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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL

ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO


CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

ANEXO 6
LOTE ÚNICO

SISTEMA DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE


CONTÍNUA DE ±800 kV PARA REFORÇO À
INTERLIGAÇÃO NORTE – SUDESTE ASSOCIADO
AO ESCOAMENTO DA UHE BELO MONTE

CONVERSORAS 500 kVCA/±800 kVCC NAS


SUBESTAÇÕES XINGU e TERMINAL RIO,
LT-CC ±800 kV XINGU – TERMINAL RIO,
LTs E EQUIPAMENTOS EM 500 kV ASSOCIADOS

CARACTERÍSTICAS
E
REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS
DAS
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO
EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL
ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

ÍNDICE
1 DESCRIÇÃO ..................................................................................................................... 6
1.1 DESCRIÇÃO GERAL ....................................................................................................................... 6
1.2 GLOSSÁRIO .................................................................................................................................... 6
1.3 CONFIGURAÇÃO BÁSICA ............................................................................................................. 8
1.4 REQUISITOS TÉCNICOS NO CASO DE SECCIONAMENTO DE LINHA DE TRANSMISSÃO ....12
1.5 REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................13
2 DADOS DE SISTEMA ..................................................................................................... 14
2.1 REPRESENTAÇÃO DA REDE .......................................................................................................14
2.2 NÍVEIS DE CURTO-CIRCUITO .......................................................................................................17
3 SUBESTAÇÕES – PÁTIOS EM CA ................................................................................ 18
3.1 INFORMAÇÕES BÁSICAS .............................................................................................................18
3.2 ARRANJO DE BARRAMENTOS ....................................................................................................20
3.3 CAPACIDADE DE CORRENTE ......................................................................................................20
3.4 SUPORTABILIDADE ......................................................................................................................21
3.5 EFEITOS DE CAMPOS ...................................................................................................................21
3.6 INSTALAÇÕES ABRIGADAS ........................................................................................................22
4 EQUIPAMENTOS EM CA ............................................................................................... 23
4.1 DISJUNTORES ...............................................................................................................................23
4.2 SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO..............................24
4.3 PARA-RAIOS ..................................................................................................................................24
4.4 TRANSFORMADORES DE CORRENTE E POTENCIAL ...............................................................24
4.5 EQUIPAMENTOS DE SERVIÇOS AUXILIARES ............................................................................25
4.6 COMPENSADORES SÍNCRONOS .................................................................................................25
5 CASA DE VÁLVULAS E EQUIPAMENTOS DO ELO CC ............................................... 28
5.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS ..................................................................................................................28
5.2 TEMPERATURAS DE PROJETO DAS CONVERSORAS .............................................................28
5.3 DADOS DE FREQUÊNCIA E TENSÃO CA PARA PROJETO .......................................................28
5.4 VALORES NOMINAIS.....................................................................................................................29
5.5 REQUISITOS MÍNIMOS ..................................................................................................................30

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

5.6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO ..........................................................................................41


5.7 OPERAÇÃO DO ELO CC – INTERAÇÃO CA-CC-CA ...................................................................41
6 FILTROS DE HARMÔNICAS .......................................................................................... 45
6.1 FILTROS DO LADO CA ..................................................................................................................45
6.2 FILTROS DO LADO CC ..................................................................................................................50
7 ELETRODOS DE ATERRAMENTO ................................................................................ 53
7.1 REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................53
7.2 INTERFERÊNCIAS .........................................................................................................................53
7.3 CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS ..........................................................................................54
7.4 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS .................................................................................................54
7.5 LINHA DO ELETRODO...................................................................................................................54
8 CONTROLES DOS ELOS CC ......................................................................................... 56
8.1 FILOSOFIA DO CONTROLE – CONTROLE MESTRE ..................................................................56
8.2 DESEMPENHO DO SISTEMA DE CONTROLE DO ELO CC ........................................................58
9 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA – LT-CC ............................. 61
9.1 CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS .............................................................................61
9.2 REQUISITOS ELÉTRICOS .............................................................................................................61
9.3 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO .............................................................................................62
9.4 REQUISITOS MECÂNICOS ............................................................................................................64
9.5 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS .............................................................................................66
10 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE ALTERNADA ........................................ 68
10.1 REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................68
10.2 REQUISITOS ELÉTRICOS .............................................................................................................68
10.3 REQUISITOS MECÂNICOS ............................................................................................................75
10.4 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS .............................................................................................78
11 SISTEMAS DE PROTEÇÃO............................................................................................ 79
11.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS ..................................................................................................................79
11.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E
TELECOMUNICAÇÕES ...............................................................................................................................80
11.3 REQUISITOS TÉCNICOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO - ASPECTOS GERAIS .....................80
11.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO – GERAL ..........................................80

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

11.5 ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS TERMINAIS DA LINHA DE TRANSMISSÃO


80
11.6 LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345KV ..........80
11.7 ESQUEMA DE RELIGAMENTO AUTOMÁTICO ............................................................................80
11.8 REQUISITOS PARA VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO MANUAL. ............................................80
11.9 TRANSFORMADORES OU AUTOTRANSFORMADORES ...........................................................80
11.10 TRANSFORMADORES CUJO MAIS ALTO NÍVEL DE TENSÃO NOMINAL É IGUAL OU
SUPERIOR A 345 KV...................................................................................................................................80
11.11 BANCOS DE FILTROS ...................................................................................................................80
11.12 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA ............................................81
11.13 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU
SUPERIOR A 138 KV...................................................................................................................................82
11.14 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU
SUPERIOR A 138 KV...................................................................................................................................82
11.15 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO .......................................................................................82
12 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ................................................................ 84
12.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................84
12.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES .....................84
12.3 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À
REDE DE OPERAÇÃO ................................................................................................................................84
12.4 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS .........................................................85
12.5 ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS .....................................................................85
12.6 REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS INSTALAÇÕES
(SUBESTAÇÕES) COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO. ........................................................88
12.7 REQUISITOS DE SUPERVISÃO ENTRE OS AGENTES CONCESSIONÁRIO DAS ESTAÇÕES
CONVERSORAS E OS AGENTES CONCESSIONÁRIOS DAS LINHAS CC .............................................88
12.8 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E
CONTROLE ..................................................................................................................................................88
12.9 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE
SUPERVISÃO E CONTROLE ......................................................................................................................88
12.10 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE
TELECOMUNICAÇÕES ...............................................................................................................................88
13 SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES......................................................... 89
13.1 GRANDEZAS ANALÓGICAS E DIGITAIS A SEREM MONITORADAS PELO REGISTROS DE
PERTURBAÇÕES ........................................................................................................................................89

iv
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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

14 SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES ........................................................................... 91


14.1 REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................91
14.2 REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO ..............................................92
14.3 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ ...................................................94
14.4 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS ..............................................96
15 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DO EMPREENDIMENTO ............................ 98
15.1 ACOMPANHAMENTO DO PROJETO E TREINAMENTOS .........................................................101
15.2 MODELOS COMPUTACIONAIS E FERRAMENTA DE SIMULAÇÃO .........................................102
15.3 ETAPA DE CONCEPÇÃO ............................................................................................................105
15.4 ETAPA DE DETALHAMENTO ......................................................................................................107
15.5 ESTUDOS PARA DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE NA ETAPA DE CONCEPÇÃO ....107
15.6 DEMONSTRAÇÃO DE CONFORMIDADE NA ETAPA DE DETALHAMENTO ...........................120
16 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO ........................... 124
16.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO.....................................................................124
16.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES
EXISTENTES..............................................................................................................................................124
16.3 MEIO AMBIENTE, LICENCIAMENTO E FUNDIÁRIO ..................................................................125
17 CRONOGRAMA ............................................................................................................ 126
17.1 CRONOGRAMA FÍSICO DO EMPREENDIMENTO (TABELA A) ................................................127

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

1 DESCRIÇÃO
1.1 DESCRIÇÃO GERAL
Este anexo apresenta as características e os requisitos técnicos básicos das instalações de transmissão
integrantes do Bipolo de Corrente Contínua Xingu –Terminal Rio (Bipolo 2) compostas por:
 Estação Conversora CA/CC, ±800 kV, 4.000 MW, junto à SE 500 kV Xingu;
 Estação Conversora CA/CC, ±800 kV, (*) 3.788 MW, junto à SE 500 kV Terminal Rio;
 Linha de Transmissão em Corrente Contínua de ±800 kV Xingu –Terminal Rio;
 Linha de Transmissão em Corrente Alternada de 500 kV Terminal Rio – Nova Iguaçu C1 e C2 e
 Seccionamentos das LTs 500 kV Adrianópolis – Resende e Adrianópolis – Cachoeira Paulista na SE
Terminal Rio.
 Dois Compensadores Síncronos de 500 kV e (150/-75) Mvar na SE Terminal Rio;
 Dois transformadores para serviços auxiliares de 500/13,8 kV e 40 MVA na SE Terminal Rio
(*) Potência a ser confirmada conforme item 5.4.2
De acordo com os estudos de planejamento, convencionou-se chamar de Bipolo 1 o bipolo Xingu – Estreito,
licitado em 2014, e de Bipolo 2 o bipolo Xingu – Terminal Rio, objeto deste Edital.
Para o dimensionamento dessas instalações deverá ser considerado o Bipolo 1, que deverá entrar em operação
antes da entrada deste empreendimento, além da rede existente que já terá em operação os bipolos de corrente
contínua Foz do Iguaçu – Ibiúna (BP1 e BP2) e Porto Velho – Araraquara 2 (BP1 e BP2). O Bipolo 2 deverá
permitir a operação integrada e coordenada com o Bipolo 1, sem nenhum empecilho de ordem técnica.

1.2 GLOSSÁRIO
Alternative Transients Program, programa de computador utilizado para estudos
ATP
de transitórios eletromagnéticos em sistemas elétricos de potência
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
CCC Capacitor Commutated Converter, tecnologia de conversoras CA/CC
Conseil International des Grands Reseaux Electriques, Conselho Internacional de
CIGRE Grandes Redes Elétricas, responsável pela publicação de materiais técnicos de
engenharia.
DTHT Distortion Harmonics Total, Valor Global de Distorção Harmônica
FAT Factory Acceptance Test, Teste de Aceitação de Fábrica
FST Factory System Test, Teste de Sistema.
High Voltage Direct Current, mesmo que CCAT - Corrente Contínua em Alta
HVDC
Tensão.
International Electrotechnical Commission, Comissão Internacional de
IEC
Eletrotécnica
LCC Line Commutated Converter, tecnologia de conversoras CA/CC
LT (LT-CC) Linha de Transmissão (Linha de Transmissão em Corrente Contínua)

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Programa de finalidade genérica para simulação no domínio do tempo de sistemas


PSCAD
de potência multifásicos e de sistemas de controle
Temporary Overvoltage Capability, onde mencionado no texto diz respeito à
suportabilidade de para-raios (Metal Oxide Arresters) a solicitações advindas de
TOV Capability
sobretensões temporárias, que aumentam a corrente e a dissipação de energia
nestes elementos, aumentando a sua temperatura
SE Subestação de energia elétrica
TIF Telephone Interference Factor, Fator de Interferência Telefônica
TC Transformador de Corrente
VSC Voltage Source Converter, tecnologia de conversoras CA/CC
Zmax, Zmin,
Angmax e Módulos e Ângulos das Impedâncias Harmônicas – valores máximos e mínimos
Angmin
CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
DENTEL Departamento Nacional de Telecomunicações

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

1.3 CONFIGURAÇÃO BÁSICA


A Configuração Básica é caracterizada pelas instalações listadas nas Tabelas 1.1 a 1.6 a seguir.
TABELA 1.1 – OBRAS DE SUBESTAÇÕES
SUBESTAÇÃO kV QTDE. EQUIPAMENTO
1 Módulo de infraestrutura geral – MIG
± 800 CC 1 Ponte conversora de 12 pulsos por polo, potência nominal de 4.000 MW, em operação
bipolar, reatores de alisamento e filtros CC a serem definidos pela TRANSMISSORA
1 Módulo de infraestrutura geral – MIG
4 Banco de transformadores conversores monofásicos de dois enrolamentos com tensão
primária de 500/√3 e com tensão secundária e potência a ser definida pela
Xingu TRANSMISSORA
500 CA 2 Unidade de transformador conversor para reserva, sendo uma Y/Δ e outra Y/Y.
2 Módulo de conexão de transformador conversor – DJM
¹3 Módulo interligador de barra em arranjo DJM,.
²X Compensação reativa e filtros dimensionados conforme itens 5.5.13, 5.5.14 e 6.1
incluindo os seus disjuntores, chaves, TCs e demais equipamentos necessários ao
correto funcionamento dessas instalações, conectados em arranjo DJM.
1 Módulo de Infraestrutura Geral – MIG
1 Ponte conversora de 12 pulsos por polo, potência nominal como inversora de
± 800 CC 3.788 MW, a ser confirmada conforme item 5.4.2, em operação bipolar, transmissão no
sentido Xingu - Terminal Rio. Potência nominal como estação retificadora, transmissão
no sentido Terminal Rio – Xingu, igual a 3.270 MW. Reatores de alisamento e filtros CC
a serem definidos pela TRANSMISSORA
1 Módulo de Infraestrutura Geral – MIG
2 Módulo de entrada de linha – DJM (LTs para SE Nova Iguaçu)
4 Banco de transformadores conversores monofásicos de dois enrolamentos com tensão
primária de 500/√3e com tensão secundária e potência a ser definida pela
TRANSMISSORA
2 Unidade de transformador conversor para reserva, sendo uma Y/Δ e outra Y/Y.
Terminal Rio 2 Módulo de conexão de transformador conversor – DJM
¹5 Módulo interligador de barra em arranjo DJM,
²X Compensação reativa e filtros dimensionados conforme itens, 5.5.13, 5.5.14 e 6.1
500 CA incluindo os seus disjuntores, chaves, TCs e demais equipamentos necessários ao
correto funcionamento dessas instalações, conectados em arranjo DJM
2 ³ Transformador trifásico 500/13,8 kV – 40 MVA para Serviços Auxiliares
2 Módulo de conexão de transformador DJM
2 Compensador Síncrono de (150/-75) Mvar
1 Banco de unidades transformadoras monofásicas, de (3x100) MVA, para conexão dos
Compensadores Síncronos
1 Unidade transformadora monofásicas de reserva, de 100 MVA, para conexão dos
Compensadores Síncronos
1 Módulo de conexão de compensador DJM
2 Módulo de entrada de linha – DJM (LTs para SE Terminal Rio)
Nova Iguaçu 500 CA
2 Módulo interligador de barras – DJM (LTs para Terminal Rio)
1) Poderão ser necessários e deverão ser implementados pela Transmissora mais módulos de interligação de barras, de
acordo com o projeto dos filtros para atender as especificações desses equipamentos e demais equipamentos da SE
conectados em arranjo DJM.
2) O número de bancos de filtros e respectivas conexões dependerá do projeto da Transmissora para atender os requisitos
desses equipamentos.
3) A TRANSMISSORA poderá submeter para aprovação da ANEEL, no Projeto Básico Etapa de Concepção, outros valores
para tensão secundária e potência dos transformadores dos serviços auxiliares.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

TABELA 1.2 – OBRAS DE LINHAS DE ELETRODO


Distância mínima da
ORIGEM DESTINO CIRCUITO
SE em km
SE Xingu Eletrodo da SE Xingu CS 15
SE Terminal Rio Eletrodo da SE Terminal Rio CS 15

TABELA 1.3 – OBRAS DE ELETRODO


ELETRODO LOCAL
Eletrodo da SE Xingu A 15 km ou mais da SE Xingu
Eletrodo da SE Terminal Rio A 15 km ou mais da SE Terminal Rio

TABELA 1.4 – OBRAS DA LINHA DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA


ORIGEM DESTINO CIRCUITO Distância em km
SE Xingu SE Terminal Rio Bipolo simples 2518

TABELA 1.5 – OBRAS DA LINHA DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE ALTERNADA


ORIGEM DESTINO CIRCUITO Distância em km
SE Terminal Rio SE Nova Iguaçu Simples 30
SE Terminal Rio SE Nova Iguaçu Simples 30

TABELA 1.6 – ATIVIDADES DE RESPONSABILIDADE DA TRANSMISSORA VENCEDORA DA LICITAÇÃO


Subestação Atividades

Implementação de quatro trechos de linha de transmissão em 500 kV, circuito simples, com
extensão aproximada de 1 km, entre o ponto de seccionamento das Linhas de Transmissão
Adrianópolis – Resende e Adrianópolis – Cachoeira Paulista e a SE Terminal Rio.
Implementação de 4 entradas de linha em 500 kV e 4 interligadores de barras em disjuntor
Terminal Rio e meio, associados aos dois seccionamentos das linhas em 500 kV.
¹ Implementação de 2 bancos de reatores de barra/linha de (3x45,33) Mvar/500 kV (no
mesmo vão das LTs 500 kV Terminal Rio – Rezende e Terminal Rio – Cachoeira Paulista)
mais uma unidade monofásica de reserva de 45,33 Mvar/500 kV e 2 módulos de conexão
de reator de barra DJM.
Aquisição dos equipamentos necessários para as modificações nas entradas de linha das
Adrianópolis
linhas seccionadas.
Aquisição dos equipamentos necessários para as modificações na entrada de linha da linha
Resende
seccionada.
Aquisição dos equipamentos necessários para as modificações na entrada de linha da linha
² Cachoeira Paulista
seccionada.
1) A TRANSMISSORA, considerando o projeto de linha de transmissão adotado, deverá verificar se os reatores estão
adequados para a faixa de frequência entre 56 Hz e 66 Hz e propor modificações, se necessárias
2) A CSN – Companhia Siderúrgica Nacional está autorizada a conectar-se na LT 500 kV Adrianópolis – Cachoeira Paulista
mediante seccionamento. Caso isto ocorra antes do seccionamento na SE Terminal Rio, a adequação deverá considerar
a SE 500 kV Volta Redonda a ser implementada pela CSN conforme o Parecer de Acesso ONS RE 2.1/072/2014.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

As instalações descritas na tabela 1-6 serão transferidas sem ônus para a Eletrobrás/Furnas, concessionária
de transmissão da(s) linha(s) a serem seccionada(s), doravante denominada “Concessionária da Linha”,
conforme disposto na Resolução nº 67, de 8 de junho de 2004, e no Contrato de Concessão a ser assinado
pela vencedora do leilão e a ANEEL, sendo a Concessionária da Linha, responsável pela Operação e
Manutenção das Linhas de Transmissão resultantes do seccionamento e respectivos módulos de Entrada de
Linha e módulos Interligadores de Barra.
A configuração básica adotada nos estudos de planejamento (R1, R2, R3 e R4, integrantes deste Edital) prevê
a instalação de uma ponte conversora – tecnologia LCC, sem CCC, de 12 pulsos de 800 kV por polo, bem
como bancos de transformadores conversores monofásicos de 2 enrolamentos. Fazem parte desta
configuração duas unidades reservas por subestação conversora, sendo uma Y/Δ e outra Y/Y.
É facultado a TRANSMISSORA a instalação de duas pontes conversoras de 400 kV de 12 pulsos por polo e a
modificação do arranjo, do tipo e quantidade dos bancos de transformadores conversores, que poderão ser de
dois ou três enrolamentos, sem prejuízo das unidades reservas. No caso de solução com transformadores de
três enrolamentos e um conversor por polo deverá ser prevista uma unidade monofásica reserva de três
enrolamentos por subestação.
Em qualquer solução proposta para os transformadores conversores, caso haja mais de um conversor de 12
pulsos por polo, o número de unidades reservas deverá ser duplicado em relação ao considerado nos
parágrafos anteriores.
A configuração básica supracitada constitui-se na Alternativa de Referência. Os requisitos técnicos deste Anexo
caracterizam o padrão de desempenho mínimo a ser atingido por qualquer solução proposta. Este desempenho
deverá ser demonstrado mediante justificativa técnica comprobatória, ainda que seja utilizada pela
TRANSMISSORA a Alternativa de Referência.
A utilização pelo empreendedor de outras soluções, que não a de Referência, fica condicionada à demonstração
de que a mesma apresente desempenho elétrico equivalente ou superior àquele proporcionado pela Alternativa
de Referência.
No entanto, nesta proposta de configuração alternativa, a TRANSMISSORA NÃO tem liberdade para modificar:
 A tecnologia LCC;
 Níveis de tensão CC e CA;
 Potência nominal das conversoras;
 Distribuição de fluxo de potência em regime permanente;
Não será permitida a redução de confiabilidade e/ou disponibilidade, ainda que implique em outros benefícios
para o SIN. Entre as alterações não permitidas, estão a redução do número de vãos em subestações e a
implementação de circuito duplo de linha de transmissão, quando forem especificados circuitos simples.
O empreendimento objeto do Leilão compreende a implementação das instalações detalhadas nas Tabelas 1.1
a 1.6. Estão ainda incluídos no empreendimento os equipamentos terminais de manobra, proteção, supervisão
e controle, telecomunicações e todos os demais equipamentos, serviços e facilidades necessários à prestação
do SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSMISSÃO, ainda que não expressamente indicados neste Anexo.
A Figura 1.1 a seguir descreve a SE Terminal Rio, já incorporando as adições decorrentes de avaliações
posteriores ao R2 e R4, as quais deverão ser implementadas pela Transmissora. Caso a Transmissora opte
por leiaute distinto ao da Figura 1.1 deverá propor e justificar no Projeto Básico Etapa de Concepção para
aprovação da ANEEL. Os equipamentos desenhados com linhas tracejadas são para instalação futura e não
fazem parte do escopo deste lote.

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SE TERMINAL RIO
+800kV - 800kV C. Paulista/
V. Redonda
Serv. Aux. 1
Serv. Aux. 2

2 Compen- Resende
2 Compen-
sadores
sadores
síncronos

Fernão Dias
Polo 1 Polo 2 síncronos
(futuro)

500kV

Bcos de Bcos de Bcos de


NOVA IGUAÇU Filtros Filtros Filtros ADRIANÓPOLIS

Figura 1.1 – Diagrama Unifilar da SE Terminal Rio (os equipamentos futuros, desenhados com linhas
pontilhadas não fazem parte do escopo deste Lote).

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1.4 REQUISITOS TÉCNICOS NO CASO DE SECCIONAMENTO DE LINHA DE TRANSMISSÃO


Para a implementação dos trechos de linha(s) de transmissão entre o ponto de seccionamento das Linhas de
Transmissão Adrianópolis – Resende e Adrianópolis – Cachoeira Paulista, com extensão aproximada de 1 km,
das 4 entradas de linha em 500 kV correspondentes, na nova subestação Terminal Rio, a TRANSMISSORA
deverá observar os requisitos descritos neste Anexo e, adicionalmente, as normas e padrões técnicos da
concessionária da linha.
A TRANSMISSORA deverá fornecer à concessionária da linha, antes do início do primeiro ensaio, uma lista,
com o cronograma de todos os ensaios a serem realizados, sendo necessária a realização dos ensaios
requeridos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Para os casos em que a ABNT não for
aplicável, deve-se realizar os ensaios requeridos pelas Normas Técnicas Internacionais mencionadas neste
Anexo. Deve ser emitido um certificado para cada ensaio. Os ensaios de rotina deverão ser executados em
todos os painéis incluídos no fornecimento.
O comissionamento das instalações será realizado em conjunto pela TRANSMISSORA e pela concessionária
da linha.
A TRANSMISSORA deverá adquirir os equipamentos necessários para as modificações nas entradas de linha
da(s) linha(s) de transmissão seccionada(s), localizada na(s) subestação(ões) Adrianópolis, Resende e
Cachoeira Paulista e transferi-los para a concessionária da linha, que será a responsável pela sua
implementação, devendo estes equipamentos serem entregues nos locais onde serão instalados.
Para os equipamentos associados aos trechos de linhas de transmissão, a TRANSMISSORA deverá fornecer
à concessionária da linha peças sobressalentes em quantidade suficiente, que viabilizem a disponibilidade
requerida para o sistema e que compreendam os equipamentos necessários para substituição de uma fase
completa do módulo de Entrada de Linha (polo de disjuntor, polo de chave seccionadora, transformador de
potencial, transformador de corrente e para-raios).
A TRANSMISSORA será responsável pelo fornecimento para concessionária da linha de todas as ferramentas
e acessórios necessários para o comissionamento, operação e manutenção dos equipamentos transferidos.
A TRANSMISSORA deverá prover treinamento adequado abrangendo os equipamentos fornecidos para as
entradas de linha, caso esses equipamentos sejam diferentes dos utilizados pela concessionária da linha na
referida linha de transmissão.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

1.5 REQUISITOS GERAIS


O projeto e a construção das instalações objeto deste anexo, devem estar, no que for aplicável, em
conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Na
falta destas, com as últimas revisões das normas da International Electrotechnical Commission - IEC, American
National Standards Institute - ANSI ou National Electrical Safety Code - NESC, nesta ordem de preferência,
salvoondeexpressamente indicado o contrário.
Os requisitos aqui estabelecidos aplicam-se ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo bem como às fases
de construção, montagem, comissionamento, manutenção e operação do empreendimento durante todo o
período de concessão. Aplicam-se ainda ao projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais,
componentes e equipamentos utilizados no empreendimento.
É responsabilidade da TRANSMISSORA obter todos os dados inclusive os descritivos das condições
ambientais e geomorfológicas da região de implantação, a serem adotados na elaboração do projeto básico,
bem como nas fases de construção, manutenção e operação das instalações.
As características técnicas e requisitos estabelecidos neste ANEXO definem o padrão de desempenho mínimo
da Alternativa de Referência, o que não exime a TRANSMISSORA de preparar, de acordo com a necessidade
para atendera esse desempenho mínimo, as especificações técnicas para a aquisição de equipamentos,
sistemas, componentes e serviços suficientemente detalhada para o correto desempenho do empreendimento.
Esta especificação será parte integrante da documentação do projeto básico a ser entregue para análise.
As informações, requisitos, premissas e diretrizes contidas neste ANEXO tem precedência sobre aquelas
contidas na documentação do planejamento, R1, R2, R3 e R4, integrantes do Edital.
Devem ser respeitados os Procedimentos de Rede, em sua versão vigente na data de publicação do Edital. Em
caso de conflito, os requisitos estabelecidos neste ANEXO, terão precedência.
A demonstração da conformidade deste empreendimento com os requisitos deste ANEXO e com os
Procedimentos de Rede, mediante a apresentação do Projeto Básico, se dará em duas etapas, Projeto Básico
Etapa de Concepção e Projeto Básico Etapa de Detalhamento, as quais estão definidas no item 15 deste Anexo.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

2 DADOS DE SISTEMA
Os dados de sistema utilizados nos estudos em regime permanente, transitório eletromecânico e desempenho
dinâmico, efetuados para a definição da configuração básica estão disponibilizados nos formatos dos
programas do CEPEL de simulação de rede, ANAREDE, ANATEM/ANAT0 e no formato do programa PSCAD,
para os horizontes inicial e final do planejamento, no site da Empresa de Pesquisa Energética – EPE
(www.epe.gov.br).Para o Projeto Básico Etapa de Concepção deverão ser utilizados os dados disponíveis na
data de publicação deste Edital. No Projeto Básico Etapa de Detalhamento, será necessária a utilização de
dados atualizados conforme item 15.4.
No âmbito da operação, os dados estão disponibilizados no site do Operador Nacional do Sistema Elétrico –
ONS (www.ons.org.br). Para os estudos operativos e para eventuais estudos do Projeto Básico Etapa de
Detalhamento que se refiram a topologias contidas dentro do horizonte de operação deve ser utilizada a base
de dados disponibilizada pelo ONS, no formato dos programas ANAFAS, ANAREDE e ANATEM
Plantas, relatórios e dados da UHE Belo Monte, que poderão ser necessários para o dimensionamento dos
equipamentos integrantes do objeto deste Edital, estão disponíveis no site da ANEEL(www.aneel.gov.br) junto
com a documentação listada no Capítulo 16.

2.1 REPRESENTAÇÃO DA REDE


Para efeito de demonstração da conformidade do empreendimento aos requisitos deste ANEXO, estão
disponíveis os seguintes dados referentes à rede elétrica, além daqueles citados acima:
 Os lugares geométricos das impedâncias harmônicas da rede, a serem considerados no projeto dos
filtros de harmônicas, sem considerar os filtros do Bipolo 1, nas Tabelas 2.1 e 2.2 a seguir.
 Os dados da topologia da rede retida1 (sequencia positiva e zero) e dos equivalentes a serem
considerados nos estudos de desempenho dinâmico e de transitórios eletromagnéticos, para os
horizontes inicial e final de planejamento e operação, estão detalhados e disponíveis no site da EPE,
no formato PSCAD. Os resultados e diagramas orientativos constam no Relatório R2, integrante deste
Edital.

1Quando um sistema é reduzido, para efeito de simulação, parte da rede é equivalentada e o restante da topologia, não reduzida, é
mantida. Esta parte da rede, que é mantida, é denominada rede retida.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

TABELA 2.1 - PARÂMETROS DOS LUGARES GEOMÉTRICOS DAS IMPEDÂNCIAS HARMÔNICAS – SE XINGU
SE Xingu (500 kV)
Intervalos de frequência
Angmax Angmin
Ordem Frequência Zmax (Ω) Zmin (Ω)
(graus) (graus)
harmônica (Hz)
2 120 118,0 1,8 76,0 -70,0
3 180 118,0 1,8 76,0 -70,0
4 240 140,0 6,0 78,0 -66,0
5 300 140,0 6,0 76,0 -66,0
6 360 140,0 6,0 70,0 -68,0
7 420 126,0 10,0 68,0 -74,0
8 480 126,0 3,0 68,0 -74,0
9 540 95,0 3,0 67,0 -74,0
10 600 77,0 3,0 67,0 -76,0
11 660 164,0 3,0 68,0 -81,0
12 720 275,0 7,0 68,0 -85,0
13 780 275,0 5,0 68,0 -85,0
14 840 275,0 5,0 68,0 -85,0
15 900 275,0 5,0 68,0 -85,0
16 960 275,0 5,0 51,0 -85,0
17 1020 106,0 5,0 62,0 -84,0
18 1080 106,0 6,0 65,0 -84,0
19 1140 106,0 5,0 65,0 -84,0
20 1200 184,0 5,0 65,0 -82,0
21 1260 184,0 5,0 65,0 -85,0
22 1320 184,0 5,0 65,0 -85,0
23 1380 184,0 5,0 61,0 -85,0
24 1440 184,0 7,0 61,0 -85,0
25 1500 113,0 4,0 47,0 -85,0
26 1560 101,0 4,0 63,0 -84,0
27 1620 101,0 4,0 63,0 -84,0
28 1680 101,0 4,0 63,0 -84,0
29 1740 117,0 4,0 63,0 -84,0
30 1800 117,0 7,0 63,0 -86,0
31 1860 117,0 4,0 48,0 -86,0
32 1920 117,0 4,0 48,0 -86,0
33 1980 117,0 4,0 48,0 -86,0
34 2040 106,0 4,0 45,0 -86,0
35 2100 97,0 4,0 65,0 -86,0
36 2160 97,0 4,0 65,0 -85,0
37 2220 97,0 4,0 65,0 -85,0
38 2280 157,0 4,0 65,0 -88,0
39 2340 157,0 4,0 65,0 -88,0
40 2400 157,0 4,0 60,0 -88,0
41 2460 157,0 4,0 60,0 -88,0
42 2520 157,0 4,0 60,0 -88,0
43 2580 103,0 3,0 53,0 -88,0
44 2640 103,0 3,0 53,0 -88,0
45 2700 103,0 3,0 53,0 -88,0
46 2760 58,0 3,0 45,0 -88,0
47 2820 79,0 3,0 45,0 -87,0
48 2880 79,0 3,0 45,0 -87,0
49 2940 79,0 3,0 45,0 -87,0
50 3000 79,0 3,0 45,0 -87,0

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

TABELA 2.2 - PARÂMETROS DOS LUGARES GEOMÉTRICOS DAS IMPEDÂNCIAS HARMÔNICAS – SE TERMINAL RIO
SE Terminal Rio (500 kV)
h
Frequência Zmax Zmin
(ordem Ømax (o ) Ømin (o )
(Hz) (ohms) (ohms)
harmônica)
2 120 33,3 15,5 73,1 7,6
3 180 111,5 15,5 73,1 -39,0
4 240 111,5 5,5 73,1 -69,8
5 300 111,5 5,5 75,6 -69,8
6 360 78,5 5,5 77,4 -69,8
7 420 102,0 6,5 82,4 -56,3
8 480 102,0 6,5 82,4 -56,3
9 540 165,3 8,8 82,4 -60,5
10 600 165,3 3,0 82,4 -67,2
11 660 183,5 3,0 75,6 -67,2
12 720 214,5 3,0 75,6 -76,5
13 780 214,5 3,0 75,6 -76,5
14 840 214,5 3,0 71,5 -76,5
15 900 214,5 5,5 71,5 -76,5
16 960 214,5 5,5 73,5 -76,5
17 1020 164,5 5,5 73,9 -67,2
18 1080 164,5 3,8 73,9 -67,2
19 1140 164,5 3,8 73,9 -67,2
20 1200 164,5 3,8 76,9 -67,2
21 1260 203,5 3,5 78,5 -70,4
22 1320 479,5 2,5 80,7 -74,8
23 1380 479,5 2,5 84,0 -74,8
24 1440 479,5 2,5 84,0 -74,8
25 1500 479,5 2,5 84,0 -74,8
26 1560 479,5 2,5 84,0 -74,8
27 1620 228,3 5,0 84,0 -73,0
28 1680 228,3 7,3 83,5 -63,7
29 1740 228,3 7,3 83,2 -63,7
30 1800 182,8 7,3 75,9 -63,7
31 1860 182,8 12,8 75,9 -50,7
32 1920 182,8 15,5 75,9 -68,7
33 1980 182,8 5,8 68,0 -71,2
34 2040 182,8 5,8 63,4 -71,2
35 2100 178,5 5,8 63,2 -71,2
36 2160 178,5 4,5 68,2 -71,2
37 2220 132,0 4,5 75,7 -71,2
38 2280 104,3 4,5 77,9 -60,2
39 2340 218,3 4,5 77,9 -60,2
40 2400 218,3 4,5 77,9 -69,2
41 2460 273,8 6,0 79,9 -69,2
42 2520 273,8 6,3 79,9 -70,8
43 2580 273,8 7,8 79,9 -72,1
44 2640 273,8 7,8 79,9 -72,1
45 2700 273,8 8,0 79,9 -72,1
46 2760 283,3 8,0 81,8 -72,1
47 2820 283,3 8,0 81,8 -72,1
48 2880 283,3 9,8 83,3 -61,2
49 2940 283,3 9,8 83,3 -61,2
50 3000 283,3 9,8 83,3 -61,2

Na Tabela 2.2 não se considera a existência dos dois compensadores síncronos de (150/-75) Mvar conectados
a barra da SE Terminal Rio 500 kV.

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2.2 NÍVEIS DE CURTO-CIRCUITO


A Tabela 2.3, a seguir, resume os valores de potência de curto-circuito a serem considerados no
desenvolvimento do projeto. Estes valores são compatíveis com os equivalentes fornecidos no item anterior
considerando a retirada de elementos citadas nas notas da Tabela 2.3 e devem ser considerados nos estudos
de dimensionamento e de sistema definidos nos itens 15.5 e 15.6.
Os níveis de curto-circuito mencionados na Tabela 2.3 não consideram a presença dos 2 compensadores
síncronos 150/-75 Mvar previstos para a SE Terminal Rio.
Para efeito de dimensionamento da instalação do elo CC quanto aos níveis de curto-circuito e para atendimento
ao requisito de desempenho (tempo de resposta, item 8.2.2), tais compensadores síncronos deverão ser
considerados como fora de operação.
Caso seja identificado algum valor de potência de curto-circuito fora da faixa indicada na Tabela 2.3, tal fato
deverá ser informado, imediatamente, a ANEEL para as devidas providências.
TABELA 2.3 – NÍVEIS DE CURTO-CIRCUITO A SEREM ADOTADOS NO PROJETO
SE Xingu (pátio CA SE Terminal Rio (pátio CA SE Nova Iguaçu
Objetivo
em 500 kV) em 500 kV) 500 kV
Dimensionamento de capacidade de
corrente de curto-circuito simétrica dos 63 kA 63 kA 63 kA
equipamentos dos pátios CA e CC.
Demais aplicações (MVA)
Faixa de Potência de Curto-Circuito -
15282(1) a 20800 20595(2) a 28856
Trifásica.
Fluxo sentido Terminal Rio– Xingu.
Demais aplicações (MVA) (5)
Faixa de Potência de Curto-Circuito -
18381(3) a 42166 15738(4) a 17834
Trifásica.
Fluxo sentido Xingu – Terminal Rio
Notas: 1 – Mesmo valor utilizado no Bipolo 1
2 – Valor mínimo para um cenário intermediário, considerando despacho mínimo de geração térmica no Rio de
Janeiro (indisponibilidade), sem UTN Angra 3, sem 01 Compensador Síncrono da SE Grajaú e sem a LT 500 kV
Fernão Dias – Terminal Rio.
3 – Mesmo valor utilizado no Bipolo 1.
4 – Valor mínimo para um cenário intermediário com despacho nulo de geração térmica no Rio de Janeiro, sem UTNs
Angra 2 e 3, sem 01 Compensador Síncrono da SE Grajaú e sem a LT 500 kV Fernão Dias – Terminal Rio.
5 – Ver parágrafo abaixo.

A Tabela acima não contempla a situação de recomposição da Área Rio, definida no item 5.5.15. Todos os
equipamentos devem ser dimensionados considerando-se a necessidade de viabilizar tal manobra, conforme
lá descrito.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

3 SUBESTAÇÕES – PÁTIOS EM CA
3.1 INFORMAÇÕES BÁSICAS
A TRANSMISSORA deve desenvolver e apresentar os estudos necessários à definição das características e
dos níveis de desempenho de todos os equipamentos, considerando que os mesmos serão conectados ao
sistema existente.
Todos os equipamentos devem ser especificados de forma a não comprometer ou limitar a operação das
subestações, nem impor restrições operativas às demais instalações do sistema interligado.
Na expansão de subestações existentes, as características elétricas dos novos equipamentos e instalações
devem ser compatíveis ou superiores às dos existentes. O dimensionamento dos novos equipamentos deve
considerar as atuais e futuras condições a serem impostas pela configuração prevista pelo planejamento da
expansão do Sistema Interligado Nacional - SIN.
Deverão ser realizadas, dentre outras, as obras necessárias de infraestrutura, descritas no módulo geral –
Resolução ANEEL nº. 191, de 12 de dezembro de 2005, necessárias para a implantação, manutenção e
operação do empreendimento caracterizado pelas instalações listadas no item 1.3.
A TRANSMISSORA será acessante à SE 500 kV Xingu (concessão da Linhas de Xingu Transmissora de
Energia S.A., no terreno e barramento de concessão da ATE XXI Transmissora de Energia S.A.) e à SE 500 kV
Nova Iguaçu (concessão da Linhas de Taubaté Transmissora de Energia S.A.) e deverá observar os critérios e
requisitos básicos dessas subestações, bem como providenciar as obras de infraestrutura incluídas no Módulo
Geral – Resolução ANEEL nº 191, de 12 de dezembro de 2005, necessárias para a instalação, manutenção e
operação dos equipamentos deste Edital. Entre as possíveis obras necessárias encontram-se, dentre outros: a
compra de terreno, extensão de barramentos, serviços auxiliares, cabos, tubos, estruturas, suportes, pórticos,
cercas divisórias de seus ativos, conexões de terra entre seus equipamentos e a malha de terra da subestação,
canaletas secundárias e recomposição da infraestrutura construída como, por exemplo, reposição de britas.
Na SE Xingu o barramento de 500 kV será implementado pela ATE XXI observando os padrões técnicos
daquela Concessionária. As adequações necessárias serão de responsabilidade da TRANSMISSORA
vencedora da licitação, inclusive a complementação de aterro, drenagem e malha de terra e o afastamento dos
barramentos, se necessário, não se restringindo somente a estas adequações.
Na nova Subestação Terminal Rio, deverão ser realizadas todas as obras de infraestrutura, descritas no módulo
geral – Resolução ANEEL no 191, de 12 de dezembro de 2005, como terraplenagem, drenagem, malha de
terra, serviço auxiliar, casa de comando, acesso, dentre outras, para a instalação, manutenção e operação dos
módulos de Entrada de Linha, Interligação de Barras, transformadores e outros. A área mínima a ser
considerada para a Subestação Terminal Rio é 97,5 ha (noventa e sete e meio hectares), sendo no mínimo
850 m de largura de modo a comportar as conversoras e os bancos de filtros em lados opostos do barramento
de 500 kV. A área deve contemplar espaço suficiente para as futuras ampliações descritas nos relatórios
referenciados neste anexo.
O Módulo Geral é composto pelos custos diretos de: terreno, cercas, terraplenagem, drenagem, grama,
embritamento, arruamento, iluminação do pátio, proteção de incêndio, sistema de abastecimento de água,
sistema de esgoto, malha de terra, canaletas principais, acessos, edificações, serviço auxiliar, área industrial,
sistema de ventilação e ar condicionado, sistema de comunicação, sistema de ar comprimido e canteiro de
obras.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Os serviços auxiliares, sistemas de água e incêndio, edificações da subestação (casa de comando, casa de
relés, guaritas), acesso, área industrial, sistema de ventilação e ar condicionado, sistema de comunicação, e
canteiro de obras podem ser compartilhados com outra(s) transmissora(s). Não há impedimento, nestes casos,
a que a transmissora atenda às suas necessidades de forma autônoma, observando sempre a adequada
prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica, Cláusula Terceira do Contrato de Concessão.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

3.2 ARRANJO DE BARRAMENTOS


O arranjo de barramentos nas subestações Xingu, Terminal Rio e Nova Iguaçu é do tipo disjuntor e meio (DJM).
Na SE Xingu as instalações do Bipolo 2, objeto desta licitação, deverão ser implementadas no trecho de
barramento, instalado pela ATE XXI, entre a LT 500 kV Xingu – Parauapebas C1 e o disjuntor separador de
barras. O número de vãos para as conexões dos equipamentos objeto deste Edital está limitado àqueles
representados no Relatório R4 da SE Xingu. No caso particular de a TRANSMISSORA, de acordo com o seu
projeto e para atendimento aos requisitos deste ANEXO, necessitar de mais vãos de barramentos, estes
deverão ser implementados após os vãos do Bipolo 1, de concessão da Belo Monte Transmissora de Energia
S.A. inclusive com a aquisição de área de terreno adicional, se necessária.
Na SE Terminal Rio a TRANSMISSORA tem liberdade para aquisição da área necessária a implantação deste
empreendimento, respeitado os limites mínimos estabelecidos no item 3.1 e o raio máximo estabelecido no
Relatório R3.

3.3 CAPACIDADE DE CORRENTE


3.3.1 CORRENTE EM REGIME PERMANENTE
Os barramentos das subestações devem ser dimensionados considerando a situação mais severa de circulação
de corrente, levando em conta a possibilidade de indisponibilidade de elementos da subestação e ocorrência
de emergência no Sistema Interligado Nacional – SIN, no horizonte de planejamento.
No caso da subestação existente, se a máxima corrente verificada for inferior à capacidade do barramento, o
trecho de barramento associado a este empreendimento deverá ser compatível com o existente.
Caso a TRANSMISSORA verifique a superação da capacidade de equipamentos das subestações existentes,
deverá informar a ANEEL imediatamente, para providências.
A TRANSMISSORA deve informar a capacidade de corrente dos barramentos, para todos os níveis, rígidos ou
flexíveis, para a temperatura de projeto.
Cabe a TRANSMISSORA estabelecer a corrente nominal para os seus disjuntores, chaves seccionadoras e
transformadores de corrente, com base em resultados de estudos de Fluxo de Potência de Barramentos (vide
item 15.5.22). Entretanto não será aceito valor de corrente nominal inferior a 4 kA nas subestações de Xingu,
Terminal Rio e Nova Iguaçu para os equipamentos dos vãos de disjuntor e meio.

3.3.2 CAPACIDADE DE CURTO-CIRCUITO


Os equipamentos, barramentos e demais instalações, localizados nos pátios CA de 500 kV das subestações
Xingu, Terminal Rio e Nova Iguaçu devem suportar, no mínimo, as correntes de curto-circuito simétrica e
assimétrica relacionadas a seguir:
 Corrente de curto-circuito nominal: 63 kA na SE Xingu e 63 kA nas SEs Terminal Rio e Nova Iguaçu;
 Valor de crista da corrente suportável nominal: 164 kA nas SEs Xingu, Terminal Rio e Nova Iguaçu,
com fator de assimetria de 2,6.
Poderá ser necessário o atendimento a fatores de assimetria superiores àqueles acima definidos em função
dos resultados dos estudos, considerando inclusive o ano horizonte de planejamento, a serem realizados pela
TRANSMISSORA, conforme descrito no item 15.5.17 deste ANEXO.

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3.3.3 SISTEMA DE ATERRAMENTO


O projeto das subestações deve atender ao critério de um sistema efetivamente aterrado, ou seja, uma relação
X0/X1 de no máximo 3 (três).

3.4 SUPORTABILIDADE
3.4.1 TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
O dimensionamento dos barramentos e dos equipamentos para a condição de operação em regime permanente
deve considerar o valor máximo de tensão de 550 kV para a tensão nominal de 500 kV.

3.4.2 ISOLAMENTO SOB POLUIÇÃO


As instalações CA devem ser isoladas de forma a atender às características de poluição da regiãona
sobretensão operativa máxima, conforme classificação contida na Publicação IEC 815 – Guide for the Selection
of Insulators in Respect of Polluted Conditions. Não será aceito valor inferior a 14 mm/kV de distância mínima
de escoamento.

3.4.3 PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


O sistema de proteção contra descargas atmosféricas das subestações deve ser dimensionado de forma a
assegurar um risco de falha menor ou igual a uma falha por descarga por 50 (cinquenta) anos.
Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes superiores a 2
kA.
A proteção das edificações deve atender às prescrições da Norma Técnica NBR 5419.

3.5 EFEITOS DE CAMPOS


3.5.1 EFEITO CORONA
Os componentes das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem apresentar efeito corona
visual em 90% do tempo. Devem ser consideradas as condições atmosféricas predominantes na região da
subestação. A tensão mínima fase-terra eficaz para início e extinção de corona visual a ser considerada no
projeto para os pátios de 500 kV é de 350 kV.

3.5.2 RÁDIO INTERFERÊNCIA


O valor da tensão de rádio interferência, gerado pelos equipamentos, não deve exceder 2.500V/m a1 MHz,
para 110% da tensão nominal do sistema.

3.5.3 RUÍDO AUDÍVEL


O nível de ruído audível não deve exceder 58 DBA na SE Xingu e na SE Terminal Rio, em qualquer ponto a
partir do limite do terreno das subestações.
Este valor não deverá ser ultrapassado sob tensão fase-fase de 550 kV e condição de chuva fina (0,00148
mm/min), considerando a operação do Bipolo 2 com potência nominal e a contribuição das instalações incluídas
na topologia existente quando de sua entrada em operação.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

O cálculo do ruído, para a SE Terminal Rio, deve considerar a hipótese de que os 2 compensadores síncronos
de 150/-75 Mvar previstos (Tabela 1-1) estejam fora de operação.

3.5.4 CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO


Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº398, de 23 de março de 2010.

3.6 INSTALAÇÕES ABRIGADAS


Todos os instrumentos, painéis e demais equipamentos dos sistemas de proteção, comando, supervisão e
telecomunicação devem ser abrigados e projetados segundo as normas aplicáveis, de forma a garantir o
perfeito desempenho destes sistemas e sua proteção contra desgastes prematuros.
Em caso de edificações, é de responsabilidade da TRANSMISSORA seguir as posturas municipais aplicáveis
e as normas de segurança do trabalho.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

4 EQUIPAMENTOS EM CA
4.1 DISJUNTORES
(a) Os disjuntores do pátio de 500 kV deverão ser especificados com um fator de primeiro polo de 1,50.
(b) Disjuntores localizados no mesmo vão dos disjuntores dos bancos de filtros do elo CC, deverão ter, no
mínimo, as mesmas características dos disjuntores responsáveis pela manobra dos filtros.
(c) O ciclo de operação dos disjuntores deve atender aos requisitos das normas aplicáveis.
(d) O tempo máximo de interrupção para disjuntores classe de tensão de 500 e 362 kV deve ser de 2 ciclos
e para as classes de tensão de 245 kV, 145 e 72,5 kV deve ser de 3 ciclos.
(e) Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de discrepância
de polos e acionamento monopolar. O ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização
de esquemas de religamento automático tripolar e monopolar.
(f) Caberá à TRANSMISSORA fornecer disjuntores com resistores de pré-inserção ou com mecanismos
de fechamento ou abertura controlados, adequadamente dimensionados em função de seus estudos
de sobretensões. Os dados relativos aos dispositivos de manobra controlada efetivamente utilizados,
incluindo a sua modelagem, devem ser disponibilizados ao ONS na fase de estudos operacionais.
(g) Os disjuntores devem ser especificados para operar quando submetidos às solicitações de manobra
determinadas nos estudos previstos nos itens 15.5.20 e 15.6.3. O disjuntor deve manobrar linhas em
vazio sem reacendimento do arco.
(h) Os disjuntores que manobrem banco de capacitores em derivação e filtros devem ser do tipo de
“baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2 conforme norma IEC 62271-100.
(i) Os disjuntores devem ser especificados para abertura de corrente de curto-circuito nas condições mais
severas de X/R no ponto de conexão do disjuntor, condições estas que deverão ser identificadas pelo
Agente. Em caso de disjuntores localizados nas proximidades de usinas geradoras, especial atenção
deve ser dada à determinação da constante de tempo a ser especificada para o disjuntor;
(j) Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar outros equipamentos ou linhas de transmissão
existentes na subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses equipamentos seguidas de
falha do disjuntor próprio do equipamento, considerando inclusive disjuntores em manutenção;
(k) Caso sejam utilizados disjuntores para a manobra de reatores em derivação, os mesmos devem ser
capazes de abrir pequenas correntes indutivas e ser especificados com dispositivos de manobra
controlada.
(l) Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados devem ser
especificadas a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura, compatíveis com
as necessidades de precisão da manobra controlada. O disjuntor deve ser especificado em
consonância com o procedimento descrito no Technical Report – IEC/ TR 62271-302 – HV Switchgear
and Controlgear – Alternating current CB with intentionally non-simultaneous pole operation.
(m) Os disjuntores que manobram os transformadores conversores devem ser obrigatoriamente equipados
com resistores de pré-inserção, com valor a ser definido pelo estudo R22, definido em 15.5.20.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

4.2 SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO


Estes equipamentos devem atender aos requisitos das normas IEC aplicáveis. Devem também ser capazes de
efetuar as manobras listadas nos itens 15.5.20 e 15.6.3, quando aplicável.
As seccionadoras devem ser especificadas com, pelo menos, a mesma corrente nominal utilizada pelos
disjuntores aos quais estejam associadas.
A TRANSMISSORA deve especificar o valor de crista da corrente suportável nominal (corrente de curto-circuito
assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração(corrente de curto simétrica) respeitando os
valores mínimos dispostos no item 3.3.2.
Fatores de assimetria superiores ao indicado em 3.3.2 poderão ser necessários, em função dos resultados dos
estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos nos itens 15.5.20 e 15.6.3 deste ANEXO.
As lâminas de terra e chaves de aterramento das linhas de transmissão devem ser dotadas de capacidade de
interrupção de correntes induzidas de acordo com a norma IEC 62271-102.
Esses equipamentos devem ser dimensionados considerando a relação X/R do ponto do sistema onde serão
instalados.

4.3 PARA-RAIOS
Deverão ser instalados para-raios nas entradas de linhas de transmissão, nas conexões de unidades
transformadoras de potência, de reatores em derivação, bancos de filtros e de bancos de capacitores. Os para-
raios devem ser do tipo estação, de óxido de zinco (ZnO), adequados para instalação externa.
Os para-raios devem ser especificados com uma capacidade de dissipação de energia suficiente para fazer
frente a todas as solicitações identificadas nos estudos descritos nos itens 15.5.20 e 15.6.3 deste ANEXO.
A TRANSMISSORA deverá informar, no Projeto Básico Etapa de Concepção, os valores de catálogo da família
dos para-raios escolhidos para posterior utilização no empreendimento, em caso de indisponibilidade dos dados
finais do fornecimento.
As seguintes características devem ser explicitadas: tensão nominal, rating, capacidade de absorção em kJ/kV,
curva de descarga VxI (manobra, surto atmosférico e frente íngreme), bem como as características de TOV. A
curva VxI deve ser informada também em forma de pares de pontos.

4.4 TRANSFORMADORES DE CORRENTE E POTENCIAL


As características dos transformadores de corrente e potencial, como: número de secundários, relações de
transformação, carga, exatidão, etc., devem satisfazer as necessidades dos sistemas de proteção e de medição
das grandezas elétricas e medição de faturamento, quando aplicável.
Os transformadores de corrente devem ter enrolamentos secundários em núcleos individuais e os de potencial
devem ter enrolamentos secundários individuais e serem próprios para instalação externa.
Os núcleos de proteção dos transformadores de corrente devem possuir classe de desempenho TPY ou TPZ,
conforme estabelecido na Norma IEC 61.869-2 Standards (Additional requirements for current transformers),
considerando a constante de tempo primária (relação X/R) do ponto de instalação e o ciclo de religamento
previsto, para que esses núcleos não saturem durante curto-circuitos e religamentos rápidos.

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A TRANSMISSORA deve especificar transformadores de corrente com o valor de crista da corrente suportável
nominal (corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração(corrente de
curto simétrica) que respeitem o disposto no item 3.3.2.
Fatores de assimetria superiores ao indicado em 3.3.2 poderão ser necessários, em função dos resultados dos
estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos nos itens 15.5.20 e 15.6.3 deste ANEXO.

4.5 EQUIPAMENTOS DE SERVIÇOS AUXILIARES


Os serviços auxiliares; compreendendo, entre outros, os sistemas de água e incêndio, sistema de ventilação e
ar condicionado; devem ser projetados para não causar interrupção ou limitação na capacidade de transmissão
do elo CC no caso de indisponibilidade de uma das fontes de alimentação.
Os serviços auxiliares CA, na SE Xingu, devem ter três fontes de alimentação, sendo uma fonte local externa
à subestação e outras duas dos terciários da transformação da subestação, ou de transformadores adicionais
de serviços auxiliares, com capacidade para suprir a partida e operação de um bipolo e as demais cargas
relacionadas a este empreendimento.
Os serviços auxiliares CA, na SE Terminal Rio, devem ser providos por dois transformadores auxiliares (vide
Tabela 1.1), conectados a barra de 500 kV. Adicionalmente, deverá ser utilizada uma fonte externa com
capacidade pelo menos para abastecimento das cargas essenciais da subestação.
Em caso de falta em um dos transformadores em operação, deve ser previsto um sistema para realizar a
transferência automática das cargas para o outro transformador, que deve estar operando normalmente.
Os serviços auxiliares CA devem ter – para casos de falta de tensão nas fontes de alimentação CA preferenciais
– um grupo motor-gerador com partida automática e capacidade para alimentação de todas as cargas
essenciais da SE. Cargas essenciais são aquelas necessárias para iniciar o processo de recomposição da SE
em caso de desligamento total ou parcial. Este grupo motor-gerador deve estar sempre disponível e pronto para
operar imediatamente por tempo indeterminado.

4.5.1 UNIDADE TRANSFORMADORA DE POTÊNCIA


A TRANSMISSORA deverá apresentar a especificação dos transformadores 500/13,8 kV dos serviços
auxiliares no Projeto Básico Etapa de Concepção.
Devem ser informados os níveis de tensão dos diversos enrolamentos, as reatâncias, os níveis de curto-circuito
para os quais a transformação for dimensionada, as perdas previstas no ferro e no cobre (em vazio e sob carga)
e a curva de saturação prevista (joelho e reatância de núcleo de ar - Xac). As perdas elétricas desta
transformação devem ser consideradas no cálculo das perdas totais do Elo CC, definidas no item 5.5.16.

4.6 COMPENSADORES SÍNCRONOS


4.6.1 CONDIÇÕES GERAIS
(a) A alimentação dos serviços auxiliares deve atender o Submódulo 2.3 dos Procedimentos de
Rede.
(b) O nível de ruído audível deve ser adequado para que o conjunto dos síncronos não excedam o
limite de 58 DBA em qualquer ponto a partir do limite do terreno da subestação Terminal Rio.

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Caso necessário, para atingir tal valor, a Transmissora deverá empregar o recurso de abrigar os
equipamentos.
(c) Os síncronos devem suportar qualquer condição de ressonância que possa ocorrer na barra de
conexão, caso haja conversores tais como Elo CC, back-to-back ou conversores de geradores
eólicos sem desligar e sem falhas internas, o que deverá ser comprovado mediante estudos de
avaliação de ressonâncias para as harmônicas produzidas pelas conversoras, sobre o conjunto
dos síncronos, dos filtros e da rede. Deve-se considerar no projeto a possibilidade de que essas
conversoras possam não dispor de filtros para harmônicos de baixa ordem, inferiores à 11ª
harmônica.
(d) A compensação síncrona deve atender as normas ABNT, IEC e IEEE, nesta ordem, onde
aplicável.

(e) A compensação síncrona deve atender os requisitos gerais para máquinas síncronas (hidráulicas
ou térmicas) estabelecidos nos Procedimentos de Rede, quando aplicável e não exista requisito
especifico neste anexo técnico sobre esse tema.

4.6.2 DISPONIBILIDADE
Atender a disponibilidade mínima de 98%, considerando saídas programadas e forçadas.

4.6.3 INÉRCIA
Cada compensador síncrono deverá ser dimensionado para ter inércia mínima correspondente de 2,2
segundos.

4.6.4 REQUISITOS DO CONJUNTO SÍNCRONO E TRANSFORMADOR ELEVADOR


(a) A reatância total do conjunto dos dois síncronos com o seu banco de transformadores deve ser
tal que possibilite um acréscimo à potência de curto-circuito adicional a 1500 MVA, resultante da
configuração local de recomposição e, assim, possibilite a recepção de 1000 MW pela
conversora da SE Terminal Rio (operando como inversor) durante o procedimento de
recomposição descrito no item 5.5.15.
(b) As perdas elétricas do conjunto dos dois síncronos mais o seu banco de transformadores
elevador devem ser inferiores a 3,5 % da potência nominal com qualquer nível de potência reativa
gerada até a potência nominal. Nestas perdas de potência deve ser considerado o consumo de
serviços auxiliares relativo a cada síncrono, para refrigeração etc.
(c) O banco de transformadores elevador dos síncronos deve ser especificado com faixa de tapes
suficiente para atender toda a excursão de reativos do compensador síncrono, medidos na barra
de alta tensão, para qualquer condição de carga, com rede completa ou alterada e considerando
a faixa de tensão operativa.

(d) Os compensadores síncronos devem também permanecer operando durante qualquer


subtensão ou sobretensão originadas na rede CA externa, seja, por rejeição de carga ou
geração, seja por eliminação de faltas com ou sem religamentos, desde que a tensão e a
frequência da rede se encontrem dentro das faixas operativas exigida pelos Procedimentos de
Rede para máquinas síncronas de usinas hidrelétricas.

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4.6.5 REQUISITOS DE EXCITAÇÃO


(a) A excitação deve ser alimentada mediante PMG (permanent magnet generator) no eixo do
síncrono, de forma a tornar a tensão de excitação independente das quedas de tensão na
subestação. Outras alternativas podem ser propostas, mediante comprovação de que em
situação de faltas próximas aos terminais do síncrono, não haverá comprometimento do
desempenho do sistema de excitação.
(b) Atender aos requisitos para sistemas de excitação de geradores definidos no Submódulo 3.6,
dos Procedimentos de Rede, exceto no que se refere a potência ativa. Estes requisitos incluem
os valores de teto da tensão de excitação. A velocidade de resposta da excitação deve ser a
maior permitida pelo estado da arte para máquinas síncronas. A excitatriz deve ser estática com
tiristores ou IGBTs, permitindo a variação contínua da corrente de excitação entre os máximos
positivo e negativo.
(c) A TRANSMISSORA deverá informar e justificar os máximos limites transitórios de potência
reativa sobre-excitado e subexcitado, em função do tempo.

4.6.6 REQUISITOS DE CONTROLE


(a) Deve ser possível o controle de cada síncrono, de forma individual, bem como do conjunto dos
síncronos, tanto de forma manual quanto automática, a escolha do operador.
(b) Deve possuir interface que possibilite o controle por parte de outros equipamentos tais como
Controle Mestre de subestação, em caso de instalações de elo CC.
(c) Ter sistema de partida suave que permita sincronizar em menos de 5 minutos e de frear no
máximo em 30 minutos, com regeneração.
(d) O controle do síncrono deve permitir o controle de tensão da sua barra de alta tensão ou de outra
barra próxima mediante line drop compensation.
(e) O controle do síncrono deve permitir a entrada e saídas dos sinais que sejam necessários para
operação conjunta com uma eventual conversora HVDC próxima.
(f) O sistema de controle deverá ter redundância adequada, bem como sistema automático de
detecção de falhas de unidades de controle e troca automática a unidades sãs.
(g) Após parada do síncrono por problemas externos (blackout) o sistema de controle deverá ser
capaz de reiniciar a operação do síncrono em forma automática imediatamente após voltar as
condições adequadas na rede CA externa.

4.6.7 DESEMPENHO DURANTE FALTAS


Os compensadores síncronos devem satisfazer os requisitos definidos no Submódulo 3.6 dos Procedimentos
de Rede, referentes à capacidade de suportar queda de tensão durante curtos-circuitos na rede CA externa
(under-voltage ride through capability), incluindo religamentos monofásicos e trifásicos de linhas de
transmissão, com ou sem sucesso.

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5 CASA DE VÁLVULAS E EQUIPAMENTOS DO ELO CC


5.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS
5.1.1 FILTROS E COMPENSAÇÃO REATIVA
(a) A compensação reativa poderá ser composta por capacitores, reatores e filtros.
(b) A maior unidade de agrupamento de compensação reativa e/ou filtros é o banco. Um banco pode ser
composto de um ou mais sub-bancos. O sub-banco pode ser composto por um ou mais ramos.
(c) Tanto o banco quanto os sub-bancos devem ser manobráveis por disjuntor e possuir seus próprios
TCs. Caso o sub-banco seja composto por apenas um ramo, este ramo será manobrável pelo disjuntor
do próprio sub-banco.
(d) O ramo pode ser constituído por filtro (sintonia simples ou múltipla) ou por compensação reativa
(capacitiva ou indutiva).

5.1.2 VÁLVULAS DE CONVERSÃO CA/CC/CA


Válvula é o conjunto de tiristores e componentes associados que formam 1/12 de uma ponte conversora de 12
pulsos.

5.2 TEMPERATURAS DE PROJETO DAS CONVERSORAS


Deve ser possível transmitir a potência nominal, de forma permanente, ao longo do ano, considerando todos
os conversores em funcionamento, para as condições de temperaturas ambientais abaixo indicadas, sem uso
da redundância de refrigeração, a saber:
 SE Xingu: 40º C
 SE Terminal Rio: 42º C

Os valores de temperaturas foram baseados em medições obtidas em estações meteorológicas do Instituto


Nacional de Meteorologia (INMET) próximas aos locais de implantação das subestações conversoras deste
empreendimento. As temperaturas dadas são valores mínimos a serem utilizados pela Transmissora, o que
não a exime do atendimento aos demais requisitos deste Edital, especialmente os requisitos de confiabilidade
e disponibilidade.

5.3 DADOS DE FREQUÊNCIA E TENSÃO CA PARA PROJETO


Para dimensionamento e desempenho dos equipamentos do Elo CC a TRANSMISSORA deverá considerar os
seguintes dados da rede CA:

5.3.1 FREQUÊNCIA
A frequência nominal no lado CA do SIN é de 60 Hz, podendo excursionar transitoriamente de 56 Hz até 66 Hz
e o elo CC deverá ser dimensionado para operar, sem bloqueios, nesta faixa de frequência.
(a) Faixa de frequência de regime permanente: 59,8 a 60,2 Hz;
(b) Faixas de variação transitória de frequência:

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 56,0 Hz até 59,8 Hz por até 20 (vinte) segundos;


 60,2 Hz até 66,0 Hz por até 20 (vinte) segundos.
A primeira faixa deverá ser utilizada para os cálculos de desempenho dos equipamentose ambas as faixas
deverão ser utilizadas para o cálculo do dimensionamento de seus componentes (ratings).

5.3.2 TENSÃO CA
A tensão nominal do lado CA nas subestações Xingu e Terminal Rio é de 500 kV.
O dimensionamento do elo e de sua compensação reativa, em ambas as estações conversoras, deverá ser
feito de modo a que seja possível operá-lo continuamente, sem restrições, atendendo ao valor máximo de 550
kV e ao valor mínimo de 475 kV.

5.4 VALORES NOMINAIS


5.4.1 TENSÃO CC
As conversoras, nos terminais Xingu e Terminal Rio, devem ser especificadas com uma tensão CC nominal de
800 kV.
A tensão nominal CC deve corresponder ao valor médio da tensão no terminal retificador, medida no ponto de
conexão entre o reator de alisamento e a linha CC, necessária para transmitir continuamente a potência nominal
com corrente nominal, conforme definidos a seguir.
Admite-se a operação com valores de tensão CC superiores ao valor nominal, desde que respeitada à máxima
suportabilidade de projeto da linha CC. Este valor deve ser informado pela Transmissora, no Projeto Básico
Etapa de Concepção.

5.4.2 POTÊNCIA DO ELO CC


A potência nominal do elo CC é a potência em regime contínuo no terminal CC em operação bipolar, medida
entre o reator de alisamento e a linha CC, no lado de maior capacidade operando como retificador.
Para a transmissão no sentido da SE Xingu para a SE Terminal Rio, a potência nominal do retificador deverá
ser de 4.000 MW, considerando a tensão de 800 kV CC no retificador. Nesta condição de operação, a potência
nominal do terminal inversor, na SE Terminal Rio, deverá ser estabelecida respeitando a limitação de perdas
definida neste ANEXO e considerando o comprimento real da linha de transmissão conhecido durante a
elaboração do Projeto Básico Etapa de Concepção. Devem ser levados em conta os parâmetros elétricos
calculados para a temperatura de operação nesta condição. Entretanto, a i nversora deve ser dimensionada
de forma a não restringir a potência transmitida pela LT CC em condições meteorológicas favoráveis, fato que
deverá ser demonstrado no relatório que define o circuito principal (R1).
Para a transmissão no sentido da SE Terminal Rio para a SE Xingu, a potência nominal do retificador deverá
ser de 3.270 MW, considerando tensão de 800 kV no retificador.
A resistência total máxima estimada da linha CC, considerando 50º C de temperatura no condutor e frequência
de 0 Hz, é de 16,92 Ohms (vide item 9.2.4), considerando-se o comprimento de 2518 km. O valor de resistência
deverá ser calculado, pela Transmissora, para a temperatura de operação à potência nominal do elo CC e
comprimento real da LTCC.

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O elo CC deve ser dimensionado de forma que seja possível operá-lo, na faixa de tensão CA definida no item
5.3.2 com um nível mínimo de potência a ser transmitida, em operação bipolar, de 400 MW em ambos os
sentidos.
Entretanto deve ser prevista a operação em condições de recomposição do SIN, descrita em 5.5.15.

5.4.3 CORRENTE
São os seguintes os valores de corrente nominal do elo CC:
 2.500 A no sentido de transmissão da SE Xingu para a SE Terminal Rio;
 2.044 A no sentido de transmissão da SE Terminal Rio para a SE Xingu.

5.5 REQUISITOS MÍNIMOS


5.5.1 INTERCÂMBIO DE POTÊNCIA REATIVA ENTRE OS SISTEMAS CA E CC
As estações conversoras, das SEs Xingu e Terminal Rio, devem ser equipadas com os equipamentos de
compensação reativa necessários à sua operação, desde a condição de bloqueio até a de plena carga, para os
modos de operação definidos no item 5.5.3, em qualquer situação operativa (com a rede CA adjacente em
condição íntegra ou degradada dentro das faixas de potência de curto-circuito definidas no item 0, com fluxo
transmitido em ambos os sentidos considerando os níveis de frequência e tensão das barras CA nas faixas
descritas nos itens 5.3.1 e 5.3.2).
Na SE Xingu, para a operação com a tensão CA entre 475 e 500 kV (exclusive), o atendimento aos requisitos
de intercâmbio de potência reativa deve ser garantido com todos os sub-bancos em operação.
Na SE Terminal Rio, para a operação com a tensão CA entre 475 e 500 kV (exclusive), o atendimento aos
requisitos deve ocorrer mesmo na ausência do maior sub-banco.
Em ambas as subestações, para tensões no restante da faixa de operação CA (500 a 550 kV) o atendimento
aos requisitos deve ocorrer mesmo na ausência do maior sub-banco.
O limite de fornecimento de potência reativa do sistema CA para o elo CC, na SE Terminal Rio é de no máximo
30 MVAr, nas condições supramencionadas.
O limite de fornecimento de potência reativa do sistema CA para o elo CC na SE Xingu, quando transmitindo
no sentido da SE Xingu para a SE Terminal Rio, é de 740 MVAr, independentemente da tensão de operação.
Para transmissão em sentido contrário, este valor fica limitado em 395 MVAr.
O atendimento a estes requisitos deve ser garantido considerando-se todas as tolerâncias de fabricação e de
medição que impactem no consumo de potência reativa.
O limite de injeção de potência reativa do sistema CC para o sistema CA é de 390 MVAr, medido na SE Xingu,
e de 340 MVAr, medido na SE Terminal Rio, para qualquer valor de potência transmitida, independente da
tensão de operação.
Caso seja utilizado o controle da conversora, como recurso quanto à absorção de reativos, para limitar o
intercâmbio de potência reativa entre as redes CA e CC, este procedimento não deverá ocasionar interações
indesejáveis para a coordenação do controle de ambos os lados (retificador e inversor) do elo CC.
No caso de operação bipolar, para despachos mínimos, ou mesmo no desbloqueio das conversoras, não será
admitida a utilização de controle de tensão CA do lado da válvula, no secundário do transformador conversor.

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Para efeito de balanço de reativos entre os sistemas CA e CC na SE Terminal Rio os 2 compensadores


síncronos de +150/-75 Mvar deverão ser considerados como operando em ponto neutro (0 Mvar).

5.5.2 CAPACIDADE DE SOBRECARGA DAS CONVERSORAS


Os conversores devem ser capazes de suportar, a qualquer momento, respeitando a periodicidade estabelecida
no parágrafo a seguir, nos modos de operação descritos no item 5.5.3, os seguintes tipos de sobrecarga, sem
perda de vida útil, nas condições de temperatura ambiente para as quais é possível a transmissão da potência
nominal do bipolo:
(a) Sobrecarga de longa duração de 33% da potência nominal em cada polo por 30 minutos;
(b) Sobrecarga de longa duração de 33% da potência nominal no Bipolo 2 por 30 minutos sem
sobredimensionamento da compensação reativa em função desta sobrecarga;
(c) Sobrecarga de curta duração de 50% da potência nominal de cada polo e do bipolo por 5 segundos.
Após estes 5 segundos este valor de sobrecarga deve ser reduzido em rampa suave até o valor de
sobrecarga de longa duração. Rampa suave significa uma taxa decaimento da potência que não
implique em perturbação ao SIN. Esta taxa deve ser determinada em estudos realizados pela
TRANSMISSORA e apresentados no Projeto Básico Etapa de Concepção;
(d) Sobrecarga de longa duração por 4 horas de 10% da potência nominal do bipolo, referida à potência
de 3.270 MW, na operação de transmissão da SE Terminal Rio para a SE Xingu, sem
sobredimensionamento da compensação reativa em função desta sobrecarga.
Os equipamentos deverão ser concebidos de forma a permitir uma periodicidade, entre a aplicação de dois
ciclos de sobrecarga completos de longa duração de 30 minutos, de 24 (vinte e quatro) horas, com no mínimo
20 eventos por ano, totalizando 600 minutos por ano.
Caso se verifique, ao longo de um ano, o total mínimo de 20 eventos anuais sem que se atinja o tempo total de
600 minutos a Transmissora deverá informar quais são os procedimentos para que se utilize o período de tempo
restante.
A TRANSMISSORA deve informar à ANEEL, no Projeto Básico Etapa de Detalhamento, a capacidade de
sobrecarga em baixa temperatura ambiente, também de caráter contínuo, do elo CC, para temperaturas
ambientes inferiores àquela considerada no dimensionamento para a operação com tensão e potência nominal,
sem perda de vida útil desse elo, com e sem redundância de refrigeração das válvulas.
Os filtros devem ser dimensionados (ratings) para suportar o aumento da geração de harmônicas para a
operação nas condições de sobrecarga mencionadas acima.
O nível das distorções harmônicas geradas pela conversora nas condições operativas definidas acima, assim
como o reativo adicional a ser absorvido pela conversora nestas condições de operação, deve ser informado
pela TRANSMISSORA.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

5.5.3 MODOS DE OPERAÇÃO


Resume-se a seguir os principais modos de operação a serem implementados no Bipolo 2, Xingu - Terminal
Rio:
TABELA 5.1– MODOS DE OPERAÇÃO
Modos de Operação Requisitos para
Fluxo em qualquer sentido: Xingu – Terminal Rio ou Terminal Rio – o Retificador e
Xingu para o Inversor
Bipolar com Tensão Nominal A
Bipolar com Tensão Reduzida (de70%a 95%) B
Monopolar com Tensão Nominal (retorno metálico) A
Monopolar com Tensão Nominal (retorno pelo solo) A
Monopolar com Tensão Reduzida (retorno metálico) B
Monopolar com Tensão Reduzida (retorno pelo solo) B
Sobrecarga “Contínua” Low Ambient (operação bipolar ou monopolar) B
Sobrecarga de Longa Duração B
(operação bipolar ou monopolar com retorno metálico ou pelo solo)
Sobrecarga de Curta Duração B
(operação bipolar ou monopolar com retorno metálico ou pelo solo)

Definições:
(a) A – Devem atender aos requisitos de intercâmbio de potência reativa descritos em 5.5.1 e ao
dimensionamento previsto em 5.5.13.
(b) B–Deve atender os mesmos requisitos do item A, porém sem a necessidade de atender aos requisitos
de intercâmbio de potência reativa entre os sistemas CC e CA definidos em 5.5.1.
A Transmissora deve informar no Projeto Básico Etapa de Concepção, o balanço de potência reativa na barra
terminal CA, quando da operação com tensão CC reduzida (de 70% a 95%) e potência CC transmitida inferior
a nominal.
No caso de tensão reduzida os cálculos do balanço de potência reativa deverão ser apresentados para os
valores de 70%, 80%, 90% e 95% da tensão CC nominal.

5.5.4 CHAVEAMENTOS NO PÁTIO CC:


A TRANSMISSORA deve fornecer as seguintes chaves no pátio CC, ilustradas na Figura 5.1:
(a) Dispositivos MRTB (Metallic Return Transfer Breaker) e GRTS (Ground Return Transfer Switch). Estes
dispositivos deverão ser instalados de maneira a permitir a continuidade da transmissão durante a
transferência programada entre os modos de operação monopolar com retorno pela terra para a operação
monopolar com retorno metálico e vice-versa;
(b) Dispositivos NBGS (Neutral Bus Grounding Switch), em ambas as subestações, Xingu eTerminal Rio, com
a finalidade de permitir, sem restrição de tempo, a continuidade da transmissão bipolar no caso da perda
e/ou indisponibilidade do eletrodo ou da linha do eletrodo. Esta chave deverá ser equipada com dispositivo
que permita a comutação da corrente para a linha do eletrodo após o retorno em operação deste elemento
ou do próprio eletrodo;

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(c) Uma conexão na SE Xingu, para possibilitar a interligação entre a sua linha do eletrodo e a linha do eletrodo
do bipolo Xingu – Estreito, incluindo chaves seccionadoras, estruturas e barramentos, sinais de interface
para controle e proteção e todos os demais equipamentos necessários ao seu bom funcionamento,
adicionais aos já instalados pela Concessionária do Bipolo 1. Estas ligações têm por finalidade permitir a
utilização cruzada de eletrodos em caso de manutenção ou perda de um deles ou de sua respectiva linha
de eletrodo.
(d) Chaves NBS (Neutral Bus Switch), isoladoras nas entradas da linha CC e outras chaves, incluindo as de
aterramento, de maneira a permitir a segurança necessária aos trabalhos de campo nas estações
conversoras.

FIGURA 5.1 – ESQUEMA DE CHAVES CC

5.5.5 OPERAÇÃO COM RETORNO PELA TERRA


A TRANSMISSORA deve viabilizar a operação do elo CC com retorno pela terra, demonstrando que serão
evitados, por medidas a serem implementadas pela própria TRANSMISSORA, consequências danosas às
conversoras, oleodutos, gasodutos, ferrovias, transformadores ou estruturas metálicas na área de influência do
empreendimento;
O projeto deve minimizar os efeitos ambientais, relativos à interferência telefônica, associados à operação
monopolar.
A TRANSMISSORA será responsável perante os proprietários das instalações afetadas, pela implementação
das medidas corretivas eventualmente necessárias, devendo manter a ANEEL informada do andamento destas
medidas.
Deve ser avaliada e explicitada, no projeto do eletrodo, a interferência advinda da operação monopolar com
retorno pela terra do Bipolo 2 na operação do Bipolo 1 e vice versa, com foco especial na saturação dos
transformadores conversores. Se necessário para esta avaliação, poderão ser replicados os dados do Bipolo 2
para o Bipolo 1.

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5.5.6 VÁLVULAS CONVERSORAS CA/CC/CA


A Transmissora deve estabelecer as solicitações de correntes máximas de curto-circuito (em kA pico) sobre as
válvulas, durante curto-circuito na ponte, com bloqueio das mesmas (um ciclo de sobrecorrente) e sem bloqueio
(3 ciclos de sobrecorrente). Estes valores devem ser documentados e fundamentados. Esta fundamentação
pode ser feita por meio analítico ou por simulação. Cabe a TRANSMISSORA, demonstrar no Projeto Básico
Etapa de Concepção a obtenção dos valores calculados.
O dimensionamento para curto-circuito máximo das válvulas CA/CC, tiristores e demais equipamentos do pátio
CC deve partir da premissa que será aplicado, no pátio CA, a mesma solicitação de curto utilizada para o
dimensionamento dos disjuntores do pátio CA, conforme definido na Tabela 2.3.
Deverá ser definido, pela TRANSMISSORA, um nível mínimo de redundância de tiristores, por válvula, que não
deverá ser inferior a 3,0%.
Será admitida, no projeto de dimensionamento das válvulas, a utilização de disparo protetivo apenas como
proteção secundária da válvula, cabendo aos para-raios das mesmas, a função de proteção principal contra
sobretensões, independentemente se a válvula pertence à estação retificadora ou inversora, conforme definido
no item 5.5.10 - Coordenação de Isolamento.

5.5.7 INTERFERÊNCIA EM RÁDIO E EM ONDA PORTADORA


As conversoras devem ser projetadas de maneira que os níveis de interferência em rádio (Radio Interference–
RI) das radiações eletrostática e eletromagnética geradas, para qualquer condição operativa, pelas
conversoras, pelos seus periféricos e pelas linhas de transmissão CC e CA delas derivadas não afetem
equipamentos de telecomunicações e não excedam os limites da norma NBR 5356 da ABNT, sem a
necessidade de qualquer blindagem na área externa da conversora.
As conversoras devem ser projetadas para limitar as interferências na faixa de 30 kHz a 500 kHz, provocadas
pela estação conversora no sistema de onda portadora das linhas de transmissão da rede básica, a 20 dB
abaixo do nível de sinal. Casos especiais, identificados pela TRANSMISSORA, que excedam esta faixa de
frequências, serão avaliados individualmente.

5.5.8 TRANSFORMADORES CONVERSORES


A TRANSMISSORA deverá informar, no Projeto Básico Etapa de Concepção, os dados referentes às tensões
e número de enrolamentos, à potência do transformador, tipos de refrigeração e estágios, dados de
coordenação de isolamento, curva de saturação com indicação clara do joelho e da reatância de núcleo de ar,
impedância de todos os enrolamentos, perdas totais, tapes variáveis em vazio e a faixa de tapes comutáveis
sob carga. A curva de saturação deve ser disponibilizada em escala legível e também por pares de pontos.
Deve ser minimizada a circulação de corrente contínua nos enrolamentos dos transformadores conversores,
de forma a evitar interferências indesejáveis no controle das conversoras e na vida útil dos transformadores. A
Transmissora deve quantificar e informar o valor máximo tolerável de corrente contínua circulando nos
transformadores conversores, injetada no neutro e/ou proveniente da circulação nos enrolamentos secundários
devido a desequilíbrios no sistema de disparo dos tiristores ou, ainda, corrente de frequência fundamental
induzida circulando na linha CC.
No caso da SE Xingu, onde a alternativa de referência prevê dois elos CC, o projeto deverá prever a
possibilidade de operação do elo adjacente durante operação monopolar com retorno pelo solo e os possíveis
efeitos da saturação do núcleo por excesso de circulação de corrente contínua de seus transformadores

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conversores advinda de tal fato. Desta forma, o projeto do Bipolo 2 deverá prover uma margem de segurança
para acomodar a operação conjunta com o Bipolo 1.

5.5.9 REATOR DE ALISAMENTO


Os reatores de alisamento devem ser projetados para desempenhar as seguintes funções:
 Reduzir o valor do ripple da tensão CC;
 Limitar o crescimento da corrente CC devido a variações bruscas nas tensões CA ou CC;
 Eliminar ocorrência de corrente descontínua nas válvulas;
 Compor adequadamente com os filtros CC e impedância da linha CC um circuito que não cause
amplificações da frequência fundamental, de segunda ou de terceira harmônicas;
 Limitar adequadamente o valor da corrente de pico entrante nas válvulas devido a descargas
atmosféricas ocorridas na linha CC.
Cabe ainda à Transmissora, prever em seu escopo de fornecimento, pelo menos uma unidade reserva de reator
de alisamento por tipo utilizado, em cada estação conversora. Caso o projeto preveja a utilização de dois
reatores de alisamento, isolados para tensões diferentes ou de indutâncias diferentes, por estação, deverão ser
providas unidades reserva de cada um deles.
Estes requisitos devem ser demonstrados pelos estudos da Transmissora, no Projeto Básico Etapa de
Concepção, e incluídos no relatório específico sobre estudos de dimensionamento dos reatores de alisamento,
conforme indicado no item 15.5.11.

5.5.10 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO


Para a coordenação de isolamento e proteção de equipamentos situados nos pátios CC e CA das estações
conversoras, devem ser utilizados para-raios de ZnO.
O esquema de proteção contra sobretensões, os requisitos dos para-raios, a metodologia de estudos e as
sobretensões a serem consideradas devem se basear na última versão das normas IEC-60071-1, 60071-2,
60071-4 e 60071-5.
Os para-raios que tem por finalidade a proteção das válvulas de conversão CA/CC e CC/CA são responsáveis
pela proteção primária destes equipamentos. As válvulas devem contar, adicionalmente, com sistemas de
disparo protetivo que deverão ser ajustados, já considerando os tiristores redundantes by-passados e as
tolerâncias de fabricação e medição, em no mínimo, 3% acima do nível de proteção dos para-raios,
considerando-se surtos de manobra.
O dimensionamento do projeto de coordenação de isolamento do elo CC Xingu – Terminal Rio deve levar em
conta, na sua concepção, a existência do elo CC Xingu – Terminal Rio, bem como as solicitações CA/CC
advindas da sua existência.
A TRANSMISSORA deverá fornecer, no Projeto Básico Etapa de Concepção, uma planilha que relacione toda
a cadeia de dimensionamento da coordenação de isolamento das válvulas, desde os níveis de tensão operativa,
sobretensões temporárias, overshoot de comutação, desequilíbrios de divisão de tensão entre tiristores com a
redundância “by-passada” até chegar nos níveis de proteção dos para-raios e do disparo protetivo.
Para o dimensionamento dos para-raios e disjuntores do pátio CA e filtros a Transmissora deverá considerar a
aplicação e eliminação de faltas seguida de bloqueio do bipolo com a permanência dos filtros CA e
transformadores conversores em operação, de acordo com o procedimento indicado na referência “Application
guide for metal oxide arresters without gaps for HVDC converter stations. CIGRE Working Group 33/14-05, June

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1988, EKSTROM, A”. Esta investigação deverá ser realizada para patamares de potência nominal CC
transmitida pré-falta de 25%, 50%, 75% e 100% da potência nominal CC. Cabe a Transmissora indicar, caso
julgue necessário, outras situações críticas, específicas da aplicação, que terão de ser avaliadas.
A Transmissora deve utilizar como margens de proteção/isolamento, no mínimo, os seguintes percentuais:
(a) Válvulas
 20 % para surtos de frente íngreme.
 15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.
(b) Outros equipamentos da casa de válvulas CC
 25 % para surtos de frente íngreme.
 15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.
(c) Equipamentos pátio CC, incluindo filtros CC e reator de alisamento
 25 % para surtos de frente íngreme.
 20 % para surtos atmosféricos.
 15 % para surtos de manobra.
(d) Transformadores Conversores (lado CC)
 25 % para surtos de frente íngreme.
 20 % para surtos atmosféricos.
 15 % para surtos de manobra.
(e) Transformadores Conversores (lado CA)
 Considerar a IEC 60071, última revisão.
(f) Equipamentos do Pátio CA (exceto filtros)
 Considerar a IEC 60071, última revisão.
(g) Filtros CA
 25 % para surtos atmosféricos.
 15 % para surtos de manobra.
Para o dimensionamento da coordenação de isolamento do pátio CA, que inclui os filtros e os transformadores
conversores, devem ser considerados os seguintes níveis de isolamento dos equipamentos na subestação
existente Xingu, no pátio de 500 kV:
(a) SE Xingu:
 Surtos de Manobra – 1175 kV
 Surtos Atmosféricos – 1550 kV
(b) SE Terminal Rio:
Deverão ser utilizados os níveis definidos na Tabela 3 da IEC-60071-1. Fica dispensada a utilização de valores
padronizados pela IEC no dimensionamento da coordenação de isolamento do lado CC.

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5.5.11 DISTANCIAS DE ESCOAMENTO


No cálculo da distância de escoamento a ser considerada para a definição dos isoladores de CA externos, para
a tensão máxima operativa, deve-se levar em conta as características de contaminação da região conforme
classificação contida na Publicação IEC/TR 608152.
A TRANSMISSORA deverá demonstrar que a distância de escoamento adotada propiciará um desempenho
adequado, considerando o nível de poluição atual e futuro, levando em conta nesta avaliação inclusive as
referências internacionais disponíveis sobre o tema. Entretanto não poderão ser adotados, pela
TRANSMISSORA, valores inferiores aos abaixo relacionados:
 Instalação CC externa: 40 mm/kV (*);
 Instalação CC externa: 35 mm/kV (**);
 Instalação CC abrigada:
i) Válvula: 14 mm/kV;
ii) Demais Instalações: 20 mm/kV;
(*) Vidro ou porcelana.
(**) Borracha Silicone ou RTV.
Na definição das distâncias de escoamento específicas para o isolamento externo de equipamentos
desabrigados sujeitos à tensão CC+CA e CA, deve ser seguida a norma IEC 60071-5.

5.5.12 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


Atender ao disposto no item 3.4.3.

5.5.13 COMPENSAÇÃO REATIVA MANOBRÁVEL


A estação conversora deve ser equipada com os equipamentos de compensação reativa necessários à sua
operação, desde a condição de bloqueio até a de plena carga, em qualquer modo de operação previsto no item
5.5.3, considerando os níveis de tensão e de frequência das barras CA nas faixas descritas nos itens 5.3.1 e
5.3.2, de modo a atender o disposto no item 5.5.1 deste documento. Esta compensação poderá ser subdividida
em bancos, sub-bancos e ramos de capacitores, reatores e filtros e deverá ser dimensionada, para a SE
Terminal Rio, considerando a ausência de qualquer elemento manobrável, sub-bancos e ramos de capacitores,
reatores e filtros, desta compensação que produza a maior redução de reativos capacitivos. Devem ser
considerados no cálculo do montante de potência reativa consumida todos os efeitos das tolerâncias existentes
na fabricação dos equipamentos e também nos equipamentos de medição e de controle, que levem a valores
mais conservativos.
O dimensionamento da compensação reativa, seu tipo e montante, devem respeitar os limites de autoexcitação
das máquinas síncronas, especialmente para as condições de rejeição de carga, para todas as condições de
operação do elo CC.
A manobra de bancos, sub-bancos, capacitores, reatores e filtros não deve provocar, na barra CA da
conversora, variação na tensão superior a 3,0% em relação à tensão pré-manobra, mantendo a tensão final
dentro da faixa de tensão CA definida em 5.3.2, mesmo considerando o menor nível de curto-circuito fornecido
na Tabela 2.3. As manobras simultâneas desses equipamentos para atender a variação de tensão não podem
provocar perturbações operativas no elo CC nem na rede CA.

2Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions

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A abertura intempestiva do maior banco, mesmo para as condições mais críticas da rede CA, não deve causar
falhas de comutação no Bipolo 2. Tal requisito deverá ser demonstrado, no Projeto Básico Etapa de Concepção,
por meio de avaliações em programas de transitórios eletromagnéticos.
Caso a TRANSMISSORA opte pela variação do ângulo de disparo das válvulas, para limitar a variação de
tensão com a manobra de capacitores e/ou reatores, deverá demonstrar que esta manobra não prejudicará o
desempenho adequado do elo CC e do sistema CA adjacente às estações conversoras.
Não será admitida a utilização de controle de Udio para a partida e rampeamento de potência, considerando
tensão DC plena, operação bipolar e ausência de chaveamento de bancos e/ou subbancos no intervalo de
potência considerado.
O atendimento aos requisitos de reativos e de regulação de tensão nas instalações do elo CC deve ser
demonstrado por meio de estudos de fluxo de potência/estabilidade, no Projeto Básico Etapa de Concepção,
para todas as condições possíveis de carga da conversora e para a condição de menor nível de curto-circuito
fornecido na Tabela 2.3. Esses estudos devem utilizar informações de carga ativa e reativa nas barras, de
limites de tensão e de potência reativa dos geradores próximos e de disponibilidade de reatores chaveáveis,
para viabilizar a integração da conversora à rede básica.
Não será necessário dimensionar compensação reativa adicional para as condições de operação definidas
como tipo “B” no item 5.5.3, sobrecargas e tensão reduzida, para efeito de controle de tensão. No entanto, a
potência reativa adicional a ser absorvida pela conversora, nestes modos de operação, deve ser informada pela
TRANSMISSORA.

5.5.14 COMPENSAÇÃO REATIVA CONTROLÁVEL


Deve-se avaliar e dimensionar compensação controlável, caso necessário, por meio de utilização de
compensadores estáticos, síncronos ou statcoms, de forma a atender aos requisitos de desempenho e de
recuperação do Elo CC, conforme o item 8.2.2. Deve-se também levar em conta a necessidade de atender ao
requisito de recomposição do SIN a partir da SE Terminal Rio, conforme descrito em 5.5.15.
Os critérios estabelecidos no item 5.7.2 devem ser atendidos.
Neste caso as perdas elétricas associadas a estes equipamentos deverão ser consideradas para a
quantificação das perdas da instalação como um todo, que deverão respeitar os limites máximos definidos para
a estação conversora. Para o cômputo das perdas na estação conversora Terminal Rio, devem ser
desconsideradas as perdas nos compensadores síncronos especificados na configuração básica, item 1.3.

5.5.15 RECOMPOSIÇÃO DO SISTEMA


A compensação reativa controlável deve ser dimensionada considerando-se as necessidades advindas da
recomposição do SIN, considerando-se a topologia descrita na Figura 5.2.
Os dados da rede necessários as simulações dessa condição operativa estão disponíveis no site do ONS,
www.ons.org.br, no formato do programa ATP.
A potência de curto-circuito mínima a ser considerada, na SE Terminal Rio, para este tipo de manobra é de
1500 MVA, desconsiderando a contribuição dos compensadores síncronos de +150/-75 Mvar.
Deverão ser dimensionados para a SE Terminal Rio, todos os equipamentos e instalações CC/CA necessários
para viabilizar a transmissão, nesta situação específica, de até 1000 MW, considerando os dois síncronos
supramencionados disponíveis. A Transmissora deverá explicitar os valores máximos de potência passíveis de

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recepção pela SE Terminal Rio, operando como inversora, nos casos de indisponibilidade de um ou dos dois
compensadores síncronos no momento da recomposição.
Os transformadores conversores assim como os disjuntores responsáveis pela manobra, deverão ser
dimensionados para permitir esse tipo de energização, realizada inicialmente sem carga, com tensão operativa
pré-manobra de até 550 kV. A viabilidade dessas manobras de energização deve ser demonstrada por meio
de simulações no programa ATP, considerando os dados efetivos da transformação prevista para o
empreendimento.
Durante o processo de recomposição os requisitos de performance harmônica, de intercambio de reativos, tempos
de resposta e recuperação podem ser flexibilizados.

NP500 JGUS500 JGUS345 3 UG BARR345 162,9 MW

A 58,3 Mvar
13,5 kV PIME345
VGRA (0,978 pu)
TAQU345
VGRA
139,7 MW

60,7 Mvar
2 UG 70,4 MW
13,5 kV
(0,978 pu)
25,9 Mvar

USLB 100 MW Ponto de fechamento de


Paralelo Ponto de fechamento de
UFSU STAD345 Anel
USMM345 4 UG STIT345
84,5 MW
5 UG
UGs
12,8 kV 13,8 kV STAD138
(0,927 pu) (0,920 pu) 29,6 Mvar
STPC345 60,6 MW

STCA345
11,1 Mvar
114,6 MW 60Mvar
88,5 MW STPC500 AD500
37,0 Mvar
50Mvar
NI345
28,1 Mvar STCH500
25Mvar ITJ3500 CSN500 Terminal
ATI2345 Rio 500
50Mvar
50Mvar NI500
STGA345
STMO345
136Mvar
NOR345 NOD345 136Mvar
132Mvar 132Mvar
SJC230 STGR500
43,7 MW
MRE345 136Mvar STGR138
54,5 Mvar

71,5 Mvar
186,7 MW

13,2 Mvar
148 MW
41,7 Mvar

147,4 MW
96 MW

11,6 Mvar
63 Mvar
STAR500 256,5 MW

52,0 Mva
USMR STMR500 MR2500 73Mvar
73Mvar

73Mvar
5 UG
12,42 kV
73Mvar
0,9 pu

Figura 5.2 – Diagrama unifilar da recomposição a partir da Área Rio de Janeiro (SE Terminal Rio). Neste tipo de recomposição a SE
Terminal Rio operará como inversor, com fluxo de potência proveniente da SE Xingu para a SE Terminal Rio.
1) O diagrama unifilar da Figura 5.2 não corresponde ao escopo do Lote e serve apenas para ilustrar o processo de
recomposição da área Rio.
2) A energização dos transformadores conversores da SE Terminal Rio, ainda “em vazio”, deve ser viabilizada.

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Na SE Xingu, deve ser viabilizada a energização dos transformadores conversores, em vazio, com máxima
tensão operativa, considerando-se a seguinte topologia: UHE Belo Monte com 1 ou com duas máquinas e
apenas uma linha entre a SE Belo Monte e a SE Xingu.

5.5.16 PERDAS NAS ESTAÇÕES CONVERSORAS


Em operação bipolar normal, com potência nominal, com qualquer sentido de fluxo, as perdas máximas
admissíveis em cada estação conversora (retificador ou inversor) não deverão ser superiores a 0,75% da
potência nominal da conversora, incluindo todos os equipamentos, sistemas e serviços auxiliares necessários
à operação da conversora que façam parte deste Edital. Estas perdas devem ser avaliadas considerando as
temperaturas de 32,4°C, na SE Xingu, e de 33°C, na SE Terminal Rio.
A TRANSMISSORA deverá apresentar, no Projeto Básico Etapa de Concepção, a memória de cálculo do
projeto demonstrando que o mesmo está compatível com os níveis de perdas definido neste ANEXO.
As perdas nos compensadores síncronos previstos para a SE Terminal Rio 2x(150/-75) Mvar não devem ser
incluídas para efeito de atendimento ao requisito de perdas máximas do elo CC.
A TRANSMISSORA deverá, posteriormente, comprovar e garantir o atendimento a este requisito por meio de
ensaios executados pelo fornecedor, dos diversos componentes do elo CC. Os resultados destes testes devem
ser utilizados nos cálculos a serem apresentados como demonstração do atendimento ao nível máximo de
perdas estabelecido neste ANEXO, no Projeto Básico Etapa de Detalhamento.
A avaliação das perdas em operação deverá seguir a IEC 61803 (Determination of Power Losses in HVDC
Converter Stations).
A vida útil dos transformadores conversores deve ser dimensionada levando em conta a temperatura
estabelecida neste item, ou seja, a mesma a ser considerada para a avaliação das perdas.

5.5.17 DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE DAS ESTAÇÕES CONVERSORAS


A disponibilidade média anual de transmissão de potência do elo CC deve ser no mínimo de 99%, incluindo as
saídas programadas e forçadas. A disponibilidade deve ser calculada em conformidade com a versão mais
recente da publicação IEC 60919-1.
Para cálculo da disponibilidade garantida considera-se o conjunto dos conversores localizados em ambos os
terminais da linha CC, bem como os respectivos transformadores conversores e demais equipamentos
necessários para a operação desses terminais, como disjuntores, filtros, equipamentos de medição.
A confiabilidade das conversoras inclui o número de saídas forçadas de polo e bipolo. O número de saídas
forçadas de cada polo deverá ser de, no máximo, 2,5 saídas por ano. O número de saídas forçadas de cada
bipolo não deverá ultrapassar 1 saída a cada 5 anos.

5.5.18 LOCALIZADOR DE FALTAS NA LINHA DO ELETRODO E NA LINHA DO BIPOLO 2


Devem ser instalados nas estações conversoras, das subestações Xingu e Terminal Rio, equipamentos para
monitoração de faltas e de continuidade, em tempo real, nas linhas do eletrodo e na linha CC originárias destas
subestações.
Estes equipamentos devem possibilitar a imediata localização do ponto de defeito, com a máxima precisão
permitida pela tecnologia mais recente.

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5.6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO


O elo CC deve ser dimensionado de forma a:
 Não permitir que sobretensões nele originadas ou por ele influenciadas, de caráter transitório ou
temporário, para qualquer condição operativa, exijam de equipamentos ou instalações do sistema CA
adjacente às estações conversoras desempenho acima da sua suportabilidade.
 Limitar a máxima sobretensão temporária a 1,40 pu (fase-fase-eficaz), nas barras das subestações
Terminal Rio e Xingu em 500 kV, considerando a situação de bloqueio total das conversoras, devendo
ser avaliado por meio de simulação no programa Anatem.
 O valor instantâneo máximo de sobretensões pode ser superior a 1,54 pu (pico fase-terra, 628,7 kVPICO)
por, no máximo, 3 ciclos de 60 Hz após o evento gerador da sobretensão, no momento da abertura dos
filtros, considerando a situação de bloqueio total das conversoras. Tal comportamento deve ser
comprovado por meio de simulação trifásica (ATP/PSCAD).
A TRANSMISSORA deve:
(a) Considerar no cálculo das sobretensões instantâneas, o efeito das saturações dos transformadores
eletricamente próximos.
(b) Considerar que, para a abertura de correntes capacitivas pelos disjuntores do pátio CA das
subestações onde estão localizadas as conversoras, é necessário limitar o valor instantâneo máximo,
fase-terra, das sobretensões temporárias, no momento da abertura desses disjuntores a 628,7 kVPICO,
para a operação com frequência nominal. Na frequência máxima, de 66 Hz, esse valor se reduz para
571,5 kVPICO.(vide Submódulo 23.3, Tabela 5 e norma ABNT-IEC62271-100)
(c) Considerar que componente na frequência fundamental de sobretensões temporárias não deve
exceder a 1,25 pu (fase-fase), durante 1 (um) segundo.
(d) Sob o aspecto de sobretensões de manobra, considerar as situações que envolvam:
 Rejeições de carga nas LTs de CA derivadas da conversora, especialmente após curto-circuito;
 Aplicação e eliminação de faltas na rede CA e
 Bloqueio das conversoras e, consequente, retirada dos filtros.
 Recomposição do sistema CA com a participação do elo CC, incluindo a energização dos
transformadores conversores sob condição deteriorada (recomposição). Estas avaliações devem
ser feitas considerando-se a presença ou não de dispositivos de controle de sobretensão (RPIs ou
manobra controlada), nos disjuntores que manobram os transformadores.

5.7 OPERAÇÃO DO ELO CC – INTERAÇÃO CA-CC-CA


Devem ser atendidos os requisitos para elos CC constantes das últimas revisões das normas técnicas nacionais
e internacionais, especialmente das recomendações das normas IEC 60919-1, 60919-2 e 60919-3.
A operação do elo CC não deve causar perturbação na rede básica que se traduza em degradação da qualidade
da energia fornecida, em dificuldades no controle de oscilações de tensão e frequência ou em riscos de
danificação de equipamentos e instalações dessa rede, assim como em perturbações em seus sistemas de
telecomunicações.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Adicionalmente:
 A operação das conversoras não deve restringir a utilização de religamento monopolar ou tripolar rápido
nas linhas de CA da rede básica, exceto se existir apenas uma linha de corrente alternada conectada
a subestação.
 A operação das conversoras, durante os processos de partida ou de recuperação após faltas, não deve
produzir oscilações perturbadoras na potência transmitida, na tensão ou na frequência.
Para possibilitar a operação adequada da rede básica, o elo CC deve atender às seguintes condições e
requisitos:
(a) Operar sem restrições, dentro da faixa operativa de potência especificada para as configurações definidas
pelos níveis de curto-circuito definidos no item 2.2, durante todas as etapas de implantação do
empreendimento, sem provocar oscilações perturbadoras de potência, tensão ou frequência.
(b) Permitir, em caso de indisponibilidade prolongada de qualquer um dos polos, a utilização das linhas CC
como retorno metálico, conforme definido no item 5.5.3.
(c) Auxiliar a rede básica no controle de oscilações eletromecânicas, por meio da modulação da potência ativa
e/ou potência reativa.
(d) Não submeter o sistema CA adjacente a instabilidades eletromecânica e de tensão, em qualquer condição
operativa do elo CC, dentro dos limites de potência de curto circuito definidas no item 2.2, inclusive na
ocorrência de faltas CA no sistema.
(e) Ser projetado para possibilitar a manobra automática de elementos da compensação reativa pertencentes
ao elo CC para atingir os objetivos de controle de tensão e níveis de harmônicos no ciclo de carga diário
da conversora. Deve ser evitado hunting entre controles internos e/ou externos ao elo que venha a produzir
manobras intermitentes dos elementos de compensação reativa.
(f) Não causar perturbações de origem harmônica nas barras de CA das conversoras acima dos limites
individuais especificados no Submódulo 2.8 dos Procedimentos de Rede, para qualquer ponto de operação
incluído no lugar geométrico de impedâncias harmônicas definido pelas Tabelas 2.1 e 2.2 e/ou falha de
componentes individuais do elo CC, com o elo operando até a potência nominal.
(g) Manter, ao longo do contrato de concessão, o desempenho harmônico requerido para as condições de
máxima dissintonia dos filtros passivos associadas às condições mais severas de geração de correntes
harmônicas pelos conversores. Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um
desbalanço máximo de sequência negativa de 1,0%. Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia
automática, devem ser considerados os erros de controle. O desempenho harmônico deve ser mantido
para qualquer configuração normal ou em contingência (fato já considerado no lugar geométrico da rede
CA definido no item 2.1) e/ou falha individual de componentes individuais do elo CC, com o elo operando
até a potência nominal.
(h) O elo CC não deve permitir que operações do sistema de controle, manual ou automático, de elementos
manobráveis e/ou de comutadores automáticos de transformadores deem origem a manobras
intermitentes ou a oscilações anômalas na potência, na tensão ou na frequência, em qualquer condição
de configuração ou de operação da rede CA.
(i) O elo CC deve manter a transferência de potência, bem como a operação dos conversores, estáveis para
variações de frequência na faixa de 56 a 66 Hz e para qualquer distorção da forma de onda da tensão de
CA causada pela dissintonia dos filtros de CA ou pela perda de um banco de filtros.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

(j) Não devem ocorrer interações perturbadoras na coordenação do controle de ambos os lados do elo CC,
advindas da utilização dos recursos de alteração de ângulo para efeito de controle de tensão/fluxo.
(k) Permitir a recomposição do SIN por meio da tomada de carga pelo elo CC, na SE Terminal Rio, numa
configuração onde a potência de curto-circuito local é de 1500 MVA, desconsiderando nesse número a
contribuição da compensação síncrona localizada na SE Terminal Rio.

5.7.1 INTERAÇÃO CC – CC (MULTI-INFEED)


As conversoras das subestações Xingu e Terminal Rio não devem prejudicar o desempenho normal e transitório
de outras conversoras eletricamente próximas já existentes (sistemas Madeira e Itaipu) ou em implantação
(Bipolo 1, Xingu – Estreito), o que deverá ser demonstrado por meio de estudos específicos que incluam a
operação conjunta das conversoras afetadas (multi-infeed) e que considerem:
 A possibilidade de defeitos nas proximidades, levando a instabilidade ou colapso de tensão.
 A recuperação simultânea de potência nos elos CC envolvidos, após a eliminação de faltas na rede CA
e
 A recuperação simultânea após faltas internas ao Bipolo 2 – neste caso falhas no controle CC e/ou
faltas na linha CC.

5.7.2 OPERAÇÃO DOS CONVERSORES DURANTE DEFEITOS NO SISTEMA


A tensão decorrente de aplicação de falta no sistema CA, na primeira oscilação após a sua eliminação, deve
ser de, no mínimo, 0,80 pu. Caso isto ocorra a TRANSMISSORA deverá implantar equipamento de
compensação reativa controlável, conforme item 5.5.14.
O elo CC deve ser capaz de se manter em operação com potência reduzida nas seguintes condições de tensão
no lado de CA da conversora:
 Tensão zero na fase sob defeito, para defeitos monofásicos, com duração máxima de 0,5 segundos;
 Tensão maior que 30% da nominal, para defeitos trifásicos, com uma duração máxima de 0,25
segundos.

5.7.3 FALHAS DE COMUTAÇÃO


Devem ser implementadas no controle do elo CC estratégias para minimizar o risco de ocorrência de falhas de
comutação:
 A abertura intempestiva do maior banco, mesmo para as condições mais degradadas da rede CA, não
deve causar falhas de comutação.
 Não deve haver falha de comutação para variações instantâneas de tensão CA do terminal inversor
inferiores a 7% da tensão pré-distúrbio, considerando que a tensão pré-distúrbio se encontra dentro da
faixa de tensão operativa;
 As manobras de energização e abertura de equipamentos no pátio CA e de linhas CA conectadas às
subestações Xingu e Terminal Rio não devem provocar falhas de comutação;
 Não poderão ocorrer falhas de comutação durante o restabelecimento da tensão CA, após a eliminação
de falta ocorrida nesse sistema, devendo a recuperação da potência CC se dar conforme o item 8.2.2

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 O elo CC não deve apresentar, sob nenhuma hipótese de tensão CA dentro da faixa operativa definida
no item 5.3.2, falhas de comutação repetidas, em um mesmo evento.

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6 FILTROS DE HARMÔNICAS
A Tabela 6.1 abaixo resume os modos de operação que deverão ser considerados para a avaliação e
dimensionamento dos filtros do lado CA e do lado CC.
TABELA 6.1 – MODOS DE OPERAÇÃO
Modos de Operação Requisitos para
Fluxo em qualquer sentido: Xingu – Terminal Rio ou Terminal Rio– o Retificador e
Xingu para o Inversor
Bipolar com Tensão Nominal A
Bipolar com Tensão Reduzida (de 70% até 95%) B
Monopolar com Tensão Nominal (retorno metálico) A
Monopolar com Tensão Nominal (retorno pelo solo) A
Monopolar com Tensão Reduzida (retorno metálico) B
Monopolar com Tensão Reduzida (retorno pelo solo) B
Sobrecarga “Contínua” Low Ambient (operação bipolar ou monopolar) C
Sobrecarga de Longa Duração (operação bipolar ou monopolar) C
Sobrecarga de Curta Duração (operação bipolar ou monopolar) C

As definições dos requisitos, nomeados através das letras A, B e C, conforme indicado na Tabela 6.1,
encontram-se descritas nos itens 6.1 (Filtros do Lado CA) e 6.2 (Filtros do Lado CC).

6.1 FILTROS DO LADO CA


O desempenho harmônico dos filtros deverá ser mantido para todas as etapas de implementação, bem como
ao longo do contrato de concessão referente às conversoras, conforme estabelecido no item do Submódulo 2.8
que trata dos limites individuais das distorções harmônicas de tensão, no ponto de acoplamento comum (PAC),
considerando as condições de máxima dissintonia dos filtros e às condições mais severas de geração de
correntes harmônicas pelos conversores.
O desempenho quanto à distorção harmônica, no ponto de acoplamento comum com a rede básica, deve ser
demonstrado por meio de estudos, ainda na Etapa de Concepção.
Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática devem ser considerados os erros de controle.
No que diz respeito à medição e ao monitoramento, se aplicam os seguintes requisitos:
 Deverá ser realizada, pela TRANSMISSORA, nos barramentos CA da rede básica conectados à
subestação conversora, campanha de medição, conforme estabelecido no Submódulo 2.8, quando do
comissionamento, ou seja, antes da entrada em operação do sistema CCAT. Os resultados da
campanha de medição deverão ser encaminhados ao ONS.
 A TRANSMISSORA deverá instalar sistemas de medição trifásica contínua para monitoração das
tensões harmônicas, no ponto de acoplamento comum, e para monitoração das correntes harmônicas
injetadas na rede básica por cada ponte conversora, no lado de 500kV de cada transformador
conversor. Os instrumentos de medição deverão atender aos requisitos estabelecidos na IEC 61000-
4-30 para a categoria classe A. Os resultados destas medições deverão, caso solicitados, ser
disponibilizados ao ONS.

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 Cada filtro deverá contar com sistemas de determinação da sobrecarga de seus componentes, por
meio direto (medição de corrente em reatores e resistores, bem como corrente de desbalanço em
bancos de capacitores), e indireto (determinação da temperatura em reatores e resistores a partir da
medição de correntes nestes elementos), bem como com sistemas de alerta e proteção adequados, de
maneira a permitir que ações operativas possam ser tomadas com a antecedência necessária.

6.1.1 REQUISITOS PARA O CÁLCULO DE DESEMPENHO


(a) Quanto aos modos de operação
Deverão ser considerados, para a avaliação do desempenho harmônico, os modos de operação das
conversoras relacionados na Tabela 6.1, com as seguintes definições dos requisitos:
A–Deve atender ao desempenho harmônico, conforme estabelecido no item do Submódulo 2.8 que trata
dos limites individuais das distorções harmônicas de tensão, no ponto de acoplamento comum, de acordo
com o lugar geométrico fornecido no item 2.1, e respeitar os limites de intercâmbio de potência reativa
definidos no item 5.5.1, considerando a indisponibilidade de qualquer sub-banco em toda a faixa de
potência do elo CC, até a potência nominal.
B – Deve atender ao desempenho harmônico, conforme estabelecido no item do Submódulo 2.8 que trata
dos limites individuais das distorções harmônicas de tensão, no ponto de acoplamento comum, de acordo
com o lugar geométrico fornecido no item 2.1.
C – O nível das distorções harmônicas geradas pela conversora nas condições de operação em sobrecarga
deve ser informado pela TRANSMISSORA, em qualquer modo ou combinação de modos operativos
disponíveis.
(b) Quanto à metodologia de cálculo
 A metodologia a ser adotada para o cálculo da distorção harmônica no PAC deve representar a
instalação conversora através do seu equivalente Norton e a rede externa, vide Figura 6.1, através de
envelopes de impedância, na forma de setor circular. Outras metodologias poderão ser propostas pela
Transmissora, desde que apresentem comprovadamente resultados mais conservadores.

ZREDE
FIGURA 6.1 – METODOLOGIA PROPOSTA

 As Tabelas do item 2.1 estabelecem os parâmetros ZMAX, ZMIN, AngMAX e AngMIN que definem os
envelopes representativos da rede CA externa a conversora, vistos dos terminais da SE Terminal Rio
e da SE Xingu (excluindo a impedância dos filtros e a conversora do Bipolo 1), para cada ordem
harmônica a ser considerada no estudo de desempenho.
(c) Quanto às condições de dissintonia
Devem ser consideradas, na avaliação do desempenho dos filtros, as máximas condições de dissintonia,
incluindo: faixa de frequência estabelecida no item 5.3.1(a), variações nos valores dos componentes dos filtros

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com a temperatura, envelhecimento dos capacitores e tolerâncias de fabricação, tapes para ajuste de sintonia
e erros de medição. Com exceção da variação de frequência, as demais variações deverão ser representadas
através de alterações nos valores nominais dos componentes dos filtros. Ou seja, não será permitida a
utilização do método de desvio de frequência equivalente.
(d) Quanto ao cálculo das correntes harmônicas
 Para o cálculo do desempenho de filtros CA devem ser utilizadas as máximas correntes harmônicas
individuais injetadas pelos conversores para cada condição operativa do lado CC, conforme definido
na Tabela 6.1.
 Para o cálculo do desempenho de filtros CA, do ponto de vista da distorção total de tensão, poderão
ser utilizados conjuntos consistentes de correntes harmônicas injetadas pelos conversores para
qualquer condição operativa do lado CC, conforme definido na Tabela 6.1.
 Para o cálculo dos harmônicos característicos de 12 pulsos (12 h ± 1) deverá ser utilizado o método
determinístico, no qual as correntes dos terminais retificador e inversor serão obtidas de forma
independente, e os barramentos de conexão das estações conversoras com a rede básica são
considerados como barras infinitas (tensão puramente senoidal na frequência fundamental no lado de
alta do transformador conversor), buscando-se maximizar os resultados, considerando-se
combinações dos seguintes parâmetros:
i. Modos de operação, conforme indicado na Tabela 6.1;
ii. Toda a faixa de tensão CA definida no item 5.3.2;
iii. Valores extremos das reatâncias dos transformadores conversores na faixa estabelecida na
especificação dos transformadores conversores;
iv. Valores extremos dos ângulos de disparo (lado retificador) e extinção (lado inversor) na faixa
compatível com a operação do sistema CCAT.
 Para o cálculo dos harmônicos característicos não cancelados (6h ± 1, h ímpar) deverá ser utilizado o
método determinístico de cálculo, no qual as correntes dos terminais retificador e inversor serão obtidas
de forma independente, e os barramentos de conexão das estações conversoras com a rede básica
são considerados como barras infinitas (tensão puramente senoidal na frequência fundamental no lado
de alta do transformador conversor), buscando-se maximizar os resultados, considerando combinações
dos seguintes parâmetros:
i. Considerar as combinações mais desfavoráveis dos parâmetros listados nos itens ii e iii
anteriores;
ii. Considerar as máximas diferenças nas reatâncias entre transformadores conversores, por
ponte de 12 pulsos, conforme estabelecido na especificação dos transformadores
conversores.
 Para o cálculo de harmônicos não característicos admite-se tratamento estatístico das seguintes
tolerâncias:
i. Distribuição estatística das diferenças entre os valores das reatâncias das fases dos
transformadores da ponte de 12 pulsos;
ii. Distribuição estatística das diferenças entre os valores dos instantes de disparo das válvulas;

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iii. Diferenças nos valores das relações de transformação (tapes) entre fases dos
transformadores conversores;
iv. Desbalanço de tensão do sistema CA considerando a componente de sequência negativa –
magnitude fixa (1,0%) e ângulo de fase variando de forma uniforme e randomicamente
distribuído entre 0 e 360 graus;
v. Para este tratamento, deverá ser observado um número mínimo de 500 combinações e o valor
extraído deve corresponder à probabilidade de 1,0% de ser excedido.
(e) Quanto à demonstração da utilização do método
i. Os relatórios da Transmissora devem explicitar clara e inequivocamente, para cada uma das
Tabelas de correntes harmônicas geradas pelas conversoras de corrente contínua, para cada
patamar de transmissão de potência lá indicado (coluna a coluna), todas as variações de
parâmetros consideradas para o cálculo das correntes.
ii. Os relatórios da Transmissora devem explicitar clara e inequivocamente, para cada uma das
Tabelas que apresentam os valores de distorção harmônica, para cada patamar de
transmissão de potência lá indicado (coluna a coluna), as configurações de filtragem e bancos
de capacitores consideradas, bem como, para o caso decisivo de dissintonia, em cada caso,
os valores adotados para os componentes dos filtros, o desvio da frequência considerada e
o valor da impedância da rede CA utilizado no cálculo.
(f) Quanto ao cálculo dos indicadores TIF e IT
A TRANSMISSORA deverá informar o valor máximo dos indicadores TIF e produto IT resultantes do projeto de
filtros, considerando os modos de operação das conversoras relacionados na Tabela 6.1.

6.1.2 REQUISITOS PARA O CÁLCULO DO DIMENSIONAMENTO (RATING) DOS COMPONENTES DOS FILTROS
(a) Requisitos Gerais
 Os filtros deverão ser dimensionados para que não haja necessidade de desligamento por sobrecarga
mesmo em caso de operação com indisponibilidade de qualquer um dos sub-bancos, nas condições
operativas definidas na Tabela 6.1.
 As capacidades nominais (ratings) dos componentes dos filtros devem ser dimensionadas para
suportar o aumento da geração de harmônicas para a operação nas condições não nominais
mencionadas no item 5.5.2.
 Os filtros em derivação utilizados devem ser capazes de operar sem qualquer dano durante:
i. Operação com a frequência nominal e para variações de frequência na faixa definida no item
5.3.1(a);
ii. Operação com qualquer sub-banco pertencente ao Bipolo 2 fora de operação;
iii. Ressonância de filtros de mesma sintonia;
iv. Máxima tensão de emergência em regime permanente na rede CA (550 kV);
v. Condições de sobretensões dinâmicas incluindo ferrorressonâncias, rejeição de carga e
recuperação de faltas; e
vi. Todos os modos de operação descritos no item 5.5.3;

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(b) Quanto ao dimensionamento dos componentes dos filtros em regime permanente


Para o cálculo do dimensionamento dos componentes dos filtros em regime permanente, deverão ser
considerados os seguintes requisitos:
 Utilizar as máximas correntes harmônicas individuais injetadas pelos conversores considerando, para
o seu cálculo, as mesmas condições estabelecidas no item 6.1.1 (d), último bullet, alíneas iii, iv e v.
Adicionalmente deverá considerar:
i. Todos os modos de operação estabelecidos na Tabela 6.1;
ii. Desbalanço máximo de sequência negativa igual a2,0%.
iii. A componente fundamental da tensão dos pátios 500 kV das SEs Terminal Rio e Xingu igual
a 550 kV.
 Superpor às contribuições, provenientes dos conversores (In-interno) e provenientes da rede externa
(In-externo), de acordo com a expressão abaixo:

Int = √𝐼𝑛−𝑖𝑛𝑡
2 2
+ 𝐼𝑛−𝑒𝑥𝑡
Para harmônicos de baixa ordem, poderá ser utilizada outra formulação que leve em conta que as
diferenças entre as fases das duas contribuições podem ser inferiores a 90°, resultando em valores
superiores aos obtidos pela formula anterior.
i. As contribuições das correntes harmônicas geradas pelos conversores serão determinadas
por meio da metodologia definida no item 6.1.2 (b), considerando os envelopes estabelecidos
nas Tabelas 2.1 e 2.2, do item 2.1, por meio dos parâmetros ZMAX, ZMIN, AngMAX e AngMIN. A
Transmissora deverá, adicionalmente, aplicar margens de projeto com base na sua
experiência.
ii. Para cálculo da contribuição das harmônicas (background harmonic voltages) provenientes da
rede externa, deverá ser utilizada a seguinte metodologia:
 Definir conjuntos de valores individuais de fontes ideais de tensão harmônica que,
para cada componente de filtro (resistências, reatores ou capacitores), resulte nos
maiores valores de corrente e tensão para seu dimensionamento;
 Cada conjunto deverá incluir a contribuição das fontes correspondentes à(s)
frequência(s) de sintonia dos filtros, bem como as frequências anterior e posterior
àquela(s) frequência(s);
 Adicionar ao conjunto supramencionado o efeito de outras frequências no
intervalo (n=2 até n=50), que ainda não tenham sido consideradas, até que a
soma quadrática total das fontes harmônicas alcance ou ultrapasse o limite total
global inferior (h>10) ou global superior (h≤10) do indicador DTHTS95% (3%).
 Apenas estes harmônicos serão utilizados na definição do rating de cada
componente, sendo as outras contribuições harmônicas restantes descartadas.
 Aplicar diretamente as fontes ideais de tensão harmônica nos terminais dos filtros.
Os valores das fontes de tensão devem ser iguais aos limites globais inferiores de
cada frequência harmônica incluída no conjunto, conforme estabelecido no
Submódulo 2.8, item 9.4.3.2.

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(c) Quanto à demonstração da utilização do método:


i. Os relatórios da Transmissora devem explicitar clara e inequivocamente, para cada uma das
Tabelas de correntes harmônicas geradas pelas conversoras de corrente contínua, para cada
patamar de transmissão de potência lá indicado (coluna a coluna), todas as variações de
parâmetros consideradas para o cálculo das correntes.
ii. Os relatórios da Transmissora devem explicitar clara e inequivocamente, para cada uma das
Tabelas que apresentam os valores de distorção harmônica, para cada patamar de
transmissão de potência lá indicado (coluna a coluna), as configurações de filtragem e bancos
de capacitores consideradas, bem como, para o caso decisivo de dissintonia, em cada caso,
os valores adotados para os componentes dos filtros.
(d) Quanto ao cálculo do “rating” transitório
Na determinação do “rating” transitório e dos equipamentos para controle das sobretensões impostas aos
componentes dos filtros, deverão ser considerados, dentre outras condições, as sobretensões produzidas
durante energização de transformadores, a aplicação e a eliminação de faltas, considerando a possibilidade de
falha do sistema de proteção primária responsável, inclusive com bloqueio dos conversores.
Devem também ser considerados os efeitos dos curtos-circuitos aplicados nos terminais dos filtros.

6.1.3 DESLIGAMENTO DE FILTROS CA


Devem ser disponibilizados os sinais de controle necessários à supervisão dos elementos dos filtros/
compensação reativa e a tomada de ações de controle, por meio do controle mestre.
Devem ser concebidas e implementadas todas as sequencias de desligamento de filtros identificadas como
necessárias pelos estudos do planejamento da expansão (EPE) ou ainda recomendadas pelos estudos
operativos realizados pelo ONS.
A TRANSMISSORA deverá identificar a necessidade de desligamentos dos filtros e/ou capacitores e/ou
reatores em situações específicas e implementar tais desligamentos, mesmo que seja necessária a aquisição
de equipamentos especiais.

6.2 FILTROS DO LADO CC


6.2.1 REQUISITOS GERAIS
 A TRANSMISSORA deverá manter, para todas as etapas de implementação do empreendimento, um
desempenho harmônico adequado, considerando as condições de máxima dessintonia dos filtros e as
condições mais severas de geração de tensões harmônicas pelos conversores.
 O desempenho harmônico deve ser demonstrado por meio de estudos e medições. Deve(m) ser
atendido(s) o(s) critério(s) estabelecido(s) neste item.
 Deve ser considerado um desbalanço máximo de sequência negativa de 1% para o desempenho
harmônico e 2% para o rating.
 Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática devem ser considerados os erros de
controle.

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 A TRANSMISSORA deverá, no Projeto Básico Fase de Detalhamento, realizar estudo de coordenação


indutiva de maneira a verificar os circuitos telefônicos que apresentam interferência superior à
permitida. Para tais circuitos, a TRANSMISSORA será responsável, junto às concessionárias que
operem tais linhas de comunicação, por implantar os meios necessários para mitigar os efeitos da
interferência.
 As capacidades nominais (ratings) dos componentes dos filtros devem ser dimensionadas para
suportar o aumento da geração de harmônicas para a operação nas condições não nominais
mencionadas no item 5.5.2.
 A metodologia utilizada para determinação das correntes harmônicas deve ser compatível com aquela
estabelecida para os filtros CA, ou seja, deve garantir o desacoplamento das harmônicas do lado CC
e do lado CA, por meio da consideração de barra infinita no lado CA e de reator de alisamento infinito
do lado CC.

6.2.2 REQUISITOS PARA O CÁLCULO DE DESEMPENHO


(a) Quanto aos modos de operação
Deverão ser considerados, para a avaliação do desempenho harmônico, os modos de operação das
conversoras relacionados na Tabela 6.1, com a seguinte definição dos requisitos:
A e B–Deve atender ao desempenho harmônico explicitado no item (b) a seguir.
C– O nível de interferência gerada pelas conversoras nas condições de operação em sobrecarga deve
ser informado pela TRANSMISSORA, em qualquer modo ou combinação de modos operativos
disponíveis. Para o cálculo de capacidade (rating) ver item 6.2.3.
(b) Quanto aos critérios de desempenho
 As correntes harmônicas nas linhas CC e linhas de eletrodo não devem produzir interferências, em
linhas de telecomunicação em operação na data de comissionamento do elo CC, acima dos limites
estabelecidos nas normas correspondentes. Para tanto, na avaliação do desempenho do elo CC o valor
de corrente equivalente de distúrbio em operação bipolar, com todos os filtros presentes, não poderá
exceder 500 mA, enquanto que em operação monopolar com todos os filtros (retorno pelo solo ou
metálico) tal valor não poderá exceder 1000 mA. Durante a operação bipolar em condição (n-1) de
filtros CC, os valores de correntes harmônicas nas linhas CC e nas linhas dos eletrodos não devem
exceder a 1000 mA. Cabe a TRANSMISSORA definir o critério a ser adotado em operação monopolar
em condição (n-1) de filtros. Estas correntes harmônicas devem ser calculadas segundo os
procedimentos estabelecidos na IEC60919-1.
 É de responsabilidade da TRANSMISSORA mitigar os efeitos de interferências que venham a ser
indicadas pelas concessionárias que operem as linhas de comunicação na região sob influência das
linhas CC e linhas de eletrodo.
 Os filtros CC devem minimizar os efeitos da corrente induzida, em 60 Hz, por linhas CA na linha CC,
evitando potenciais distúrbios nos sistemas de controle do elo CC, bem como a saturação indesejável
dos transformadores conversores, o que poderia eventualmente causar desligamento bipolar.

6.2.3 REQUISITOS PARA O CÁLCULO DO DIMENSIONAMENTO (RATING) DOS COMPONENTES DOS FILTROS
Para o cálculo do dimensionamento dos componentes dos filtros a TRANSMISSORA deverá considerar que
esses equipamentos devem operar sem qualquer restrição e/ou ocorrência de danos durante:

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

(a) Operação com a frequência nominal e para variações de frequência na faixa definida no item 5.3.1 (a);
(b) Ressonância de filtros de mesma sintonia;
(c) Máxima tensão de emergência em regime permanente na rede CA;
(d) Condições de sobretensões, incluindo ferrorressonâncias, rejeição de carga e recuperação de faltas no
lado CC ou no lado CA da conversora;
(e) Nos modos de operação definidos na Tabela 6.1.
(f) Operação com qualquer dos filtros CC pertencentes a qualquer das estações conversoras fora de
operação;
(g) Pior ressonância entre filtros CC, reator de alisamento e linha de transmissão CC;
(h) Quanto ao cálculo do rating transitório devem ser considerados os efeitos dos curtos-circuitos aplicados
nos terminais e nas proximidades dos filtros

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

7 ELETRODOS DE ATERRAMENTO
7.1 REQUISITOS GERAIS
O Bipolo 2 deve ser provido de eletrodos de terra para escoamento das correntes de retorno em operação
monopolar e das correntes resultantes de condições operativas desbalanceadas. O projeto do eletrodo deve
considerar todos os modos de operação previstos para o bipolo e a possibilidade de operação em sobrecarga,
nestes modos, conforme definidos no item 5.5.3.
É prerrogativa da Transmissora a escolha do local de implantação do eletrodo de terra, cuja distância mínima
à subestação onde estiver conectado deverá ser igual ou superior a 15 km.
Não poderá haver circulação de corrente contínua pelo neutro dos transformadores conversores, ou em
transformadores de subestações vizinhas, capaz de provocar a sua saturação, conforme descrito no item 5.5.8.
O projeto deverá prever o compartilhamento do uso do eletrodo, na SE Xingu, pelo Bipolo 1. O eletrodo de terra
do Bipolo 2 deve ser dimensionado para que possa escoar tanto as correntes próprias quanto as do Bipolo 1,
que compartilhará a mesma subestação, de acordo com os seguintes valores limite:
(a) Operação Bipolar do Bipolo 2: 40 A contínuo por todo o ano;
(b) Operação Bipolar compartilhada pelos bipolos 1 e 2: 80 A por 2 meses ao longo de 1 ano;
(c) Operação Monopolar com retorno pela terra do Bipolo 2: 2.540 A por 250 horas por ano, sendo:
 220 horas para uso próprio, consideradas cumulativamente para todo o período de concessão e
devidamente garantidas no dimensionamento;
 30 horas anuais a serem cedidas para compartilhamento, caso necessário, com o Bipolo 1.
(d) Operação Monopolar com retorno pela terra com sobrecarga de um dos bipolos com o outro Bipolo em
operação bipolar: 3.365 A por 300 minutos por ano.

7.2 INTERFERÊNCIAS
A transmissora deverá determinar, através de estudos, os efeitos que as correntes CC injetadas no solo pelos
eletrodos poderão provocar ao circular pelos neutros dos transformadores da rede elétrica, nas torres das linhas
de transmissão, na proteção catódica de dutos e demais estruturas metálicas, localizadas em sua área de
influência.
O eletrodo de terra deve ser dimensionado de forma a garantir a segurança de seres vivos quanto a potenciais
de passo e toque e a potenciais transferidos, considerando a circulação da corrente de sobrecarga e um
subeletrodo fora de serviço.
A transmissora deve tomar as providencias para mitigar todos os efeitos de interferência (corrosão de dutos e
estruturas metálicas de linhas de transmissão e seus aterramentos, saturação de transformadores CA, entre
outros) que o retorno da corrente CC no solo poderá provocar, de acordo com os requisitos das empresas
proprietárias dos ativos sujeitos a interferência.

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7.3 CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS


O dimensionamento dos eletrodos de terra do Bipolo 2 deve considerar as seguintes situações:
(a) Operação bipolar com um valor máximo de desbalanço de 40 A, em regime contínuo.
(b) Capacidade para operar 10 vezes por ano (intervalo mínimo de 24 horas entre operações subsequentes)
em operação monopolar com a máxima corrente de sobrecarga de longa duração e com duração total de
5 horas por ano. Tais condições devem ser atendidas com um dos subeletrodos fora de serviço.
A máxima densidade de corrente superficial deve ser menor que aquela que provoque migração de água por
eletro-osmose. Em caso de utilização de eletrodo em anel a máxima densidade para efeito de dimensionamento
deve ser inferior a 0,5 A/m².
Nas condições ambientais e do solo mais desfavoráveis e na circulação de corrente máxima pela linha do
eletrodo (no modo de operação monopolar), a elevação de temperatura dos eletrodos em relação ao ambiente
não pode exceder a 60°C, desde que a temperatura final não seja superior a 100ºC.
Além da conexão das linhas do eletrodo aos eletrodos, devem ser especificados os equipamentos necessários
para a equalização da distribuição de corrente nas várias secções do eletrodo, bem como os dispositivos para
monitoramento adequado da temperatura na superfície do eletrodo e da umidade do solo.

7.4 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS


Para efeito da escolha do local dos eletrodos, a modelagem adotada para a resistividade do solo e sua
estratificação deve ser devidamente justificada e comprovada a partir de medição. Para pequenas
profundidades, pode ser utilizado o método Wenner ou similar e, para camadas mais profundas, devem ser
utilizados métodos geológicos, como o método de medição magneto-telúrica ou similar.
A resistência de aterramento do eletrodo de terra deve ser igual ou inferior a 0,35 , com um subeletrodo fora
de serviço.
O eletrodo de terra deve ser dimensionado de forma a possibilitar sua operação em regime anódico ou catódico.

7.5 LINHA DO ELETRODO


7.5.1 CAPACIDADE DE CORRENTE
A linha do eletrodo deve ser projetada com dois conjuntos de condutores ou feixes de subcondutores
independentes na mesma estrutura, conectados por meio de chaves seccionadoras em ambas as
extremidades, de modo a permitir operar com um conjunto ou feixe em manutenção (linha-viva), com corrente
nominal.
A linha do eletrodo deverá ser dimensionada de forma a permitir a operação do bipolo ao qual pertence, sem
qualquer tipo de restrição, para todos os modos operativos definidos no item 5.5.3. Em caso de
compartilhamento da linha do eletrodo com outro bipolo na mesma estação conversora, a linha do eletrodo
deverá ser dimensionada para permitir, no mínimo, operação do primeiro bipolo em operação bipolar e do
segundo bipolo com operação monopolar, acrescida da sobrecarga disponível para este tipo de operação.

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7.5.2 DEFINIÇÃO DA FLECHA MÁXIMA DOS CONDUTORES


As distâncias de segurança da linha do eletrodo devem ser calculadas considerando a máxima corrente prevista
para a operação do bipolo e levando em conta a ocorrência simultânea das seguintes condições climáticas:
(a) Temperaturas conforme item 5.2;
(b) Radiação solar máxima da região;
(c) Brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.

7.5.3 PERDA JOULE NOS CABOS CONDUTORES


A resistência equivalente por unidade de comprimento do feixe de subcondutores que compõe a linha de
eletrodo deve ser igual ou inferior a 0,01250 Ohms/km a corrente contínua a 20º C.

7.5.4 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO


As cadeias de isoladores deverão contemplar, para uma classe de tensão de isolamento não inferior 34,5 kV,
um isolador adicional além de centelhadores, para facilitar a extinção do arco no caso de falta.
O aterramento das torres que suportam estas linhas, dentro e fora da subestação, deve apresentar resistência
compatível com a necessidade de extinção do arco.

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8 CONTROLES DOS ELOS CC


8.1 FILOSOFIA DO CONTROLE – CONTROLE MESTRE
O sistema de controle deve ser projetado de forma a atender todos os modos de operação descritos no item
5.5.3 e ser implementado com os seguintes níveis hierárquicos:
 Controle de nível hierárquico superior: Controle Mestre
 Controle do Bipolo
 Controle de Pólos
 Controle de Conversores
A Transmissora responsável pelo Bipolo 2 deve prover todos os serviços necessários, de forma a viabilizar o
funcionamento coordenado do controle do Bipolo 2 considerando a existência do Bipolo 1, em todos níveis de
atuação. Todos os níveis do sistema de controle do Bipolo 2 devem ter redundância mínima de 100%,
considerando os requisitos de confiabilidade descritos no item 8 . 2 . 7 . Esta redundância se aplica também aos
serviços auxiliares de alimentação CC e CA. Tanto os painéis alimentados pelos serviços auxiliares CC quanto
àqueles alimentados pelos serviços auxiliares CA devem ser completamente independentes.
O Controle Mestre, no Bipolo 2, na SE Xingu, deve:
(a) Ser projetado de forma a ser capaz de executar todas as funções sistêmicas de nível hierárquico superior,
que levem em conta a existência do Bipolo 1, bem como a operação conjunta ou separada dos dois bipolos.
(b) Considerar todos os sinais necessários a sua correta operação, incluindo os sinais topológicos referentes
ao estado dos equipamentos das subestações conversoras, bem como aqueles provenientes de usinas e
demais subestações e/ou linhas de transmissão que possam afetar o desempenho dos dois bipolos.
(c) Ser projetado de forma a permitir a plena integração com todos os sinais analógicos, digitais e chaves
eletrônicas do sistema de controle do Bipolo 1, em especial o seu Controle de Estação, aquisitando-os e
integrando-os no Controle Mestre.
O Controle Mestre do Bipolo 2 deverá ser dimensionado para desempenhar as seguintes funções principais
sem, no entanto, limitar-se a elas:
(a) Avaliar, implementar e comandar, com base nas topologias do SIN, da Subestação Xingu, da UHE Belo
Monte e nas ordens de potência dos Bipolo 1 e 2, a colocação ou retirada de filtros e compensação reativa;
(b) Avaliar e implementar ações de controle visando a correta operação do sistema, com base em sinais
provenientes de outras usinas e do estado de linhas CA adjacentes, que possam influenciar na potência
transmitida pelos Bipolo 1 e 2. A Transmissora será responsável pela aquisição remota destes sinais;
(c) Comandar as ações de controle do bipolo para a modulação da potência CC para auxiliar no processo de
estabilização de frequência dos sistemas CA;
(d) Efetuar ações de runback (redução de potência automática) ou run forward (aumento de potência
automática) para evitar variações de tensão e/ou frequência no sistema coletor (associado ao retificador),
ou para fazer frente a perda de linhas nos sistemas CA adjacentes às estações conversoras, retificadora
ou inversora, ou perda de elementos que compõem o sistema de geração, que impossibilite a manutenção
do nível de potência transmitido pelos elos CC.
(e) Comandar as ações para amortecimento de oscilações dos sistemas CA;

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(f) Em caso de perda de conversores deverá supervisionar a retirada automática de filtros CA e/ou capacitores
para reduzir as sobretensões nos sistemas CA para os níveis estipulados pelos Procedimentos de Rede;
(g) Efetuar redistribuição de potência entre os polos ou bipolos nos casos de perda de linhas CC ou de conversores.
O Controle Mestre do Bipolo 2 deverá também estar equipado para comandar automaticamente a abertura de
equipamentos pertencentes ao seu empreendimento, como por exemplo filtros CA, e para comandar a abertura
de equipamentos de terceiros, tais como linhas de transmissão e/ou geradores, seja por ação direta ou por
meio de centros de controle de terceiros, inclusive do ONS. Em caso de equipamentos de terceiros, caberá ao
Sistema de Controle e Proteção do agente proprietário desses equipamentos processar a ação solicitada e
enviar os comandos para os seus equipamentos, conforme os requisitos de tempo de resposta necessários.
No caso específico do agente UHE Belo Monte, a TRANSMISSORA deverá analisar e se responsabilizar pelo
pleno funcionamento do sistema existente de automação, controle e comunicação do Controle dos elos CC,
instalado na UHE Belo Monte, com a incorporação do Bipolo 2, incluindo as seguintes atividades:
(a) Verificação do projeto completo e da instalação dos painéis do Controle de Estação do Bipolo 1 e do Controle de
Interface Estação/Usina, já instalados pelo Bipolo 1, realizando todas as modificações e ajustes necessários ao seu
pleno funcionamento, quer seja na condição de ambos os bipolos em operação ou na eventualidade da operação
isolada do Bipolo 1 com a indisponibilidade do Controle Mestre, localizado funcionalmente no Bipolo 2;
(b) A supervisão de montagem, comissionamento, treinamento, as peças sobressalentes e as ferramentas especiais
dos painéis que eventualmente tenham de ser modificados, trocados ou ajustados, instalados na SE Xingu (Controle
de Estação do Bipolo 1) e na UHE Belo Monte;
(c) Todas as interfaces e equipamentos de telecomunicação necessários à transmissão de dados entre o Controle
Mestre e o Controle de Interface Estação/Usina, bem como o meio de comunicação em fibra ótica, o qual deve ser
100% redundante;
(d) Fornecer e montar todos os cabos e vias de cabos para atender as necessidades dos controles envolvidos, inclusive
àqueles utilizados para interfacear com equipamentos e painéis de controle e proteção de outros agentes;
(e) A instalação de todo o sistema de GPS necessário para o Controle Mestre e de Interface Estação/Usina.
Quanto ao relacionamento entre o Controle Mestre e o Controle de Interface Estação/Usina, implementado pelo
Bipolo 1 na SE Belo Monte:
(a) O Controle de Interface Estação/Usina deverá enviar, por protocolo de comunicação, todas as medidas analógicas
e digitais das Unidades Geradoras ao Controle Mestre e receber deste os comandos de ação e demais informações
necessárias para a otimização da operação conjunta.
(b) Na definição dos tempos de latência máximos, necessários a correta operação dos Bipolos 1 e 2, determinados por
estudos da TRANSMISSORA, devem ser considerados inicialmente os retardos associados ao Sistema de Controle
da Usina de Belo Monte bem como ao sistema de Controle de Estação do Bipolo 1. Caso seja verificada a
necessidade de adequação do Controle de Interface Estação Usina, com instalação de equipamentos adicionais, os
custos de aquisição e instalação desses equipamentos serão de responsabilidade da TRANSMISSORA.
(c) Cabe a TRANSMISSORA entrar em contato com o Agente Gerador responsável pela UHE Belo Monte, de forma a
obter as informações necessárias. O tempo máximo total de atuação está limitado em 150 ms.
O sistema de processamento do Controle Mestre e, no caso de adequação do Controle de Interface
Estação/Usina implementado pelo Bipolo 1, este deverá ser específico para aplicação de controle e proteção
de Unidades Conversoras (HVDC) e Unidades Geradoras associadas.

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8.2 DESEMPENHO DO SISTEMA DE CONTROLE DO ELO CC


8.2.1 REQUISITOS GERAIS
Os modos de controle de corrente e de potência devem estar disponíveis para toda a faixa operativa.
Os controles dos conversores devem ser projetados para assegurar que não ocorram mudanças de modo de
controle devidas a variações de até 3% da tensão nominal CA do sistema.
O controle deve ser capaz de alterar, automaticamente, o modo de controle de potência para controle de
corrente após perda da telecomunicação, problemas no suporte de reativos, proximidade de condições de
instabilidade de tensão ou falha de comutação, retornando ao modo de controle de potência imediatamente
após a estabilização do sistema.
Deve ser possível ao operador exercer as seguintes funções:
(a) Selecionar o modo de operação, entre os definidos no item 5.5.3;
(b) Selecionar o local de controle do despacho, seja no retificador, seja no inversor;
(c) Selecionar potência total, taxa de variação, sentido do fluxo e distribuição de potência nos polos;
(d) Ligar ou desligar filtros e capacitores em derivação e posicionar comutadores de derivação em carga;
(e) Comandar partida e parada do elo CC, parada do sistema em emergência e alteração de tomada de carga.
O sistema deve ter um controle que use os comutadores de derivação em carga dos transformadores
conversores para auxiliar no controle das válvulas, otimizando o uso de potência reativa, bem como a margem
do ângulo alfa e o nominal de gama.
Além dos controles convencionais, o sistema de controle deve possibilitar, no mínimo:
(a) A minimização do consumo de potência reativa das conversoras;
(b) O controle da frequência por meio da variação da corrente ou da potência ativa, no lado retificador, para fazer frente
a perdas de geração ou a rejeição de carga no elo CC;
(c) A modulação da potência ativa para estabilização do sistema CA e para reduzir instabilidades angulares;
(d) O amortecimento de ressonâncias subsíncronas, devendo dispor de uma função SSDC (Subsynchronous Damping
Controller);
(e) A redução temporária da potência ou da corrente para controlar contingências no sistema CA, a fim de evitar
instabilidade de tensão e falhas de comutação no inversor, incluindo ações de runback a partir de eventos na rede
de geração no lado da SE Xingu. A informação de abertura das linhas de transmissão em CA que partem das
subestações conversoras deve ser processada pelo controle do bipolo, que definirá o limite máximo de injeção de
potência suportável pela rede CA, de forma que a redução da potência ou da corrente usada para controlar
contingências no sistema CA (run back limiter)seja efetiva;
(f) A eliminação do fenômeno de autoexcitação em geradores próximos as conversoras, por meio de ações de controle
do montante de potência reativa advinda de seus filtros e da potência reativa injetada sobre as unidades geradoras
em caso de reduções drásticas da potência transmitida pela linha CC.
(g) Identificar a possibilidade de injeção de potência das pontes conversoras, operando como inversores, sobre os filtros
CA, em caso de isolamento do elo CC após abertura dos disjuntores de qualquer terminal da última linha CA,
efetuando o bloqueio dos filtros imediatamente.

8.2.2 TEMPOS DE RESPOSTA

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Os tempos de resposta devem ser atendidos considerando as configurações de rede previstas no item 2.1,
considerando a possibilidade de operação do elo CC com fluxo de potência nos dois sentidos.
(a) O erro do controle de potência não deve ser superior a 1,5%.
(b) O erro do controle de corrente não deve ser superior a 0,7%.
Em caso de recuperação após qualquer falta transitória, no lado CA, o elo CC deve recuperar a potência
transmitida para o valor de 90% daquela transmitida antes da falta em, no máximo, 220 ms, sem posterior
redução da potência. Durante o período de recuperação não deve ocorrer nenhuma falha de comutação. Estão
incluídos nesse caso os religamentos com ou sem sucesso.
Em caso de faltas na linha CC, o sistema de controle deve restabelecer 90% da potência que era transmitida
antes do defeito, em 150 ms , sem incluir o tempo de arco e de deionização.
Em caso de aplicação de degrau na corrente ou na potência, deve-se atender aos requisitos abaixo:
(a) Resposta da corrente CC ao degrau
Para operação em qualquer nível de potência, a corrente CC deve responder a um degrau de aumento ou de
diminuição na ordem, atingindo 90% do valor final, sem redução posterior, da seguinte forma:
(a) Para um degrau aplicado à ordem de corrente inferior à margem de corrente do projeto, já considerando as
tolerâncias e erros de medição da corrente, em até 30 ms;
(b) Para um degrau de 30% na ordem de corrente, em até 70 ms.
(b) Resposta da potência CC ao degrau
O controlador de potência CC deve ser ajustado de tal maneira que o sistema CC tenha as características de
um sistema de corrente constante para defeitos nos sistemas CA, seguidos de oscilações amortecidas de
tensão e de potência de baixa frequência na faixa de 0,2 a 2 Hz.
A resposta do controlador de potência para um degrau de aumento ou diminuição na ordem de potência de
50%, deve ser tal que, em até 150 ms, 90% do valor na nova ordem, sem redução posterior, seja atingida.
(a) Resposta da tensão CC
A resposta da tensão CC deve ser tal que para qualquer degrau de corrente, potência ou tensão CA, a tensão
CC não seja superior a 830 kV.

8.2.3 INVERSÃO DO FLUXO DE POTÊNCIA NA LINHA CC


Os controles devem ser capazes de reverter o fluxo de potência do elo CC, que deve operar com qualquer
potência entre a potência mínima e a capacidade de transmissão do elo CC estabelecida no item 5.4.2, assim
como nas condições de sobrecarga estabelecidas no item 5.5.2.

8.2.4 LIMITADOR DE CORRENTE


O sistema de controle do elo CC deve ser provido de um limitador da ordem de corrente, dependente da tensão
CC, para limitar transitoriamente a ordem de corrente no retificador durante abaixamento da tensão CC. Esse
limitador deve ser dimensionado com base nos estudos de sistema.

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8.2.5 CONTROLE DE DESBALANÇO DOS POLOS


O controle de desbalanceamento dos polos pertencentes ao controle da estação conversora deve ser projetado
para minimizar a corrente na linha do eletrodo.
A corrente de desbalanço entre polos da transmissão bipolar deve ser inferior a 1,5% da corrente nominal.

8.2.6 TELECOMUNICAÇÃO
Falhas do sistema de comunicações não devem causar operação incorreta do sistema de controle do elo CC.
Caso ocorra falha da comunicação entre as estações, a transmissão de potência deve ser mantida no mesmo
nível existente antes da falha.
Durante falha de telecomunicação entre as estações, deve ser possível partir, operar e parar manualmente o
elo da sala de controle local de uma das estações. Nesse caso, a comunicação entre os operadores das
estações conversoras é mantida por telefone ou por outro meio de comunicação.

8.2.7 CONFIABILIDADE DO SISTEMA DE CONTROLE.


Os sistemas de controle devem ser projetados para que, durante operação do elo CC, se mantenham
com redundância integral, mesmo sob situações de testes ou reparos de um dos sistemas. Esta situação
não poderá afetar o funcionamento dos sistemas de controle, nem reduzir a redundância de 100%. A
perda de um dos dois sistemas de controle não deve causar distúrbio na potência transmitida nem a perda de
um polo.

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9 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE CONTÍNUA – LT-CC


A LT-CC em ±800 kV tem origem no pórtico da Subestação Xingu e término no pórtico da Subestação Terminal
Rio. Foi estudado, de acordo com o Relatório R3, um corredor com 20 km de largura.
Na definição da diretriz preferencial do Bipolo 2 foi considerada uma distância mínima de 10 km em relação à
diretriz da LT-CC ±800 kV Xingu – Estreito, do Bipolo 1. Essa distância mínima deverá ser observada na
implantação da LT-CC ±800 kV Xingu – Terminal Rio.
Este afastamento mínimo de 10 km, também, deverá ser observado para as linhas troncais em 500 kV, tais
como Interligação Norte – Sul e Norte – Nordeste.
Na impossibilidade de atendimento ao disposto nos dois parágrafos anteriores, a Transmissora deverá
apresentar justificativas junto ao Projeto Básico Etapa de Concepção, para aprovação da ANEEL.

9.1 CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS


9.1.1 CAPACIDADE DE CORRENTE
A capacidade operativa de longa duração da LT-CC ±800 kV Xingú – Terminal Rio deve ser de pelo menos
2625 A por polo. A capacidade operativa de curta duração dessa LT-CC deve ser de pelo menos 3500 A por
polo.
A capacidade de corrente de longa duração corresponde ao valor de corrente da linha de transmissão em
condição normal de operação e deve atender às diretrizes fixadas pela norma técnica NBR 5422 da ABNT.

9.1.2 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA


A tensão máxima operativa da linha de transmissão, para a classe de tensão correspondente está indicada na
Tabela 9.1.
TABELA 9.1 – CLASSE DE TENSÃO E TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA DA LT-CC

Classe de Tensão máxima


tensão [kV CC] operativa [kV CC]
800 830

9.2 REQUISITOS ELÉTRICOS


9.2.1 FLECHA MÁXIMA DOS CONDUTORES
A linha de transmissão deve ser projetada de acordo com as prescrições da Norma Técnica NBR 5422, da
ABNT, de forma a preservar, em sua operação, as distâncias de segurança nela estabelecidas.
A distância do condutor ao solo para uma corrente no pólo de 3500 A deve ser igual ou superior a 19,9 m,
considerando a ocorrência simultânea das seguintes condições climáticas:
 Temperatura máxima média da região;
 Radiação solar máxima da região; e
 Brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.

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A linha de transmissão deve ser projetada de sorte a não apresentar óbices técnicos à instalação de
monitoramento de distâncias de segurança, cuja implantação pode, a qualquer tempo, vir a ser solicitada pela
ANEEL.

9.2.2 CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DOS ACESSÓRIOS, CONEXÕES E DEMAIS COMPONENTES


Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser dimensionados de forma
a não criar restrição à operação da linha. Deverão ser atendidas, também, as prescrições das normas de
dimensionamento e ensaios de ferragens eletrotécnicas de linhas de transmissão, em especial à norma NBR
7095 da ABNT, ou sua sucessora.

9.2.3 CABOS PARA-RAIOS


A LT deve dispor de pelo menos dois cabos para-raios. Pelo menos um dos cabos para-raios deve ser do tipo
OPGW com características mecânicas e capacidade de corrente similares às de um cabo de aço 3/8” EAR e
com quantidade mínima de 6 (seis) pares de fibras ópticas dedicadas exclusivamente à transmissão de sinais
necessários à operação do bipolo. O outro cabo deve ter características mecânicas e capacidade de corrente
iguais ou superiores ao do cabo tipo aço galvanizado EAR e bitola 3/8”.

9.2.4 PERDA JOULE NOS CABOS CONDUTORES


A resistência equivalente por unidade de comprimento do feixe de subcondutores que compõe um pólo da LT
deve ser igual ou inferior a 0,00672 /km, em corrente contínua, a 50ºC.

9.3 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO


A TRANSMISSORA deverá comprovar por cálculo ou simulação que o dimensionamento dos espaçamentos
elétricos das estruturas da família de estruturas da LT foi feito de forma a assegurar o atendimento dos
requisitos abaixo.

9.3.1 ISOLAMENTO À TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA


Para dimensionar o isolamento da linha de transmissão para tensão máxima operativa, deve ser considerado
o balanço da cadeia de isoladores sob ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 50 (cinquenta)
anos.
A distância de escoamento mínima da cadeia de isoladores deve ser determinada conforme norma IEC em
vigor, considerando o nível de poluição da região de implantação da LT-CC, entretanto não poderá ser adotado
pela TRANSMISSORA valor inferior a 30 mm/kV. A TRANSMISSORA deverá demonstrar que a distância de
escoamento adotada propiciará um desempenho adequado da linha CC, considerando-se o nível de poluição
atual e futuro, levando-se em conta nesta avaliação, inclusive, as referências internacionais disponíveis sobre
o tema.
Deve ser garantida a distância de segurança entre qualquer condutor da linha e objetos situados na faixa de
segurança, tanto para a condição sem vento quanto para a condição de balanço dos cabos e cadeias de
isoladores devido à ação de vento com período de retorno de, no mínimo, 50 (cinquenta) anos. Na condição de
balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento, essa distância de segurança deve ser
também garantida:

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

 Ao longo de toda a LT, independentemente do comprimento do vão, mesmo que para tanto a largura
da faixa de segurança seja variável ao longo da LT, em função do comprimento do vão; e
 Para qualquer topologia de terreno na faixa de segurança, especificamente quando há perfil lateral
inclinado (em aclive).

9.3.2 ISOLAMENTO NA OCORRÊNCIA DE CURTO-CIRCUITO AO LONGO DA LT


Nas ocorrências de curto-circuito polo para a terra, ao longo da LT, o risco de falha de isolamento no outro polo
para a terra (polo são-terra), devido a sobretensão, deve ser igual ou inferior a 10-3.

9.3.3 DESEMPENHO A DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


O número total de falhas de isolamento de um polo por descargas atmosféricas deve ser igual ou inferior a uma
falha por 100 km por ano.
As estruturas deverão ser dimensionadas com pelo menos dois cabos para-raios, dispostos sobre os cabos
condutores de forma que, para o terreno predominante da região, a probabilidade de falha de isolamento
causado por descargas diretas nos cabos condutores seja igual ou inferior a 10–2 falhas por 100 km por ano.

9.3.4 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA


Os efeitos tratados nas alíneas (a) a (d) devem ser verificados à tensão máxima operativa da linha indicada na
Tabela 9.1.
(a) Corona visual
A linha de transmissão, com cabos condutores e para-raios (considerando o fator de superfície
correspondente a cabo envelhecido) e seus acessórios, bem como as ferragens das cadeias de isoladores,
não deve apresentar corona visual em 90% do tempo para as condições atmosféricas predominantes na
região atravessada pela LT.
(b) Rádio interferência
A mediana da distribuição da relação sinal/ruído no limite da faixa de segurança deve ser igual ou superior
a 24 dB, para o período de um ano. O sinal adotado para o cálculo deve ser o nível mínimo de sinal na
região atravessada pela LT, conforme resolução DENTEL ou sua sucessora, desde que não superior a 66
dB acima de 1 µV/metro a 1 MHz.
(c) Ruído audível
A mediana da distribuição do valor do ruído audível no limite da faixa de segurança deve ser igual ou
inferior a 42 dBA, para tempo bom.
(d) Campo elétrico e corrente iônica
Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398 de 23 de março de 2010,
revisada pela Resolução Normativa ANEEL nº 616 de 1 de julho de 2014).
Respeitar, como valor mínimo, os valores de altura mínima do condutor ao solo (19,9 metros) e largura de
faixa (108 metros) utilizados no Relatório R2."
(e) Campo magnético
Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398 de 23 de março de 2010,
revisada pela Resolução Normativa ANEEL nº 616 de 1 de julho de 2014).

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

A TRANSMISSORA deverá cuidar para mitigar efeitos de interferência magnética sobre bússolas.

9.3.5 TRAVESSIA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO EXISTENTES


A TRANSMISSORA deve evitar ao máximo o cruzamento sobre linhas de transmissão existentes. Caso o
cruzamento seja inevitável, a TRANSMISSORA deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das
subestações quanto ao longo do traçado das linhas de transmissão, e informar no Projeto Básico Etapa de
Concepção as providências que serão tomadas no sentido de minimizar os riscos inerentes a esses
cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a aprovação dessas providências. Todos os cruzamentos desta LT-
CC deverão ser realizados sobre as linhas existentes.
A TRANSMISSORA deverá relacionar no Projeto Básico Etapa de Concepção os cruzamentos da LT-CC em
projeto com outra(s) LT(s) existente(s) da Rede Básica. Seguem, abaixo, as informações mínimas da(s) LT(s)
em cruzamento a serem prestadas pelo agente:
 Identificação com as SEs terminais do trecho em questão;
 Tensão nominal;
 Número de circuitos;e
 Disposição das fases (horizontal, vertical, triangular etc)

9.4 REQUISITOS MECÂNICOS


9.4.1 CONFIABILIDADE
O projeto mecânico da linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60.826 – International
Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.
O nível de confiabilidade do projeto eletromecânico, expresso pelo período de retorno do vento extremo, deve
ser compatível com um nível intermediário entre os níveis 2 e 3 preconizados na IEC 60826. Deve ser adotado
período de retorno do vento igual ou superior a 250 anos.

9.4.2 PARÂMETROS DE VENTO


Para o projeto mecânico da linha de transmissão, os carregamentos oriundos da ação do vento em seus
componentes físicos devem ser estabelecidos a partir da caracterização probabilística das velocidades de vento
da região, com tratamento para fenômenos meteorológicos severos, tais como, sistemas frontais, tempestades,
tornados, furacões etc.
Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por estações
anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada pela linha de
transmissão:
(a) Média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas anuais de vento a
10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três) segundos (rajada) 10 (dez) minutos (vento
médio).
(b) Velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno correspondente ao vento
extremo, como definido no item 9.4.1, e tempos de integração para o cálculo da média de 3 (três) segundos
e 10 (dez) minutos. Se o número de anos da série de dados de velocidade for pequeno, na estimativa da

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velocidade máxima anual deve ser adotado, no mínimo, um coeficiente de variação compatível com as
séries mais longas de dados de velocidades de ventos medidas na região.
(c) Coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo de integração
da média de 10 (dez) minutos.
(d) Categoria do terreno adotada para o local das medições.
No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser considerada a categoria de
terreno definida na IEC 60826 que melhor se ajuste à topologia do corredor da LT.

9.4.3 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS.


O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de tração normal e de
referência – definidos a partir da combinação de condições climáticas e de envelhecimento do cabo como se
segue.
(a) Estado básico
 Para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33% da tração de
ruptura do cabo.
 Para condições de vento com período de retorno de 50 anos, a tração axial máxima deve ser limitada
a 50% da tração de ruptura do cabo.
 Para condições de vento extremo, como definido no item 9.4.1, a tração axial máxima deve ser limitada
a 70% da tração de ruptura do cabo.
(b) Estado de tração normal (EDS everyday stress)
 O tracionamento médio dos cabos deve ser compatível com o desempenho mecânico no que diz
respeito à fadiga ao longo da vida útil da linha de transmissão conforme abordado no item 9.4.4.
(c) Estado de referência
 A distância mínima ao solo do condutor (clearance) deve ser verificada sem considerar a pressão de
vento atuante.

9.4.4 FADIGA MECÂNICA DOS CABOS


Os dispositivos propostos para amortecer as vibrações eólicas devem ter sua eficiência e durabilidade avaliadas
por ensaios que demonstrem sua capacidade de amortecer os diferentes tipos de vibrações eólicas e sua
resistência à fadiga, sem perda de suas características de amortecimento e sem causar danos aos cabos.
É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos, o desenvolvimento e a aplicação
de sistema de amortecimento para prevenção de vibrações eólicas e efeitos relacionados com a fadiga dos
cabos, de forma a garantir que estes não estejam sujeitos a danos ao longo da vida útil da linha de transmissão.
A solicitação aos cabos deve ser dimensionada de forma compatível com seu tipo e sua formação.

9.4.5 CARGAS MECÂNICAS SOBRE AS ESTRUTURAS


O projeto mecânico da linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60826. Além das hipóteses
previstas na IEC, é obrigatória a introdução de hipóteses de carregamento que reflitam tormentas elétricas.

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Devem ser previstas necessariamente as cargas a que as estruturas estarão submetidas nas condições mais
desfavoráveis de montagem e manutenção, inclusive em linha viva.
Para o caso de uma linha de transmissão construída com estruturas metálicas em treliça, as cantoneiras de
aço-carbono ou microligas laminadas a quente devem obedecer aos requisitos de segurança estabelecidos na
Portaria nº 243 do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, publicada
no Diário Oficial da União, de 17 de dezembro de 2002.

9.4.6 FUNDAÇÕES
No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as solicitações transmitidas pela
estrutura às fundações devem ser majoradas pelo fator mínimo 1,10. Essas solicitações, calculadas a partir das
cargas de projeto da estrutura, considerando suas condições particulares de aplicação – vão gravante, vão de
vento, ângulo de deflexão, fim de linha e altura da estrutura – passam a ser consideradas cargas de projeto das
fundações.
As fundações de cada estrutura devem ser projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a adequar todos
os esforços resultantes de cada estrutura às condições específicas do solo.
As propriedades físicas e mecânicas do solo devem ser determinadas de forma científica, de modo a retratar,
com precisão, os parâmetros geomecânicos do solo. Tal determinação deve ser realizada a partir das seguintes
etapas:
 Estudo e análise fisiográfica preliminar do traçado da linha com a consequente elaboração do plano de
investigação geotécnica;
 Estabelecimento dos parâmetros geomecânicos a partir do reconhecimento do subsolo com a
caracterização geológica e geotécnica do terreno, qualitativa e quantitativamente e
 Parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o projeto.
No cálculo das fundações, devem ser considerados os aspectos regionais geomorfológicos que influenciem o
estado do solo quanto aos aspectos de sensibilidade, expansibilidade e colapsividade, levando-se em conta a
sazonalidade.
A definição do tipo de fundação, bem como o seu dimensionamento estrutural e geotécnico, deve considerar
os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade de suporte do solo à compressão, ao arrancamento
e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na
engenharia geotécnica.

9.5 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS


9.5.1 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Os cabos para-raios de qualquer tipo e formação devem ter desempenho mecânico frente a descargas
atmosféricas igual ou superior ao do cabo de aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8″.
Todos os elementos sujeitos a descargas atmosféricas diretas da superestrutura de suporte dos cabos
condutores e cabos para-raios, incluindo as armações flexíveis de estruturas tipo Cross-Rope, Trapézio ou
Chainette, não devem sofrer redução da suportabilidade mecânica original após a ocorrência de descarga

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atmosférica. As cordoalhas de estruturas estaiadas monomastro ou V protegidas por cabos para-raios estão
isentas deste requisito.

9.5.2 CORROSÃO ELETROLÍTICA


É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos para prevenção dos efeitos
relacionados à corrosão em elementos da linha de transmissão em contato com o solo, de forma a garantir a
estabilidade estrutural dos suportes da linha e o bom funcionamento do sistema de aterramento ao longo da
vida útil da mesma.

9.5.3 CORROSÃO AMBIENTAL


Todos os componentes da linha de transmissão devem ter sua classe de galvanização compatível com a
agressividade do meio ambiente, particularmente em zonas litorâneas e industriais.

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10 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CORRENTE ALTERNADA

O desempenho sistêmico do conjunto formado pela linha CA e sua compensação reativa série e/ou paralela
deve ser similar ao do conjunto considerado na configuração básica. Esse desempenho é caracterizado pelo
resultado obtido em termos de fluxo de potência e resposta dinâmica em regime normal e nas situações de
contingência apresentadas na documentação técnica relativa ao empreendimento, item 16 deste Anexo
Técnico.

10.1 REQUISITOS GERAIS


A nova subestação ±800 kVCC/500 kVCA Terminal Rio estará integrada ao SIN por duas LTs em 500 kV para
SE Adrianópolis; uma LT 500 kV para a SE Resende e outra LT 500 kV para a SE Cachoeira Paulista
(resultantes dos seccionamentos das LTs Adrianópolis – Resende e Adrianópolis – Cachoeira Paulista) e duas
novas LTs em circuitos simples de 500 kV para a SE Nova Iguaçu.
Não será aceita a implantação das LTs 500 kV Terminal Rio – Nova Iguaçu C1 e C2 em circuito duplo. A diretriz
preferencial, constante no Relatório R3 16.3, para estas linhas intercepta a área da unidade do Exército DCMun.
A TRANSMISSORA dispõe de um corredor com 10 km de largura e poderá, a seu critério, desviar da área
militar.
Tendo em vista que, no caso dos seccionamentos, os novos trechos de linha virão a se constituir em extensão
da linha existente, os mesmos deverão ter características elétricas e mecânicas e desempenho iguais ou
superiores a da linha a ser seccionada.
A TRANSMISSORA deverá adotar nos novos trechos de linha os critérios e padrões de projeto e de construção
da concessionária da linha.

10.2 REQUISITOS ELÉTRICOS


10.2.1 CAPACIDADE DE CORRENTE DO CONDUTOR
A(s) linha(s) ou trecho(s) de linha de transmissão deve(m) ter capacidades operativas de longa e de curta
duração não inferiores aos valores indicados na Tabela 10-1.
TABELA 10-1 – CAPACIDADES OPERATIVAS DE LONGA E DE CURTA DURAÇÃO
Linha ou trecho(s) de linha de transmissão Longa duração (A) Curta duração (A)
LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT 2142 2699
Adrianópolis - Resende
LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da LT 2142 2699
Adrianópolis - Cachoeira Paulista
LT 500 kV Terminal Rio – Nova Iguaçu C1 e C2 4000 4760

A capacidade de corrente de longa duração corresponde ao valor de corrente da linha de transmissão em


condição normal de operação e deve atender às diretrizes fixadas pela norma técnica NBR 5422 da ABNT. A
capacidade de corrente de curta duração refere-se à condição de emergência estabelecida na norma técnica
NBR 5422 da ABNT.

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10.2.2 CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS


No dimensionamento dos cabos para-raios, deve ser adotada a corrente de curto-circuito indicada nas tabelas
abaixo, conforme o caso:
(a) Corrente de curto-circuito fase-terra, na subestação terminal, para o dimensionamento dos
novos cabos para-raios da linha de transmissão em projeto.
O dimensionamento dos cabos para-raios – seja no caso de nova linha de transmissão ou de
novo(s) trecho(s) de linha originado(s) a partir de seccionamento de linha existente – deve
adotar, como premissa, no mínimo, o(s) valor(es) de corrente de curto-circuito fase-terra
indicado(s) na Tabela 10-2, a seguir. Esse(s) valor(es) de corrente está(ão) referido(s) ao nível
de tensão do(s) barramento(s) da(s) subestação(ões) terminal(is).
TABELA 10-2 – CORRENTE(S) DE CURTO-CIRCUITO NA(S) SE(S) TERMINAL(IS) PARA O DIMENSIONAMENTO DOS CABOS PARA-RAIOS
DE NOVA LTA OU NOVO(S) TRECHO(S) DE LTA EM PROJETO

Linha ou trecho(s) de linha de Subestação(ões) Nível de tensão Valor de corrente de


transmissão terminal(is) do barramento curto-circuito fase-
de referência terra (kA)
(kV)
LT 500 kV Terminal Rio –
Terminal Rio e
Seccionamento da LT Adrianópolis -
Adrianópolis
500 63
Resende
LT 500 kV Terminal Rio –
Seccionamento da LT Adrianópolis - Resende 500 50
Resende
LT 500 kV Terminal Rio –
Terminal Rio e
Seccionamento da LT Adrianópolis -
Adrianópolis
500 63
Cachoeira Paulista
LT 500 kV Terminal Rio –
Seccionamento da LT Adrianópolis - Cachoeira Paulista 500 50
Cachoeira Paulista
LT 500 kV Terminal Rio – Nova
Iguaçu C1 e C2 Nova Iguaçu 500 63

(b) Corrente de curto-circuito fase-terra, na subestação terminal, para a verificação dos cabos
para-raios existentes da linha de transmissão a ser seccionada, se aplicável.
A TRANSMISSORA deverá verificar se os cabos para-raios existentes da linha a ser
seccionada, nas proximidades do ponto de seccionamento, suportam, sem danos, a circulação
de corrente quando da ocorrência de curto-circuito. Nessa verificação deverá ser adotado o
valor da corrente de curto-circuito fase-terra, na nova subestação terminal, conforme indicado
na Tabela 10-3 – Correntes de curto-circuito na nova SE terminal para a verificação e
dimensionamento dos cabos para-raios existentes da LTA a ser seccionada (coluna
verificação).
(c) Corrente de curto-circuito fase-terra, na subestação terminal, para o redimensionamento dos
cabos para-raios existentes da linha de transmissão a ser seccionada, se aplicável.
Caso a verificação de capacidade de corrente, referida no item (b), constate a superação dos
cabos para-raios existentes, o projeto básico deverá estudar e propor um novo arranjo de cabos

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para-raios que suporte, sem danos, a circulação de corrente quando da ocorrência de curto-
circuito, de forma a garantir, ao menos, o desempenho original da LTA a ser seccionada. Nesse
redimensionamento deverá ser adotado o valor da corrente de curto-circuito fase-terra, na nova
subestação terminal, conforme indicado na Tabela 10-3 – Correntes de curto-circuito na nova
SE terminal para a verificação e dimensionamento dos cabos para-raios existentes da LTA a
ser seccionada(coluna dimensionamento).
TABELA 10-3 – CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO NA NOVA SE TERMINAL PARA A VERIFICAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DOS CABOS
PARA-RAIOS EXISTENTES DA LTA A SER SECCIONADA

Valor da corrente de
Nível de tensão curto-circuito fase-
Linha de transmissão a ser Nova subestação terra (kA)
do barramento
seccionada terminal
de referência
Verifica- Dimensio-
ção namento

LT 500 kV Terminal Rio – Terminal Rio 500 kV 50 63


Seccionamento da LT Adrianópolis
- Resende

LT 500 kV Terminal Rio – Adrianópolis 500 kV 50 63


Seccionamento da LT Adrianópolis
- Resende

LT 500 kV Terminal Rio – Terminal Rio 500 kV 50 63


Seccionamento da LT Adrianópolis
- Cachoeira Paulista

LT 500 kV Terminal Rio – Adrianópolis 500 kV 50 63


Seccionamento da LT Adrianópolis
- Cachoeira Paulista

10.2.3 APLICAÇÃO DE CABOS PARA-RAIOS COM FIBRA ÓTICA – OPGW


A aplicação de cabos para-raios com fibra ótica em linhas de transmissão deve ser feita com base nas seguintes
regras:
(a) No caso de nova linha
As novas linhas de transmissão devem ser projetadas com pelo menos um cabo para-raios do tipo Optical
Ground Wire – OPGW, com no mínimo 6 pares de fibra dedicadas exclusivamente à transmissão de sinais
necessários à operação da LT e subestações terminais.
(b) No caso de linha existente, a ser seccionada, que já possui OPGW
Se a linha a ser seccionada já possuir OPGW, o(s) novo(s) trecho(s) de linha, originado(s) a partir do
seccionamento da linha existente, deve(m) ter, também, OPGW com confiabilidade e capacidade de
transmissão de dados iguais ou superiores ao do OPGW existente.

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(c) No caso de linha existente, a ser seccionada, que não possui OPGW
Se a linha a ser seccionada não possuir OPGW, a TRANSMISSORA deve dimensionar um arranjo de OPGWs
para o menor trecho de linha que surge entre o ponto de seccionamento e as subestações terminais da linha
existente. Esse arranjo de OPGWs deve ter confiabilidade e capacidade de transmissão de dados para suprir,
ao menos, as necessidades operativas de comunicação, supervisão e proteção desse menor trecho de linha.
O(s) novo(s) trecho(s) de linha, entre o ponto de seccionamento da linha existente e a nova subestação terminal,
já deve(m) ser projetado(s) com OPGW.

10.2.4 PERDA JOULE NO CABO CONDUTOR


A resistência de sequência positiva por unidade de comprimento da linha ou trechos de linha de transmissão
deve ser igual ou inferior à da configuração básica, conforme indicado na Tabela 10-.
TABELA 10-4 – RESISTÊNCIA DE SEQUÊNCIA POSITIVA DA LINHA POR UNIDADE DE COMPRIMENTO (Ω/KM)
Linha ou trecho(s) de linha de Temperatura Resistência de sequência
transmissão de referência positiva da linha por unidade
(°C) de comprimento (Ω/km)
LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da
LT Adrianópolis - Resende 50 0,0174
LT 500 kV Terminal Rio – Seccionamento da
LT Adrianópolis - Cachoeira Paulista 50 0,0174
LT 500 kV Terminal Rio – Nova Iguaçu C1 e C2
50 0,0174

10.2.5 PERDA JOULE NOS CABOS PARA-RAIOS


A perda Joule nos cabos para-raios deve ser inferior a 5% das perdas no cabo condutor para qualquer condição
de operação.

10.2.6 DEFINIÇÃO DA FLECHA MÁXIMA DO CONDUTOR


As linhas de transmissão devem ser projetadas de acordo com as prescrições da Norma Técnica NBR 5422,
da ABNT, de forma a preservar, em sua operação, as distâncias de segurança nela estabelecidas. Devem ser
previstas a circulação das capacidades de longa e de curta duração na linha de transmissão e a ocorrência
simultânea das seguintes condições climáticas:
(a) Temperatura máxima média da região.
(b) Radiação solar máxima da região.
(c) Brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.
Na operação em regime de longa duração, as distâncias do condutor ao solo ou aos obstáculos devem ser
iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em condições normais de operação estabelecidas
na Norma Técnica NBR 5422 da ABNT ou sua sucessora.
Na operação em regime de curta duração, as distâncias do condutor ao solo ou aos obstáculos devem ser
iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em condições de emergência estabelecidas na
Norma Técnica NBR 5422 da ABNT ou sua sucessora. As linhas de transmissão para cuja classe de tensão
essa norma não estabeleça valores de distâncias de segurança devem ser projetadas segundo as prescrições
contidas no NESC, em sua edição de 2002.

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Em condições climáticas comprovadamente mais favoráveis do que as estabelecidas acima, a linha de


transmissão pode ser solicitada a operar com carregamento superior à capacidade de longa ou curta duração,
desde que as distâncias de segurança, conforme definidas nos itens acima, sejam respeitadas.
As linhas de transmissão devem ser projetadas de sorte a não apresentar óbices técnicos à instalação de
monitoramento de distâncias de segurança, uma vez que, a qualquer tempo, pode vir a ser solicitada pela
ANEEL a sua implantação.
Nas travessias aéreas de rios navegáveis a TRANSMISSORA deve considerar, no cálculo do espaçamento
condutor - espelho d´água, o maior mastro de embarcação previsto para o rio em questão, informado
oficialmente pela capitania dos portos, e a cota da cheia máxima do rio no ponto de travessia.
Os anteprojetos das grandes travessias de rio devem fazer parte do projeto básico com, no mínimo, as
seguintes informações:
(a) Desenho da travessia incluindo: perfil do terreno, estruturas de travessia (tipo, altura nominal
e locação no perfil), comprimento do vão, catenárias dos cabos condutor e para-raios,
espaçamentos entre cabos e condutor - espelho d’água, altura do mastro, cota da cheia
máxima, temperatura de referência do cabo condutor, detalhes da cadeia de isoladores.
(b) Relatório técnico contendo: premissas adotadas, dados dos cabos e estruturas e cálculo do
espaçamento condutor - espelho d’água.

10.2.7 DEFINIÇÃO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DOS ACESSÓRIOS, CONEXÕES E DEMAIS


COMPONENTES

Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser dimensionados de forma
a não criar restrição à operação da linha, incluindo as condições climáticas comprovadamente mais favoráveis
referidas no item 10.2.6. Deverão ser atendidas, também, as prescrições das normas de dimensionamento e
ensaios de ferragens eletrotécnicas de linhas de transmissão, em especial à norma NBR 7095 da ABNT, ou
sua sucessora.

10.2.8 DESEQUILÍBRIO
As linhas de transmissão de comprimento superior a 100 km devem ser transpostas com um ciclo completo de
transposição, de preferência com trechos de 1/6, 1/3, 1/3 e 1/6 do comprimento total.
Caso a linha não seja transposta, o desequilíbrio de tensão de sequência negativa e zero deve estar limitado a
1,5% em vazio e a plena carga.
Linhas de transmissão em paralelo na mesma faixa ou em faixas contíguas ou linhas de circuito duplo, que
necessitem ser transpostas, devem ter os ciclos de transposição com sentidos opostos.
Nos casos de seccionamento de linha existente para conexão de nova subestação, a TRANSMISSORA deverá
calcular os desequilíbrios de tensão de sequência negativa e zero, em vazio e a plena carga, na da nova
subestação. Caso os desequilíbrios de tensão calculados fiquem acima de 1,5%, a TRANSMISSORA deverá
propor, no projeto básico, solução para adequar a instalação, visando o atendimento deste requisito. Se
necessário, a ANEEL definirá o responsável pela implantação dessa solução mediante Resolução Autorizativa.

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10.2.9 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA


A tensão máxima operativa da linha de transmissão para a classe de tensão correspondente está indicada na
Tabela a seguir.
TABELA 10-5 - TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA
Classe de tensão [kV] Tensão máxima operativa [kV]
69 72,5
88 92,4
138 145
230 242
345 362
440 460
500 550
525 550
765 800

10.2.10 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO


A TRANSMISSORA deverá comprovar por cálculo ou simulação que o dimensionamento dos espaçamentos
elétricos das estruturas da família de estruturas da linha de transmissão foi feito de forma a assegurar o
atendimento dos requisitos abaixo.
(a) Isolamento à tensão máxima operativa
Para dimensionar o isolamento da linha de transmissão para tensão máxima operativa deve
ser considerado o balanço da cadeia de isoladores sob ação de vento com período de retorno
de, no mínimo, 30 (trinta) anos.
A distância de escoamento mínima da cadeia de isoladores deve ser determinada conforme
a norma IEC 60815, considerando o nível de poluição da região de implantação da LTA. Caso
o nível de poluição da região seja classificado como inferior ao nível I – leve, a distância
específica de escoamento deverá ser igual ou superior a 14 mm/kV eficaz fase-fase.
Deve ser garantida a distância de segurança entre qualquer condutor da linha e objetos
situados na faixa de segurança, tanto para a condição sem vento quanto para a condição de
balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento com período de retorno
de, no mínimo, 50 (cinquenta) anos. Na condição de balanço dos cabos e cadeias de
isoladores devido à ação de vento, essa distância de segurança deve ser também garantida:
 Ao longo de toda a LTA, independentemente do comprimento do vão, mesmo que
para tanto a largura da faixa de segurança seja variável ao longo da LTA, em
função do comprimento do vão.
 Para qualquer topologia de terreno na faixa de segurança, especificamente
quando há perfil lateral inclinado (em aclive).
(b) Isolamento para manobras
A sobretensão adotada no dimensionamento dos espaçamentos elétricos das estruturas
deverá ser, no mínimo, igual à maior das sobretensões indicadas nos estudos de transitórios
eletromagnéticos.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Os riscos de falha (fase-terra e fase-fase) em manobras de energização e religamento devem


ser limitados aos valores constantes da Tabela 10-6.

Tabela 10-6 – Risco máximo de falha por circuito em manobras de energização e


religamento
Risco de falha (adimensional)
Manobra
Fase-terra Fase-fase
Energização 10 – 3 10 – 4
Religamento 10 – 2 10 – 3
(c) Desempenho a descargas atmosféricas
O número total de desligamentos por descargas atmosféricas da linha de transmissão, para
a configuração de cabos para-raios adotada, deve ser inferior ou, no máximo, igual àqueles
indicados na Tabela 10-7:
Tabela 10-7 – Número mínimo de cabos para-raios por estrutura e desempenho da LTA
frente a descargas atmosféricas
Desligamentos de um circuito por 100 km por ano
Classe de Número mínimo de cabos
tensão [kV] para-raios por estrutura Devido a falha de
Total
blindagem
≥ 345 2 ≤10-2 ≤1
230 2 ≤10-2 ≤2

10.2.11 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA


Os efeitos tratados nas alíneas (a) a (c) devem ser verificados à tensão máxima operativa da linha indicada na
Tabela 2.2.3.7.1.
a) Corona visual
A linha de transmissão, com seus cabos e acessórios, bem como as ferragens das cadeias
de isoladores, não deve apresentar corona visual em 90% do tempo para as condições
atmosféricas predominantes na região atravessada pela linha de transmissão.
b) Rádio interferência
A relação sinal/ruído no limite da faixa de segurança deve ser, no mínimo, igual a 24 dB, para
50% do período de um ano. O sinal adotado para o cálculo deve ser o nível mínimo de sinal
na região atravessada pela linha de transmissão, conforme norma DENTEL ou sua
sucessora.
c) Ruído audível
O ruído audível no limite da faixa de segurança deve ser, no máximo, igual a 58 dBA em
qualquer uma das seguintes condições não simultâneas: durante chuva fina
(0,00148 mm/min); durante névoa de 4 (quatro) horas de duração; ou durante os primeiros
15 (quinze) minutos após a ocorrência de chuva.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

d) Campo elétrico
Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398 de 23 de março
de 2010, revisada pela Resolução Normativa ANEEL nº 616 de 1 de julho de 2014).
e) Campo magnético
Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398 de 23 de março
de 2010, revisada pela Resolução Normativa ANEEL nº 616 de 1 de julho de 2014).

10.2.12 TRAVESSIA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO EXISTENTES


A TRANSMISORA deve evitar ao máximo o cruzamento sobre linhas de transmissão existentes. Caso o
cruzamento seja inevitável, a TRANSMISSORA deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das
subestações quanto ao longo do traçado das LTA, e informar no projeto básico as providências que serão
tomadas no sentido de minimizar os riscos inerentes a esses cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a
aprovação dessas providências.
A TRANSMISSORA deverá relacionar no projeto básico os cruzamentos da LTA em projeto com outra(s) LTA
existente(s) da Rede Básica. Seguem, abaixo, as informações mínimas da(s) LTA em cruzamento a serem
prestadas pelo agente:
(a) Identificação com as SEs terminais do trecho em questão.
(b) Tensão nominal.
(c) Número de circuitos.
(d) Disposição das fases (horizontal, vertical, triangular etc).
Nos casos relacionados a seguir, de cruzamento da LTA em projeto com outra(s) LTA da Rede Básica, a LTA
em projeto deverá cruzar necessariamente sob a(s) existente(s):
(a) Quando um circuito simples (em projeto) cruzar, num mesmo vão de travessia, mais de um
circuito de LTA existente com tensão igual ou superior à de projeto.
(b) Quando a tensão nominal da LTA em projeto for menor que a da LTA existente.

10.3 REQUISITOS MECÂNICOS


10.3.1 CONFIABILIDADE
O projeto mecânico da linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60.826 – International
Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.
O nível de confiabilidade do projeto eletromecânico, expresso pelo período de retorno do vento extremo, deve
ser compatível com um nível intermediário entre os níveis 2 e 3 preconizados na IEC 60826. Deve ser adotado
período de retorno do vento igual ou superior a 250 anos para linha de transmissão de tensão nominal superior
a 230 kV. Deve ser adotado período de retorno do vento igual ou superior a 150 anos para linha de transmissão
de tensão nominal igual ou inferior a 230 kV.

10.3.2 PARÂMETROS DE VENTO


Para o projeto mecânico de uma linha de transmissão, os carregamentos oriundos da ação do vento nos
componentes físicos da linha de transmissão devem ser estabelecidos a partir da caracterização probabilística

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

das velocidades de vento da região, com tratamento para fenômenos meteorológicos severos, tais como,
sistemas frontais, tempestades, tornados, furacões etc.
Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por estações
anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada pela linha de
transmissão:
(a) Média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas anuais
de vento a 10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três) segundos (rajada)
10 (dez) minutos (vento médio).
(b) Velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno correspondente
ao vento extremo, como definido no item 10.3.1, e tempos de integração para o cálculo da
média de 3 (três) segundos e 10 (dez) minutos. Se o número de anos da série de dados de
velocidade for pequeno, na estimativa da velocidade máxima anual deve ser adotado, no
mínimo, um coeficiente de variação compatível com as séries mais longas de dados de
velocidades de ventos medidas na região.
(c) Coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo de
integração da média de 10 (dez) minutos.
(d) Categoria do terreno adotada para o local das medições.
No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser considerada a categoria de
terreno definida na IEC 60826 que melhor se ajuste à topologia do corredor da LTA.

10.3.3 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS.


O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de tração normal e de
referência – definidos a partir da combinação de condições climáticas e de envelhecimento do cabo como se
segue.
(a) Estado básico
 Para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33%
da tração de ruptura do cabo.
 Para condições de vento com período de retorno de 50 anos, a tração axial máxima deve
ser limitada a 50% da tração de ruptura do cabo.
 Para condições de vento extremo, como definido no item 10.3.2, a tração axial máxima
deve ser limitada a 70% da tração de ruptura do cabo.
(b) Estado de tração normal (EDS everyday stress)
 No assentamento final, à temperatura média, sem vento, o nível de tracionamento médio
dos cabos deve atender ao indicado na norma NBR 5422. Além disso, o tracionamento
médio dos cabos deve ser compatível com o desempenho mecânico no que diz respeito
à fadiga ao longo da vida útil da linha de transmissão conforme será abordado no item
10.3.4.
(c) Estado de referência
 A distância mínima ao solo do condutor (clearance) deve ser verificada sem considerar
a pressão de vento atuante.

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10.3.4 FADIGA MECÂNICA DOS CABOS


Os dispositivos propostos para amortecer as vibrações eólicas devem ter sua eficiência e durabilidade avaliadas
por ensaios que demonstrem sua capacidade de amortecer os diferentes tipos de vibrações eólicas e sua
resistência à fadiga, sem perda de suas características de amortecimento e sem causar danos aos cabos.
É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos, o desenvolvimento e a aplicação
de sistema de amortecimento para prevenção de vibrações eólicas e efeitos relacionados com a fadiga dos
cabos, de forma a garantir que estes não estejam sujeitos a danos ao longo da vida útil da linha de transmissão.
A solicitação aos cabos deve ser dimensionada de forma compatível com seu tipo e sua formação.

10.3.5 CARGAS MECÂNICAS SOBRE AS ESTRUTURAS


O projeto mecânico de uma linha de transmissão deve ser desenvolvido segundo a IEC 60826. Além das
hipóteses previstas na IEC, é obrigatória a introdução de hipóteses de carregamento que reflitam tormentas
elétricas. Devem ser previstas necessariamente as cargas a que as estruturas estarão submetidas nas
condições mais desfavoráveis de montagem e manutenção, inclusive em linha viva.
Para o caso de uma linha de transmissão construída com estruturas metálicas em treliça, as cantoneiras de
aço-carbono ou microligas laminadas a quente devem obedecer aos requisitos de segurança estabelecidos na
Portaria nº 178 do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, de 18 de
julho de 2006.

10.3.6 FUNDAÇÕES
No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as solicitações transmitidas pela
estrutura às fundações devem ser majoradas pelo fator mínimo 1,10. Essas solicitações, calculadas a partir das
cargas de projeto da estrutura, considerando suas condições particulares de aplicação – vão gravante, vão de
vento, ângulo de deflexão, fim de linha e altura da estrutura – passam a ser consideradas cargas de projeto das
fundações.
As fundações de cada estrutura devem ser projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a adequar todos
os esforços resultantes de cada estrutura às condições específicas do solo.
As propriedades físicas e mecânicas do solo devem ser determinadas de forma científica, de modo a retratar,
com precisão, os parâmetros geomecânicos do solo. Tal determinação deve ser realizada a partir das seguintes
etapas:
 Estudo e análise fisiográfica preliminar do traçado da linha com a consequente elaboração do
plano de investigação geotécnica.
 Estabelecimento dos parâmetros geomecânicos a partir do reconhecimento do subsolo com
a caracterização geológica e geotécnica do terreno, qualitativa e quantitativamente.
 Parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o projeto.
No cálculo das fundações, devem ser considerados os aspectos regionais geomorfológicos que influenciem o
estado do solo, seja no aspecto de sensibilidade, de expansibilidade e colapsividade, levando-se em conta a
sazonalidade.
A definição do tipo de fundação, bem como o seu dimensionamento estrutural e geotécnico, deve considerar
os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade de suporte do solo à compressão, ao arrancamento
e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na
engenharia geotécnica.

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10.4 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS


10.4.1 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Os cabos para-raios de qualquer tipo e formação devem ter desempenho mecânico frente a descargas
atmosféricas igual ou superior ao do cabo de aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8″.
Todos os elementos sujeitos a descargas atmosféricas diretas da superestrutura de suporte dos cabos
condutores e cabos para-raios, incluindo as armações flexíveis de estruturas tipo Cross-Rope, Trapézio ou
Chainette, não devem sofrer redução da suportabilidade mecânica original após a ocorrência de descarga
atmosférica. As cordoalhas de estruturas estaiadas monomastro ou V protegidas por cabos para-raios estão
isentas deste requisito.

10.4.2 CORROSÃO ELETROLÍTICA


É de inteira responsabilidade da TRANSMISSORA a elaboração de estudos para prevenção dos efeitos
relacionados à corrosão em elementos da linha de transmissão em contato com o solo, de forma a garantir a
estabilidade estrutural dos suportes da linha de transmissão e o bom funcionamento do sistema de aterramento
ao longo da vida útil da mesma.

10.4.3 CORROSÃO AMBIENTAL


Todos os componentes da linha de transmissão devem ter sua classe de galvanização compatível com a
agressividade do meio ambiente, particularmente em zonas litorâneas e industriais.
.

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11 SISTEMAS DE PROTEÇÃO
11.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS
Componente do sistema de potência ou componente: é todo equipamento ou instalação delimitado por um
ou mais disjuntores.
Sistema: quando aplicado à proteção, à supervisão e controle ou a telecomunicações, significa o conjunto de
equipamentos e funções requeridas e necessárias para seu desempenho adequado na operação da instalação
e da rede básica.
Sistema de proteção: conjunto de equipamentos e acessórios destinados a realizar a proteção em caso de
falhas elétricas, tais como curtos-circuitos, e de outras condições anormais de operação dos componentes de
um sistema elétrico.
Proteção unitária ou restrita: destina-se a detectar e eliminar, seletivamente e sem retardo de tempo
intencional, falhas que ocorram apenas no componente protegido. São exemplos os esquemas com
comunicação direta relé a relé, os esquemas de teleproteção, as proteções diferenciais, os esquemas de
comparação de fase etc.
Proteção gradativa ou irrestrita: destina-se a detectar e eliminar falhas que ocorram no componente protegido
e a fornecer proteção adicional para os componentes adjacentes. Em sua aplicação como proteção de
retaguarda, sua atuação é coordenada com a atuação das proteções dos equipamentos adjacentes por meio
de retardo de tempo intencional. São exemplos as proteções de sobrecorrente e as proteções de distância.
Proteção de retaguarda: destina-se a atuar quando da eventual falha de outro sistema de proteção. Quando
esse sistema está instalado no mesmo local do sistema de proteção a ser coberto, trata-se de retaguarda local;
quando está instalado em local diferente daquele onde está o sistema de proteção a ser coberto, trata-se de
retaguarda remota.
Proteção principal: esquema de proteção composto por um sistema de proteção unitária ou restrita e um
sistema de proteção gradativa ou irrestrita.
Proteção alternada: esquema composto por um sistema de proteção unitária ou restrita e por um sistema de
proteção gradativa ou irrestrita, funcionalmente idêntico à proteção principal e completamente independente
desta.
Proteção intrínseca: conjunto de dispositivos de proteção normalmente integrados aos equipamentos, tais
como relés de gás, válvulas de alívio de pressão, sensores de temperatura, sensores de nível etc.
SIR: relação entre a impedância de fonte e a impedância da linha de transmissão (SIR), é definida por meio da
divisão da impedância da fonte atrás do ponto de aplicação de um relé pela impedância total da linha de
transmissão protegida:
SIR = ZS / ZL
Onde, ZS = Impedância da Fonte e ZL = Impedância da linha de transmissão.
Comprimento relativo de linha de transmissão: determinado em função do SIR e utilizado para a seleção do
tipo de proteção mais indicado. No âmbito do presente ANEXO, as linhas de transmissão classificam-se como:
Linhas de transmissão curtas, as que apresentam SIR > 4;
Linhas de transmissão longas, as que apresentam SIR ≤ 0,5.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

11.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E


TELECOMUNICAÇÕES
Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 5.1.

11.3 REQUISITOS TÉCNICOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO - ASPECTOS GERAIS


Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0,item 6.1.

11.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO – GERAL


Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.1.

11.5 ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS TERMINAIS DA LINHA DE TRANSMISSÃO


Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.2.

11.6 LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345KV


Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.3.

11.7 ESQUEMA DE RELIGAMENTO AUTOMÁTICO


Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.5.

11.8 REQUISITOS PARA VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO MANUAL.


Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.2.6.

11.9 TRANSFORMADORES OU AUTOTRANSFORMADORES


Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.3.

11.10TRANSFORMADORES CUJO MAIS ALTO NÍVEL DE TENSÃO NOMINAL É IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV
Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.3.1.

11.11BANCOS DE FILTROS
O trecho entre o barramento principal e o barramento do banco de filtros deve ser protegido por proteção
instantânea.
A proteção de cada sub-banco deve ser capaz de eliminar qualquer defeito a jusante do disjuntor do respectivo
sub-banco mediante a abertura deste disjuntor.
O sistema de proteção de filtros deverá operar para qualquer tipo de faltas no interior do mesmo, inclusive para
queima de unidades capacitivas.
Os filtros devem ser protegidos por dois sistemas de proteção independentes: principal e alternada.

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O tempo total de eliminação de faltas no trecho entre o barramento e o filtro, – incluindo o tempo de operação
dos relés de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura do disjuntor –, não deve exceder a 100 ms.
Os sistemas de proteção dos filtros devem ter as seguintes funções de proteção:
(a) Perda de sintonia dos filtros;
(b) Proteção contra sobretensão nas unidades capacitivas remanescentes causadas pela falha de um ou
mais elementos capacitivos associados (Desbalanço);
(c) Proteção contra sobrecarga térmica e dielétrica nos elementos individuais dos filtros;
(d) Proteção para falhas à terra.
(e) Sobrecorrente dos para-raios.
(f) Proteção intrínseca (de acordo com a recomendação de seu fabricante).

11.12SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA


Faltas elétricas, falhas ou operações anormais que possam submeter os equipamentos a danos devem ser
detectadas, e os equipamentos com defeito, falha, ou sobrecarregados devem ser retirados de operação ou ter
suas sobrecargas controladas.
Se ocorrerem faltas elétricas, falhas ou operações anormais, pelo menos duas proteções devem operar.
Cada proteção deve ter seu caminho de atuação duplicado.
As proteções devem ter zonas de superposição. Para cada caso de falha, deve haver atuação de uma proteção
unitária ou restrita, de alcance limitado, e de uma proteção de retaguarda lenta ou menos sensível. Para os
casos em que a filosofia de proteção unitária e retaguarda não puder ser aplicada, a proteção deve ser
duplicada.
A proteção do lado CC deve ser coordenada com as proteções do lado CA.
Deve ser possível testar as proteções, durante a operação normal, sem afetar a transmissão do elo CC.
Para os casos de polo formado por dois ou mais conversores em série, as proteções de conversor devem
desligar apenas o conversor defeituoso e manter os demais em operação normal.
Em caso de falha total de telecomunicação entre estações conversoras, as proteções devem garantir que o
conversor ou polo continue protegido contra falhas.
As proteções da estação conversora e as proteções entre estações conversoras devem ser coordenadas para
eliminação de possível defeito com o mínimo de desligamento.
A proteção de linha CC deve ser ativa apenas no terminal retificador e permitir de 1 até 4 religamentos, sendo
3 com tensão plena e o último com tensão reduzida (70% da tensão nominal). Deve permitir qualquer
combinação do número de religamentos com tensão plena, isto é 1 plena com 1 reduzida, 2 plenas com 1
reduzida ou 3 plenas com 1 reduzida. O último religamento deve ser efetivado sempre com tensão reduzida.
Essa proteção não deve operar para falha de comutação na inversora.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

11.13SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 138 KV


Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.5.

11.14SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A
138 KV
Atender ao Procedimento de Rede, Submódulo 2.6, Revisão 2.0, item 6.6.

11.15SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO


O Sistema Especial de Proteção - SEP, a ser definido nos estudos pré-operacionais do ONS, deve ser
implementado por Relés IED (Intelligent Eletronic Device), Controladores Lógicos Programáveis (CLP), ou
dispositivos específicos para processar emergências envolvendo o Sistema Interligado Nacional.

Deve ser previsto um SEP para cada subestação.

Os Relés IED, os CLPs e os dispositivos específicos devem ser funcionalmente independentes dos demais
equipamentos do sistema de Proteção, Controle e Supervisão (SPCS) no que diz respeito ao desempenho das
suas funções. Estas unidades devem estar conectadas ao sistema supervisório das subestações e dos Centros
de Operação, somente para enviar informações pertinentes à atuação do SEP.

As especificações descritas a seguir deverão ser previstas para a implantação do SEP e devem ser rigidamente
observadas pela TRANSMISSORA.

(a) Os Relés IEDs devem:


 Possuir porta de comunicação com protocolos compatíveis com o sistema supervisório da subestação
onde será implantado o SEP;
 Possuir portas de comunicação com protocolos compatíveis para conexão com outros Relés IEDs
(locais e/ou remotos) inerentes ao SEP, e dedicadas à função;
 Possuir no mínimo 16 saídas digitais (desligamentos e alarmes) e 32 entradas digitais;
 Possuir 4 entradas analógicas para corrente e 4 entradas analógicas de tensão;
 Possuir as funções Direcional de Potência (F.32), Subtenção (F.27), Sobretensão (F.59), Frequência
(F.81), Sobrecorrente (F.50/51) e Subcorrente (F.37). Todas estas funções devem possuir parâmetros
para atuações temporizadas e instantâneas;
 Apresentar tempo total de atuação menor ou igual a 200 ms, compreendidos entre a identificação da
contigência e a tomada de ação, incluindo o tempo de abertura dos disjuntores.
(b) Os CLPs devem:
 Possuir porta de comunicação com protocolos compatíveis com o sistema supervisório da subestação
onde será implantado o SEP;
 Possuir portas de comunicação com protocolos compatíveis para conexão com outros CLPs (locais
e/ou remotos) inerentes ao SEP, e dedicadas à função;

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

 Possuir portas de comunicação para conexão com Multimedidores inerentes ao SEP;


 Possuir no mínimo 16 saídas digitais (desligamentos e alarmes) e 32 entradas digitais;
 Possuir no mínimo 4 entradas analógicas para corrente e 4 entradas analógicas de tensão;
 Apresentar tempo total de atuação menor ou igual a 200 ms, compreendidos entre a identificação da
contingência e a tomada de ação, incluindo o tempo de abertura dos disjuntores.
(c) Os dispositivos específicos devem:
 Ser capazes de atender as necessidades definidas nos estudos pré-operacionais com os requisitos
mencionados para os IEDs e CLPs relatados anteriormente.
A TRANSMISSORA deverá incluir no escopo do seu fornecimento os equipamentos do SEP, cuja instalação
será determinada pelo ONS, quando necessária, ao longo do período de concessão. Se o empreendimento em
questão estiver em área com SEP em operação, a TRANSMISSORA deverá comprovar a compatibilização do
SEP a ser implantado com o existente.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

12 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE


12.1 INTRODUÇÃO
Este item descreve os requisitos de supervisão e controle que devem ser implantados para que seja assegurada
a plena integração da supervisão e controle dos novos equipamentos à supervisão dos equipamentos
existentes, garantindo-se, com isto, uma operação segura e com qualidade do sistema elétrico interligado.
Assim, são de responsabilidade do agente a aquisição e instalação de todos os equipamentos, softwares e
serviços necessários para a implementação dos requisitos especificados neste item e para a implementação
dos recursos de telecomunicações, cujos requisitos são descritos em item à parte.

Os requisitos de supervisão e controle são divididos em:

 Requisitos gerais de supervisão e controle dos agentes, detalhados em requisitos gerais, interligação
de dados e, recursos de supervisão e controle dos agentes.
 Requisitos para a supervisão e controle de equipamentos pertencentes à rede de operação, divididos
em interligação de dados, informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico, informações
e telecomandos requeridos para o Controle Automático de Geração (CAG), requisitos de qualidade de
informação e, parametrizações.
 Requisitos para o sequenciamento de eventos (SOE), divididos em informações requeridas para o
sequenciamento de eventos e, requisitos de qualidade dos eventos.
 Requisitos de supervisão do agente proprietário de instalações (subestações) compartilhadas da rede
de operação.
 Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle.
 Requisitos de atualização das bases de dados dos SISTEMAS de supervisão e controle do ONS.

12.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES


12.2.1 REQUISITOS GERAIS
Atender item 6.1 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.2.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS


Atender item 6.2 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.2.3 RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES


Atender item 6.3 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE


OPERAÇÃO
Este item define os requisitos de supervisão e controle necessários às funções de supervisão e controle do
ONS, aplicáveis aos equipamentos pertencentes à rede de operação.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Os requisitos necessários à função de seqüenciamento de eventos são objetos de um item à parte.

12.3.1 INTERLIGAÇÃO DE DADOS


Atender item 7.2 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3.2 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DO SISTEMA ELÉTRICO


Atender item 7.3 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3.3 INFORMAÇÕES E TELECOMANDOS REQUERIDOS PARA O CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)


Atender item 7.4 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3.4 REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO


Atender item 7.7 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.3.5 PARAMETRIZAÇÕES
Atender item 7.8 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.4 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS


12.4.1 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS
Atender item 8.2 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.4.2 REQUISITOS DE QUALIDADE DOS EVENTOS


Atender item 8.3 do submódulo 2.7 Revisão 2.0

12.5 ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS


A supervisão e controle é um dos pilares da operação em tempo real do sistema elétrico, estando hoje na região
de Xingu e Terminal Rio, estruturada em um sistema hierárquico com SISTEMAS de supervisão e controle
instalados em três Centros de Operação do ONS, quais sejam:

 Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste – COSR-NCO;


 Centro Regional de Operação Sudeste – COSR-SE
 Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico - CNOS.
Esta estrutura é apresentada de forma simplificada, para fins meramente ilustrativos, na figura a seguir. A
TRANSMISSORA deverá prover dois canais independentes para as interconexões de dados entre cada Centro
de Operação do ONS (exceto o CNOS) e cada um dos SISTEMAS de supervisão das subestações envolvidas,
devidamente integrados aos existentes.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Recursos do CNOS (1)


ONS
COSR-NCO (1) COSR-SE (1)

Barramento Lógico de
SSC-NCO (2) SSC-SE (2) suporte dos SSCs aos COSs

Rede de Comunicação Operativa do ONS

SA do SSC-NCO (3) SA do SSC-SE (3)


SAL SAR SAL SAR

Recursos providos
pelos Agentes CAG
CAG

XING (4) TRIO(4) NIGU(4)

Legenda:
(1) Centros de Operação utilizados pelo ONS:
CNOS – Centro Nacional de Operação do Sistema
COSR-SE- Centro Regional de Operação Sudeste
COSR-NCO- Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste
(2) Sistema de Supervisão e Controle do COSR-SE e do COSR-NCO
(3) Sistema de Aquisição de Dados (SA) compreendido por um SA local (SAL) e um SA remoto (SAR)
(4) Recursos de supervisão e controle nas subestações:
XING - Subestação Xingu
TRIO - Subestação Terminal Rio
NIGU - Subestação Nova Iguaçu

FIGURA 12.1 – ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS.

Observa-se na figura acima que a interconexão com o Centro do ONS se dá através das seguintes interligações
de dados.

(a) Os dados referentes à telessupervisão e SOE devem ser enviados conforme indicado a seguir:
 SE Xingu 500 kV e ±800 kV CC: ao COSR-NCO
 SE Terminal Rio ±800 kV CC e filtros CA: ao COSR-NCO
 SE Terminal Rio, 500 kV (menos filtros CA, mas incluindo os bays de conexão dos filtros CA):ao
COSR-NCO e COSR-SE
 SE Nova Iguaçu, 500 kV: ao COSR-SE

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

(b) Os dados de telemedição de potência ativa para o Controle Automático de Geração – CAG devem ser
disponibilizados da seguinte forma:
 Terminal de 500 kV dos transformadores dos conversores da SE Terminal Rio: dois canais de
comunicação independentes até o COSR-NCO e dois canais de comunicação independentes até o
COSR-SE.
Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros do ONS poderá se dar por
meio de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contratado de terceiros, desde que sejam
atendidos os requisitos descritos para supervisão e controle e telecomunicações. Neste edital, este centro é
genericamente chamado de “Concentrador de Dados”. Neste caso, a estrutura dos centros apresentada na
figura anterior seria alterada com a inserção do concentrador de dados num nível hierárquico situado entre as
instalações e os COSR-NCO e COSR-SE do ONS e, portanto, incluído no objeto desta licitação. A figura a
seguir ilustra uma possível configuração. Destaca-se que apesar do uso de um centro local, requer-se o canal
dedicado para a transferência dos dados de CAG.

Recursos do CNOS (1)


ONS
COSR-NCO (1) COSR-SE (1)

Barramento Lógico de
SSC-NCO (2) SSC-SE (2) suporte dos SSCs aos COSs

Rede de Comunicação Operativa do ONS

SA do SSC-NCO (3) SA do SSC-SE (3)


SAL SAR SAL SAR

Recursos providos
pelos Agentes
CAG CAG
CD(5)

XING (4) NIGU (4) TRIO(4)

Legenda:
Em adição às siglas da figura anterior, utilizou-se:
(5) CD – Concentrador de dados, nome genérico dado para um sistema de supervisão e controle que se interponha entre as
instalações e os centros do ONS.

FIGURA 12.2 – ARQUITETURA ALTERNATIVA DE INTERCONEXÃO COM O ONS.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

12.6 REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES)


COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO.
Atender item 11 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.7 REQUISITOS DE SUPERVISÃO ENTRE OS AGENTES CONCESSIONÁRIO DAS ESTAÇÕES


CONVERSORAS E OS AGENTES CONCESSIONÁRIOS DAS LINHAS CC
O agente de transmissão concessionário das estações conversoras de Xingu e Terminal Rio deve disponibilizar
ao agente de transmissão concessionário das linhas CC, todas as informações de telessupervisão e SOE
necessárias à operação das linhas CC em tempo real, conforme requisitos apresentados no subitem “Requisitos
para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”.

O agente de transmissão concessionário das linhas CC deve prover os canais de dados para obtenção de todas
as informações disponibilizadas pelo agente de transmissão concessionário das estações conversoras. O
protocolo adotado para comunicação deve ser configurado conforme determinado pelo agente concessionário
das estações conversoras.

12.8 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE


Atender item 12 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.9 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E


CONTROLE
Atender item 13 do submódulo 2.7 Revisão 2.0.

12.10AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE TELECOMUNICAÇÕES


Atender o submódulo 13.5.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

13 SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES


Os sistemas de registro de perturbações devem atender ao disposto nos Procedimentos de Rede, submódulo
2.6, Revisão 2.0, item 7.

Lista-se abaixo os registros mínimos necessários ao sistema de corrente contínua, que não estão descritos
nesta versão do submódulo 2.6.

13.1 GRANDEZAS ANALÓGICAS E DIGITAIS A SEREM MONITORADAS PELO REGISTROS DE


PERTURBAÇÕES
13.1.1 GRANDEZAS ANALÓGICAS
As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:

 Corrente CC do polo medida entre a linha e o reator de alisamento


 Tensão CC do polo medida entre a linha e o reator de alisamento
 Ângulo de disparo α (alfa)
 Ângulo de extinção gama
 Ia, Ib e Ic nos lados Y e delta do transformador conversor
 Va, Vb e Vc nos lados Y e delta do transformador conversor
 Vneutro (tensão na linha do eletrodo apenas para o Elo CC) em todos os pontos necessários
 Ineutro (corrente no eletrodo apenas para o Elo CC) em todos os pontos necessários
 Id_order
 Vd_order
A TRANSMISSORA deverá prever a necessidade de medição de correntes adicionais quando da operação
conjugada com o Bipolo 2.

13.1.2 GRANDEZAS DIGITAIS


As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:

 Falha de comutação;
 Falta na linha CC;
 Proteção do polo;
 Bloqueio do polo;
 Partida do polo;
 di/dt

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

 Disparo do RDP do terminal remoto;


 Disparo do RDP da própria SE;

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

14 SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES
14.1 REQUISITOS GERAIS
Os sistemas de telecomunicações das subestações, integrantes deste empreendimento, devem atender aos
sistemas de comunicação de voz operativa e administrativa, teleproteção, supervisão e controle elétrico,
supervisão de telecomunicações, controle de emergência, medição e faturamento, entre as subestações de
energia elétrica envolvidas e destas aos centros de operação do sistema elétrico envolvidos.

O sistema de telecomunicações para a comunicação de voz deve ser implantado para atender a troca de
informações em tempo real entre o interlocutor designado pela TRANSMISSORA e os Centros do ONS
indicados, COSR-NCO e COSR-SE, com dois canais independentes para as interconexões, atendendo o
estabelecido nos Submódulos 10.2 , 10.3 e 13,2 dos Procedimentos de Rede. O interlocutor do Agente poderá
ser uma de suas instalações ou um Centro de operação designado para tal.
Adicionalmente à comunicação de voz entre a TRANSMISSORA e o ONS, deverão haver canais de voz
dedicados para a troca de informações operacionais em tempo real entre a TRANSMISSORA das estações
conversoras e a TRANSMISSORA responsável pela linha CC. Estes canais deverão ser implantados pela
TRANSMISSORA da linha CC.

14.1.1 DISPONIBILIDADE
Atender item 4.1 do SM 13.2 Revisão 2.0.

14.1.2 QUALIDADE
Atender item 4.2 do SM 13.2 Revisão 2.0.

Adicionalmente, para que o ONS possa supervisionar o atendimento dos requisitos do item 4.2 do SM 13.2
Revisão 2.0, os equipamentos de telecomunicações do agente de operação, utilizados para comunicação de
dados e voz, devem suportar o monitoramento via protocolos ICMP (Internet Control Message Protocol) e
SNMPv3 (Simple Network Management Protocol version 3).

14.1.3 SISTEMA DE TELEPROTEÇÃO


Para o SISTEMA de teleproteção também devem ser seguidos os requisitos das normas IEC 834-1, IEC 870-5
e IEC 870-6 onde aplicável.

14.1.4 REQUISITOS DE CONFIGURAÇÃO DE VOZ E DE DADOS


Atender item 4.3 do SM 13.2 Revisão 2.0

14.1.5 SISTEMA DE ENERGIA


O Sistema de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos deverá ter as seguintes
características:

 Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação;


 Dois bancos de baterias com autonomia total de no mínimo 12 horas, dimensionados para a carga
total de todos os equipamentos de telecomunicações instalados;

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

 No caso de utilização de baterias do tipo chumbo-ácido, os bancos de baterias deverão estar


acondicionados em ambiente especial, isolado das demais instalações e com sistema de exaustão
de gases;
 As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o banco de
baterias em carga e todos os equipamentos de telecomunicações;
 O Sistema de energia deverá estar dimensionado para uma carga adicional de pelo menos 30%.

14.1.6 SUPERVISÃO
Os equipamentos de telecomunicações devem ser supervisionados local e remotamente. Os alarmes e
eventuais medidas analógicas deverão ser apresentados nas instalações onde se encontram os equipamentos
e também permitir a transmissão para um Centro de Supervisão remoto.

Os equipamentos digitais devem permitir remotamente o gerenciamento, diagnóstico e parametrização.

14.1.7 INFRAESTRUTURA
A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização dos SISTEMAS de comunicações devendo
ser prevista toda a infraestrutura necessária para implantação do SISTEMA de telecomunicações, tais como:
edificações, alimentação de corrente contínua, aterramento, bem como qualquer outra infraestrutura que se
identificar necessária para o pleno funcionamento do SISTEMA de telecomunicações.

14.1.8 ÍNDICES DE QUALIDADE


A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção dos índices de qualidade e de disponibilidade dos
serviços de comunicação de dados e voz que se interligam com o ONS e as demais TRANSMISSORAS
envolvidas, tais como, àquela(s) proprietária(s) de ativos de função transmissão localizados na(s)
subestação(ões) deste lote e as demais que se interliguem, por meio de linha(s) de transmissão ou outro
equipamento de função transmissão, com a(s) subestação(ões) deste lote.

Em caso de indisponibilidade programada de quaisquer serviços de comunicação de dados ou de voz de


interesse do ONS e/ou dos demais agentes interligados, a TRANSMISSORA deve manter entendimentos com
o ONS e/ou os Centros de Operação das demais TRANSMISSORAS envolvidas.

14.1.9 CONTATO TÉCNICO


A TRANSMISSORA deverá indicar um contato técnico para tratar dos assuntos relacionados a
telecomunicações com o ONS e os demais agentes interligados.

14.2 REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO


A função teleproteção, que converte os sinais e mensagens das proteções em sinais e mensagens compatíveis
com os canais dos sistemas de telecomunicações e vice versa, pode ser executada pelos próprios relés de
proteção, pelos equipamentos dos sistemas de telecomunicações ou, ainda, por equipamentos dedicados,
denominados equipamentos de teleproteção.
Os equipamentos de teleproteção devem atender às normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis,
nos graus de severidade adequados para utilização em instalações de transmissão de sistemas elétricos de
potência.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Funções de teleproteção integradas em equipamentos de telecomunicação devem ter interfaces dedicadas e


independentes, e os equipamentos que têm tais funções integradas devem ser adequados para uso em
instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência, conforme o parágrafo anterior.
Os canais para teleproteção devem:
(a) Ser adequados ao esquema de teleproteção selecionado ou à quantidade de grandezas ou informações a
serem transferidas, no que concerne a número de comandos, largura de banda, taxa de transmissão,
tempo de propagação, simetria e variação de tempo de propagação e integridade das informações.
(b) Manter a confiabilidade e segurança de operação em situações de baixa relação sinal/ruído (canal
analógico) ou erro na taxa de transmissão (BER) acima do especificado.
(c) Os equipamentos de teleproteção devem:
(d) Ter facilidades para a simulação do funcionamento dos esquemas de teleproteção, ponta a ponta, com o
bloqueio simultâneo da saída de comando para a proteção, independente do meio de comunicação
utilizado, para que seja possível realizar verificações dos enlaces sem ser necessário desligar a LT.
(e) Ter chaves de testes para permitir realizar intervenção nos equipamentos de proteção e de
telecomunicações sem ser necessário desligar a LT.
Se o equipamento de teleproteção for instalado em edificação distinta dos equipamentos de telecomunicações,
independente da distância envolvida, a interligação entre ambos deve ser efetuada de forma a não comprometer
a confiabilidade e segurança da teleproteção.
Os canais de telecomunicações providos por sistema de onda portadora sobre linha de transmissão (OPLAT)
devem manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições adversas de relação sinal/ruído,
sobretudo na ruptura ou curto-circuito para terra de uma das fases da LT utilizadas pelo sistema OPLAT.
Esquemas de transferência de disparo devem utilizar dois canais de telecomunicações, de equipamentos de
telecomunicação independentes. Sempre que possível, os equipamentos de telecomunicação devem utilizar
meios físicos de comunicação independentes. Os equipamentos de teleproteção, caso utilizados, também
deverão ser independentes.
Em condições normais, o disparo nos esquemas de transferência de disparo se dará pelo recebimento dos
comandos de disparo em ambos os canais. No caso de falha de um dos canais de telecomunicação, o esquema
deve permitir o disparo apenas com o recebimento do comando no canal íntegro (lógica monocanal).

14.2.1 TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL IGUAL OU SUPERIOR A 345 KV
Os canais para teleproteção devem ser dedicados, específicos para proteção e não compartilhados com outras
aplicações.
Os esquemas de teleproteção devem ser independentes e redundantes para a proteção principal e alternada,
sempre que possível utilizando meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a
indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.
Os esquemas de transferência de disparo devem ser independentes e redundantes para a proteção principal e
alternada.

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

14.2.2 TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO COM TENSÃO NOMINAL DE 230 KV OU 138 KV
Os canais para teleproteção devem ser, preferencialmente, dedicados, específicos para proteção e não
compartilhados com outras aplicações. Quando for justificável a utilização de compartilhamento, o atendimento
à aplicação de proteção deve ser prioritário.
Os esquemas de teleproteção e de transferência de disparo são obrigatórios apenas para a proteção principal.

14.3 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ


A TRANSMISSORA deve prover serviços de telefonia para comunicação de voz, full duplex, com sinalização
sonora e visual para comunicação operativa do sistema elétrico em tempo real.

14.3.1 ENTRE SUBESTAÇÕES ADJACENTES


(a) Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica) e
apresentando, no mínimo, classe B.
(b) Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via SISTEMA de telefonia comutada
e apresentando, no mínimo, classe C.

14.3.2 COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL


Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado para atendimento
às subestações envolvidas, deverão ser previstos:
(a) Entre o Centro de Operação Local e as subestações envolvidas
 Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica)
e apresentando, no mínimo, classe B.
 Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via SISTEMA de telefonia
comutada e apresentando, no mínimo, classe C.
(b) Entre o Centro de Operação Local e os Centros de Operação concessionárias que detenham concessão
de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote.
 Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica)
e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço
Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados
através de duas rotas distintas e independentes.
(c) Entre o Centro de Operação Local e o o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, responsável(is)
pela operação da região de instalação do empreendimento:
 Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação telefônica)
e apresentando, no mínimo, classe A. O serviço Classe A, com o(s) Centro(s) Regional(is) de
Operação do ONS, deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através
de, pelo menos, duas rotas distintas e independentes, sendo uma direcionada para a localidade onde
se encontra o Sistema Local de Aquisição de Dados (SAL) e outra direcionada para a localidade
onde se encontra o Sistema Remoto de Aquisição de Dados (SAR), ambos situados em uma mesma
região metropolitana. A Figura a seguir, apresenta a hierarquia operacional do SIN e as possíveis

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

configurações dos serviços de comunicação de voz e de dados para suporte às atividades da


operação, considerando os centros de operação do ONS e os centros de operação dos agentes de
operação.

FIGURA 14.1 - CONFIGURAÇÕES POSSÍVEIS PARA OS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES DE VOZ E DE DADOS

14.3.3 SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL


Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado para
atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:
 Entre cada uma das subestações e os respectivos Centros de Operação das demais concessionárias
que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste
lote:
- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação
telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade
exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de
telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.
 Entre cada uma das subestações envolvidas e o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS,
responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento:
- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação
telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. O serviço Classe A, com o(s) Centro(s)
Regional(is) de Operação do ONS, deve ser prestado com recursos de telecomunicações
disponibilizados através de, pelo menos, duas rotas distintas e independentes, sendo uma
direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Local de Aquisição de Dados (SAL)

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

e outra direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema Remoto de Aquisição de


Dados (SAR), ambos situados em uma mesma região metropolitana.A Figura 13.1 apresenta
a hierarquia operacional do SIN e as possíveis configurações dos serviços de comunicação de
voz e de dados para suporte às atividades da operação, considerando os centros de operação
do ONS e os centros de operação dos agentes de operação.

14.3.4 OUTROS
Adicionalmente, deverá ser fornecido um SISTEMA de comunicação móvel (comunicação de voz) que possa
cobrir toda a extensão das LINHAS DE TRANSMISSÃO e as subestações envolvidas, para apoio às equipes
de manutenção em campo.
Para comunicação com o(s) centro(s) de operação do ONS, responsável(is) pela operação da região de
instalação do empreendimento, e Centros de Operação das demais concessionárias que detenham concessão
de equipamentos/instalações de fronteira com o empreendimento deste lote, a TRANSMISSORA deve dispor
de serviço de telefonia comutada Classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado
para suporte às atividades das áreas de normatização, pré-operação, pós-operação e apoio e coordenação dos
serviços de telecomunicações.
Para comunicação com o escritório central do ONS, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia
comutada classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para suporte às
atividades das áreas de planejamento e programação da operação.

14.4 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS


Os serviços de comunicação de dados abaixo especificados devem ser dimensionados (quantidade de canais,
velocidade, uso de rotas alternativas, etc.) de forma a suportar o carregamento imposto pela transferência das
informações especificadas e apresentar a disponibilidade e qualidade conforme descrito neste edital. Cada
circuito de comunicação de dados é formado pelo respectivo canal de dados e associado às interfaces
necessárias para permitir a comunicação de dados entre dois pontos.
Serviços de comunicação de dados para supervisão e controle
Para a supervisão e controle pelo ONS e agentes interligados, deverão ser fornecidos os seguintes serviços de
comunicação de dados e atendendo a classe A. Em decorrência da alta disponibilidade exigida, o serviço
Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de,
pelo menos duas rotas distintas e independentes, sendo uma direcionada para a localidade onde se encontra
o Sistema Local de Aquisição de Dados (SAL) e outra direcionada para a localidade onde se encontra o Sistema
Remoto de Aquisição de Dados (SAR), ambos situados em uma mesma região metropolitana. A Figura 14.1,
apresenta a hierarquia operacional do SIN e as possíveis configurações dos serviços de comunicação de voz
e de dados para suporte às atividades da operação, considerando os centros de operação do ONS e os centros
de operação dos agentes de operação.

14.4.1 COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL


Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado, devem ser
previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:
 Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e as subestações envolvidas;

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

 Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e os computadores de


comunicação dos Centros de Operação dos agentes Interligados;
 Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e o computador de comunicação
do(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS responsável(is) pela operação da região de
instalação do empreendimento. O serviço Classe A com o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do
ONS deve ser prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de, pelo menos,
duas rotas distintas e independentes, sendo uma direcionada para a localidade onde se encontra o
Sistema Local de Aquisição de Dados (SAL) e outra direcionada para a localidade onde se encontra
o Sistema Remoto de Aquisição de Dados (SAR), ambos situados em uma mesma região
metropolitana. A Figura 13.1, apresenta a hierarquia operacional do SIN e as possíveis configurações
dos serviços de comunicação de voz e de dados para suporte às atividades da operação,
considerando os centros de operação do ONS e os centros de operação dos agentes de operação.

14.4.2 SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL


Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local, devem ser previstos os seguintes
serviços de comunicação de dados:
 Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro de Operação do agente
Interligado correspondente;
 Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro Regional de Operação
do ONS. O serviço Classe A com o Centro Regional de Operação do ONS deve ser prestado com
recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.
Os serviços acima deverão ser independentes de qualquer outro serviço de comunicação de dados.

14.4.3 RECURSOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS PARA A REDE DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES


Para a aquisição de dados de registro de perturbação devem ser previstos dois ramais telefônicos DDR
(discagem direta ao ramal) e ligados a modem para conexão ao Concentrador Central de Dados de Registro
de Perturbações da TRANSMISSORA ou diretamente aos RDP localizados nas subestações envolvidas, para
acesso pelo ONS ou outros Agentes autorizados.
Soluções alternativas que permitam o acesso via rede de dados poderão ser admitidas, uma vez assegurado,
no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos circuitos acima especificados.

14.4.4 OUTROS SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS


Para suporte às atividades de normatização, pré-operação, pós-operação, planejamento da operação,
programação da operação, administração de serviços e encargos da transmissão e demais sistemas de apoio
disponibilizados pelo ONS para os agentes, a TRANSMISSORA deve dispor de meio de acesso à Internet,
dimensionado de forma a suportar o carregamento imposto pelo conjunto dessas atividades, através de serviço
de comunicação de dados classe B.
Soluções alternativas que permitam a comunicação via outros tipos de redes de dados poderão ser admitidas,
uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos serviços acima
especificados.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

15 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DO EMPREENDIMENTO


Cabe a Transmissora demonstrar a conformidade técnica de seu empreendimento aos requisitos estabelecidos
no ANEXO e nos Procedimentos de Rede, para os horizontes de planejamento e de operação. Esta
demonstração deve considerar também as configurações de rede mais críticas no escopo da operação, dentro
da abrangência do Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica – PAR, bem como as etapas de
implantação do projeto, incluindo as condições extremas de potência de curto-circuito, número mínimo de
máquinas e de inércia mínima no sistema CA associado a qualquer terminal do elo CC.
A demonstração da conformidade deste empreendimento se dará em duas etapas: Projeto Básico Etapa de
Concepção e Projeto Básico Etapa de Detalhamento. Este procedimento envolve necessariamente as
atividades de treinamento e de acompanhamento do projeto descritas no item 15.1.
A TRANSMISSORA deverá apresentar à ANEEL o Projeto Básico Etapa de Concepção, doravante denominada
apenas Etapa de Concepção, completo, em até 180 dias após a assinatura do Contrato de Concessão.
Destacadamente, os seguintes diagramas e especificações deverão ser apresentados à ANEEL em até 120
dias após a assinatura do Contrato de Concessão:

Diagramas:
 D1 - Diagrama unifilar geral (pátios CA e CC)
 D2 - Diagramas de proteção, controle e medição (pátios CA e CC)
 D3 - Planta e Corte das subestações
Especificações:
 E1: Transformadores Conversores;
 E3: Válvulas;
As demais especificações, a serem entregues ao final da Etapa de Concepção (180 dias) estão listadas no item
15.3.
Deverão ser entregues para análise, nos prazos abaixo definidos, os relatórios abaixo relacionados e agrupados
por assunto:
Relatórios de Estudos de Dimensionamento do Elo CC
 R1 - Definição dos parâmetros do circuito principal (120 dias);
 R2 - Estudo de compensação reativa - balanço de potência reativa (120 dias);
 R3 - Estudo de sobrecorrentes transitórias em válvulas e outros equipamentos (120 dias)
 R4 – Estudos de desempenho dos filtros CA (120 dias)
 R5 – Estudos de definição do rating dos filtros CA e da Compensação Reativa (120 dias)
 R6 - Estudos de desempenho dos filtros CC (120 dias)
 R7 - Estudos de definição de rating dos filtros CC (120 dias)
 R8 -Estudo de coordenação de isolamento - pátios CA e CC, devendo ser finalizado a partir dos
resultados de R9 e R13 (versão preliminar em 120 dias e final em 180 dias)

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

 R9 – Sobretensões Transitórias no lado CC, incluindo Descargas Atmosféricas e Estudos conjuntos


Conversoras-Linhas CC, de curto-circuito na linha CC para determinação da máxima sobretensão
no polo são (180 dias).
 R10 – Estudos de ressonâncias CA-CC em baixas harmônicas (180 dias)
 R11 – Dimensionamento dos reatores de alisamento (180 dias)
 R12 - Dimensionamento das chaves CC: MRTB, GRTS, NGBS e NBS (180 dias)
 R13 – Sobretensões Transitórias no lado CA (180 dias)
 R14 - Estudos de TRT - abertura de bancos e filtros no lado CA (180 dias)
 R15 – Dimensionamento Teórico das Perdas – Preliminar (120 dias)
 R16 - Ruído audível e interferência em telecomunicação – PLC (120 dias)
Relatórios de Estudos de Sistema
 R17 - Fluxo de potência e curto-circuito na rede CA (120 dias)
 R18 - Estudos a frequência fundamental - sobretensões e estabilidade (180 dias)
 R19 - Estudos de desempenho dinâmico-DPS considerando interações multi-infeed (180 dias)
Relatório de Controle de Conversores, Polo e Bipolo
 R20 – Relatório de Concepção – Filosofia, atributos, sequenciamentos (com os respectivos tempos
envolvidos em cada operação) e linhas gerais de atuação (120 dias)
Relatório de Eletrodo e Linha do Eletrodo
 R21 – Relatório de Concepção – Filosofia e linhas gerais (120 dias)
Relatórios de Estudos de Manobra do Pátio CA
 R22 - Energização de Transformadores Conversores (180 dias)
 R23 - TRT de disjuntores (120 dias)
Relatórios de Outros Estudos (em até 120 dias):
 R25-A - Supervisão e Interfaces (Filosofia)
 R25-B - Sistema de Telecomunicações (de acordo com os requisitos do Capitulo 14)
 R26 – Controle e Proteção (Filosofia e Diagramas Unifilares)
 R27 - Serviços Auxiliares (Filosofia)
 R28 – Fluxo de Potência de Barramento
Relatórios de Linhas de Transmissão em Corrente Contínua ±800 kV (em até 120 dias):
 R29 – Normas Técnicas Utilizadas
 R30 – Dados Climatológicos
 R31 – Velocidade do Vento e Carregamentos Devidos ao Vento

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CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

 R32 – Condutor e Cabos Para-raios


 R33 – Estudos Mecânicos do Condutor e dos Cabos Para-raios
 R34 – Distâncias de Segurança
 R35 – Largura da Faixa de Servidão
 R36 – Coordenação do Isolamento
 R37 – Cadeias de Isoladores e Conjuntos de Fixação dos Cabos Para-raios
 R38 – Definição da Série de Estruturas, Silhuetas e Hipóteses de Carregamento
 R39 – Memórias de Cálculo das Estruturas
 R40 – Programa dos Ensaios de Carregamento
 R41 – Fundações Típicas
 R42 – Sistema de Aterramento
 R43 – Sistema de Proteção contra Vibrações Eólicas
 R44 – Planta do Traçado

As especificações, diagramas e relatórios de estudos apresentados para análise devem manter a coerência de
premissas, dados e informações entre eles.
A definição e o escopo dos relatórios supra mencionados é discriminada no item 15.5.
Para os relatórios que implicam apenas na apresentação das premissas e filosofia de implementação não foram
detalhados os seus respectivos escopos. Se enquadram nesta categoria os relatórios R20, R21, R25 a R27.
As pendências apontadas pela ANEEL e/ou ONS, na Etapa de Concepção, deverão ser solucionadas no prazo
de 6 meses, após o recebimento do primeiro relatório de pendências enviado pelo ONS. A partir deste prazo,
caso permaneçam pendências na Etapa de Concepção, o Projeto Básico será considerado não conforme com
os requisitos do Edital e estará sujeito às penalidades previstas no Contrato de Concessão.
Os requisitos associados às características definidas na Etapa de Concepção devem ser demonstrados antes
que se passe para a Etapa de Detalhamento, uma vez que as ordens de produção dos equipamentos devem
ser baseadas nas definições da Etapa de Concepção. Os requisitos técnicos sujeitos a demonstração, ainda
na Etapa de Concepção, estão detalhados ao longo deste ANEXO.
A Etapa de Detalhamento do Projeto Básico, doravante denominada apenas por Etapa de Detalhamento,
deverá ser apresentada no prazo de 30 meses, a partir da assinatura do Contrato de Concessão. Os estudos,
relatórios e especificações que compõem esta fase estão descritos no item 15.6.
As pendências apontadas pela ANEEL e/ou ONS, na Etapa de Detalhamento, deverão ser solucionadas no
prazo de 6 meses, após o recebimento do primeiro relatório de pendências enviado pelo ONS. A partir deste
prazo, caso permaneçam pendências na Etapa de Detalhamento, o Projeto Básico será considerado não
conforme com os requisitos do Edital e estará sujeito às penalidades previstas no Contrato de Concessão.
O ONS emitirá um Parecer de Conformidade sobre cada um dos relatórios solicitados neste Capítulo. É
facultada a Transmissora a interação com o ONS, durante o desenvolvimento dos trabalhos referentes a esta

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etapa, com o intuito de dirimir dúvidas e obter esclarecimentos. A Transmissora deverá revisar a documentação
naquilo que lhe for solicitado diretamente pelo ONS, enquanto perdurarem pendências em cada relatório.
Somente serão considerados para efeito de aprovação de conformidade dos documentos analisados pela
ANEEL/ONS, àqueles revisados pela Transmissora, que contemplem todas as solicitações efetuadas nos
Pareceres de Conformidade encaminhados pelo ONS à TRANSMISSORA.
Ao final da Etapa de Concepção, com base no Parecer de Conformidade sem pendências, emitido pelo ONS,
a ANEEL emitirá o Despacho de Aprovação.
O Termo de Liberação, em qualquer de suas modalidades, será emitido após a emissão pelo ONS do Parecer
de Conformidade, sem pendências, da Etapa de Detalhamento.

15.1 ACOMPANHAMENTO DO PROJETO E TREINAMENTOS


Na Etapa de Concepção do projeto, a TRANSMISSORA deverá permitir, junto ao seu fornecedor de
equipamentos HVDC, a participação de Especialistas da ANEEL e do ONS em reuniões técnicas e gerenciais,
com duração de até uma semana por evento, para o acompanhamento in loco do desenvolvimento do projeto
(10 pessoas por evento), sem ônus para TRANSMISSORA.
A TRANSMISSORA deverá permitir a integração de 1 (um) colaborador do ONS, no desenvolvimento do Projeto
Básico Etapa de Concepção e Etapa de Detalhamento.
Deverá ser permitido, aos Técnicos do ONS, o acompanhamento do comissionamento dos sistemas de
supervisão e controle, conforme definidos no Capítulo 12 (5 pessoas).
O ONS acompanhará a rotina dos testes de aceitação e de sistema (FAT e FST), associados às réplicas dos
controles que integrarem o simulador de CC a ser fornecido.
A TRANSMISSORA deverá demonstrar a coordenação dos controles do Bipolo 2 com o Bipolo 1, incluindo as
aquisições de sinais, sequenciamentos e ordens de comando, nas instalações do simulador do ONS, onde já
estará incorporada a réplica dos controles do Bipolo 1. Esta tarefa é condição essencial para entrada em
operação do Bipolo 2 e poderá ser realizada como JFST (Joint Factory System Tests), incluindo todo o escopo
dos testes FAT e FST executados nas instalações dos fornecedores. Estes testes devem ser realizados pelo
menos 3 meses antes da entrada em operação do Bipolo 2.

15.1.1 TREINAMENTOS
A TRANSMISSORA deverá prover treinamento do pessoal indicado pelo ONS, composto de, no mínimo:
(a) Tutorial em sala de aula sobre o sistema HVDC proposto pela TRANSMISSORA, nos escritórios do ONS
no Rio de Janeiro, com duração mínima de 40 horas, para 50 pessoas;
(b) Treinamento de pessoal de operação do ONS, no Rio de Janeiro e em Brasília, num total de 5 turmas,
com 10 pessoas cada, incluindo utilização da interface homem máquina responsável pela operação e
controle dos conversores CC;
(c) Treinamento específico do pessoal de estudos elétricos e simulador, no Rio de Janeiro, num total de duas
turmas com 10 pessoas cada, com duração de 15 dias cada curso, abrangendo pelo menos: descrição
funcional, filosofia do controle e proteção, hierarquia de funções, configuração/programação e utilização
de modelos computacionais (PSCAD/ATP) bem como do software/hardware empregado nos cubículos de
controle e proteção.

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A TRANSMISSORA deverá detalhar, em até um ano após a assinatura do contrato de concessão, a


programação dos treinamentos a serem ministrados.

15.2 MODELOS COMPUTACIONAIS E FERRAMENTA DE SIMULAÇÃO


Deverão ser encaminhados à ANEEL os modelos computacionais do elo CC, em arquivos digitais, no formato
dos programas mencionados na Tabela 15.1, com a respectiva documentação, incluindo a representação por
meio de diagramas de blocos, funções de transferência, lista de parâmetros e respectivas faixas de ajuste,
quando for o caso, a serem utilizados em estudos de sistemas, conforme tabela abaixo:
TABELA 15.1–PROGRAMAS COMPUTACIONAIS PARA OS MODELOS DO ELO
Aplicação Programa computacional
Estudo de fluxo de carga Anarede – desenvolvido pelo Cepel
Estudos de transitórios eletromecânicos Anatem – desenvolvido pelo Cepel
Manobra de equipamentos da Rede CA e
Estudos de ATP - Alternative Transients Program
interação Rede CA – Elo CC
transitórios
Manobra de equipamentos da Rede CC e
eletromagnéticos PSCAD-EMTDC
desempenho dinâmico de controladores
Deverá ser encaminhada documentação relativa à configuração e utilização dos modelos de simulação do item
anterior contemplando inclusive a identificação detalhada das funções existentes no equipamento real ou réplica
que não foram incorporadas aos modelos computacionais por razões de ordem prática. Simplificações de tal
natureza deverão ser justificadas através de estudos comparativos de resultados entre as ferramentas
computacionais e no simulador em escala real de tempo. Também deverão ser encaminhados os casos de
estudo, nos formatos dos programas mencionados na Tabela 14.1, utilizados nos estudos de sistema R17, R18
e R19.
A documentação associada à configuração dos modelos de representação dos controladores HVDC deve
detalhar a descrição de: filosofia de controle e proteção ao nível das funções e lógicas representadas em
diagramas de blocos, e respectivas rotinas e bibliotecas computacionais em cada programa. A documentação
associada à utilização dos modelos de representação dos controladores HVDC deve detalhar instruções para:
parametrização e inicialização do controle, monitoramento das variáveis e scripts dos eventos e manobras nas
redes CA e CC
O prazo para encaminhamento dos modelos computacionais preliminares, provenientes da Etapa de
Concepção, e respectiva documentação será de 180 dias contados a partir da assinatura do Contrato de
Concessão, permitindo a crítica dos resultados apresentados nos estudos de projeto básico do
empreendimento.
O prazo para encaminhamento dos modelos computacionais e respectiva documentação, à época de conclusão
da Etapa de Detalhamento, será de 30 meses contados a partir da assinatura do Contrato de Concessão,
possibilitando a realização posterior dos estudos pré-operacionais e preparação das Instruções de Operação
correspondentes.
A Transmissora permanece responsável pela atualização deste modelo, devendo realizá-la toda vez que for
necessária alguma modificação de hardware ou software, de forma que o modelo espelhe sempre o
equipamento real.

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Os modelos computacionais finais em Anatem, PSCAD e ATP deverão ter sido validados inicialmente em
estudos no simulador digital em escala real de tempo para sistemas de corrente contínua e posteriormente,
quando da data de entrada em operação, por testes de campo, utilizando o sistema de registro de eventos a
ser fornecido pela TRANSMISSORA. Alternativamente, o modelo computacional para uma das ferramentas
(Anatem, PSCAD ou ATP) poderá ser validado contra os resultados obtidos com a outra ferramenta desde que
na última tenha-se atendido ao requisito de validação do modelo contra o equipamento real ou réplica. Qualquer
que seja a alternativa adotada, a responsabilidade pela validação dos modelos Anatem, PSCAD e ATP é da
TRANSMISSORA.
Deverá ser facultado ao ONS o pleno acesso ao detalhamento dos modelos de representação dos
equipamentos de CC, na(s) ferramenta(s) computacionais para simulação de transitórios eletromagnéticos e
no simulador digital em escala real de tempo. Também, os modelos de simulação dos controladores CC em
Anatem, PSCAD, ATP e simulador em escala real de tempo, encaminhados ao ONS, deverão incluir o suporte
a modificações, dentre as quais: monitoramento de sinais e variáveis internas da lógica, alteração de
parâmetros de controle (ganhos e constantes de tempo), inclusão e inibição de lógica/função de controle ou
proteção específica, que permitam a investigação de possíveis aprimoramentos. Essa caracterização decorre
da repercussão sistêmica das funções de controle e proteção envolvidas nos elos de CC.
Para os modelos fornecidos em ferramentas PSCAD-EMTDC e ATP serão considerados como essenciais os
requisitos a seguir em atendimento a necessidades práticas de utilização:
(a) Possibilidade de utilização com diferentes passos de integração na faixa de valores menores ou iguais
a 50 µs (cinquenta microssegundos);
(b) Manual de usuário do modelo de representação do sistema de controle e proteção HVDC com o
detalhamento definido no segundo e terceiro parágrafos deste item;
(c) Manual de usuário para simulação de manobras e defeitos nas redes CA e CC.
Adicionalmente, os modelos acima referidos deverão ser fornecidos, também, em modo que permita sua
incorporação à base de dados do SIN, a qual todos os agentes setoriais terão acesso. Os modelos que forem
fornecidos para esta finalidade, caso sejam protegidos com relação ao acesso às suas características, deverão
ter o mesmo nível de detalhamento funcional dos modelos fornecidos de acordo com os requisitos acima
descritos.
Todos os modelos computacionais em Anatem, PSCAD e ATP utilizados na representação dos vários
equipamentos deverão ser compatíveis com as versões correntes dessas ferramentas à respectiva época do
seu encaminhamento. Do mesmo modo, as ferramentas computacionais empregadas na configuração e
utilização dos modelos (compiladores e suítes de desenvolvimento/programação dos controladores CC)
deverão ser fornecidas em suas versões atualizadas.
Os modelos computacionais deverão ser codificados atendendo a padrão de portabilidade de modo a que sua
migração possa ser realizada, sem necessidade de recodificação, na medida da evolução das versões das
ferramentas de simulação e acessórias (compiladores e suítes de desenvolvimento/programação dos
controladores CC).

15.2.1 SIMULADOR DE SISTEMAS DE CORRENTE CONTÍNUA


A TRANSMISSORA deverá fornecer ao ONS uma ferramenta digital para a simulação de sistemas de corrente
contínua em escala real de tempo com capacidade suficiente para representação de todos os equipamentos

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que fazem parte da alternativa CC de transmissão, e também dos equipamentos da rede CA conectados às
SEs conversoras.
A ferramenta digital para a simulação do sistema de corrente contínua em escala real de tempo é constituída
de três elementos:
(a) Simulador em escala real de tempo (como por exemplo, um RTDS) constituído por módulos de
processamento, comunicação e interfaces de entrada/saída digitais e/ou analógicas;
(b) Uma réplica correspondente aos cubículos de controle e proteção da instalação do campo;
(c) Consoles de comando e PCs utilizados para monitoramento, controle e programação dos dispositivos dos
itens a) e b).
A cessão da ferramenta digital para a simulação de sistemas de corrente contínua em escala real de temposerá
formalizada por contrato de comodato entre a TRANSMISSORA e o ONS com vigência indeterminada
associada ao suporte à operação do sistema de CC objeto desse edital.
O simulador a ser fornecido deverá ser capaz de representar, com suficiente detalhe, os sistemas CA
conectados aos terminais inversor e retificador do(s) elo(s) de CC. Para tal, deverão ser fornecidos os módulos
necessários à representação de linhas de transmissão, transformadores, capacitores, reatores e equivalentes
contidos na rede CA retida, no mínimo, iguais as representações utilizadas no Relatório R2 e conforme rede
CA mínima dimensionada com base nos seguintes casos PSCAD, disponíveis no site da EPE:
(a) BMonte_2BP_TR_2L.psc e BMonte_2BP_TR_7P.psc (Transitórios eletromagnéticos - cenários de fluxo
Xingu - Terminal Rio e Terminal Rio - Xingu)
(b) BMonte_2BP_DIN_2L.psc e BMonte_2BP_DIN_7P.psc (Desempenho dinâmico - cenários de fluxo Xingu
- Terminal Rio e Terminal Rio - Xingu)
(c) MULTI-INFEED_CEN2L.psc e MULTI-INFEED_CEN7P.psc (MULTI-INFEED - cenários de fluxo Xingu -
Terminal Rio e Terminal Rio - Xingu)
A rede a ser representada no simulador deve contemplar, simultaneamente, o sistema Norte-Nordeste, do caso
(a) acima, e o sistema Sul-Sudeste-Centro Oeste, dos casos (a), (b), e (c) acima, inclusive o elo de Itaipu
conforme modelado no caso (c) do PSCAD.
O simulador deverá atender aos seguintes requisitos técnicos:
(a) Plena Integração ao simulador de sistemas de CC, de fabricação RTDS Tech Inc., atualmente em uso pelo
ONS (plena integração significa utilização cooperativa e simultânea em mesma referência ou base de
tempo de relógio);
(b) Capacidade de processamento adequada à solução da rede simulada em escala real de tempo com passo
de integração igual ou inferior a 50 µs (cinquenta microssegundos);
(c) Capacidade para incorporação de modelos de equipamentos e/ou dispositivos complementares à
biblioteca padrão, elaborados em linguagem de programação de alto nível.
(d) Interface de suporte à programação de modelos de equivalentes elétricos e eletromecânicos do tipo
multiporta e equipamentos/dispositivos com eletrônica de potência em hardware comercial com arquitetura
do tipo FPGA.
(e) Interface programável para conexão a padrão comercial de simulação em escala real de tempo de outro(s)
fabricante(s);

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(f) Referência de tempo de relógio controlada por equipamento do tipo GPS.


(g) As réplicas de controladores dos conversores poderão incorporar as interfaces analógicas e digitais de
entrada/saída do simulador aos seus respectivos cubículos, a fim de minimizar a quantidade de cabos de
conexão. Entretanto, essa configuração não poderá restringir a separação dos terminais retificador e
inversor em subsistemas elétricos de solução independente.
As ferramentas computacionais empregadas na configuração e utilização das réplicas (compiladores e suítes
de desenvolvimento/programação dos controladores CC) deverão ser fornecidas em suas versões atualizadas,
com previsão de suporte e atualização por um período de 10 anos.
Caberá a TRANSMISSORA o ônus da instalação da ferramenta de simulação digital para a simulação do elo
CC em escala real de tempo nos escritórios do ONS, realizando todos os testes necessários ao seu
funcionamento.
A TRANSMISSORA deverá efetuar todas as simulações necessárias para demonstrar, a satisfação do ONS, o
desempenho adequado da ferramenta digital para a simulação do elo CC em escala real de tempo, em conjunto
com a(s) rede(s) CA correspondente.
A TRANSMISSORA deverá disponibilizar os modelos de representação dos equipamentos CA e CC utilizados
nas simulações citadas no parágrafo anterior, acompanhados de sua respectiva documentação. Esses modelos
deverão possuir nível de detalhamento similar aos empregados nas simulações em ferramenta PSCAD-
EMTDC.
Por ocasião do comissionamento, em períodos de ensaios realizados em campo ou outra atividade que
demande alteração de parâmetros ou de estrutura nos sistemas de corrente contínua, a TRANSMISSORA
deverá providenciar a correspondente atualização nas réplicas dos controles que integrarem o simulador de
CC a ser fornecido ao ONS.

15.3 ETAPA DE CONCEPÇÃO


Na Etapa de Concepção devem ser definidos os componentes do circuito principal, tais como: válvulas,
transformadores conversores e sua faixa de tapes, reatores de alisamento, compensação reativa, filtros CA e
filtros CC, para-raios, filtros PLC, linha CC e linha do eletrodo, sistemas de aterramento (critérios), além dos
diagramas unifilares, pátios CA e CC e da filosofia dos sistemas de proteção, supervisão e controle. Devem
também ser estimadas as perdas máximas por meio de cálculo.
Nesta etapa devem ainda ser definidos todos os níveis de controle CC necessários (conversor, polo, bipolo,
estação e mestre) prevendo a operação isolada do Bipolo 1 e a sua futura integração com os controles do
Bipolo 2. Deve ser previsto, também, o intercâmbio de sinais com a UHE Belo Monte.
Para a demonstração da conformidade aos requisitos, devem ser apresentados a ANEEL, estudos a frequência
fundamental tais como: fluxo de potência, curto-circuito e estabilidade eletromecânica. Também são
necessários estudos de sobretensões incluindo energização de transformadores conversores e filtros CA,
performance harmônica e de ressonância CA/CC de baixa frequência.
Serão necessárias avaliações de desempenho dinâmico, por meio de um programa computacional do tipo
PSCAD, considerando os dados do equivalente de rede citado no item 2.1 e o sistema de controle do fornecedor
com ajustes preliminares, com a finalidade de verificar a adequação da compensação reativa (controlável ou
não), da necessidade de alteração de modularização de bancos e/ou sub-bancos de filtros e/ou de
compensação reativa com relação à ocorrência de falhas de comutação, bem como de outros requisitos de

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projeto que possam impactar o desempenho dinâmico do sistema. Os dados e modelagens oriundas desta
etapa deverão ser disponibilizados ao ONS. Estes estudos e o grau de detalhamento necessário estão descritos
neste capítulo.
A TRANSMISSORA poderá propor a adição de outros estudos e documentos que julgar necessários, de forma
a obter sua devida avaliação de conformidade, com a finalidade de agilizar as etapas subsequentes de
fabricação de equipamentos e de componentes.
Ainda nesta etapa, há necessidade de estudos de coordenação de isolamento dos pátios CA e CC. A
TRANSMISSORA deverá demonstrar a adequação das correntes de coordenação assumidas nas estimativas
iniciais, com base em sua experiência, por estudos de transitórios eletromagnéticos. Deverá ainda apresentar
estudos de TRT para dimensionamento dos disjuntores dos filtros e estudos específicos para o
dimensionamento das chaves de abertura em carga no lado CC (MRTB, GRTS e NBGS).
Também é necessária a apresentação dos estudos de dimensionamento da linha de transmissão em corrente
contínua, dos eletrodos e das linhas dos eletrodos.
Ao final dos estudos da Etapa de Concepção, em 180 dias, a TRANSMISSORA deverá apresentar as
especificações dos equipamentos, nomeados conforme a seguir. As especificações devem conter, além dos
dados básicos (coordenação de isolamento, tensões e correntes nominais, capacidade de curto-circuito), todas
as demais necessárias e/ou específicas para o tipo de equipamento, que possibilitem a sua aquisição e
fabricação, respeitadas as características identificadas como necessárias pelos estudos desta etapa.
 E1: Transformadores Conversores;
 E2: Reatores de Alisamento;
 E3: Válvulas;
 E4: Para-Raios;
 E5: Buchas;
 E6: Isoladores;
 E7: Filtros CA e CC;
 E8: Capacitores;
 E9: Reatores;
 E10: Disjuntorese chaves do pátio CA;
 E11: Chaves CC;
 E12: TCs e TPs (CA e CC) e
 E13 – Outros equipamentos não incluídos nessa lista, que possam impactar no cronograma de
aquisição.
Adicionalmente, deverão ser apresentados os diagramas (plantas) descritos a seguir:
 Diagrama 1 - Diagrama unifilar geral dos pátios CA e CC;
 Diagrama 2 - Diagramas de proteção, controle e medição dos pátios CA e CC e
 Diagrama 3 - Planta e Cortes das subestações.

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As especificações E1 e E3 e os diagramas D1 a D3, deverão ser entregues em até 120 dias.

15.3.1 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO:


A TRANSMISSORA deverá encaminhar, no Projeto Básico Etapa de Concepção, as planilhas disponíveis no
site da ANEEL nos Adendos da documentação do Leilão, sob o título “Planilha de Dados do Projeto”,
preenchidas com dados requeridos, no que couber, do empreendimento em licitação.
Cabe a Transmissora se certificar de que as informações constantes nestas planilhas correspondam àquelas
informadas nas especificações E1 a E13, devidamente complementadas naquilo que adicionalmente for
solicitado pela planilha.
15.4 ETAPA DE DETALHAMENTO
A Etapa de Detalhamento se inicia ao final da Etapa de Concepção. Esta fase tem como foco, além da produção
dos equipamentos e início de obras civis e eletromecânicas, a otimização dos controles, da proteção, dos
esquemas de emergência e dos procedimentos operativos de forma geral, que envolvem em detalhe as
interações CA/CC. Envolve também os estudos definitivos de coordenação indutiva e de ressonância CA/CC
de baixa frequência, o detalhamento dos eletrodos de terra e a definição da sobrecarga low ambient. A
comprovação da conformidade aos requisitos desta etapa depende da representação detalhada em programas
digitais e/ou simuladores do elo CC. Os dados e modelagens oriundas desta etapa deverão ser disponibilizados
ao ONS para a execução dos estudos pré-operacionais.
Após a Etapa de Detalhamento e antes da entrada em operação é necessária a comprovação, por meio de
testes, ensaios e/ou medições, do atendimento aos requisitos de perdas estabelecidos neste ANEXO, que
foram estimadas na Etapa de Concepção. Há necessidade também da comprovação que as premissas e
tolerâncias assumidas na concepção do projeto para a fabricação dos equipamentos foram atendidas.
O Elo CC deve operar satisfatoriamente na rede real onde ele será inserido. A TRANSMISSORA deverá
investigar eventuais restrições operativas, provenientes de configurações de redes não previstas na Etapa de
Concepção, devendo mitigá-las, valendo-se para isto das informações topológicas da rede existente para os
estudos pré-operacionais. A situação específica de recomposição do sistema por meio da UHE Belo Monte
deverá ser investigada. Este caso deverá ser realizado com a UHE Belo Monte operando isolada do sistema
CA adjacente com o escoamento através do Bipolo 2. Neste caso, a TRANSMISSORA deverá analisar,
inclusive situações que possam causar autoexcitações e sobretensões, e informar quais as condições
necessárias para a operação segura, admitindo-se a possibilidade de relaxamento de alguns requisitos, como
por exemplo performance dinâmica, se necessário.
A TRANSMISSORA deverá informar a lista de recursos necessários a serem disponibilizados pela rede do SIN,
para possibilitar a sua entrada em operação.

15.5 ESTUDOS PARA DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE NA ETAPA DE CONCEPÇÃO


A TRANSMISSORA deverá realizar os estudos definidos nos itens a seguir e apresentar os relatórios
correspondentes a cada estudo, nomeados conforme estabelecido no respectivo item.

15.5.1 ESTUDOS DE DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DO CIRCUITO PRINCIPAL – RELATÓRIO R1


Tem por finalidade demonstrar que é possível, em regime permanente, transmitir os valores de potência
definidos neste Anexo Técnico, desde a potência mínima até a potência máxima, incluindo as sobrecargas de

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

curta e longa duração, para as condições de frequência e de tensão CA nas extremidades retificadora e
inversora, dentro das faixas operativas da rede básica, com a potência de curto circuito nas estações terminais
dentro da faixa especificada, mantendo a tensão nominal CC dentro da tolerância prevista. Esta demonstração
compreende a operação em todos os modos operativos previstos descritos neste ANEXO (item 5.5.3).
Este estudo, ao utilizar no cálculo as variações possíveis de seus parâmetros e dados de entrada, determinará
a faixa de tapes necessária aos transformadores conversores, bem como definirá as tensões e correntes
máximas as quais ficarão submetidos às válvulas e demais equipamentos.
Considera-se como dado de entrada a resistência total da LT-CC especificada (vide item 5.2), corrigida pela
TRANSMISSORA para a temperatura de operação do elo CC (nominal, mínima e máxima). do elo CC, além
das resistências da linha do eletrodo e do eletrodo propriamente dito, em cada uma das estações terminais,
retificadora ou inversora.
Os seguintes parâmetros de controle, entre outros, são considerados: os valores de ângulo de disparo (nominal,
máximo e mínimo), o valor do ângulo de extinção nominal e o valor percentual que se permitirá variar a tensão
DC polo-terra, no inversor, para a variação de cada tape do transformador conversor.
Devem ser consideradas, entre outras, as tolerâncias de projeto/fabricação dos transformadores conversores
e seus respectivos – OLTCs – On Load Tap Changers, que se refletem no valor da reatância de comutação
(∆dx em %), a tolerância de medição de tensão (∆Ud em % de Ud medido), o erro de medição do ângulo de
disparo (graus elétricos), o erro de medição do ângulo de extinção (graus elétricos) e o erro de medição no
transformador de potencial na barra CA (% de UdioN). Deve ser levada em conta também a eventual
necessidade de utilização de filtros Power Line Carrier – PLC, que pode afetar o valor a ser especificado para
a reatância de comutação (dxn).
Devem ser apresentadas tabelas, que deverão conter as seguintes informações, para variações de potência,
no retificador (Pd), em degraus de 10%: Corrente CC(Id -A), tensão CC no retificador (UdR-kV), tensão CC no
inversor (UdI-kV), tensão em vazio ideal no retificador por ponte de seis pulsos (Udi0R-kV), tensão em vazio
ideal no inversor por ponte de seis pulsos (Udi0I-kV), potência CC no retificador (PdR-MW), ângulo de disparo
(α-grau), ângulo de extinção(γ-grau), ângulo de comutação no retificador(µR-grau), ângulo de comutação no
inversor(µI-grau), potência CC no inversor (PdI-MW), consumo de reativos no retificador (QR-Mvar) e o
consumo de reativos no inversor (QI-Mvar), além dos tapes dos transformadores conversores no retificador e
inversor.

15.5.2 ESTUDO DE COMPENSAÇÃO REATIVA -BALANÇO DE POTÊNCIA REATIVA – RELATÓRIO R2


Têm por finalidade demonstrar o atendimento aos requisitos, estabelecidos nos itens 5.5.1 e 5.5.13.
Os resultados devem indicar a estratégia, a quantidade instalada e a modularização de bancos/sub-bancos de
filtros, capacitores e reatores, a ser usada para controlar o intercâmbio de reativos com o sistema CA,
considerando o consumo de reativos da estação conversora, bem como a sequência de chaveamento destes
equipamentos de compensação reativa, considerando toda a faixa de potência operativa (incluindo sobrecarga
de qualquer natureza, se houver) e todos os modos de operação estabelecidos no 5.5.3 deste ANEXO.
Deve ser demonstrado que, dentro da faixa de níveis de curto-circuito descritas no item 0, atuais ou futuras,
para todos os níveis de carga, para todos os cenários de fluxo, não ocorrerão, como consequências destes
chaveamentos de sub-bancos, variações de tensão no sistema CA acima de 3,0% e que a perda intempestiva
do maior banco de capacitores ou filtros não causará falha de comutação.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Deverão ser respeitados os critérios de intercâmbio de potência reativa e as envoltórias de sobretensões


temporárias máximas definidas respectivamente nos itens 5.5.1 e 5.6 deste ANEXO.
O relatório deve apresentar os resultados sob a forma de curvas e tabelas P (potência transmitida) e Q
(consumo da conversora, potência reativa fornecida pelos filtros e intercâmbio com o sistema CA), em função
das tensões CA máxima, mínima e nominal, consumo de reativos máximo, mínimo e nominal pela conversora
(função de alfa, dx, etc.), de modo a permitir a análise da conformidade dos resultados em relação aos requisitos
deste Anexo. Deverá ser fornecida uma tabela contendo a sequência de chaveamento dos elementos de
compensação reativa em função da potência transmitida e também da necessidade de chaveamento em função
do desempenho harmônico.

15.5.3 ESTUDOS DE SOBRECORRENTES TRANSITÓRIAS EM VÁLVULAS E OUTROS EQUIPAMENTOS – RELATÓRIO R3


Tem por finalidade demonstrar que os componentes do elo CC, estão adequadamente dimensionados para
suportar as solicitações transitórias advindas de curtos-circuitos, aplicados em qualquer localização, pelo tempo
máximo necessário a eliminação do mesmo, como por exemplo, pela abertura do disjuntor dos transformadores
conversores.
Este relatório deve abranger as solicitações impostas aos equipamentos da barra CA, solicitações impostas
aos transformadores conversores, solicitações impostas às válvulas de tiristores, aos equipamentos da barra
CC e equipamentos da barra de neutro e demais equipamentos, com exceção dos filtros CA e CC que são
avaliados em outros itens..
Devem ser avaliadas também as solicitações aos conversores propriamente ditos, advindas de faltas aplicadas
a equipamentos situados fisicamente dentro da casa de válvulas, incluindo as buchas de parede.
Devem ser considerados como insumo: o valor da potência de curto-circuito definida para a aquisição dos
disjuntores do pátio CA das subestações terminais e os parâmetros definidos pelo cálculo do Main Circuit, com
particular atenção para a reatância dos transformadores conversores.
Devem ser apresentadas a avaliação dos seguintes tipos de falta:
 Curto-circuito na válvula propriamente dita;
 Curto-circuito através da ponte de 6 pulsos;
 Curto-circuito através da ponte de 12 pulsos;
 Curto-circuito polo neutro após reator de alisamento;
 Curto-circuito polo terra antes do reator de alisamento;
 Curto-circuito bifásico, entre o transformador conversor e a válvula;
 Curto-circuito trifásico, entre o transformador conversor e a válvula;
 Curto-circuito para a terra:
i. No lado CA da válvula na ponte ∆;
ii. No lado CA da válvula na ponte Y;
iii. Na barra entre as pontes de 6 pulsos;
iv. No ponto de neutro do transformador Y;
v. Na conexão ao polo.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

15.5.4 ESTUDOS DE DESEMPENHO DOS FILTROS CA – RELATÓRIO R4


O estudo deve seguir a metodologia apresentada no item 6.1 deste ANEXO e tem por objetivo garantir o
desempenho harmônico adequado do projeto de filtros, respeitando os limites de distorção harmônica individual
e total, estabelecidos no Submódulo 2.8.
São consideradas como dados de entrada a modularização de filtros e bancos de capacitores definidos pelo
estudo de balanço de reativos, bem como os resultados dos estudos de dimensionamento do circuito principal.
O relatório deverá apresentar os valores máximos das correntes harmônicas geradas pelos conversores, para
toda a faixa possível de sua operação, bem como as respectivas distorções harmônicas correspondentes.
Todas as premissas utilizadas para o cálculo, tais como envelopes de impedância, ângulos de disparo das
válvulas, faixa operativa de tensões CA, níveis de corrente CC, tolerâncias de fabricação de transformadores
conversores, tensão de sequência negativa, faixa de tapes dos transformadores conversores, tolerâncias de
qualquer tipo, erros de medição etc., forma de tratamento (determinístico ou estatístico) destas informações
deverão estar claramente apresentadas.

15.5.5 ESTUDOS DE DEFINIÇÃO DE RATING DOS FILTROS CA E DA COMPENSAÇÃO REATIVA – RELATÓRIO R5


Tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CA e demais equipamentos de
compensação reativa, tanto em regime permanente quanto em regime transitório é adequado. No que diz
respeito ao rating de regime permanente deve ser atendido o disposto no item 6.1.2 deste ANEXO.
Nestes estudos devem ser atendidos todos os requisitos, condições operativas e configurações de rede externa
relacionados neste Anexo.
O relatório deve apresentar, tanto para o rating de regime permanente quanto para o rating de regime transitório,
as margens adotadas e os valores nominais do projeto para cada elemento que compõe o equipamento (ratings
de corrente e tensão).
(a) Regime permanente
O estudo deve demonstrar que os elementos dos filtros (reatores, resistores e capacitores) e da compensação
reativa manobrável, foram dimensionados para suportar as máximas correntes e tensões harmônicas possíveis.
Também deve ser demonstrado que os filtros não serão desligados pelas proteções de overrating (sobrecarga)
durante condições operativas normais e de contingências simples (N-1) da rede externa, por meio da
representação da rede externa pelos lugares geométricos indicados no item 2.1, com um sub-banco fora de
operação.
Na representação dos filtros devem ser considerados todos os fatores de dessintonias possíveis, incluindo
tolerâncias de fabricação, variação de capacitância por temperatura, variações de frequência da rede, erros de
ajuste de sintonia por discretização de elementos de ajuste e tolerâncias dos instrumentos de medição, etc.
Para avaliar ressonâncias entre filtros devem ser consideradas dessintonias opostas entre eles, quando
fisicamente possível.
(b) Regime transitório
O estudo deve demonstrar que os filtros e a compensação reativa devem suportar as sobretensões e
sobrecorrentes advindas de condições transitórias, incluindo entre outras: 1) início e eliminação de curtos-
circuitos na conversora, com bloqueio das válvulas durante o curto-circuito; 2) energização dos transformadores
conversores com fluxo residual, e de outros próximos; 3) curtos-circuitos aplicados.

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15.5.6 ESTUDOS DE DESEMPENHO DOS FILTROS CC – RELATÓRIO R6


Tem por finalidade demonstrar que o desempenho dos filtros CC atende ao disposto no item 6.2.2 deste
ANEXO.
O estudo de desempenho dos filtros CC deve ser compatível com as definições oriundas do estudo de
ressonâncias CA-CC em baixas harmônicas (Relatório R10).

15.5.7 ESTUDOS DE DEFINIÇÃO DE RATING DOS FILTROS CC – RELATÓRIO R7


Tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CC atende ao disposto no item 6.2.3
deste ANEXO.
Deve ser apresentado o estudo de dimensionamento dos componentes dos filtros CC, para regime permanente
e transitório, as margens adotadas e os valores nominais do projeto (ratings de corrente e tensão), para cada
um de seus elementos (reatores, resistores e capacitores).
O relatório deve também demonstrar que os filtros CC estão dimensionados para suportar as piores
sobretensões e sobrecorrentes transitórias as quais possam vir a ser submetidos.

15.5.8 ESTUDO DE COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO – RELATÓRIO R8


Tem por finalidade mostrar as bases para definição dos níveis de isolamento das conversoras e equipamentos
exteriores e a aplicação de para-raios, para os pátios CA e CC. Devem ser atendidos os requisitos estabelecidos
no item 5.5.10 deste ANEXO.
Sobretensões nas estações conversoras são causadas por fontes externas e internas. Fontes externas são
operações de manobra, faltas a terra, eliminação de defeitos, descargas atmosféricas, oscilações dinâmicas da
rede CA e rejeição de carga. Fontes internas são faltas a terra, curtos-circuitos e falhas de controle dentro do
escopo de suprimento próprio Elo CC.
Este estudo de coordenação de isolamento deve considerar as máximas sobretensões de manobra, bem como
as máximas sobretensões produzidas por descargas atmosféricas que possam se propagar até os
equipamentos.
Deve também levar em conta as configurações/topologias advindas de todos os modos de operação definidos
no item 5.5.3 deste ANEXO, bem como definir os níveis de isolamento para os pátios CA e CC, a localização
de todos os para-raios, seu número, suas correntes de coordenação, sua capacidade de dissipação de energia.
Devem ser considerados como dados de entrada os valores de tensão máxima de operação CC e CA, tensão
ideal CC em vazio por conversor de 6 pulsos (Udio nominal e Udio máxima possível considerando os limitadores
e os erros de medida), relação de transformação dos transformadores conversores, faixa de tapes dos
transformadores conversores, step de cada tape, reatância de comutação (dx), correntes CC (nominal e máxima
incluindo sobrecarga se houver) definidos no cálculo do circuito principal.
O relatório deve apresentara localização, a quantidade e os dados de todos os para-raios dentro do escopo de
suprimento, incluindo as curvas de descarga máxima e mínima (8x20 µs, 30x60 µs, frente íngreme, etc...),
número de colunas e capacidade de dissipação de energia. Deve apresentar também os níveis de proteção e
respectiva corrente para frente íngreme (STIPL-kV, ISTIPL-kA), impulso de manobra (SIPL-kV, ISIPL-kA) e
impulso atmosférico (LIPL-kV, ILIPL-kA), bem como o nível adotado para o disparo protetivo (PF). O relatório

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deve ainda explicitar, em uma tabela, a margem de proteção utilizada, para cada um dos para-raios,
apresentando além dos valores de SIPL e LIPL os valores de suportabilidade a impulso atmosférico (LIWL) e
suportabilidade a impulso de manobra (SIWL).
Os para-raios de filtros CA e CC também deverão ser objeto de dimensionamento, conforme relatórios R5 e R7
respectivamente.
Deve-se apresentar o cálculo (estimativa) inicial da coordenação de isolamento, tanto do pátio CA, quanto do
pátio CC, considerando as premissas iniciais de correntes de coordenação, assumidas com base na
experiência. Entretanto, estas premissas de coordenação deverão ser comprovadas, ainda na Etapa de
Concepção, por meio de simulação em ferramentas digitais, considerando os casos mais críticos para o
dimensionamento de equipamentos.

15.5.9 ESTUDOS DE SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS NO LADO CC – RELATÓRIO R9


O objetivo deste estudo é identificar as máximas solicitações, advindas de surtos de manobra e atmosféricos,
impostas aos para-raios localizados na casa de válvulas e no pátio CC, servindo de subsídio para o relatório
de coordenação de isolamento (R8).
Deve também incluir estudos conjuntos Conversoras-Linhas CC, de curto-circuito na linha CC para
determinação da máxima sobretensão no polo são.
As simulações devem ser realizadas por meio de programas digitais de transitórios eletromagnéticos.

15.5.10 ESTUDOS DE RESSONÂNCIAS CA/CC EM BAIXAS HARMÔNICAS – RELATÓRIO R10


Estudo preliminar que tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento dos filtros CC e reatores de
alisamento não causam nenhum problema relacionado à resposta do circuito CC à excitação de ressonâncias
harmônicas, na faixa compreendida entre a frequência fundamental e a segunda harmônica – 60 Hz a 120 Hz.
Para este estudo os parâmetros da linha CC deverão ser estimados com base no ANEXO correspondente e
nos dados do Relatório R2 ou do projeto da LT CC, caso disponíveis.
O dimensionamento preliminar dos valores de reatâncias dos reatores de alisamento e seus arranjos na
conversora devem ser detalhados pela TRANSMISSORA e submetidos para análise de conformidade e
aprovação de conformidade, mesmo sem ter sido, nesta etapa, desenvolvido o estudo de surtos rápidos
incidentes nas conversoras, os quais poderão impactar no dimensionamento.
Devem ser investigados neste estudo os aspectos relacionados a possíveis necessidades de instalação de
filtros CC de segunda harmônica, de filtros CC bloqueadores de frequência fundamental a serem instalados
nas conexões de neutro das conversoras, em função da presença de linhas CA em paralelo à linha CC em
alguns trechos da rota sugerida no Relatório R3, com o intuito de evitar a indução de correntes CC nos
enrolamentos dos transformadores conversores.

15.5.11 DIMENSIONAMENTO DOS REATORES DE ALISAMENTO – RELATÓRIO R11


Tem por objetivo comprovar a adequação do dimensionamento dos reatores de alisamento com relação a não
provocar ressonâncias de baixas harmônicas, limitar adequadamente a taxa de variação da corrente CC, limitar
os surtos de corrente originários de descargas na linha CC, limitar o ripple de tensão CC bem como contribuir
para a redução da ocorrência de falhas de comutação no inversor.
Devem ser analisados os impactos da localização e tamanho definido para os reatores de alisamento no que
concerne a coordenação/níveis de isolamento dos pátios CC e CA.

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Deve ser utilizada modelagem de alta frequência, ainda que típica, dos transformadores conversores e
equipamentos do pátio CC que incluam a representação adequada das capacitâncias parasitas.
Deve ser mantida a compatibilização com as determinações advindas dos estudos de Sobretensões
Transitórias no Lado CC (Relatório R9) e Ressonâncias CA-CC de baixas harmônicas (Relatório R10).

15.5.12 DIMENSIONAMENTO DAS CHAVES CC (MRTB, GRTS,NGBS E NBS) – RELATÓRIO R12


Deve-se demonstrar que o conjunto das chaves especificadas para o pátio CC é capaz de permitir a operação
do Elo CC, em todas as suas modalidades operativas, sem restrições de quaisquer espécies.
Devem ser caracterizados todos os sequenciamentos de eventos de transferências entre modos operativos,
incluindo os tempos associados.
Devem ser indicadas, neste relatório, as características técnicas e tecnologia adotadas para cada uma das
chaves CC.

15.5.13 SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS NO LADO CA – RELATÓRIO R13


Este relatório é considerado como insumo para a elaboração do estudo de Coordenação de Isolamento
(Relatório R8). Tem por objetivo identificar as máximas solicitações advindas de surtos de manobra aos para-
raios do pátio CA e nos para-raios das válvulas.
Devem ser considerados, na elaboração deste estudo os dados dos equipamentos principais considerados pelo
relatório Main Circuit (R1), configuração de filtros compatível com aquela considerada no relatório de
desempenho de filtros CA (Relatório R4), bem como os dados da rede CA adjacente descritos no Capítulo 2
deste Anexo.
Os transformadores conversores devem ser modelados considerando-se a curva de saturação mínima
especificada/prevista pela Transmissora, bem como ter uma reatância compatível com a definida no circuito
principal.
Devem ser fornecidas as características de descarga (kVPICO) e dissipação de energia em kJoule/kV, dos para-
raios CA e dos para-raios de válvula estudados.
As simulações devem ser realizadas por meio de programas digitais de transitórios eletromagnéticos.

15.5.14 ESTUDOS DE TRT E MANOBRA DE BANCOS E SUB-BANCOS/COMPENSAÇÃO REATIVA NO LADO CA -


RELATÓRIO R14
O objetivo deste estudo é quantificar as solicitações impostas aos disjuntores dos bancos e sub-bancos de
filtros/compensação reativa.
Além da abertura de curto-circuito, energização, estes disjuntores também deverão ser avaliados de acordo
com os requisitos do item 5.5.10.
As simulações devem ser realizadas por meio de programas digitais de transitórios eletromagnéticos.
Esses estudos, também, compreendem avaliações de energização e de aplicação e eliminação de defeito, com
a finalidade de minimizar os efeitos dos transitórios de tensão e de corrente aos níveis de suportabilidade da
instalação, evitar atuações indevidas da proteção e evitar possíveis ressonâncias com a rede para harmônicas
produzidas por elementos saturáveis.
Os estudos devem verificar as sobretensões e as consequentes solicitações de energia sobre os para-raios
próximos, e a necessidade de utilização de disjuntores com dispositivos de manobra controlada.

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15.5.15 DIMENSIONAMENTO TEÓRICO DAS PERDAS (PRELIMINAR) – RELATÓRIO R15


O estudo de dimensionamento de perdas do Elo CC, a ser entregue na Etapa de Concepção, deverá comprovar
o atendimento aos requisitos descritos no item 5.5.16.
Nesta fase, poderão ser estabelecidas estimativas calculadas com base na metodologia descrita na norma IEC
61803.
O relatório deve incluir a planilha de cálculo com o detalhamento das perdas estimadas para cada componente
incluído na avaliação.

15.5.16 RUÍDO AUDÍVEL E INTERFERÊNCIA EM TELECOMUNICAÇÃO – PLC - RELATÓRIO R16


A rápida interrupção de tensão através das válvulas, durante o disparo, produz interferência. Esta interferência,
irradiada pelas válvulas pode ser reduzida pela blindagem da casa de válvulas. Entretanto as correntes
resultantes podem ser transmitidas pelos transformadores conversores e através dos reatores de alisamento,
por acoplamento capacitivo atingem os pátios e as linhas próximas. Essas correntes, também, podem interferir
com a operação do Power Line Carrier (PLC) nas linhas conectadas às estações CC.
Como a utilização de filtros Power Line Carrier – PLC pode afetar o valor a ser especificado para a reatância
de comutação do transformador conversor (dxn), o seu dimensionamento afeta a definição do Main Circuit do
Elo CC.
Adicionalmente, estas correntes, por meio de indução eletrostática e eletromagnética, podem interferir em
instrumentos de telecomunicação próximos.
O estudo deve apresentar as premissas, a metodologia de cálculo, os resultados obtidos bem como definir
claramente as medidas necessárias no sentido de mitigar os efeitos dessas interferências. Quanto à
interferência em rádio frequência (RF), incluindo as faixas de: PLC, RI, TVIe navegação aérea o estudo deve:
 Identificar e descrever as fontes de ruído: válvulas, efeito corona nos condutores CA e CC das LTs
e dos condutores e ferragens de alta tensão, etc...
 Descrever os modelos da rede adotados para propagação seja, conduzida pelos condutores das
redes CA e CC, ou irradiada pelos mesmos, considerando o efeito das capacitâncias dos
equipamentos.
 Descrever os programas de cálculo utilizados, inclusive a sua metodologia.
 Apresentar os resultados para os níveis de ruído de RF conduzidos e irradiados, incluindo os níveis
de ruído nas proximidades dos sistemas de aproximação de aeronaves aos aeroportos próximos,
que devem atender a regulamentação brasileira (ANATEL, Aeronáutica etc...).
 Sugerir as medidas corretivas para reduzir o ruído calculado (linetraps, blindagens etc.) e manter
os valores dentro dos limites.
 Descrever as medidas que a Transmissora aplicaria se alguns valores limites de interferência
forem excedidos.

15.5.17 FLUXO DE POTÊNCIA E CURTO-CIRCUITO NA REDE CA – RELATÓRIO R17


Os estudos de fluxo de potência, a serem realizados na ferramenta ANAREDE, devem avaliar os níveis de
tensão nos barramentos e os carregamentos nas linhas, transformadores e demais componentes da rede de

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transmissão, para múltiplas condições de carga (mínima, leve, média e máxima), de topologia e de despacho
de geração.
Além da condição operativa normal, inclui a análise de contingências de linhas, transformadores e outros
equipamentos do sistema elétrico, como também contingências nos equipamentos que compõe o Elo CC, com
o objetivo de se definirem ações para que o SIN opere sem violações dos limites de tensão e de carregamento.
Estes estudos de fluxo de potência devem ser efetuados com a principal finalidade de comprovar que não
haverá restrições a entrada em operação das novas instalações de transmissão, considerando-se os dados
advindos dos casos base EPE, disponibilizados à época do leilão. Deve também contemplar o ano horizonte
de planejamento.
Deve também ser avaliada a configuração efetivamente disponível em sua entrada em operação , identificando
eventuais restrições à operação da rede, considerando os dados da operação efetivamente disponíveis na
época da análise. Esses estudos serão detalhados, somente com os dados operativos, na etapa de
detalhamento.

Os estudos de curto-circuito, a serem realizados na ferramenta ANAFAS, visam identificar os níveis de curto-
circuito monofásico e trifásico nas barras CA das estações conversoras, considerando-se rede completa e
contingências na rede do SIN.

15.5.18 ESTUDO A FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL – SOBRETENSÕES E ESTABILIDADE – RELATÓRIO 18


Tem por finalidade identificar as sobretensões de manobra de bancos de capacitores e filtros, rejeição de carga,
bloqueio dos conversores, oscilações dinâmicas da rede CA etc, e os meios para limitar estas sobretensões
aos valores requeridos.
Estes estudos a serem executados no programa ANATEM, também devem demonstrar que o desligamento
dos filtros e capacitores, após bloqueio da conversora, será possível e suficiente para a redução das
sobretensões no sistema CA para níveis aceitáveis.
Devem ser avaliadas configurações do sistema CA, com diferentes níveis de curto-circuito, diferentes níveis de
carga, nos horizontes da operação e do planejamento. Deve ser levada em conta variação do número de
máquinas na área do sistema coletor (se houver), bem como diferentes situações de staging do
empreendimento como um todo.
Aspectos relativos à possível auto-excitação de unidades geradoras também deverão ser investigados.
Desta forma, estes estudos também contribuirão para demonstrar que a modularização adotada para os filtros
e outros blocos de reativos, atende aos requisitos estabelecidos neste ANEXO, no que diz respeito ao impacto
no sistema CA (variação de tensão, intercâmbio de reativo, entre outros).
Este estudo deverá também apresentar as simulações que permitam identificar o tempo de resposta e o
comportamento dinâmico do elo CC frente a faltas na rede CA ou na linha CC.
Como o SIN estará completamente representado nestas simulações, os outros elos CC próximos estarão, por
conseguinte, incluídos. A Transmissora deverá fazer uso desta representação global para já nesta etapa
identificar preliminarmente possíveis interações multi-infeed.

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15.5.19 ESTUDO DESEMPENHO DINÂMICO CA/CC (DYNAMIC PERFORMANCE) – RELATÓRIO 19


Deverá considerar como dados de entrada, a representação da rede fornecida neste ANEXO (rede equivalente),
bem como uma representação preliminar do Elo CC e seus controles, incluindo uma representação do disparo
e uma versão inicial dos filtros CA e CC.
Tem por finalidade principal demonstrar que o controle projetado, mesmo com ajustes preliminares, é estável
para as condições operativas previstas, incluindo as mudanças entre os modos de operação disponíveis. Deve
também demonstrar que os requisitos relacionados ao tempo de recuperação do elo CC após aplicação de
defeito e aqueles relacionados à minimização da ocorrência de falhas de comutação foram atendidos.
Tem por finalidade secundária identificar ressonâncias em frequências de baixa ordem, que possam demandar
a utilização de filtragens adicionais àquelas oriundas das necessidades de manutenção dos padrões de
desempenho harmônico, definidos neste ANEXO. O tema específico que trata deste tipo de fenômeno é
abordado pelo relatório definido no item 15.5.10.
As avaliações compreenderão bloqueios de bipolo, perdas de geração, faltas na linha CC e início/eliminação
de faltas em linhas CA além de falhas de disparo no controle CC (misfiring). Os resultados permitirão também
avaliar a envoltória de sobretensão temporária ao qual ficarão sujeitas as estações conversoras.
Este estudo deverá também, mesmo que de forma ainda preliminar, abordar as interações multi-infeed,
adotando para estas avaliações os equivalentes que representam a resposta dinâmica das unidades geradoras,
conforme referenciado no item 2.1. A representação dos demais elos CC deverá ser feita com base na
experiência da TRANSMISSORA em estudos similares. Deverão ser avaliados defeitos internos que possam
provocar falhas de comutação nas demais conversoras.
São considerados como dados de entrada, os resultados do estudo que definiu o Circuito Principal, a
modularização de filtros e compensação reativa definida nos estudos de balanço de potência reativa, os
equivalentes fornecidos neste ANEXO (item 2.1) e o nível de curto-circuito mínimo operativo (item 2.2).
compatível com a faixa de potência transmitida.
As simulações devem ser realizadas por uma ferramenta digital, do tipo PSCAD ou similar, considerando um
sistema de controle com ajustes preliminares, baseados na experiência dos provedores de equipamentos
selecionados pela Transmissora, bem como apoiados por simulações que presumivelmente foram
desenvolvidas na fase de propostas.
Este estudo deve demonstrar que abertura intempestiva do maior banco (vide item 5.7.3) não deve causar
falhas de comutação no elo CC.
Posteriormente, na Etapa de Detalhamento, deverá ser realizado o aprofundamento deste estudo de
Desempenho Dinâmico, que terá então por finalidade identificar os parâmetros necessários a otimização de
todo o sistema de controle, de forma a atender os requisitos estabelecidos tanto para desempenho em regime
permanente quanto para desempenho após aplicação e eliminação de defeitos, CA e CC, minimizando
possíveis instabilidades, falhas de comutação e interações indesejáveis com o sistema CA.

15.5.20 RELATÓRIO DE CONTROLE DE CONVERSORES, POLO E BIPOLO


O Relatório R20 deverá conter, como mínimo, a seguinte organização e conjunto de informações, além dos
especificado no seu caput: Filosofia, atributos, sequenciamentos (com os respectivos tempos envolvidos em
cada operação) e linhas gerais de atuação:
a) Controle de Bipolos

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL
ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

 -Funções de controle de Potência Ativa: (Sequências de partida e parada, cálculo da ordem de


corrente, transferência entre modos e emergência);
 -Funções de Controle de Potência Reativa: (Chaveamento de Filtros e compensação reativa e
sequenciamento de modos)
b) Controle de Polos
Controle de potência e de corrente, sobrecargas, margens, modulação, controle de frequência, operação com
e sem telecomunicação e backup)
c) Controle de Conversor
 (VDCOL, CCA, Controle dos ângulos de disparo e trem de pulsos)
 Operação com tensão reduzida
 Controle de atuação dos OLTC
 Controle dos tiristores (eletrônica de base da válvula)

15.5.21 ESTUDOS DE MANOBRA DE EQUIPAMENTOS NO PÁTIO CA


Estes estudos de transitórios eletromagnéticos deverão ser desenvolvidos na ferramenta ATP (Alternative
Transients Program). A TRANSMISSORA deverá disponibilizar à ANEEL os casos base de cada um desses
estudos, no formato do programa ATP, em meio digital, para fins de registro na base de dados de estudos.
a) Energização de Transformadores Conversores – Relatório R22
Esses estudos têm por objetivo identificar as solicitações de corrente e tensão impostas à rede e aos
equipamentos próximos pela manobra de energização dos transformadores. Devem ainda demonstrar que os
transformadores podem ser energizados em situações de rede completa e degradada, para toda a faixa de
tensão operativa. Estão incluídas neste escopo as situações de recomposição de rede, conforme estabelecidas
no item 5.5.15.
Os estudos compreendem avaliações de energização do primeiro transformador em vazio ou do segundo
transformador com o primeiro previamente energizado, levando em conta a representação ou não dos resistores
de pré-inserção, cujo valor deve ser otimizado neste estudo. Deve ser considerado o fluxo residual em
conformidade com o valor informado pelo fabricante do transformador conversor.
Devem ser avaliados também o montante de energia a ser absorvido pelos para-raios do transformador e a
necessidade de utilização dos mecanismos de controle de sobretensões supramencionados, bem como as
correntes inrush.
Para a realização desses estudos, os transformadores devem ser modelados considerando a sua curva de
saturação e a impedância especificada no documento da TRANSMISSORA que define as características
elétricas básicas dos equipamentos principais do empreendimento. No caso de indisponibilidade da curva de
saturação real do equipamento, poderá ser utilizada curva típica, desde que sejam feitas parametrizações
quanto ao joelho e à reatância de núcleo de ar, alterando-se esses valores no sentido de verificar os seus
efeitos sobre os resultados dos estudos.
b) Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT) de disjuntores – Relatório R23

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL
ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Esses estudos transitórios têm por objetivo quantificar as solicitações as quais estarão sujeitos os diversos
disjuntores integrantes deste empreendimento. Compreendem as avaliações de TRT as seguintes condições
de manobra:
 Abertura de defeito terminal trifásico à terra e trifásico não aterrado, sendo o ponto de aplicação
da falta no barramento ou saída de linha.
 Abertura de defeito terminal monofásico sendo o ponto de aplicação da falta no barramento ou
saída de linha.
 Abertura de defeito quilométrico.

15.5.22 FLUXO DE POTÊNCIA DE BARRAMENTO – RELATÓRIO R28


Esses estudos têm por objetivo identificar as correntes máximas em regime permanente as quais estão sujeitos
os barramentos (incluindo os vãos interligadores de barras) e os equipamentos das subestações, de forma a
prover os subsídios necessários à determinação da corrente nominal dos equipamentos e barramentos das
subestações.
Os seguintes aspectos devem ser levados em conta nas avaliações:
 Condições normal e emergência (n-1) de operação do sistema, com os valores máximos dos
fluxos em linhas que se conectam às subestações em análise, tanto para o ano de entrada em
operação como para o ano horizonte de planejamento.
 Condição degradada das subestações em análise, com indisponibilidade de um equipamento
ou mesmo de um trecho do barramento, para as condições de operação normal e emergência
(n-1) do sistema.
 Evolução prevista da topologia da subestação.

15.5.23 NORMAS TÉCNICAS UTILIZADAS – RELATÓRIO R29


Esse relatório tem por objetivo apresentar a relação das normas técnicas a serem adotadas nos projetos básico
e executivo da LT-CC e, também, durante o projeto, detalhamento, fabricação, ensaios, inspeção, embalagem
e embarque das estruturas, cabos condutor e para-raios, isoladores, ferragens e cabo contrapeso e demais
materiais componentes da linha.

15.5.24 DADOS CLIMATOLÓGICOS – RELATÓRIO R30


Esse relatório tem por objetivo apresentar a relação de todas as variáveis climatológicas de interesse para os
projetos básico e executivo da linha, a identificação das fontes e históricos de dados, das estações
meteorológicas de referência, a descrição dos métodos de tratamento e de parametrização das variáveis
climatológicas, a análise da variabilidade dos dados climatológicos ao longo do traçado e a definição dos
trechos da linha com as mesmas condições climáticas (zonas climáticas) e dos valores dos dados
climatológicos válidos em cada zona climática.

15.5.25 VELOCIDADES DE VENTO E CARREGAMENTOS DEVIDOS AO VENTO – RELATÓRIO R31


Esse relatório tem por objetivo definir as velocidades de vento e respectivas pressões que atuam nos cabos,
isoladores e estruturas, para cada zona climática adotada, e que serão utilizados nos projetos básico e
executivo da linha.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

15.5.26 CONDUTOR E CABOS PARA-RAIOS – RELATÓRIO R32


Esse relatório tem por objetivo definir o condutor e os cabos para-raios da linha e relacionar os seus principais
dados construtivos e características. Na definição do condutor é necessário verificar o atendimento às
capacidades operativas de longa e curta duração da linha, quantificar as perdas e determinar as temperaturas
máximas do condutor para fins de locação das estruturas no perfil. Na definição dos cabos para-raios é
necessário verificar a suportabilidade térmica dos mesmos às correntes transitórias circulantes e indicar o tipo
de conexão dos cabos para-raios à estrutura. Para o OPGW é necessário informar, além das suas
características dimensionais, as características mínimas relativas à transmissão de dados.

15.5.27 ESTUDOS MECÂNICOS DO CONDUTOR E DOS CABOS PARA-RAIOS – RELATÓRIO R33


Esse relatório tem por objetivo definir as condições de governo e efetuar o cálculo das trações e flechas dos
cabos condutores e para-raios para, no mínimo, os estados de tracionamento indicados neste Anexo Técnico
e para os vãos típicos da linha.

15.5.28 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA – RELATÓRIO R34


Esse relatório tem por objetivo definir as distâncias mínimas a serem mantidas pelos cabos em relação ao solo
e aos obstáculos sobre os quais a linha cruza ou dos quais se aproxima. Estas distâncias são referidas às
capacidades operativas de longa duração e de curta duração da linha. Deve-se preservar a distância mínima
informada no item 9.2.1 deste Anexo Técnico.

15.5.29 LARGURA DA FAIXA DE SERVIDÃO – RELATÓRIO R35


Esse relatório tem por objetivo definir a largura da faixa de servidão da LT-CC com base nas avaliações
mecânicas (balanço do condutor e da cadeia de isoladores) e elétricas (RI e RA no limite da faixa e de campo
elétrico, corrente iônica e campo magnético ao longo da faixa e sobre o solo).

15.5.30 COORDENAÇÃO DO ISOLAMENTO – RELATÓRIO R36


Esse relatório tem por objetivo definir o tipo e o número de isoladores de cada tipo de cadeia de isoladores em
função do nível de poluição da região de implantação da linha, os espaçamentos elétricos polo-terra a serem
mantidos em função dos ângulos de balanço da cadeia de isoladores. Deve ser avaliado o desempenho
esperado da LT-CC às descargas atmosféricas. Nas ocorrências de curto-circuito polo para a terra, ao longo
da LT, deve ser avaliado o risco de falha de isolamento no outro polo para a terra (polo são-terra)para a condição
mais desfavorável de sobretensão sobre as cadeias de isoladores.

15.5.31 CADEIAS DE ISOLADORES E CONJUNTOS DE FIXAÇÃO DOS CABOS PARA-RAIOS – RELATÓRIO R37
Esse relatório tem por objetivo apresentar as principais características das cadeias de isoladores e dos
conjuntos de fixação dos cabos para-raios, os arranjos de cada tipo de cadeia de isoladores e conjunto de
fixação e os requisitos mínimos a serem incluídos nas especificações técnicas para compra dos materiais
componentes.

15.5.32 DEFINIÇÃO DA SÉRIE DE ESTRUTURAS, SILHUETAS E HIPÓTESES DE CARREGAMENTO – RELATÓRIO R38


Esse relatório tem por objetivo definir a série de estrutura a ser utilizada na LT-CC, as hipóteses de
carregamento de cada suporte da série e os fatores de segurança a serem aplicados às cargas. Apresentar as
silhuetas das estruturas da série adotada.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

15.5.33 MEMÓRIAS DE CÁLCULO DAS ESTRUTURAS – RELATÓRIO R39


Esse relatório tem por objetivo apresentar o cálculo estrutural de todas as estruturas que compõe a série
adotada para a LT-CC.

15.5.34 PROGRAMA DOS ENSAIOS DE CARREGAMENTO – RELATÓRIO R40


Esse relatório tem por objetivo apresentar os critérios e procedimentos a serem seguidos nos ensaios de
carregamento de todas as estruturas que compõe a série adotada para a LT-CC.

15.5.35 FUNDAÇÕES TÍPICAS – RELATÓRIO R41


Esse relatório tem por objetivo apresentar os procedimentos para coleta de informações de solos, definir os
tipos de fundações a serem utilizados em cada solo e as metodologias de cálculo a serem empregadas. Incluir
os desenhos das fundações com as dimensões típicas aproximadas para fundações em solos normais.

15.5.36 SISTEMA DE ATERRAMENTO – RELATÓRIO R42


Esse relatório tem por objetivo apresentar os procedimentos para coleta de informações de solos, definir os
tipos de fundações a serem utilizados em cada solo e as metodologias de cálculo a serem empregadas. Incluir
os desenhos das fundações com as dimensões típicas aproximadas para fundações em solos normais.

15.5.37 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA VIBRAÇÕES EÓLICAS – RELATÓRIO R43


Esse relatório tem por objetivo apresentar as principais características dos fenômenos vibratórios induzidos por
ventos de baixa intensidade e definir a proteção a ser utilizada em função das características dos cabos e do
relevo da região atravessada pela LT-CC.

15.5.38 PLANTA DO TRAÇADO – RELATÓRIO R44


Esse relatório tem por objetivo apresentar a diretriz selecionada para a LT-CC e relacionar e identificar os
cruzamentos com linhas de transmissão da Rede Básica existentes ao longo do traçado.

15.6 DEMONSTRAÇÃO DE CONFORMIDADE NA ETAPA DE DETALHAMENTO


15.6.1 ESTUDOS DE DESEMPENHO EM REGIME PERMANENTE, TRANSITÓRIO E DINÂMICO DO ELO CC
São considerados como dados de entrada, aqueles resultantes do dimensionamento de todos os equipamentos
do circuito principal do elo CC, definidos durante a etapa de concepção.
Trata-se do detalhamento do estudo de Desempenho Dinâmico executado durante a Etapa de Concepção,
tendo por finalidade identificar todos os parâmetros necessários a otimização de todo o sistema de controle, de
forma a atender os requisitos estabelecidos tanto para desempenho em regime permanente quanto para
desempenho após aplicação e eliminação de defeitos, CA e CC, minimizando possíveis instabilidades, falhas
de comutação e interações indesejáveis com o sistema CA.
Estes estudos devem:
(a) Demonstrar que o controle projetado é adequado para todas as condições operativas previstas no item
5.5.3 para o elo CC, incluindo as mudanças entre os modos de operação disponíveis. Deve também

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

demonstrar que os requisitos estabelecidos nos capítulos 4 e 5 deste Anexo foram atendidos, em
especial aqueles relacionados ao tempo de recuperação do elo CC e os relacionados à minimização
da ocorrência de falhas de comutação.
(b) Demonstrar que, em regime permanente, não ocorre redução da potência transmitida, quando da troca
de modo de operação de potência constante para corrente constante, desde que o sistema CA esteja
operando acima do limite, de potência de curto circuito mínima, previamente estabelecido.
(c) Contemplar as diversas situações que poderão ocorrer no sistema real, incluindo instabilidade
transitória, instabilidade dinâmica, instabilidade de tensão e instabilidade harmônica.
(d) Avaliar a modulação de potência ativa e reativa do elo para estabilizar os sistemas CA, controle de
frequência, variações rápidas de potência etc.
(e) Identificar as medidas necessárias a evitar interações indevidas entre os controles do elo CC em
estudo e o controle de equipamentos eletricamente próximos, tais como: outros elos CC (multi-infeed),
back-to-back(s) convencional(is) ou CCC, CER ou Statcom e entre elos e conversoras VSC.
(f) Devem ser utilizados os programas ANAREDE (fluxo de potência), ANATEM (estabilidade
eletromecânica), PSCAD e/ou ATP (transitórios eletromagnéticos).
(g) Mesmo que tenham sido realizados por meio do PSCAD, a transmissora deverá entregar ao ONS, até
o final da etapa de detalhamento, 30 meses após a assinatura do contrato de concessão, um modelo
detalhado do elo CC incluindo todos os controles, também para o programa ATP. Este modelo deverá
ser acompanhado pelo manual correspondente e pelos os testes de validação executados contra
resultados obtidos pelo Simulador CC.

15.6.2 ESTUDO DE OSCILAÇÕES SUBSÍNCRONAS


Tem por finalidade determinar eventuais requisitos de controle, que devam ser incorporados ao controle dos
sistemas HVDC, para evitar que a interação entre as conversoras e os equipamentos dos sistemas CA, sujeitem
unidades geradoras ligadas às barras CA próximas a esforços torcionais elevados.
Esses fenômenos devem ser investigados por meio de ferramentas de simulação de transitórios
eletromagnéticos (PSCAD e/ou ATP), considerando a representação completa da máquina, com o eixo do
conjunto turbina-gerador representado por um sistema multi-massa-mola. Deve também ser considerada,
quando necessária, a análise no domínio da frequência (modelo linearizado do eixo turbina gerador).
Os modelos utilizados, devidamente aferidos e documentados, devem ser disponibilizados ao ONS.

15.6.3 ESTUDOS DE MANOBRA DE EQUIPAMENTOS DO PÁTIO CA


Os seguintes estudos devem ser realizados, quando aplicáveis:
(a) Estudos de manobra de equipamentos do pátio CA, incluindo energização de transformadores
conversores e TRT de disjuntores de linhas e de equipamentos do pátio CA.
(b) Envolvem estudos de religamento monopolar de linhas de transmissão, em caso de disjuntores que
possam ser chamados a atuar com esta finalidade, em função do arranjo da subestação.
O item (a) trata de um refinamento, com dados mais precisos, dos estudos mencionados no item 15.5.20.
Os estudos descritos no item (b) se destinam a avaliar os ajustes de religamento monopolar, incluindo o seu
tempo morto, verificando a eventual influência do Elo CC na sua definição.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

Caso algum disjuntor pertencente ao empreendimento, no pátio de 500 kV, possa eventualmente vir a religar
tripolarmente linhas de 500 kV de comprimento superior a 200 km será, também, necessário avaliar esta
manobrapara determinar uma eventual necessidade de utilização de dispositivos de mitigação de sobretensão
(RPIs ou sincronizadores).
As simulações devem ser realizadas na ferramenta ATP.

15.6.4 ESTUDOS DAS PROTEÇÕES DAS CONVERSORAS E DA LT CC


Tem por finalidade definir a coordenação das proteções CC e CA, bem como identificar as interações com os
controles das conversoras.

15.6.5 ESTUDOS DE DEFINIÇÃO DAS MALHAS DE TERRA DAS SUBESTAÇÕES CONVERSORAS E ELETRODOS DE TERRA
Estes estudos devem considerar, como dados de entrada, os resultados das medições efetuadas e tem por
finalidade demonstrar que não existirão problemas de gradientes de potencial, de tensões de passo e de toque,
corrosão de estruturas metálicas, oleodutos ferrovias, etc.
Deverão também identificar a possibilidade de existência de corrente contínua circulando pelo neutro dos
transformadores conversores ou transformadores de concessionárias. O estudo deverá indicar, se for o caso,
as soluções necessárias para mitigar este problema, tais como por exemplo, a necessidade de utilização de
isolamento galvânico no neutro do transformador ou a alteração da execução do eletrodo.
Estes estudos deverão levar em consideração a injeção, também para a malha de terra existente nas
subestações (SE Xingu e SE Terminal Rio), da corrente de desbalanço entre os polos para a condição de
operação bipolar, no caso da perda da linha do eletrodo ou do eletrodo, já que nesta situação haverá a atuação
dos dispositivos NBGS e MRTB.
Adicionalmente, a Transmissora deverá avaliar e modificar, se necessário, as malhas de terra das subestações
existentes, Xingu e Terminal Rio, sob o ponto de vista de injeção para a terra de correntes de curto-circuito CA,
em função dos níveis de curto-circuito definidos no item 2.2, levando em conta o atendimento dos requisitos
previstos nas normas aplicáveis definidas no item 1.5.

15.6.6 OUTROS ESTUDOS


Deverão ser também realizados pela TRANSMISSORA os seguintes estudos adicionais:
(a) Estudos de interferência em sistemas de comunicação por onda portadora (PLC);
(b) Estudo de rádio-interferência (RI) e de ruído audível;
(c) Estudos de interferências TVI, microondas, VHF e UHF, incluindo sistemas de navegação aérea na
proximidade de aeroportos;
(d) Estudos de confiabilidade e disponibilidade;
(e) Estudos de perdas e eficiência;
(f) Estudos de coordenação das proteções.

15.6.7 ESPECIFICAÇÕES
A Transmissora deve apresentar a especificação detalhada:

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

 Do sistema de telecomunicação a ser adotado pelo empreendimento, com vistas a comprovar


o atendimento ao item 14 deste Anexo Técnico;

 Das proteções e de seus ajustes, com vistas a comprovar o atendimento ao item 11 deste
Anexo Técnico;

 Dos registradores e oscilógrafos adotados para o registro de perturbações, com vistas a


comprovar o atendimento ao item 13 deste Anexo Técnico;

 Do sistema de supervisão e controle com vistas a comprovar o atendimento ao item 12 deste


Anexo Técnico;

 Do Master Control e de todas as suas interfaces.


Os temas acima já foram tratados na Etapa de Concepção de uma forma mais simplificada e conceitual. Na
Etapa de Detalhamento devem ser abordados com precisão, com vistas à a operação do empreendimento.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

16 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO


Os relatórios e documentos, elaborados pelo Planejamento Setorial e listados a seguir, são partes integrantes
do Edital devendo suas recomendações ser consideradas pela TRANSMISSORA no desenvolvimento dos seus
projetos para implantação das instalações, exceto quando disposto de forma diferente no Edital, incluindo este
Anexo Técnico.

16.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO


16.1.1 ESTUDOS (RELATÓRIOS R1 E R2)
Nº EMPRESA DOCUMENTO
ESTUDOS PARA A LICITAÇÃO DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO -
DETALHAMENTO DA ALTERNATIVA RECOMENDADA - RELATÓRIO
EPE-DEE-RE-063/2012-rev2
R1 - Expansão das Interligações Norte-Sudeste e Norte-Nordeste -
Parte II, 21 de novembro de 2013.
ESTUDOS PARA A LICITAÇÃO DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO -
DETALHAMENTO DA ALTERNATIVA DE REFERÊNCIA: RELATÓRIO
EPE-DEE-RE-136/2014-REV0 R2 - Expansão da Interligação entre as Regiões Norte/Nordeste e
Sudeste/Centro-Oeste - Elo de Corrente Contínua ± 800 kV Xingu –
Terminal Rio, 30 de outubro de 2014.

16.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES


Nº EMPRESA DOCUMENTO

SISTEMA DE TRANSMISSÃO CCAT DE BELO MONTE –


BIPOLO 2 - SE TERMINAL RIO - 800 kV CC / 500 kV CA -
FUR-RIO-RE.4-R4-001 R0 REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES A SEREM
TRANSFERIDAS PARA FURNAS – RELATÓRIO R4, 25 de
maio de 2014
SE XINGU 500-230 kVca - ± 800 kVcc - RELATÓRIO DE
LXTE-XIN-R4-218 CARACTERIZAÇÃO DA REDE EXISTENTE E DESCRITIVO
DO EMPREENDIMENTO, 28 de outubro de 2014.
SE NOVA IGUAÇU 500/345/138kV - RELATÓRIO DE
LTTE-RE-SE-NVI-R4-M-218 CARACTERIZAÇÃO DA REDE EXISTENTE E DESCRITIVO
DO EMPREENDIMENTO, 27 de fevereiro de 2015.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

16.3 MEIO AMBIENTE, LICENCIAMENTO E FUNDIÁRIO


16.3.1 GERAL
A TRANSMISSORA deve implantar as INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO deste LOTE, observando a
legislação e os requisitos ambientais aplicáveis.

16.3.2 DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL

Nº EMPRESA DOCUMENTO
LT CC 800 kV Xingu – Terminal Rio e Instalações Associadas -
Relatório R3 – Volume 1 S/Nº Trecho 1 - Relatório R3 - Definição do Traçado e Análise
Socioambiental, 2014.
LT CC 800 kV Xingu – Terminal Rio e Instalações Associadas -
Relatório R3 – Volume 2 S/Nº Trecho 2 - Relatório R3 - Definição da Diretriz e Análise
Socioambiental, 2014.
ESTIMATIVA DE CUSTOS FUNDIÁRIOS – LT 500 kV TERMINAL
Relatório S/Nº
RIO – NOVA IGUAÇU – C1 E C2, Fevereiro de 2015

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

17 CRONOGRAMA
A TRANSMISSORA deve apresentar cronograma de implantação das instalações de transmissão pertencentes
a sua concessão, conforme modelo apresentado na tabela A deste anexo, de maneira que permita aferir o
progresso das obras e assegurar a entrada em OPERAÇÃO COMERCIAL na data estabelecida no Edital.
O prazo previsto para obtenção da (LI) Licença de Instalação, não poderá ser inferior a metade do prazo total
para entrada em operação comercial das instalações.
A ANEEL poderá solicitar a qualquer tempo a inclusão de outras atividades no cronograma.
A TRANSMISSORA deve apresentar mensalmente, à fiscalização da ANEEL, Relatório do andamento da
implantação das instalações de transmissão, em meio ótico e papel.

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ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.
17.1 CRONOGRAMA FÍSICO DO EMPREENDIMENTO (TABELA A)
Nome da Empresa:
Empreendimento:
Data: Meses
No Descrição das Etapas da Implantação 1 2 3 25 48 49 50
1 Projeto Básico
2 Assinatura de Contratos
2.1 Estudos, Projetos, Construção
2.2 Contrato de Conexão ao Sistema de Transmissão CCT
2.3 Contrato de Compartilhamento de Instalação CCI
2.4 Contrato de Prestação de Serviço de Transmissão
3 Declaração de Utilidade Pública
3.1 Solicitação
3.2 Obtenção
4 Licenciamento Ambiental
4.1 Termo de Referência TR
4.2 EIA/RIMA ou RAS
4.3 Licença Prévia LP
4.4 Licença de Instalação LI
4.5 Autorização de Supressão de Vegetação ASV
4.6 Licença de Operação LO
5 Projeto Executivo
6 Aquisições de Equipamentos e Materiais
6.1 Pedido de Compra
6.2 Estruturas
6.3 Cabos e Condutores
6.4 Equipamentos Principais (TR e CR)
6.5 Demais Equipamentos (Dj, Secc, TC, TP, PR)
6.6 Painel de Proteção, Controle e Automação
7 Obras Civis
7.1 Canteiro de Obras
7.2 Fundações
8 Montagem
8.1 Estruturas
8.2 Cabos e Condutores
8.3 Equipamentos Principais (TR e CR)
8.4 Demais Equipamentos (Dj, Secc, TC, TP, PR)
8.5 Painel de Proteção, Controle e Automação
9 Comissionamento
10 Desenvolvimento Físico
11 Desenvolvimento Geral
12 Operação Comercial
Observações: Data de Início Duração
Data de Conclusão
Assinatura CREA No
Engenheiro Região

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EDITAL DE LEILÃO NO007/2015-ANEEL
ANEXO 6 – LOTE ÚNICO - BIPOLO HVDC XINGU –TERMINAL RIO
CONVERSORAS, LT - CC ± 800 KV XINGU –TERMINAL RIO, LTS E EQUIPAMENTOS 500 KV ASSOCIADOS.

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