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IME-UFG - EDO1 - Prof.

José Hilário - 26/03/2019 1 de 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA
4a lista de Exercı́cios

1. EDOs com variáveis separáveis


Dizemos que uma equação diferencial ordinária de 1a ordem é de variáveis separáveis
se existem funções f (x) e g(y) tais que ela pode ser escrita na forma
dy
y ′ = f (x)g(y). (Lembramos que y ′ := ),
dx
isto é,
dy
= f (x)g(y). (1)
dx
Podemos reescrever a equação (1) na forma
dy
= f (x) dx.
g(y)
Agora podemos integrar cada lado com relação à respectiva variável, isto é,
1
Z Z
dy = f (x) dx.
g(y)
1
Se pudermos encontrar uma primitiva, G(y), de e uma primitiva, F (x), de f (x)
g(y)
temos
G(y) = F (x) + c, c ∈ R,
daı́ podemos tentar y como função de x.
Exemplo 1. Considere a equação

y ′ = xy.

Primeiro observe que y ≡ 0 é uma solução, agora vamos supor que y 6≡ 0.


Escreva a equação na forma
dy
= xy,
dx
ou ainda,
dy
= x dx,
y
Integrando (encontrando as antiderivadas)
Z Z
dy
= x dx
y

1
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temos
x2
ln |y| + c1 = + c2 , c1 , c2 ∈ R
2
ou melhor
x2
ln |y| = + c3 , c3 = c2 − c1 ∈ R
2
Logo,
x2 x2 x2
|y| = e 2 +c3 = e 2 ec3 = ce 2 , c∈R
aqui c (= ec1 ) é alguma constante positiva.
Como y ≡ 0 é uma solução e devido ao valor absoluto podemos escrever a solução
geral na forma:
x2
y=ce2,
para qualquer número real c (incluindo zero ou negativo).
Vamos verificar:
 x2 ′  x2   x2 

y = ce 2 = c xe 2 = x c e 2 = xy.

Devemos ser um pouco mais cuidadosos com esse método. Você pode estar pre-
ocupado com a integração em duas variáveis diferentes. Parece que estamos fazendo
uma operação diferente para cada lado.
Vamos trabalhar esse método com mais rigor.
dy
= f (x)g(y).
dx
dy
Note que, no lado esquerdo temos isso indica que y = y(x) é uma função de x.
dx
Reescrevemos a equação na forma seguinte.
1 dy
= f (x)
g(y) dx
Integramos os dois lados em relação a x.
1 dy
Z Z
dx = f (x) dx.
g(y) dx

Podemos usar a fórmula de mudança de variáveis.


1
Z Z
dy = f (x) dx.
g(y)

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2. Soluções implı́citas
É claro que às vezes podemos ficar sem saı́da para encontrar a função y, mesmo se
pudermos fazer o integração.
Por exemplo, vamos considerar a equação
xy
y′ = 2 . (2)
y +1
Como a equação (2) é uma EDO de 1a ordem e pode ser escrita na forma
y
y′ = 2 · x,
y +1
é de variáveis separáveis. E podemos reescrever
y2 + 1 ′
y =x
y
ou ainda  
1
y+ dy = x dx
y
Integramos Z  
1
Z
y+ dy = x dx
y
e obtemos
y2 x2
+ ln |y| = + c1 , c1 ∈ R
2 2
ou talvez a expressão mais simples (onde c = 2c1 )
y 2 + 2 ln |y| = x2 + c, c ∈ R. (3)
Neste caso, não é fácil encontrar a solução explicitamente, pois é difı́cil resolver esta
equação para y.
Em situações como essas, podemos deixar a solução nessa forma e a chamamos
de solução implı́cita. Por outro lado, continua fácil verificar se uma solução implı́cita
satisfaz o diferencial equação.
Neste caso, derivamos (3), implicitamente, para obter
 
′ 2
y 2y + = 2x.
y
Se quisermos calcular valores para y, talvez seja complicado. Por exemplo, po-
demos fazer um gráfico de x como uma função de y e depois virar o papel. Os
computadores também são bons em alguns desses truques.
Observamos que a equação acima também tem a solução y = 0.
A solução geral é y 2 + 2 ln |y| = x2 + c junto com y = 0.
Essas soluções triviais, como y = 0, às vezes são chamadas solução singular.

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Exemplo 2. Resolva o problema de valor inicial: x2 y ′ = 1−x2 +y 2 −x2 y 2, y(1) = 0.


Solução. Primeiro observe que podemos fatorar o lado direito e fatorando obtemos
x2 y ′ = (1 − x2 )(1 + y 2).
Agora, vemos que podemos separar as variáveis para x 6= 0 e simplificando,
y′ 1 − x2 y′ 1
= , simplificando = 2 −1
1 + y2 x2 1+y 2 x
e podemos escrever a equação na forma diferencial
 
1 1
dy = − 1 dx.
1 + y2 x2
Integramos Z  
1 1
Z
dy = − 1 dx,
1 + y2 x2
isto é,
1
arctg(y) = − − x + c, c ∈ R.
x
e explicitamos y:  
1
y = tg − − x + c c ∈ R.
x
Como foi dado que y(1) = 0 e, da solução geral, temos
y(1) = tg(−2 + c)
Logo, c = 2 (ou 2 + π, 2 + 2π . . .).
Assim, a solução procurada é
 
1
y = tg − − x + 2 .
x
y
2

bc bc bc b bc bc bc

−2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 x
−1

−2

−3

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Exemplo 3. Suponha que Diogo fez uma xı́cara de café e, no instante t = 0, a água
estivesse fervendo (100 graus Celsius). Além disso, suponha que Diogo goste de tomar
seu café a 70 graus. Considere a temperatura ambiente de 26 graus. E mais, Diogo
mediu a temperatura do café em 1 minuto e observou que a temperatura do café caiu
para 95 graus.
Quando Diogo deve começar a tomar o seu café?
Seja T a temperatura do café, seja A a temperatura ambiente. Lei de Newton
de refrigeração afirma que a taxa na qual o a temperatura do café está mudando é
proporcional à diferença entre a temperatura do café e a temperatura ambiente. Isso
é,
dT
= k(A − T ),
dt
para alguma constante k.
Separamos variáveis
1 dT
= −k,
T − A dt
reescrevendo na forma diferencial,
1
dT = −k dt,
T −A
integrando
ln(T − A) = −kt + c1 , (note que T − A > 0)
isto é,
T − A = c e−kt , c ∈ R.
Ou melhor,
T = A + c e−kt.
Como A = 26
T = 26 + c e−kt .
Assim,
T (0) = 26 + c,
usando a primeira condição T (0) = 100,

26 + c = 100 =⇒ c = 74.

Logo
T = 26 + 74 e−kt.
e T (1) = 26 + 74 e−k . Mas a segunda condição nos diz que T (1) = 95 então
95 − 26
26 + 74 e−k = 95 =⇒ k = − ln ≈ 0, 07.
74

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Assim,
T = 26 + 74 e−0,07t .
Diogo que tomar o café a 70 graus então devemos encontrar t tal que

−0,07t ln 70−26
74
70 = 26 + 74e =⇒ t = − ≈ 7, 43.
0, 07
Portanto, Diogo pode começar a tomar o café a cerca de 7 minutos e meio do
instante que o café ficou pronto.
Provavelmente o tempo que levamos para calcular pode ter ultrapassado 7 minutos!
Exemplo 4. Encontre a solução geral para
−xy 2
y′ =
3
(incluindo soluções singulares).
Primeiro note que y ≡ 0 é uma solução (uma solução singular). Agora, suponha
que y 6≡ 0 e reescreva a equação (separando as variáveis) na forma
−1 ′ x
y =
y2 3
ou ainda
−1 x
dy = dx
y 2 3
e integrando temos
−1 1 x2 1 6
Z Z
x
dy = dx ⇒ = +c⇔y = 2 ⇔y= 2 , c ∈ R.
y 2 3 y 6 x x + 6c
+c
6
6
Portanto, a solução geral da equação dada é y = 2 , c ∈ R e y = 0 é uma
x + 2c
solução singular.
y 5
6 c = − 16
4
3
5 1
c= 6 2
4 1

3 1 −5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4
x
c= 4
−1

2 −2
−3
1 −4
c = − 14
−5
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4
x −6
−1 −7

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x
Exercı́cio 1. Resolva a EDO: y ′ = .
y
Exercı́cio 2. Resolva a EDO: y ′ = x2 y.
dx
Exercı́cio 3. Resolva o problema de valor inicial: = (x2 − 1) t, x(0) = 0.
dt
dx
Exercı́cio 4. Resolva o problema de valor inicial: = x sen(t), x(0) = 1.
dt
dy
Exercı́cio 5. Resolva a EDO: = xy + x + y + 1. Fatore o lado direito.
dx
Exercı́cio 6. Resolva o problema de valor inicial: xy ′ = y + 2x2 y, y(1) = 1.
dy y2 + 1
Exercı́cio 7. Resolva o problema de valor inicial: = 2 , y(0) = 1.
dx x +1
dy
Exercı́cio 8. Encontre uma solução implı́cita para o problema de valor inicial: =
dx
x2 + 1
, y(0) = 1.
y2 + 1
Exercı́cio 9. Encontre uma solução explı́cita para y ′ = xe−y , y(0) = 1.
Exercı́cio 10. Encontre a solução explı́cita para xy ′ = e−y , y(1) = 1.
2
Exercı́cio 11. Encontre a solução explı́cita para y ′ = ye−x , y(0) = 1.
Tudo bem! Você pode deixar uma integral definida na sua resposta.
Exercı́cio 12. Suponha que uma xı́cara de café esteja a 100 graus Celsius no instante
t = 0, que 10 minutos depois esteja a 70 graus e a 50 graus em t = 20 minutos.
Calcule a temperatura ambiente.
Exercı́cio 13. Resolva y ′ = 2xy.
2
Resposta: y = cex , c ∈ R.
Exercı́cio 14. Resolva x′ = 3xt2 − 3t2 , x(0) = 2.
3
Resposta: x = et + 1
1
Exercı́cio 15. Encontre uma solução implı́cita para x′ = , x(0) = 1.
3x2 +1
Resposta: x3 + x = t + 2
Exercı́cio 16. Encontre uma solução explı́cita para xy ′ = y 2, y(1) = 1.
1
Resposta: y =
1 − ln x
sen(x)
Exercı́cio 17. Encontre uma solução implı́cita para y ′ = .
cos(y)
Resposta: sen(y) = − cos(x) + c, c ∈ R.

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