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1. A VERDADE CAPACITA.........................................................3
2. GASTAR NOSSA HERANÇA ................................................ 12
3. ENCONTRAR A MISERICÓRDIA DE DEUS ................... 31
4. GUARDAR O TESTEMUNHO ............................................ 48
5. LEMBRANÇAS QUE DÃO VIDA ........................................ 66
6. CORAGEM PARA DEIXAR UM LEGADO ........................ 75
7. VIVER SOB A INFLUÊNCIA ............................................... 93
8. O PODER DA TRANSFORMAÇÃO .................................. 103
9. LIBERAR A PRESENÇA DE DEUS .................................. 117
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CAPÍTULO 1
A VERDADE
CAPACITA
Um dia, eu estava em meu escritório lendo Apocalipse, quando
senti algo inconfundível — a sensação que tenho quando as palavras
parecem saltar da página e sei que estou ouvindo uma palavra atual do
Senhor. Pensei: “Puxa! Isso é tão poderoso! Não tenho a mínima ideia do que
significa, mas é poderoso!” (Como sempre, meu espírito estava indo muito
mais rápido que minha mente.)
Então caí aos seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: “Não faça isso!
Sou servo como você e como os seus irmãos que se mantêm fiéis ao teste-
munho de Jesus. Adore a Deus! O testemunho de Jesus é o espírito de
profecia”.
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mente. Testemunho e profecia sempre foram elementos importantes
da vida cristã, mas, nesse momento, percebi que aquele homem estava
me dizendo que podia usar seu testemunho para profetizar para as pessoas.
(A profecia ou prediz o futuro, ou provoca uma mudança no presente.
A primeira: se Deus havia feito essa obra excelente para ele, com
certeza faria para outros; a segunda: declarar o testemunho era um meio
pelo qual essa promessa seria transmitida a outros que dela necessitam.
REAÇÃO EM CADEIA
A experiência a seguir ocorreu há vinte e cinco anos. Desde então,
tenho contado testemunhos intencionalmente quando ministro e tenho
observado de perto as consequências, o que tem sido sempre impressi-
onante.
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des do litoral norte da Califórnia, onde eu havia servido em muitas oca-
siões. Na época, o menino contava 3 anos de idade e tinha os pés com-
pletamente tortos.
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Em seguida, o Senhor mostrou a um dos alunos, por meio de uma pa-
lavra de conhecimento, que Ele também estava Curando as costas da
mulher e que o Fogo da Presença Divina estava tocando determinada
região das costas dela.
Ela não havia dito nada sobre esse tumor aos rapazes. Logo depois
que isso aconteceu, a família dela veio para fora da loja e viu que a avó
tinha sido curada. A mulher saiu da galeria carregando a bengala e as
ataduras.
Algum tempo depois, contei essas duas histórias num culto de do-
mingo de manhã, como exemplo da palavra profética de um testemu-
nho. Uma visitante que viera do estado de Montana tinha uma menini-
nha de 2 anos de idade cujos pés eram voltados para dentro tão grave-
mente que ela sempre tropeçava neles quando tentava correr. Depois
de ouvir os testemunhos e o ensinamento, a mulher disse no seu cora-
ção: “Quero isso para minha filha”. Quando foi buscar sua filhinha em
nosso berçário, descobriu que os pés da menina já estavam
perfeitamente retos. Ninguém havia imposto as mãos nem orado. Tão
somente ocorreu com a intervenção natural de Deus quando a Fé da
mãe se acendeu com o poder de um relato.
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que se endireitaram também, ela chamou a filha.
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sotta. Estava lá presente uma moça que havia sofrido um terrível aci-
dente e teve a perna quebrada. Tinha pinos, sentia dor, os movimentos
foram restringidos, além de outras complicações.
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Mais recentemente, contei essas histórias em outra reunião com
Mahesh e Bonnie Chavda. Uma mulher do auditório interrompeu-me
enquanto eu estava falando e me disse: “Estou perdendo parte do músculo da
panturrilha”. Respondi-lhe que teríamos prazer em orar por ela depois
da reunião. Ela acrescentou: “E sou de Minnesota”.
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Revelam seus meios, e seus meios revelam Sua Natureza. Assim, a re-
velação do Poder do testemunho se manifestou para mim além do con-
texto imediato do ministério e me levou a descobrir que ele é um prin-
cípio fundamental do Reino com implicações para todas as áreas de
nossa vida como cristãos. É um princípio que deve ser ensinado, com-
preendido e aplicado nível individual e coletivo para que a igreja cumpra
seu mandato de fazer discípulos das nações pela pregação e Demons-
tração do Evangelho do Reino.
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CAPÍTULO 2
GASTAR NOSSA
HERANÇA
Uma das minhas tarefas principais é ensinar cristãos a descobrir e
fazer uso da herança deles. Isso significa em essência que aprendemos
a usar as promessas ilimitadas que Deus nos fez para produzir uma Ma-
nifestação do Domínio dEle em favor da humanidade. É sempre reco-
nhecido por meio da pureza e do Poder e é motivado pelo Amor de
Deus.
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Deus como filhos dEle é exatamente o que nos dá a herança. O livro
de Romanos explica de forma simples:
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de
Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para nova-
mente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por
meio do qual clamamos: “Aba, Pai”. O próprio Espírito testemunha
ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos
herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato parti-
cipamos dos seus sofrimentos, paia que também participemos da sua
Glória (Rm. 8.14-17).
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preparou antes para nós as praticarmos” (Ef. 2.10). Obras não nos salvam,
mas, sem o fruto de boas obras em nossa vida, faltam-nos as evidências
que nos identificam como novas criaturas em Cristo. Assim como a
Natureza de Deus é Revelada no que Ele faz, as evidências de que so-
mos seres transformados na Sua semelhança é que revelam a Natureza
dEle no que fazemos.
Jesus deu exemplo dessas obras para nós. Ele não projetou um
novo dispositivo para auxiliar a audição nem treinou nenhum cão-guia.
Ele Curou o surdo e o cego. Essa conclusão impressionante sobre as
“boas obras” provém de um estudo detalhado do Evangelho de João.
Essas boas obras não só revelam que Jesus é o Ungido, o Cristo, mas
também revelam a natureza específica de Sua Relação com seu Pai, con-
forme explicou em João:
Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”. Jesus res-
pondeu:” Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado
com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode
dizer: 'Mostra-nos o Pai'? Você não crê que eu estou no Pai e que o
Pai está em mim? As palavras que eu lhes digo não são apenas minhas.
Ao contrário, o Pai, que vive em mim, está realizando a sua obra.
Creiam em mim quando digo que estou no Pai e que o Pai está em mim;
ou pelo menos creiam por causa das mesmas obras. Digo-lhes a verdade:
Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado.
Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o
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Pai (Jo. 14.8-12).
Não poderia ser dito de forma mais simples. Aqueles que creem
em Jesus demonstrarão Sinais e Prodígios. Ainda mais, porém, sua de-
claração implica que os que crêem vão ter o mesmo tipo de Relação
com o Pai e terão a mesma Unção do Espírito que ele. Isto é, somos
chamados para ministrar como Jesus ministrou porque, pela Sua morte
e ressurreição, temos acesso a tudo o que Ele teve à disposição para
realizar boas obras. Ele professou isso a seus discípulos e a nós, quando
disse: “[...] Assim como o Pai me enviou, eu os envio” (João 20.21).
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Por esse motivo, precisamos aprender a gastar nossa Herança fa-
zendo uso das grandes Promessas de Deus para o benefício das pessoas
à nossa volta. Não nos podemos esquecer de que foi a morte de Jesus
que permitiu ser liberada a essência da vontade de Deus para o resto de
sua família, os santos (“na terra como no Céu”). Não devemos esperar até
morrer para usar nossa Herança porque nosso propósito na terra ne-
cessita dos Recursos dos Céus para se cumprir.
Por isso, quando veio ao mundo, sacrifício e oferta não quiseste, mas um
corpo me preparaste; de holocaustos e ofertas pelo pecado não te agra-
daste. Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito a meu respeito;
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vim para fazer a tua vontade, ó Deus.” (Hb. 10.5-7).
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O TESTEMUNHO REVELA DEUS
A primeira coisa a ser vista na definição é que testemunho se re-
fere ao que Deus fez. Quando os cristãos ouvem a palavra “testemunho”,
em geral a associam com o relato de como eles vieram a conhecer
Cristo, ou talvez a uma história sobre alguém que experimentou um
Milagre. Entretanto, nós não somos nunca as personagens de um tes-
temunho. Nossos relatos são testemunhos porque eles dizem o que
Deus fez.
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Jesus explicou a origem do Poder de seu ministério ao dizer:
RECURSOS CELESTIAIS
j Poder é provavelmente um dos primeiros Recursos Celestiais que
O
vem à mente quando você pensa no que precisa cumprir em seu destino
de realizar o impossível.
Essa realidade não é menos verdadeira para nós, que fomos ado-
tados na família real de Deus. Quando Cristo Jesus nos comprou por
preço de Sangue e nos trouxe da morte para a vida, nossa história mu-
dou. Nossa trajetória estava nos levando para o inferno. Mas, depois
que respondemos “sim” a Jesus, todo o nosso passado, presente e futuro
foram inseridos na história de Deus e de seu povo.
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A cruz tem o poder de nos transformar e redimir de forma tão
completa que nosso passado pecaminoso se transforma num testemu-
nho do Poder de Deus, o que lhe dá Glória. Não podemos, porém,
obter essa transformação se não aprendermos a viver a nossa história
familiar. Não estou falando simplesmente sobre estudar a vida de cris-
tãos do passado, nem mesmo de estudar as Escrituras, embora essas
atividades sejam, sem dúvida, importantes. Elas são importantes, po-
rém, porque nos ensinam a versão de Deus da história e nos ajudam a
ter vislumbres da realidade da perspectiva dEle, o que nos capacita a
viver de forma Sobrenatural. A Bíblia chama esse processo de
aprendizagem de renovação da mente.
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decidiram abandonar a perspectiva de Deus por uma distorção.
Romanos refere-se à queda do homem explicitamente como a queda
dele da verdade:
Paulo também diz: “O que de Deus se pode conhecer é [foi] manifesto entre
eles”. Isso implica que, pelo fato de terem sido criados à Imagem de
Deus, eles podiam olhar um para o outro e ver como Deus é. Quando,
porém, suprimiram a Verdade de quem é Deus, a imagem deles pró-
prios foi distorcida, separando-os de sua identidade e seu propósito. A
partir daí, a raça humana herdou uma perspectiva distorcida da reali-
dade e da história.
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humanidade jamais mudou, porque Ele não mudou. A igreja, porém,
ainda não entendeu esse Plano no nível que nós começamos a caminhar
nele em conjunto, creio, porque nossa mente ainda não tinha sido Re-
novada o bastante pelos Testemunhos de Deus.
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Praticamente todas essas Revelações, a Noé, Abraão, Isaque, Jacó
e ao povo de Israel, implicaram Pactos. No capítulo seguinte, vou ex-
plicar a relação fundamental entre o Testemunho e o Pacto; neste, po-
rém, quero assinalar um tema recorrente em todas essas Revelações.
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andaria, como Ele andava com Adão no jardim do Éden. Esses teste-
munhos nos relatam que a Natureza de Deus e Seus Propósitos para a
humanidade não mudaram! Afinal, a história é a narrativa dEle.
Deus está fazendo que seu povo seja “fecundo e se multiplique”, mas
está fazendo isso mediante o novo nascimento em seu Espírito, cri-
ando, como diz João: “filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência
natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasce-
ram de Deus” (1.12,13).
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para prepará-los para o presente. Não somente para o propósito de re-
ceber incentivo das experiências dos outros, mas também paia apreen-
der plenamente a experiência e a fecundidade do que é dado, por meio
dessa Herança, e transmiti-la à geração seguinte. Portanto, esses Movi-
mentos de Deus não foram sustentados além de uma única geração.
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Quando subiu ao Céu, Cristo assentou-se no trono de Davi. No
dia de Féntecoste, o Pai enviou o prometido Espírito Santo para capa-
citar os discípulos a estabelecer o Reino de Deus na terra e cumprir o
mandamento de Cristo de fazer discípulos de todas as nações.
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prendeu o coração daqueles que tinham anteriormente comemorado a
morte de Cristo. Agora estavam perguntando o que deveriam fazer para
serem salvos. O Som do Céu liberou a atmosfera do Céu até que os
poderes dominantes das trevas dessem lugar à superioridade da luz.
Essa é a vida cristã normal. Qualquer coisa menos que isso é re-
troceder. Essa mudança espiritual é exatamente o que acontece no rea-
vivamento verdadeiro. No reavivamento, o Derramamento do Espírito
Santo provoca uma invasão da Presença do Rei do Céu, o que desaloja
o príncipe das trevas.
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gunta de por que a igreja não assumiu seu destino. O problema na equa-
ção jamais está no lado de Deus; está sempre do nosso.
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CAPÍTULO 3
ENCONTRAR A
MISERICÓRDIA DE DEUS
O testemunho das Escrituras é essencial para dar formação ao
povo de Deus de se comprometer plenamente com o propósito divino.
Essas histórias até podem ter tido influência na formação de Jesus para
cumprir seu destino. Embora Jesus fosse a Palavra (Deus), ele, sem dú-
vida, estudou as Escrituras, una vez que também era totalmente ho-
mem. Ele sabia por experiência própria que Deus é maior que seu Livro
— como o próprio Livro testifica. Deus escondeu os mistérios de Seu
Reino nas páginas desse Livro, mas apenas um coração com sede de
Intimidade com Deus terá acesso a desvendar esses mistérios.
Isso é muito diferente do que tão somente saber sobre Ele. Desse
modo, muitos leem a Bíblia, mas nem todos seguem os passos de Cristo
nem entram na vida que ela indica. Precisamos reconhecer que é nossa
reação às Escrituras que revela se compreendemos o que Deus disse e o
propósito que Ele visa ao dizer isso
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Eu tenho um testemunho maior que o de João; a própria obra que o Pai
me deu para concluir, e que estou realizando, testemunha que o Pai me
enviou. E o Pai que me enviou, ele mesmo testemunhou a meu respeito.
Vocês nunca ouviram a sua voz, nem viram a sua forma, nem a sua
palavra habita em vocês, pois não creem naquele que ele enviou. Vocês
estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês
têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito;
contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida” (João 5.31-40).
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razões por que Deus é chamado santo é que Suas Palavras são tão
perfeitamente integradas com sua Pessoa que liberam a Força e a reali-
dade de Seu Ser para efetuar o que Ele disse.
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que as lemos. Todo o testemunho das Escrituras reverberam este tema:
Deus se revela à humanidade, e nós respondemos com Fé ou com incredulidade,
gerando condições que influenciam a maneira com que Deus vai se Relacionar co-
nosco.
Vamos ver como essa verdade permeia o que a Bíblia tem a dizer
no que diz respeito ao testemunho voltando agora nossa atenção aos
textos das Escrituras em que a palavra “testemunho” aparece pela pri-
meira vez.
A ARCA DO TESTEMUNHO
Ao fazer um estudo da palavra “testemunho” na Bíblia, vale notar
que na primeira vez que ela aparece, em Êxodo 16.34 (ARA), refere-se
não simplesmente a um testemunho, mas ao Testemunho.
Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e
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vos cheguei a mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz
e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade pecu-
liar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha; vós me sereis
reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos
filhos de Israel (Êxodo 19.4-6).
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propiciatório de ouro puro; de dois côvados e meio será o seu compri-
mento, e a largura, de um côvado e meio. Farás dois querubins de ouro;
de ouro batido os farás, extremidades do propiciatório; um querubim,
na extremidade de uma parte, e outro, na extremidade da outra parte;
de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extre-
midades dele. Os querubins estenderão as asas por cima, cobrindo com
cias o propiciatório; estarão eles de faces voltadas uma para a outra,
olhando para o propiciatório. Rirás o propiciatório em cima de arca; e
dentro dela porás o Testemunho, que eu te darei. Ali, virei a ti e, de
cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca
do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para
os filhos do Israel. (Êxodo 25.10-22, ARA).
Por trás do segundo havia a parte chamada Santo dos Santos, onde
encontravam o altar de ouro para o incenso e a arca da aliança, total-
mente revestida de ouro. Nessa arca estavam o vaso de ouro contendo o
maná, a vara de Arão que floresceu e as tábuas da aliança. Acima da
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arca estavam os querubins cia Glória, que com sua sombra cobriam a
tampa da arca. A respeito dessas coisas não cabe agora falar detalha-
damente (Hebreus 9.3-5)
Tudo que foi feito nessa casa tinha como foco o zelo por essa
relação mediante a aproximação de Deus em oração e adoração.
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E, para garantir que o povo não confundisse a casa de Deus com
o próprio Deus, ele fez seu povo seguir sua nuvem no deserto durante
anos e montar o tabernáculo onde quer que Deus parasse. Muitas vezes,
o povo “o” via visitar Moisés na tenda do encontro. Mais que sua casa
ou que suas leis, era a Presença de Deus que dava ao povo sua identi-
dade, seu propósito e sua auto definição.
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amendoeira mortas, uma de cada líder de tribo, da noite para o dia no
tabernáculo. Quando foram reaver as varas no dia seguinte, a vara de
Arão tinha brotado e florescido miraculosamente e dado amêndoas ma-
duras (Números 17.8). Isso revelou que o líder indicado de Deus deve
sempre ser identificado pela manifestação da vida ressurreta. Pois, da
mesma maneira que a vara morta de amendoeira de Arão teve nova
vida, manifesta em brotos, flores e amêndoas maduras, assim também é es-
sencial que os líderes cresçam em todas as áreas da vida. Vale a pena
notar que há vida, mas não necessariamente maturidade (amêndoas ma-
duras) em todas as arcas.
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Infelizmente, a reação que acabei de relatar, junto com uma profu-
são de outras respostas que resultam da ignorância e da incredulidade
que o homem herdou da Queda, caracterizou essa geração de israelitas
e tem caracterizado gerações ao longo da História.
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Mas o povo permaneceu à distância, ao passo que Moisés aproximou-
se da nuvem escura em que Deus se encontrava (Êxodo 20.18-21).
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que cerca o Testemunho. Isso significa que a vontade de Deus tem vá-
rias medidas, ou dimensões em diferentes circunstâncias de acordo com
essas condições.
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apaixonada, perante a arca, que teoricamente devia ter sido ilegal para
ser um homem que não fosse sacerdote, ou mesmo qualquer um que
vivia antes do sangue de Jesus ser derramado.
O salmista disse: “Sim, os teus testemunhos são o meu prazer; eles são os
meus conselheiros” e “Tenho mais discernimento que tojos os meus mestres, pois
medito nos teus testemunhos” (Salmos 119.24,99). Sabedoria, discernimento
e paixão por Deus se obtêm por meio de testemunhos.
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JESUS: O TESTEMUNHO VIVO
Jesus afirmou que ele viera para cumprir a Lei e os Profetas (v.
Mateus 3.17) ou, em outras palavras, as exigências da Antiga Aliança.
Esse cumprimento tem aspectos muito ricos, os quais os escritores do
Novo Testamento e muitos outros investigaram.
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ressurreta.
Estar “em Cristo” significa que, de fato, participamos das duas di-
mensões do ministério sacerdotal de Cristo. Em Cristo, também
ministramos para Deus com culto espiritual no Santo dos Santos, onde
entramos mediante o “novo e vivo caminho” que o próprio Cristo abriu
para nós:
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apesar de eu ser o SENHOR deles”, diz o SENHOR.
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CAPÍTULO 4
GUARDAR O
TESTEMUNHO
Deuteronômio é o livro que todo judeu devoto tinha de saber de
trás para a frente e de frente para trás ao crescer, por um simples mo-
tivo: é um dos livros mais práticos da Bíblia. Tem instruções práticas
para todos os aspectos da vida comunitária, de relacionamentos, famí-
lia, trabalho e culto. Pelo fato de ter sido tão essencial para o êxito de
Israel como povo da aliança de Deus, uma das primeiras instruções prá-
ticas do livro é como aprender o que ele diz:
Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração.
Ensine as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando
estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando
se deitar e uuando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e
prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em
seus portões (Deuteronômio 6.6-9).
Resumindo, Deus queria que seu povo tivesse três atitudes essen-
ciais em ralação a Deuteronômio. Ele deveria ser o assunto principal da
educação dos filhos. Também era para ser o principal assunto da con-
versa durante todo o dia, uma vez que o povo devia cercar-se de lem-
bretes visíveis do que o livro diz. Essas três disciplinas eram vitais para
guardar com êxito os três primeiros aspectos das palavras que Deus fa-
lara ao povo. “Diligentemente, guardarás os mandamentos do SENHOR teu Deus,
e os seus testemunhos, e os seus estatutos que te ordenou” (Deuteronômio 6.17,
ARA).
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Significa simplesmente fazer o que eles ordenam. Se Deus diz para hon-
rar pai e mãe, temos de honrar nossos pais. Guardar os estatutos do
Senhor é um pouco diferente.
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quando ela é declarada.
Essa mesma dinâmica explica por que eu acho que uma das ma-
neiras mais rápidas de iniciar as pessoas numa vida de Milagres é
mandá-las numa viagem “Global Awakening” [Despertamento mundial],
no Brasil, com Randy Clark. Em qualquer uma dessas virgens, há a pos-
sibilidade de testemunhar a ocorrência de milhares de Milagres. Esses
Milagres acontecem por meio de cristãos comuns, que deixam o ambi-
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ente muitas vezes “opressivo” da igreja norte-americana para serem usa-
dos num país que não tem problemas com o Deus de Milagres.
Temos muito por que agradecer nessa hora. O Espírito Santo está
restaurando a revelação do poder do testemunho para liberar Milagres
a seu povo, poder este acessível a todos nós. Está a nosso alcance. Deus
está nos tirando de nossa ignorância com misericórdia, de Fé em Fé e
de Glória em Glória.
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declaração.
Não há duvida de que devemos dar louvor a Deus pelo que ele
fez, mas não podemos para por aí. Se o testemunho não transformar
de fato o resto de nosso pensamento e de nosso comportamento, não
o estamos verdadeiramente guardando.
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os nutrientes, por assim dizer, do testemunho é tomando uma decisão
conscienciosa de cultivar um estilo de vida de conversar o tempo todo
sobre as obras maravilhosas de Deus.
Jesus declarou: “Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus
é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele” (Mateus 11.12). Ele
também disse: “Aquele que não está comigo é contra mim, e aquele que comigo
não ajunta, espalha” (Lucas 11.23). Não existe território neutro em nosso
mundo. Ou buscamos de forma proativa e vigorosa o Reino de Deus,
ou estamos permitindo, quer ativa, quer passivamente, que o reino das
trevas imponha sua influência, ganhando um lugar em nosso coração
— o lugar de onde observamos a realidade.
Por sua vez, nossa meditação no que Deus disse implica falar. A
palavra hebraica para “meditação” aqui significa literalmente “gemer, res-
mungar, proferir, refletir sobre, murmurar, ou falar”. Essa mesma palavra foi
empregada para designar um leão rugindo para a presa. Nossa medita-
ção não deve ser uma atividade relaxada. Temos de perseguir e com
alegria consumir com voracidade o testemunho de Deus. É assim que
nosso corpo e nossa mente são preparados “para estar de acordo com tudo
o que está escrito”.
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Quando fazemos isso com o testemunho, há duas consequências
fundamentais. Primeira, quando enchemos o coração e a mente com o
registro do que Deus fez por meio do diálogo e da meditação, mante-
mos uma consciência constante do Deus que invade o impossível. Essa
postura de consciência e expectativa cria a esperança, a Fé, a coragem
e a sede de que necessitamos para reagir as impossibilidades à nossa
volta.
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para uma festa em que observaríamos esses fatos acontecerem e então
celebraríamos a Deus juntos.
LEMBRAR
Criar um estilo de vida de declarar o testemunho é o primeiro as-
pecto de guardar o testemunho. O segundo aspecto é criar um estilo de
vida de lembrar desses aspectos são dois lados da mesma moeda.
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sementes de determinado Milagre, transportássemos para um novo am-
biente e outro Milagre acontecesse.
Elas servirão de sinal para vocês. No futuro, quando os seus filhos lhes
perguntarem: “Que significam essas pedras?”, respondam que as águas
do Jordão foram interrompidas diante da arca da aliança do SENHOR.
Quando a arca atravessou o Jordão, as águas foram interrompidas. Es-
sas pedras serão um memorial perpétuo para o povo de Israel” (Josué
4.6,7).
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Referia-se a algo maior que ela mesma, uma lição que Deus me
ensinou naquele momento para muitos anos: se obedeço nas pequenas
coisas, ele me recompensa nas grandes.
Algum tempo mais tarde, depois que nos mudamos para Weaver-
ville, acabei acumulando quatro armas, que guardávamos num armário
(antes de se exigir segurança para as armas). Num fim de semana, saí-
mos da cidade, e, quando voltamos, alguém tinha invadido a casa e rou-
bado minhas armas — exceto a mais valiosa. Não sei por qual motivo,
mas acho que o Senhor deve ter cegado os olhos do ladrão para a arma
mais cara das quatro.
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simples objeto que nos lembre de ocasiões determinadas em que en-
contramos Deus e Ele se Revelou.
A mim, Ele deu uma arma. Pode ser qualquer coisa, mas a questão
é que devem ser elementos em que investimos com sentido de modo
que sejam sinais que indiquem o testemunho — elementos que vemos
regularmente e refletimos sobre eles sempre. Os memoriais são elemen-
tos essenciais de guardar o testemunho porque agem para nos proteger
de nossa suscetibilidade a esquecer aquilo que Deus diz que é impor-
tante. Funcionam como um alarme. Não ligamos o despertador depois
que já saímos da cama. Nós o ligamos antes para que desencadeie em
nós uma determinada reação quando chega o momento certo — em
geral, inesperadamente.
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acerca de quem é Deus e do que ele fez. Os escritores do Novo Testa-
mento gastaram um bom tempo explicando o significado de conversão
a fim de que formemos nossa mente para lembrar essa história de
acordo com a versão de Deus. Entretanto, se revisitarmos os aconteci-
mentos de nosso passado de uma perspectiva que não tenha base na
obra da cruz e na eficácia do sangue de Cristo, estaremos, na verdade,
abrindo-nos a um espírito de engano.
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CAPÍTULO 5
LEMBRANÇAS
QUE DÃO VIDA
Jesus constantemente punha seus discípulos em contato com o
Milagre. Toda oportunidade visava a prepará-los para o próximo desa-
fio inesperado que teriam de enfrentar e a ensinar-lhes os meios do
mundo divino, um mundo que não podiam ver sem ajuda.
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multiplicou nas mãos de Jesus, mas nas deles, eles jamais aprenderam a
lição que lhes daria coragem na tempestade.
Sem essa consciência, eles jamais saberiam que, quando Jesus lhes
ordenou ir para o outro lado do mar, era como se estivesse no barco
com eles. A ordem nos capacita da mesma maneira que a presença física
de Jesus. A ordem é dada quando estamos submissos a missão dele, o
que resulta na autoridade necessária para realizar a missão:
Então se afastou deles, voltou para o barco e foi para o outro lado. Os
discípulos haviam se esquecido de levar pão, a não ser um pão que ti-
nham consigo no barco. Advertiu-os Jesus: “Estejam atentos e tenham
cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”. E
eles discutiam entre si, dizendo: “É porque não temos pão. Percebendo
a discussão, Jesus lhes perguntou: “Por que vocês estão discutindo sobre
não terem pão? Ainda não compreendem nem percebem? O coração de
vocês está endurecido? Vocês têm olhos, mas não veem? Têm ouvidos,
mas não ouvem? Não se lembram? Quando aos cinco mil, quantos ces-
tos recolheram?”
“Doze”, responderam eles.
“E quando eu parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos
cheios de pedaços vocês recolheram?”
“Sete”, responderam eles.
Ele lhes disse: “Vocês ainda não entendem?” (Marcos 8. 13-21)
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nosso modo de perceber a realidade. Quando procuraram comida no
barco, Jesus lhes perguntou: “Por que vocês estão discutindo sobre não terem
pão?”. Jesus se referia ao fato de a discussão dos discípulos não se haver
influenciado pela história deles com Ele. As experiências com Deus são
ao mesmo tempo maravilhosas e caras. Em seguida, Ele os levou de
volta a duas experiências que tinham tido na multiplicação de alimento
e perguntou-lhes se eles sé lembravam do que acontecera quando ali-
mentaram as multidões.
“Por que vocês estão discutindo sobre não terem pão?”. É como se Jesus
perguntasse a seus discípulos: “Por que a discussão de vocês começa com o que
vocês não têm?” Uma vez que eu os coloquei no Milagre da multiplicação dos pães,
vocês perderam o direito de iniciar qualquer padrão de pensamento com o que vocês
não têm”.
68
cessário nessa situação” Imediatamente, começo a olhar para os meus re-
cursos como se eu fosse a resposta para o meu problema.
Então, Jesus lhes fez uma série de perguntas. “Como vocês não per-
cebem? O coração de vocês ainda está endurecido. (paráfrase). Quando ele nos
leva para o reino dos Milagres e entramos em contato com o sobrena-
tural, isso altera o modo de enxergamos a realidade — se nosso coração
não for duro. Entretanto, se nossa visão da realidade não está ajustada
para se adaptar aos Milagres constantes em nossa vida, então nosso co-
ração está impedindo o pleno efeito dos nutrientes que estão sendo li-
berados em nosso sistema. Esses nutrientes chamam-se “Graça”, que é
a Capacitação Divina.
Jesus perguntou-lhes: “Vocês têm olhos e não veem? Têm ouvidos e não
ouvem? E não se lembram?”. É aqui que podemos aprender o máximo, e
recuperar nossas perdas, para enxergarmos a verdade e nos arrepender
verdadeiramente.
69
Estou constantemente olhando ao meu redor para ver o que Deus
está fazendo. Há ocasiões em que consigo enxergar claramente, mas há
vezes em que não tenho nenhuma pista.
72
estivessem afetando, tudo de uma vez. Tenho certeza de que, por fora,
eu parecia calmo, mas, por dentro, perguntava-me: “O que eu fiz! Esse
homem acha que mancava... espere até ele tentar sair!”.
Essa palavra significa “paz”. Ela tinha de ser uma das palavras mais
abundantes de toda a Bíblia — cheia de vida e sentido. Significa solidez
de mente, saúde, prosperidade — e a maior parte de tudo por quanto temos
orado é abrangido por essa palavra. Pensei: “Essa palavra também será útil
nesta situação”. Então, orei: ”E agora, Senhor, deixe que o shalom do Céu, a tua
paz, venha sobre esse homem”. Então, a perna direita dele encolheu
novamente até ficar perfeitamente do tamanho da outra. No dia
seguinte, ele chegou até mim e disse: “Bill, eu medi minhas pernas de todas
as formas possíveis; estão absolutamente perfeitas”. Comemorei com ele.
73
que os médicos estimaram, eles lhe diriam: “Viu, nós dissemos que você cres-
ceria esse tanto”. Quando ouvimos Deus, ficamos bem, mesmo quando
não merecemos.
74
CAPÍTULO 6
CORAGEM PARA
DEIXAR UM LEGADO
Quando Deus introduziu os filhos de Israel na terra prometida,
Ele lhes deu uma obrigação bem clara: uma obrigação que ilustra pro-
feticamente a obrigação que temos como filhos dEle da Nova Aliança.
75
Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a
esquerda, para que você seja bem-sucedido por onde quer que andar.
Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas
de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está
escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido.
Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem
desanime, pois o SENHOR, o seu Deus, estará com você por onde você
andar” (Josué 1.5-9).
76
sermos bem-sucedidos em obedecer a Deus e seguí-lO.
O rei Davi falava dessa provisão quando disse: “Sempre tenho [posto]
o SENHOR diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado” (Salmos
16.8). “Pôr”, nesse versículo, significa o mesmo que “dar destaque”. Nós,
de fato, desempenhamos uma função ao pôr Deus em destaque, ü avi-
valista Duncan Campbell definia o elemento da irresistível presença
como a essência do avivamento que viveu nas Ilhas Hébridas na década
de 1950. Ele disse que “uma consciência de Deus” encheu a atmosfera da
região, criando um ambiente em que arrependimento, conversão, ora-
ção e adoração passaram naturalmente a ser as principais atividades.
77
relação sobrenatural com Israel. Em nosso caso, devemos meditar no
registro dos mandamentos de Deus e em suas intervenções miraculosas
na história humana, o que inclui as Escrituras, em primeiro lugar, junto
com os testemunhos dos santos ao longo da História e nossa listo» ia
individual com Deus.
Mais tarde, Salomão disse: “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois
dele depende toda a sua vida” (Provérbios 4.23). O que quer que nos encha
o coração será nosso pensamento e nossa conduta. Quando guardamos
o testemunho, enchemos nosso coração com a verdade — a verdade so-
bre quem é Deus, a verdade sobre quem somos e a verdade sobre nossa
origem e para onde vamos em Deus. É responsabilidade nossa, entretanto,
encher nosso coração com a verdade, porque, se não fizermos isso,
como vimos no capítulo anterior, deixamos que nosso coração seja pre-
enchido com as mentiras do inimigo.
O povo prestou culto ao Senhor durante toda a vida de Josué e dos líderes
que sobreviveram a Josué e que tinham visto todos os grandes feitos do
SENHOR em favor de Israel. (...) Depois que toda aquela geração foi
reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia
o Senhor e o que ele havia feito por Israel. [...] Abandonaram o SE-
NHOR, O Deus dos seus antepassados, que os havia tirado do Egito, e
80
seguiram e adoraram vários deuses dos povos ao seu redor, provocando
a ira do SENHOR (Juízes 2.7,10,12).
81
enfrentou. Nosso inimigo é espiritual, e nossas estratégias e armas são
espirituais. A natureza da batalha, contudo, é semelhante. Outro povo
estava habitando na terra que Deus prometera a seu povo. As circuns-
tâncias estavam em direta contradição com a palavra que Deus falara.
82
de pregar o Evangelho do Reino, curar os doentes, ressuscitar os mor-
tos, purificar os leprosos, expulsar demônios e pensarem: “Bom, talvez
eu seja capaz de pregar o Evangelho. Mas Deus é o único que faz todos esses outros
Milagres. Vou orar pelos doentes, mas não posso curá-los”.
Jesus porém, não disse para orar pelos doentes. Ele disse para
curá-los. A obediência radical recusa-se a mudar o que Deus diz e, em
vez disso, tratar das áreas em que nossa vida ainda não se expressa no
padrão de Deus lutando com oração e caminhando pela Fé para realizar
o que Deus ordenou.
83
Minha reação a essa circunstância foi ilegítima pelo que eu sabia.
Eu me esqueci do que tinha visto, por isso perdi de vista a Presença de
Deus e me faltou coragem para enfrentar essa impossibilidade. Como
demonstra essa situação, esquecer-se do que Deus fez custa caro não
só para nós, mas também para os que nos cercam. As vitórias que Deus
quer que alcancemos não são apenas para nosso benefício. Se nos
retiramos da batalha, estamos na verdade tirando das pessoas as
bênçãos que Deus lhes quer dar.
Outros cristãos estão pondo Deus à prova, não por sua própria
Cura nem por uma intervenção, mas por um Milagre na vida de outro
indivíduo. Estão submetendo a Fé a um único acontecimento, em vez
de submetê-la a Deus, que já comprou todos os Milagres que cada um
neste planeta precisa. Fazer o que esses cristãos fazem não só impede e
lhes enfraquece a Fé, mas também, de novo, furta de fato uma verda-
deira representação de Deus àqueles que os cercam.
85
outras intervenções. O que ocorre é que, ao depositar a confiança no
Senhor e ao andar em obediência radical em outras áreas, esses cristãos
recebem uma Unção maior; que, em última análise, beneficia a situação
em que originariamente estavam fixos.
Mais uma vez, a Unção que flui por intermédio de nossa vida é
sempre determinada por nosso coração. Negociaremos com o mundo
em que nosso coração está ancorado. Se nosso coração está ancorado
ao problema do que Deus não fez, se é isso que alimentamos, então
vamos concordar com esse mundo, não importa quanto tentemos ser
religiosos em público. Vamos transmitir o dom da ofensa às pessoas à
nossa volta.
Não nos permitimos tropeçar numa pergunta que Deus não está
respondendo no momento. A decepção com Deus é uma armadilha
que suga com eficiência nossa força e coragem e um convite para a
destruição de nossa vida. Quando deixamos o que não está ocorrendo
prender nossa atenção, a decepção sempre ganha espaço.
86
Tenho consciência de que pode ser duro para as pessoas elaborar
uma tese a lavor da Cura antes de terem experimentado sua própria
intervenção. A verdade, porém, é que nossas maiores vitórias em Deus
são normalmente construídas com o entulho de nossos maiores fracas-
sos e decepções. Na Bethel, reunimos vários testemunhos de bebês
com morte uterina confirmada pelos médicos. A história que nem sem-
pre contamos é que, alguns anos atrás, o bebê da esposa de um de nos-
sos presbíteros morrera ainda no útero.
Então ouvi uma forte voz dos céus que dizia: “Agora veio a salvação,
o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, pois foi
lançado fora o acusador dos nossos irmãos, que os acusa diante do nosso
Deus, dia e noite. Eles o venceram pelo sangue do cordeiro e pela palavra
do testemunho que deram; diante da morte, não amaram a própria vida
(Ap. 12.10,11).
Pela segunda vez, chamaram o homem que fora cego e lhe disseram:
88
“Para a Glória de Deus, diga a verdade. Sabemos que esse homem e
pecador”. Ele respondeu:
“Não sei se ele é pecador ou não. Uma coisa sei: eu era cego e agora
vejo!” Então lhe perguntaram: “O que lhe fez ele? Como lhe abriu os
olhos?” Ele respondeu:
“Eu já lhes disse, e vocês não me deram ouvidos. Por que querem ouvir
outra vez? Acaso vocês também querem ser discípulos dele?” Então o
insultaram e disseram: “Discípulo dele é você! Nós somos discípulos de
Moisés! Sabemos que Deus falou a Moisés, mas, quanto a esse, nem
sabemos de onde ele vem”. O homem respondeu: “Ora, isso é extraordi-
nário! Vocês não sabem de onde ele vem, contudo ele me abriu os olhos.
Sabemos que Deus não ouve pecadores, mas ouve o homem que o teme
e pratica a sua vontade. Ninguém jamais ouviu que os olhos de um cego
de nascença tivessem sido abertos.
Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer coisa alguma”.
Diante disso, eles responderam: “Você nasceu cheio de pecado; como tem
a ousadia de nos ensinar?” E o expulsaram (João 9.24-34).
Por essa passagem, fica claro que esse homem, antes cego, era al-
guém que guardava o testemunho. Seu conhecimento histórico lhe dera
uma tamanha revelação dos caminhos de Deus que imediatamente per-
cebeu o que o sinal de seu Milagre indicava: a identidade de Jesus Cristo.
Ele também conseguiu ignorar as acusações dos líderes religiosos tão
somente porque eles ultrapassaram os limites do que ele sabia. A reali-
dade do que ele de fato sabia — que era cego e agora enxergava — era
inegável e ofuscava todo o resto. Permanecendo no que ele de fato sa-
bia, seu testemunho, ele resistiu com êxito aos acusadores e, como re-
lata o restante do texto, acabou em outro encontro face a face com
Cristo, que o introduziu mais plenamente no que Deus fizera por ele.
89
“DEUS CONOSCO”
Encher-nos de força e coragem, sustentar e aumentar nosso co-
nhecimento de Deus e nos guiar constantemente para mais encontros
com Deus, guardando o testemunho, põe-nos numa espiral ascendente
em relação a Deus, tão certo como deixar de guardar o testemunho nos
põe numa espiral descendente.
90
Por ter reconhecido a Unção presente naquele testemunho, reagi
imediatamente interrompendo o homem e dizendo a todos que tives-
sem desvio de septo que se levantassem, pusessem o dedo no nariz e
recebessem a Cura. Assim que fiz isso, umas seis ou oito pessoas foram
instantaneamente curadas. Uma mulher chorava copiosamente porque
tinha cirurgia mercada para a semana seguinte para corrigir o desvio.
É por causa de momentos como esses que Deus deseja que apren-
damos a administrar nossa herança do testemunho. Ele nos deu esse
amplo recurso de forma que possamos viver cada dia estimulados e para
que reajamos a qualquer situação de nossa vida com a forte consciência
dAquele que está conosco, Aquele que invade o impossível. Quando
nós, como povo, começamos a viver pela convicção de que nada é im-
possível, sei que vamos começar a enxergar o fruto da vitória em nossas
batalhas interiores e exteriores.
91
O verdadeiro fruto da vitória é a transformação, a realidade do céu
vindo à terra. No capítulo seguinte, vamos ver que o testemunho não é
apenas o segredo para a vitória, mas também para ocupar o território
que Deus nos prometeu e trazer a realidade transformadora do Reino
de Deus para todos os segmentos de nossas cidades e nações.1
CAPÍTULO 7
1 Sermão intitulado “When the Heavens Flowed Down” [Quando os céus desceraml em: <http:/www.openhea-
ven.com/library/history/lewishtml>.
92
VIVER SOB
A INFLUÊNCIA
O propósito das maravilhosas narrativas divinas é nos carregar
para a busca apaixonada de mais da Presença de Deus. A intenção dEle
é nos levar a viver sob a influência de Sua Presença, em vez de tão
somente obedecer aos Seus Princípios. Ele nos chamou para isso pela
sua bondade, assim como e a Bondade de Deus que nos leva ao arre-
pendimento. Experimentar o perdão completo e ter nossa mente Re-
novada resulta em profundo apreço e Intimidade. Esse é o alicerce para
experiências constantes do Reino.
Temos muitos dons espirituais, mas, para a maior parte, eles per-
manecem em forma embrionária. Não é que eles não tenham propósito
ou efeito presente. Eles têm. Uma pessoa tem a mesma probabilidade
de ver uma Cura de câncer em seu primeiro Milagre quanta a Cura de
uma dor de cabeça.
93
Os dons são gratuitos, mas a maturidade é cara. Há momentos em
que os dons de Deus explodem e vêm em profusão num simples ato de
coragem e ousadia. Em outras palavras, o que pensávamos que iria de-
morar anos para crescer às vezes cresce num instante. Contudo, o clima
deve ser correto — o clima de muita Fé, coragem e ousadia. É isso que
ocorreu ao apóstolo Paulo.
RESPONSABILIDADE NOSSA
É curioso observar que a nossa maior responsabilidade como lí-
deres não tem nada a ver com liderar. Tem a ver com seguir. Fui proje-
tado para viver sob a influência do Rei e de Seu Reino e devo garantir
que as coisas certas me causam impacto a fim de que meu impacto no
mundo ao meu redor seja o que Deus planejou. Ao fazer isso, preciso
garantir que são as obras cio Senhor que causam mais impacto, pois a
história testemunha que o efeito contínuo é uma Invasão Sobrenatural
cada vez maior do Reino de Deus.
96
natural — influência que não podem controlar, explicar nem compre-
ender. O efeito é maravilhoso, atrai-os Àquele que faz maravilhas.
Existe mais uma inferência nesse versículo, igualmente marcante:
quando seus líderes não permaneceram conscientes das Intervenções
Sobrenaturais de Deus, ou, pior ainda, jamais as viram, o povo a que
serviam não seguiu Deus. As consequências de ambas as atitudes foram
devastadoras.
97
Os líderes geiavam uma atmosfera boa ou ruim. Os líderes espiri-
tuais verdadeiros são aqueles que têm consigo seu próprio sistema mete-
orológico espiritual que permeia seu domínio de influência e autoridade.
Quando os líderes vivem na Atmosfera do Céu, seu contato com Mila-
gres (que é a Atmosfera Celestial na terra) muda-lhes a capacidade de
levar o povo de Deus a seu Potencial Sobrenatural.
98
É irônico que a geração de Josué teve influência suficiente para
perpetuar a retidão sem a experiência constante de Milagres. Mas as
gerações não puderam sustentar a retidão sem entrar no reino de poder
em que o testemunho as introduzia. Isso revela a responsabilidade de
fazer mais que memorizar histórias pelas histórias em si. Elas devem
nos levar a ter maiores encontros pessoais com o Deus de maravilhas
enquanto essas maravilhas acontecem à nossa volta. O testemunho
deve nos fazer ter fome de mais testemunho, deve nos dar a licença
para procurar intervenções sobrenaturais.
MILAGRES
A responsabilidade de todo líder da igreja é ter contato, e permane-
cer em contato, com os Milagres de Deus e com o Deus de Milagres.
Sinceridade e preocupação genuína com o povo de Deus são importan-
tes, mas não podem tomar o lugar desse contato.
99
do aumento de atividades sobrenaturais, não ocorre apenas porque os
líderes espirituais estão lendo algum livro excelente sobre liderança
cristã. Não se pode encontrar o necessário apenas com a leitura. O ne-
cessário deve vir pelo contato com o domínio do Milagre. Tampouco
essa mudança ocorre meramente pelo aperfeiçoamento das prioridades
da liderança de ajudar a extrair o melhor dos outros. Nada pode subs-
tituir a transformação possibilitada pelo contato com a Glória de Deus
por meio dos Milagres. As recompensas não têm preço. O custo da
negligência nesse caso é eterno.
101
tenho condições de dizer que ele é poderoso? Onde quer que estejam
os olhos do meu coração, isso determinará a realidade do que libero à
minha volta.
102
CAPÍTULO 8
O PODER DA
TRANSFORMAÇÃO
Acredito sinceramente que o derramar sustentado do Milagre de
que tivemos o privilégio de participar tem relação direta com o valor
que damos ao testemunho. Ajuda-nos a conservar a consciência das
intervenções sobrenaturais de Deus, que, por sua vez, influencia nossas
conversas. O sucesso de Israel estava ligado ao que esse povo pensava
e ao que conversava (v. Josué 1.8). Reproduzimos naturalmente tudo
quanto em que habitamos.
103
momento.
105
O PERÍODO DOURADO
A abordagem de criar uma cultura do Reino não é novidade. Es-
tamos tirando a ideia de dois dos líderes mais bem-sucedidos da histó-
ria: Davi e Salomão.
Sim, os tens testemunhes são o meu prazer; eles são os meus conselheiros
(Salmos 119.24).
Tenho mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito nos
teus testemunhos (Salmos 119.99).
106
OS TESTEMUNHOS ACONSELHAM O CORAÇÃO
A paixão de Davi pelo testemunhe de Deus levava-o a uma posi-
ção de acesso a encontros e revelações extraordinários. Sua sabedoria
para governar vinha da mesma origem. Davi tomou conselho nos tes-
temunhos do Senhor e descobriu que eles lhe davam acesso a sabedoria
e conhecimento mais profundos que os conselheiros “madu-ros” que o
cercavam.
107
contida na Relação com Ele, ninguém pode viver a vida que Deus pla-
nejou.
“Por sua sabedoria o SENHOR lançou os alicerces da terra, por seu entendi-
mento fixou no lugar os céus” (Provérbios 3.19). O domínio da sabedoria
de Deus contém a planta e o projeto de cada aspecto da criação, como
a vida na terra deveria ser. Não se pode separar a sabedoria de Deus do
próprio Deus. Sua sabedoria é a expressão do seu caráter, de Sua natu-
reza, de sua vontade e de seus desejos.
108
Sabedoria e a nossa relação com a Sabedoria. As duas mesmas palavras
são empregadas para definir ambas as relações — “prazer” e “alegria”.
Deus nos projetou para ter o mesmo tipo de relação que ele tem com a
Sabedoria — uma relação de alegria e prazer mútuos e, portanto, uma
relação de co-criação.
CRIAR
A era dourada de Davi e a de Salomão é uma sombra de nosso
papel de co-criadores com Deus. Salomão fruiu e demonstrou muito
do que seu pai lhe ensinara. Fez isso com nada mais que a sabedoria
que foi orientado a buscar no Senhor.
109
tudo, menos criativas. Em geral, elas enrijecem toda expressão de cria-
tividade e alegria, mas as expressões de sabedoria Divina que somos
chamados a demonstrar são de natureza criativa e geradora de vida. Elas
não se concentram em controlar o mundo, mas em libertá-lo da escra-
vidão para poder experimentar a bênção e a prosperidade do Céu.
110
a igreja. Davi começou a lançar no reino de Israel o alicerce que impli-
cava uma abordagem totalmente diferente da presença Divina. Salomão
edificou sobre a fundação de seu pai e levou esse reino a uma expressão
madura de adoração e vida social. Da mesma maneira, Cristo, o 1 ilho
de Davi, inaugurou o Reino de Deus e confiou à igreja a missão de
colaborar e criar em conjunto com o Espírito Santo para estabelecer
esse Reino na terra assim come) no Céu.
111
regiões celestiais, de acordo com o seu eterno plano que ele realizou em
Cristo Jesus, nosso Senhor, por intermédio de quem temos livre acesso a
Deus em confiança, pela Fé nele (Ef. 3.8-12).
Qual era o propósito eterno de Deus que ele realizou por meio de
Cristo? Foi restaurar a humanidade à condição de filhos e filhas e ao
nosso papel pretendido de governar em conjunto com Ele sobre a cri-
ação. À medida que nós tomamos filhas e filhos amadurecidos do Pai e
exemplos vivos do que Deus planejou, isto é, de sua sabedoria, pomos
em prática a vitória que Cristo conquistou sobre os principados e as
potestades nos lugares celestiais.
Por certo, nós, que fomos trazidos para a aliança, pela qual o Es-
pírito de Sabedoria de fato nos habita, devemos esperar que Deus seja
bem capaz de e disposto a promover essa transformação do mundo ao
redor por nosso intermédio. O testemunho de Davi e Salomão expõe a
perversão de pensamento de que nossa responsabilidade como cristãos
na sociedade não é nada mais que nos consolar com quanto o mundo
está ficando mau, porque isso é sinal de que Jesus está voltando.
112
de sua igreja, demonstra claramente que nossa responsabilidade de pro-
mover transformação não é algo que ocorre somente em uma geração.
Nós todos fomos chamados para ter uma visão de transformação que
se estende alem de nosso tempo de vida. Essa visão de geração para
geração está embutida nas ordens originais de Deus relativas ao teste-
munho. O mandamento de Deuteronômio 6.6,7, dá ensinar os teste-
munhos aos nossos filhos, é o primeiro de uma lista do que temos de
fazer para guardar o testemunho.
113
Deus foi estabelecido e se tornou o alicerce necessário para a transfor-
mação social. Quando esse alicerce está no lugar, há um potencial irres-
trito de edificação, como se não houvesse maior fundamento para a
sociedade do que a Natureza de Deus.
O PODER DE CONCORDÂNCIA
Toda a estratégia de Deus para a transformação do mundo con-
centra-se no poder de concordância liberado quando as famílias produ-
zem descendência comprometida com Deus e andam em aliança. Essa
estratégia baseia-se na sabedoria Divina. Nossa visão da História deve
fundamentar-se nos Princípios de quem é Deus e de como ele age. Es-
ses Princípios são Revelados no testemunho quando lutamos para ver
a transferência duradoura de Revelação, comunhão e influência para
gerações sucessivas da igreja.
114
estão profetizando, curando os doentes, experimentando visitações ce-
lestiais e geralmente entrando em tudo que os testemunhos contem —
agora, em vez de esperar até que sejam adultos.
115
Atualmente, estamos assistindo ao crescimento econômico de
nossa cidade de uma forma realmente marcante e sabemos que é por
causa da sabedoria de Deus ter sido demonstrada e o testemunho libe-
rado nesse domínio específico da vida.
Vamos voltar nossa atenção do que está errado ou do que não está
acontecendo para o que Deus quer fazer, quando profetizarmos ade-
quadamente sobre indivíduos, cidades e nações. Esse propósito divino
nos capacita para unir os braços e o coração com nossos filhos numa
busca apaixonada do Deus revelado pela nossa herança, o testemunho.
116
CAPÍTULO 9
LIBERAR A
PRESENÇA DE DEUS
Nossa maior responsabilidade para com Deus e as pessoas é não
buscar nem prover demonstrações mais eloquentes do Evangelho ou
mesmo Milagres. Não se trata de meramente falar a verdade no sentido
de pregar nem de testemunhar do Evangelho de pessoa para pessoa.
Nossa grande responsabilidade é conhecer Deus e tomá-lo conhecido.
Aprender a fazer isso deve prender eficientemente nosso coração e
atenção durante a vida toda.
Durante pelo menos vinte anos, uma força motriz dentro de mim
foi a convicção de que devo às pessoas um encontro com Deus. Devo-lhes
mais que apenas uma mensagem cheia de verdade. Seja o que for que
faço pelas pessoas, isso deve conter a oportunidade para um encontro
divino. Se estou cheio do Espírito, minha pregação, meu serviço e vá-
rias formas de ministério vão mais provavelmente introduzir as pessoas
nesse encontro.
117
APRENDER A LIBERAR
Nosso Deus é um Deus de aliança, Ele é confiável e soberano o
bastante para se obrigar em acordos com seus filhos. Não gosto de pen-
sar nisso como contratos — o que é estéril demais. Prefiro falar em
termos de limites relacionais. Quando nos tornamos semelhantes a Je-
sus pela obediência, descobrimos que a obediência libera a Presença, o
Poder e a Glória dEle. E, embora eu não compreenda completamente,
ele tem interesse em nossas opiniões e sugestões. É ele quem promete:
“Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês,
pedirão o que quiserem, e lhes será concedido” (v. João 15.7). É tolice pensar
que Deus nos faz primeiro criaturas robotizadas e depois nos faça a
promessas: “Peça o que desejar”. Ele confia de fato naqueles que se tornam
semelhantes a seu Filho. Diante disso, portanto, e normal ansiarmos
que o Poder de Deus seja demonstrado na vida dos quebrantados.
Ele preferiu revelar-se por meio de gente que se rende a Ele. Suas
aparições em geral são espetaculares e impressionantes, como se vê em
toda a História. Suas manifestações no meio de seu povo podem, às
vezes, ser igualmente maravilhosas, contudo em geral são práticas e
normais.
118
Essa obediência sempre produz fruto, mas o fruto destina-se a nos
atrair para a busca do mistério por trás dele. É justo não compreender
os Princípios do Reino, uma vez que seu poder e efeito são liberados
pela obediência. Mas, se eu não os compreender, terei menos oportu-
nidade de liberar conscientemente a presença Divina e serei incapaz de
preparar outros para fazer, o mesmo.
Seja o que for que o obscureça, você será libertado por sua som-
bra. A túnica de Jesus enquadra-se nessa categoria, porque ele não im-
pôs as mãos de propósito sobre a mulher com a hemorragia (Marcos
5.28,29) nem sobre as multidões (Marcos 6.56), que, mesmo assim, fo-
ram curadas. O mesmo vale para “os lenços e aventais” levados do apóstolo
Paulo (Atos 19.11,12). Em cada caso, a Unção estava sobre eles em tal
grau que mesmo suas roupas estavam saturadas do poder de Milagre
divino.
119
surdo teve os ouvidos abertos ao passar tão somente pelo salão. Ele
entrou na atmosfera celestial na terra. Essa liberação de Poder não é ób-
via como as outras quatro da lista, uma vez que sua verdadeira intenção
está em abrigar a presença Divina, mais do que liberar seu poder. Mas não
se pode ter uma sem a outra.
120
dizemos que o Pai está dizendo, todo o Céu entra na equação. Quando
essa declaração é um testemunho, capturamos o impulso da história dos
negócios de Deus com a humanidade. Então, um poder profético cria-
tivo é liberado na atmosfera para estabelecer a Revelação de Deus na
terra.
É imperativo que não façamos mais isso sem intenção nem espo-
radicamente. Em vez flissa deve vir a ser a estratégia proposital de um
exército dos últimos dias. Temos de nos inflamar com a convicção de
que portamos a Revelação da Natureza e da Presença de Deus para
todos verem. Possuímos essas Revelações extraordinárias de Sua Natu-
reza em nossos testemunhos. O que se está tornando lugar-comum
para nós o mundo está sedento para ouvir.
MANDADOS CELESTIAIS
Há pelos menos quatro prioridades que a igreja deve adotar para
cumprir o propósito de Deus para nós na terra. São mandados do Céu,
prioridades que influenciam nossos pensamentos, orações e buscas. São
ao mesmo tempo fruto e dons — resultados de estar em sintonia cor-
reta com Deus e as conquistas recebidas apenas pela obediência.
121
absolutos que dão evidências de ser um cristão verdadeiro.
122
NOSSA MAIOR RESPONSABILIDADE
Nosso maior tesouro é o próprio Deus. Nosso maior privilégio é
manifestá-lo. O povo de Deus em todo o mundo está clamando para
que Deus se manifeste de modo mais significativo. E um clamor sau-
dável. Tragicamente, porém, a História está cheia daqueles que fizeram
essa oração durante anos sem jamais ver uma visitação verdadeira de
Deus. Muitos livros altamente respeitados sobre avivamento foram es-
critos por gente que jamais participou de um avivamento.
É tão difícil assim fazer que Deus se manifeste? Jesus nasceu numa
estrebaria — ele não é assim tão difícil. Essa ausência de Sua Presença
manifesta foi atribuída à sua soberania. Mas acho que é injusto varrer
as promessas ainda não cumpridas para a categoria soberania de Deus, em
que Deus leva a culpa por qualquer falta de experiência nossa por sim-
plesmente dizermos que foi por causa de seus métodos misteriosos.
123
superiores. O sangue de Jesus nos dá acesso a uma Glória muito maior
que a experimentada por Moisés (v. 2 Coríntios 3.7-11).
ECONOMIA CELESTIAL
Como dito anteriormente, os recursos do Céu são liberados pela
declaração, É um dos motivos pelos quais o testemunho é tão eficiente.
Cada relato carrega a revelação da Natureza de Deus e de sua aliança
com a humanidade. Quando se verbalizam os testemunhos, algo é
liberado e criado. Os recursos do mundo divino são liberados neste
mundo.
PROMESSA MULTIGERACIONAL
Um dos salmos mencionados anteriormente neste livro tem uma
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revelação singular para nós. É o salmo 78. Ele contém promessas e ad-
vertências das mais surpreendentes da Bíblia. Nesses versículos, inclui-
se a reflexão necessária para guardar uma geração da rebeldia ao mesmo
tempo e cultivar nela um coração de lealdade a Deus.
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pois Deus manifesta-se sobre seu povo. O sangue de Jesus nos capacita
para mais!
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da Natureza de Deus é tolice, na melhor das hipóteses. Israel criara o hábito de
limitar Deus. Ele foi novamente restringido em Nazaré e não gostou.
Nazaré foi o único lugar em que a Natureza de Deus não esteve pre-
sente como o Pai pretendeu (v. Marcos 6.6).
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meio de suas obras, não se pode evitar não se transformar em oferenda
viva em adoração.
A HISTORIA PROFETIZA
Em 17 de julho de 1859, Charles Spurgeon apresentou uma men-
sagem intitulada “A história dos atos poderosos de Deus”. Cento e cinquenta
anos atrás, ele declarou essa verdade que teve o poder de moldar a cul-
tura da igreja até que houve uma restauração plena das intervenções
históricas de Deus entre os homens. Ouça seu brado profético;
Quando as pessoas ouvem a respeito do que Deus fazia, uma das coisas
que dizem é: “Oh, isso foi há muito tempo”. [...] Eu achava que era
Deus que fez isso. Será que Deus mudou? Ele não é um Deus imutá-
vel... o mesmo ontem, hoje e sempre? Isso não provê um argumento para
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provar que o que Deus fez uma vez pode fazer outra? Não, acho que
eu posso forçar isso um pouco mais e dizer que o que Ele fez uma vez é
uma profecia do que pretende fazer outra vez [...] Tudo quanto Deus
fez [...] deve ser considerado como um precedente [...] [Vamos] buscar
com seriedade que Deus nos restaure a Fé dos homens do passado, que
possamos desfrutar ricamente de sua graça como nos dias do passado.
2 <http://www.spurgeon.org/sermons/0263.htm>
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