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S A obre o utor

Hellynson Cássio é Bacharel em Ciência e


Tecnologia formado pela Universidade Federal
de Alfenas, Técnico em Informática com
habilitação em Desenvolvimento de Sistemas
pelo Instituto Federal de São Paulo e pós-
graduando em Engenharia Elétrica com ênfase
em Automação.

Possui 6 anos de experiência na área de


programação, dentre os quais já desenvolveu
sistemas desktop e web, aplicações para Kinect® e projetos de automação.
Também trabalha como professor, ministrando por quase meia década cursos
de informática profissionalizante, matemática e robótica.

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História e Fundamentos da Robótica
Olá, estudante! Imagino que você deve estar curioso para saber mais
sobre robôs e automação residencial. Mas antes vamos entender o que significa
Robótica.

Robótica é uma área da tecnologia que envolve tanto a computação, como


mecânica e eletrônica. Se você gosta de alguns desses ramos, provavelmente vai
amar construir um robô.

Um robô é uma máquina capaz de executar trabalhos autônomos, pré-


programados ou controlados por um humano. Robôs consistem de peças
mecânicas como motores e engrenagens, bem como circuitos integrados e
microcontroladores que dão “a vida” ao sistema. A figura I mostra um esquema
básico dos componentes da robótica.

Figura I: Esquema Fundamental da Robótica

Você deve pensar que robôs são um assunto muito recente,


#sóquenão. Há cerca de 300 anos atrás existiam espécies de
“robôs” puramente mecânicos, conhecidos como autômatos. Essas
engenhocas funcionavam a base de corda e conforme suas
engrenagens internas se movimentavam, uma função do autômato
era executada. Comumente, autômatos eram “programados” para
escrever e/ou desenhar, com muitas limitações, é claro. Na figura
1.2, vemos um autômato que escrevia poesias. Existem relatos de
Figura II:
autômatos mais antigos ainda!
Autômato escritor
movido à corda
Na atualidade, a robótica está cada vez mais sendo integrada
em nosso cotidiano. Fábricas de automóveis, por exemplo, já substituíram
grande parte da mão-de-obra por braços robóticos, como vemos ao lado. Eles

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são precisos, rápidos, geram menos gastos e as empresas
não precisam se preocupar se vão sofrer de Lesão por
Esforço Repetitivo...

A polícia também faz bom uso de robôs, não é


atoa que a PM apresentou em 2014 robôs antibombas
para trabalharem na Copa do Mundo que ocorreu o 7x1
Figura III: Robôs industriais
no Brasil para o caso de alguém inventar de colocar um
artefato explosivo.

Por falar em futebol, já imaginou um tetraplégico podendo chutar uma


bola sem que ninguém o ajude? É isso mesmo o que você leu. Já existem
trabalhos de pesquisadores brasileiros, no qual um exoesqueleto é colocado em
uma pessoa que porta uma deficiência motora e ela pôde movimentar seu corpo
simplesmente pensando! Além disso, possui sensores que passam a sensação
tátil da “pisada” no chão.

Ainda falando de esportes, sabia que existe uma “copa do mundo” de


robôs? É a RoboCup, um evento mundial que ocorre anualmente em países sede
previamente escolhidos. A ideia desse acontecimento não é apenas ver qual país
constrói uma equipe de robôs que joga
futebol ou faz qualquer outra atividade
melhor, mas sim promover o
desenvolvimento tecnológico, bem como
motivar mais pessoas a participarem deste
universo. Diversos trabalhos da comunidade
acadêmica são apresentados na RoboCup. O
sonho dos organizadores desse evento é que

até a metade do século 21, seja possível


Figura IV: Robôs jogando futebol na
RoboCup construir uma equipe de robôs autômatos
(independentes do controle humano) que
possa ganhar uma partida de futebol contra a mais recente Seleção campeã da
Copa do Mundo de humanos. Ambicioso? Talvez não, pois se levar em conta os
argumentos dos organizadores, em cerca de um pouco mais de 50 anos após a
criação do avião, o Homem já estava pisando na Lua. Foi preciso cerca de meio
século também, após a invenção do computador digital, para uma máquina
vencer um humano campeão mundial de xadrez. Afinal, você acha impossível
que robôs um dia possam vencer humanos em atividades esportivas coletivas? O
tempo dirá. Quem sabe não seja você um dos futuros criadores dessa
tecnologia...

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O que é preciso saber para montar um robô?

Como você viu na seção anterior, o robô é constituído pela parte


computacional, eletrônica e mecânica. Se você leu nosso artigo 3 previsões de
especialistas em tecnologia para a vida em 2045, viu quão importante a robótica
será na nossa vida. Por isso é interessante já se preparar para o mercado
estudando estes três “pilares” que abrangem a criação de um robô.

Para desenvolver a parte computacional, você deve entender Lógica de


Programação. Esta é baseada na Lógica Booleana, também conhecida como
lógica do “Verdadeiro e Falso”. Basicamente, você desenvolve um código em
uma linguagem de programação específica e nela deve ser passada instruções de
condição para que a máquina interprete e faça uma determinada ação caso a
condição for verdadeira ou outra ação caso contrário. Por exemplo, suponha que
esteja programando um robô autônomo que desvia obstáculos baseado na
leitura de um sensor de distância. Quando o sensor capturar um obstáculo a
frente em um intervalo de espaço menor que 5 centímetros, ele deverá parar,
andar um pouco para trás e girar para a direita. Caso contrário, deverá
continuar andando. Se você fosse codificar isso em uma pseudolinguagem
ficaria:
SE leitura_do_sensor for menor que 5

ENTÃO pare, ande_para_trás, vire_a_direita

SENÃO continue_andando

Observe que foi necessário descrever passo-a-passo o que o robô saiba o


que deverá fazer, isso porque as máquinas são “burras” e necessitam de
informações detalhadas. Obviamente esta sintaxe (maneira como está escrita)
do código deverá ser traduzida para uma linguagem de programação que seu
robô saiba interpretar. Da mesma forma que você precisa saber o idioma de
uma pessoa para compreender o que ela fala e então vocês poderem interagir,
computadores e máquinas robóticas também precisam ser programadas
conforme um “idioma” que elas entendam. Se você já estudou programação,
veja como ficaria o mesmo código descrito em linguagem C.
if(leitura_do_sensor < 5) {

pare();

ande_para_tras();

vire_a_direita();

else{

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ande();

Algumas linguagens de programação que são boas para quem quer


começar a desenvolver robôs são C/C++ e Python. Esta última possui uma
simplicidade na sua sintaxe, o que facilita e muito o aprendizado, além de ser
amplamente utilizada pela comunidade científica. Também é empregada em
placas microcontroladoras como Raspberry Pi. Já C e C++ são mais comuns no
cotidiano. Suas sintaxes são muito parecidas com a linguagem utilizada para
programar a plataforma Arduino, que falaremos mais a diante.

Figura V: Raspberry Pi 3

Claro que não basta conhecer a linguagem para programar o robô. Você
precisa gravar este código em algum lugar do “cérebro” dele para que possa
processar esses dados. Com esta finalidade, alguns robôs mais sofisticados
utilizam processadores (alguns muito similares ou mesmo idênticos aos
processadores de computadores) ou microcontroladores, que são sistemas
constituídos por um pequeno processador, memória e dispositivos de entrada e
saída de dados, muito utilizado para aplicações embarcadas (como fornos
micro-ondas, televisores, aparelhos de DVD, etc.).

Quando falamos de microcontroladores, talvez você tenha pensado em


um chip cheio de “perninhas” que ficam em uma placa com um monte de
componentes elétricos. Pois é bem por aí. Veja abaixo a imagem de um
microcontrolador ATMega 328p.

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Imagem VI: Microcontrolador ATMega 328p

Este chip é encontrado na plataforma de hardware livre Arduino. Se você


já ouviu falar de Arduino, deve saber que a grande vantagem de utilizar este tipo
de microcontrolador é que você consegue programá-lo utilizando uma
linguagem muito parecida com C e
C++, como dito anteriormente. Esta
plataforma é amplamente utilizada
para prototipação, automação,
robótica e aprendizado de eletrônica
devido à sua facilidade de uso e
baixo custo. No curso Robótica e
Automação Residencial da Protovie
é utilizado o Arduino como base
para o desenvolvimento de todos os
projetos, sendo ensinado desde os
princípios de programação, até
como gravar o código no chip e
projetar os circuitos. Figura VII: Plataforma Arduino

Logo, é possível ver que o


ATMega após programado não consegue fazer muita coisa se não houver um
circuito montado que liga motores e componentes elétricos. Para isso você
deverá saber também Eletrônica.

A eletrônica é discutida em outro ebook grátis da Protovie, o qual você


provavelmente já deve ter baixado, mas falaremos brevemente aqui também.
Utilizando componentes como resistores, capacitores, diodos, indutores,
transistores, dentre outros é possível manipular a corrente elétrica. Esta por sua
vez será a responsável por alimentar os motores e sensores do nosso robô,
acender LEDs, enfim. Enquanto o microcontrolador “dá as ordens” aos
componentes elétricos do circuito, estes se encarregam de manipular a energia
para “dar a vida” aos nossos amigos robóticos.

É extremamente importante saber fazer análise de circuitos elétricos para


que seja possível projetá-los de forma a utilizar corretamente os componentes e
manipular correntes e tensões. Para isso, faz-se o uso da matemática para

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descrever o comportamento das grandezas elétricas, utilizando leis descobertas
por famosos cientistas, como a Lei de Ohm e as Leis de Kirchhoff. A partir disso,
projeta-se de forma adequada os circuitos para que seu robô não tenha
problemas de alimentação e todas suas partes operem de forma correta.

Por fim, você também deve entender um pouco da parte mecânica. Neste
sentindo, é muito importante compreender o funcionamento de um motor para
que saiba quando o defeito do seu robô está na mecânica e não na eletrônica ou
computação. Dentre os motores existentes temos os movidos à combustão,
motores térmicos, elétricos, dentre outros.

Motores elétricos são os mais comuns utilizados na robótica. Existem


diversos tipos, dentre eles se destacam os motores DC e os servomotores. Motor
DC, ou motor de corrente contínua, são aqueles que, como o próprio nome já
diz, devem ser alimentados por uma fonte de corrente contínua, tais como
baterias e pilhas. São amplamente empregados para dar movimentação a rodas
e esteiras robóticas devido à sua movimentação contínua e rápida. Já
servomotores se movem conforme o ângulo fornecido pelo microcontrolador.
Estes são empregados principalmente em braços e mãos robóticas, bases de
câmeras de drones, enfim.

Motores elétricos: Princípios e Aplicações


Um motor elétrico tem seu funcionamento baseado no
eletromagnetismo. Para criar um deste de maneira caseira, precisará apenas de
uma bobina (fio de cobre enrolado), uma pilha (ou outra fonte de energia) e um
ímã cujo campo magnético seja bem forte, tais como os ímãs de neodímio que
são facilmente encontrados em HDs de computadores. Assim, você deverá
conectar as extremidades da bobina em cada polo da sua bateria, de forma a
deixar o enrolamento de fios livre para se movimentar (como pode ser visto na
figura abaixo) e o ímã na base. Quando é aplicada uma corrente em uma bobina,
esta cria um campo magnético similar ao de um ímã. Assim, quando este campo
magnético se depara com o campo do ímã, ocorre uma reação de repulsão
quando os polos são iguais e atração quando são diferentes. Por exemplo,
quando o polo norte do campo magnético da bobina se encontra com o polo
norte do campo do ímã, os campos se repelem o que força a bobina a girar.

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Suporte de metal
Bobina de cobre com as extremidades
Pilha
lixadas a fim de melhorar o contato
elétrico com o suporte metálico

Ímã

Figura VIII: Motor elétrico caseiro


Fonte: <www2.fc.unesp.br>

Obviamente motores elétricos não são empregados apenas na robótica.


Você já deve ter visto este tipo de equipamento abrindo e fechando portões de
garagens. Este tipo de automação é dada por um controle remoto que envia
sinais de rádio frequência para um receptor que decodifica as ondas em uma
mensagem binária que é interpretada por um microcontrolador. Este por sua
vez aciona circuitos intermediários que ligam ou desligam o motor. Além disso,
em alguns sistemas de automação residencial existem sensores nos portões que
indicam se o portão está fechado ou não e também se passou algum veículo, a
fim de manter o portão aberto até que o automóvel se desloque por completo.
Novamente é papel do microcontrolador “interpretar” os valores do sensor e
“mandar” ligar ou desligar o motor elétrico.

O que é preciso saber para montar um sistema de automação


residencial?

Em se tratando de sistemas de automação residencial, como visto


anteriormente, temos aplicação de microcontroladores, sensores e motores para
automatização de portões. O mesmo princípio é aplicado às portas de shopping
centers, as quais abrem e fecham sozinhas ao detectar a presença de pessoas.
Muitas utilizam simples sensores de distâncias, já outras sensores térmicos com
maior precisão e menor tempo de resposta.

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Todavia, a automação não para por aí. Hoje já é possível acionar
lâmpadas, ventiladores, ar condicionado, cafeteiras, dentre outros aparelhos
elétricos utilizando um smartphone ou tablet.

A fim de criar sistemas como esse, o projetista de automação residencial


deve também conhecer programação, eletrônica e saber noções de mecânica.
Deve-se ter em mente que ao projetar um sistema deste tipo o profissional
precisa levar em conta a potência, corrente e tensão de cada componente
automatizado a fim de evitar falhas e danos nos equipamentos, deixando
sempre uma margem de segurança. Por exemplo, se o projetista for desenvolver
uma “tomada inteligente" para acionar uma bomba hidráulica de piscina que
consome uma corrente de 20A, deverá projetar um circuito de tal modo que
aguente pelo menos 25A, no caso de picos de energia.

Nem sempre os manuais técnicos de bombas e aparelhos elétricos


deixarão explícitos os valores de todas as grandezas elétricas. Para isso, caberá
ao profissional de automação conhecer a Física e Matemática por trás dos
circuitos a fim de calcular os valores não expressos pelos fabricantes.

No artigo Os 5 setores que mais demitirão nos próximos 20 anos,


comentamos como os sistemas inteligentes e a robótica vai desempregar muitos
profissionais. Isso porque até lá o gasto para se automatizar processos e serviços
será tão baixo que a mão-de-obra humana acabará se tornando “ultrapassada”.

Todavia, com relação aos custos de desenvolvimento atuais, se você


acredita que montar um sistema de automação para seu lar é extremamente
caro e que somente milionários tem acesso, sinto lhe dizer, mas está
completamente enganado. Ao projetar seu próprio sistema, além de ter a
autonomia de criar do seu jeito, você ainda economiza, uma vez que vai
desenvolver sua própria tecnologia, ao invés de comprar soluções caras já
prontas.

Já em se tratando de mercado para a área, estudos indicam que hoje há


cerca de 2 milhões de residências brasileiras com potencial para receber
sistemas de automação. E este número vem crescendo a cada ano, provando que
aquilo que era apenas uma ideia de filmes de ficção científica, hoje é real e
muito acessível.

Apesar de haver poucas empresas deste nicho atuando no país, os


consumidores estão se mostrando cada vez mais propensos a aderirem a esse
novo modelo de moradia. Em poucos anos, casas que não forem automatizadas
perderão o valor no mercado imobiliário.

Estima-se que para automação simples, como acionamento de lâmpadas


e tomadas inteligentes, não seja gasto mais do que 2% da obra. Entretanto, uma
casa automatizada poderá chegar a valorizar até 50% no seu valor final.

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Caberá então ao projetista conhecer as necessidades do cliente, bem
como saber os princípios anteriormente citados, tais como Programação,
Eletrônica, Física e Matemática.

Mesmo que você não saiba toda essa ciência envolvendo circuitos e
Eletrônica, no curso de Robótica e Automação da Protovie, você terá a
oportunidade de estudar. Não é exigido qualquer pré-requisito, somente sua
vontade em aprender. Como foi visto, projetando seu próprio sistema é possível
economizar e ainda faturar. O curso tem foco na plataforma Arduino pela sua
facilidade, versatilidade, baixo custo e possibilidade de integrá-lo com aparelhos
móveis, bem como sendo possível o acionamento de aparelhos via comando de
voz. Já imaginou que legal você falar “Ligar a luz” e então “magicamente” a
lâmpada da sua casa acender?

Enfim, espero que esses poucos exemplos lhe sirvam de inspiração. O que
parece impossível e complexo, pode se tornar possível quando se deseja muito
fazer e se trabalha com dedicação. Utilize esse livro digital para reforçar seus
conhecimentos, expandir sua mente e criar novas ideias. E também não deixe de
acessar nossa página e blog para ficar por dentro de novidades sobre o mundo
da tecnologia e promoções. Não se esqueça: o mundo precisa de você! Mesmo
que você não seja gênio, acredite no seu potencial e que com seu esforço é
possível realizar coisas FANTÁSTICAS!

Fique bem e até logo!

Equipe PROTOVIE

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