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Aula 4.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - Continuação

1. Concentração e Desconcentração
a. Concentração
b. Desconcentração

2. Centralização e Descentralização
a. Centralização
b. Descentralização, concentração e desconcentração

3. Formas de Descentralização
a. Descentralização geográfica ou territorial
b. Descentralização técnica, por serviços ou funcional

c. Descentralização por colaboração ou delegação

O Estado transfere para pessoa que já existe apenas a execução da atividade


administrativa, por meio de contrato administrativo ou de ato administrativo unilateral.
Dá-se por meio de contrato de concessão, contrato de permissão e ato de autorização
- concessão, permissão ou autorização de serviços públicos, formas de descentralização, formas
de exercício da atividade administrativa.

4. Formas de Delegação

a. Concessão de Serviços Públicos - 1ª forma de delegação -

PPP é forma de concessão e, por conseguinte, de descentralização.


A concessão, que pode ser comum ou especial, constitui forma de delegação de
serviço público.

CONCESSÃO COMUM – LEI n. 8.987/1995


Art. 2º
II - CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: a delegação de sua prestação, feita
pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou
consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e
por prazo determinado;
Poder concedente é o ente político que possui competência para exercer atividade
administrativa e, portanto, para decidir a forma de prestação do serviço público.
O concessionário assume para si todo e qualquer risco decorrente da execução da
atividade, e a remuneração se dá por meio da cobrança de tarifa ou preço público, embora a lei
admita fontes alternativas. Como todo contrato, deve possuir prazo de duração.

III - CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO PRECEDIDA DA EXECUÇÃO DE


OBRA PÚBLICA: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou
melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas
que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o
investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do
serviço ou da obra por prazo determinado;
Modalidade de concessão comum, também denominada concessão de obra pública.
Note-se, entretanto, que o conceito de obra não se resume à construção, podendo ser
conservação, reforma, ampliação ou melhoramento.
Pode-se constituir por um serviço precedido da execução de obra ou de uma obra -
quem utilizar o serviço precedido à obra remunera, assim como quem usar a obra.
Na concessão comum há o poder concedente - ente político titular do serviço, nos
termos da CRFB/88 -, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, e entre estes há um contrato
administrativo denominado contrato de concessão previsto na Lei n. 8.987/95, por meio do qual
o poder público transfere para a concessionária pessoa jurídica a execução do serviço público
para que o cidadão - usuário - utilize mediante remuneração, assumindo o concessionário a
execução do serviço por sua conta e risco e remunerando-se principalmente por conta da tarifa.

CONCESSÃO ESPECIAL – LEI n. 11.079/2004

Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria
público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Parágrafo único. Esta Lei aplica-se aos órgãos da administração pública direta dos
Poderes Executivo e Legislativo, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às
empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta
ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na
modalidade patrocinada ou administrativa.
§1º - CONCESSÃO PATROCINADA é a concessão de serviços públicos ou de
obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público
ao parceiro privado.
Na concessão especial o concessionário não assume o risco sozinho: há
compartilhamento do risco. Isto é, além de receber a tarifa cobrada do usuário da prestação do
serviço, há o recebimento de uma contraprestação do Estado.
Na concessão comum há o poder concedente - ente político titular do serviço, nos
termos da CRFB/88 -, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, e entre estes há um contrato
administrativo denominado contrato de concessão previsto na Lei n. 8.987/95. Diversamente, na
concessão especial, o Estado recebe o nome de parceiro público; a pessoa jurídica é
denominada parceiro privado.

Aula 4.2

§ 2º - CONCESSÃO ADMINISTRATIVA é o contrato de prestação de serviços de


que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de
obra ou fornecimento e instalação de bens.
Na concessão administrativa a Administração Pública é usuária direta ou indireta
do serviço prestado pela pessoa jurídica, podendo existir também obra ou fornecimento e
instalação de bens. São exemplos dessa espécie de concessão os presídios e os prédios públicos
construídos para que a Administração os utilize, mediante remuneração à pessoa jurídica
concedida. Nesses casos, a realização da atividade meio - conservação - consome muito mais
tempo do que a atividade fim - ensino, penitenciária -. Por isso, a pessoa jurídica
concessionária é contratada para construir e administrar.
 Em suma: delegação = concessão comum (Lei n. 8.987/95) e concessão especial
(Lei n. 11.079/04).
§ 4º - É VEDADA A CELEBRAÇÃO DE CONTRATO DE PARCERIA PÚBLICO-
PRIVADA:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos;
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e
instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. - PPP é contrato de concessão de
serviço, por isso não pode ter como objeto único fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento
e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública -.

A Lei de PPP disciplina uma concessão de serviços públicos, isto é, uma forma de
delegação, a concessão especial, a ser realizada pelos Poderes Executivo e Legislativo de todos
os níveis federativos e suas respectivas administrações públicas indiretas. Logo, o Poder
Judiciário foi excluído dessa possibilidade.

b. Permissão de Serviços Públicos - 2ª forma de delegação -

CONCESSÃO COMUM – LEI n. 8.987/1995


Art. 2º
IV - PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é a delegação, a título precário,
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física
ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Atenção: Não confundir permissão de serviços públicos - contrato por determinação
legal, sendo, portanto, obrigatoriamente precedido de licitação, não informada pela lei a
modalidade a ser adotada, à pessoa física ou jurídica que demonstre condição para executar o
serviço por sua conta e risco, bem como por prazo determinado, se dando a remuneração por
tarifa - com permissão de uso de bem público - esta, em regra, um ato unilateral que, logo, não
necessita de licitação -.
Na permissão, obedecida a competência estabelecida pela CF/1988, o poder
concedente delega mediante licitação - não informada a modalidade -, para pessoa física ou
pessoa jurídica que demonstre condições para a execução do serviço por sua conta e risco, por
prazo determinado.
Anote-se que a concessão de serviços públicos sempre é realizada com pessoas
jurídicas, motivo pelo qual sempre haverá incidência do artigo 37, § 6º, da CF/1988: seja na
concessão comum ou especial, a responsabilidade será objetiva pelos danos causados. Já a
permissão pode ser para pessoa física ou jurídica. Quando jurídica, incide o disposto no artigo
37, § 6º, da CF/1988. Quando pessoa física, o referido dispositivo não tem aplicação.
Art. 40 - A PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO será formalizada mediante
contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do
edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato
pelo poder concedente.
Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei.
Precariedade corresponde à possibilidade de revogação sem direito a indenização.

c. Autorização de Serviços Públicos - 3ª forma de delegação -

Corresponde ao ato unilateral, discricionário e precário, oneroso ou gratuito, pelo


qual o Poder Público faculta ao particular a execução de um serviço público, no predominante
interesse do particular.
Ato unilateral - só depende da declaração de vontade do Estado, portanto, não
requer licitação.
 Discricionário - a Administração autoriza se quiser.
 Precário - revogável a qualquer tempo, sem necessidade de indenizar.
 Oneroso ou gratuito - pode o Estado cobrar ou não para autorizar o serviço
público.
 Predominante interesse do particular - a utilização é facultada ao particular, não
imposta. Ex.: serviço de transmissão de rádio amador para comunicação em localidade isolada
- autorizada pela União essa modalidade de comunicação, poderá o solicitante dela fazer uso
ou não -.
Atenção: a autorização pode ser forma de delegação - autorização de serviço
público - ou forma de uso privativo de bem público - autorização de uso - ou ainda ato de polícia
- artigo 78 do CTN -.

RE 567454 - I - Compete à Justiça estadual processar e julgar causas entre


consumidor e concessionária de serviço público de telefonia que discutam a cobrança de
assinatura básica mensal, quando a ANATEL não intervenha nos autos; II - Não viola o art.
98, I, da Constituição o julgamento e processamento das referidas causas por juizado especial,
por se tratar de matéria exclusivamente de direito e que não apresenta complexidade; III - A
resolução do mérito de tal controvérsia depende da interpretação da legislação
infraconstitucional.

5. Administração Direta: Órgãos públicos


A Administração Pública pode ser sujeito ou objeto. Estudar a organização como
objeto corresponde a estudar a Administração como atividade exercida - concentrada,
desconcentrada, centralizada, descentralizada, como descentraliza -. Como sujeito, o estudo
engloba a forma com que o Estado organiza os sujeitos incumbidos de exercer a função
administrativa.

a. Conceito de Administração Pública Direta


Em sentido amplo, a Administração Pública direta representa todos os órgãos de
todos os poderes encarregados da atividade administrativa (artigo 37 da CF/1988)
Em sentido estrito, a Administração Pública se refere aos órgãos do Poder
Executivo (artigo 4ª do DL 200/1967).
Em ambos sentidos, entretanto, a Administração Pública é formada por órgãos.

CF/1988
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)

DL 200/1967
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A ADMINISTRAÇÃO DIRETA, que se constitui dos serviços integrados na
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
(...)

Aula 4.3

b. Teoria do Órgão
Idealizada pelo alemão Otto Gierke, assevera que o Estado declara sua vontade
através de órgãos internos, cujas atribuições são definidas pela lei, mas executadas por agentes
públicos, de modo que o ato do agente é imputado ao órgão que integra a pessoa jurídica
(imputação volitiva).
Obs.: A teoria do órgão significou uma evolução em relação à teoria do mandato e à
teoria da representação. O Século XIX foi marcado pelas grandes codificações, como o Código
Civil, e as pessoas só conseguiam imaginar o direito nos seus moldes, isto é, no direito
codificado à época, por isso a dificuldade de entendimento do Direito Administrativo.
Inicialmente se concluiu que, na condição de pessoa jurídica, o Estado não tem
vontade própria, sendo dependente das pessoas naturais, denominadas agentes públicos, para
que esses agentes públicos declarassem a vontade da pessoa jurídica Estado. Surge então a
dúvida acerca da atuação do agente público. Isto é, em que qualidade ele atua em nome do
Estado?
A primeira explicação ficou conhecida como teoria do mandato, por meio da qual o
Estado é identificado como mandante e o agente público como mandatário, sendo os atos
praticados pelo agente público na qualidade de mandatário do Estado. Mas e se o agente
público pratica ato ilícito que lesa terceiros? Pode o Estado mandante responder pelos atos
ilegais do mandatário? Não. Essa teoria não conseguia atribuir uma responsabilidade civil para
o Estado quando o agente praticava ato ilegal lesivo a terceiros.
Diante desse impasse, foi criada a teoria da representação. Segundo essa teoria,
quando o agente público atua, o faz na qualidade de representante legal do Estado. Não
obstante, o instituto da representação tem por finalidade suprir incapacidades, permanecendo
ainda a ausência da responsabilidade estatal pela prática de atos ilícitos.
Por fim, Otto Gierke sistematiza a teoria do órgão, substituindo a ideia de
representação pela ideia de imputação, ao afirmar que o Estado, como pessoa jurídica, é
sujeito de direitos e obrigações e, internamente, é formado por órgãos, centros especializados
de competência, cujas atribuições são fixadas pela lei. O agente público não faz o que quer,
apenas executa as atribuições legais do órgão, de modo que o ato praticado pelo agente é mera
execução das atribuições legais do próprio órgão, motivo pelo qual o ato do agente não é
atribuído ao agente, mas imputado ao órgão integrante da pessoa jurídica, sujeito de direitos e
obrigações.

c. Conceito de Órgãos Públicos


Órgão corresponde a um conjunto de atribuições existentes no interior de uma
pessoa, é um plexo de competências, existente dentro da Administração Pública direta e da
indireta. Os órgãos que estão dentro do Estado e são incumbidos de exercer de forma
centralizada a atividade administrativa recebem o nome de Administração Pública direta. Já
os órgãos existentes fora do Estado, porque estão dentro de outras pessoas, são denominados
Administração Pública indireta. A conceituação da Lei n. 9.784/1999 é de órgão,
independentemente de sua localização, isto é, dentro ou fora do Estado.
LEI n. 9.784/1999
Art. 1º
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e
da estrutura da Administração indireta;

d. Criação de Órgãos Públicos


A criação de órgãos públicos, assim como a extinção, se dá por lei - medida
provisória tem força de lei -.

CF/1988
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

RE 577025 - A Constituição da República não oferece guarida à possibilidade de o


Governador do Distrito Federal criar cargos e reestruturar órgãos públicos por meio de
simples decreto.

e. Principal Caraterísticas de Órgãos Público


Órgão jamais possui personalidade jurídica, mas apenas a pessoa jurídica de cuja
estrutura o órgão faça parte.
Obs. 1: Órgãos gestores de orçamento tem inscrição obrigatória no CNPJ, por
determinação da Receita Federal - cadastro fiscal que não tem o condão de atribuir
personalidade jurídica -.
Obs. 2: Órgãos de nível constitucional (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário)
podem ter quadro próprio de procuradores/advogados, aos quais é permitido postular em
juízo para a defesa de suas prerrogativas institucionais.
Ex.: Assembleia Legislativa de um Estado que possui procuradoria própria;
Câmara Municipal com procuradoria própria; Tribunal de Contas que possui procuradoria
jurídica e exerce a advocacia. Ademais, a existência de quadro próprio de procuradores
somada à possibilidade de postulação judicial dá a esses órgãos personalidade judiciária -
jamais personalidade jurídica -.
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1634, DE 06 DE MAIO DE 2016
Art. 4º São também obrigados a se inscrever no CNPJ:
I - órgãos públicos de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, desde que se constituam em unidades gestoras de orçamento.

INFORMATIVO 851 STF


Adotou, para tanto, o entendimento fixado no julgamento da ADI 1557/DF (DJ de
18.6.2004) e da ADI 94/RO, no sentido de reconhecer a possibilidade de existência de
procuradorias especiais para representação judicial de assembleia legislativa e de tribunal de
contas nos casos em que necessitem praticar em juízo, em nome próprio, uma série de atos
processuais na defesa de sua autonomia e independência em face dos demais poderes, as quais
também podem ser responsáveis pela consultoria e pelo assessoramento jurídico de seus
demais órgãos. (ADI- 4070)

Súmula 525 STJ - A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica,


apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus
direitos institucionais.

F. Classificação dos Órgãos Públicos


CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, em sua obra, DIREITO
ADMINISTRATIVO, Editora Atlas, apresenta a seguinte classificação dos órgãos públicos:

1. QUANTO À ESFERA DE AÇÃO:


a. CENTRAIS - exercem atribuições em todo o território nacional, estadual ou
municipal, como os Ministérios, as Secretarias de Estado e as de Município.
b. LOCAIS - atuam sobre uma parte do território, como as Delegacias Regionais da
Receita Federal, as Delegacias de Polícia, os Postos de Saúde.

2. QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL:

a. INDEPENDENTES - originários da Constituição e representativos dos três


Poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e sujeitos apenas aos
controles constitucionais de um sobre o outro; suas atribuições são exercidas por agentes
políticos. Entram nessa categoria as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais. .
b. AUTÔNOMOS - Localizam-se na cúpula da Administração, subordinados
diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa,
financeira e técnica e participam das decisões governamentais. Entram nessa categoria os
Ministérios, as Secretarias de Estado e de Município, o Serviço Nacional de Informações e o
Ministério Público.

c. SUPERIORES - São órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à


subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia
administrativa nem financeira. Incluem-se nessa categoria órgãos com variadas denominações,
como Departamentos, Coordenadorias, Divisões, Gabinetes.

d. SUBALTERNOS - São os que se acham subordinados hierarquicamente a órgãos


superiores de decisão, exercendo principalmente funções de execução, como as realizadas por
seções de expediente, de pessoal, de material, de portaria, zeladoria etc. Chamados por alguns
de órgãos de execução.

3. QUANTO À POSIÇÃO ESTRUTURA:

a. SIMPLES OU UNITÁRIOS - Constituídos por um único centro de atribuições,


sem subdivisões internas, como ocorre com as seções integradas em órgãos maiores.

b. COMPOSTOS - Constituídos por vários outros órgãos, como acontece com os


Ministérios, as Secretarias de Estado, que compreendem vários outros, até chegar aos órgãos
unitários, em que não existem mais divisões.

4. QUANTO À COMPOSIÇÃO

a. SINGULARES - Quando integrados por um único agente. A Presidência da


República e a Diretoria de uma escola são exemplos de órgãos singulares.

b. COLETIVOS - Quando integrados por vários agentes. Tribunal de Impostos e


Taxas é exemplo de órgão colegiado.

5. QUANTO ÀS FUNÇÕES:
a. ATIVOS - Têm por função primordial o desenvolvimento de uma administração
ativa.
b. CONSULTIVOS - Têm por função primordial o desenvolvimento de uma
atividade consultiva.
c. DE CONTROLE - Têm por função primordial o desenvolvimento de uma
atividade de controle sobre outros órgãos.

Aula 4.4

6. Administração indireta

a. Conceito
É um conjunto de entidades criado pelo Estado para exercer de forma
descentralizada a atividade administrativa ou para, em situações excepcionais, explorar
atividade econômica.
Obs. 1: O artigo 1º, parágrafo 2º, inciso II, da Lei n. 9.784/1999 conceitua entidade
como unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. Logo, Administração Pública
indireta é um conjunto de entidades, conjunto de pessoas jurídicas, cada qual com a sua
personalidade, bens, patrimônio, atribuições, orçamento, precatórios etc.
Obs. 2: Doutrina e jurisprudência admitem a criação de pessoas jurídicas da
Administração Pública indireta no âmbito dos três Poderes do Estado.

b. Integrantes
Questiona-se: Se a Administração Pública indireta é um conjunto de pessoas
jurídicas, quem compõe esse conjunto?
Ver DL 200/67, artigo 4º, inciso II.
O artigo 37, inciso XX, da CF/1988 prevê a possibilidade das empresas públicas e
sociedades de economia mista criarem as empresas subsidiárias, bastando para isso a previsão
na lei criadora da empresa estatal matriz; dispensável, portanto, a autorização legislativa
individualizada em relação a cada subsidiária criada, segundo decisão do STF. Ex.: União cria
a Petrobrás (SEM), a qual cria a Transpetro (empresa subsidiária). Ver ADI 1649 - empresas
subsidiárias.

c. Princípios
i. Reserva Legal (artigo 37, inciso XIX, da CF/1988)
A criação de cada entidade da Administração Pública indireta depende de lei
específica, a qual a partir de sua vigência lhe confere personalidade jurídica, nos termos
constantes do Código Civil pátrio. Já as pessoas jurídicas de direito privado adquirem
personalidade jurídica com o registro dos atos constitutivos no órgão competente.

ii. Princípio da Independência/Autonomia


Cada pessoa da Administração Pública indireta possui autonomia financeira,
administrativa, técnica e operacional, inexistindo relação hierárquica com o Estado, eis que
não há hierarquia entre pessoas diversas.

iii. Princípio da Especialidade (artigo 237 da Lei n. 6.404/1976)


Cada pessoa da Administração Pública indireta só pode atuar dentro de suas
atribuições institucionais definidas em lei. É a capacidade administrativa específica.

iv. Tutela/Controle/Supervisão Ministerial


Diz respeito ao controle que o Estado, por meio da Administração Pública direta,
exerce sobre a Administração Pública indireta. Nessa relação não há hierarquia, mas controle;
não há subordinação, há vinculação; não há autotutela, mas tutela. Ver DL n. 200/1967, artigo
4º, inciso II, parágrafo único.

7. Autarquias
a. Conceito (artigo 5º, inciso I, do DL n. 200/1967)
Pessoa jurídica de direito público criada para desempenhar atividades típicas da
Administração Pública, de forma descentralizada, não se confundindo com o Estado, embora
dotada das mesmas prerrogativas e restrições, em função de sua personalidade jurídica de
direito público.
Atividade típica de Administração Pública é aquela que requer prerrogativas de
direito público para o exercício.
ATENÇÃO: Não confundir o conceito vetusto de autarquia constante do referido
DL com os serviços sociais autônomos das entidades que compõem o sistema S.

Aula 4.5
As pessoas jurídicas de direito público podem ter natureza política - União,
Estados, Município e Distrito Federal – ou administrativa – autarquias (ÚNICA) -.
Autarquia é gênero do qual são espécies todas as pessoas jurídicas de direito
público com capacidade meramente administrativa, como os conselhos profissionais, as
fundações públicas com personalidade de direito público, as agências reguladoras, as
associações públicas.

b. Criação e Extinção (artigo 37, inciso XIX, da CF/1988)


Sempre por lei específica.

c. Patrimônio (artigo 98 do Código Civil)


Na qualidade de bens públicos, não se sujeitam à prescrição. A alienação é
condicionada às regras legais. São impenhoráveis, não podem ser dados em garantia.

d. Pessoal (artigo 39, caput, da CF/1988)


O ingresso se faz mediante concurso público de provas ou provas e títulos. E o
regime jurídico dos servidores das autarquias será definido pela lei como celetista ou
estatutário, devendo ser o mesmo para todas as pessoas jurídicas de direito público daquele
nível federativo - União, Estados, Município e Distrito Federal -, visto que a CF impõe o
regime jurídico único. Ver ADIN n. 2.135-4.

e. Atos e Contratos (artigo 1º da Lei 8.666/1993)


Como pessoas jurídicas de direito público, as autarquias praticam atos
administrativos, sujeitando-se por consequência aos ditames da Lei de Licitação.
Note-se, entretanto, que as autarquias podem praticar atos regidos pelo direito
privado, os quais não são atos administrativos. Os contratos por ela celebrados podem ser de
direito público ou de direito privado, mas sempre regidos pela Lei de Licitação.

f. Responsabilidade Civil (artigo 37, § 6º, da CF/1988


É de natureza objetiva a responsabilidade civil das entidades autárquicas, dada a
sua natureza de pessoa jurídica de direito público, sendo o direito de regresso prescritível, nos
termos do RE 669069. Já a ação de ressarcimento por ato de improbidade é imprescritível.

g. Conselhos Profissionais
Têm natureza jurídica de autarquia, sendo denominados autarquias corporativas
de acordo com a classificação tradicional. Ver RE 539224/CE.

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