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2. DIREITO DO CONSUMIDOR
É o ramo especializado do direto privado que visa regrar as relações de
consumo em favor do sujeito vulnerável. Conforme Sodré (2009, p.13), “É uma
resposta aos novos problemas que a sociedade de consumo trouxe”.
Segundo Grinover et al. (2007), a tutela legal dessa matéria teve como causa
a supressão do poder de barganha que outrora havia por parte do consumidor,
devido as mudanças ocorridas na sociedade de consumo das quais pode-se
caracterizar pela massificação do consumo.
“constatado então que o Direito da época não era suficiente para disciplinar
as relações jurídicas de consumo, fez-se necessária a intervenção estatal
para a elaboração e implementação de legislações específicas, políticas
públicas e jurisdição especializada de defesa do consumidor em todo o
mundo”
O inciso XXXII do artigo 5º da CFRB, impôs que essa defesa fosse promovida
pelo estado na forma da lei e estabeleceu prazo para seu cumprimento conforme
artigo 48 das Disposições Transitórias, surgindo, assim, a Lei nº 8.078 de 11 de
setembro de 1990, detalhando de forma narrativa os princípios e novas diretrizes
para o regramento da relação de consumo brasileiro.
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Por conseguinte, é importante ressaltar que por essa natureza o contrato que
estabelecer norma que se opõem aos direitos estabelecidos por essa lei é nula de
pleno direito.
Também se caracteriza por ser lei de função social, uma vez que, exerce
papel limitador do direito privado, protegendo o indivíduo social. O que gera com a
sua promulgação, conforme Benjamin et al. (2014), alterações substanciais nas
relações jurídicas da sociedade.
2.2.1. Consumidor
“A relação jurídica qualificada por ser ‘de consumo” não se caracteriza pela
presença de pessoa física ou jurídica em seus polos, mas pela presença de
uma vulnerável, de um lado (consumidor), e de um fornecedor de outro.
Mesmo nas relações entre pessoas jurídicas, se da análise da hipótese
concreta decorrer inegável vulnerabilidade entre a pessoas jurídica
consumidora e fornecedora, deve-se aplicar o CDC na busca do equilíbrio
entre as partes. Ao consagrar o critério finalística para interpretação do
conceito de consumidor, a jurisprudência desse STJ também reconhece a
necessidade de, em situações específicas , abrandar o rigor do critério
subjetivo do conceito de consumidor, para admitir a aplicabilidade do CDC
nas relações entre fornecedores e consumidores empresários em que fique
evidenciada a relação de consumo. “São equiparáveis a consumidor todas
as pessoas, determináveis ou não, expostas às práticas comerciais
abusivas”.
danos referentes a algum produto ou serviço “ainda que não tenha feito uso do
serviço” (art. 17 do CDC) e por ultimo, todas as pessoas expostas à oferta,
publicidade e propaganda abusiva e enganosa (art. 29 do CDC).
2.2.1. Fornecedor
É aquele que de maneira habitual exerce atividade comercial, coloca o
produto no mercado brasileiro, podendo ser pessoa física ou jurídica e de direito
público, nacional ou estrangeiro, bem como os entes despersonalizados no exercício
de atividade de transformação, importação ou comercialização do produto.
2.3. PRINCÍPIOS
No que pese o Código de Defesa do Consumidor determinar normas de
proteção do consumidor, esse sistema visa harmonizar a relação de consumo para
que os empreendimentos desempenhem seu papel numa sequencia justa de
prosperidade, intensificando a economia e não ao revez, causando ofensa a direitos.
Pois do crescimento das empresas gera-se empregos, por conseguinte gera renda,
melhorando o panorama social. Alem disso, aumenta-se a arrecadação de impostos
das quais depende o Estado para as atividades em favor do cidadão e da sua
manutenção. Ou seja, um círculo solidário tão almejado pela Constituição