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CONSIDERAÇÕES SOBRE METALURGIA DA SOLDADURA

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Zonas na vizinhança da soldadura \u2013 aços não ligados ou fracamente ligados


Quando o soldador executa uma soldadura no aço ao carbono, vai promover alterações
microestruturais significativas na peça que está a soldar.

Essas alterações dependem da energia usada que tem, por sua vez, influência direta na
temperatura atingida no decurso do processo e da posterior velocidade de arrefecimento.

Conforme se pode observar na figura 1, é possível delimitar 5 zonas distintas cuja constituição
e microestrutura dependem da posição das isotérmicas em relação à soldadura durante a fase
de aquecimento e da velocidade de arrefecimento, conforme já foi atrás referido.

A zona V, junto à soldadura, é a que promove os maiores problemas metalúrgicos, dado que se
atingem temperaturas superiores a 1200 ºC, durante um tempo muito curto, havendo lugar a
um processo de austenitização.

A caracterização experimental desta zona pode ser feita através da medição da dureza,
descrevendo as estruturas obtidas através das curvas TRC (figura 3), contudo estas são
difíceis de usar para procedimentos de controlo.

Caracteriza-se então o aço pela sua curva dureza-parâmetro de soldadura. Escolhe-se, em


geral a curva HV=f (\u394t 300/700), traçada a partir de diagramas TRC ou através de uma
máquina de simulação térmica (tipo Gleeble RPI).

Um exemplo desta curva encontra-se representado na figura 4.

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Cada zona pode ser caracterizada da seguinte forma:

Zona l :a temperatura não ultrapassa 600 ºC aproximadamente. Nenhuma modificação


detetável do metal base.

Zona ll: a temperatura está entre 600 "C e Ac1. Podem-se identificar certas modificações,
segundo o estado inicial do metal base: precipitações, revenido, globulização.

Zona lll: a temperatura está entre Ac1 e Ac3. As modificações são importantes. A
austenitização parcial pode conduzir a um afinamento da estrutura no arrefecimento. A zona III
é o início da ZAC: Zona Afetada pelo Calor chamada também ZAT, zona afetada termicamente.

Zona lV: a temperatura está entre Ac1 e 1100 ºC aproximadamente. Depois do arrefecimento
obtêm-se estruturas normalizadas e estruturas grosseiras segundo a temperatura atingida.

Zona V: a temperatura está entre 1100 ºC e 1500 ºC (fusão). O aumento do grão austenítico é
tal que a temperabilidade do metal é consideravelmente aumentada e as estruturas obtidas
nesta zona após arrefecimento variam de estruturas ferrito-perlíticas aciculares muito
grosseiras a estruturas bainíticas ou martensíticas para as velocidades mais elevadas.

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Zonas na vizinhança da soldadura


FIG. 1

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II - Precipitações, revenido, globulização


III - Austenitização parcial, afinamento da estrutura
I - SEM ALTERAÇÕES
IV \u2013 Estruturas normalizadas ou grosseiras em função da temperatura
V \u2013 Aumento do grão, varia de estrutura grosseira (ferrítico-perlítica) a estruturas
bainíticas ou martensíticas
Zona Afetada pelo
Calor
FIG. 2

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FIG. 3
Diagrama TRC de um aço (S355Nb)

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Estruturas martensíticas
Estruturas bainíticas
Estruturas ferrítico-perlíticas
FIG. 4

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Os constituintes formados na zona junto à soldadura e as suas microestruturas têm um papel


fundamental na aparição dum fenómeno particularmente importante e grave: a fissuração a frio.

A fissuração a frio manifesta-se pela aparição de fissuras na ZAC. A análise experimental


permitiu atribuir este incidente a três causas principais:

a presença na ZAC de hidrogénio introduzido pela difusão a partir do metal de adição;

- a existência de tensões residuais ou de origem externa na junta soldada;

a presença nesta zona de microestruturas muito suscetíveis à fissuração sob a influência


conjugada dos dois fatores anteriores.

Vários métodos, sendo o mais empregue o dos implantes, permitiram estudar


experimentalmente este fenómeno.
Mostram que a suscetibilidade à fissuração a frio é muito elevada para as estruturas
martensíticas e diminui rapidamente para as estruturas bainíticas.

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Este problema foi particularmente tratado pelo IRSID (fig. 5) que publicou um ábaco completo,
permitindo determinar \u394t 700/300 em função de:

- geometria da junta soldada;


- espessura do elemento soldado;
- energia de soldadura;
- temperatura de pré-aquecimento;
procedimento de soldadura.
O conhecimento numérico de \u394t 700/300 permite por intermédio das curvas HV / \u394t
700/300 conhecer a dureza junto à soldadura e numa certa medida a estrutura correspondente.
Inversamente, pode-se ter acesso aos parâmetros de soldadura melhores adaptados ao
resultado a obter.
A figura 5 mostra que uma soldadura em "T" com a = s = 20 mm, uma temperatura
de pré-aquecimento de 200 ºC e uma energia de 20kJ.cm-1 (procedimento MIG) conduz a um
\u394t = 30 s. Para a classe S355Nb, a dureza é de 300 HV (bainite): nenhum risco de
fissuração a frio.
É evidente a importância prática do diagrama dureza-parâmetro de arrefecimento. Permite
localizar, com uma precisão suficiente para os casos usuais, o limite da \u201czona
martensítica" que fixa um limite superior de velocidades de arrefecimento, permitindo não
ter estruturas puramente martensíticas, particularmente nefastas.

A noção de carbono equivalente CE, mais empírica, é igualmente destinada a tratar este
fenómeno: o risco de fissuração aumenta fortemente para CE > 0,4%.

O carbono equivalente calcula-se pela seguinte expressão:

CE= (%C) + (%Mn/6) + ((%Cr + %Mo + %V)/5) + ((%Cu + %ni)/15)

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FIG. 5
Ábaco parâmetro \u394t 700/300 \u2013 condições de soldadura

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- Aços inoxidáveis martensíticos

Aços de alta temperabilidade, são martensíticos por arrefecimento após soldadura. A formação
de martensite cria tensões podendo provocar a fissuração da ZAC e da soldadura. Para evitar
estes inconvenientes:

limita-se entre 0,15 - 0,20% o teor em carbono dos aços, podendo assim ser soldados;

o metal de adição do elétrodo deve conduzir, mesmo após diluição, a um cordão austenítico ou
austeno-ferrítico que permanece dúctil;

um pré-aquecimento lento à volta de 250-300 ºC, um reaquecimento após soldadura à volta de


300-400 ºC , e se possível um tratamento completo de têmpera e revenido (ou um simples
revenido à volta de 600-750 ºC) são recomendados;

- é preciso assegurar uma proteção contra a difusão de hidrogénio (gás de proteção, elétrodos
revestidos, etc.)

Aços inoxidáveis

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Aços inoxidáveis ferríticos

Esta classe de aços inoxidáveis têm uma tendência pronunciada ao aumento do grão não
reversível e tornam-se sensíveis à corrosão intergranular quando levados a 1000 ºC.

As precauções tomar são:

Uso de energia de soldadura no valor mais baixo possível (TIG,MIG, plasma, etc.);
recozimento do conjunto ou da ZAC à volta de 750-850 ºC. Esta operação permite corrigir
eventualmente uma têmpera martensítica parcial (semiferríticos) e dessensibilizar a ZAC em
relação à corrosão intergranular, não regenerando o grão;

utilização dum metal de adição ou austenítico (semiferrítico), ou de mesma composição que o


metal de base,(ferríticos).

As classes estabilizadas ao titânio ou nióbio, sobretudo aquelas que contêm molibdénio, são
menos sensíveis ao aumento do grão. No entanto, uma sobrestabilização pode levar à
fissuração da junta sobretudo para as classes ao nióbio.

O uso de classes de baixos teores em intersticiais (C + N < 0,005%) permite diminuir as


adições estabi- lizadoras.

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Aços inoxidáveis austeníticos

São muito facilmente soldáveis e, em princípio, não apresentam fragilização da ZAC. No


entanto, dois inconvenientes podem aparecer que é preciso evitar:

sensibilização à corrosão intergranular duma parte da ZAC;

fenómenos de fissuração a quente. Este tipo de fissuração produz-se a alta temperatura (>
1100-1200 ºC) durante o arrefecimento. As fissuras são interdendríticas e seguem as juntas de
solidificação no cordão de soldadura. No entanto,
 1
 2

 O ouro e platina ocorrem na Terra como metal nativo, o que significa que estão na natureza na
forma de elemento, não como composto, e não necessita de ser reduzido. Prata e cobre também
podem ser encontrados como metal nativo.

 Muitos metais são obtidos hoje a partir da reciclagem (fusão e refinamento) sucata de metal.
Cerca de metade do alumínio, cobre, chumbo, aço e estanho é obtido a partir da reciclagem de
sucata. Vamos então estudar as propriedades que fundamentam as práticas extractivas que se
utilizam ainda hoje.

 Ligação: uma visita a uma mina portuguesa será interessante, de preferência uma que esteja em
funcionamento [ver Visitas de Estudo, 4.2].

 3.1.3. A Série Electroquímica

 O potencial de redução representa a medida em volts da afinidade da substância por electrões,


por comparação com o hidrogénio [par H+ (aq), 1atm → H2 = 0,00V]. O potencial de redução é
considerado positivo quando a sua afinidade por electrões for maior que a do H+ (aq). Tal
significa que, em contacto electrónico e electrolítico entre metais, liberta-se hidrogénio naquele
cujo potencial padrão for mais elevado.

 Os potenciais de redução dos catiões a elementos metálicos podem servir de referência para
criar uma tabela prática de reactividade. Embora o valor do potencial

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Universidade do Porto


 Graça Silva Página 26 possa variar segundo o meio em que ocorre e segundo a transição dos
estados de oxidação, procurou-se encontrar referências à redução em relação ao seu estado
elementar. Surge assim uma série reactiva dos metais com interesse prático e muito utilizada em
situações industriais, para controle da corrosão em soluções aquosas:

 Elemento Símbolo

 Par redox Eθθθθ (25ºC) Grupo

 Crómio Cr Cr3+(aq)/Cr(s) −0,74 Metal transição Ferro Fe Fe2+(aq)/Fe(s) −0,4 Metal transição
Cádmio Cd Cd2+(aq)/Cd(s) −0,40 Metal transição Cobalto Co Co2+(aq)/Co(s) −0,28 Metal
transição Níquel Ni Ni2+(aq)/Ni(s) −0,25 Metal transição Estanho Sn Sn2+(aq)/Sn(s) −0,14 14
Chumbo Pb Pb2+ (aq)/Pb(s) −0,13 14 Hidrogénio H H+(aq)/H(g) 0,0 Não-metal

 Cobre Cu Cu2+(aq)/Cu(s) +0,34 Metal transição Prata Ag Ag+(aq)/Ag(s) +0,80 Metal transição
Ouro Au Au3+(aq)/Au(s) +1,50 Metal transição

 Platina Pt Pt2+(aq)/Pt(s) +1,18 Metal transição Os metais mais reactivos estão no topo, os
menos reactivos estão no fundo.

 Tabela 3 – Série reactiva estruturada segundo os potenciais de redução

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 Graça Silva Página 27

 Uma aplicação importante desta tabela surgiu para os potenciais simétricos dos potenciais de
redução, também designados potenciais de oxidação, que, em meio salino, permite estudar os
efeitos de corrosão dos materiais utilizados na construção naval.

 Quanto mais negativo o potencial-padrão de um par, maior a sua força redutora.

 Um metal acima do carbono na série electroquímica pode ser extraído do minério por electrólise
do sal fundido. Um metal abaixo do carbono na série de reactividade (do zinco a prata) pode ser
extraído do seu minério por redução com carbono. O metal é separado do seu anião não-
metálico pelo carbono mais reactivo. O carbono é usado porque está rapidamente disponível e é
barato (coque ou carvão de lenha são ambos carbono).

 O hidrogénio é unicamente utilizado como redutor, em larga escala, na extracção do tungsténio,


para evitar a formação do carbonato de tungsténio.

 Reacção com o Ar (Oxigénio)


 O potássio, sódio, lítio, cálcio e magnésio reagem com o oxigénio e queimam ao ar.

 O comportamento é típico dos metais alcalinos e alcalino-terrosos.

 Os metais na série reactiva, do alumínio ao cobre, reagem com o oxigénio do ar e formam o


óxido metálico. O alumínio reage rapidamente e forma uma camada superficial de óxido de
alumínio. Esta camada impede a progressão da oxidação para as camadas interiores. A
velocidade da reacção diminui ao longo da série reactiva mas não ocorre o efeito protector da
camada de óxido.

 O ferro reage lentamente à temperatura ambiente mas rápido se for aquecido. O metais abaixo
do ferro reagem com o oxigénio quando aquecidos ao ar. A prata, ouro e platina não reagem
com o oxigénio do ar.

 Reacções com Água

 O potássio, sódio, lítio e cálcio reagem violentamente com água. Os metais na série reactiva do
magnésio ao ferro reagem com vapor de água,

 H2O(g) mas não com água, H2O(l). A reacção forma o óxido de metal e hidrogénio. O estanho,
chumbo, cobre, prata, ouro e platina não reagem com água ou vapor de água.

 Reacção com Ácido Diluído

 O potássio, sódio, lítio e cálcio todos reagem violentamente com o catião hidrogénio em soluções
de ácido diluído, tais como ácido sulfúrico e clorídrico. É perigoso colocar estes metais em ácido.
A reacção é similar à reacção com a água. Por exemplo:

 2 Na (s) + 2 H+ (aq) → 2 Na+ (aq) + H2 (g) Equação 1

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 O magnésio, alumínio, zinco, ferro, estanho e chumbo reagem de modo seguro com ácido
diluído. O magnésio é o mais rápido e o chumbo é o mais lento dos seis.

 A reacção do zinco com o catião hidrogénio em solução ácida, é frequentemente usada para
produzir uma pequena porção de hidrogénio no laboratório. A reacção é lenta à temperatura
ambiente mas a velocidade pode ser aumentada por adição de um pouco de sulfato de cobre (I).
O catião cobre actua como catalisador.

 Os metais abaixo do hidrogénio na série reactiva (cobre, prata, ouro e platina) não reagem com o
ácido diluído pois não conseguem reduzir o catião hidrogénio.

 Reacções entre os metais

 Um metal é oxidado quando toma o lugar de um metal menos reactivo numa solução de sal
metálico. Por exemplo:

Fe (s) + Cu2+ (aq) → Fe2+ (aq) + Cu (s)Equação 2


 Estas reacções são previstas por comparação dos respectivos potenciais padrão.
 Durante a reacção, a solução azul perde a sua cor e o ferro sólido toma a cor
castanhoavermelhada devido à redução do cobre que aí se vai depositando.

 Se um metal menos reactivo for adicionado à solução salina dum catião metálico, não irá ocorrer
reacção. Por exemplo, o ferro é menos reactivo que o magnésio, por isso, não ocorre reacção se
colocar ferro metálico numa solução de sal de magnésio.

 Os aniões podem ser sulfato, cloretos ou nitratos. O ordenamento dos metais na série reactiva
pode ser estudado neste tipo de reacções.

 Habitualmente realiza-se uma actividade experimental deste tipo, prevista no 11º ano, o segundo
ano da disciplina de Física e Química.

 Esta análise do comportamento químico dos metais foi desenvolvida na vida prática na
actividade do Homem para obter materiais para diversos fins. Reconhecer essa evolução é
seguir os processos industriais que se utilizam hoje para obter essas matérias primas. São
exemplos de referência, a extracção do cobre, do alumínio e do ferro. Vamos descrever esses
processos, que são realizados em grande escala, o que não é equivalente à escala laboratorial.
Essas diferenças tomam visibilidade nas actividades de Visita de Estudo.

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 3.1.4. Metalurgia do Cobre

 O cobre pode existir na forma nativa de metal mas actualmente explora-se na forma de minério.
Pode ser óxido de cobre(I) ou sulfureto de cobre(I). O mais vulgar é a calcopirite, CuFeS2. A
extracção é habitualmente feita em minas a céu aberto, sendo mais conhecida a de Bingham
Canyon nos Estados Unidos, com 4 km de amplitude.

 O principal consumo do cobre é na construção civil (cerca de metade) mas também produtos
eléctricos, equipamentos de transporte, produtos de consumo e maquinaria pesada. As suas
propriedades únicas são: eficiente condutor eléctrico e térmico; excelente ductilidade e
resistência para uma ampla gama de temperaturas; resistência à corrosão em diferentes
ambientes.

 Extracção do Cobre

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