à saúde.

projeto sementeira horta coletiva: uma ação do Clube


da Semente da Escola Municipal de
Itabatã, distrito de Mucuri (no alto);
e clubes da semente e trilha estruturada em áreas
de preservação, no mesmo
Envolvem sete municípios do sul da Bahia e norte do Espírito município (abaixo)

Santo. Têm por finalidade capacitar professores da rede pública


para a educação ambiental e estimular a consciência e as práticas
de preservação ambiental dos alunos e de suas comunidades.
Desde 1999 já capacitou mais de 1.500 professores, atingindo
em torno de 43 mil alunos. Os Clubes da Semente são asso-
ciações preservacionistas escolares voluntárias – já existem 50,
envolvendo cerca de 1.500 alunos.

projeto trilhas
Programa de visitas guiadas em trilhas estruturadas em reservas
de florestas nativas no sul da Bahia (Mucuri e Caravelas) e em
preservação ambiental

São Paulo (Itatinga). Com esse programa, a Empresa pretende


eucaliptocultura e

compartilhar o conhecimento que acumulou sobre as florestas


nativas da região e, ao mesmo tempo, propiciar um novo espaço
para educação ambiental e lazer para a comunidade.

32-33 eucaliptocultura e preservação ambiental

Eucaliptocultura5.indd 33 5/31/06 7:09:16 PM


parque das neblinas:
centro de difusão de
práticas sustentáveis
Parque das Neblinas é uma área de preservação ambiental
localizada em Bertioga (SP), vizinho ao Parque Estadual
da Serra do Mar, região declarada pela Unesco, em 1991, como
Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera da
Mata Atlântica. Com 2,8 mil hectares, o parque é gerencia-
do pelo Instituto Ecofuturo e mantido pelo Grupo Suzano.
Constitui-se como um laboratório vivo de práticas de manejo
sustentável, conservação e restauração de matas nativas, além
de espaço para o ecoturismo e a educação ambiental.

Reserva
Particular do
Patrimônio
Natural
Uma parcela do Parque das
Neblinas, de 518 hectares,
passará a integrar a rede
nacional de unidades de
conservação, na categoria
de Reserva Particular do
Patrimônio Natural (RPPN). O
processo está em andamento
no Ibama e representa o
reconhecimento do alto
valor de conservação da
área, pela preservação e
riqueza da biodiversidade.

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cidadania empresarial
Suzano Papel e Celulose faz questão de exercer seu papel
de empresa cidadã e participar ativamente das entidades
representativas do setor de papel e celulose e dos principais
projeto Golfinho, em Mucuri (no alto) de
fóruns nacionais e internacionais dedicados às questões do educação, cultura e cidadania; e Núcleo
de Artesanato do Programa Comunidade
desenvolvimento sustentável, como o Conselho Nacional de Produtiva, em São José, Alcobaça (BA):
geração de trabalho e renda
Florestas, o Comitê de Florestas da Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) e o World
Business Council for Sustainable Development (WBCSD).

Com o conhecimento acumulado em manejo florestal e preservação


preservação ambiental

do meio ambiente, a Empresa se propõe a contribuir com a ela-


eucaliptocultura e

boração de normas, recomendações e políticas públicas voltadas


a estimular a silvicultura no País, promover o desenvolvimento
sustentável e a melhoria da qualidade de vida.

34-35 eucaliptocultura e preservação ambiental

Eucaliptocultura5.indd 35 5/31/06 7:09:24 PM


glossário
área de reserva legal
fração de uma propriedade rural definida em lei que deve ser reservada para
preservação dos recursos naturais, dos processos ecológicos, abrigo e proteção
de fauna e flora nativas.

área degradada
área que perdeu sua capacidade natural de geração de benefícios por processos
naturais ou ação humana.

assoreamento
acumulação de terra, areia e outros materiais no fundo de vales, rios, lagos,
canais e represas.

avifauna
conjunto das espécies de aves encontradas em uma determinada área.

biodiversidade
conjunto de todas as espécies e de seus ambientes naturais existentes em
uma determinada área.

chapa de fibra
chapas ou placas formadas por fibras de madeira aglutinadas por meio de resinas
e prensadas. Usadas para a produção de móveis, entre outras finalidades.

combustível fóssil
petróleo, carvão mineral ou gás natural, entre outros. São depósitos de matéria
orgânica, como animais e plantas, ocorridos há milhões de anos, transformados
por condições geológicas especiais. Ao serem queimados, liberam energia e
gases contendo carbono.

corredores ecológicos
porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conser-
vação e outras áreas naturais, facilitando a circulação de espécies.

cultivo mínimo
prática de plantio que leva em consideração o menor número possível de
intervenções no solo.
flor do eucalipto (abaixo) e
muda em viveiro (no alto) desenvolvimento sustentável
aquele que harmoniza o crescimento econômico com a promoção da
eqüidade social e preservação do patrimônio natural, garantindo assim que
as necessidades das atuais gerações sejam atendidas sem comprometer o
atendimento das necessidades das gerações futuras.

efeito estufa
aquecimento da superfície terrestre provocado pelo aumento da concentração
de gases, como gás carbônico e metano, entre outros, na atmosfera.

efluentes
resíduos e/ou emissões geradas em decorrência do processo.

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endêmico
nativo de uma determinada área geográfica ou ecossistema e restrito a essa área.

erosão do solo
desgaste realizado pelos diversos agentes do relevo, tais como as águas
correntes e o vento.

florestas de alto valor de conservação


são aquelas que contêm concentrações signifi cativas de biodiversidade,
ecossistemas raros, ameaçados ou em perigo de extinção; fundamentais para
satisfazer as necessidades básicas das comunidades locais.

fomento florestal
atividade de promoção do desenvolvimento rural com base no plantio de florestas;
tem se mostrado um mecanismo eficiente na ampliação da base florestal para o abas-
tecimento da indústria de papel e celulose, moveleira ou para geração de energia.

fragmento
remanescente de ecossistema natural, isolado em conseqüência de barreiras
naturais ou criadas pela ação do homem.

lençol freático
depósito subterrâneo de água situado em profundidades variadas.

manancial hídrico
qualquer corpo de água, superficial ou subterrâneo, fonte real ou potencial
para abastecimento humano, animal ou irrigação.

manejo ambiental
conjunto de atividades e práticas que, harmonicamente executadas, permitem
o desenvolvimento socioeconômico e a conservação ambiental.

matas ciliares
vegetação arbórea que se desenvolve ao longo das margens dos rios, lagos,
represas, córregos e nascentes.

melhoramento genético
alterações provocadas na constituição genética de um organismo vivo, com
o objetivo de produzir uma variedade superior dentro da espécie.

monitoramento ambiental
acompanhamento e análise qualitativa e quantitativa de um recurso natural
com o objetivo de conhecer suas condições ao longo do tempo; instrumento
básico no controle e na preservação ambiental.

mosaico
sistema de plantações florestais composto por subáreas (talhões, quadras ou
lotes) que apresentem entre si diversidade quanto à composição do material
genético, idades e reservas nativas.

seqüestro de carbono
preservação ambiental

carbono capturado e mantido pela vegetação durante o processo respiratório


eucaliptocultura e

e fotossíntese.

silvicultura
ciência aplicada ao cultivo, manutenção de fl orestas e exploração dos
recursos florestais.

36-37 eucaliptocultura e preservação ambiental

Eucaliptocultura5.indd 37 5/31/06 7:09:29 PM


para saber mais
Suzano Papel e Celulose
Unidade de Negócio Florestal
São Paulo: (11) 4745-5860 e (11) 4745-5861
Bahia: (73) 3292-2220
0800-774-7440
www.suzano.com.br

referências na internet
Abraf – Associação Brasileira de Produtores Fundação Florestal – Fundação para a Conservação
de Florestas Plantadas e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
www.abraflor.org.br www.fflorestal.sp.gov.br

Ambiente Brasil – Site de assuntos ambientais


Global Compact
www.ambientebrasil.com.br
www.unglobalcompact.org

Bracelpa – Associação Brasileira de Celulose


Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e Papel
e dos Recursos Naturais Renováveis
www.bracelpa.org.br
www.ibama.gov.br

DEPRN – Departamento Estadual de Proteção


IEF – Instituto Estadual de Florestas (MG)
dos Recursos Naturais, Secretaria do Meio
www.ief.mg.gov.br
Ambiente do Estado de São Paulo
www.ambiente.sp.gov.br/deprn/deprn.htm Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação
Florestal e Agrícola
Embrapa Florestas – Empresa Brasileira de
www.imaflora.org
Pesquisas Agropecuárias – Área de Atuação
Florestas Ipef – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais
www.embrapa.br/linhas_de_acao/temas_basicos/ www.ipef.br
florestas/index_html/mostra_documento
Pronaf – Programa Nacional de Florestas
FAO – Organização das Nações Unidas para www.mma.gov.br
a Agricultura e Alimentação
www.fao.org SEIA – Sistema Estadual de Informações
Ambientais da Bahia
Florestar São Paulo – Fundo de Desenvolvimento www.seia.ba.gov.br
Florestal
www.floresta.org.br SBS – Sociedade Brasileira de Silvicultura
www.sbs.org.br
FSC Brasil – Conselho Brasileiro de Manejo
Florestal UFV – Universidade Federal de Viçosa
www.fsc.org.br www.ufv.br

Funatura – Fundação Pró-Natureza WBCSD – World Business Council for Sustainable


www.funatura.org.br Development
www.wbcsd.org

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créditos
Suzano Papel e Celulose

Comunicação Corporativa
e Responsabilidade Social
Unidade de Negócio Florestal

redação e edição
Link Editorial

edição de arte
Originalle arte + disegno

fotos
arquivo Ecofuturo
páginas 17 (embaixo), 31, 32, 34

Carol Reis
páginas 11, 14 (no alto), 27 (embaixo)

Edson Endrigo
página 25

Klaus Duarte Barretto


páginas 23 (no alto), 33 (embaixo)

Ricardo Teles
páginas 4 (embaixo), 5 (embaixo), 6, 7, 8,
9, 10, 12, 13, 14 e 15 (embaixo), 16, 17, 18,
19, 20, 21, 22, 23 (embaixo), 24, 26, 27
(no alto), 28, 29, 30, 32, 33 (no alto),
35, 36, 37, 38, 40

Walter Monteiro
capa, páginas 2 e 3; 4 e 5 (no alto), 39
preservação ambiental

1ª Edição
eucaliptocultura e

Junho de 2006

eucaliptocultura e preservação ambiental

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