Vous êtes sur la page 1sur 5

Índice

INTRODUÇÃO

Na ressaca da Primeira Guerra Mundial, a Europa viveu um dos mais


agitados períodos da sua História.
Os anos 20 são de depressão económica, de revolução social, mas, ao
mesmo tempo, de mudança de mentalidades.
Contudo, no ano de 1926, começou em Portugal um período a que se
deu o nome de ditadura militar.
Esta ditadura pôs fim a uma experiência republicana, tentativa esta
também de democratização do país.
Aquilo que se pensava ser o caminho melhor a seguir, constitui um
grande regime autoritário onde António de Oliveira Salazar era considerado o
chefe supremo da Nação e todos os que fossem contra o seu regime eram
severamente punidos.
Salazar era um antigo professor de Coimbra, de origem rural, com uma
formação católica, que se proclamou um antidemocrata e antiliberal.
Inicialmente, apelou à construção de uma nação forte, distanciada
tanto dos regimes do Leste europeu como das democracias ocidentais.
Para um país rural e com uma elevadíssima percentagem de
analfabetos e uma deficiente assistência social precária, começava uma difícil
travessia.
Foram os anos de construção do Estado Novo que, com o apoio de um
poderoso aparelho repressivo, sobreviveu durante quase meio século.
O Estado Novo

O Estado Novo é um período da história que se define como um regime


político instituído, em
Portugal, sob a direção de António de Oliveira Salazar, tendo vigorado, desde
1993 até 1974, sendo semelhante aos regimes instituídos
por Mussolini em Itália e por Hitler na Alemanha, tendo poucas diferenças
relativamente ao mesmo.

Este regime carateriza-se por uma progressiva adoção do modelo


italiano nas instituições e no imaginário político.

A construção da uma nova ordem política, económica, social e cultural


assenta nos seguintes vetores:

- Formação de um Estado forte, que fosse autoritário, usando-se um


regime de poder personalizado, ditatorial e antiparlamentar;

- Defesa do nacionalismo e do patriotismo: certas épocas e figuras


da História da Pátria foram exaltadas, com vista a encher de orgulho os
Portugueses;

- Defesa do colonialismo: o Ato Colonial de 1930 determina que cabia


à Nação defender, civilizar e colonizar os territórios do “Império Colonial
Português”;

- Existência do “partido único”, a União Nacional, fundada em 1930,


entendida como associação política de caráter cívico com inscrição obrigatória
para admissão em certos empregos públicos;

- Existência de milícias próprias, como a Legião Portuguesa, criada


em 1936, tendo como objetivo principal a “cruzada bolchevista” e a defesa do
“património espiritual da Nação”;
- Controlo da formação ideológica da população em geral, da juventude (a
Mocidade Portuguesa, criada em 1936), e da opinião pública pela propaganda
política, pelo controlo do ensino e da educação (existência do “livro único”) e
pela acção junta das famílias e dos trabalhadores.

- Culto do chefe: tal como Mussolini e Hitler, Salazar foi proclamado como um
génio, um homem de excepção e quase infalível, que a propaganda oficial
impunha à veneração da Nação, como se se tratasse de um santo (Salazar era
considerado o “Salvador da Pátria”).

- Carácter repressivo do poder, com a criação da polícia política (PVDE, mais


tarde designada por PIDE) e com a institucionalização da Censura.

- Corporativismo: os trabalhadores e a sociedade organizavam-se em


corporações, com a finalidade de resolver os conflitos de interesses surgidos
entre os diversos estratos sociais.

Assim, ao longo da década de ’30, Salazar criou um Estado autoritário,


antiparlamentar e antidemocrático. Os ‘slogans’ “Tudo pela Nação, nada contra
a Nação” e “Deus, Pátria, Família” simbolizavam o novo regime.
https://www.infopedia.pt/$estado-novo

Vous aimerez peut-être aussi