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1. Concentração e Desconcentração
a. Concentração
b. Desconcentração
2. Centralização e Descentralização
a. Centralização
b. Descentralização, concentração e desconcentração
3. Formas de Descentralização
a. Descentralização geográfica ou territorial
b. Descentralização técnica, por serviços ou funcional
4. Formas de Delegação
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria
público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Parágrafo único. Esta Lei aplica-se aos órgãos da administração pública direta dos
Poderes Executivo e Legislativo, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às
empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta
ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na
modalidade patrocinada ou administrativa.
§1º - CONCESSÃO PATROCINADA é a concessão de serviços públicos ou de
obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público
ao parceiro privado.
Na concessão especial o concessionário não assume o risco sozinho: há
compartilhamento do risco. Isto é, além de receber a tarifa cobrada do usuário da prestação do
serviço, há o recebimento de uma contraprestação do Estado.
Na concessão comum há o poder concedente - ente político titular do serviço, nos
termos da CRFB/88 -, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, e entre estes há um contrato
administrativo denominado contrato de concessão previsto na Lei n. 8.987/95. Diversamente, na
concessão especial, o Estado recebe o nome de parceiro público; a pessoa jurídica é
denominada parceiro privado.
Aula 4.2
A Lei de PPP disciplina uma concessão de serviços públicos, isto é, uma forma de
delegação, a concessão especial, a ser realizada pelos Poderes Executivo e Legislativo de todos
os níveis federativos e suas respectivas administrações públicas indiretas. Logo, o Poder
Judiciário foi excluído dessa possibilidade.
CF/1988
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
DL 200/1967
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A ADMINISTRAÇÃO DIRETA, que se constitui dos serviços integrados na
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
(...)
Aula 4.3
b. Teoria do Órgão
Idealizada pelo alemão Otto Gierke, assevera que o Estado declara sua vontade
através de órgãos internos, cujas atribuições são definidas pela lei, mas executadas por agentes
públicos, de modo que o ato do agente é imputado ao órgão que integra a pessoa jurídica
(imputação volitiva).
Obs.: A teoria do órgão significou uma evolução em relação à teoria do mandato e à
teoria da representação. O Século XIX foi marcado pelas grandes codificações, como o Código
Civil, e as pessoas só conseguiam imaginar o direito nos seus moldes, isto é, no direito
codificado à época, por isso a dificuldade de entendimento do Direito Administrativo.
Inicialmente se concluiu que, na condição de pessoa jurídica, o Estado não tem
vontade própria, sendo dependente das pessoas naturais, denominadas agentes públicos, para
que esses agentes públicos declarassem a vontade da pessoa jurídica Estado. Surge então a
dúvida acerca da atuação do agente público. Isto é, em que qualidade ele atua em nome do
Estado?
A primeira explicação ficou conhecida como teoria do mandato, por meio da qual o
Estado é identificado como mandante e o agente público como mandatário, sendo os atos
praticados pelo agente público na qualidade de mandatário do Estado. Mas e se o agente
público pratica ato ilícito que lesa terceiros? Pode o Estado mandante responder pelos atos
ilegais do mandatário? Não. Essa teoria não conseguia atribuir uma responsabilidade civil para
o Estado quando o agente praticava ato ilegal lesivo a terceiros.
Diante desse impasse, foi criada a teoria da representação. Segundo essa teoria,
quando o agente público atua, o faz na qualidade de representante legal do Estado. Não
obstante, o instituto da representação tem por finalidade suprir incapacidades, permanecendo
ainda a ausência da responsabilidade estatal pela prática de atos ilícitos.
Por fim, Otto Gierke sistematiza a teoria do órgão, substituindo a ideia de
representação pela ideia de imputação, ao afirmar que o Estado, como pessoa jurídica, é
sujeito de direitos e obrigações e, internamente, é formado por órgãos, centros especializados
de competência, cujas atribuições são fixadas pela lei. O agente público não faz o que quer,
apenas executa as atribuições legais do órgão, de modo que o ato praticado pelo agente é mera
execução das atribuições legais do próprio órgão, motivo pelo qual o ato do agente não é
atribuído ao agente, mas imputado ao órgão integrante da pessoa jurídica, sujeito de direitos e
obrigações.
CF/1988
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
4. QUANTO À COMPOSIÇÃO
5. QUANTO ÀS FUNÇÕES:
a. ATIVOS - Têm por função primordial o desenvolvimento de uma administração
ativa.
b. CONSULTIVOS - Têm por função primordial o desenvolvimento de uma
atividade consultiva.
c. DE CONTROLE - Têm por função primordial o desenvolvimento de uma
atividade de controle sobre outros órgãos.
Aula 4.4
6. Administração indireta
a. Conceito
É um conjunto de entidades criado pelo Estado para exercer de forma
descentralizada a atividade administrativa ou para, em situações excepcionais, explorar
atividade econômica.
Obs. 1: O artigo 1º, parágrafo 2º, inciso II, da Lei n. 9.784/1999 conceitua entidade
como unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. Logo, Administração Pública
indireta é um conjunto de entidades, conjunto de pessoas jurídicas, cada qual com a sua
personalidade, bens, patrimônio, atribuições, orçamento, precatórios etc.
Obs. 2: Doutrina e jurisprudência admitem a criação de pessoas jurídicas da
Administração Pública indireta no âmbito dos três Poderes do Estado.
b. Integrantes
Questiona-se: Se a Administração Pública indireta é um conjunto de pessoas
jurídicas, quem compõe esse conjunto?
Ver DL 200/67, artigo 4º, inciso II.
O artigo 37, inciso XX, da CF/1988 prevê a possibilidade das empresas públicas e
sociedades de economia mista criarem as empresas subsidiárias, bastando para isso a previsão
na lei criadora da empresa estatal matriz; dispensável, portanto, a autorização legislativa
individualizada em relação a cada subsidiária criada, segundo decisão do STF. Ex.: União cria
a Petrobrás (SEM), a qual cria a Transpetro (empresa subsidiária). Ver ADI 1649 - empresas
subsidiárias.
c. Princípios
i. Reserva Legal (artigo 37, inciso XIX, da CF/1988)
A criação de cada entidade da Administração Pública indireta depende de lei
específica, a qual a partir de sua vigência lhe confere personalidade jurídica, nos termos
constantes do Código Civil pátrio. Já as pessoas jurídicas de direito privado adquirem
personalidade jurídica com o registro dos atos constitutivos no órgão competente.
7. Autarquias
a. Conceito (artigo 5º, inciso I, do DL n. 200/1967)
Pessoa jurídica de direito público criada para desempenhar atividades típicas da
Administração Pública, de forma descentralizada, não se confundindo com o Estado, embora
dotada das mesmas prerrogativas e restrições, em função de sua personalidade jurídica de
direito público.
Atividade típica de Administração Pública é aquela que requer prerrogativas de
direito público para o exercício.
ATENÇÃO: Não confundir o conceito vetusto de autarquia constante do referido
DL com os serviços sociais autônomos das entidades que compõem o sistema S.
Aula 4.5
As pessoas jurídicas de direito público podem ter natureza política - União,
Estados, Município e Distrito Federal – ou administrativa – autarquias (ÚNICA) -.
Autarquia é gênero do qual são espécies todas as pessoas jurídicas de direito
público com capacidade meramente administrativa, como os conselhos profissionais, as
fundações públicas com personalidade de direito público, as agências reguladoras, as
associações públicas.
g. Conselhos Profissionais
Têm natureza jurídica de autarquia, sendo denominados autarquias corporativas
de acordo com a classificação tradicional. Ver RE 539224/CE.