Vous êtes sur la page 1sur 46

Prevenção de Infecção

Índice
Índice .............................................................................................. 1
Trilha Higiene das Mãos .................................................................................. 2

Produtos Utilizados para a Higiene das Mãos ........................................ 4

Técnica Adequada no Tempo Preconizado ........................................... 5

Cinco Momentos para Higiene das Mãos .............................................. 5

Ambiente do Paciente ...................................................................................... 6

Ambiente Assistencial ................................................................................... 14

Concluindo ................................................................................. 16

Precauções Padrão......................................................................................... 17

1- Realizar a Higiene das Mãos........................................................ 18

2- Selecionar e Utilizar os EPIs ........................................................ 18

3. Manter Superfícies e Equipamentos Limpos ..................................... 22

4. Cuidados com Perfurocortantes .................................................... 23

Concluindo ................................................................................. 24

Precauções Específicas .................................................................................. 25

Precauções Durante o Contato ......................................................... 26

Precauções por Gotículas ............................................................... 34

Cuidados nas Precauções por Gotículas ............................................. 34

Precauções Aéreas ........................................................................ 36

Concluindo ................................................................................. 44

Considerações Finais ..................................................................................... 44

Referências ................................................................................................... 45
2

Trilha Higiene das Mãos

O principal veículo de transmissão de microrganismos nos serviços de saúde


são as mãos dos profissionais da saúde, que estão em permanente contato
com os pacientes e com os materiais e equipamentos por eles utilizados. Por
isso, a higiene das mãos é uma das medidas fundamentais para prevenir as
infecções relacionadas à assistência à saúde.

Na imagem esquemática abaixo, você encontra como ocorre a transmissão


de microrganismos pelas mãos. Leia atentamente.
3

Imagens esquemáticas da transmissão de microrganismo pelas mãos.

Para prevenir a transmissão de microrganismos, a prática de higiene de


mãos (HM) deve ocorrer diante de três elementos essenciais:

1. produto adequado;
2. técnica adequada no tempo preconizado;
3. adesão nos momentos indicados.
4

Produtos Utilizados para a Higiene das Mãos

Produto Alcoólico

Deve-se dar preferência à fricção das mãos com produto alcoólico, porque:

Imagem esquemática dos benefícios do produto alcoólico para a fricção das mãos.

Produto alcoólico: o modo de ação predominante dos álcoois consiste na


desnaturação e coagulação das proteínas. Os álcoois apresentam rápida
ação e excelente atividade bactericida e fungicida quando comparado a
todos os outros produtos utilizados para higiene das mãos.

Sabonete Comum

É necessário higienizar as mãos com água e sabonete apenas quando


estiverem visivelmente sujas porque apesar do produto alcoólico ser mais
eficaz como agente antimicrobiano, ele não remove a matéria orgânica
presente nas mãos.

Imagem esquemática da higiene das mãos.


5

Técnica Adequada no Tempo Preconizado

Você deve higienizar as mãos utilizando a técnica adequada e o tempo


necessário:

• Álcool: 20 a 30 segundos.
• Sabonete: 40 a 60 segundos.

Cinco Momentos para Higiene das Mãos

O conceito "cinco momentos para a higiene das mãos" é baseado


em evidências de transmissão de microrganismos pelas mãos, designa os
momentos em que a higiene das mãos é necessária para interromper de
forma eficaz a transmissão microbiana durante a sequência de atendimento.

A indicação de realizar a higiene das mãos está relacionada com a dinâmica


das atividades dos profissionais de saúde na área em torno de cada
paciente.

O local onde é prestado o cuidado a saúde pode ser dividido em ambiente


assistencial e ambiente do paciente, conforme apresentado na Figura 1.

FIGURA 1
Os 5 momentos para higiene das mãos

Figura 1. Fonte: Adaptado de Organização Mundial da Saúde, 2009.


6

Ambiente do Paciente

Composto pelo paciente e todas as superfícies inanimadas que entram em


contato direto com ele, bem como as superfícies frequentemente tocadas
pelos profissionais de saúde.

Ou seja, grades da cama, mesa de cabeceira, roupa de cama, poltrona,


suporte de soro, monitor, bomba de infusão, botões e teclas e outras
superfícies tocadas pelas mãos, conforme demonstra a figura abaixo:
7

Em um mesmo setor/unidade, existem diferentes ambientes de pacientes, e


falhas na higiene das mãos podem ocasionar na transmissão cruzada de
microrganismos.

Selecione a sua unidade para conhecer os ambientes do paciente:

Unidade Morumbi e Avançadas

Imagem 1. Terapia Intensiva

Imagem 2. Terapia Intensiva ou Semi-Intensa Pediátrica


8

Imagem 3. Terapia Intensiva Neonatal

Imagem 4. Semi-Intensiva Adulto ou Clínica Médico Cirúrgica

Imagem 5. Diálise
9

Imagem 6. Pronto Atendimento

Imagem 7. Centro Cirúrgico

Unidade Vila Santa Catarina

Imagem 1. Terapia Intensiva


10

Imagem 2. Hemodiálise

Imagem 3. Maternidade

Imagem 4. Oncologia
11

Imagem 5. Pediatria

Imagem 6. PO Centro Obstétrico

Imagem 7. P.S DA GO
12

Imagem 8. Quarto de Isolamento UTI Neonatal

Imagem 9. UCIN

Imagem 10. Unidade de Internação


13

Imagem 11. UTI Adulto

Imagem 12. UTI Neonatal

Imagem 13. UTI Pediátrica


14

Ambiente Assistencial

É representado por todas as superfícies localizadas fora do ambiente do


paciente em demais áreas da unidade, portanto, nestes locais não há os
microrganismos do paciente.

Fique atento! Em alguns locais o ambiente do paciente e o ambiente


assistencial estão muito próximos e a higiene das mãos deve ser
realizada ao sair do ambiente do paciente antes de tocar o ambiente
assistencial e vice-versa.

Selecione a sua unidade para conhecer os ambientes assistenciais:

Unidade Morumbi e Avançadas

Imagem 1. Posto A
15

Imagem 2. Posto de Enfermagem

Imagem 3. Sala Multiprofissional

Imagem 4. Sala de Controle


16

Unidade Vila Santa Catarina

Imagem 1. Carro de medicação

Imagem 2. Posto de enfermagem

Concluindo

Nesta seção reforçamos a importância da higiene das mãos na prevenção da


transmissão de microrganismos. Lembre-se! É fundamental que você
incorpore os cinco momentos na prática assistencial para a sua segurança e
dos pacientes.
17

Precauções Padrão

São as medidas básicas que devem ser aplicadas em todos os pacientes –


independentemente do diagnóstico ou estado infeccioso, durante todo o
tempo, e em todos os serviços de saúde.

A aplicação das medidas de Precauções Padrão constitui a base para prevenir


a transmissão de microrganismos de pacientes infectados ou colonizados
para outros pacientes, visitantes e profissionais da saúde.

As práticas das precauções padrão incluem:

Imagem esquemática das práticas das precauções padrão.


18

Confira atentamente as práticas das precauções padrão.

1- Realizar a Higiene das Mãos

Como dito anteriormente, o principal veículo de transmissão de


microrganismos nos serviços de saúde são as mãos dos profissionais, que
estão constantemente em contato com os pacientes e com os materiais e
equipamentos por eles utilizados. A higiene das mãos é uma das medidas
fundamentais para prevenir as infecções relacionadas à assistência à saúde.

• Dê preferência à fricção das mãos com produto alcoólico e higienizar as


mãos com água e sabonete apenas quando estiverem visivelmente sujas.
• Higienize as mãos utilizando a técnica adequada e o tempo necessário –
álcool (20 a 30 segundos); sabonete (40 a 60 segundos).
• Empregue os cinco momentos na prática assistencial.

Relembre na imagem esquemática a seguir a técnica de higiene de mãos e


não se esqueça de aplica-la no seu dia a dia:

Imagem esquemática da técnica adequada para higiene de mãos.

2- Selecionar e Utilizar os EPIs

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são barreiras que devem ser


utilizadas por profissionais da saúde sempre que houver o risco de contato
com sangue ou outro fluido corporal, mesmo que estes não sejam
perceptíveis, e quando houver contato com pele não íntegra ou mucosas.

Veja a seguir os EPIs que devem ser utilizados:


19

Luvas de procedimento

• Utilizar sempre que houver o risco de contato das mãos com sangue,
quaisquer outros fluidos corporais (secreções, excreções, entre outros) e
com pele não íntegra e mucosas;
• Descartar as luvas imediatamente após o uso;
• Retirar as luvas com técnica adequada para evitar a contaminação das
mãos nesse momento;
• Higienizar as mãos imediatamente após a retirada de luvas;
• As luvas devem sempre ser trocadas entre procedimentos no mesmo
paciente.

Lembre-se! O uso de luvas não substitui a higiene das mãos.

Óculos de proteção

• Utilizar sempre que houver risco de respingos de sangue ou qualquer


outro fluido na face;
• Utilizar por cima dos óculos de grau (se houver);
• Manter sempre consigo – de fácil acesso. Uso individual e constante – não
devem ser guardados no armário.

Máscara

• Utilizar quando houver risco de exposição a sangue, secreções, excretas


e fluídos na boca e nariz;
• Deve sempre cobrir o nariz e a boca;
• Nunca deve ser puxada pela parte em contato com a boca/nariz,
guardada para um próximo uso ou deixada no “pescoço”. Lembre-se, ela
é descartável.

Avental

• Utilizar quando houver risco de contato da roupa ou da pele com sangue


e outros fluidos corporais;
• Retirar o avental ao término do procedimento e higienizar as mãos.
20

O jaleco não deve ser utilizado como equipamento de proteção


individual. Na dúvida se há risco de contaminar a roupa ou pele com
sangue e fluidos corporais, utilize sempre o avental.

Vamos agora recordar a sequência correta para colocação dos EPI’s:

Imagem esquemática da sequência correta de colocação dos EPI’s.

Relembre na imagem esquemática a seguir como retirar os EPIs


adequadamente:
21

Imagem esquemática retirada de EPIs.

Na Figura 2 trazemos um fluxograma que irá lhe auxiliar na decisão para a


utilização dos EPIs. Observe-o com atenção:
FIGURA 2
Decisão para utilização dos EPIs

Figura 2. Fonte: Adaptado de Routine Practices and Additional Precautions in All Health Care Settings, Toronto 2012.
22

3. Manter Superfícies e Equipamentos Limpos

O paciente pode ser colonizado ou infectado por microrganismos, que


podem contaminar as superfícies próximas a ele.

Portanto, as superfícies próximas ao paciente, frequentemente tocadas pelas


mãos, como grades da cama, mesa de cabeceira, bombas de infusão,
telefone, campainha de enfermagem, apresentam grande potencial de
contaminação.

A transmissão cruzada de microrganismos de um ambiente para o outro


pode ocorrer quando há falhas na higiene de mãos ou na limpeza e
desinfecção de materiais/equipamentos.

• Para pacientes em Precaução Padrão: a enfermagem deve realizar


desinfecção das grades da cama e dos equipamentos presentes dentro
quarto (bomba de infusão, bomba de dieta, monitor, etc.) uma vez ao dia
com álcool 70%.

Álcool 70%: é classificado como desinfetante (não possui ação de limpeza) e


seu uso deve ser direcionado para procedimentos de desinfecção de
bandejas, bancadas de medicação, posto de enfermagem, etc.

• Para pacientes em Precaução durante o Contato, Precaução por Gotícula


ou Aérea: a enfermagem deve realizar limpeza e desinfecção das grades
da cama e dos equipamentos presentes dentro do quarto (bomba de
infusão, bomba de dieta, monitor, etc.) uma vez por plantão com
produto detergente desinfetante padronizado na Instituição.

Detergente desinfetante: utilizado para limpeza e desinfecção, todos eles


são produtos prontos para o uso, nas apresentações líquidas, espumas e
lenços umedecidos. A remoção do excesso de produto ou enxague é
contraindicada, ou seja, devem secar naturalmente. Esses produtos são
compatíveis com equipamentos médicos hospitalares (bombas de infusão /
monitores) e são obrigatórios em quartos de Precaução durante o Contato,
Precaução por Gotícula e Aérea.

• Para equipamentos e materiais compartilhados entre o profissional da


equipe multidisciplinar e da enfermagem é necessário realizar limpeza e
desinfecção a cada uso (Ex. oxímetro portátil, aparelho de glicemia,
balança, aparelhos de exercício respiratório, cufômetro, etc), com
produto detergente desinfetante padronizado da Instituição (Figura 3).
23

FIGURA 3
Etapas para realização da desinfecção

Figura 3. Legenda: 1- Aplicar o produto sobre o pano descartável, deixando-o bem umedecido. 2- Passar o pano
umedecido sobre a superfície/equipamento, realizando fricção vigorosa. Passar o pano em sentido único, trocando as
faces do pano.3- Deixar secar. Não enxaguar.
Fonte: HIAE.

A limpeza e desinfecção do carro de transporte e do computador


portátil devem ocorrer imediatamente após seu uso (entre
pacientes), utilizando produto detergente desinfetante padronizado
na Instituição, de acordo com sequência apresentada abaixo (Figura 4).

FIGURA 4
Sequência para desinfecção do carro de transporte e do computador portátil

Figura 4. Legenda: 1- Teclado. 2- Mouse. 3- Leitor. 4- Manopla.


Fonte: Produzido pelo autor.

4. Cuidados com Perfurocortantes

São medidas que devem ser adotadas por todos os profissionais que
trabalham na área de saúde durante a manipulação e descarte de
materiais perfurocortantes, independentemente da existência de matéria
orgânica.
24

Por isso, conheça os cuidados necessários para a manipulação e descarte de


materiais perfurocortantes (PC):
TABELA 1
Cuidados necessários para a manipulação e descarte de materiais
perfurocortantes (PC)

Tabela 1. Fonte: Produzido pelo autor.

Concluindo

Nesta seção relembramos as boas práticas das precauções padrão que


devem ser aplicadas na prática assistencial.
25

Precauções Específicas

São um conjunto de medidas que visa prevenir a transmissão de


microrganismos para a equipe de saúde, paciente, visitantes e ambiente.
Devem ser instituídas para pacientes com suspeita de colonização ou
confirmação documentada de infecção por microrganismos de alta
importância epidemiológica.

Os microrganismos de alta importância epidemiológica apresentam uma ou


mais das seguintes características:

• Tratados com pouca opção de antibióticos. Exemplo: todas as bactérias


multirresistentes.

Podem ser combinadas em mais de um tipo de precaução caso a doença


apresente mais de uma forma de transmissão.
Por exemplo, a Varicela – precaução durante contato e precauções para
aerossóis.

Em qualquer situação, elas deverão sempre estar associadas às Precauções


Padrão.

Por que aplicar empiricamente as Precauções Específicas?

Algumas doenças dependem de exames que podem levar certo


tempo para a confirmação do diagnóstico. Durante esse período,
é importante implementar e manter as medidas de precauções
específicasempiricamente, até que se faça o diagnóstico definitivo.
26

Em resumo, são as Precauções Específicas estabelecidas na suspeita


diagnóstica baseadas nos sinais ou sintomas.

Essa prática reduz o risco de exposição de outros pacientes e de


profissionais da saúde a agentes infecciosos.

Precauções Durante o Contato

As Precauções durante o Contato são indicadas para pacientes com suspeita


ou diagnóstico de colonização ou infecção por agentes de alta importância
epidemiológica e transmitidos pelo contato direto ou indireto.

Imagem esquemática do contato direto e indireto respectivamente.

Cuidados nas Precauções Durante o Contato

1. Acomodar o paciente em um quarto/leito privativo.

2. Orientar paciente e acompanhante:

• Informar sobre a indicação e manutenção das precauções durante o


contato.
• Orientar o paciente que ele só poderá sair do quarto para realizar
cirurgia/exames e algumas terapias.
• Informar que a equipe multiprofissional e de enfermagem utilizará EPIs
(avental e luva) ao entrar no quarto.
27

3. Sinalizar que o paciente está em Precaução durante o Contato:

• Identificar a porta do quarto/leito com a placa.


• Sinalizar a Precaução durante o Contato no prontuário.

Lembre-se de sinalizar a precaução específica no prontuário Eletrônico.

4. Disponibilizar materiais necessários (quarto/leito):

• Equipamentos de Proteção Individual – avental e luvas.


• Produto detergente desinfetante padronizado na instituição.
• Panos descartáveis para limpeza/desinfecção.
28

5. Individualizar materiais

• Individualizar os materiais como manguito, estetoscópio, termômetro e


garrote.

• Limitar a quantidade de materiais dentro do quarto ao estritamente


necessário.

No hospital municipal da Vila Santa Catarina o carro de medicação não


deverá entrar no quarto em precaução durante o contato.

O procedimento correto é separar o material que utilizará para prestar


assistência em uma bandeja ou carrinho de apoio e levar para o quarto.
29

6. Cuidados com o ambiente

• O paciente pode ser colonizado ou infectado por microrganismos, que


podem contaminar as superfícies próximas a ele. Portanto, as superfícies
próximas ao paciente, frequentemente tocadas pelas mãos, como grades
da cama, mesa de cabeceira, bombas de infusão, telefone, campainha de
enfermagem, apresentam grande potencial de contaminação.

FIGURA 5
Potencial de contaminação do ambiente do paciente

Você sabia que os microrganismos podem sobreviver em ambientes


inanimados por longos períodos de tempo? Veja alguns exemplos:

A transmissão cruzada de microrganismos de um ambiente para o outro


pode ocorrer quando há falhas na higiene de mãos ou na limpeza e
desinfecção de materiais/equipamentos.
30

• A enfermagem deve realizar limpeza e desinfecção das grades da cama e


dos equipamentos presentes dentro do quarto uma vez por plantão com
produto detergente desinfetante padronizado.
• Para equipamentos e materiais compartilhados o profissional da equipe
multidisciplinar deve realizar limpeza e desinfecção a cada uso, com
produto detergente desinfetante.

7. Higienizar as mãos

Higienizar as mãos nos cinco momentos já descritos, imediatamente antes


de calçar e imediatamente após retirar as luvas.

As luvas devem ser trocadas após risco de contato com fluidos


corporais e ao mudar de sítio ou procedimento, ou sempre que uma
nova indicação de higiene das mãos ocorrer.

Utilizar o produto alcoólico rotineiramente ou, se estiverem visivelmente


sujas, lave-as com água e sabonete.

8. Utilizar equipamentos de proteção individual

Avental

Vestir o avental ao entrar no quarto. O avental funciona como barreira ao


entrar em contato direto com o paciente, superfícies, mobiliários e
equipamento.

As tiras do avental deverão ser amarradas na região do pescoço e da cintura,


sempre na parte de trás, para evitar que o avental escorregue durante o
cuidado.
31

Luvas:

As luvas deverão ser colocadas e fixadas sobre a extremidade do avental.

Deverão ser calçadas, ao entrar no quarto e em contato direto com o


paciente ou superfícies potencialmente contaminadas.

Elas deverão ser retiradas antes da retirada do avental. Com o dedo


indicador, puxar pela parte interna do elástico da luva retirando-a pelo
avesso.

É necessário trocar as luvas entre procedimentos em um mesmo paciente


quando uma nova indicação de higiene das mãos ocorrer.

E lembre-se o uso de luvas não substitui a higiene das mãos.

9. Cuidados para Realizar o Transporte de Pacientes


32

10. Cuidados na Suspensão de Precauções Durante o Contato

Ao suspender as precauções, deve-se providenciar a transferência do


paciente para outro quarto. Enquanto o paciente não for transferido de
quarto, as medidas para precaução durante o contato devem ser mantidas,
ou seja, não deve-se retirar da porta do quarto/leito a placa de identificação
para precaução durante o contato, até que seja realizada a higiene terminal.

Trocar a cama e equipamentos utilizados pelo paciente. Realizar a


desinfecção de todos os materiais passíveis de desinfecção:

• Itens em excesso nas Precauções durante o Contato

Exemplos de itens permitidos para reversão: embalagem de soro fisiológico,


caixas de medicamentos, almotolias fechadas, tiras com medicação, frasco
de heparina, seringa preenchida, ambú, sachê de espessante, cateter nasal
na embalagem.

É permitido realizar a reversão de itens em excesso nas Precauções durante


o Contato com as seguintes condições:

• Materiais com embalagem de plástico ou vidro passíveis de limpeza e


desinfecção.
• Caixas com revestimento impermeável.
33

Itens proibidos que devem ser desprezados:

• Materiais com embalagem de papel ou embalagem mistas (plástico e


papel);
• Exemplos: embalagens de seringa, gazes e agulhas.
• Materiais que não são passíveis de limpeza e desinfecção;
• Exemplos: fraldas, absorventes, fitas adesivas após abertas, como
micropore, esparadrapo e transporte.
• Materiais que não possuem embalagem primária.
• Exemplos: oral pack e lancetas para glicemia capilar.

Veja o passo a passo para o procedimento de reversão de itens em excesso


nas Precauções durante o Contato:

Imagem esquemática do passo a passo para o procedimento de reversão de itens em excesso nas Precauções durante
o Contato.
34

• Não manipule o saco plástico com as mãos enluvadas


contaminadas, pelo risco de contaminação;
• É necessário checar a integridade das embalagens após o
processo de desinfecção. Afinal, o item deverá ser descartado caso ocorra
qualquer tipo de dano ou descaracterização da embalagem.

Precauções por Gotículas

As precauções por gotículas são medidas adotadas para pacientes com


doença transmissível por partículas maiores que 5 micras geradas pela
tosse, espirro e durante a fala. Essas gotículas (> 5 micras) podem se
depositar a uma curta distância (1 a 1,5 m) na conjuntiva, mucosa oral ou
nasal dos profissionais, pacientes, visitantes e no meio ambiente.

Cuidados nas Precauções por Gotículas

1. Acomodar o paciente em um quarto/leito privativo.

2. Orientar paciente e acompanhante

• Informar sobre a indicação e manutenção das precauções por gotículas.


• Orientar que o paciente só poderá sair do quarto para realizar
cirurgia/exames.
• Orientar os acompanhantes quanto à utilização da máscara cirúrgica.
• Informar que a equipe multiprofissional utilizará a máscara cirúrgica
como EPI.

3. Sinalizar que o paciente está em Precaução por Gotículas

• Identificar a porta do quarto/leito com a placa.


• Sinalizar a Precaução por Gotículas no prontuário eletrônico.
35

4. Disponibilizar materiais necessários (quarto/leito)

• Equipamentos de Proteção Individual – máscara cirúrgica.


• Produto detergente desinfetante padronizado na instituição.
• Panos descartáveis para limpeza/desinfecção.

5. Cuidados com ambiente

• A enfermagem deve realizar limpeza e desinfecção das grades da cama e


dos equipamentos presentes dentro do quarto uma vez por plantão com
produto detergente desinfetante padronizado na Instituição.

Para equipamentos e materiais compartilhados o profissional da equipe


multidisciplinar deve realizar limpeza e desinfecção a cada uso, com produto
detergente desinfetante.

6. Higienizar as mãos

• Higienizar as mãos nos cinco momentos. Utilizar o produto alcoólico


rotineiramente ou, se estiverem visivelmente sujas, lave-as com água e
sabonete.

7. Utilizar equipamentos de proteção individual

• Colocar máscara cirúrgica ao entrar no quarto do paciente.


• É importante que todos os profissionais da saúde utilizem a máscara
cirúrgica, inclusive para doenças nas quais o profissional encontra-se
imunizado.

8. Cuidados para realizar o transporte de pacientes

• Limitar o transporte do paciente para atividades essenciais, como, por


exemplo, para exames ou cirurgias.
• Notificar o setor que irá receber o paciente e também o serviço de
transporte interno que o paciente está em precauções por gotículas.
• Durante o transporte o paciente deve utilizar a máscara cirúrgica.
36

• O profissional que transporta o paciente não necessita utilizar a máscara


se o paciente estiver com a máscara cirúrgica.
• Caso o paciente em Precauções por Gotículas esteja intubado ou não
tenha condições para utilização da máscara cirúrgica, o profissional
deverá realizar o transporte utilizando máscara cirúrgica.

9. Cuidados na suspensão de precauções durante o contato

• Suspenda as precauções por gotículas de acordo com as recomendações


específicas de cada patógeno.
• Caso um paciente em precauções para gotículas seja transferido ou
receba alta, não retirar da porta do quarto a placa de identificação para
precaução por gotículas até que seja realizada a higiene terminal.

Precauções Aéreas

As precauções aéreas são indicadas para pacientes com suspeita ou


diagnóstico de infecção transmitida por via aérea, cujas partículas (< 5
micras) contendo o agente infeccioso podem ficar suspensas no ar ou
ressecadas no ambiente.

Essas partículas permanecem infectantes por períodos prolongados em um


ambiente ou ao percorrer longas distâncias. Além disso, as partículas podem
se depositar em superfícies horizontais e se dispersarem por correntes de ar
atingindo outros ambientes.

O tamanho da partícula proporciona a forma ideal para inalação, uma vez


que é suficientemente pequeno para atingir a árvore respiratória sem ser
contido pelos cílios presentes do trato respiratório superior.
37

Cuidados nas Precauções Aéreas

1. Acomodar o paciente em um quarto privativo com pressão negativa.

A área de ventilação especial onde se encontra o paciente é considerada


contaminada em relação às demais, e a porta deve ser mantida fechada para
que o ar presente nessa dependência não atinja o corredor (este é o motivo
da pressão negativa). As janelas devem ser mantidas fechadas e bem
vedadas.
FIGURA 6
Quarto privativo com pressão negativa

O quarto deverá ter pressão negativa em relação às áreas adjacentes,


filtragem de ar com filtros de alta eficiência e com 6 a 12 trocas de ar por
hora.

Os pacientes em Precaução Aérea devem ser encaminhados para os leitos de


pressão negativa, nas unidades específicas, de acordo com o seu estado
clínico atual.
38

O enfermeiro das unidades de internação que possuem quartos com pressão


negativa deve:

1. Ligar pressão negativa do quarto conforme padrão específico da unidade.


2. Verificar o valor da pressão no display digital ou no manômetro
analógico.

Referência: Para unidade medida Pascal (Pa) o valor deve ser igual a -2,5Pa
ou inferior (ex.: -2,6Pa; -2,7Pa; -2,8Pa etc.). Para a unidade de medida
milímetros de coluna de água (mmca) o valor deve ser igual a -0,26mmca ou
inferior (ex.: -0,27mmca; -0,28mmca; -0,29mmca etc.)

3. Abrir impresso próprio de controle da pressão e registrar o valor a cada


6h.

4. Conferir a pressão negativa com um indicador visual como tiras de


papel.

5. Acionar imediatamente a manutenção caso seja encontrado qualquer


irregularidade.

No HMVSC antes de encaminhar o paciente para o quarto de pressão


negativa solicitar para engenharia da manutenção para realizar a
medição manual para conferencia.

Enquanto o paciente aguarda vaga para o quarto com pressão negativa:

• Instituir as Precauções Aéreas e manter a porta do quarto fechada.


• Quando houver leito com pressão negativa disponível, realizar passagem
de plantão para a unidade de destino e equipe do transporte e
encaminhar o paciente.
• Após a transferência do paciente para um quarto com pressão negativa,
aguardar uma hora até liberar este quarto/leito para outro cliente.
39

Durante esta hora a higiene do quarto pode ser realizada e o profissional


da higiene deve utilizar máscara do tipo respirador - N95 (PFF2).

Veja na interação a seguir como acomodar o paciente nos seguintes locais:

Unidade de Pronto Atendimento

• Instituir as Precauções Aéreas já na UPA (quarto com pressão negativa,


identificação e uso de máscara N95 (PFF2) pelo profissional de saúde);
• Caso o quarto com pressão negativa esteja ocupado, manter o paciente
em ambiente fechado (box ou consultório). O paciente deve utilizar
máscara cirúrgica (se tolerar) e profissional de saúde N95 (PFF2);
• Se não houver nenhum ambiente fechado disponível, manter o paciente
na sala de triagem até providenciar acomodação no ambiente adequado.
O paciente deve utilizar máscara cirúrgica e o profissional de saúde
máscara N95 (PFF2);
• Solicitar vaga nos quartos com pressão negativa e realizar passagem de
plantão para a unidade de destino e equipe do transporte.

Unidade de Diálise

• Instituir as Precauções Aéreas em ambiente privativo, mantendo sempre a


porta fechada;
• O paciente deve utilizar máscara cirúrgica (se tolerar) e profissional de
saúde N95 (PFF2).

Centro Cirúrgico

• Todos os profissionais dentro da sala operatória (SO) devem utilizar a


máscara N95 (PFF2);
• Limitar o número de pessoas na SO;
• Evitar que o paciente fique na Recuperação Anestésica (RA),
permanecendo na SO até ser liberado pelo anestesista para retorno ao
quarto de origem.
40

Hospital Municipal Vila Santa Catarina

No Hospital Municipal Vila Santa Catarina dispomos de 4 quartos com


pressão negativa nos seguintes locais:

• UTI adulto geral leito 9 ou 10;


• UTI adulto transplante leito 5;
• UTI pediátrica leito 5;
• Observação do Ambulatório do transplante.

Nas unidades de internação que não possuem quarto com pressão negativa
instituir as Precauções Aéreas em ambiente privativo, com a placa de
identificação na porta e no prontuário. A porta do quarto sempre deve ser
mantida fechada.

2. Orientar paciente e acompanhante

• Informar sobre a indicação e manutenção da Precaução Aérea.


• Orientar que o paciente só poderá sair do quarto para realizar
cirurgia/exames utilizando máscara cirúrgica.
• Orientar os acompanhantes quanto à utilização da máscara N95 (PFF2).
• Informar que a equipe multiprofissional utilizará como EPI a máscara N95
(PFF2).

3. Sinalizar que o paciente está em Precaução Aérea

• Identificar a porta do quarto/leito com a placa.

• Sinalizar a Precaução Aérea no prontuário eletrônico.


41

4. Disponibilizar materiais necessários (quarto/leito)

• Equipamentos de Proteção Individual – máscara N95 (PFF2);


• Produto detergente desinfetante padronizado na instituição;
• Panos descartáveis para limpeza/desinfecção.

5. Cuidados com ambiente

• A enfermagem deve realizar limpeza e desinfecção das grades da cama e


dos equipamentos presentes dentro do quarto uma vez por plantão com
produto detergente desinfetante padronizado na Instituição.
• Para equipamentos e materiais compartilhados o profissional da equipe
multidisciplinar deve realizar limpeza e desinfecção a cada uso, com
produto detergente desinfetante.

6. Higienizar as mãos

• Higienizar as mãos nos cinco momentos. Utilizar o produto alcoólico


rotineiramente ou, se estiverem visivelmente sujas, lave-as com água e
sabonete.

7. Utilizar equipamentos de proteção individual

• É obrigatório o uso de máscara específica, do tipo respirador com


eficiência de filtração de 95% de partículas com 0,3 μ de diâmetro, sendo
que ela deverá estar perfeitamente ajustada à face e com boa vedação.

• Todos os profissionais devem colocar a máscara antes de entrar no


quarto, retirá-la após fechar a porta, estando fora do quarto, no
corredor.
42

• Essa máscara é de uso individual e a durabilidade depende da


frequência de uso e do condicionamento adequado, ou seja, pode ser
reutilizada pelo mesmo profissional por longos períodos, desde que
se mantenha íntegra, seca e limpa.
• Deve ser embalada em saco plástico identificado com nome do
profissional.
• A máscara deve ser descartada quando apresentar-se com sujidade
visível, danificada ou houver dificuldade para respirar (saturação da
máscara).
• O profissional deve realizar o teste de adaptação da máscara do tipo
respirador - N95 (PFF2) e verificar se não há escape de ar.

Cuidados na Colocação da Máscara N95/PFF2.

• O profissional deve higienizar as mãos, moldar o apoio para o nariz


usando os dedos de ambas as mãos para ajustar ao formato de seu
nariz;
• Após colocar a máscara N95 (PFF2) deve-se realizar o teste de
posicionamento adequado;
• Faça a expiração e inspiração certificando-se de que a máscara está
devidamente ajustada à sua face;
• Se for detectado algum escape de ar ajuste a posição da máscara e do
suporte do nariz. Faça o teste novamente, até que a esta esteja
ajustada adequadamente.

FIGURA 7
Passo a passo para a colocação da máscara N95/PFF2

Figura 7. Fonte: Cartilha de proteção respiratória - ANVISA 2009.


43

Cuidados na Retirada da Máscara N95/PFF2

• O profissional deve higienizar as mãos;


• Segurar e remover o elástico inferior;
• Segurar e remover o elástico superior;
• Remover a PFF segurando-a pelos elásticos, sem tocar em sua parte
frontal externa, guardar em saco plástico identificado com nome do
profissional e higienizar as mãos.

FIGURA 8
Passo a passo para retirada da máscara N95/PFF2

Figura 8. Fonte: Cartilha de proteção respiratória - ANVISA 2009.

8. Cuidados para realizar o transporte de pacientes

• Limitar o transporte do paciente para atividades essenciais, como, por


exemplo, para exames ou cirurgias.
• Notificar o setor que irá receber o paciente e também o serviço de
transporte interno que o paciente está em precaução aérea.
• Durante o transporte o paciente deve utilizar a máscara cirúrgica.
44

• O profissional que transporta o paciente não necessita utilizar a


máscara se o paciente estiver com a máscara cirúrgica.

Caso o paciente em Precauções por Gotículas esteja intubado ou não tenha


condições para utilização da máscara cirúrgica, o profissional deverá realizar
o transporte utilizando máscara cirúrgica N95 (PFF2).

9. Cuidados na suspensão da Precaução Aérea

Suspenda a Precaução Aérea de acordo com as recomendações específicas


de cada patógeno.

Quarto/leito com pressão negativa

Caso um paciente em precauções aérea seja transferido ou receba alta,


manter a pressão negativa ligada, não retirar da porta do quarto a placa de
identificação para precauções aérea até que seja realizada a higiene terminal
e o profissional da higiene deve utilizar máscara do tipo respirador - N95
(PFF2).

Quarto/leito sem pressão negativa

Após a transferência ou alta do paciente em precaução, aguardar uma hora


até liberar este quarto/leito para outro cliente. Durante esta hora a higiene
do quarto pode ser realizada e o profissional da higiene deve utilizar
máscara do tipo respirador - N95 (PFF2).

Concluindo

Nesta seção relembramos as boas práticas das precauções específicas que


devem ser aplicadas na prática assistencial.

Considerações Finais

Para a sua segurança e a dos pacientes é fundamental a aplicação das


precauções padrão e específicas na prática assistencial. Portanto, para
promover uma prática segura e a excelência no cuidado, incorpore em sua
rotina profissional os conceitos discutidos nesse curso.
45

Referências

1. Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, Chiarello L, Healthcare Infection Control


Practices Advisory Committee. 2007 Guideline for isolation precautions:
preventing transmission of infectious agents in healthcare settings.
Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention; 2007. Disponível
em: http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/isolation/isolation2007.pdf. Acesso
em 26 jun 2017.
2. Ontario Agency for Health Protection and Promotion, Provincial Infectious
Diseases Advisory Committee. Routine Practices and Additional
Precautions in All Health Care. 3rd edition. Toronto: 2012. Disponível
em: http://www.publichealthontario.ca/en/eRepository/RPAP_All_HealthC
are_Settings_Eng2012.pdf Acesso em 26 jun 2017.
3. Brasil. ANVISA. Cartilha de proteção respiratória. 2009. Disponível
em: http://www.ebserh.gov.br/documents/214604/816023/Cartilha+de
+Prote%C3%A7%C3%A3o+Respirat%C3%B3ria+contra+Agentes+Biol%C3%
B3gicos+para+Trabalhadores+de+Sa%C3%BAde.pdf/58075f57-e0e2-
4ec5-aa96-743d142642f1. Acesso em 26 jun 2017.

Vous aimerez peut-être aussi