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VENTILAÇÃO FORÇADA
E AR CONDICIONADO
COMUNIDADE EUROPEIA
Fundo Social Europeu
Referências
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Todos os direitos reservados
IEFP
“Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, cofinanciado pelo
Estado Português, e pela União Europeia, através do FSE”
“Ministério de Trabalho e da Solidariedade – Secretaria de Estado do Emprego e Formação”
ÍNDICE
DOCUMENTOS DE ENTRADA
CORPO DO MÓDULO
0 – INTRODUÇÃO .........................................................................................0.1
2 – AR CONDICIONADO................................................................................2.1
DOCUMENTO DE SAÍDA
ANEXOS
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
PRÉ-REQUISITOS
Lubrific a ç ã o de S iste ma s de
S iste ma s de S iste ma s de S iste ma s de Ca rga
Motore s e Alime nta ç ã o Die se l Alime nta ç ã o por
Arre fe c ime nto Igniç ã o e Arra nque
Tra nsmissã o Ca rbura dor
S iste ma s de Aviso
S iste ma s de Lâ mpa da s, Fa róis S iste ma s de
S obre a lime nta ç ã o Foc a ge m de Fa róis Ac ústic os e
Informa ç ã o e Fa rolins Comunic a ç ã o
Luminosos
Unida de s Emissõe s
Dia gnóstic o e
Ele c trónic a s de S iste ma s de P olue nte s e
S iste ma s Re pa ra ç ã o e m S iste ma s de
Coma ndo, Inje c ç ã o Dispositivos de
Ele c trónic os Die se l S iste ma s Inje c ç ã o Me c â nic a
S e nsore s e Ele c trónic a Controlo de
Me c â nic os
Ac tua dore s Emissõe s
Dia gnósic o e
Dia gnóstic o e
Aná lise de G a se s Re pa ra ç ã o e m
Re pa ra ç ã o e m Ma nute nç ã o
de Esc a pe e S iste ma s Roda s e P ne us Te rmodinâ mic a
S iste ma s c om P rogra ma da
Opa c ida de Elé c tric os
Ge stã o Ele c trónic a
Conve nc iona is
Noç õe s de Constituiç ã o e
Le gisla ç ã o P roc e ssos de
G a se s Ca rbura nte s Me c â nic a Func iona me nto do P roc e ssos de
Espe c í fic a sobre Tra ç a ge m e
e Combustã o Automóve l pa ra Equipa me nto Con- Corte e De sba ste
GPL P unc iona me nto
GPL ve rsor pa ra GP L
LEG ENDA
Módulo em
Pré-Requisito
estudo
0 - INTRODUÇÃO
Não é o objectivo deste módulo abordar pontualmente um ou outro sistema, mas sim
generalizar dotando o técnico de conhecimentos, que adaptados a cada caso, será de ele-
vada importância no êxito da intervenção no sistema abordado neste módulo.
Com este sistema, pretende-se que um fluxo de ar controlado, entre no habitáculo, seja filtrado e
aquecido ou não conforme as necessidades.
As duas figuras seguintes mostram um dos sistemas de ventilação do habitáculo. Na fig. 1.2 o ar
circula através do permutador (radiador) e portanto, ar quente (caso o líquido de arrefecimento do
motor também o esteja). Na fig. 1.3 o fluxo de ar é desviado pela comporta de mistura (3) e não
atravessa o permutador (radiador), portanto gera ar à temperatura ambiente.
2
3
1
2
3
1
A temperatura que sai nos difusores é conseguida (como atrás foi referido) fazendo circular o líqui-
do de arrefecimento através de um radiador situado dentro do habitáculo, oculto pelo tablier.
Foi nalguns casos utilizado um sistema diferente, pois não existindo líquido de arrefecimento, res-
tava a utilização do calor do motor da viatura, canalizado para dentro do habitáculo. Presentemen-
te, utilizando o radiador dentro do habitáculo (1 na Fig. 1.3), dois sistemas subsistem:
A direcção do fluxo de ar
que entra no habitáculo é
controlada por comportas e
para controlar a quantidade
é utilizado recorrer a um
ventilador com várias veloci-
dades, pois a velocidade de
deslocação do veículo não é
permite controlar a entrada
de ar na quantidade desejá-
vel, em todas as situações.
9
8
2
7
6 3
4
5
1 – Painel de comandos; 2 – Selector de temperatura; 3 – Selector de velocidades;
4 – Recirculação de ventilação; 5 – Recirculação de fluxo de ar; 6 – Resistências
para velocidade; 7 – Ventilador; 8 – Permutador; 9 – Fichas.
A fig. 1.7 mostra um tipo de comandos intermédio no que diz respeito à tecnologia aplicada,
ou seja, existem sistemas em que todos os actuadores são mecânicos (por cabo, pneumáti-
co ou tirante):
Neste caso (fig. 1.7) as comportas são accionadas por cabo, sendo a recirculação de ar
accionada electricamente, com temporização.
1 – Motor 2
2 – Permutador (radiador)
A – Ar exterior.
B – Ar do habitáculo.
C – Habitáculo.
1 – Comporta de recirculação.
2 – Motor de ventilador.
Fig.1.9 – Recirculação
A velocidade do ar que entra no habitáculo também deve ser controlada para evitar mal estar aos
ocupantes. Comprovou-se que a velocidade do ar deve estar compreendida entre 7 e 25cm/seg
dado que a velocidade do veículo influencia a entrada de ar no habitáculo, a rotação do ventilador
interno é controlada (nalguns sistemas) pela unidade de climatização de modo a manter constan-
te, tanto quanto possível, o caudal de ar a entrar no habitáculo.
1 – Interruptor
O Sistema de ventilação foi dotado de um filtro (a partir dos anos 90 tornou-se mais popular),
de modo a que todo o ar que entra no habitáculo terá necessariamente que por ele passar,
para obter a melhor qualidade possível do ar e evitar a entrada de substâncias nocivas, este
filtro tem substituição programada(em função do fabricante da viatura). Em média tem uma
vida útil de 30.000 kms.
1 2 3
Este circuito é importante no que diz respeito à parte de aquecimento da ventilação. O permutador
2 (ou radiador de chauffage) é um circuito em derivação com o circuito de arrefecimento do motor
(aconselha-se abrir a válvula hidráulica 8 para melhor purgar o circuito do líquido de arrefecimento,
caso seja necessário uma intervenção e este nível), a válvula hidráulica interrompe apenas um dos
dois tubos do circuito do permutador 2, e tem desvantagem de tornar este sistema mais lento na
reacção das mudanças quente para frio ou vice versa (operadas pelo utilizador), em relação ao
outro sistema de comporta misturadora.
58
31
1 – Controlo do ventilador
M – Motor do ventilador
1. 5 – AQUECIMENTO ALTERNATIVO
Em climas de temperaturas mais baixas, como por exemplo nos Países do Norte da Europa, o sis-
tema tratado neste capítulo tem um sub-sistema para aquecimento alternativo do habitáculo. Sabe-
mos já que o referido aquecimento está dependente do aquecimento do líquido de arrefecimento
do motor, e assim, far-se-ão os primeiros quilómetros (dependendo da carga aplicada ao motor,
nesse período de aquecimento) sem aquecimento do habitáculo. Por essa razão, os sistemas de
climatização (por opção do país importador) são dotados de aquecimento por resistências eléctri-
cas (PTC), e o esquema eléctrico aqui representado será completado com o anexo do sub-
sistema (PCS e respectivo comando).
Nalguns casos, o aquecimento do habitáculo é beneficiado com o aquecimento também por resis-
tências eléctricas do circuito de arrefecimento do motor, para acelerar o processo de aquecimento
do líquido de arrefecimento. Com o líquido quente em menos tempo, temos aquecimento do habi-
táculo em menos tempo também.
O controlo das resistências de aquecimento do líquido de arrefecimento do motor, neste caso, não
é feito no sistema de aquecimento do habitáculo.
Como atrás referido, a função do sistema é aquecer o interior da viatura durante o período de
aquecimento do motor. Quando a temperatura do líquido de arrefecimento do motor atinge cerca
de 800 C, o pré-aquecedor desliga-se. São utilizados dois princípios de funcionamento, um total-
mente eléctrico, mencionado anteriormente (utilizado normalmente para veículos a gasolina), outro
com uma componente mais mecânica, gerido electronicamente (utilizado normalmente em veículos
diesel):
Sistema com Variação Contínua de Velocidade dos Motores dos ventiladores. Trata-se de
um sistema, em que as velocidades dos ventiladores, e os motores accionadores das com-
portas, são controlados electronicamente.
2 – AR CONDICIONADO
2.1 – INTRODUÇÃO
Em finais do Sec. XIX Carl Von Linde liquefaz o ar. É à máquina utilizada para este efeito que se
fica a dever o frigorífico, e o equipamento de ar condicionado.
Em 1927 começa-se a pensar em conduzir num habitáculo cuja temperatura fosse mais baixa que
a exterior. Na América (EUA) barras de gelo e um ventilador fazem baixar a temperatura do habitá-
culo.
Pakard (Construtor Americano) em 1940 fabrica 1000 veículos com ar condicionado. As caixas tér-
micas transportadas nas carroçarias passaram para pequenos recipientes no habitáculo. Durante a
guerra parou, voltou em 1950, mas foi em 1965 que se impôs.
Impôs-se a refrigeração com compressor, e não se prevê a curto prazo alterações significativas no
sistema por compressor. Construções aerodinâmicas e grandes superfícies vidradas contribuíram
cada vez mais para a utilização do ar condicionado, com vista à obtenção de uma boa climatização
do habitáculo.
2.2.1 – CLIMA
Foi referido anteriormente os inconvenientes das janelas e tectos abertos para controlar a tempera-
tura do habitáculo, de modo a permitir uma condução segura e descontraída, proporcionando aos
ocupantes conforto. Manter o ambiente com bases higiénicas e fisiológicas para uma atmosfera
pura, temperada e tanto quanto possível desumidificada é pois a função do ar condicionado.
Temos assim a explicação do termo “clima”, ou seja o envolvimento térmico do Homem, tendo
como componentes mais importantes, a temperatura e a velocidade do ar, a radiação térmica inci-
dente e o teor da humidade atmosférica.
Uma gota de álcool sobre a pele é um bom exemplo: o álcool evapora com rapidez, absorvendo
calor ao mudar de estado líquido para o estado gasoso. Este processo produz uma sensação de
frescura na pele.
Quando o ar contém muito vapor de água, a evaporação é mais lenta. Ao reduzir a humidade é
possível conseguir conforto a temperaturas mais elevadas, pois o conforto é o resultado de uma
combinação de temperatura e humidade. Estudos efectuados demonstram que o esforço corporal
(transpiração e frequência cardíaca) aumenta proporcionalmente com a carga climatérica
(temperatura/humidade).
A temperatura é pois um factor importante que deve ser levado em conta para uma condição ideal
de condução (temperatura situada entre 200 e 220 C), no entanto, o outro factor já aqui referido, a
humidade não o é menos importante. A humidade relativa deve estar compreendida entre os 30%
e os 70%. Abaixo dos 30% dá-se uma desidratação da mucosa do nariz e garganta e uma maior
possibilidade de infecções no aparelho respiratório. Com a humidade relativa superior a 70% é pro-
duzida uma desagradável sensação de humidade em certas zonas da pele.
1
A – Esforço
2 B – Zona de conforto
C – Carga climatérica
1 – Transpiração
2 – Frequência cardíaca
3
3 – Temperatura do corpo
Há vários fundamentos de física e química que se aplicam aos sistemas de refrigeração dos auto-
móveis:
Comportamento do calor;
Toda a matéria contém energia. Parte desta energia é térmica, ou seja, calor. O que normalmente
chamamos frio é a ausência de calor. O escuro tem uma definição semelhante: a ausência de luz.
Assim, os termómetros medem a intensidade da energia, não podem medir a quantidade da ener-
gia presente. O Joule é a medida de energia ou de calor de um objecto. É também a quantidade de
calor necessária para elevar num grau C, a temperatura de um Kilo de água ao nível do mar.
De igual modo, dois objectos que estão num ambiente à mesma temperatura, podem conter quan-
tidades muito diferentes de energia (calorífica).
1000 BTU
71º C 71ºC
FLUXO DE CALOR
Fundamento I
A bomba de água é o orgão que efectua o movimento do líquido de arrefecimento atrás descrito,
do motor ao radiador. Este movimento de calor de lugar para o outro, utilizando uma via de trans-
ferência líquida denomina-se convecção.
O calor transmite-se de um corpo para o outro, sem partículas portadoras mas por
ondas electromagnéticas.
No radiador produz-se de novo uma transferência por condução, e também uma transferência de
calor por radiação (através do ar).
Fundamento II
Para transformar um liquido em vapor é necessário energia sob a forma de calor. Se,
por exemplo a água ferver num bico de gás, absorve uma grande quantidade de
calor, sem alterar a sua temperatura na evaporação.
Pelo contrário, se for retirado o calor ao vapor, ele condensa sob a forma líquida.
Fundamento III
Ciclo do Frio
O ar ambiente mais frio absorve calor e volta a condensar o vapor sob a for-
ma liquida (Fundamento I e II);
2
3
2.3.1 – HISTORIAL
A indústria procurou, durante muito tempo, um produto refrigerante que satisfizesse todos estes
requisitos.
A par do éter, que não pôde impor-se devido aos riscos de explosão envolvidos, o amoníaco (R
717) foi um produto refrigerante que ajudou a promover a indústria do frio em todo o mundo, sendo
ainda hoje um dos mais usados refrigerantes.
Os hidrocarbonetos fluoretados, como por exemplo o R12, foram pela primeira vez propostos
como materiais de trabalho no princípio dos anos 30. A sua principal vantagem é, a par de boas
propriedades termotécnicas, também o facto de não serem inflamáveis nem tóxicos.
A sua capacidade de dissolução em óleos permitiu a inclusão do lubrificante (óleos minerais leve-
mente refinados; no caso do R 134a agora um óleo sintético) do compressor no circuito geral,
sem a necessidade de se criar um sistema de lubrificação adicional. O produto refrigerante R 12,
uma combinação de hidrocarbonetos totalmente halogenizada, tornou-se, sob a designação abre-
viada de HCFC (hidrocarbonetos clorofluoretados), tristemente célebre como “exterminador de
ozono”.
2.3.2 – A ATMOSFERA
A terra é envolvida por uma mistura gasosa, designada por atmosfera. Um dos seus componentes
importantes é o Ozono, que juntamente com a luz solar, faz com que a nossa atmosfera se torne
azulada.
A – Troposfera
B
B – Estratosfera
C – Terra
Os raios solares ultravioletas nocivos (causadores por exemplo do cancro da pele) são em grande
parte absorvidos pela Camada de Ozono, através de complexas reacções químicas, chegando à
terra em doses inofensivas para os seres vivos.
3 O2 2 O3
É de cor azulada. Encontra-se no ar e na estratosfera tem concentração tão alta que forma uma
verdadeira barreira, actuando como filtro atrás descrito (Fig.2.21).
Os dois átomos de cloro (Fig. ) actuam sobre as moléculas de Ozono, gerando primeiro Óxido de
Cloro e Oxigénio (CLO) e Dióxido de Dicloro (CL2 O2), que liberta um átomo de cloro:
CL2 O2 CL O2 + CL
CL O2 CL + O2
Assim, um só átomo de cloro pode destruir 100.000 moléculas de Ozono, e a consequente destrui-
ção da camada de ozono.
Conhecidos são, os estudos científicos que atestam que o efeito de filtragem da camada de ozono
está a ser fortemente destruída. A protecção contra a forte radiação de raios ultravioletas deixou
de ser assegurada, deixando os cada vez maiores “buracos do ozono” passar os raios ultraviole-
tas na sua totalidade até à superfície terrestre.
O R 134 a a partir de 1992 veio substituir O R 12, pois não provoca os efeitos nocivos anterior-
mente descritos.
Tab.1.1
E ainda:
1 – Evaporador 1
Da climatização dos veículos faz não apenas parte a entrada de ar fresco como também a saída
do ar saturado. O ar entrado pelo sistema de ventilação no habitáculo escapa-se por saídas de ar
nos painéis laterais do veículo, atrás do revestimento traseiro. Umas lâminas de borracha assegu-
ram a saída do ar do veículo, sem permitir a entrada de matérias indesejáveis no habitáculo, do
exterior.
O gás quente a alta pressão passa pelo condensador, onde transfere o seu
calor para as superfícies do condensador;
O sistema está dividido em duas partes: a zona de alta pressão e a zona de baixa pressão.
Estas duas zonas estão separadas por um dispositivo dosificador (tubo do orifício ou TXV) e o
compressor.
Como o compressor pode impulsionar mais produto do que aquele que pode passar pelo dispositi-
vo dosificador, num determinado tempo, a pressão aumenta entre a saída do compressor e o refe-
rido dispositivo. Portanto, o lado de alta pressão, vai desde a saída do compressor, através do
condensador, até á entrada do dispositivo dosificador. Durante o funcionamento do sistema, o lado
da alta pressão é o de temperatura mais elevada.
O lado de baixa pressão começa na saída do dispositivo dosificador, inclui o evaporador, o acumu-
lador secador, até à entrada do compressor. Durante o funcionamento do sistema, o lado de baixa
é o de menor temperatura.
No circuito do produto refrigerante encontra-se reproduzido o Ciclo do Frio atrás descrito. No siste-
ma fechado do automóvel desenrola-se também um processo de sequência periódica, isento de
manutenção.
2.5.1 – O COMPRESSOR
À semelhança do alternador, também o compressor é accionado pelo motor do veículo, por inter-
médio de uma correia trapezoidal (ou Poly v estriada). Em casos poucos frequentes temos accio-
namento por veio, ou de engrenagem de carretos.
1
1 – Alternador
2 – Bomba de água
3 – Cambota
1
4 – Tensor
5 – Bomba de direcção assisti-
da
1
6 – Compressor de ar condicio-
nado
1
1
O compressor tem como missão provocar um aumento de pressão no agente frigorífico, criando
um movimento no mesmo.
Estes não são usados nos automóveis, portanto abordaremos apenas os volumétricos:
Rotativos;
Alternativos.
COMPRESSOR ROTATIVO:
Compressores parecidos em funcionamento ao motor Wankel. No seu interior existe um rotor com
várias palhetas, que com a rotação criam variação da câmara de compressão para permitirem as
fases correctas de funcionamento do compressor (admissão e compressão).
Este tipo de protecção não é exclusivo deste compressor, encontrando-se igualmente noutro tipos
de compressor.
2
1 – Válvula anti-retorno
2 – Conduta de escape
3 3 – Tambor
4 – Palhetas
6 4 5 – Carcaça
6 – Admissão
7 5 7 – Câmara
13 14
12
4 – Palhetas
5 – Carcaça
8 – Tampa posterior
15 9 – Válvula eléctrica de controlo de
débito
10 – junção de aspiração
11 – Câmara de aspiração de bai-
8
xa pressão
12 – Tampa anterior
4 13 – Protecção termoeléctrica
14 – Junção de escape
15 – Câmara de alta pressão
5
11 9
10
3 14
4 3 – Tambor
4 – Palhetas
5 – Carcaça
9 – Válvula eléctrica de controlo
de débito
11 – Câmara de aspiração de bai-
15
xa pressão
14 – Junção de escape
11 15 – Câmara de alta pressão
5 9
FUNCIONAMENTO
O gás é aspirado pela abertura D pela progressiva expansão do espaço C, existente entre as
palhetas A e B: ocorre o início da fase de expansão (Fig. 2.35).
C B
A posição das palhetas A e B faz com que o espaço C esteja no máximo do seu volume. Em espe-
cial a palheta A intercepta a comunicação entre o espaço C e a abertura D, completando a fase de
aspiração (Fig. 2.36).
A
B
O espaço C reduz-se de volume e a pressão do gás aumenta: inicia-se a fase de compressão (Fig.
2.37).
A pressão do gás aumenta ainda mais até abrir a válvula de lâmina (anti-retorno) B: inicia-se a
fase de descarga (escape) – Fig. 2.38.
A B
A A
A – Tambor A – Palheta
B – Válvula de escape
C – Palheta
COMPRESSORES ALTERNATIVOS:
Normalmente compostos por dois cilindros em linha com uma válvula de duas lâminas que através
de uma pré-carga aplicada sobre as mesmas, Fazem alternadamente a função de admissão e
escape do produto refrigerante.
3
4
6
7
8
Os compressores com prato oscilante são formados normalmente por 5 a 7 cilindros, montados na
horizontal, no interior dos quais trabalham os êmbolos (pistons), dispostos de forma axial, alternati-
vamente, por acção do prato oscilante, aspirando o produto refrigerante do evaporador e compri-
mindo-o para o condensador.
Existem compressores alternativos de prato oscilante, sem regulação e com regulação de débito.
A – Prato oscilante
D
B – Baixa pressão
C – Alta pressão
D – Escape
E – Válvula de admissão
F – Pistão
G – Veio de impulsão
G F E
A linha 1-2 representa a compressão do agente frigorífico no cilindro desde a pressão P1 até à
pressão P2. Neste tempo, o êmbolo desloca-se do P.M.I. até ao P.M.S., e as válvulas de admis-
são e escape estão fechadas.
Quando o êmbolo alcança o ponto 3 (P.M.S.) começa a deslocar-se de novo até ao P.M.I.. A vál-
vula de admissão não se abre imediatamente, pois no espaço morto (D) fica uma certa quantidade
de refrigerante à pressão P2, superior a P1.
Quando a pressão no interior desce segundo a linha 3-4 até ao valor de P1, a válvula de admissão
abre-se e o agente frigorífico (gás) procedente do evaporador, enche de novo o cilindro segundo a
linha 4-1.
d – Câmara
P1 – Pressão inferior
P2 – Pressão superior
1 → 2 – Compressão
2 → 3 – Escape
3 → 4 – Admissão
4 → 1 – Fim da admissão
ACOPLAMENTO MAGNÉTICO
No momento da sua activação, o acoplamento magnético permite que a rotação do motor passe
para o compressor.
\Ao activar o ar condicionado, é enviada corrente eléctrica à bobine de atracação que por sua vez
cria um campo magnético que atrai o prato de arrasto contra a polia, criando um só corpo e assim
transmitindo o movimento do motor ao compressor. Quando é desligada a bobine de atracação fin-
da o campo magnético, e por acção do efeito de recuperação (molas de lâmina contidas no prato
de arrasto) se separa a polia, e o compressor pára a sua rotação, ficando apenas a polia a acom-
panhar a rotação do motor.
A – Polia
B – Rolamento
C – Bobine electromagnética
D – Prato de arrasto
Humidade atmosférica;
Temperatura do ar exterior.
A C B
Se ambas as pressões forem equivalentes a posição do disco oscilante não se altera e o rendi-
mento do compressor mantêm-se inalterado. Como a pressão permanece praticamente constante
do lado da alta pressão do compressor, o ângulo de inclinação do disco oscilante só pode ser
ajustado ao rendimento necessário, através de uma alteração da pressão interior na carcaça.
Quanto maior for a inclinação, tanto maior será a cilindrada e consequentemente o rendimento.
Com o disco oscilante quase na vertical em relação ao eixo de rotação, a cilindrada é reduzida e
consequentemente o débito do produto refrigerante também.
C A – Alimentação de
A D
B bobine
B – Prato oscilante
C – Junta tórica
D – Cabeça posterior
P E – Válvulas
E F – Válvula regulado-
ra
O G – Freio
H – Junta da cabeça
posterior
I – Guia
J – Rótula
N F L – Junta tórica
M – Rolamento da
Polia
M G N – Freio
O – Retentor
L P – Conjunto de
H
I embraiagem
J
Uma baixa pressão elevado significa um mau rendimento frigorífico, um valor baixo é sinónimo de
uma alto rendimento. Um rendimento frigorífico alto significa um congelamento da superfície do
evaporador.
A válvula reguladora dispõe de um diafragma que actua sobre uma haste de válvula e sobre uma
esfera de válvula. Estas regulam a secção da válvula e aumentam ou diminuem, deste modo, a
pressão interior na carcaça.
A diferença de pressão entre as partes superior e inferior do pistão aumenta, e o prato oscilante
situa-se na posição de ângulo máximo. O compressor funciona à cilindrada máxima.
A B
D
E
A – Prato oscilante
B – Pistão
D – Válvula reguladora
E – Guia
Baixa pressão
F – Centro do eixo
Cescarga
Cárter
A diferença de pressão entre a parte superior e inferior do pistão diminui. Desta acção resulta a
redução do ângulo de inclinação do prato e consequentemente, a cilindrada diminuiu.
A B
A – Prato oscilante
B – Pistão
C – Fole da válvula reguladora
Baixa pressão D – Válvula reguladora
E – Guia
Descarga
F – Centro do eixo
Cárter
LUBRIFICANTE
Trata-se de um óleo PAG* sintético especialmente ajustado a actuar em conjunto com o produto
refrigerante R 134 a (para o R 12 era utilizado um óleo mineral) . Absorve a humidade do ar evitan-
do a deterioração do sistema. Não pode ser misturado nem substituído por lubrificantes à base de
óleo mineral!
Quantidade retirada:
Condensador: ± 60 – 80 ml.
Evaporador: ± 60 – 80 ml.
Tubos: ± 40 – 60 ml.
Conforme já referido noutra passagem, o circuito do líquido refrigerante tem uma vertente de alta
pressão e outra de baixa pressão. O “ponto de separação” é constituído pela válvula de expansão
termostática, instalada na caixa de distribuição de ar entre a conduta de entrada e saída do evapo-
rador. Assume uma função estranguladora e determina o fluxo de passagem do refrigerante em
função da sua respectiva temperatura.
Devido à rápida quebra de pressão depois da válvula de expansão, o produto refrigerante evapora
no evaporador. Neste ponto é extraído ao ar exterior que passa pelas lâminas do evaporador no
sentido do habitáculo, o calor necessário, produzindo-se o seu arrefecimento.
Um fino filtro de malha, situado na entrada do líquido de alta pressão, impede que a subida de par-
tículas metálicas e outros materiais estranhos obstruam o orifício da válvula. As obstruções do ori-
fício diminuem o rendimento do sistema.
1 2
É constituída por um tubo, filtro e orifício dividindo a alta da baixa pressão, do sistema,
situada entre o condensador e o evaporador.
Trata-se de um orifício calibrado que permite passar apenas uma quantidade de fluido
determinado.
No lado de alta pressão, mantêm a pressão e com ela o estado líquido do produto refrigerante. Na
saída do estrangulamento o produto sofre uma expansão, desce a pressão, e dá-se um abaixa-
mento de temperatura considerável do mesmo. Ao passar pelo estrangulamento é pulverizado , e
desta forma é mais fácil a sua posterior evaporação. Na evaporação do produto (à saída do orifí-
cio) a sua pressão caí para pouco mais de 1 Bar, e a uma temperatura na ordem dos 70 negativos
sob a forma de vapor saturado.
A válvula termostática de expansão (TXV) está instalada nos tubos de entrada e saída do evapo-
rador. Converte o refrigerante líquido de alta pressão proveniente do depósito secador, em refrige-
rante líquido a baixa pressão, obrigando-o a passar através de um pequeno orifício antes de
entrar no evaporador.
Quando a carga térmica aumenta e diminui, a válvula de expansão fornece a quantidade correcta
de produto ao evaporador para este conseguir a máxima transferência de calor.
O orifício abre-se e fecha-se por acção de um diafragma. Este fecha-se em resposta à pressão do
evaporador, aplicada à parte inferior do diafragma e à pressão da mola de retorno contra o orifício.
Abre-se por acção do gás do tubo capilar e do bolbo de comando contra a parte superior do dia-
fragma.
O bolbo do comando está aplicado à linha de gás de baixa pressão, imediatamente depois da saí-
da do evaporador, e está cheio de um gás de alto coeficiente de dilatação. À medida que muda a
temperatura da saída do evaporador, o gás contido no bolbo de comando dilata-se ou contrai-se,
controlando a acção da válvula.
Estrangulamento
Modulação
Medição
Estrangulamento:
Modulação:
A TXV (Fig. 2.58) ajusta a quantidade de liquido a baixa pressão que entra no evaporador, para
conseguir uma refrigeração adequada. A válvula modula a posição de totalmente aberta a fechada,
para conseguir o caudal adequado.
Medição:
A carga e as mudanças de temperatura afectam o caudal que entra no evaporador. Uma maior car-
ga exige mais refrigerante para manter a temperatura óptima no evaporador.
1 – Evaporador
2 – Válvula TXV
Todas as TXV se ajustam para compensar o estado de diferencial, ou seja, a diferença entre a
temperatura de entrada e a de saída do evaporador, criada na transformação do produto refrige-
rante líquido em gás.
Teoricamente, todo o refrigerante líquido ferve antes de chegar às saídas do evaporador, mas de
facto, a temperatura do produto refrigerante está acima do ponto de ebulição. Por exemplo, o refri-
gerante num evaporador a 196 kpa tem uma temperatura de –10 C. Ao ferver o refrigerante, a tem-
peratura do gás sobe até que, à saída, alcance 1,60 C. A diferença entre a entrada e a saída
(diferencial) é de 2,60 C. Se aumentar o tamanho do evaporador, passa-se o mesmo.
1 – Válvula
2 - Agulha
3 - Termóstato
4 – Produto refrigerante
Em caso de avaria, a TXV apresenta os mesmos sintomas que o tubo de orifício. A falha normal-
mente deve-se a um mau funcionamento da unidade de accionamento e ao fecho da válvula. Os fil-
tros de entrada e saída também se podem obstruir como referido anteriormente.
2.5.4 – O CONDENSADOR
O condensador pode funcionar incorrectamente por diversos motivos: fugas, restrição à passagem
do produto, e restrição á passagem do ar através dele. As restrições á passagem provocam um
aumento de pressão no condensador, visto não se efectuar o abaixamento de temperatura desejá-
vel no produto. Uma restrição parcial pode fazer com que se forme gelo no condensador no local
da restrição, pois após o semi-entupimento, dá-se a expansão do produto e o consequente abaixa-
mento da temperatura do mesmo.
Durante o funcionamento normal do sistema, o tubo de entrada tem uma temperatura mais eleva-
da, que o de saída.
TIPOS DE VENTILADORES
Por opção do fabricante, é usual utilizar um ou dois ventiladores, trabalhando estes em série ou
paralelo, Conforme as necessidades do sistema, assim é feita a ligação. Para temperatura mais
baixa, pressão mais baixa, e temos ligação em série. Para temperatura mais elevada, pressão
mais elevada, é ligado um segundo contacto do Pressostato, é alterada a ligação dos relés, e o
sistema passa a trabalhar com os ventiladores em paralelo, logo maior velocidade e maior caudal
de ar para arrefecimento (fig. 2.71).
Existem também sistemas em que o controlo dos ventiladores se faz por queda de tensão. Com
uma resistência em série com o ventilador, temos duas velocidades do ventilador (através da
resistência, ou directo).
Não muito, mas usual, é o controlo dos ventiladores electronicamente. Uma unidade electrónica
controla directamente os ventiladores, dispondo de várias fases de ventilação (podem chegar a 6).
2.5.6 – O EVAPORADOR
O produto refrigerante saí do evaporador mais ou menos à pressão de 1 Bar e a uma temperatura
de 0 graus.
1 – Passador
2 – Filtro
3 – Agente de desidratação
O filtro desidratador, instalado entre o condensador e a válvula de expansão, possui três funções
fundamentais:
O filtro acumula grande parte do fluido refrigerante (no estado líquido) do sistema e serve como
separador entre o líquido refrigerante no estado líquido e no estado gasoso.
A humidade existente no sistema pode ser extremamente danosa, uma vez que, em contacto com
o fluido refrigerante, gera ácido clorídico e fluorídrico que corroem os componentes, deteriorando-
os.
Além disto, a humidade pode provocar a formação de gelo na válvula de expansão do sistema.
Dentro do filtro desidratador, há substâncias (gel de sílica ou SILICAGEL e alumína activada) que
capturam a humidade existente no fluido refrigerante.
1 – Corpo do Filtro
2 – Filtro
3 – Filtro desidratador
4 – Junção de saída
5 – Vidro-mostrador de controlo do sistema
C - Fios de óleo: indica a falta de fluido refrigerante e que o óleo contido no com-
pressor está circulando no sistema.
DEPÓSITO COLECTOR
Este dispositivo também secador equipa sistemas apenas com válvula expansora de orifício calibra-
do, e está montado entre o evaporador e o compressor.
8
2
1 – Entrada de vapor
2 – Saída 7
3 – Secante
4 – Purga de óleo
5 – Filtro de óleo 6
6 – Tubo interno 3
7 – Deflector
8 – Entrada
Com funções idênticas ao desidratador, em relação à humidade, este também actua como um depó-
sito, recebendo produto refrigerante líquido, vapor, e óleo procedente do evaporador. A sua principal
função é separar o vapor do líquido, de modo a não chegar líquido ao compressor evitando a dete-
rioração deste.
Estudámos no capítulo anterior, um tipo de filtro secador (desidratador) com visor, para observar a
quantidade de produto e até fazer o diagnóstico ao sistema, no entanto, não é generalizada a utiliza-
ção desta peça.
Por opção dos fabricantes, podemos encontrar tipos de secador em que o elemento que contém o
agente secante pode ser substituído.
1 – Entrada de vapor
2 – Saída
3 – Secante
4 – Purga de óleo
5 – Filtro de óleo
6 – Tubo interno
7 – Deflector
8 – Entrada
Veículo do segmento B;
Motor a gasolina;
As pressões e temperaturas aqui apresentadas, são utilizadas num determinado modelo, e servem
para compreender o funcionamento de um sub-sistema de segurança e controlo de um sistema de
ar condicionado, e não como valores de diagnóstico na generalidade (para isso, será necessário
informação do fabricante da viatura).
As pressões e temperaturas aqui apresentadas, são utilizadas num determinado modelo, e servem
para compreender o funcionamento de um sub-sistema de segurança e controlo de um sistema de
ar condicionado, e não como valores de diagnóstico na generalidade (para isso, será necessário
informação do fabricante da viatura).
Para evitar pressões inadmissivelmente elevadas no circuito do produto refrigerante, com uma
pressão superior a cerca de 1900 kPa (19,0 bar), o interruptor liga o ventilador auxiliar e passa o
ventilador do radiador da 1ª para a 2ª velocidade. Abaixo de cerca de 1500 kPa (15,0 bar) volta a
ligar a 1ª velocidade.
Abaixo de cerca de 900 kPa (9,0 bar) o interruptor do sistema de injecção volta a desligar-se.
Outros sistemas existiram em função dos outros sistemas de alimentação dos motores. Desde sis-
temas electro-pneumáticos no controlo do acelerador, a válvulas eléctricas em derivação com a
borboleta do acelerador. Sistemas de gestão electrónica de motores para modelos actuais já nem
necessitam de qualquer tipo de auxílio pois a unidade de comando do motor tem memorizado o
parâmetro para a rotação de ralenti, corrigindo-a sempre, não importando qual a proveniência da
carga aplicada ao motor.
Quando a temperatura do líquido de arrefecimento atinge um valor superior a 1000 C, este inter-
ruptor liga o ventilador do radiador e o ventilador auxiliar, em série. Quando é atingida uma tempe-
ratura de 95º C, voltam a ser desligados o ventilador do radiador e o ventilador auxiliar.
O interruptor (4) na metade superior do radiador do motor é um interruptor com dois contactos. A
105º C, um dos contactos liga o ventilador auxiliar e o ventilador do radiador na 2ª velocidade e a
100º C volta a ligar os ventiladores na 1ª velocidade. O outro contacto desliga a 120º C o acopla-
mento magnético do compressor, voltando a ligá-lo quando é atingida uma temperatura de 115º C.
Além dos componentes atrás descritos, temos:
Interruptor Triplo
Reage a três pressões diferentes na conduta de alta pressão e faz a ligação ao respectivo
circuito.
Independentemente de uma temperatura exterior baixa, a causa de uma queda da pressão é, uma
regra, consequência da falta de produto refrigerante motivada por uma fuga no circuito. Uma vez
que o produto refrigerante transporta o lubrificante do compressor no circuito e que este último
também se perde, juntamente com o refrigerante, pelas fugas, o corte do compressor constitui uma
Acima de cerca de 250 kPa (2,5 bar) o interruptor de segurança de baixa pressão volta a ligar o
compressor.
O interruptor de segurança de alta pressão volta a ligar o compressor quando a pressão desce
abaixo do valor normal de cerca de 2000 kPa (20,0 bar).
K6 - Relé principal do sistema de ar condicionado S20.2 – Interruptor alta pressão (protecção do compres-
K7 – Relé ventilador sor)
K26 – Relé duplo do ar condicionado e ventilador S20.3 – Interruptor alta pressão (ligar ventilador)
do habitáculo S24 – Comutador do ventilador do habitáculo
K51 – Relé do ventilador do radiador S29 – Interruptor para ventilador (contacto com liquido
de arrefecimento do motor)
K52 – Relé inversos do ventilador do radiador
S101 – Interruptor do sistema de ar condicionado
K60 – Relé de atracção da polia do compressor
S109 – Interruptor de aumento de rotações (informação
K67 – Relé do ventilador do radiador para o sistema de gestão do motor)
(máxima velocidade M11)
S128 – Interruptor duplo para ventiladores
M4 – Motor ventilador do radiador
V8 - Diodo
M10 – Motor ventilador do habitáculo
Y1 – Bobine de atracção da polia
M11 – Motor ventilador do radiador
X6 - Ficha
S20 – Interruptor triplo
S20.1 – Interruptor baixa pressão (protecção do
compressor)
GESTÃO CONJUNTA
A alimentação da bobine de atracção da polia do compressor passa nalguns casos pelo sistema de
gestão do motor. Em situações de excesso de temperatura do motor, como atrás foi referido, ou
em situações de acelerações bruscas (velocidade angular elevada do potenciómetro da borboleta
de admissão) o compressor é desligado, sendo ligado após a diminuição da referida temperatura
(estes valores variam em função do modelo e tipo do motor). No caso de aceleração e após alguns
segundos (5 a 10, variando em função do motor e modelo), o sistema liga novamente. Pretende-
se, neste caso, não prejudicar a necessidade de potência imediata.
Como atrás referido, nalguns casos existe uma unidade electrónica para controlo dos ventiladores
que recebe a informação da temperatura do motor, através da unidade de gestão do motor (e não
de um termocontacto) e alimenta os ventiladores usando um estágio de potência por transistores o
que lhe permite controlar os referidos ventiladores por fases (variando estas de acordo com a
opção do fabricante). Esta unidade regista, normalmente, códigos de avaria e é diagnosticada pelo
equipamento de diagnóstico do fabricante.
O retorno à oficina;
Na medição da pressão com a os manómetros de serviço são medidos os valores nas gamas da
alta e da baixa pressão. Para isso é condição um correcto enchimento do produto refrigerante. Os
valores dependem da temperatura exterior, do número de rotações do motor e da passagem do ar
pelo evaporador e pelo condensador. Os valores determinados têm de corresponder aos indica-
dos nas instruções para ensaio, para atingir as temperaturas ali indicadas nos ejectores de ventila-
ção.
Os valores de pressão podem ser lidos no painel de comando da estação de serviço, ou nos mani-
fold´s utilizados para o efeito.
As válvulas da estação de carga marcadas com baixa (7) e vácuo (8), põem em comunicação os
lados de alta e baixa pressão do circuito do sistema de ar condicionado. Assim:
Com ambas as válvulas abertas, põem-se em comunicação os lados de alta e baixa pressão do
circuito o que provoca a destruição do compressor, especialmente com o motor do veículo a traba-
lhar.
Ao ligar e desligar as mangueiras faça-o rapidamente e com segurança, para evitar entrada de ar
no sistema ou reduzir ao mínimo as perdas de produto refrigerante.
Tal como foi referido anteriormente, os valores abaixo descritos são valores meramente exemplifi-
cativos de modo a uma melhor compreensão do funcionamento do sistema, não substituem de
modo algum, os valores indicados pelo fabricante do modelo.
0 0
C Bar Bar C R.P.M.
20 – 25 12 – 20 2.1 – 2.4 6 – 10 “
30 – 35 16 – 21 2.4 – 2.8 12 – 14 “
Tab.2.1
Manómetros de Classe 1
Escalas
Os manómetros a óleo são mais resistentes a trepidações dando mais estabilidade à agulha.
Exemplo de manómetro com a particularidade de todas as peças em contacto com o fluido são de
aço inoxidável.
Manómetros combinados
− escala de temperatura.
Manómetros de pressão
Manómetros de vácuo
Manifold´s
Manifold´s de quatro vias, líquidos ou secos de classe 1 com escalas em bar ou PSI, com válvula
central de esfera de alta segurança.
Fig. 2.87 – Termómetro analógico com estojo Fig. 2.88 – Termómetro digital
As fugas no circuito do produto refrigerante verificam-se essencialmente junto das flanges e nos
pontos de união. Uma parte das fugas são visíveis a olho nu. O lubrificante do compressor que sai
também por uma fuga liga-se à poeira e às impurezas do ar, dando um aspecto oleoso e sujo á
fuga.
Para evitar as mínimas emissões de refrigerante que escapam aos olhos humanos, os serviços de
assistência técnica dispõem de um detector de fugas electrónico. O aparelho de detecção tem a
capacidade de indicar com fiabilidade pequeníssimas fugas na ordem de 15 g/ano.
Os pontos em questão são verificados pelo lado debaixo, dado que o refri-
gerante gasoso é mais pesado do que o ar.
Para facilitar a assistência a sistemas de ar condicionado, alguns fabricantes introduzem (já na pro-
dução do veículo) um produto florescente no circuito de ar condicionado, que é detectado em caso
de fuga, com óculos especiais e uma lâmpada de ultra-violetas (Fig. 2.91).
1 – Suporte de tubos
2 – Mangueira de baixa pressão (azul)
3 – Mangueira de alta pressão (vermelha)
4 – Carga de cilindro (amarela)
5 – Válvula do vacuómetro
6 – Válvula de gás de alta e baixa pressão
7 – Válvula de mangueira de baixa pressão com
bomba de vácuo e carga
8 – Válvula da mangueira de alta pressão com
bomba de vácuo e carga
9 – Válvula da bomba de vácuo (alta)
10 – Válvula de purga (óleo)
11 – Válvula para saída de líquido
12 –Válvula de purga do cilindro
13 – Válvula para enchimento do cilindro
14 – Mangueira de comunicação com bomba de
vácuo
15 – Ligações das mangueiras
16 – Vacuómetro
17 – Manómetro da pressão de gás no cilindro
18 – Manómetro de baixa pressão
19 – Manómetro de alta pressão
20 – Interruptor da bomba de vácuo
21 – Interruptor
22 – Interruptor do aquecimento do cilindro
23 – Depósito de purga de óleo
24 – Cilindro de enchimento
25 – Escala da pressão de gás
26 – Tubo indicador de nível
27 - Pega da bomba
28 – Bomba de vácuo
Fig. 2.93 – Equipamento de carga, com cilindro
29 – Alimentação do equipamento
30 – Agulha de marcação do vacuómetro
Girar o cilindro para fazer coincidir a escala indicada (em função do produ-
to), com os valores do manómetro.
Deixar que o nível do produto suba no cilindro até um pouco mais do que a
quantidade prescrita para o sistema do veículo.
Vácuo
Abrir a válvula de alta pressão (7) e a de vácuo (8) . Verificar pelos manó-
metros se há pressão no circuito (a 200C, 3,5 Bar se o sistema tiver gás
suficiente).
Fechar a válvula de alta pressão (9) antes de desligar a bomba para evitar
que o óleo desta entre no circuito.
Enchimento
O enchimento do circuito de produto refrigerante, pode ser efectuado pelo lado de alta ou de
baixa pressão. No entanto, é aconselhável fazê-lo pelo lado de alta pressão.
É utilizado o lado de baixa pressão nos casos de difícil enchimento pela alta, por falta de
aquecimento do produto.
Mangueiras ligadas.
O produto irá fluir para o circuito A/C do veículo. Manter esta válvula aberta
até que se verifique na escala no cilindro que a quantidade prescrita para
aquele sistema foi introduzida.
Como atrás foi referido, no caso de não ser possível introduzir toda a quantidade de produto
refrigerante pelo lado de alta pressão, fazemo-lo pelo lado de baixa:
Abrir muito devagar a válvula marcada com baixa pressão (7) – Azul. Man-
ter aberta esta válvula até que se introduziu a quantidade necessária do
agente frigorífico.
As estações de carga e recuperação são hoje as mais utilizadas, sendo portanto sobre elas,
que recai o exemplo seguinte de como se deve efectuar uma recuperação e posterior carga
do produto refrigerante.
1
2
1 – Teclado
2 - Manómetros
Fig. 2.97 – Estação de carga Fig. 2.98 – Painel de comando da estação de carga
Com esta estação de serviço podem ser executadas todas as operações seguintes, neces-
sárias na assistência ao ar condicionado:
Esvaziar o ar condicionado;
Evacuar o ar condicionado;
Encher o ar condicionado.
Graças a um manuseamento simples, o técnico tem a sua tarefa facilitada e o cliente terá a satis-
fação de ver abreviada a permanência do seu carro na oficina para assistir o ar condicionado.
As tubagens de serviço da alta e da baixa pressão são equipadas com uniões rápidas, para uma
maior comodidade. Assegura-se, assim, uma ligação mais rápida e segura às ligações de serviço
no veículo, evitando-se o escoamento do produto refrigerante pelo circuito fechado.
A Estação de Serviço bombeia o produto refrigerante do respectivo circuito do veículo para dentro
do correspondente reservatório da estação de serviço, e separa o lubrificante do compressor aspi-
rado conjuntamente. No depósito do lubrificante do compressor da estação de serviço pode ser
verificada a quantidade de lubrificante que foi segregado.
A evacuação significa a criação de uma depressão tanto quanto possível elevada no circuito do
produto refrigerante.
Como o ponto de ebulição da água depende da sua pressão ambiente, com uma pressão de ape-
nas 2,3 kPa (0,023 bar) a humidade contida no produto refrigerante evapora já a 20º C
(temperatura ambiente) - sendo o vapor de água aspirado pela estação de serviço
1 – Válvula de injecção
2 – Ligação rápida
5 – Ligação rápida
7 – Mangueira azul
8 – Mangueira amarela
9 – Mangueira vermelha
Prima a tecla RECOVER (Fig. 101) no painel de controlo (Fig. 99). O display
indica-lhe que está em modo de recuperação no ciclo automático. Após o
arranque do compressor para a recuperação, o display também indica a
quantidade de produto que está recuperando. O compressor desliga-se
automaticamente quando a recuperação estiver completa.
Carga do Sistema
Estes equipamentos dispõem de uma balança electrónica que pesa a botija com produto (é
aferido o peso do conjunto segundo as indicações do fabricante do equipamento sempre que
se substitui a botija), sendo importantíssimo não tocar na balança durante a sua aferição ou
durante o processo de transferência do produto refrigerante.
3 – HIGIENE E SEGURANÇA
Medidas de segurança a respeitar no manuseamento do produto refrigerante:
À pressão atmosférica e com uma temperatura ambiente normais o produto refrigerante liquido
evapora tão rapidamente que, em contacto com a pele ou com os olhos poderá provocar um enre-
gelamento dos tecidos podendo provocar a cegueira.
Se o produto refrigerante entrar em contacto com os olhos não os esfregue. Enxaguar os olhos ou
outras partes salpicadas durante alguns minutos com água fria abundante e procurar o mais rapi-
damente possível tratamento médico.
Quando se retiram as ligações rápidas das tubagens de serviço nunca as aponte para o corpo,
poderão sair restos do produto refrigerante!
Nunca alterar regulações de fábrica (por exemplo o parafuso de afinação da válvula de expansão
– TXV)!
Evitar o efeito do calor sobre os componentes do ar condicionado! Nunca submeter veículos equi-
pados com ar condicionado, a uma temperatura de 80ºC (estufa de pintura), de contrário esvaziar
o sistema.
Nunca apontar o jacto de água quente ou vapor na remoção de cera ou sujidade numa lavagem
de motor, directamente sobre os componentes do ar condicionado.
Não fumar – em contacto com o cigarro aceso, o refrigerante pode decompor-se em substâncias
tóxicas.
1 – Válvula
2 – Pega
3 – Entrada de óleo
4 – Visor de nível
5 – Purga de óleo
Atenção ao estado das mangueiras, válvulas rápidas, etc.. Não altere as válvulas rápidas quer na
dimensão, quer na cor.
BIBLIOGRAFIA
PÓS-TESTE
Fig.S.1
5. Observe a figura e indique a linha que define a passagem do produto refrigerante através
do condensador.
a) A -
b) B -
c) C -
d) D -
Fig.S.1
6. Indique qual a linha (na Figura 4.2) que define a passagem do produto refrigerante
através do evaporador.
a) A -
b) B -
c) C -
d) D -
d) A - Válvula-Expansora, B - Compressor, C -
Depósito colector, D - Evaporador, E –
Fig.S.3
Condensador
a) Evaporador. ....................................................................................................................
b) Condensador. .................................................................................................................
d) Préssostato. ....................................................................................................................
pressão
12.Nalguns sistemas o filtro desidratador tem um visor que possibilita o exame visual
do sistema. No visor o aparecimento de fios de óleo indica que:
b) Lavar a zona afectada com água abundante e consultar um médico, caso ache
necessário .............................................................................................................................
CORRIGENDA DO PÓS-TESTE
1 B 1
2 A 1
3 B 1
4 C 1
5 C 2
6 A 2
7 C 2,5
8 B 1
9 B 2,5
10 A 1
11 B 1
12 D 1
13 B 1
14 A 1
15 B 1
TOTAL 20
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
- Um multímetro;
TAREFAS A EXECUTAR:
- Montar componentes.
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:
- Um termómetro.
TAREFAS A EXECUTAR:
- Comparar os valores do fabricante e fazer uma análise técnica escrita dos resulta-
dos.
GUIA DE AVALIAÇÃO
TAREFAS A DESENVOLVER NÍVEL DE EXECUÇÃO
(PESOS)
Desmontar componentes 3
Verificar a continuidade 3
Montar componentes 3
Ensaio dinâmico 2
GUIA DE AVALIAÇÃO
TAREFAS A DESENVOLVER NÍVEL DE EXECUÇÃO
(PESOS)
Elaborar tabela 5