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Departamento de Estruturas
Part I
Equilíbrio em Estruturas Isostáticas
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1 Equilibrio em Estruturas Isostáticas
O equilibrio de forças e momentos em uma estrutura isostática pode ser anal-
isado de forma global ou local. Considerando uma estrutura no plano, o equi-
líbrio deverá satisfazer três equações, as quais correspondem aos três graus de
liberdade que a estrutura possui neste dado plano.
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Figure 2: Reações de apoio.
A configuração acima possui três reações ou forças, num aspecto geral, que
possuem valores desconhecidos. Cada reação desconhecida pode ser chamada
de incógnita, que será o termo usado neste texto para explicitar forças, momen-
tos, ou mesmo reações cujo valor é desconhecido. Assim sendo, temos como
incógnitas na dada estrutura: HA , RA, e RB , as quais podem ser dispostas num
vetor:
HA
RA ,
RB
O sistema linear pode ser resolvido, e então, temos os valores das incógnitas.
Um sinal negativo indica que o sentido adotado quando da substituição de cada
apoio por sua reação representada está contrário do que realmente o é.
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1.2 Análise Local
A análise local da estrutura consiste em desmembrá-la em estruturas menores
ou sub-estruturas de forma que o equilíbrio se estabeleça em cada uma delas.
O desmembramento da estrutura pode ocorrer levando em consideração os nós
internos e os membros que a compõe ou pode simplemente seccionando-a em
qualquer ponto. O processo de desmembrar ou seccionar um trecho num dado
ponto requer o aparecimento de reações internas, conhecidas como esforços solic-
itantes. Para um dado ponto que é seccionado três esforços solicitantes aparecem
na seção: força normal, força cortante e momento fletor. Da mesma forma que
acontece nas reações de apoio, estes esforços não possuem valores conhecidos e
portanto são chamados de incógnitas. Assim, uma sub-estrutura ou sub-trecho
apresentará em geral um número de incógnitas proporcionais ao número de pon-
tos que foram seccionados.
Para ilustar o processo de análise local usamos a mesma viga bi-apoioda do
item 1.1, seccionando-a em alguns pontos arbitrários; os apoios também foram
substituídos pelas suas respectivas reações:
Como a estrutura como todo deve respeitar o equilibrio, cada ponto que a
forma também deverá respeitar. Assim para cada sub-trecho aparecem as três
equacões de equilibrio, e o número de incógnitas de acordo com o processo de
desmembramento. A figura a seguir ilustra um sub-trecho adjacente ao apoio
A:
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O equacionamento é:
!
! H = HA − H 1 = 0
! R = RA − Q1 = 0
MA = Q1 ∗ 1 − M1 = 0
5
!
H = H A + H1 − H1 + H 2 − H2 + H3 − H 3 + H 4 − H4 = 0
!
R = RA + RB − 2 ∗ 25 − 50 + Q1 − Q1 + Q2 − Q2 + Q3 − Q3 + Q4 − Q4 = 0
!
MA = RB ∗ 5 − 50 ∗ 4 − 25 ∗ 2 ∗ 2 + Q1 − Q1 + M1 − M1 + 2 ∗ Q2 − 2 ∗ Q2 +
M2 − M2 + 3 ∗ Q3 − 3 ∗ Q3 + M3 − M3 + 4 ∗ Q4 − 4 ∗ Q4 + M4 − M4 = 0
!
! H = HA = 0
! R = R A + RB − 2 ∗ 25 − 50 = 0
MA = RB ∗ 5 − 50 ∗ 4 − 25 ∗ 2 ∗ 2 = 0
References
[1] Cirne, J. M. O. Resistência de Materiais, Parte I - Estática. Departamento
de Eng. Mecânica, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra, Portugal, 2008.
[2] Leggerini, M. R. C. Kalil, S. B. R., Estruturas Isostáticas - DECivil, PUCRS.
[3] Sussekind, J. C. , Curso de Análise Estrutural, v. 1, Ed. Globo, Porto Alegre,
RS, 1979.