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Ciencias Psicológicas

ISSN: 1688-4094
ISSN: 1688-4221
cienciaspsi@ucu.edu.uy
Universidad Católica del Uruguay Dámaso Antonio
Larrañaga
Uruguay

Velhice LGBT: uma análise das representações


sociais entre idosos brasileiros
Trevia Salgado, Ana Gabriela Aguiar; Fernandes de Araújo, Ludgleydson; De Oliveira Santos, José Victor; Alves de
Jesus, Lorena; da Silva Fonseca, Luciana Kelly; da Silva Sampaio, Daniel
Velhice LGBT: uma análise das representações sociais entre idosos brasileiros
Ciencias Psicológicas, vol. 11, núm. 2, 2017
Universidad Católica del Uruguay Dámaso Antonio Larrañaga, Uruguay
Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=459553539006

Esta obra está bajo una Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional.

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Sem fins lucrativos acadêmica projeto, desenvolvido no âmbito da iniciativa acesso aberto
Artículos Originales

Velhice LGBT: uma análise das representações sociais


entre idosos brasileiros
La vejez LGBT: un análisis de las representaciones sociales entre los ancianos brasileños
LGBT old age: an analysis of the social representations among Brazilian elderly people

Ana Gabriela Aguiar Trevia Salgado, Departamento de Psicología, UniversidadeFederal do Piauí. Brasil, Brasil,
gabrielatrevia@outlook.com

Ludgleydson Fernandes de Araújo, Departamento de Psicología, UniversidadeFederal do Piauí. Brasil, Brasil,


ludgleydson@yahoo.com.br

José Victor De Oliveira Santos, Departamento de Psicología, UniversidadeFederal do Piauí. Brasil, Brasil,
victorolintos@gmail.com

Lorena Alves de Jesus, Departamento de Psicología, UniversidadeFederal do Piauí. Brasil, Brasil,


lorenaalve_s@hotmail.com

Luciana Kelly da Silva Fonseca, Departamento de Psicología, UniversidadeFederal do Piauí. Brasil, Brasil,
l.kelly_fonseca@hotmail.com

Daniel da Silva Sampaio, Departamento de Psicología, UniversidadeFederal do Piauí. Brasil, Brasil,


daniel99.sampaio@hotmail.com

Redalyc: http://www.redalyc.org/articulo.oa?
id=459553539006

Resumo LGBT, bem como incentivar outros estudos a fim de


orientar as práticas profissionais diante desse grupo.
Esta pesquisa tem como objetivo identificar as
Palavras-chave: velhice, idosos, LGBT, sexualidade,
representações sociais da velhice LGBT entre a
representações sociais, Classificação Hierárquica
população idosa. Contou-se com a participação 100
Descendente.
pessoas, com idade entre 60 e 86 anos (M =
66,9 anos; DP = 6,8). A maioria dos participantes Resumen
declarou-se do sexo feminino (69%), casados (40%), Esta investigación tiene como objetivo identificar las
católicos (50%) e de orientação heterossexual (91,3%). representaciones sociales de la vejez LGBT entre la
Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas para población anciana. Se contó con la participación de
a coleta de dados. Posteriormente, as entrevistas 100 personas, con edad entre 60 y 86 años (M =
foram submetidas a uma análise, no software 66,9 años, DP = 6,8). La mayoría de los participantes
Iramuteq, pelo método da Classificação Hierárquica se declaró del sexo femenino (69%), casados (40%),
Descendente que originou 4 classes de aproximação católicos (50%) y orientación heterosexual (91,3%).
semântica. Diante dos resultados, percebe-se que Se utilizaron entrevistas semiestructuradas para la
as Representações Sociais da velhice LGBT são, recolección de datos. Posteriormente, las entrevistas
em sua maioria, carregadas de estigmas negativos fueron sometidas a un análisis, en el software
e preconceito. Pretende-se, com esse estudo, Iramuteq, por el método de la Clasificación Jerárquica
contribuir para uma velhice bem-sucedida dessa Descendente que originó 4 clases de aproximación
parcela da população, a partir de uma discussão que semántica. Ante los resultados, se percibe que las
propicie uma melhor compreensão do que é a velhice Representaciones Sociales de la vejez LGBT son,
en su mayoría, cargadas de estigmas negativas y

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prejuicios. Se pretende, con este estudio, contribuir Subsequently, the interviews were submitted to an
a una vejez exitosa de esa parcela de la población, analysis in the Iramuteq software by the Descending
a partir de una discusión que propicie una mejor Hierarchical Classification method. It originated 4
comprensión de lo que es la vejez LGBT, así como classes of semantic approximation. Data obtained
fomentar otros estudios para orientar las prácticas showed that the Social Representations of LGBT
profesionales frente a ese grupo. old age are mostly associated to negative stigma
Palabras clave: vejez, adultos mayores, LGBT, and prejudice. The purpose of this study is to
sexualidad, representaciones sociales, Clasificación contribute to a successful old age for this part of
Jerárquica Descendente. the population, based on a discussion that provides
Abstract better understanding of what LGBT old age is, as well
as encouraging other studies to guide professional
This research aims to identify the social practices for this group. Key Words: old age,
representations of LGBT old age among the elderly older adults, LGBT, sexuality, social representations,
population. A number of 100 people participated Descending Hierarchical Classification. Recebido:
in the research; they were aged between 60 22/06/2017 Revisado: 28/08/2017 Aceito: 30/09/2017
and 86 years (M = 66.9 years, SD = 6.8). Most Introdução
participants were female (69%), married (40%), Keywords: old age, older adults, LGBT, sexuality,
catholic (50%) and heterosexual (91.3%). Semi- social representations, Descending Hierarchical
structured interviews were used to collect data. Classification.

Introdução 2008). De acordo com o Censo do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística ([IBGE],
O envelhecimento da população mundial é um 2000), no ano do levantamento, 8,56% da
fenômeno atual, de crescimento exponencial população brasileira encontrava-se nessa faixa
e que tem sido amplamente discutido em de idade. Em 2015, essa taxa aumentou para
diversas áreas de conhecimento. Antes de 14,3%, de acordo com o Pesquisa Nacional por
mais nada, quando se aborda o tema Amostra de Domicílios (IBGE, 2015). Estima-se
envelhecimento populacional, trata-se de um que, em 2030, a população idosa represente
fenômeno de transição geográfica, marcado 18,62% da população total brasileira. De acordo
pela inversão da pirâmide etária. Essa inversão com o PNAD (2015), as regiões sul e sudeste do
é caracterizada pela diminuição da taxa Brasil são as que possuem maior proporção de
de natalidade e aumento da longevidade, idosos, sendo 16% e 15, 7%, respectivamente.
ocasionado pelas conquistas do conhecimento Em consonância com a população total de
médico, urbanização adequada das cidades, idosos, supõe-se que a proporção de idosos
melhoria nutricional, elevação dos níveis de LGBT também irá aumentar nas próximas
higiene pessoal e ambiental, além de avanços décadas (A. C. F. Araújo, 2016; Kimmel, 2015).
em saúde como vacinas, uso de antibióticos No Brasil, no Censo Demográfico de 2010,
e quimioterápicos que tornaram possível a pela primeira vez foi identificada e enumerada
prevenção ou cura de muitas doenças (Araújo & a quantidade de relações homoafetivas. O
Carvalho, 2005; Mendes, Gusmão Faro, & Leite, IBGE (2010) identificou um total de 58 mil
2005; Camarano, Kanso, & Mello, 2004). casais homoafetivos que vivem juntos no
São considerados idosos o grupo de pessoas Brasil. Segundo Bergamo (2016, dezembro 5),
com faixa etária superior ou igual a 65 anos, recentemente, o presidente do Instituto, Paulo
nos países desenvolvidos, e 60 anos, nos países Rabello de Castro, declarou o interesse de fazer
em desenvolvimento (Lei n. 10.741, 2003; Neri, um levantamento da população LGBT no Brasil,

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o que possibilita um maior conhecimento acerca compartilhar sua sexualidade, por medo de
dessa parcela da população, bem como viabiliza rejeição e perseguição, e tinham receio de
maior atenção a essa categoria social. admitir sua orientação para si mesmos, visto
Contudo, a ausência de conhecimento sobre que haviam internalizado os estereótipos
essa população põe em risco o envelhecimento negativos que a sociedade impunha sobre a
saudável dessas pessoas, cujas necessidades população LGBT (Fredriksen-Goldsen, Hoy-Ellis,
e experiências específicas permanecem, em Muraco, Goldsen & Kim, 2015; Huyck, 1995
grande parte, desconhecidas (Fernández- como citado em Papalia, 2013; Marques &
Rouco, Sánchez, & González, 2012; Orel, 2014). Sousa, 2016). Assim, muitos dos atuais idosos
Em contrapartida ao que é mais amplamente LGBT demoraram muitos anos para “sair do
divulgado, temos que a velhice também é armário” (Scherrer & Fedor, 2015).
carregada por aspectos positivos. Apesar das De acordo com Facchini e França (2009),
perdas no que concerne às capacidades físicas, o termo LGBT refere-se às lésbicas, gays,
sensoriais e neurológicas, a pessoa idosa pode bissexuais, intersexuais, onde o T, além
apresentar ganhos relacionados às capacidades de representar a presença de travestis e
influenciadas pela cultura, inspirando o idoso a transexuais, em alguns locais no Brasil, diz
desenvolver-se nos domínios voltados às artes, respeito também à transgêneros, isto é, pessoas
lazer e do manejo das questões existenciais, que não se identificam com o comportamento
visto que o idoso percorreu um longo caminho ou papel esperado do seu sexo biológico
rico em experiências e vivências (Neri, 2008; determinado pelo nascimento, a exemplo:
Novaes, 1995). crossdressers, drag queens, transformistas e
Entre os diversos aspectos considerados outros.
no que concerne à qualidade vida, tem-se Tendo em vista o cenário que a comunidade
que a sexualidade é um aspecto primordial LGBT enfrenta por conta do preconceito
do ser humano e vai além do ato histórico que traz consigo uma série
sexual, abrangendo identidades e papeis de de violências motivadas pelos estereótipos
gênero, erotismo, prazer, orientação sexual, negativos, discriminação e intolerância; um
intimidade e reprodução. Apesar de todas contexto social caracterizado pelo processo de
as dimensões onde a sexualidade pode estar discriminação que vai desde o extermínio direto
incluída – pensamentos, atitudes, desejos, com requintes de crueldade até manifestações
comportamentos, valores, entre outros –, nem de intolerância no trabalho, na família, na
sempre esta é vivenciada ou expressada. religião, na escola, no atendimento médico, nos
Desde a década de 1960, a sexualidade tem meios de comunicação e na população em geral,
passado por um processo de individualização percebe-se que as pessoas idosas que fazem
de comportamentos e normas. Dessa forma, parte dessa categoria social também sofrem
além dos prismas biológicos e psicológicos, com esses estigmas.
a sexualidade sofre influência de fatores Embora as pesquisas sobre a velhice
sociais, econômicos, políticos, culturais, éticos, estejam emergindo entre os temas investigados
religiosos e espirituais (L. F. Araújo, 2016; Lima, pelas Ciências Sociais, sobretudo pela
Santiago, & Arrais, 2014; Organização Mundial Psicologia, explorar e analisar o processo de
da Saúde [OMS], 2002; Santos, Carlos, Araújo, & envelhecimento no contexto da orientação
Negreiros, 2017). sexual do idoso ainda é pouco articulado. Tendo
A atual coorte de pessoas idosas LGBT em vista que no Brasil comporta-se uma série
viveu um período histórico onde não podiam de dificuldades e desafios para abordar o tema,

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a luta por visibilidade é um ato constante na Nesse contexto, buscou-se, através da


vida dessas pessoas (Santos, Carlos, Araújo, & Teoria das Representações Sociais, identificar e
Negreiros, 2017; Wladirson & Chaves, 2012). comparar as representações sociais da velhice
Contudo, à medida que ocorre o aumento LGBT entre a população idosa brasileira.
da população idosa e a população LGBT tem
o reconhecimento de seus direitos firmado na Método
sociedade, é necessário um aprofundamento
no conhecimento sobre as pessoas LGBT mais Tipo da investigação
velhas (Berger, 1982 como citado em Marques
& Sousa, 2016; Berger & Kelly, 2002 como
Trata-se de um estudo descritivo e exploratório
citado em Marques & Sousa, 2016; Minichiello,
com dados transversais.
Plummer & Loxton, 2004 como citado em
Marques & Sousa, 2016).
Sob uma visão dinâmica, as representações Participantes
sociais configuram-se como uma rede de
conceitos e imagens interativas desenvolvidas A pesquisa contou com a participação 100 (cem)
pelos indivíduos e grupos, cujos conteúdos pessoas idosas brasileiras, de ambos os sexos,
evoluem continuamente através do tempo e com idade entre 60 e 86 anos (M = 66,9 anos;
do espaço, sendo esse processo cada vez mais DP = 6,8). A maioria dos participantes declarou-
intenso conforme a complexidade e velocidade se do sexo feminino (69%), casados (40%),
das comunicações disponíveis (Carvalho & católicos (50%), de orientação heterossexual
Arruda, 2008; Jodelet, 1989; Morera, Padilha, (91,3%), com renda familiar média de 1800 reais
Silva, & Sapag, 2015; Moscovici, 1984; Sêga, (23,8%), cursaram até o ensino médio (25,6%)
2000). Os conceitos e imagens formados a partir e aposentados (70,7%). Os participantes são
das representações sociais são maneiras de residentes dos estados brasileiros do Piauí,
interpretar a realidade cotidiana. Jodelet (1989; Ceará e Pará.
2016) caracteriza a representação como uma
forma de conhecimento prático que conecta um Instrumentos
sujeito a um objeto, ou seja, ela estabelece um
vínculo entre um sujeito, individual ou social, e o Para a coleta de dados foram utilizados dois
objeto que ela substitui. instrumentos. O primeiro foi um questionário
As representações sociais permitem a sócio-demográfico para caracterização dos
compreensão do mundo, a partir de um objetivo participantes, com a finalidade de obter
prático, onde são construídos e compartilhados informações sobre idade, sexo, estado civil,
um grupo de conhecimentos, entendimentos, renda, orientação sexual, religião, estado em
conceitos, explicação sobre alguém, algum que vive, se tem algum parentesco com algum
objeto ou algum fato. Dessa forma, as indivíduo com orientação sexual homossexual e
representações sociais orientam as atitudes das se convive com algum idoso LGBT; o segundo
pessoas frente ao objeto da representação. foi uma entrevista semiestruturada, para
Estudar a percepção da sociedade sobre a compreender as percepções dos participantes
velhice e o envelhecimento LGBT permite a sobre velhice e homossexualidade LGBT, com
identificação das concepções que as pessoas a seguinte questão norteadora: “Como você
têm sobre esses eventos. entende a velhice LGBT?”.

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Procedimentos éticos e de coleta de dados Camargo (2005), esse tipo de análise permite
a obtenção de classes lexicais, caracterizadas
A presente pesquisa foi submetida ao Conselho por vocábulos específicos e pelos segmentos de
de Ética em Pesquisa – CEP da Universidade texto que possuem esses vocábulos em comum.
Federal do Piauí (Brasil), apresentando CAEE:
57225916.1.0000.5214 e número do parecer: Resultados
1.755.790. Após aprovação pelo Comitê, foi
iniciada a coleta de dados de forma voluntária A análise dos dados, no software Iramuteq,
e anônima, onde foram esclarecidos os constituída de 100 entrevistas, ou unidades
objetivos do estudo e obtidas as devidas de contexto iniciais (u.c.i.), resultou em 80
autorizações e o preenchimento dos Termos unidades de contexto elementar (u.c.e.), que
de Consentimento Livre e Esclarecido, para deram origem ao dendograma (figura 1). Foram
que os participantes pudessem autorizar sua formadas 4 classes de aproximação semântica,
participação na pesquisa e responder aos porém não foi possível estabelecer um perfil
instrumentos, como determina a resolução de pessoas em cada classe. A primeira partição
466/12 do Conselho Nacional de Saúde brasileiro dividiu o Corpus em dois sub-corpus, separando
(CNS). Estima-se que aproximadamente 30 a classe 4 das demais. A segunda partição
minutos foram necessários para finalizar a fragmentou o sub-corpus maior, originando a
participação na pesquisa. classe 2. A última partição deu origem às classes
Utilizou-se o critério estabelecido por 1 e 3.
Camargo (2005), que indica a partir de 20
unidades de contexto inicial, para definição do
número de participantes necessários para a
pesquisa. Nessa investigação, foram colhidos
100 questionários, sendo uma parte da amostra
por conveniência, onde os participantes foram
abordados em locais públicos como praças e
shoppings e outra parte escolhida de forma não-
probabilística, intencional e acidental em grupos
de convivência de idosos. A coleta dos dados foi
realizada nos estados brasileiros do Ceará, Pará
e Piauí.

Análise de dados A classe 1 é a menor das classes, constituída


por 16 u.c.e., representando 20% do total
Os dados sócio-demográficos foram analisados de unidades. Essa classe foi denominada
a partir das estatísticas descritivas no software Estereótipos negativos da velhice. Predomina,
SPSS for Windows versão 21, objetivando nessa classe, a ideia de que a velhice
caracterizar a amostra. LGBT é como qualquer velhice. Contudo,
As entrevistas semiestruturadas foram são enfatizados alguns aspectos negativos da
submetidas a uma Classificação Hierárquica velhice, como declínio de habilidades, abandono
Descendente (CHD) simples com o auxílio do e necessidade de maior cuidado em virtude de
software Iramuteq versão 0.7. De acordo com doenças. Além disso, nessa classe são ainda

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encontrados alguns sentimentos negativos modo geral, que muitos estereótipos do


frente aos idosos LGBT, como “pena de quem é envelhecimento e da velhice LGBT apresentados
homossexual”, haja vista que o idoso que segue em estudos anteriores são confirmados. Assim,
uma orientação diferente da heterossexual serão discutidos os conteúdos lexicais que
sofre com os estigmas da velhice e da orientação estruturam o dendograma dentro de cada classe
sexual. identificada.
A classe 2 é composta por 22,5% do
total de u.c.e. (18 unidades). Levando em Classe 1 – Estereótipos negativos da velhice
consideração/o as variáveis descritivas, pode-se
caracterizar essa classe como sendo constituída, Os conteúdos obtidos na classe Estereótipos
em sua maior parte, por idosos do sexo negativos da velhice pouco diferenciam a
masculino (10 u.c.e.). Nessa classe, percebe- velhice heterossexual da velhice LGBT, com
se a predominância de discursos onde os discursos que afirmam que esta é “como
idosos declaram não saber opinar ou não ter qualquer velhice”. Entretanto, essa afirmação
conhecimento acerca dos idosos LGBT. Por esse vem associada aos estigmas da velhice como
motivo, denominou-se essa classe Invisibilidade uma fase da vida solitária, onde os idosos sofrem
LGBT. com o abandono e o desprezo de familiares
A terceira classe, constituída de 22 u.c.e e da sociedade de um modo geral, além
(27,5% do total), tem como principais conteúdos do comprometimento de algumas habilidades
que a velhice LGBT deve ser como qualquer físicas e psíquicas. Ressalta-se que esses dados
velhice. Observa-se que os discursos dessa fazem oposição aos resultados identificados
classe afirmam que o idoso LGBT afirma a sua em pesquisas anteriores que apresentam as
orientação ainda na juventude, sendo esse um representações sociais dos idosos em relação à
dos aspectos que determina uma “boa velhice”. velhice.
Em contrapartida ao que foi encontrado na Os discursos que mais representam essa
classe 1, tem-se nessa classe uma perspectiva classe são “acredito que tende para muitas
positiva do envelhecimento: paz, tranquilidade, dificuldades e sofrimento, solidão”; “algo
estabilidade e maturidade. Denominou-se essa difícil”; “é como a velhice de quem é
classe Velhice bem-sucedida. heterossexual, uma época de declínio das
A classe 4 constitui-se como a maior classe habilidades psíquicas e motoras e necessidade
(24 u.c.e. – 30% das unidades). Denominada de um cuidado maior por parte da família”;
Atitudes preconceituosas em relação a velhice “algo preocupante se levado em consideração o
LGBT, a quarta classe exprime conteúdos modo como são tratados os idosos no nosso país
relacionados à hostilidade frente à velhice LGBT. pois não existem ações que priorizem a gente e
As compreensões acerca da velhice LGBT nessa sendo de uma condição sexual diferente agrava
classe são de uma fase da vida marcada pelo sua situação enquanto sujeito estigmatizado
preconceito e desprezo da sociedade, sendo duplamente”.
solitária, complicada e conturbada. Frequentemente, as pessoas não idosas
representam a velhice e o envelhecimento de
Discussão forma negativa. Essas diferenças significativas
de percepções justificam-se porque grupos têm
A partir da observação e interpretação dos a tendência de representar socialmente outros
dados obtidos na pesquisa, percebe-se, de grupos de forma diferente, principalmente

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quando esses grupos são de gerações diferentes LGBT é encoberta, ignorada, esquecida e
(Araújo & Carvalho, 2005; Camargo, Contarello, desprezada pela sociedade. Essa classe ficou
Wachelke, Morais, & Piccolo, 2014; Cruz & marcada por expressões como “não sei opinar”;
Assunção Ferreira, 2011; Daniel, Antunes, & “não conheço”; “não ouvi falar”; “solidão,
Amaral, 2015). mas não entendo muito do assunto”; “é
Contudo, apesar de concordar em alguns um comportamento que causa dificuldade de
aspectos, essas representações divergem da compreensão”; “não sei explicar mas acho que
concepção geral dos idosos que tendem a é triste e solitária”; “nunca pensei no assunto”.
representar a velhice de forma mais positiva, Haja vista os estigmas acerca da sexualidade
acreditando que as experiências que tiveram na velhice, falar de homossexualidade,
ao longo da vida até o momento produziram bissexualidade ou transsexualidade nessa fase
sabedoria e as relações sociais, o trabalho e da vida torna-se ainda mais dificultoso,
o sentimento de utilidade complementam a principalmente porque as pessoas idosas LGBT
ideia de que a velhice é uma fase exitosa, ainda são vítimas de invisibilidade na sociedade
principalmente as relações familiares que se (Adams, 2015 como citado em Araújo &
tornam centrais em suas vidas (Camargo et. al., Fernández-Rouco, 2016; Persson, 2009 como
2014; Comerlato, Guimarães, & Alves, 2009). citado em Araújo & Fernández-Rouco, 2016;
No contexto social, a velhice é comumente Santos, Carlos, Araújo & Negreiros, 2017), como
apresentada de forma desvalorizada. Essa fica exposto pela análise dos conteúdos lexicais.
imagem negativa e estereotipada que é A invisibilidade dos idosos LGBT possui
disseminada faz com quem muitas pessoas que algumas possíveis justificativas: em primeiro
chegam à velhice assumas essas características lugar, pela tendência da sociedade em
(Araújo & Carvalho, 2005; Oliveira et. al., 2012). estereotipar os idosos como “assexuados” e
Assim, é natural que alguns idosos representem pela concepção de muitos psicogerontólogos
a velhice como sinônimo de doença, declínio de que quase todos os adultos mais velhos
e morte (Costa & Campos, 2009; Dias, Paúl, & são heterossexuais e os que não seguiam
Watanabe, 2014; Guerra & Caldas, 2010; Vianna, essa orientação já eram muito idosos para
Loureiro, & Alves, 2012). seguir outra orientação; em segundo lugar,
Além disso, algumas pessoas, ainda que pela dificuldade de estudar essa população que,
já tenham idade superior a 60 anos, não muitas vezes, evita exposição por medo de
se percebem como velhos e, por terem serem vítimas de preconceito; em terceiro lugar,
preservadas as habilidades cognitivas, sociais, pelo interesse da Geriatria e da Gerontologia
emocionais e físicas, consideram que a condição em estudar outros aspectos do envelhecimento,
de idoso é uma realidade distante (Passamani, como as doenças crônicas. Dessa forma, as
2013; Santos, Carlos, Araújo & Negreiros, 2017). necessidades e a existência dos idosos LGBT
Assim, a negação da velhice também é uma foram por muito tempo ignoradas pela maioria
possível justificativa para as representações das instituições e pela sociedade (Dorman et
identificadas nessa classe. al., 1995 como citado em Orel, 2014; Kimmel,
Hinrichs & Fisher, 2015; Quam & Whitford, 1992
Classe 2 – Invisibilidade LGBT como citado em Orel, 2014).

Nessa classe, verifica-se a presença de discursos


que retratam o quanto a população idosa

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Classe 3 – Velhice bem-sucedida Cahill (2015) apresenta algumas iniciativas


que já foram adotadas nos Estados Unidos e
Os conteúdos constatados na classe 3 fazem outras que podem ser adotadas para oferecer
referência a um ponto de vista da velhice como melhor qualidade de vida às pessoas idosas
uma etapa proveitosa da vida. Discursos como LGBT. Entre essas iniciativas estão o melhor
“vida cômoda e confortável”; “um momento preparo dos profissionais que vão atender
de liberdade da escolha acerca das realizações essa população, a elaboração de uma lei que
sexuais e afetivas”; “plenitude”; “deve ser designe os idosos LGBT como uma população
feliz”; “entendo que foi uma conquista na vida com maior necessidade social, promoção de
do seu direito [de se revelar LGBT]”; “nesse caso educação em saúde sexual, serviços de saúde
assume importância tão grande que a pessoa mental e programas de suporte de renda.
quer é ser feliz e devemos respeitar”; “nunca Assim, é importante perceber que é
é tarde para ser feliz”; “com paz e tranquila” fundamental lançar um olhar diferenciado sobre
caracterizam essa classe. a população LGBT no que diz respeito às
Como citado anteriormente, os idosos, necessidades específicas desse grupo, para que,
principalmente os que fazem parte de grupos dessa forma, possa ser oferecida, de fato, uma
de convivência, tendem a simbolizar a velhice velhice bem-sucedida para esses idosos.
como um momento prazeroso, onde tornam-
se protagonistas de sua vida, já que os filhos Classe 4 – Atitudes preconceituosas em relação a
estão crescidos e os idosos se aposentaram velhice LGBT
do trabalho (Camargo et. al., 2014; Comerlato,
Guimarães & Alves, 2009). Reconhecer a velhice Essa classe é a que mais se discrimina das
LGBT como um período feliz e pleno significa demais, sendo caracterizada por discursos que
assumir que esses idosos possuem também retratam que a velhice LGBT é carregada
a garantia de viver essa fase usufruindo dos por dificuldades em virtude do preconceito
benefícios e direitos conquistados ao longo da enraizado na sociedade. Percebe-se que nas
vida. falas dos participantes é revelada a presença
Por outro lado, acreditar que os idosos de fortes estereótipos acerca dessa parcela da
LGBT possuem iguais condições de vivenciar a população, todavia os idosos participantes da
velhice como os idosos heterossexuais denota pesquisa não se reconheciam enquanto parte
desconsiderar as disparidades desses dois dessa sociedade que trata as pessoas idosas
públicos. Muitos idosos LGBT vivem em situação LGBT com preconceito.
de vulnerabilidade, por exemplo, no que diz Alguns conteúdos como “errado, mas é
respeito à saúde. Os idosos LGBT possuem uma escolha da pessoa”; “acho feio porque é
necessidades particulares, especialmente no muito estranho, mas não tenho nada contra”;
caso de idosos transexuais (Fernández-Rouco, “nunca vi de perto mas é escolha de cada
Sánchez, & González, 2012) que têm mais um”; “no seio da sociedade, essa relação,
dificuldade de acesso aos dispositivos de acredito, é puro sofrimento”; “é muito difícil
atenção à saúde e experimentam mais principalmente pelo preconceito”; “parece uma
disparidades de atenção à saúde, com maior vida complicada”; “acredito que tende para
sofrimento psíquico e menor saúde física de muitas dificuldades e sofrimento por causa do
modo geral (Fredriksen-Goldsen et. al., 2015; preconceito que as pessoas têm”; “acho que
Scherrer & Fedor, 2015). na velhice LGBT o sofrimento é grande pelo

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desprezo da sociedade”; “difícil, qualquer parte dos conhecimentos acerca desse grupo de
do ciclo LGBT é conturbada com a hipocrisia pessoas, que se mostrou desassistido e
social”; “acho que é difícil ser homossexual em desprezado na população entrevistada.
qualquer fase da vida”; “uma superação depois Assim, espera-se que essa pesquisa possa
de enfrentar muito preconceito ao longo da encorajar outros estudos a respeito do tema,
vida”; “penso que o desprezo das pessoas é bem como orientar as práticas dos profissionais
muito grande por causa do preconceito”. da gerontologia com os idosos, a fim de
Além de se eximir da responsabilidade de dissolver os estereótipos negativos dessa fase
praticar também o preconceito contra a pessoa da vida.
idosa LGBT, observa-se que os participantes da
pesquisa demonstram traços de preconceito Referências
sutil em seus discursos. Diferente do
preconceito flagrante, o preconceito sutil é Allport, G.W. (1954). The nature of
indireto, distante e “frio”, sendo uma forma prejudice. Reading: Massachusetts.Addison-
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Conclusão
article/view/689
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A presente pesquisa versou sobre as
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Verifica-se que essas representações se Araújo, L. F., & Fernández-Rouco, N. (2016). Idosos
relacionam, em grande parte, com a forma como LGBT: Fatores de Risco e Proteção. Em Falcão,
os idosos participantes da pesquisa vivenciam a D. V. da S., Pedroso, J. da S., & Araújo, L.
sua própria velhice. Os idosos que percebem e F. de (orgs.). Velhices: temas emergentes nos
vivem essa fase como algo negativo ou não se contextos psicossocial e familiar (pp. 129-138).
reconhecem como idosos sustentam a noção de Campinas: Alínea.
que a velhice LGBT é igualmente conturbada e Bergamo, M. (2016, dezembro 5). IBGE
desafiadora, sendo essa concepção acentuada, pretende fazer primeira pesquisa
principalmente, em virtude dos estereótipos nacional sobre população LGBT.
existentes acerca das pessoas LGBT; já os que Folha de São Paulo. Recuperado
a vivenciam de forma agradável e prazerosa de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/
monicabergamo/2016/12/1838027-ibge-
representam a velhice LGBT também desse
pretende-fazer-primeira-pesquisa-nacional-
modo, ainda que preterindo as discrepâncias e
sobre-populacao-lgbt.shtml
particularidades desses grupos.
Cahill, S. (2015). Community resources and
Ademais, a invisibilidade e o preconceito
government services for lgbt older adults
identificados nas representações identificadas and their families. In N. A. Orel & C.
sugerem a necessidade de produção e difusão A. Fruhauf (Orgs.). The lives of LGBT

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script=sci_arttext&pid=S2175-25912012000100004&lng=pt&tlng=pt.

CC BY

Informação adicional

Correspondência : Ana Gabriela Aguiar Trevia


Salgado, Universidade Federal do Piauí, Campus
de Parnaíba, Departamento de Psicologia.
Av. São Sebastião, 2819. Cidade Universitária.
64202020 - Parnaíba, PI – Brasil.
Recebido : 22/06/2017
Revisado : 28/08/2017
Aceito : 30/09/2017
Como citar este artigo : Aguiar Trevia Salgado, A.
G., Fernandes de Araújo, L., De Oliveira Santos,
J. V., Alves de Jesus, L., da Silva Fonseca, L. K.,
& da Silva Sampaio, D. (2017). Velhice LGBT: uma

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