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APRESENTAÇÃO
1Henrique da Rosa Ziesemer. Promotor de Justiça em Santa Catarina desde 2004. Especialista
em Direito Administrativo e Direito Processual Penal. Mestre e Doutorando em Direito. Professor
da Escola do MPSC desde 2009.
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Ministério Público (Conceito constitucional, art. 127 CF/88) – Constituição
Federal, Arts. 127/130 – A – Leis Orgânicas: LC 75/93 (MP da União) – Lei
Federal Ordinária 8.625/93. (Normas gerais sobre MP dos Estados) – Verificar
em cada Estado a respectiva lei orgânica do MP.
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interno, de acordo com cada lei orgânica (Art. 4º, §2º Lei 8.625/93 - LONMP). A
autonomia tem o sentido de que a instituição possui capacidade de autogestão,
não dependendo de órgãos externos; observar que nos termos do §2º do Art.
127, o MP propõe ao legislativo a criação e extinção de seus cargos, sua
política remuneratória e os planos de carreira.
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Supremo. O Procurador-Geral da República não dispõe de
poder de ingerência na esfera orgânica do Parquet estadual,
pois lhe incumbe, unicamente, por expressa definição
constitucional (art. 128, § 1º), a Chefia do Ministério Público
da União. O Ministério Público de estado-membro não está
vinculado, nem subordinado, no plano processual,
administrativo e/ou institucional, à Chefia do Ministério
Público da União, o que lhe confere ampla possibilidade de
postular, autonomamente, perante o Supremo Tribunal
Federal, em recursos e processos nos quais o próprio
Ministério Público estadual seja um dos sujeitos da relação
processual. Questão de ordem resolvida no sentido de
assegurar ao Ministério Público estadual a prerrogativa de
sustentar suas razões da tribuna. Maioria. [...] (grifos)
O Art. 128, §5º, caput, assegura a reserva de lei aos Procuradores-Gerais para
encaminhar projetos de lei sobre organização, as atribuições e o estatuto de
cada Ministério Público.
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disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; 5)
exercer atividade político-partidária (ver Recomendação de caráter geral
CNMP nº1 de novembro de 20164); 6) receber, a qualquer título ou pretexto,
auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas,
ressalvadas as exceções previstas em lei. 7) exercer advocacia no juízo ou
tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo
por aposentadoria ou exoneração – quarentena (art. 128, II, §6º c/c art. 95, p.
único, V).
O §1º cuida de legitimação concorrente para as ações civis previstas no Art. 129
da CF/88. Contudo, só o Ministério Público pode instaurar e conduzir inquérito
civil.
4http://www.cnmp.mp.br/portal/images/Recomenda%C3%A7%C3%A3o_-_03-11-
5http://meusitejuridico.com.br/2017/05/17/o-ministerio-publico-e-suas-funcoes-institucionais-o-que-sao-
para-que-servem-como-interpretar/
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Ver Resoluções do CNMP: 164/2017 (Disciplina a expedição de recomendações pelo
Ministério Público brasileiro); 179/2017 (Regulamenta o § 6º do art. 5º da Lei nº
7.347/1985, disciplinando, no âmbito do Ministério Público, a tomada do compromisso
de ajustamento de conduta); 23/2007 (Regulamenta os artigos 6º, inciso VII, e 7º, inciso
I, da Lei Complementar nº 75/93 e os artigos 25, inciso IV, e 26, inciso I, da Lei nº
8.625/93, disciplinando, no âmbito do Ministério Público, a instauração e tramitação do
inquérito civil.
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Corregedor Nacional do MP - Art. 130 –A, §3º CF/88. Escolha em votação
secreta, sem recondução, podendo concorrer apenas membros do MP que
integrem o Conselho Nacional.
LEI 8.625/93
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O dispositivo consagra a autonomia do MP no âmbito funcional, ou
seja, no terreno relacionado ao desempenho de suas atribuições
institucionais, no âmbito administrativo, isto é, no tocante à gestão
própria dos assuntos da administração interna da Instituição, inclusive
no que diz respeito ao pessoal de carreira e de seus serviços
auxiliares, e à autonomia no setor financeiro, quer dizer, no terreno da
destinação e aplicação dos recursos orçamentários que lhe são
reservados6.
6Decomain. Pedro Roberto. Comentário à Lei Orgânica Nacional do Ministério Público. 2ª
ed. Belo Horizonte, Editora Fórum, 2011. p.40
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Art. 6º - (São também) Órgãos de Administração – Procuradorias de Justiça e
Promotorias de Justiça (unidades administrativas).
Art. 8º - Órgãos auxiliares, além de outros criados pela lei orgânica: Centros
de Apoio, Comissão de Concurso (transitório), CEAF, órgãos de apoio
administrativo e Estagiários. As ouvidorias também são auxiliares e possuem
previsão no Art. 130 – A, §5º da CF)
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ESTADUAL DE INICIATIVA DO
CHEFE DO MINISTÉRIO PÚBLICO LOCAL: CR, ARTS. 61, §
1º, II, d, E 128, §§ 4º E 5º. INCONSTITUCIONALIDADE
FORMAL. INICIATIVA E DELIBERAÇÃO DA DESTITUIÇÃO
DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA CONFERIDAS À
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA: OFENSA À AUTONOMIA E
INDEPENDÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO. 1. A revogação
do ato normativo impugnado após ajuizamento de ação direta de
inconstitucionalidade prejudica-lhe a análise por perda
superveniente de objeto. Isso ocorre quanto à Lei Complementar
9/1994, do Estado do Amapá, revogada pela Lei Complementar
79/2013, a qual suprimiu o suporte de validade da Resolução
119/2012, da Assembleia Legislativa amapaense. 2. O art. 128,
§ 4º, da Constituição da República reserva à lei
complementar a forma pela qual os procuradores-gerais de
justiça nos Estados e no Distrito Federal, por maioria
absoluta do Poder Legislativo, serão destituídos. A reserva
constitucional de lei complementar impõe-se às
constituições estaduais e suas emendas. Precedentes. 3. O
art. 147 da Constituição do Estado do Amapá, ao admitir que
a destituição do Procurador-Geral de Justiça se dê por
iniciativa da Assembleia Legislativa, tratou de matéria cuja
iniciativa pertence ao Presidente da República e ao Chefe
do Ministério Público estadual. Precedentes. 4. O modo de
nomeação e destituição do chefe de cada Ministério
Público, previsto na Constituição da República (art. 128, §§
1º a 5º), constitui garantia de autonomia e independência da
instituição. A concentração do processo de destituição do
procurador-geral de justiça nas mãos da Assembleia
Legislativa fere a autonomia e independência do Ministério
Público e atenta contra o Estado Democrático de Direito. 5.
Parecer pela prejudicialidade parcial da ação e, nessa extensão,
pela procedência do pedido7.
ATENÇÃO: Voto plurinominal em lista tríplice significa que o eleitor pode votar
em até três nomes dentre os concorrentes, mas não pode votar três vezes no
mesmo, por exemplo. A destituição do PGJ é diferente da destituição do
PGR, que se dá pelo Senado. O Chefe do Executivo é quem está no momento
exercendo tais funções, não necessariamente o Governador. A escolha pode ser
qualquer um dos que integre a lista, mesmo o menos votado.
7 Ação direta de inconstitucionalidade 4.807/AP
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Procuradores de Justiça as propostas de criação e extinção de cargos e serviços
auxiliares e de orçamento anual; IV - encaminhar ao Poder Legislativo os
projetos de lei de iniciativa do Ministério Público; VIII - delegar suas funções
administrativas; X - dirimir conflitos de atribuições entre membros do
Ministério Público, designando quem deva oficiar no feito; XI - decidir
processo disciplinar contra membro do Ministério Público, aplicando as
sanções cabíveis;
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ATENÇÂO: O inciso XI equivale ao Art. 28 do CPP, nas ações originárias do
PGJ. Se o Chefe do Ministério Público for Promotor de Justiça, este também
compõe o Colégio, transitoriamente, enquanto durar seu mandato.
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Art. 19 – Procuradorias de Justiça, órgãos da administração do Ministério
Público, com cargos de Procurador de Justiça. § 2º Os Procuradores de
Justiça exercerão inspeção permanente dos serviços dos Promotores de
Justiça nos autos em que oficiem, remetendo seus relatórios à
Corregedoria-Geral do Ministério Público.
ATENÇÂO: Diz a LONMP que cada Promotoria de Justiça deve ter pelo menos
um cargo de Promotor e serviços auxiliares.
Art. 25- Além das funções previstas nas Constituições Federal e Estadual, na
Lei Orgânica e em outras leis, incumbe, ainda, ao Ministério Público: Destaques:
incisos, IV, VI, VII, VIII e p. único.
Art. 26 – Poderes no exercício da função (as funções do Art. 129 da CF). São
as ferramentas utilizadas para que se possa exercer as funções institucionais.
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Importante dizer que para que o membro do Ministério Público possa fazer valer
quaisquer dos poderes previstos neste artigo, deve necessariamente estar no
exercício da função, devidamente instaurada.
Incisos I/VIII. Também regulamentado por atos internos dos Ministério Públicos
e Resoluções do CNMP.
Art. 27. Cabe ao Ministério Público exercer a defesa dos direitos assegurados
nas Constituições Federal e Estadual, sempre que se cuidar de garantir-lhe o
respeito: I - pelos poderes estaduais ou municipais; II - pelos órgãos da
Administração Pública Estadual ou Municipal, direta ou indireta; III - pelos
concessionários e permissionários de serviço público estadual ou municipal; IV
- por entidades que exerçam outra função delegada do Estado ou do Município
ou executem serviço de relevância pública. Parágrafo único. No exercício das
atribuições a que se refere este artigo, cabe ao Ministério Público, entre outras
providências: I - receber notícias de irregularidades, petições ou reclamações de
qualquer natureza, promover as apurações cabíveis que lhes sejam próprias e
dar-lhes as soluções adequadas; II - zelar pela celeridade e racionalização dos
procedimentos administrativos; III - dar andamento, no prazo de trinta dias, às
notícias de irregularidades, petições ou reclamações referidas no inciso I; IV -
promover audiências públicas e emitir relatórios, anual ou especiais, e
recomendações dirigidas aos órgãos e entidades mencionadas no caput deste
artigo, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata, assim
como resposta por escrito.
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ATENÇÂO: O Art. 27 consagra a separação do Ministério Público de outros
órgãos da Administração Pública. Coloca o MP na função de contestar os entes
mencionados nos incisos I a IV, para que estes respeitem os direitos
assegurados na Constituição. Para tanto, o parágrafo único estabelece os
mecanismos para tanto. Destaca-se o inciso III, prazo de 30 dias para dar
impulso às notícias de irregularidades, petições ou reclamações referidas no
inciso I.
ATENÇÂO: Verificar o inciso VIII, que estabelece atribuição do PGJ para atuar,
em razão de determinadas autoridades reclamadas (Governador, Presidente da
Assembleia Legislativa e de Tribunais). O inciso I cuida do ajuizamento de ADI
pelo PGJ. Verificar a lei orgânica local e Constituição Estadual. Em SC, Promotor
de Justiça também pode ajuizar ADI.
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Art. 35 - O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) é órgão
auxiliar do Ministério Público destinado a realizar cursos, seminários,
congressos, simpósios, pesquisas, atividades, estudos e publicações visando ao
aprimoramento profissional e cultural dos membros da instituição, de seus
auxiliares.
Garantias e prerrogativas
Art. 38- Garantias: I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; II -
inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público; III - irredutibilidade de
vencimentos, observado, quanto à remuneração, o disposto na Constituição
Federal. §1º Perda do Cargo. Sentença transitada em julgado em ação civil
própria para este fim (ver incisos I, II e III, casos de perda do cargo). §2º Ação
Civil para perda do cargo será proposta pelo PGJ perante o Tribunal de Justiça,
após autorização do Colégio de Procuradores.
ATENÇÂO: CNMP não pode decretar perda de cargo de Promotor vitalício. A lei
orgânica estadual regulamenta a autorização do Colégio de Procuradores para
ingresso com a ação de perda do cargo. Não se confunde com a demissão de
membro não vitalício após processo administrativo8.
8 Mazzilli, Hugo Nigro. Ministério Público. Editora Damásio de Jesus. 3ª ed. São Paulo, 2005.
p.58.
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Art. 40 – Prerrogativas9 do membro do Ministério Público. Destaques - I, II, III e
IV.
ATENÇÂO: O rol não é taxativo. A lei orgânica estadual pode prever outras
prerrogativas no exercício da função.
ATENÇÂO: O rol não é taxativo. A lei orgânica estadual pode prever outros
deveres funcionais.
9“Em relação às prerrogativas, estas podem ser classificadas em gerais, quando relacionadas
ao status institucional, ou funcionais, quando relacionadas ao exercício da função”.
Ziesemer, Henrique da Rosa e Zoponi, Vinícius Secco. Ministério Público. Desafios e Diálogos
Interinstitucionais. Atuação – Prerrogativas – Administração Pública – Conselhos Nacionais.
Editora Lumen Juris. Rio de Janeiro. 2017. p. 216.
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Art. 44- Vedações. Este artigo deve ser conjugado com Art. 128, §5º, II da
Constituição. A constituição apresenta seis10 vedações, ao passo que a Lei
8.625/93 apresenta apenas cinco.
10
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
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ATENÇÂO: A constituição, quando menciona sobre vitaliciamento, não fala em
efetivo exercício. Art. 128, §5º, I, ‘a’11.
Carreira
11a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado.
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ATENÇÃO: Ver e estudar as formas de provimento de cargo. Em síntese, podem
ser originária, quando em razão do primeiro ingresso por concurso, e derivada,
quando derivam de cargos já existentes – promoção, remoção, opção, permuta,
reversão, reintegração e aproveitamento.
III - que a remoção por permuta não confere direito a ajuda de custo.
12A permuta entre membros de Ministérios Público estaduais, aprovada pelo CNMP no pedido
de providências 0.00.000.000229/2015-39, foi suspensa pelo STF, na ADPF 482, Relator
Ministro Alexandre de Moraes.
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§ 1º O membro do Ministério Público será aproveitado no órgão de execução
que ocupava quando posto em disponibilidade, salvo se aceitar outro de igual
entrância ou categoria, ou se for promovido.
Disposições finais
Este artigo deixa bem claro que referida Lei é aplicável aos Ministérios
Públicos Estaduais apenas em caráter subsidiário. Desta sorte, regras
daquele diploma serão aplicáveis a eles apenas quando a presente
Lei, e as Leis Orgânicas Estaduais de cada Ministério Público, não
contenham disposições, expressas ou explícitas, a regular
determinada matéria. Caso contrário, prevalecerão, em relação a cada
MP Estadual, as regras da presente lei (como acontece, segundo já
seu viu, com a definição do exercício das funções de Promotor
Eleitoral), e de sua Lei Orgânica Estadual13.
13 Decomain, Pedro Roberto, idem, p. 773.
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