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Princípios Espirituais

de Mulheres que Amam Demais Anônimas.


INFORMAÇÕES SOBRE O GRUPO MADA - MULHERES QUE AMAM
DEMAIS ANÔNIMAS

MADA é um programa de recuperação para mulheres que têm como


objetivo primordial se recuperar da dependência de relacionamentos
destrutivos, aprendendo a se relacionarde forma saudável consigo mesma e
com os outros.
O grupo foi criado baseado no livro "Mulheres que Amam Demais", de
1985, da autora Robin Norwood, Ed. ARX.
A psicóloga e terapeuta familiar Robin Norwood escreveu o livro
baseado na sua própria experiência e na experiência de centenas de mulheres
envolvidas com dependentes químicos. Ela percebeu um padrão de
comportamento comum em todas elas e as chamou de "mulheres que amam
demais". No final do livro ela sugere como abrir grupos para tratar da doença
de amar e sofrer demais.
No Brasil o primeiro Grupo MADA foi aberto em São Paulo, por uma
mulher casada com um dependente químico que se identificou com a proposta
do livro. A primeira reunião do Grupo MADA-Jardins foi realizada em 16 de
abril de 1994. Em seguida, no Rio de Janeiro, a primeira reunião aconteceu em
06 de julho de 1999.
O Grupo MADA cresceu e, atualmente temos 40 reuniões semanais no
Brasil distribuídas em 11 Estados e o Distrito Federal, e, 01 reunião em Portugal,
em Lisboa.
As mulheres do Grupo MADA compartilham com as ‘recém-chegadas’
- significado de participar de uma reunião pela primeira vez. Todas passaram
por problemas de relacionamento e compreendem o que a recém-chegada sente.
O Grupo propõe à mulher recém-chegada que dê ao grupo e dê a si
mesma uma chance, assistindo a seis reuniões consecutivas, pelo menos, que
serão chamadas de "Primeira Vez", mesmo tendo dúvidas sobre se o grupo é o
lugar apropriado para sua recuperação.
Nestas primeiras reuniões a mulher será recebida por diferentes
coordenadoras e verá como funciona o Grupo MADA.

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Tem sido comprovado que seis vezes é um bom tempo para que a
recém-chegada possa decidir se existe identificação com a problemática de
adicção a pessoas, e, se quer trabalhar sua recuperação no grupo.

Perguntas mais freqüentes:

Quem são os membros de MADA e por que estão aqui?

São mulheres que tem um vínculo que as une: acreditam que a


dependência de relacionamentos afeta profundamente suas vidas. Reunem-se
para partilhar suas experiências, fortalezas e esperanças.

Como receber ajuda?

Provavelmente alguém falará sobre uma situação que se assemelha à sua.


A partir de uma experiência pessoal e, sem dar conselhos ou fazer
interpretações psicológicas, é oferecida ajuda. Mesmo que não encontre
ninguém nas mesmas condições que as suas, poderá se identificar com a forma
com que muitas das mulheres sentem os efeitos que a dependência de pessoas
produz em suas vidas.

Quem vai ao grupo precisa dizer alguma coisa?

Não. Se preferir, pode somente escutar. A mulher é livre para escolher,


mas a experiência indica que compartilhar com pessoas que entendem seu
problema traz muito alívio. Guarda-se o que serve e descarta-se o resto.

Alguém saberá que estive aqui?

Não. Recomenda-se respeitar o anonimato de cada participante. Usa-se


apenas o nomes das mulheres. Não se fala das mulheres que participam das
reuniões, nem é repetido o que é ouvido delas. Protege-se também o anonimato
daquelas pessoas das quais as mulheres são dependentes.

Trata-se de uma irmandade religiosa?

Não. Aceita-se a idéia de que há um Poder Superior, que nos ajuda a


resolver os problemas e a encontrar a paz espiritual. A crença de cada mulher é
uma questão pessoal e, portanto, respeitada como tal.

Quem dirige este grupo?

Todas as mulheres. Porém, para manter a ordem e conseguir um


funcionamento uniforme, elege-se as coordenadoras do grupo que irão exercer
suas funções. Todas trabalham como voluntárias para manter o local em ordem.

Existem outros grupos como este?

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Sim, veja os endereços no site www.grupomada.com.br

Quanto irá me custar?

Não há mensalidades ou honorários a serem pagos para unir-se a este


grupo. O sustento provém das próprias contribuições, que são feitas de forma
voluntária. Usa-se o dinheiro arrecadado para pagar o aluguel da sala, comprar
livros referentes ao tema e para manter os próprios módulos de literatura.

E agora, o que é que eu faço?

Para as MADAs tem sido útil assistir regularmente às reuniões de


MADA, falar com alguém antes e depois das reuniões, entrar em contato com as
demais companheiras, telefonar para elas entre uma reunião e outra,
compartilhar os problemas com um grupo que as entende, respeita e não julga.
É oferecido à você compreensão e solidariedade. Se, após seis reuniões, você
decidir freqüentar as reuniões, o Grupo MADA de auto-ajuda estará esperando
por você, para podermos trabalhar todas juntas.

No grupo:

- Não se deve dar conselhos: todas são bem vindas a partilhar suas experiências
e o que as ajudou a se sentir melhor. O tratamento se baseia em espelhos, não
em conselhos.

- Procure falar sobre você e sua recuperação: estamos reunidas com a proposta
de falarmos sobre nossa forma de nos relacionar, interessadas no nosso próprio
crescimento, desenvolvendo novos instrumentos para lidar com velhos
problemas.

O Anonimato:

É de costume colocarmos na mesa de coordenação das nossas reuniões


um cartaz com os seguintes dizeres:

“QUEM VOCÊ VÊ AQUI,


O QUE VOCÊ OUVE AQUI,
AO SAIR DAQUI,
DEIXE QUE FIQUE AQUI”.

“O anonimato é o alicerce espiritual da nossa programação, o sustentáculo”.

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Não somos uma Irmandade Secreta, todos devem saber da existência
dela, mas, o que falamos e o que se passa em sala de reuniões é
ABSOLUTAMENTE CONFIDENCIAL, dizendo respeito apenas a quem
participou da reunião.
Através do correto entendimento de quão preciosa é a
confidencialidade em MADA todos seremos beneficiados.

O Grupo é seu. Cuide bem dele.

BREVE HISTÓRICO DO GRUPO MADA NO BRASIL

A primeira reunião de MADA - Mulheres que Amam Demais Anônimas


no Brasil, que tenhamos conhecimento, foi realizada em 16 de abril de 1994
numa sala nos fundos da Igreja do Perpétuo Socorro, no bairro Jardins em São
Paulo.
A iniciativa foi de uma esposa de dependente químico que leu o livro, se
identificou e seguindo as orientações do livro Mulheres que Amam Demais, de
Robin Norwood (Ed. ARX), começou a se reunir com algumas outras mulheres
com o mesmo problema – dependência de relacionamentos. Alguns anos
depois, no Rio de Janeiro, a primeira reunião aconteceu em uma sala da
Paróquia Santa Mônica no bairro do Leblon, em 06 de julho de 1999.
No início, o Grupo MADA recebeu literatura do grupo AMAP (Amadas
Mulheres Adictas a Pessoas) de Buenos Aires, Argentina. Esta literatura deu
origem à apostila usada até hoje nos Grupos MADA.
A autora do livro, Robin Norwood é uma terapeuta familiar
especializada em tratamento para dependentes químicos, que hoje reside em
uma fazenda próxima de Santa Bárbara
na Califórnia-EUA. Há alguns anos mantivemos um contato com ela, pois
queríamos tê-la no Brasil para uma série de conferências. Ela foi muito gentil
em nos responder pessoalmente, por uma carta manuscrita, mas não aceitou o
convite, “disse que não faz mais este trabalho”. Ela deve ter mais de 75 anos e
nos informaram que ela não viaja mais para fazer conferências.

No Brasil temos 3 livros de sua autoria:

 Por que eu, por que isso, por que agora? (Ed. Mandarim)
 Meditações Diárias para Mulheres que Amam Demais (Ed.
Mandarim) e
 Mulheres que Amam Demais, (Ed. ARX) publicado em 1985 e já
vendeu mais de 3,2 milhões de exemplares nos EUA e 30 milhões
em outros países.

Freqüentam o Grupo MADA mulheres que acreditam que a dependência


de relacionamentos afeta profundamente suas vidas. Qualquer tipo de
relacionamento entre amigos, namorado, patrão e empregado, professor e
aluno...

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Em MADA todas são bem vindas, independentemente de idade, de
profissão, de formação cultural ou de nível econômico.
Pelos Grupos de MADA, desde a fundação de MADA-JARDINS em São
Paulo até os dias de hoje, já passaram milhares de mulheres nesses 14 anos de
sua existência.
As reuniões são para partilhar a experiência, a fortaleza e a esperança de cada
mulher.

A ajuda vem da “terapia de espelhos” - os depoimentos: alguém fala sobre uma


situação que se assemelha à da MAD. A partir dessa experiência pessoal e, sem
dar conselhos ou fazer interpretações psicológicas, a mulher é ajudada através
da identificação com outras mulheres que sofrem com os efeitos da sua
dependência de pessoas. O propósito de MADA é o de que mulheres
dependentes de relacionamentos possam ter relacionamentos saudáveis.
A fundamentação do grupo está nos 12 Passos, nas 12 Tradições, nos 7
Lemas e nos 12 Conceitos de MADA, adaptados de AA - Alcoólicos Anônimos.
Hoje contamos com reuniões semanais distribuídas no Brasil e em Portugal,
sendo:

> mais de 40 reuniões em 11 Estados brasileiros e o DF:


BA - Salvador;
CE - Fortaleza;
DF - Brasília;
MG - Belo Horizonte, Juiz de Fora, São João del-Rei;
MT – Várzea Grande;
PA – Belém;
PB - João Pessoa;
RE – Recife;
PR - Curitiba;
RJ – Angra dos Reis, Niterói, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro;
RS - Porto Alegre;
SP - Campinas, Santo André, Santos, São José dos Campos e São Paulo.

> E, 01 reunião em Portugal:

- Lisboa.

ESTRUTURA DOS GRUPOS MADA

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Os Grupos MADA são constituídos de muitos elementos. O primeiro é
representado pelos princípios que proporcionam orientação espiritual e
inspiração aos membros.
O outro elemento é representado pelos serviços que mantêm
comunicação e cuidam das operações de rotina. Esses serviços têm apenas
estrutura suficiente para assegurar um funcionamento eficaz, uma livre troca de
informações e ajuda gratuita.
A pedra angular dessa estrutura são os membros. A unidade básica é o
Grupo MADA, que pode constituir de duas ou mais mulheres que se reúnem
para se ajudar mutuamente.
O funcionamento do grupo é de responsabilidade de um conjunto de
servidores que são eleitos pelos membros. Os servidores são geralmente
trocados a cada três, seis a doze meses, afim de que todas possam ter a
oportunidade de servir o grupo.
Esses servidores são:
 Uma coordenadora
 Uma secretária
 Uma tesoureira
 Uma coordenadora de programa
 Uma representante de grupo (RG)
 Uma representante de grupo (RG) suplente
Os dois últimos encargos terão um mandato de três anos.

Funções dos Servidores:

Coordenadora:

 Planeja as reuniões com antecedência, junto com a coordenadora de


programa e submete à apreciação do grupo.
 Coordena a reunião com a leitura das boas vindas ao Grupo MADA.
 Anuncia o tema da reunião.
 Apresenta as Oradoras, se houver.
 Estimula os membros a participarem da reunião e cuida para que cada um
deles tenha a oportunidade de se manifestar.

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 Mantém o enfoque da reunião no programa de MADA.
 Coordena as reuniões de serviço e outras.

Secretária:

 Cuida da organização das reuniões dos grupos.

 Mantém uma relação confidencial de membros, com endereços e números


de telefone.
 Faz as comunicações necessárias nas reuniões.
 Junto com a tesoureira encomenda literatura, responsável pela distribuição
de literatura, em quantidade suficiente para atender as necessidades do
grupo, para distribuir a profissionais que orientam mulheres que amam
demais, assim como o público e pessoas interessadas.

Tesoureira:

 É responsável pelas finanças do grupo. Atua como recebedora, guardiã e


pagadora.
 Passa a sacola nas reuniões e lembra aos membros sobre a Sétima Tradição.
 Pede a um outro membro para ajudar a contar o dinheiro, apresenta o
resultado ao grupo, e registra o valor arrecadado.
 Mantém um registro de todos os recebimentos e despesas.
 Submete, mensalmente, um demonstrativo financeiro ao grupo.
 Paga os gastos do grupo: - Aluguel e outras despesas. – Contribuições
mensais para manutenção do ESCRITÓRIO CENTRAL.
 Responsável pelo café, refresco e equipamento para prepará-los e servi-los.
 Aquisição de literatura para expor e para que os membros possam adquiri-
la.
 Viagens do RG e Suplente para comparecer as reuniões de outros Grupos
MADA.
 Despesas diversas, tais como anúncios na imprensa, cartazes e folhetos para
distribuição gratuita.

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Coordenadora de Programa:
 Planeja a programação das reuniões do Grupo juntamente com a
Coordenadora, com sugestões do Grupo e sentindo suas necessidades.

 Convida oradoras.

Representante de Grupo:

 Atua como ligação entre os Grupos.


 Encarregada de estabelecer as informações entre os grupos.
 Vigilante do respeito às Tradições zelando para que nenhum dos membros
deixe de cumpri-las.

Representante de Grupo Suplente:

 Esta junto com Representante do Grupo nas reuniões de serviço


substituindo caso o mesmo falte.
 Assume todas as responsabilidades do RG.

NORMAS / DIRETRIZES SUGERIDAS AOS GRUPOS

Afiliação

Qualquer pessoa que sinta que sua vida foi ou está sendo afetada pela
convivência com um relacionamento auto destrutivo, pode ser membro dos
Grupos MADA. Todas essas pessoas podem se unir aos Grupos onde se
compartilha o programa de MADA.
Os membros de AA e outras Irmandades paralelas, caso sejam também
MADs (mulheres que amam demais), podem se juntar aos Grupos MADA.
Como membros de MADA, elas podem ser eleitas para ocupar um cargo dentro
de seus grupos.
Nossas discussões se concentram nas soluções dos nossos problemas
próprios. Não contamos as histórias das outras nem repetimos o que vemos ou
ouvimos, sempre protegendo o anonimato umas das outras.

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Propósitos

“Cada grupo de MADA, de Mulheres que Amam Demais Anônimas, tem


apenas um propósito: prestar ajuda a mulheres que são portadoras da
dependência emocional.
Isso é alcançado:

 Oferecendo alivio, esperança e amizade às mulheres que amam demais;


 Proporcionando a oportunidade de crescerem espiritualmente, vivendo
de acordo com os Doze Passos dos Grupos MADA;
 Compartilhando experiência na luta com a doença de amar demais e
como o programa nos ajuda a crescer como pessoas.”

Os membros mais antigos podem fazer muito por si mesmos e pelas


outras, pela freqüência continua as reuniões de MADA, onde podem
compartilhar experiência, força e esperança.

Onde se realizam as reuniões

Geralmente as reuniões dos Grupos MADA se realizam numa sala de


igreja ou escola, ou algum outro lugar adequado.

Inventário de Grupo

Muitos grupos têm problemas uma vez ou outra. Quando os membros


permitem que personalidades entrem em choque, a freqüência pode cair.
Alguns membros podem falar de religião, esquecendo que MADA mantém as
portas abertas para todas.
Um ou dois membros podem dominar o Grupo, ignorando os princípios
de revezamento dos cargos. A falta de dinheiro pode prejudicar o grupo, ou o
excesso dele pode provocar divergências. Por isso, um inventário do grupo,
feito periodicamente, ajuda seu bom funcionamento. Uma nova dedicação do

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grupo ao seu propósito primordial, um estudo das Tradições e como elas se
aplicam ao problema, são bons métodos de superar as dificuldades dos grupos.
As fofocas são, muitas vezes, os motivos dos problemas do grupo. Cada
membro do grupo deve se sentir obrigado como confidencial, qualquer assunto
pessoal ouvido numa reunião ou individualmente. Cada membro deve sentir a
segurança de que nada que foi dito será repetido fora da sala de reunião.
Os três maiores obstáculos para o sucesso dos Grupos MADA são:

 Discussão sobre religião


 Quebra de anonimato
 Domínio.

Relações Públicas

Os Grupos MADA não recorrem à publicidade para enaltecer o


programa ou qualquer um de seus membros. Contudo, se a comunidade for
informada sobre os Grupos MADA e intender ajuda que eles podem oferecer,
esses grupos poderão atrair muitas pessoas que necessitam do programa de
recuperação de MADA.

Boas relações públicas são importantes para os nossos grupos, bem como
para a comunidade em geral.
Os membros dos grupos interessados no serviço de Informação ao
Público, Cooperação com a Comunidade Profissional, podem se preparar a fim
de falar com os profissionais da área de saúde, contatar o diretor de uma
estação de rádio ou televisão local. Outros podem ajudar realizando uma
reunião aberta, convidando os profissionais da comunidade e colocar cartazes
em lugares públicos.

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Normas / Diretrizes Financeiras

De acordo com a 7ª Tradição, são os próprios membros do grupo que


proporcionam os findos para a manutenção do mesmo. Se os membros
aceitarem ajuda de outras fontes externas estarão violando esta Tradição. É
sugerido que os grupos não acumulem dinheiro mais do que suficiente para as
necessidades rotineiras e uma pequena reserva. Fazer um orçamento das
despesas é sempre prudente.

Os fundos do Grupo são também usados para aquisição de literatura.


Não se deve pressionar os membros que não podem contribuir para que o
façam, pois, em MADA não existem taxas.

O Grupo não proporciona ajuda financeira aos membros necessitados.


Em particular, os membros são livres para ajudar os outros como quiserem.

Escritório de Serviço dos Grupos MADA

O Escritório Central dos Grupos MADA será constituído de um quadro

de funcionários administrativos, comitês permanentes e temporários,

supervisionados pela coordenação da Diretoria.

Este manual não é um livro de regras; uma vez que nosso crescimento

depende da qualidade do serviço que prestamos, este manual pode nos servir

de orientação. Ele nos oferece os métodos que vem sendo em outros grupos, há

muito tempo.

O ANONIMATO

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É de costume colocarmos na mesa de coordenação das nossas reuniões
um cartaz com os seguintes dizeres:
“Quem Você Vê Aqui,
O Quê Você Ouve Aqui,
Ao Sair Daqui,
Deixe Que Fique Aqui”.

O ANONIMATO É O ALICERCE ESPIRITUAL DA NOSSA


PROGRAMAÇÃO, O SUSTENTÁCULO.

Assim, quando encontro uma companheira e essa me pergunta quem


estava na reunião, ou do que se tratou na reunião, devo me manter calada.
Já eu posso me virar para uma companheira e dizer, por exemplo:
- Sabe, certa feita, em uma reunião uma companheira foi extremamente feliz em
seu depoimento ao dizer que a tradição tal...
Se alguém quer saber como ocorre uma reunião, devo dizer:
- Vá a uma reunião, amiga.
Não somos uma Irmandade Secreta, todos devem saber da existência
dela, mas o que falamos e o que se passa em sala de reuniões é
ABSOLUTAMENTE CONFIDENCIAL, dizendo respeito apenas a quem
participou da reunião.
Claro que posso me identificar com o depoimento de alguém e, na
saída, pedir para a pessoa uns minutinhos para eu colocar a minha identificação
(trata-se de feedback saudável) ou pedindo que me esclareça melhor algo que
não ficou bem apreendido; mas não devo me chatear se a companheira não
quiser tratar da questão. Por outro lado, pode acontecer de nem sempre
simpatizarmos, gostarmos ou concordarmos com as pessoas a nossa volta,
temos este direito. Temos o direito de escolher nossos gostos, opiniões e com
quem queremos ou não nos relacionar, como todas as pessoas o têm; mas temos
OBRIGAÇÃO de respeitar quem é, sente e pensa diferente de nós outros e
vice-versa. Por isso as mais antigas em MADA costumam dizer: "LEVE O QUE
GOSTOU E DEIXE O RESTO”.
Repercutir os depoimentos e a identidade das pessoas que freqüentam as
reuniões de MADA ou de outras Irmandades Anônimas (assim como publicar

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na Lista de MADA depoimentos de pessoas de outras listas de grupos
anônimos ou vice-versa), é quebra de anonimato.
É mexer na BASE das Irmandades Anônimas.
Quebra de Anonimato é uma ANOMALIA da 12ª Tradição, o indivíduo
que a pratica coloca a própria personalidade acima dos Princípios de
Irmandade.
Entendemos ser este comportamento uma demonstração humana do
egoísmo e irresponsabilidade, portanto uma falta de compreensão do sentido
de IRMANDADE que, neste caso, se expressa pelo respeito fraterno ao
próximo para que não tenha sua privacidade invadida e vice-versa.
Comportamentos de quebra de anonimato nos grupos são
principalmente uma falta de respeito com as Irmandades Anônimas, portanto
uma demonstração do não-comprometimento pessoal com os programas de 12
Passos e 12 Tradições por parte dos indivíduos que os praticam e,
conseqüentemente, um sintoma de seu NÃO-COMPROMETIMENTO
PESSOAL COM SUAS PRÓPRIAS RECUPERAÇÕES...
Do correto entendimento de quão preciosa é a confidencialidade em
MADA todos seremos beneficiadas.

Primeiro Passo:

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"Admitimos que éramos impotentes perante os relacionamentos e que
tínhamos perdido o controle de nossas vidas"

Dar o Primeiro Passo é o início fundamental na recuperação da


dependência de relacionamentos. É neste passo que admitimos que nos
rendemos diante de nossos relacionamentos destrutivos.
Admitir ser impotente pode ter um significado diferente para cada uma de
nós, mas o que é importante para que possamos praticar o Primeiro Passo, é
encarar a realidade destrutiva na qual nossas vidas se encontravam antes de
conhecermos o MADA, e que hoje temos o desejo profundo de mudar a nós
mesmas, um dia de cada vez.
Muitas de nós, quando se encontravam no processo de negação, negavam
a dificuldade em se relacionar, culpando e acusando os parceiros. Dessa forma,
não percebíamos que a opção de estarmos naquele relacionamento era somente
nossa e, que na verdade, nossa doença nos impelia à busca de um
relacionamento inadequado e autodestrutivo. Portanto, dar o primeiro passo
significa aceitar que atingimos um ponto em que não tínhamos mais condições
de controlar nossas vidas e, que sozinhas, não tínhamos forças para modificar
nosso desejo doentio de controlar nossos parceiros e outras pessoas.
A dependência de relacionamentos é algo que age sobre nós de forma
muito sutil. Um comportamento inadequado, adotado em relação ao nosso
parceiro, e que de início fazemos parecer ser uma opção nossa, torna-se
rapidamente uma obsessão, especialmente quando nosso parceiro não
corresponde às nossas necessidades. E assim, ao invés de abandonarmos o
relacionamento por ele não corresponder às nossas expectativas, iniciamos uma
luta conosco e com nosso parceiro, na tentativa de fazer com que ele se
modifique. Isso faz parte do comportamento obsessivo-compulsivo em que nos
encontramos nas diversas "lutas" para modificá-lo.
Através de jogos, tentávamos controlar a situação. Temporariamente nos
afastávamos de nossos parceiros, mudando a tática de jogo na relação; ora nos
fazendo de vítima; ora sendo perseguidora para tentar reconquistá-lo. Tudo

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isso porque tínhamos a necessidade de fazer com que ele se importasse
conosco. Aos poucos, fomos nos afastando de nossa própria vida, de nós
mesmas.
Na realidade, nossas escolhas não eram feitas conscientemente, pois não
sabíamos realmente o que queríamos de um relacionamento, nem tampouco
quais eram os nossos verdadeiros valores. Muitas de nós viviam "como um
camaleão", adotando os valores de outras pessoas como sendo os valores mais
importantes, numa tentativa de agradá-las e assim sermos aceitas.
Agora, precisamos aprender a modificar nós mesmas, ao invés de tentar
modificar os outros para que possamos, assim, aprender a aceitar a companhia
de pessoas que possibilitem uma intimidade verdadeira.
O que viemos buscar no MADA é a força e a esperança de que possamos
nos livrar de todos esses medos, de que possamos aprender a gostar de nós
mesmas, e assim ser possível desfrutar da companhia de pessoas saudáveis.
No MADA, não existe um grau de sofrimento necessário para que você
venha a se render e iniciar o processo de recuperação. Cada uma de nós pode
investigar a sua própria vida, avaliar o sofrimento e a dor sentidas no passado.
Hoje, o importante é ter o desejo sincero de romper com esses padrões doentios
de se relacionar e iniciar o aprendizado de um novo processo de vida, onde
possamos possa viver bem com nós mesmas e com os outros.
Somente após admitir que nossos relacionamentos falharam e que
fracassamos nessa etapa de nossas vidas é que estaremos realmente prontas
para iniciar a recuperação.
O MADA oferece esse caminho de recuperação através dos doze passos.

Perguntas do Primeiro Passo:

 Quando você reconheceu pela primeira vez que sua forma de se


relacionar era autodestrutiva?

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 De que forma, atualmente, sua dependência de relacionamentos
causa descontrole em sua vida?
 Quais são os instrumentos que hoje você pode utilizar para praticar
a recuperação?

Segundo Passo:

"Passamos a acreditar que um Poder Maior, superior à nós mesmas,


pode nos devolver a sanidade."

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Tomamos conhecimento no Primeiro Passo do MADA, da nossa
impotência em controlar nossos relacionamentos e as outras pessoas, e também
do descontrole em que se encontravam nossas vidas.
Como podemos, então, modificar essa situação? Agora, precisamos de
ajuda para que possamos acreditar em nosso processo de recuperação. Muitas
de nós, no isolamento de nossos relacionamentos, tentamos modificar nosso
comportamento, sem, contudo, obter uma modificação profunda. Com o tempo,
voltávamos a agir de forma doentia, o que nos deixava profundamente
frustradas e com uma crescente vergonha de nós mesmas.
O segundo passo sugere que encontremos uma força além de nós, que
nos ajude a acreditar que há uma saída para os nossos problemas e também que
há uma maneira na qual podemos praticar os passos da recuperação. O
segundo passo nos diz: "um Poder Maior", ao invés de "O Poder Maior". Isso
significa que temos, no MADA, a liberdade de escolher nosso Deus, segundo a
concepção e vontade de cada uma.
Algumas de nós afastaram-se do caminho espiritual e da fé,
simplesmente porque perderam a esperança de que a vida poderia tomar um
rumo saudável. Estivemos "brigadas" com Deus. Ou talvez, nos afastamos de
um caminho espiritual porque a imagem de um Deus, que nos foi transmitida
por nossos pais, era ameaçadora: - "se você continuar agindo assim Deus vai lhe
castigar!". Pensávamos que Deus havia nos abandonado. Até mesmo a obsessão
pelo seu parceiro pode tê-la colocado na posição de seu "Poder Maior", ao
acreditar que o relacionamento pudesse lhe dar tudo o que necessitava,
deixando que ele controlasse sua vida.
Quem sabe agora, no MADA, a prática desse passo possa dar a chance
de encontrar uma nova concepção de Deus, uma concepção que seja mais
adequada para nós. Um Deus bondoso e amoroso, conforme nossa
compreensão e necessidade pessoal.
Aqui no MADA, você não é obrigada a ter alguma crença para praticar
a programação e desenvolver sua espiritualidade. Talvez seja mais fácil para
você, que está no início, a compreensão desse Segundo Passo e de um Poder

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Maior, como sendo o seu próprio grupo de apoio. Você pode ter em mente que
o que você encontra aqui no MADA é algo que lhe dá força e coragem, que é
mais do que conseguiria usando somente a própria força de vontade. E que esse
Poder Maior pode se manifestar através dos depoimentos de cada uma. Isso já é
um bom caminho para que possamos iniciar o processo de recuperação. Diz-se
que no Segundo Passo, poderemos achar a vida saudável que estamos
procurando.
Hoje, precisamos encontrar um caminho que nós faça acreditar na
possibilidade de mudança em nossas vidas. Isso é praticar o Segundo Passo.
Que possamos fazer juntas o que não pudemos fazer sozinhas.

Perguntas do Segundo Passo:

 Como foi sua vida espiritual na infância ?


 Qual é a visão do que seria, hoje, uma vida saudável?
 Você acredita verdadeiramente que pode, hoje, aprender a desenvolver
uma vida saudável?
 Hoje, o que você pode fazer na sua recuperação para praticar o Segundo
Passo?

Terceiro Passo:

"Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus,


na forma em que nós o concebíamos".

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No Primeiro Passo, admitimos que não tínhamos controle sobre nossos
relacionamentos. No Segundo Passo, vimos que precisávamos da ajuda de
algum Poder Maior que nós, para nos recuperar da nossa doença. Agora, no
Terceiro Passo, Vamos exercitar nossa entrega e aceitação. Vamos aprender a
deixar o controle de nossas atitudes perante nossos relacionamento e nossas
vidas, e confia-los à esse Poder Maior. E como já vimos no Segundo Passo, esse
Poder é um Deus conforme nossa concepção pessoal.
Nossa dependência de relacionamentos é basicamente uma doença do
controle. Tentávamos de todas as maneiras controlar nossos relacionamentos
doentios, para que as pessoas agissem conforme nossa vontade. E nossa doença
nos fazia escolher exatamente aquelas pessoas que não tinham para nos dar
aquilo que necessitávamos. Muitas vezes colocáva-mos nossa vontade e nossas
vidas nas mãos de outras pessoas, deixando que elas controlassem nossas
atitudes de forma destrutiva.
Na realidade, nunca tivemos e nem teremos total controle sobre as
coisas. Não temos o poder de controlar a chuva, a vida ou a morte. Praticar o
exercício de entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus é um
meio de aceitar a vida como ela nos apresenta. Vejamos um exemplo: "Imagine"
que você está em cima da hora para um compromisso importante e se encontra
num terrível engarrafamento. Não há como mudar essa realidade. Você pode
apresentar várias atitudes como: buzinar incessantemente, esbravejar, e nada
disso fará com que você mude essa situação. Esse exemplo no trânsito é uma
situação onde você se encontra impotente. Sua própria vontade de nada
adiantará. Quem sabe se aceitando os fatos do momento e entregando o
resultado à Deus, você possa encontrar uma forma do momento e entregando o
resultado à Deus, você possa encontrar uma forma de aproveitar esse tempo
para ler um pouco mais a literatura, meditar, ou fazer outra coisa que lhe seja
útil.
Entregar não significa não fazer nada, ou deixar de tomar um atitude
necessária, esperando que as coisas mudem por si só. Entregar nossa vontade e
nossa vida à esse Poder Maior é confiar que qualquer que seja o resultado
obtido naquilo que nos empenhamos, "Ele" está cuidando de nós, acreditando

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que "Ele" sabe o que necessitamos e o que é melhor para nós a cada momento.
Sentiremos então paz e serenidade, pois não estaremos mais lutando com a
vida, mas penas fazendo nossa parte.
Como o programa dos Doze Passos é uma prática e uma busca diária,
muitas de nós poderão encontrar-se tomando a decisão de entregar suas vidas
aos cuidados de Deus, aceitando a realidade, e flagrar-se , num outro momento,
lutando para retomar esse controle com pensamentos como estes: "Tenho que
resolver essa situação hoje de qualquer maneira". "Posso lidar com isso
sozinha", "Se eu for boa e me empenhar o suficiente, desta vez o relacionamento
vai dar certo...", e assim por diante. Não se preocupe com essas recaídas. O
importante é estarmos dispostas a praticar o programa diariamente.
Fazer a oração da serenidade é uma forma de praticarmos este Terceiro
Passo:
A ORAÇÃO DA SERENIDADE
Deus, Concedei,
SERENIDADE
Para aceitar as coisas que não posso modificar
CORAGEM
Para modificar aquelas que posso
SABEDORIA
Para perceber a diferença

Perguntas do Terceiro Passo:

 Como sua "vontade desenfreada" em controlar as pessoas e situações


prejudicou sua vida no passado?
 O que você considera ser necessário entregar em sua vida nesse
momento?
 Quais os instrumentos você tem hoje para praticar esse terceiro passo?

21
Quarto Passo:

"Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmas".

No Primeiro Passo, admitimos a falência dos nosso relacionamentos.


No Segundo, pedimos a um Poder Maior para que nos ajudasse à
recuperação.

22
E no Terceiro Passo, entregamos o controle de nossas vidas à esse
Poder.
Agora, no Quarto Passo, vamos investigar nossa vida e reconhecer,
através de um inventário minucioso, quais foram os impulsos doentios que nos
levaram à agir de forma insana e destrutiva em nossos relacionamentos.
Ao olharmos para nossas vidas no passado, vimos que nossas relações
foram sempre movidas por nossos impulsos dependentes. Quando dizíamos:
"porque eu sempre acabo me relacionando com esse tipo de pessoa?",
achávamos que éramos vítimas das situações em que encontrávamos, que não
tínhamos sorte, e que a vida estava contra nós.
Através de uma investigação minuciosa, pudemos compreender o que
nós levava à essas escolhas e que, na realidade, sentíamos necessidade desses
relacionamentos doentios para podermos praticar aquilo que nos era familiar.
Repetíamos em nossos relacionamentos parecidos, na tentativa de resgatar, o
amor que não nos foi dado no passado.
Pelo fato de termos recebido muito pouco em nossa infância, nossa
auto-estima tornou-se muito baixa, acreditando que não merecíamos a
felicidade. De início, talvez, você possa achar que teve uma infância perfeita e
que não tenha tido nada de errado com sua vida, que você recebeu "tudo". Essa
investigação de nossas vidas é apenas uma forma de reconhecermos como
nossos padrões de relacionamento foram formados, pois hoje temos total
responsabilidade sobre nossas vidas, cabendo somente à nós a responsabilidade
de alcançarmos uma vida feliz.
É importante reconhecer todos os padrões em nossa forma doentia de
nos relacionar. Isso é fundamental para que possamos nos abster desses
comportamentos. Vejamos alguns exemplos:
Se você veio de um lar onde o alcoolismo estava presente, é provável
que você tenha atração por parceiros com problemas com o álcool, e hoje tente
"ajudar" seu parceiro da mesma forma como sua mãe fazia com seu pai. Ou
talvez você tenha necessidade de se relacionar com homens que não conseguem
se comprometer emocionalmente ou até mesmo que precise manter vários
relacionamentos. Ou sua doença faz com que se se relacione com pessoas

23
irresponsáveis, de forma que você tenha que se responsabilizar pela maior parte
dos problemas, até mesmo financeiros.
Qualquer que seja seu padrão, é importante que você identifique as
características de sua forma de relacionar e o que a leva a agir assim. No Quarto
Passo, temos a oportunidade de refletir e compreender o processo que nos
levou à agir daquela maneira.
Você terá que escrever bastante, empregando o tempo e a energia
necessários para executar esse trabalho. Pode ser que, para você, escrever não
seja um meio de expressão fácil, em que se sinta à vontade. Entretanto, é a
melhor técnica para esse exercício. Não se incomode em escrever corretamente,
ou mesmo bem. Faça de forma a ter sentido para você. Você precisará ser
absolutamente honesta e auto- reveladora em tudo o que escrever.
Enfrentar minuciosamente nossas falhas de caráter pode nos levar à
sentimentos de autopiedade, ou a revelar mágoas profundas. Nossa doença, por
si só, nos impediu o desenvolvimento da auto-estima. Portanto, por mais
doloroso que seja o que possamos descobrir à nosso respeito, lembre-se de que
esses comportamentos foram resultados de nossos instintos desenfreados. Essa
foi a forma que aprendemos a nos relacionar, na tentativa de sobrevivermos à
todas as adversidades das quais fomos vítimas no passado. Agora estamos
tendo a oportunidade de nos recuperar de tudo isso. Temos hoje a
responsabilidade de nos modificar. Não deixe que o sentimento de culpa tome
conta e a impeça de continuar o processo de investigação.
É importante não esquecer nossas qualidade. Faça uma lista onde você
possa estar revelando as coisas boas que possui dentro de si mesma, não se
importe com o que foi dito no passado. O fato de termos defeitos não implica
em sermos pessoas ruins. No Quarto Passo estamos "limpando nossa casa" para
deixar vir toda nossa essência positiva.
Fazer o Quarto Passo é algo que pode também ser feito periodicamente
nas várias fases do nosso processo de recuperação ou até mesmo utiliza-lo em
um assunto específico; fazendo o Quarto Passo do seu trabalho, de um
relacionamento específico etc. Você pode guardá-lo em lugar seguro e compará-
lo quando fizer o próximo.

24
Uma pessoa que já tenha feito o Quarto Passo, ou sua madrinha, pode
orientá-la e ajudando-a a criar seu próprio questionário conforme sua
características e seu processo de recuperação.

Perguntas do Quarto Passo:

 Escreva sobre as características de sua família. Como se relacionava com


as pessoas, que tipo de relação você mantinha com elas?
 Seus familiares eram carinhosos e compreensivos com você? Eles lhe
davam amor incondicionalmente?
 Perante os outros, que "segredos" ou aparências sua família mantinha
para esconder das pessoas que seu lar não era tão saudável quanto
parecia ser?
 Você se sentia amparada quando necessitava de ajuda?
 Descreva , de uma maneira geral, o que você achava que sua família
pensava de você durante sua infância, adolescência e ainda na fase
adulta?
 Como você chama hoje a atenção das pessoas (introversão, indiferença,
bondade extrema etc...) para que saibam que você se sente mal e/ou
precisa de ajuda?
 Que tipo de jogos você mantinha ou mantém nos seus relacionamentos,
para fazer com que as pessoas atendam às suas necessidades? Você se
fazia de vítima, acusava os outros, abandonava temporariamente o
relacionamento para que seu parceiro sentisse sua falta? Comprava-lhe
presentes para agradá-los?
 Tente identificar que sentimentos você tinha quando o comportamento
de seu parceiro fugia do seu controle. Sentia raiva, ciúmes, inveja, medo,
sentia-se irada ou abandonada? Esses sentimentos têm relação com
sentimentos familiares, conhecidos em sua infância?
 Quais são os seus medos em sua vida agora?
 Como sua doença afetou as diversas áreas da sua vida?

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 Porque você mantêm, ou mantinha o relacionamento, mesmo sabendo
que ele era destrutivo? Que justificativas você usa ou usava para não sair
desse relacionamento?
 Sente dificuldade em ficar só? Que sentimentos e preconceitos você tem
quando está sem um relacionamento?
 Você acredita ter prejudicado outras pessoas em função de manter essas
relações doentias?
 Quais são as qualidade você possui mas tem dificuldade em admitir?
 O que mais gosta em você mesma?
 O que você deseja alcançar hoje em sua recuperação?

Quinto Passo:

"Admitimos perante à Deus, perante à nós mesmos e perante à outro ser


humano, a natureza exata de nossas falhas".

Após termos feito uma investigação de nossas vidas, listando através


de um inventário escrito nossas características, nossos defeitos e qualidades,
conversamos com alguém à esse respeito.
Admitir nossas falhas diante de outro ser humano pode parecer ser
embaraçoso, mas devido a diversas razões é realmente necessário fazermos isso.
Podemos pensar que admitir à um Poder Maior seja o suficiente. Mas conversar

26
com outro ser humano nos ajudará a nos livrar-mos da culpa, do isolamento e
da vergonha em relação à nosso comportamento no passado.
Talvez muitos dos fatos revelados no Quinto Passo tenham sido
mantidos em absoluto segredo. Muitas vezes nossa doença justificasse nosso
comportamento. Então, é importante que alguém, que esteja num processo de
recuperação, nos ajude a descobrir a natureza exata de nossas falhas e o que nos
levou ao nosso comportamento doentio, tirando-nos da armadilha da negação e
da nossa posição de vítima daquelas situações nas quais nos encontrávamos.
Dessa forma, descobriremos que a trama de nossas ações de "amar demais" era,
na verdade, movida pelo egoísmo, controle e pela nossa incapacidade de amar e
receber amor verdadeiro. Os papéis desempenhados por nós em nossos
relacionamentos tinham a função de resgatar os sentimentos enraizados na
nossa infância, como a raiva o medo e o abandono. Ser "boazinha" escondia
nossa necessidade de agradar e controlar as outras pessoas.
É importante que a pessoa que escolhemos para fazer esse Quinto
Passo seja de nossa inteira confiança, mantendo estrita confidência de nossas
revelações e que ela possa ter a compreensão de nossos problemas. Esse
confidente pode ser uma companheira mais experiente no programa do MADA,
ou outra pessoa, mas é importante que conheça a natureza da nossa doença.
Poderá ser um terapeuta ou conselheiro espiritual. Mas não faça de seu parceiro
esse ouvinte.
Ao praticarmos o Quinto Passo, estaremos entrando no caminho de
abertura e limpeza de nossa vida. Quando falamos com outro ser humano sobre
nossos sentimentos mais dolorosos, eliminamos sentimentos e emoções
reprimidas durante anos, fazendo com que desapareçam. À medida que a dor
desaparece, abrimos espaço para entrar coisas novas em nossas vidas.

Perguntas do Quinto Passo:


 Que justificativas a impedem de confiar seus sentimentos mais
profundos à outro ser humano?
 É difícil para você confiar nas pessoas? Ou você se abre facilmente, mas
com pessoas inadequadas?

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 O que lhe falta para tomar a decisão de fazer o Quinto Passo?

Sexto Passo:

“Nos prontificamos, inteiramente, a deixar que Deus remova todos


esses defeitos de caráter".

No Quarto Passo, fizemos um inventário de nossas vidas, tomamos


consciência de nossos defeitos de caráter, nossas armadilhas e jogos de "amar
demais". Depois compartilhamos essas descobertas com outra pessoa chegando
à seguinte questão: como faremos para modificar essa realidade?
Já vimos no Segundo Passo que necessitamos da ajuda de um "Poder
Maior", como cada uma de nós o concebe, acreditando que Ele poderia nos
devolver uma vida saudável. Neste momento, Deus remove todas as nossa

28
imperfeições. Vamos voltar à algumas lembranças do nosso passado para
compreendermos melhor a natureza desse passo.
Muitas de nós devem se lembrar de algum episódio de insanidade em
algum relacionamento e que, num momento de desespero, juramos não agir
mais daquela maneira, pedindo "pelo amor de Deus"; que Ele nos tirasse
daquela situação. Mas, decorrido algum tempo, voltávamos a agir de forma
doentia, negando a gravidade da situação, imaginando ter o controle sobre as
coisas e pessoas. Isso ocorria porque não tínhamos consciência de que éramos
dominadas pela doença de "amar demais". Além disso, quando fazíamos esse
pedido a Deus não éramos movidas pela consciência da nossa necessidade de
mudança e de uma predisposição interior para que Ele nos ajudasse, mas sim,
como uma necessidade de aliviar momentaneamente aquela situação, até que as
coisas se abrandassem. Deus, como nós o concebemos, pode transformar nossas
vidas e provocar essa mudança. Mas precisamos, além de acreditar nisso, nos
predispor e querer essa mudança.
Compreendemos, que antes de pedirmos à Deus que nos modifique,
precisamos abrir nossa mente para que essas mudanças possam ocorrer. É
preciso querer que essas mudanças ocorram. É necessário abrir mão de todos os
hábitos que prejudicam a nós e aos outros. Precisamos estar prontas e aceitar
essas mudanças. Você pode estar pensando: "posso viver sem alguns
comportamentos, mas de outros não estou disposta a abrir mão, (não importa
qual seja), fazendo imposições jamais conseguirei mudar". Lembre-se: a
remoção dos nossos defeitos, nossa mudança, será feito pelo "Poder Maior".
Nós precisamos, apenas com consciência, sentir e dizer: "eu não quero mais
conviver com isso, estou aberta para enfrentar essa mudança". Não sou mais
movida pelo desespero do sofrimento, mas pelo desejo de obter uma melhora
profunda.
Uma das características de uma mulher que ama demais é a falta de
auto-estima. Acostumadas ao sofrimento, passamos pela vida acreditando que
não merecíamos ser feliz. Fazer o Quinto Passo é também acreditar que
merecemos essa mudança e merecemos uma vida feliz.

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"Estou disposta a abrir mão de todos os hábitos que prejudicam meu
crescimento e a deixar que Deus remova da minha vida todos os hábitos
negativos e defeitos adquiridos no passado. Eu estou pronta."

Perguntas do Sexto Passo:

 Ao dar uma olhada na lista do seu Quarto Passo, existe alguma coisa da
qual você acredita ser "impossível" abrir mão em sua vida, mas que você
sabe ser necessário mudar?
 Você acredita realmente que uma modificação profunda possa ocorrer
em sua vida?

Sétimo Passo:

"Humildemente, pedimos ao Poder Superior que removesse nossos


defeitos."

Os defeitos de caráter são as causas da dor e do sofrimento de nossas


vidas. Se contribuíssem para a nossa saúde e felicidade, não teríamos chegado a
um estado de total desespero. Tivemos que ficar prontas para que o Poder
Superior, como nós o compreendíamos, removesse nossos defeitos. Decididas a
nos livrar das atitudes destrutivas de nossas personalidades, chegamos ao
sétimo passo. Não conseguindo lidar sozinhas com nossos problemas, só o
percebemos quando transformamos nossas vidas em uma grande confusão. Ao
admiti-lo, alcançamos um lampejo de humildade.

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Este é o ingrediente principal do sétimo passo. A humildade resulta de
sermos mais honestas conosco. Temos praticado a honestidade desde o
primeiro passo. Aceitamos o fato de que éramos impotentes perante ao outro,
encontramos uma força além de nós e aprendemos a confiar nela. Examinamos
nossas vidas e descobrimos quem somos realmente. Somos verdadeiramente
humildes quando aceitamos e tentamos, honestamente, ser quem somos.
Nenhum de nós é perfeitamente bom ou inteiramente mau. Somos pessoas com
qualidades e defeitos. E, acima de tudo, somos humanos.
O sétimo passo é de ação. Chegou a hora de pedir ajuda e alívio ao
Poder Superior. Temos que compreender que a nossa maneira de pensar não é a
única e que as outras pessoas podem nos aconselhar. Quando alguém nos
aponta um defeito, a nossa primeira reação pode ser defensiva. Temos que
compreender que não somos perfeitos. Sempre haverá espaço para o
crescimento. Se quisermos realmente ser livres, ouviremos atentamente que os
companheiros tiverem a nos dizer. Se os defeitos que descobrirmos forem reais,
e tivermos a oportunidade de mudar, certamente experimentaremos uma
sensação de bem-estar.
Esta é a nossa estrada para o crescimento espiritual. Mudamos todos os
dias. Aos poucos e com cuidado, saímos do isolamento e da solidão e entramos
na corrente da vida. Um dos perigos é sermos excessivamente duros conosco.
Partilhar com os outros a recuperação é uma maneira de não nos tornarmos
extremamente críticas à nosso respeito. Aceitar os defeitos do outro pode nos
ajudar a nos tornarmos humildes e abrir caminho para que nossos próprios
defeitos sejam removidos. Muitas vezes o Poder Superior se manifesta,
ajudando-nos a tomar conhecimento dos nossos defeitos.
Uma nova atitude nos tornará mais aceitáveis, perante nós e os demais.
Não terei expectativas muito grandes com relação a uma rápida recuperação do
meu caráter, preciso lembrar-me sempre de aceitar a ajuda do "Poder Superior"
em tudo que estou tentando fazer.
Humildade e Paciência; Só por Hoje.

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Oitavo Passo:

"Fizemos uma lista de todos as pessoas que tínhamos prejudicado e


nos dispusemos a fazer reparações a todas elas."

O Oitavo Passo é o teste da nossa recém-encontrada humildade.


Nosso objetivo é a libertação da culpa que temos carregado.
Queremos olhar o mundo de frente, sem agressividade ou medo.
"Será que estamos dispostas a fazer uma lista de todas as pessoas que
prejudicamos?" Faremos isso a fim de limpar o medo e a culpa que o passado
ainda nos traz. Nossa experiência já nos demonstra que precisamos sentir boa
vontade para que esse possa surtir qualquer efeito.
O Oitavo Passo não é fácil; exige um novo tipo de honestidade nas
nossas relações com os outros. O Oitavo Passo inicia o processo do perdão, se
perdoarmos aos outros, possivelmente seremos perdoadas e, finalmente, nós

32
nos perdoaremos e aprenderemos a viver no mundo. Quando atingimos este
passo estamos prontas para compreender mais do que ser compreendidas.
Podemos viver e deixar viver mais facilmente, quando conhecemos as áreas em
que devemos reparações. Pode parecer difícil agora mas depois que o fizermos,
perguntaremos porque não tínhamos feito isso a mais tempo.
É importante que se defina o que é "prejudicar". Uma definição de
prejuízo é dano físico ou mental. Outra definição de prejudicar é causar dor,
sofrimento ou perda. O prejuízo pode ser causado por algo que seja dito, feito
ou que não tenha sido feito. Podemos ter prejudicado com palavras ou ações,
intencionais ou não. O grau de prejuízo pode ser com palavras ou ações,
intencionais ou não. O grau de prejuízo pode variar desde fazer com que
alguém se sinta mentalmente desconfortável até o dano físico ou mesmo a
morte.
O Oitavo Passo nos confronta com um problema. Muitas de nós têm
dificuldade de admitir que prejudicaram outras pessoas, pois julgavam-se
vítimas. Temos que separar o que fizeram conosco daquilo que fizemos com
outros. Deixamos de lado nossas justificativas e a idéia de sermos vítimas.
Freqüentemente sentimos que só prejudicamos a nós mesmas, porém,
normalmente nós nos colocamos no último lugar na lista de reparações, quando
nos colocamos. Esse passo faz o trabalho externo para reparar os destroços de
nossas vidas.
Não nos tornamos pessoas melhores julgando os erros dos outros. O
que nos fará sentir melhor é limpar nossas vidas, aliviando a culpa. Escrevendo
a lista não poderemos mais negar, admitindo que prejudicamos outras pessoas,
direta ou indiretamente, através de alguma ação, mentira, promessa quebrada
ou negligência. Encaramos a lista com honestidade com objetivo de fazer
reparações. O mais importante é que este passo nos ajuda a criar uma
consciência de que estamos aos poucos, ganhando novas atitudes em relações
aos outros.
O Oitavo Passo oferece uma grande mudança numa vida dominada
pela culpa e pelo remorso. Nosso futuro é modificado porque não temos que
evitar as pessoas que prejudicamos. Recebemos uma nova liberdade pondo fim

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ao isolamento. Ao percebermos a necessidade de sermos perdoados, temos uma
tendência maior para o perdão. Sabemos que não estamos magoando os outros
intencionalmente.
O Oitavo Passo é de ação. Como todos os passos, oferece benefícios
imediatos. "O Oitavo Passo nos coloca no limiar da libertação do ódio de nós
próprias; abre-se a porta para uma nova paz de espírito que, uma vez obtida,
não desejamos perder."

Reflexão:
 "A quem magoei? Seguramente as pessoas mais próximas."
 Sei que meus relacionamento foram destrutivos e dolorosos. Será que
prejudiquei também meus filhos, doutrinando-os sutilmente com
desprezo ao pai?
 Transmiti-lhes a minha ansiedade e ao meu ressentimento?
 Desforrei neles a minha frustração?
Nono Passo:

"Fizemos reparações diretas às pessoas a quem prejudicamos, sempre


que possível, exceto quando isso pudesse prejudicá-las ou a outras pessoas"

Às vezes, o orgulho, o medo e a procrastinação parecem ser uma


barreira intransponível; obstruem o caminho do progresso e do crescimento.
O importante é partirmos para a ação, e estarmos prontos para aceitar
as reações das pessoas que prejudicamos. Fazemos o melhor que podemos para
reparar quaisquer danos e, no momento certo, devemos fazer as reparações que
se fazem oportunas. Em alguns casos, as reparações podem estar além do nosso
alcance. Nesse caso, a boa vontade pode substituir a ação. Entretanto, não
devemos deixar de entrar em contato com alguém porque nos sentimos
constrangidos, com medo ou por procrastinação. Ao livrar-nos da culpa, não
devemos fazê-lo às custas de outra pessoa. Não temos nem o direito nem a
necessidade de colocarmos outra pessoa em apuros. Deve-se pedir orientação à
outras pessoas sobre esses assuntos. Aprender a viver bem é, em parte,

34
aprender a saber quando precisamos de ajuda. Em alguns relacionamentos
antigos, ainda pode existir algum conflito mal resolvido. Em muitos casos, só
podemos procurar a pessoa e pedir-lhe, humildemente, que perdoe os nossos
erros do passado. Tente sempre se lembrar de que fazemos as reparações por
nos mesmos. Em vez de nos sentirmos culpados ou com remorsos, nós nos
sentimos aliviados do nosso passado. O nono passo nos ajuda com nossa culpa
e ajuda o outro com a sua raiva. Às vezes, a única reparação que podemos fazer
é ficarmos "limpas", sem causar confusões por causa da nossa doença. Devemos
isso àqueles que amamos e, principalmente, à nos mesmas. Neste processo,
somos devolvidas a sanidade, e parte da sanidade é, de fato, o relacionamento
com os outros. Com menos freqüência encaramos os outros como uma ameaça à
nossa segurança.
A VERDADEIRA SEGURANÇA VAI SUBSTITUIR A DOR FISICA E A
CONFUSÃO MENTAL QUE VIVEMOS NO PASSADO.
Tempo fala por si. A paciência é uma parte importante da nossa
recuperação.
O amor incondicional que experimentamos vai revigorar a nossa
vontade de viver e, para cada atitude positiva da nossa parte, haverá uma
oportunidade inesperada. Uma reparação exige muita coragem e fé, e o
resultado é o crescimento espiritual.
Estamos nos libertando dos destroços do nosso passado. Vamos querer
manter a nossa casa em ordem, praticando o inventário pessoal num ritmo
contínuo, no passo dez.

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Décimo Passo:

"Continuamos a fazer o inventário pessoal e, quando estamos erradas


admitimos prontamente."

O Passo Dez nos liberta dos destroços do nosso presente. Se não


continuarmos atentas aos nossos defeitos, eles poderão nos levar à um beco sem
saída.
Se pudermos evitar aquilo que nos provoca a dor, não a sentiremos
com tanta intensidade. Continuar a fazer o inventário pessoal significa que
criamos o hábito de olhar regularmente para nós mesmas, nossas ações,
atitudes e relacionamentos.
Somos criaturas de hábito, e somos vulneráveis à nossas velhas
maneiras de pensar, agir e reagir. Às vezes, parece mais fácil continuar no velho
trilho da autodestruição do que tentar uma nova rota. Não devemos cair nos
velhos padrões. Hoje temos uma escolha.
O Décimo Passo pode nos ajudar a corrigir nossos problemas com a
vida e a evitar que eles se repitam.

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Examine as suas ações durante o dia.
Alguns escrevem sobre seus sentimentos, avaliando como se sentiram e
qual foi a participação que tiveram nos problemas que tenham ocorrido.
Prejudicamos alguém? Temos que admitir que estamos erradas? Se
encontramos dificuldades, nos esforçamos para resolve-las? Quando essas
coisas ficam pendentes, elas tem um jeito próprio de envenenar o espírito.
Este passo pode ser uma defesa contra a velha insanidade. Podemos
nos perguntar se estamos nos envolvendo com velhos padrões de raiva,
ressentimento e medo. Sentimo-nos encurraladas? Estamos arranjando
problemas? Estamos muito famintas, raivosas, solitárias ou cansadas? Estamos
nos levando muito a sério? Estamos julgando nosso interior pela aparência
exterior dos outros? Estamos sofrendo de algum problema físico? As respostas a
estas perguntas podem nos ajudar a lidar com as dificuldades do momento.
Não precisamos mais viver com sensação de mal- estar.
O Décimo Passo pode ser uma válvula de escape. Trabalhamos este
passo enquanto os altos e baixos do dia ainda estão frescos na nossa mente. A
primeira coisa a fazer é parar! Damos um tempo, e nos permitimos o privilégio
de pensar. Examinamos as nossas ações, reações e motivos. Muitas vezes
descobrimos que temos nos saído bem. Isso nos permite verificar nossas ações e
a reconhecer os nossos erros, antes que as coisas piorem. Precisamos evitar as
racionalizações, prontamente admitindo o erro, não justificando-o.
Trabalhar este passo de forma contínua resulta em ação preventiva.
Olhando continuamente para nós mesmas, conseguimos evitar a repetição
daquilo que nos torna inadequados.
Precisamos deste passo, mesmo quando estamos bem e quando tudo
está dando certo. Os sentimentos bons são uma coisa nova para nós e
precisamos nutri-los. Temos o direito de nos sentirmos bem. Temos uma
escolha. Precisamos lembrar que todos cometem erros e que nunca seremos
perfeitos. Mas podemos nos aceitar.
Prosseguindo com o inventário pessoal, somos libertadas de nós
mesmas e do passado. Não justificamos mais a nossa existência. Este passo nos
permite ser nós mesmas.

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"Olhe para si própria, aí se encontram todas as suas respostas."
Sua vontade e não a minha. "Podemos pedir ajuda de Deus quando
precisamos, e nossas vidas melhoram.
Nem sempre a experiência de outra pessoa com a meditação e crenças
religiosas individuais, são adequadas para nós. O nosso programa não é
religioso, é Espiritual.
Quando chegamos ao Décimo Primeiro Passo, já identificamos e
lidamos com os defeitos de caráter que nos causavam problemas no passado,
através do trabalho com os dez Passos anteriores.
A imagem do tipo de pessoa que gostaríamos de ser é apenas um
vislumbre da vontade de Deus para conosco. Freqüentemente, nossa
perspectiva é tão limitada que só conseguimos enxergar nossas vontades e
necessidades imediatas.
É fácil recairmos nas nossas velhas maneiras. Temos que aprender a
continuidade do nosso crescimento e da nossa recuperação. Deus não vai nos
impor a sua bondade, mas podemos recebe-la se pedir-mos. Geralmente
sentimos uma diferença na hora, mas só mais tarde é que notamos de fato as
diferenças em nossa vida. Quando finalmente tiramos nossos motivos egoístas
do caminho, começamos a descobrir uma paz que nunca imaginamos ser
possível.
A maioria de nós só reza quando sente dor, aprendemos que se
orarmos com mais regularidade não sentiremos dor com tanta freqüência ou
com tanta intensidade. A meditação permite que nos desenvolvamos
espiritualmente da nossa própria maneira.
Através da serenidade algumas coisas que não funcionavam para nos
desenvolvamos espiritualmente da nossa própria maneira.
Através da serenidade algumas coisas que não funcionavam para nós
no passado, poderão funcionar hoje. Temos um novo olhar a cada dia com a
mente aberta. Sabemos que se rogarmos a vontade de Deus, receberemos o que
for melhor para nós. Esse conhecimento é baseado na nossa crença e na nossa
experiência em recuperação. Rezamos para que Deus mostre a sua vontade, e
para que nos ajude a realizá-la. Em alguns casos a sua vontade é tão óbvia que

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temos pouca dificuldade em vê-la. Em outros estamos tão egocêntricas que só
aceitaremos a vontade de Deus depois de muita luta e rendição. Através da
prece buscamos o contato consciente com o nosso Deus.
Acalmar a mente através da meditação, traz um paz interior que nos
põe em contato com o Deus dentro de nós. O equilíbrio emocional é um dos
primeiros resultados da meditação e nossa experiência confirma isso.

Décimo Primeiro Passo:

"Procuramos através da prece a meditação melhorar o nosso contato


consciente com Deus, da maneira como nós o compreendíamos, rogando
apenas o conhecimento da Sua vontade, e força para realizar esta vontade."

Os primeiros dez passos do MADA preparam o terreno para


melhorarmos o nosso contato consciente com Deus. Como o compreendemos.
Eles nos dão a base para alcançarmos as nossas metas positivas que há
muito buscamos. Entrando nesta fase do nosso programa espiritual, através da
prática dos dez passos anteriores, a maioria de nós acolhe de bom grado o
exercício da prece e da meditação. Nosso estado espiritual é o alicerce de uma
recuperação bem sucedida, que oferece crescimento ilimitado.
Muitas de nós começam realmente a apreciar a recuperação quando
chegam ao Décimo Primeiro Passo. Nesse Passo nossas vidas adquirem um
significado mais profundo. Ao deixar de controlar, ganhamos um poder muito
maior através de rendição.
A natureza da nossa crença irá determinar a maneira como oramos ou
meditamos. Só precisamos da certeza de que temos um sistema de crença que
funcione para nós. Os resultados contam na recuperação. Nossas preces
parecem funcionar, assim que entramos no programa e nos rendemos a nossa
doença. O contato consciente, descrito neste passo é o resultado direto da

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vivência dos passos anteriores. Usamos este passo para melhorar e manter o
nosso estado espiritual.
Quando viemos para o programa pela primeira vez, recebemos a ajuda
de um Poder Superior; isto se deu com a nossa rendição ao programa. O
objetivo do Décimo Primeiro Passo é aumentar a nossa consciência deste poder
e melhorar a nossa capacidade de usá-lo como fonte de força nas nossas novas
vidas.
Quanto mais aprimoramos o nosso contato consciente com nosso Deus,
através da prece e meditação, mais fácil dizer: "Seja feita a medida que
crescemos espiritualmente e encontramos um Poder Superior, nossas
necessidades espirituais vão sendo satisfeitas e nossos problemas existenciais
vão sendo reduzidos.
Assim a vontade de Deus torna-se para nos a nossa própria vontade.
Deixamos de controlar as pessoas e passamos a deixá-los ser quem são. É muito
importante admitirmos a nossa impotência para que com a ajuda de Deus se
manter fora de relacionamentos destrutivos. Com o constante contato com o
Poder Superior as respostas que buscamos vem atém nós e ganhamos
capacidade de fazer o que não conseguíamos. Com o poder da oração
alcançamos aquilo que podemos lidar. Com uma atitude de rendição e
humildade, retomamos este passo, repetidamente, para recebermos a dádiva do
conhecimento e da força de Deus.

Reflexão:
 Estou muito ocupada para orar? Não tenho tempo para a meditação?
 Então me perguntarei se tenho sido capaz de resolver os meus problemas
sem ajuda. À medida que os encaro, dia após dia, desejo reconhecer a
necessidade da Sua orientação. Não deixarei que este dia passe, nem
qualquer outro dia daqui por diante, sem que me torne sinceramente
cônscia de Deus.
 "Deus está presente em todas as Suas criaturas, mas nem todas estão
igualmente cientes da Sua presença."

40
Décimo Segundo Passo:

"Tendo experimentado um despertar espiritual como resultado destes


passos, procuramos levar esta mensagem a outras mulheres e praticar estes
princípios em todas as nossas atividades"

Viemos ao MADA devido aos destroços do nosso passado. A última


coisa que esperávamos era o despertar do espírito. Queríamos apenas que a dor
parasse.
Os Passos conduzem a um despertar de natureza espiritual. Este
despertar é demonstrado pelas mudanças de nossas vidas. As mudanças nos
tornam mais capazes de viver segundo princípios espirituais, e de levar a nossa
mensagem de recuperação e esperança à MADA que ainda sofre. Entretanto, a
mensagem não tem sentido se não VIVERMOS O PROGRAMA. À medida que
vivemos seguindo a programação, nossas vidas e ações terão um significado
maior do que as nossas palavras e literatura poderiam proporcionar. A idéia de
um despertar espiritual adquire formas diferentes nas diferentes
personalidades que encontramos na Irmandade. Mas todo despertar espiritual
tem alguma coisa em comum. Os elementos comuns incluem o fim da solidão e
um sentido de direção nas nossas vidas. Muitas de nós acreditam que um
despertar espiritual não tem sentido se não for acompanhado por uma crescente
paz de espírito. Para manter esta paz de espírito nós nos concentramos em nos
manter no aqui e agora.

41
Aquelas de nós que trabalharam estes passos o melhor que puderam,
receberam muitos benefícios. Os benefícios são resultado direto de quem vive
este programa.
Esquecemos a agonia e a dor que conhecemos; nossa doença controlava
a nossa vida.
Agora, estamos prontas para assumir o controle de nossas vidas, a
maioria de nós percebe que a melhor maneira de manter o que nos foi dado é
partilhar aquilo que aprendemos com quem ainda sofre. Este é o melhor seguro
contra uma recaída. Chamamos isso de levar a mensagem, praticamos os
princípios espirituais de dar a mensagem para mantê-la. Até um membro de
um dia na irmandade pode levar a mensagem de que o programa funciona.
A primeira maneira de levarmos a mensagem fala por si. As pessoas
nos vêem reviver gradualmente e reparam que o medo esta deixando nossas
faces. Uma vez encontrado o caminho, o tédio e a complacência não tem lugar
na nossa vida. Então começamos a praticar princípios espirituais como
esperança, rendição, aceitação, honestidade, boa vontade, fé, mente aberta,
tolerância, paciência, humildade, amor incondicional, partilha e interesse.
Encontramos a alegria quando começamos a aprender como viver pelos
princípios da recuperação.
Sentimos que nossas vidas estão valendo a pena. Espiritualmente
revigorados, estamos contentes por estarmos vivas. Ir às reuniões realmente
funciona. A prática de princípios espirituais no nosso dia a dia nos conduz a
uma nova tratar os outros de maneira justa. Nossas decisões passam a ser
temperadas com tolerância. Aprendemos a nos respeitar.
Somos uma visão de esperança. Somos exemplos de que o programa
funciona. A felicidade que temos em viver é uma atração para aqueles que
ainda sofrem.
Nó nos recuperamos para uma nova vida.
Bem vinda ao MADA!
Os passos não terminam aqui...
Os passos são um novo começo!

42
OS PRINCÍPIOS QUE SOMOS ENCORAJADAS A PRATICAR EM CADA
PASSO

O 12º Passo sugere que continuemos a praticar o nosso modo de agir em


relação à vida “em todas as nossas atividades”.

Quais são os princípios contidos em cada Passo?

1° Passo: Aprendemos o princípio da HONESTIDADE, ao admitirmos nossa


impotência pessoal diante dos relacionamentos, e o fato de que sem ajuda não
poderíamos conduzir com sucesso nossas próprias vidas.

2° Passo: Aprendemos o princípio da ESPERANÇA, ao passarmos a creditar


que um Poder Maior que nós mesmas poderia devolver-nos a sanidade.

3° Passo: Aprendemos o princípio da FÉ, ao tomarmos a decisão mais


importante que jamais tomamos, a decisão de confiar a Deus – como O
concebemos – nossa vontade e nossa vida.

4° Passo: Aprendemos o princípio da CORAGEM, ao encararmos a verdade a


respeito dos nossos defeitos de caráter.

5° Passo: Aprendemos o princípio da INTEGRIDADE, ao mostrarmos ao


mundo nosso verdadeiro eu, tendo a coragem de enfrentar nossos erros.

6° Passo: Aprendemos o princípio da BOA VONTADE, ao nos tornarmos


inteiramente prontas a entregar nossos defeitos a Deus para que Ele os remova.

7° Passo: Aprendemos o princípio da HUMILDADE, ao confiarmos


humildemente em Deus para a remoção de nossos defeitos.

8° Passo: Aprendemos o princípio da AUTODISCIPLINA, para nos tornarmos


menos passíveis de ferir outras pessoas e mais rápidas em fazer reparações
quando isso acontecer.

9° Passo: Aprendemos o princípio do AMOR, aprendendo a aceitar os outros


como eles são, e não como gostaríamos que eles fossem.

43
10° Passo: Aprendemos o princípio da PERSEVERANÇA, ao trabalharmos os
doze passos e ao continuarmos a fazer coisas que nos fizeram bem.

11° Passo: Aprendemos o princípio da ESPIRITUALIDADE, ao voltarmos


nossa atenção às práticas da prece e da meditação.

12° Passo: Aprendemos o princípio do SERVIÇO, ao abandonarmos a nossa


necessidade de controlar as pessoas e simplesmente deixarmos nosso Poder
Superior servir a outros por nosso intermédio, que é a base do 12° Passo e pode
agora orientar nossas ações, não só dentro como fora do programa.

Ao trabalharmos os Passos, os Princípios neles contidos começam a substituir


o nosso antigo modo de vida, centrada no ego e na dependência de
relacionamentos, assegurando-nos de virar as costas aos velhos hábitos.

Estamos nos movendo em uma nova direção de crescimento espiritual.

44
1º LEMA - FAZER PRIMEIRO AS COISAS PRIMEIRAS

Quando chegamos em MADA, percebemos que no passado havíamos


nos envolvido em relacionamentos de forma obsessiva e compulsiva. Passamos
nossas vidas tentando modificar os outros, sobrando assim, pouca energia para
nossas tarefas e cuidados pessoais. Agora, em recuperação, nossa prioridade
deve ser
a abstinência dos padrões de comportamentos que nos levaram à dependência.
Às vezes, ficamos muito confusas quando deixamos de controlar outras
pessoas, não sabemos por onde devemos começar. É incrível notar como
estávamos acostumadas a aconselhar os outros, sabendo exatamente como eles
deveriam agir. Agora, tendo que direcionar isso para nós mesmas, descobrimos
que não temos tanta habilidade em saber quais são as nossas prioridades.
Você está em processo de recuperação. Portanto, tente não se cobrar
demais. Comece pelas coisas mais simples. No dia a dia, procure listar o que é
preciso ser feito. Faça a si mesma a seguinte pergunta:

"Nesse momento, o que é mais importante? E o que é possível ser feito?”.

SERENIDADE E MAIS 24 HORAS.

45
2º LEMA - “DEVAGAR SE VAI AO LONGE”

Precisamos tomar cuidado com a tendência de MADAs de exigirmos

resultados imediatos em tudo que fazemos.

É muito comum acharmos que, pelo fato de termos ingressado em

MADA, nossos problemas devem ser solucionados sem demora. Não há

dúvidas de que encontraremos solução para eles através da prática do

programa, mas só é coisa que irá acontecer aos poucos.

Nosso programa de recuperação é um roteiro para a vida, e não,

apenas, um paliativo para soluções momentâneas. O importante é procurar

praticá-lo com sinceridade e constância, aplicando seus princípios dia a dia. É

dessa forma que ele nos proporcionará uma progressiva melhora,

possibilitando-nos solucionar gradativamente nossos problemas e ter, também,

o equilíbrio necessário para aceitar os que não possam ser solucionados.

Apressar-nos poderá resultar em tensões e frustrações, e isso é

precisamente o que devemos evitar. Este lema nos sugere, portanto, que

tenhamos calma e perseverança para chegarmos bem longe em nosso processo

de recuperação.

46
3º LEMA - VIVER E DEIXAR VIVER

Uma das características da mulher que tem dependência de


relacionamento é a necessidade de controlar os outros, e achar que tem o poder
de modificá-los. Dessa forma, passamos pela vida esquecendo de cuidar de nós
mesmas, do nosso bem - estar. Esse lema nos sugere que passemos a nos ocupar
de nós mesmas, abandonando a direção e o controle de outra pessoa.
Devemos procurar aceitar que nem sempre a forma com que
resolvemos nossos problemas é a ideal para todos. Se você der alguma sugestão
e ela não for aceita, não significa que sua opinião não tenha valor. Não busque
sua auto-estima na aprovação e na opinião das pessoas. Quando as pessoas não
aceitam nossas opiniões, muitas vezes nos sentimos magoadas, iradas, com o
sentimento de termos sido rejeitadas.
À medida que passamos pelo processo de recuperação, passamos a nos
valorizar e a cuidar melhor de nós mesmas. Algumas pessoas, com as quais
convivemos, podem estranhar essas mudanças, e até mesmo tentar nos
provocar para voltarmos a exibir o comportamento controlador e
desequilibrado a que estavam acostumadas. Procure não cair nessa armadilha.
Lembre-se de que é você quem está em recuperação. O fato de
estarmos melhorando não implica que os outros também mudem. Talvez, em
função dessas mudanças, o círculo de pessoas com as quais queremos conviver
também mude. Respeitar a nós mesmas não significa "impor respeito" ao outro,
mas saber se abster das pessoas que nos trazem desconforto.
Sabemos que, deixando os outros viverem as suas vidas e procurando
cuidar melhor da nossa, temos podido experimentar um grau maior de
intimidade verdadeira, com pessoas mais saudáveis e com pessoas que possam
permitir esse convívio.

47
VIVER E DEIXAR VIVER

A intromissão na vida dos outros, aos quais muitos de nós procuramos


impor, embora às vezes de forma inconsciente, a maneira pela qual achamos
que devam agir, é mais uma das manifestações da natureza egocêntrica e
prepotente do neurótico. Esquecemo-nos facilmente que nossos semelhantes
também têm, como nós, o direito de decidir de sua própria vida. Igualmente
nos esquecemos de que por mais que queiramos, não conseguiremos modificar
o modo de proceder de uma pessoa, a não ser que ela mesma assim o deseje e
decida fazer.

SETE LEMAS (N/A-Neuróticos Anônimos)

48
4º LEMA – VIVER NA GRAÇA DE DEUS

“Afastadas da graça de Deus, tornamo-nos presas fáceis de sermos controladas


por pessoas”.

Sabemos, por experiência própria, que nada podemos contra a adicção

à pessoas, quando nos valemos da precária “força de vontade”. Somente

quando nos entregamos de verdade aos cuidados de um “Poder Superior” a

nós mesmos, ou “Deus como cada um de nós O concebe”, é que começamos a

sentir que podemos recuperar-nos. O que antes parecia impossível, então, agora

é perfeitamente realizável.

As forças que nos faltavam começam a surgir, não mais

experimentamos a sensação de estarmos sós e desamparadas, pois podemos

perceber a presença reconfortante e vivificadora de Deus em nossa vida,

sentindo que sua força nos sustenta e sua sabedoria nos guia na prática do

nosso programa de recuperação.

É assim que passamos a viver na graça de Deus, o fator “x”

determinante do milagre das recuperações em nossa irmandade, para o qual

uma análise apenas científica de MADA não consegue encontrar explicação.

A sugestão deste Lema é praticamente idêntica à do 3º Passo.

Sua aplicação em nossa vida diária é condição básica para podermos avançar

cada vez mais nosso processo de recuperação.

49
5º LEMA - ESQUEÇA OS PREJUÍZOS

Em MADA, entramos em contato com a realidade que passamos boa

parte de nossas vidas envolvidas, seja nos nossos relacionamentos, seja em

relacionamentos com os outros, negligenciando nossos desejos e necessidades.

Hoje nos pegamos por vezes lamentando nosso passado e desejando que ele

tivesse sido diferente.

Remoer nosso passado não vai fazer com que ele seja modificado. Isso

pode nos fazer entrar em um processo de autopiedade. Ficar se lamentando

dessa forma - "Por que isso aconteceu comigo?" "Ah, eu podia ter feito isso há

mais tempo...", não vai ajudar em nada.

Lembre-se que nossas ações no passado foram guiadas pelo

comportamento doentio. Aceitar a nós mesmas como pessoas emocionalmente

doentes nos livra dessa culpa. Procure valorizar o fato de que estamos num

programa de recuperação e que temos um grupo para nos apoiar nesse

crescimento.

Sabemos que é parte do nosso processo de recuperação fazer uma

investigação da nossa vida e isso inclui o nosso passado. Precisamos rever nossa

relação com a família, de onde viemos, nos permitir entrar em contato com os

sentimentos, a dor e a tristeza pelos maltratos sofridos. Mas essa volta ao

passado nos ajuda a fazer uma auto-análise, para que possamos identificar os

padrões de relacionamento que aprendemos desde nossa infância, de forma a

superar o que nos levou às relações doentias.

Esqueça os prejuízos e viva o hoje sem o peso do passado.

50
6º LEMA - RECOMENDAR-SE A DEUS INCONDICIONALMENTE

Da mesma forma que o lema “Viver na Graça de Deus”, este também

apresenta sugestão praticamente idêntica a do Terceiro Passo. Recomendarmo-

nos a Deus incondicionalmente, isto é, invocarmos Seu socorro e Seu amparo,

sem pretendermos estabelecer quaisquer condições, significa na verdade

entregarmos nossa vida e nossa vontade aos Seus cuidados, para sermos por Ele

fortalecidas e guiadas segundo Sua vontade e sabedoria.

Se tivermos admitido nossa impotência perante adicção a pessoas e

passado a crer num Poder Superior a nós mesmas, capaz de reconduzir-nos à

sanidade (Primeiro e Segundo Passos), nada mais lógico do que nos

entregarmos sem restrições a esse Poder Superior, ou a Deus, segundo a

concepção de cada uma, conforme é sugerido no Terceiro Passo.

Ao recomendarmo-nos a Deus incondicionalmente, nada mais

estaremos fazendo, portanto, do que pôr em prática esse Terceiro Passo, de

importância fundamental, em nosso programa de recuperação.

Através desse programa, começamos a mudar, a deixar de ser escravas

de temores e ansiedades para ingressarmos numa vida assinalada pelo

equilíbrio mental e emocional, e, por isso mesmo, saudável e feliz.

A observância deste Lema também tornará mais eficaz a prática do

Sétimo Passo, cuja sugestão é a de humildemente rogarmos a Deus que nos

livre de nossas imperfeições. De fato, se nos recomendarmos a Ele,

incondicionalmente, saberemos praticar esse passo com a humildade que se faz

necessária, certas de que iremos sentir a força e a sabedoria de Deus a sustentar-

51
nos e guiar-nos na tarefa de remoção das imperfeições de caráter causadoras de

nossa adicção à pessoas.

7º LEMA - SÓ POR HOJE

52
A sugestão contida nesse lema é a de que façamos propostas por
apenas um dia, na tentativa de viver o dia de hoje, concentrando-nos no que
estamos fazendo nesse momento.
O dia em que estamos vivendo, realmente, é o dia de hoje. O ontem
vivemos quando ele era hoje, e o amanhã, quando chegar, será hoje novamente.
Isso não significa que não devemos programar nosso futuro. Mas sim, que
podemos deixar para sentir o resultado das coisas do dia de amanhã quando ele
chegar.
A prática desse lema torna bem mais fácil nossa caminhada através do
processo de recuperação. Às vezes, pode nos parecer impossível tomar atitudes
que são necessárias para melhorar nossas vidas. Mas, talvez possamos nos
comprometer a praticá-las só por um dia; o dia de hoje. É importante lembrar
que, qualquer atitude positiva de mudança que se consiga por um dia ou
momento, deve ser brindada como uma dádiva. A meditação e a tentativa de
contato com um Poder Superior pode ajudar a nos orientar por esse dia. Se um
dia inteiro for demais, podemos nos comprometer só por algumas horas e
depois, renovar nossa proposta.
Quando chegamos em MADA, descobrimos que há esperança para
uma mudança em nossas vidas. Descobrimos o que há de errado conosco e
pensamos em "nunca mais" tomar algumas atitudes doentias, que um dia
chegamos a ter em nossas vidas e em nossos relacionamentos. Talvez passemos
a cobrar muito de nós mesmas, querendo mudar nosso comportamento da noite
para o dia ou mudar tudo de uma só vez. Mas à medida que caminhamos,
temos que encarar o fato de que não conseguimos mudar tudo de uma só vez
ou somente pela força de vontade. Lembre-se de que a dependência de
relacionamento é uma doença do comportamento. Praticamos durante anos
comportamentos doentios com relação a nós mesmas e aos outros.
Agora, devemos procurar aceitar as mudanças que virão devagar. Com
o tempo, através do autoconhecimento que a programação nos oferece, vamos
alcançando, lentamente, a mudança em nossos padrões de comportamento, um
dia de cada vez. A recuperação virá como Conseqüência dessa prática. Muitas

53
coisas acontecem num só dia. Tanto positivas quanto negativas. Vivencie ambas
como sendo necessárias para seu processo de crescimento. Você pode criar suas
próprias frases como prática desse lema. Ex:
- Só por hoje vou procurar viver apenas esse dia.
- Só por hoje vou evitar o contato com as pessoas que me maltratam.
- Só por hoje não preciso ter pressa.
- Só por hoje não tentarei corrigir ninguém, a não ser a mim mesma.
- Só por hoje tentarei resolver apenas o que me é possível

PRIMEIRA TRADIÇÃO

54
“Nosso bem estar comum deve estar em primeiro lugar; a recuperação
individual depende da unidade de MADA.”

Muitas de nós, MADs, vivemos a maior parte das nossas vidas no


isolamento, sendo este considerado o núcleo da nossa doença. Preferíamos
ficar sozinhas, para podermos agir sem interferência na nossa obsessão pelo
outro.
Era para nós muito difícil estarmos cercadas por outras pessoas, ou
procurá-las para pedir ajuda. Nosso desejo de viver dessa obsessão nos forçou
a mudar nossas atitudes. A recuperação começou para muitas de nós quando
ingressamos em um grupo de MADA, e descobrimos que não estávamos mais
sozinhas, que havia outras mulheres como nós, e encontramos aceitação,
identificação, sensação de pertencer a algum lugar e união com outras MADs.
Muitas de nós poderíamos não estar vivas hoje se não tivéssemos
ingressado em nossos grupos MADA.
Se queremos continuar vivas e nos recuperando, precisamos ter o
apoio contínuo dos grupos e a inspiração que recebemos de nossas
companheiras de MADA. Precisamos também das oportunidades diárias para
que possamos ser úteis a outras companheiras. Sendo assim, a Primeira
Tradição é uma questão de vida ou de morte para nós.
Entretanto, nem sempre é fácil manter a unidade. Membros de MADA
trazem histórias diferentes, e nas reuniões, encontramos mulheres diferentes
de nós em seus modos de buscar a recuperação. Nosso primeiro impulso é
achar que elas estão fazendo tudo errado. Aí é que entra a valorização do bem
estar comum da Irmandade acima de nossos pontos de vista, pois senão
MADA se partiria em diversas facções e perderia a força que vem da união.
O respeito pela unidade significa que o indivíduo mantém em mente
as regras básicas do grupo. Em MADA, somos orientadas a mantermos as
necessidades do grupo inteiro em mente, ao compartilharmos nossas
experiências, força e esperança.
Geralmente, começamos a reunião seguindo um roteiro, com avisos
tais como: "favor desligar bip, celular", "esta é uma reunião de não fumante",

55
"o silêncio faz parte do tratamento", "não se deve dar conselhos" etc.
Informamos assim a todos os presentes qual é a consciência do grupo.
Podemos querer partilhar mais do que o tempo especificado,
podemos querer aconselhar alguém na reunião, mas a Primeira Tradição nos
diz para refrear tais impulsos para o bem do grupo.
É responsabilidade de todas nós, membros dessa Irmandade, proteger
o espírito da unidade e do apoio mútuo em MADA.
MADA é um lugar onde todos os membros têm ampla oportunidade
de compartilhar; onde não tentamos confrontar-nos ou consertar umas às
outras dentro dos grupos; onde os detalhes mais íntimos de nossas vidas não
são descarregados nas reuniões, mas sim discutidos em particular com nossas
madrinhas.
Quando chega a nossa vez de coordenarmos uma reunião de MADA,
a Primeira Tradição faz com que seja responsabilidade nossa, enquanto
coordenadoras, carinhosamente lembrarmos às companheiras as regras
básicas do grupo, todas as vezes que a consciência do grupo esteja sendo
ignorada.
Isso não significa que todas as MADAs precisem concordar em todos
os assuntos relacionados ao funcionamento da Irmandade. Discordâncias com
relação às atividades do grupo surgem sempre, e temos que encontrar formas
de resolvermos essas discordâncias sem destruirmos a unidade da nossa
Irmandade.
O que a Primeira Tradição sugere é que ouçamos com respeito as
opiniões de outras pessoas. Expressamos nossas próprias opiniões
honestamente, sem depreciarmos aqueles que talvez não concordem com elas.
Ao ouvirmos e falarmos, mantemos nossas mentes e corações abertos ao nosso
Poder Superior em todos os assuntos. Depois que a discussão acabou e o
grupo tomou uma decisão, não permitimos que nenhum sentimento de
antagonismo, que ainda possamos sentir, divida o grupo. Em MADA
resolvemos nossas diferenças de opiniões pensando no bem estar do grupo
como um todo.

56
Unidade não significa uniformidade. Em MADA, aprendemos que
podemos discordar de outras companheiras em assuntos importantes e que
podemos ainda assim, ser amigas que dão apoio umas às outras. Ouvimos as
outras com a mente aberta e aprendemos a nos expressar sem insistirmos para
que todas façam as coisas do nosso jeito.
Ao praticarmos a Primeira Tradição, começamos a entender melhor a
nós mesmos e aos outros. Torna-se mais fácil encontrar formas de fazer as
coisas que atendam à necessidade geral.

Reflexões da Primeira Tradição:

1. Será que praticamos bem o Princípio da Unidade?

2. Nosso grupo está se dividindo em panelinhas e permanecendo


indiferente a alguns membros?

3. Procuramos nos manter juntos enquanto grupo? Ou tentamos criar a


discórdia?

4. Desencorajamos a fofoca?

5. Desencorajamos as companheiras de fazerem inventário uma das


outras?

6. Concentramo-nos no que temos em comum? Ou trazemos à tona nossas


diferenças, apenas para que haja debate?

7. Somos gentis, mesmo com aquelas pessoas de quem não gostamos? Ou


falamos sobre o amor do grupo de MADA e continuamos agindo com
hostilidade em relação a algumas pessoas?

8. Encorajamos todas as companheiras a darem completa atenção a quem


está compartilhando? Ou conversas paralelas, cumprimentos, etc,
desviam nossa atenção da reunião com freqüência?

9. Nosso grupo encoraja os membros a falarem rapidamente? Ou

57
permitimos que alguns dominem a discussão falando tanto que não
sobra tempo para os outros?

10. As coordenadoras ajudam as recém-chegadas a serem parte do grupo


logo de início, dando-lhes, gentilmente, informações sobre o roteiro da
reunião e as regras básicas do grupo?

11. Encorajamos as companheiras a usarem o telefone para ajudarem as


outras, e não apenas para reclamações e fofocas?

12. Depreciamos outros membros que tenham uma forma diferente de


trabalhar o programa?

13. Apoiamos atividades que coloquem em contato com outros grupos? Nos
damos ao trabalho de aprender sobre MADA como um todo?

14. Encorajamos todas as companheiras a compartilharem honestamente


com o grupo, mesmo quando estão passando por momentos difíceis? Ou
acreditamos que aquelas que estão tendo problemas não deveriam
compartilhar?

A Primeira Tradição de unidade nos lembra de uma verdade importante: não


estamos mais sozinhas. Estamos em contato com outros seres humanos.
Nossa saúde emocional e espiritual depende da saúde dos nossos
relacionamentos

SEGUNDA TRADIÇÃO

“Somente uma única autoridade preside, em última análise, nosso


propósito comum: um Deus amantíssimo que se manifesta em nossa

58
consciência coletiva. Nossas líderes são apenas servidoras de confiança, não
governam.”

Quando nos deparamos com uma dificuldade ou desafio, pedimos


orientação a Deus para que nos mostre o melhor caminho para o grupo como
um todo. O assunto deve ser discutido cuidadosamente: votamos as
alternativas propostas e acreditamos que a decisão a que chegamos juntas é a
vontade do nosso Poder Superior.
A recém-chegada poderá perguntar: "Quem é a chefe aqui?". A
resposta é dada na Segunda Tradição: um Deus amantíssimo que se expressa
na consciência do grupo. Em MADA não existem posições de poder; temos
uma estrutura de serviço. O intergrupo existe somente para executar serviços.
Ele não tem poder para impor regras a outros grupos ou a membros
individualmente.
Nos grupos de MADA, as companheiras são escolhidas para executar
serviços, tais como: abrir o grupo, fazer café, encontrar pessoas para partilhar
temas específicos, freqüentar as reuniões do intergrupo, restabelecer o estoque
de literatura.
Os grupos de MADA, em geral, gastam muito pouco tempo regular
da reunião com assuntos de serviço. Se algum membro deseja fazer alguma
mudança na maneira como o grupo está operando, isto é traduzido para
discussão em uma reunião administrativa com todos os membros que o
freqüentam regularmente. Alguns grupos fazem tais reuniões junto com a
reunião normal e outros as fazem separadamente. A consciência de grupo,
informada, decide que ação deverá ser tomada, e as companheiras
responsáveis agem implementando a decisão do grupo.
Consciência de grupo não é a mesma coisa que regra da maioria. Essa
consciência é uma expressão da unidade do grupo de que fala a Primeira
Tradição: um elo comum que cresce entre nós à medida que cada uma
abandona a vontade própria.
Para que possamos alcançar uma consciência de grupo bem
informada, afirmamos o direito de todas as companheiras do grupo de

59
participarem das discussões e o nosso dever de ouvir atentamente a todas com
a mente aberta. O propósito de nossas discussões é assegurar que a decisão a
que o grupo chegar leve em conta todas as informações pertinentes. Se
queremos chegar a uma decisão consciente, o grupo precisará considerar as
necessidades e idéias de todas. Por essa razão, grupos de MADA dão
completa atenção a todos os pontos de vista, mesmo o das minorias. Nenhuma
companheira que se considere membro do grupo é impedida de falar ou de
votar.
Como, de acordo com a Terceira Tradição, "para ser membro de
MADA o único requisito é o desejo de evitar relacionamentos destrutivos",
nos grupos de MADA não se exige abstinência de relacionamentos ou outros
requisitos para se ter direito a voto. Algumas perguntarão como podemos
confiar no voto de companheiras que podem não estar com a mente sã.
Certamente isso constitui um risco, mas deve-se levar em conta a necessidade
de manter MADA aberto a todas as mulheres que desejam o que a nossa
Irmandade tem a oferecer. Não permitir que algumas votem para tomar
decisões no grupo significa nega-lhes sua condição de membro do grupo,
condição essa essencial para a recuperação da "doença do isolamento".
Aquelas companheiras que têm longa experiência em MADA e
conhecimento das tradições têm responsabilidade de compartilhar o que
aprenderam. Portanto, para que atuemos sabiamente sob a autoridade de um
Deus amoroso, é necessário o conhecimento das Tradições de MADA e a
experiência de outros grupos.
Uma vez que todos os pontos de vista tenham sido carinhosamente
ouvidos, o voto da consciência do grupo é dado. Cada companheira baseia seu
voto no que acredita ser melhor para o grupo, e não nas personalidades que
estão defendendo um determinado ponto de vista, nem no que suas amigas
mais próximas acreditam. Pela Segunda Tradição não há perdedor em uma
votação da consciência de grupo em MADA.
As companheiras que diferem da opinião do grupo podem, a
princípio, ficar insatisfeitas, desapontadas. Mas em longo prazo vemos que a
maioria das vezes o resultado foi uma boa coisa para o grupo. Se acontecer

60
uma situação de desagrado devemos lembrar que a realidade é que todas
ganhamos quando a vontade de Deus é realizada.
Entretanto, nem todas as decisões tomadas nos grupos são sábias ou
práticas. Como seres humanos, cometemos erros, e devemos procurar
melhores soluções para o problema. Processa-se uma nova votação de
consciência do grupo a fim de corrigir a situação. Assim como acontece com
cada uma de nós, os grupos de MADA também aprendem com seus erros.
Nosso Poder Superior geralmente nos guia por intermédio dos nossos erros.
Membros antigos que já passaram tais experiências podem pensar que
suas opiniões devem prevalecer, apesar da Segunda Tradição. Entretanto,
quando elas tentam controlar ao invés de servir as outras companheiras,
geralmente as coisas dão errado.
Ao iniciarem um novo grupo de MADA, algumas companheiras
poderão ter que tomar decisões no início, mas logo a consciência do grupo
assumirá a função de liderança. O conselho das mais antigas continua a ser
valioso, mas não é bom para o grupo que uma pessoa se mantenha em um
serviço por muito tempo. Uma parte vital do nosso crescimento pessoal em
MADA é prestar serviço, mas também é vital praticar a humildade e abrir mão
do serviço após um período de tempo específico, de maneira que outra
companheira possa ter a mesma experiência. Temos uma rotatividade na
prestação de serviço em MADA, mesmo quando a pessoa que está exercendo a
função faz um bom trabalho ou deseja continuar. Devemos logo aprender que
não são “elas” e sim “nós”, pois todas as companheiras de MADA partilham a
responsabilidade pelo funcionamento do grupo.
Tudo que temos a fazer é o trabalho de base, e podemos confiar os
resultados ao nosso amoroso Poder Superior, que nos fornece todos os
recursos de que necessitamos.

Reflexões da Segunda Tradição:

1. De que forma vivemos de acordo com os Princípios da Segunda

61
Tradição em nossas reuniões de MADA?

2. Nosso grupo encoraja todas as companheiras a participarem ativamente


das discussões da consciência de grupo?

3. Ouvimos com a mente aberta os pontos de vista de todas?

4. Alguma vez pressionamos o grupo a aceitar as idéias de certas


companheiras simplesmente porque elas estão em MADA há muito
tempo?

5. Sentimos que temos que manter as aparências nas discussões do grupo?


Ou podemos caminhar juntas, de bom grado, com a consciência de
grupo, mesmo que tenhamos diferido dela no início?

6. Criticamos as companheiras que prestam serviço ou apoiamos os seus


esforços?

7. Fazemos com que as pessoas que prestam serviços sejam responsáveis


perante o grupo de forma que se possa confiar nelas e contar com elas?

8. Será que o grupo dá a devida atenção à companheira coordenadora, à


representante do intergrupo e a outras quando estão dando avisos?

9. As companheiras do nosso grupo se voluntariam para assumir cargos de


serviço (secretaria, tesouraria)? Temos dificuldades para encontrar
companheiras dispostas a prestar serviço?

10. A maioria de nós chega em MADA com muita dificuldade em lidar com
suas famílias, seus amigos, seus companheiros, seus relacionamentos de
trabalho. Fundamentalmente esses relacionamentos têm por base o
poder, o controle e a manipulação. Ao constatar que podemos utilizar
também a Segunda Tradição nas nossas vidas lá fora ficamos
encorajadas?

11. Aprendemos em MADA que, ao invés de criticar, censurar ou discutir,


podemos cooperar com as decisões que ajudamos a tomar?

12. Aprendemos a expressar nossas necessidades e desejos de uma forma


adulta?

62
13. Temos disposição para aderir a qualquer decisão que leve em conta as
necessidades de todas?

Raiva e amargura são substituídas por harmonia e paz quando damos a


mesma importância a cada pessoa e realmente ouvimos o que todos têm a
dizer. Quando isso acontece, a vontade de um Deus amantíssimo está
realmente se expressando através do nosso grupo.

TERCEIRA TRADIÇÃO

“Para ser membro de MADA, o único requisito é o desejo de evitar


relacionamentos destrutivos.”

Nenhuma mulher que tenha o desejo de evitar relacionamentos


destrutivos pode ser barrada em qualquer grupo de MADA. As companheiras
de MADA têm origens, raças e religiões muito diferentes. Podemos ter, e de
fato temos diferenças quanto a opiniões, posição política, valores, estilo de
vida, idade, orientação sexual e posição econômica. Não existem pré-

63
requisitos para ser membro de MADA. Não é um pré-requisito termos
experiências semelhantes. Todas aquelas que já experimentaram a dor de
viver um relacionamento destrutivo são bem-vindas às nossas reuniões.
Em MADA encontramos uma enorme gama de opiniões sobre o
programa em si, sobre os Doze Passos, as Doze Tradições e como aplicá-los
melhor. Ninguém é expulsa de MADA por não trabalhar os Passos, não ter
uma madrinha, não respeitar as Tradições ou não adotar os instrumentos que
a maioria emprega. Isso não quer dizer que os Passos, as Tradições e os
instrumentos não são importantes, mas isso que mostra como praticamos os
princípios da aceitação e do amor incondicional em MADA.
A recuperação é uma jornada, e o programa de Doze Tradições é a
estrada pela qual viajamos juntas em MADA. O objetivo da Terceira Tradição
é assegurar que a estrada estará sempre acessível a todas que queiram viajar
por ela.
Duas ou mais MADs que se unam com o objetivo de pôr em prática os
Doze Passos e as Doze Tradições são consideradas um grupo de MADA,
desde que como grupo não tenham outras filiações.
Deve-se notar que, mesmo que a companheira esteja passando por um
relacionamento destrutivo, ela será sempre bem-vinda às reuniões de MADA.
A porta nunca se fecha para uma companheira que tenha recaído no
programa.
Ocasionalmente, os grupos são incomodados por companheiras que
destroem a harmonia das nossas reuniões. Mesmo essas companheiras não são
barradas no grupo e não lhes é negada a chance da recuperação. A maioria
dos problemas de personalidade pode ser tratada em base pessoal por meio
do amadrinhamento.
Nossas reuniões de MADA não serão sempre perfeitas, mas nelas
poderemos encontrar a recuperação, apesar das imperfeições. Quando cada
companheira é tratada com amor, o grupo sobrevive e emerge de cada
experiência mais forte do que nunca.
Qualquer companheira que nos diga que é um membro, é um
membro. Damos as boas-vindas a todos os membros de braços abertos. Não

64
queremos excluir nenhuma de nossas companheiras sofredoras ou criar
barreiras à sua recuperação. Muitas de nós chegamos à Irmandade com a
sensação de que o resto do mundo não nos entende, de que não pertencemos a
lugar algum, e ficamos surpresas a nos deparar com outras mulheres que se
sentem da mesma forma.

Reflexões da Terceira Tradição:

1. Nosso grupo encoraja todas a tomarem parte nas discussões?

2. Fazemos com que todas as companheiras sintam-se bem-vindas, ou


existem algumas que preferíamos não ter em nosso grupo?

3. Focalizamos nossas discussões nas coisas que temos em comum por


sermos MADs?

4. Permitimos que raça, idade, educação, religião (ou falta dela), crenças,
políticas, linguagem determinem se iremos estender as mãos durante as
reuniões de MADA ou pelo telefone?

5. Será que nos deixamos impressionar por uma companheira que seja uma
celebridade? Pelo seu status profissional? Pela sua experiência com
outros programas de Doze Passos? Ou o grupo consegue tratar cada
recém-chegada da mesma forma?

6. Fazemos questão de falar com as recém-chegadas mesmo quando sua


aparência ou atitude não são convidativas? Fazemos com que elas se
sintam bem-vindas em MADA?

7. Será que o grupo continua a dar boas-vindas a todas as companheiras,


mesmo àquelas que tenham sido críticas em relação ao grupo no
passado?

Em MADA aprendemos que as pessoas podem discordar de nós em assuntos


importantes e ainda assim serem companheiras amorosas que nos apóiam.
Quando aplicamos sem reservas a Terceira Tradição, freqüentemente

65
descobrimos a amizade sincera onde menos esperávamos, em pessoas que
anteriormente teríamos excluído de nossas vidas. Tal amizade está em toda
parte a nossa volta, e tudo o que temos que fazer é abrirmos nossos corações
para recebê-la. Bem-Vindas ao Lar!

QUARTA TRADIÇÃO

“Cada grupo MADA deve ser autônomo, exceto em assuntos que afetem
outros grupos ou a Irmandade como um todo.”

"É proibido proibir". Esse lema em MADA quer dizer que não há nada
obrigatório no programa, que como indivíduos somos responsáveis por nós
mesmas e livres para trabalhar (ou não) o programa de Doze Passos da forma
como quisermos. Isto também se aplica aos Grupos MADA.
A Quarta Tradição, a tradição da autonomia, dá aos grupos MADA o
direito e a responsabilidade de operarem da forma que acharem conveniente,
livres de qualquer influência externa. Autonomia significa que grupos MADA

66
não podem ter qualquer filiação a não ser com a Irmandade. Também significa
que nenhum grupo de MADA pode determinar as ações de outro grupo.
Existe apenas um limite na Quarta Tradição: os grupos não devem
fazer nada que prejudique a outros grupos ou à MADA como um todo.
A Quarta Tradição dá aos grupos a liberdade de fazer o que funciona
melhor para eles. Cada grupo escolhe seu próprio horário e local de reunião,
assim como o roteiro e as literaturas autorizadas a serem estudadas. Cada
grupo de MADA toma suas próprias decisões e comete seus próprios erros, sem
interferência de nenhum órgão de governo além da sua própria consciência de
grupo.
Membros de MADA que visitam outros grupos podem se deparar com
outras práticas que possam lhes parecer estranhas, mas não devemos nos
esquecer da autonomia do grupo. Entretanto, grupos de MADA por todo o país
devem ser iguais em um aspecto: funcionar em uma atmosfera que promova a
recuperação, por intermédio dos Doze Passos e das Doze Tradições.
Na segunda parte da Quarta Tradição verifica-se que a autonomia se
aplica apenas a assuntos que afetem outros grupos ou MADA como um todo.
Um tipo de problema que afetaria a Irmandade como um todo seria um
grupo de MADA que não se apoiasse nos Doze Passos e nas Doze Tradições. Ao
se intitular MADA, mas não oferecerem aos seus membros os princípios de
MADA, esse grupo estaria transmitindo às companheiras uma idéia errada
sobre o programa e prejudicando a Irmandade como um todo.
Grupos que ignoram uma ou mais das Doze Tradições trazem
discórdia para a Irmandade. Não se deve permitir que discussões ocupem mais
tempo do que o compartilhar sobre recuperação. Uma infração não resulta em
explosão do grupo da Irmandade.
Quando um grupo quebra uma Tradição, isso ocorre geralmente
porque as pessoas não estão bem informadas a respeito dela, e não porque
tenham escolhido ignorá-la.
Quando isso acontece, as companheiras que conhecem as Tradições
têm a responsabilidade de se manifestarem e informarem ao grupo que ele está
funcionando fora das Tradições. Quando essas companheiras falam, uma

67
discussão saudável sobre as Doze Tradições geralmente se segue, e a maioria
dos grupos escolhe funcionar dentro dessas orientações.
As Tradições existem para prevenir problemas. Grupos que as ignoram
geralmente acabam se envolvendo em complicações de algum tipo. Surgem
problemas ou a atmosfera positiva muda. Companheiras se afastam, o
entusiasmo se esvai, e a sobrevivência do grupo é ameaçada.
Quando isso acontece, membros familiarizados com os princípios de
MADA podem apontar, de forma precisa, a fonte do problema como decorrente
da quebra de uma determinada Tradição, e a consciência informada logo se
mobiliza no sentido de fazê-lo voltar à normalidade.
Em casos externos, quando um grupo está afetando MADA como um
todo por causa da sua persistente recusa em funcionar segundo os princípios da
Irmandade, esse grupo pode ser retirado das listas de reuniões. Entretanto, essa
atitude só deve ser tomada depois de muita reflexão.
Autonomia também significa que grupos de MADA operam livres de
influências.
Mesmo quando outras organizações nos proporcionam locais de
reunião, não devemos permitir que elas influenciem o grupo MADA. Claro que
uma reunião que ocorra em uma igreja, edifício comercial, hospital, ou uma
escola deve se ajustar às regras do local no que diz respeito a não fumar,
barulho, arrumação, aluguel, e coisas desse gênero.
A autonomia de MADA é essencial se queremos viver de acordo com
nossas Tradições e manter intacto o programa de recuperação de Doze Passos
de MADA.
A Quarta Tradição oferece aos grupos de MADA a liberdade de
encontrarem seus próprios caminhos e aprenderem com suas próprias
experiências. Ao mesmo tempo, esta Tradição assegura a todos que a
Irmandade de MADA não será prejudicada pela ação equivocada de um grupo,
e que as reuniões de MADA continuarão a focalizar os princípios contidos nos
Doze Passos e nas Doze Tradições de MADA.
Viver de acordo com a Quarta Tradição em MADA significa aprender a
agir de forma autônoma mesmo quando vivemos em harmonia com os outros.

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Aqui aceitamos a responsabilidade por nós mesmas, por nossas ações e por
suas conseqüências, e pela nossa recuperação.

Reflexões da Quarta Tradição:

1. Respeitamos o direito de outros grupos de terem práticas diferentes das


nossas?
2. Mantemos nosso grupo livre de controle ou de influência alheia à MADA?
3. Paramos para pensar que as atitudes e ações de nosso grupo irão moldar
muitas das primeiras impressões das recém-chegadas sobre MADA como um
todo?
4. Levamos em consideração todas as Doze Tradições quando estamos
tomando as decisões da consciência de grupo?
5. Nosso grupo dedica algum tempo à discussão das Doze Tradições?
6. Levamos em consideração que as ações do nosso grupo podem afetar a
opinião pública sobre MADA como um todo?
7. Praticamos o princípio da autonomia, assumindo responsabilidade por
nossas próprias ações e evitando tentativas de controlar as ações dos
outros?
8. Todos nós precisamos do equilíbrio implícito no Princípio de
Autonomia para sermos indivíduos e grupos únicos que devemos ser.

Esta tradição nos desafia como indivíduos, como grupos de MADA, e


como Irmandade a atingir um equilíbrio saudável entre nossa
responsabilidade para conosco e para com os outros, ao crescermos e
trabalharmos juntos como companheiras em recuperação.

69
QUINTA TRADIÇÃO

“Cada grupo possui apenas um único propósito primordial: Transmitir a


mensagem à MADA que ainda sofre.

MADA é a única Irmandade a oferecer um programa espiritual que


tem trazido recuperação para muitas mulheres que haviam perdido a
esperança. Nós, que encontramos uma maneira saudável de nos relacionar,
temos a responsabilidade de assegurar que a MAD não se desvie de seus
objetivos. Nossos grupos se reúnem para que possamos partilhar com outras
companheiras a recuperação obtida por intermédio dos Doze Passos e das
Doze Tradições. MADA sempre oferecerá recuperação para as mulheres que
sofrem
da nossa doença, desde que nos lembremos que é o nosso propósito
primordial.

70
Não podemos manter as dádivas preciosas da nossa própria
recuperação a não ser que passemos adiante, partilhando a mensagem de
MADA. Isso nos remete ao Décimo Segundo Passo.
Quando focalizamos, em nossas discussões, os princípios
incorporados nos Doze Passos e nas Doze Tradições, quando partilhamos o
modo como encontramos a solução para nossos problemas de relacionamento,
percebemos que transmitimos a mensagem para as mulheres que ainda
sofrem, assim como para nós mesmas. Não importa quanta recuperação
tenhamos, precisando ainda assim ouvir a mensagem de MADA. Todas as
vezes que oferecemos nossa experiência, nossa força e nossa esperança à MAD
que ainda sofre, retribuímos o que nos foi dado de graça e desse modo,
perpetuamos o fluxo de energia curadora que alimenta nossa própria
recuperação. Devemos nossa própria recuperação a outras companheiras de
MADA.
Encontramos companheiras que tinham feito e sentido as mesmas
coisas que nós. Escutamos companheiras que tinham feito e sentido as
mesmas coisas que nós. Escutamos atentamente o que elas diziam, queríamos
saber como elas estavam melhorando. Falando abertamente sobre nossas
batalhas, sob a perspectiva de nossa recuperação em MADA, trazemos à
recém-chegada uma mensagem de força, fé e esperança que não se encontra
em nenhum lugar fora da Irmandade.
A Quinta Tradição nos mostra que não basta somente discutir nossos
problemas uns com os outros. É na mensagem de MADA, nos nossos Passos e
nas nossas Tradições, que encontramos soluções para nossos problemas. Viver
por estes princípios salvou nossas vidas.
Honestidade, esperança, fé, coragem, integridade, boa vontade,
humildade, autodisciplina, amor, perseverança, serviço, espiritualidade,
unidade, confiança, mente aberta, responsabilidade, aceitação, igualdade,
irmandade, os Doze Passos, as Doze Tradições, amadrinhamento, deveriam
ser o foco de cada reunião de MADA mais do que nossos problemas.
Ajudamos muito mais quando escutamos, evitamos dar conselhos e
partilhamos nossas experiências de viver pelos princípios de MADA.

71
MADA não é um clube social, embora façamos ótimas amizades em
MADA e desejamos vê-las nas reuniões. A Quinta Tradição nos lembra que os
grupos de MADA geralmente morrem se os seus membros fazem grupinhos
ou continuamente ignoram as necessidades das recém-chegadas.
A MAD que ainda sofre nem sempre é uma recém-chegada à MADA.
Pode ser uma companheira mais antiga que esteja passando por uma
dificuldade.
Ver uma companheira recair ou enfrentar problemas pode ser
assustador para nós. Inicialmente ficamos tentadas a evitar o assunto, ou
usamos o slogan "junte-se às vencedoras" como uma racionalização para não
falarmos como pessoa em recaída nas reuniões de MADA, ou para nunca
telefonarmos para nossas companheiras que pararam de ir às reuniões.
Quando reagimos assim, estamos esquecendo o propósito primordial do nosso
grupo.
A Quinta Tradição também nos diz para irmos além dos nossos
grupos, para procurarmos MADs que nunca assistiram a uma reunião. Nosso
propósito primordial inclui a responsabilidade de atingir essas pessoas de
todas as maneiras possíveis. Esta é uma das razões pela qual cada grupo de
MADA gasta uma parte de seus fundos sustentando Intergrupo, linha
telefônica - esses corpos de serviço levam a mensagem de uma forma que
geralmente não está ao alcance dos grupos, nos serviços de atendimento
telefônico, organizando eventos especiais, fornecendo oradores etc.

Reflexões da Quinta Tradição:

1. Nosso grupo se concentra suficientemente no propósito primordial de


MADA?

2. Focalizamos nossas discussões nos Doze Passos, nas Doze Tradições, e


na recuperação?

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3. Damos as boas-vindas às recém-chegadas e lhes damos atenção
individual?

4. Será que tentamos com que a Irmandade de MADA seja conhecida por
pessoas de fora que necessitam de ajuda?

5. De que maneira apoiamos nosso Intergrupo e o serviço telefônico em


seus esforços de levar a mensagem?

6. Damos as boas-vindas às companheiras que estão retornando à MADA?

7. Oferecemos nossos números de telefone e nos comprometemos com as


recém-chegadas?

8. As novatas conseguem encontrar madrinhas em nosso grupo?

9. Alguém no nosso grupo se compromete a ligar para as recém-chegadas


ou para as companheiras que têm estado ausentes da reunião?

10. Nos lembramos que as veteranas em MADA podem também ser MADAS
que ainda sofrem?

A Quinta Tradição nos ajuda a manter a simplicidade,


tanto para grupos quanto para membros de MADA individualmente.
Quando focalizamos a atenção no propósito primordial de serviço, podemos
eliminar uma grande quantidade de preocupações desnecessárias.
À medida que nos concentramos em nossos serviços em levar a
mensagem de recuperação para outras mulheres, encontramos uma
profunda satisfação no serviço, quando juntamos forças para partilhar a
recuperação em MADA.

73
SEXTA TRADIÇÃO

“Nenhum Grupo de MADA jamais deverá sancionar, financiar ou


expressar o nome de MADA a qualquer sociedade ou empreendimento
alheio à Irmandade a fim de evitar que problemas de dinheiro,
propriedade ou prestigio nos desviem do nosso propósito primordial.”

Esta Tradição adverte aos grupos para se manterem fiéis


exclusivamente ao nosso propósito primordial.
A pessoa que atende telefonemas para MADA ou que trabalha no
Intergrupo, houve todos os tipos de propostas interessantes. A razão para que
não nos envolvamos em empreendimentos alheios à Irmandade é resumida no
seguinte: MANTENHA A SIMPLICIDADE.
Devemos voltar a atenção dos grupos à única função de MADA,
que é transmitir a mensagem de recuperação dos Doze Passos às MADs que
ainda sofrem.

74
Membros pouco familiarizados com as Tradições podem divulgar
empreendimentos alheios à Irmandade nas reuniões, vender de tudo e até
tentar converter membros às suas religiões. É responsabilidade nossa alertar
essas companheiras a cumprirem as Tradições com fervor.
A literatura aprovada por MADA reflete a experiência de
muitos membros da Irmandade, cuja recuperação está fortemente
enraizada nos Doze Passos e nas Doze Tradições.
A Sexta Tradição ajuda os grupos de MADA a cumprirem nosso
propósito primordial de transmitir a mensagem de MADA. Se o tempo
das reuniões é tomado por depoimentos em favor de grupos religiosos ou
outros programas de Doze Passos, as recém-chegadas não conseguirão
distinguir qual é a mensagem da nossa Irmandade, e aí a mensagem de
recuperação de MADA logo se perde, as recém-chegadas podem ficar com a
impressão de que outros programas são mais ou mais importantes do que
o problema de amar demais. Manter esta Tradição significa abstermos de falar
sobre outros programas nas nossas reuniões.
Empreendimentos alheios a MADA podem endossar MADA,
porém MADA não endossa nenhum empreendimento de fora.
Damos as boas-vindas a todas as mulheres que cheguem às nossas
reuniões com o desejo de parar de se relacionar de forma destrutiva, não
importa em que outros tipos de tratamento elas possam estar envolvidas.
MADA não se filia a nenhum tipo de tratamento ou terapia.
Os grupos freqüentemente se reúnem em instalações que pertencem a
um empreendimento alheio à Irmandade, tais como igrejas, postos de saúde,
escolas. Isso não significa que haja filiação entre MADA e a entidade
proprietária do prédio onde o grupo se reúne. Os grupos de MADA
tradicionalmente pagam aluguel pelo uso do espaço da reunião.
MADA também não é filiada a outros grupos de Doze Passos e Doze
Tradições, embora muitas de nós sejamos também membros desses grupos.
MADA tem freqüentemente usado a sabedoria e a experiência de outros
grupos de Doze Passos ao tomar decisões para nossa Irmandade, mas não
somos parte de nenhum deles, nem eles de nós.

75
Temos o nosso propósito a cumprir: oferecer uma Irmandade de
Doze Passos e Doze Tradições para as mulheres que amam demais.
A liberdade que possuímos por não termos ligação com qualquer
empreendimento de fora é maravilhosa. Operamos com um mínimo de
preocupação em relação a dinheiro, a problemas administrativos, a sucesso
ou fracasso. Podemos nos concentrar na recuperação em relação ao
relacionamento destrutivo do que em outros problemas, que causam tantos
conflitos no mundo à nossa volta.

Reflexões da Sexta Tradição:

1. O nosso grupo desencoraja membros a fazerem propaganda de


empreendimentos de fora das reuniões de MADA assim como fazer
comércio em nossas reuniões?

2. Tomamos cuidado para nunca usarmos nossos contatos do grupo de


MADA para obtermos ganho financeiro pessoal?

3. Quando compartilhamos nas reuniões, somos cuidadosas para não


deixarmos subtendido um endosso por MADA a empreendimentos
alheios, tais como outros grupos de Doze Passos, terapias, publicações
etc?

Um outro Lema que resume a Sexta Tradição é: "Primeiro as Coisas Primeiras


Em MADA aprendemos a nos concentrar em nosso propósito primordial e a
excluir de nossos grupos tudo que possa interferir em nossa capacidade
de transmitir a mensagem de MADA.

76
SÉTIMA TRADIÇÃO

“Todo Grupo MADA deve ser auto-sustentável, recusando


contribuições de fora.”

A Irmandade MADA nos proporciona uma nova maneira de nos


relacionarmos, e o auto-sustento é a parte mais importante dessa nova
maneira de viver.
Na nossa doença ativa éramos dependentes de pessoas, de lugares e de
coisas. Não sabíamos que o apoio de que precisávamos poderíamos encontrar
em nós mesmas, com a ajuda de um Deus amoroso, e com a força interior que
conseguimos no nosso relacionamento com Ele.
Em MADA, não só nos sustentamos como defendemos o direito de
fazê-lo. Dinheiro sempre foi um problema para nós, ele nunca será suficiente
para preencher o vazio dentro de nós. Precisamos de dinheiro para o grupo
funcionar, para pagar o aluguel, comprar suprimentos e literatura. Passamos a
sacola nas nossas reuniões a fim de arrecadar para tais despesas, e o que restar
deverá ser utilizado para cumprir o propósito primordial da nossa Irmandade,

77
que é levar a mensagem. Temos que nos unir, e ao nos unirmos aprendemos
que realmente somos parte de algo maior do que nós.
A nossa política financeira é definida: recusamos quaisquer
contribuições de fora. Nossa Irmandade é totalmente auto sustentável. Não
aceitamos financiamentos, doações, empréstimos e/ou presentes. Tudo tem
seu preço, não importa a intenção. Mesmo para aqueles que querem nos
ajudar e garantem que não haverá nenhum compromisso, mesmo assim, não
devemos aceitar as suas ajudas. Se aceitarmos presentes "gratuitos" de pessoas
de fora, ou muita coisa de um só membro, nos tornaremos menos livres.
Poderemos nos tornar dependentes do dinheiro doado, e nunca aprenderemos
a assumir as responsabilidades e a pagar pela nossa própria recuperação. O
doador pode naturalmente esperar ter poder em nossas tomadas de decisão. E
aquele membro que contribui com maior quantia de dinheiro pode achar que
tem o direito de dominar o grupo. Isso significa problemas, porque nossa
autoridade é um Deus amoroso que pode se manifestar em nossa consciência
coletiva. Não podemos também permitir que um só membro contribua com
mais do que aquilo que lhe cabe. O preço pago por esse fato é a desunião e a
controvérsia.
Não devemos colocar nossa liberdade em risco. Para que a Irmandade MADA
cumpra o seu propósito primordial e se mantenha livre de influências
externas, precisamos nos manter livres da necessidade de contribuições
externas.
Cada grupo tem suas despesas, como aluguel e literatura. Os grupos, ao
se unirem formando o intergrupo, aumentam as oportunidades de transmitir a
mensagem de MADA, mas as despesas também aumentam. Não são cobradas
taxas ou mensalidades de ninguém em uma reunião de MADA. Quando a
sacola da Sétima Tradição é passada, é o momento da reunião em que o
material se une ao espiritual, e a maioria de nós fica gratificada em poder
manter nosso próprio grupo e a Irmandade em funcionamento. MADA salva
nossas vidas, é o nosso meio de nos recuperarmos em relação à doença da co-
dependência emocional. Gratidão é um dos Princípios Espirituais que rege
essa Tradição.

78
Pagamos todas as despesas do grupo com o dinheiro da Sétima
Tradição: para mantermos o funcionamento dos grupos são necessários
recursos. Mas não é bom para os grupos guardar grandes quantidades de
dinheiro. Quando o caixa dos grupos ficar maior que a reserva mínima
necessária para cobrir as despesas em curto prazo, os grupos transferem o
excedente para o intergrupo, que necessita de apoio financeiro para continuar
a transmitir a mensagem nas formas que não estão ao alcance dos grupos.
Dinheiro em excesso causa problemas para os grupos que o acumulam.
No caso de um grupo estar ultrapassando uma fase difícil, com
problemas financeiros, a Irmandade como um todo, através do intergrupo,
pode ajudar este frágil grupo durante algum tempo. Mas em longo prazo este
tipo de dependência torna-se nocivo.
Para muitas MADAS, nossa disposição em pagar por nosso progresso
pessoal é um sinal de que estamos amadurecendo e nos recuperando
emocionalmente.
A Sétima Tradição não se aplica somente ao sustento financeiro. Para
que os grupos de MADA e as MADs sejam auto-suficientes, precisam assumir
sua parte nos serviços a serem prestados. Os grupos precisam estar com sua
junta de serviços completa a fim de não sobrecarregar um só membro e não
manter o controle do grupo nas mãos do mesmo. Os grupos devem mandar
seus representantes para as reuniões do intergrupo para ajudar nas tomadas
de decisão e trazer as novidades de volta para os grupos. A junta de serviço
do intergrupo é formada por uma coordenadora geral, secretaria e tesoureira.
Em última análise, os grupos MADA são auto-suficientes quando
contribuem com sua parte para o trabalho de transmitir a mensagem de
MADA na sua área. As MADs são totalmente auto-suficientes quando fazem o
que podem, dando de graça o que receberam de graça ao chegarem em
MADA.
Assim como deve haver um limite para a contribuição financeira,
também deve haver um limite saudável para a prestação de serviço. As juntas
de serviço devem ser trocadas periodicamente.

79
O princípio da auto-suficiência completa é importantíssimo para os
grupos de MADA e seus membros em recuperação. Nos grupos de MADA,
aprendemos a depender de Deus, e não das pessoas para nos dar segurança.
Sob a orientação do nosso Poder Superior aprendemos a fazer o que é
necessário para que nós e nossos grupos estejamos bem materialmente e
emocionalmente.
Passamos a olhar para o nosso Poder Superior, e não para outras
pessoas como sendo a fonte de nossa felicidade e segurança.
Paradoxalmente, ser auto-suficiente significa ser livre, mas sob a visão
da Sétima Tradição podemos começar a compartilhar nossa vulnerabilidade
com outras MADs e ver claramente quais são os nossos limites, não esperando
que o outro assuma nossas responsabilidades. À medida que o nosso Poder
Superior nos ajuda a sermos auto-suficientes, começamos a abrir mão de
nossas dependências doentias e podemos desenvolver relacionamentos
saudáveis com as pessoas com as quais compartilhamos nossas vidas.
Enquanto aceitarmos esta Tradição em toda a sua extensão,
mereceremos o respeito do público em geral e o nosso respeito próprio. Em
espírito de Irmandade.

Reflexões da Sétima Tradição:

1. Será que contribuímos com tudo o que podemos para o sustento


financeiro de MADA, ou simplesmente continuamos colocando apenas
uns "trocados" na sacola?

2. Tentamos contribuir com um pouco na sacola do grupo, mesmo quando


tememos insegurança financeira?

3. Nosso grupo considera o trabalho da tesoureira importante e procura


assegurar-se de que ele esteja sendo feito de maneira responsável?

4. Nosso grupo paga suas próprias despesas com o dinheiro da sacola?

5. Revezamo-nos regularmente nos cargos ou mantemos as mesmas pessoas

80
fazendo os mesmos serviços?

OITAVA TRADIÇÃO

MADA deverá manter-se sempre não-profissional, embora nossos centros


de serviço possam contratar funcionários especializados.

A base de MADA é a troca, sem limitações, entre os membros, de


experiência, de força e de esperança. Como MAD podemos doar muitas horas
de serviço para o grupo, amadrinhando, partilhando nas reuniões, fazendo o
trabalho necessário em comitês ou em outros tipos de serviço. Nenhuma de
nós recebe pagamento em dinheiro por esse trabalho. Nossa recompensa é
algo que o dinheiro não pode comprar: nossa recuperação pessoal.
A Tradição do não profissionalismo ajuda o Grupo MADA a se manter
afastado da motivação do lucro e a se concentrar em oferecer a recuperação
através dos Doze Passos a todas aquelas que a procuram.
As recém-chegadas ficam impressionadas com a honestidade que
escutam, com a profundidade das partilhas e com o espírito de compaixão que
encontram nas reuniões. Como não existem membros profissionais em
MADA, todas nós temos oportunidade igual de compartilhar e de prestar
serviços. Não precisamos de nenhum pré-requisito para isso. Tudo o que
precisamos é de boa-vontade e de um compromisso com os Doze Passos
e com as Doze Tradições de MADA.

81
A Oitava Tradição diz que "nossos centros de serviço podem contratar
funcionários especializados". Quando no intergrupo ou no escritório de
serviço, para tratar dos negócios de MADA, existirem serviços que
demandarem habilidades especiais, faz-se cumprir esta Tradição. Estes
funcionários especializados podem ser membros ou não da Irmandade. Tais
pessoas, entretanto, estão sendo pagas por seus trabalhos como profissionais,
não como MADs profissionais.
As reuniões de MADA são freqüentemente muito terapêuticas, mas elas
não são a mesma coisa que grupos de terapia. Uma diferença significativa
entre os grupos de MADA e os grupos de terapia pode ser vista na Oitava
Tradição: MADA não possui terapeutas profissionais com a responsabilidade
de orientar membros do grupo e trabalhar com eles. Embora a maioria de nós
se sinta livre para partilhar problemas nas reuniões de MADA, fornecer
psicoterapia não é o objetivo de MADA. Durante o processo de recuperação,
alguns membros podem precisar de ajuda de um profissional nesta área como
complemento ao grupo.
O grande bem que MADA proporciona às MADs é feito não
profissionalmente pelas companheiras, que dão de volta o que lhes foi dado
tão generosamente. Este espírito de doação e de partilha desinteressado é uma
das grandes forças que temos a oferecer como Irmandade, porque é
acompanhado de um poder de cura especial. Não nos esqueçamos que o
programa de MADA é espiritual.
Em MADA aprendemos a dar às outras nosso carinhoso apoio sem lhes
dar conselhos ou tentar modificá-las, e não esperamos que trabalhem nossa
recuperação por nós. O serviço em MADA é a sua própria recompensa.
Ao acatarmos a Oitava Tradição, descobrimos um espírito de serviço
carinhoso, que se torna um fator poderoso em nosso processo de cura. Somos
todas não profissionais ao nos apoiarmos mutuamente em nosso processo de
recuperação.
Vivendo de acordo com o espírito dessa Tradição, podemos olhar a
nossa companheira ao lado e dizer de coração: "Coloco minhas mãos nas suas,
porque eu me importo com você". Em espírito de Irmandade.

82
Reflexões da Oitava Tradição:

1. Será que algumas vezes tentamos "consertar" as companheiras nas


reuniões de MADA dando a elas nossos conselhos, ou nos contentamos
em compartilhar nossa experiência, fé e esperança?

2. Será que tentamos falar como especialistas nas reuniões, sobre


recuperação?

3. Quando estamos tendo dificuldades com o programa, será que tentamos


esconder isso daqueles que amadrinhamos ou dos nossos grupos de
MADA?

4. Colocamos outros membros de MADA na posição de gurus ou


especialistas por causa de sua experiência ou carisma pessoal?

83
NONA TRADIÇÃO

“MADA jamais deverá organizar-se, mas poderá criar juntas ou


comitês de serviços diretamente responsáveis perante àqueles a quem
serve.”

O que esta Tradição nos encoraja a fazer é permanecer o mais livre


possível da burocracia que tende a se formar em torno das organizações,
adquirindo vida própria e obscurecendo o verdadeiro propósito do grupo.
Tudo o que fazemos em MADA é voltado para o nosso propósito
primordial de transmitir a mensagem de recuperação baseada em Princípios
Espirituais. Tomar conta dos serviços do grupo é muito importante. Contudo,
devemos usar o menor tempo possível da reunião elegendo coordenadoras,
votando, organizando eventos ou fazendo relatórios. Em vez disso, devemos
nos concentrar em compartilhar nossa fé, força, experiência e esperança umas
com as outras, e em estudar os Passos e as Tradições.
Para cumprir esta Tradição os grupos criam corpos de serviço como os
intergrupos, encarregados de se reunirem e de conduzirem os serviços,
coordenarem atividades locais de informação pública, publicarem boletins e
planejarem eventos especiais. Os intergrupos têm servidoras eleitas e
estatutos. Os grupos de MADA que se juntarem para formar o intergrupo
deverão enviar um representante para as reuniões do intergrupo a fim de

84
ajudar no serviço, trocar informações sobre os problemas do grupo e para
relatar ao grupo o que o intergrupo está fazendo.
Embora nossos órgãos de serviço precisem ser organizados, MADA é
encorajada pela Nona Tradição a manter ênfase na Irmandade e não na
organização. Esta Tradição nos ajuda a garantir que Deus, na forma que cada
uma o concebe, será sempre nossa última autoridade em MADA. Sem uma
estrutura organizada de poder na qual operar, nenhuma pessoa
individualmente, ou grupo de pessoas, pode governar outras. Não se pode
estabelecer regras, nenhuma punição, nem emitir ordens. Os membros de
MADA vêm e vão à sua vontade, contribuindo muito ou pouco conforme
achem adequado, e não existe nenhuma estrutura de poder para exigir que
seja de outra forma. Nossa experiência tem demonstrado que nenhuma
estrutura de poder pode evitar o caos em MADA, a não ser que vivamos pelos
Princípios Espirituais incorporados aos Passos e às Tradições. Nossa
sobrevivência e a do grupo dependem da adesão a estes Princípios, e não da
obediência a qualquer estrutura de poder.
Esta Tradição de não organização pode ser muito curiosa para aquelas
que anseiam por reuniões "perfeitas". Algumas de nós sentem-se inseguras
quando descobrem que não existem regras, somente sugestões e Tradições, e
que não há líder para impor estas Tradições. Reuniões que estão longe de
serem perfeitas, aos nossos olhos, oferecem-nos o milagre da recuperação.
Nossos grupos podem cometer erros, mas sobrevivem, descobrindo que
podem aprender a partir desses erros e se tornarem mais fortes.
Depois de um tempo na Irmandade, observando esta Tradição,
começamos a confiar que existe um Poder Superior guiando a Irmandade de
MADA, por intermédio da nossa consciência de grupo. Quando as Tradições
são quebradas, os indivíduos têm a responsabilidade de se pronunciarem de
maneira amorosa e clara, pois isso ajuda outros membros de MADA a
aprenderem sobre esses Princípios Espirituais. Ao falarmos claramente a favor
das Tradições, da melhor maneira possível, deixamos os resultados para nosso
Poder Superior. Se a estrutura das reuniões não fosse dirigida para os

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Princípios do programa de Doze Passos, o grande poder de recuperação que
encontramos nos grupos não existiria.
Viver pela Nona Tradição de MADA significa que não dependemos de
nenhuma autoridade ou estrutura de poder para impor as Tradições: todas
nos responsabilizamos por falar quando elas estão sendo ignoradas.
Entretanto, os grupos de MADA devem estabelecer normas de conduta em
suas reuniões, como o roteiro de reunião, fumar ou não, conversas paralelas
etc. Os grupos fazem reuniões de consciência de grupo para estabelecer estas
normas de conduta. Assim como, em relação às Tradições, quando os
indivíduos ignorarem a consciência de grupo, cada membro tem o direto e a
responsabilidade de falar.
Uma vez que tenhamos nos expressado, a Nona Tradição nos diz para
relaxarmos e deixarmos que nosso Poder Superior se encarregue da reunião.
Em espírito de Irmandade.

Reflexões da Nona Tradição:

1. Nosso grupo apóia nossos líderes e comitês de serviço?

2. Somos críticos em relação àqueles que estão prestando serviço ou


suspeitamos de suas motivações?

3. Somos suficientemente maduras para assumir responsabilidade pessoal


pelo bem-estar de MADA e pela nossa própria recuperação?

4. Tentamos compreender e apoiar a estrutura de serviço de MADA? Será


que fazemos nossa parte para ajudar os comitês de serviço de MADA a
transmitirem a mensagem?

5. Será que usamos de paciência e de humildade ao desempenharmos


nosso serviço em MADA?

6. Estamos conscientes de todos aqueles diante dos quais somos


responsáveis em cada posição de serviço em MADA?

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7. Nosso grupo prioriza o estudo das Tradições e de como elas se aplicam
a nós?

8. Podemos fazer o trabalho de base em MADA em nosso serviço e confiar


os resultados a nosso Poder Superior, mesmo quando as coisas não
correm do jeito que pensamos que elas deveriam correr?

9. Praticamos o rodízio de líderes em nosso grupo?


DÉCIMA TRADIÇÃO

“MADA não tem opiniões sobre questões alheias à Irmandade.


Portanto, o nome de MADA não deve aparecer em controvérsias públicas.”

Nossos membros são provenientes de várias regiões e temos as mais


diversas opiniões sobre cada assunto. Se MADA tivesse que tomar partido,
afastaríamos alguns dos nossos membros, assim como muitas das nossas
companheiras necessitadas não chegariam à Irmandade.
Não podemos permitir que controvérsias sobre assuntos de fora
afastem as pessoas que precisam da recuperação que MADA tem a oferecer.
Se ocorrer a quebra desta Tradição, estaremos dando um passo atrás em
relação ao nosso propósito primordial, que é transmitir a mensagem de
MADA à MAD que ainda sofre.
Como indivíduos somos livres para acreditar em qualquer causa que
escolhamos e trabalhar em prol dela. A Décima Tradição apenas nos pede que
deixemos esses assuntos de fora quando atravessarmos a porta de um grupo
MADA. O programa de MADA é essencial para cada uma de nós: nossa
sobrevivência depende dele. Portanto, devemos ser cautelosas e resguardar
nossa Irmandade de qualquer conexão com assunto de fora. Quebras de
Décima Tradição, em princípio podem parecer inocentes, mas podem ter
conseqüências de longo alcance.
Não ter opinião sobre assuntos de fora também significa que não nos
opomos de forma alguma a tais causas. Não precisamos diminuir ou
ridicularizar os outros para levar a mensagem de recuperação que MADA tem

87
a oferecer. Isto interferiria na atmosfera positiva das reuniões de MADA.
Portanto, percebemos a sabedoria de nos mantermos em silêncio sobre
assuntos externos em reuniões de MADA.
O que são assuntos externos? Muitas MADAS são também membros de
outras Irmandades. MADA, como um todo, não tem opinião sobre qualquer
grupo ou tratamento para qualquer desordem compulsiva, e achamos melhor
não termos nossa atenção desviada para isso durante as nossas reuniões,
mantendo o foco de nossas discussões na recuperação em relação à
dependência emocional.
Para manter a Décima Tradição, a maioria dos grupos vende em suas
reuniões apenas literatura aprovada por MADA. A experiência de MADA
pode ser encontrada em nossa própria literatura.
Nós, MADAS, podemos aprender muito com a Décima Tradição a nos
concentrarmos em nossa mensagem e evitarmos a controvérsia. Isso está
resumido no lema: "Viver e deixar viver".
A Décima Tradição nos liberta para nos concentrarmos na recuperação
em relação à forma de nos relacionarmos, sem os conflitos que existem ao
nosso redor. Nenhum grupo ou pessoa pode viver completamente livre do
conflito, mas em MADA podemos viver e prosperar com um mínimo de
conflito.

Reflexões da Décima Tradição:

1. Será que em algum momento damos a impressão de que há uma opinião


de MADA sobre outros grupos de Doze Passos?

2. Podemos compartilhar nossa própria experiência em relação a outras


coisas sem mencionarmos nomes ou darmos a impressão de que estamos
expressando a opinião de MADA?

3. No roteiro da reunião e nas práticas do grupo cuidamos para não


parecer que MADA tem alguma opinião sobre qualquer desses
assuntos?

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4. Ao compartilharmos em nossas reuniões, tentamos ajudar as recém-
chegadas a entenderem melhor o programa de Doze Passos de MADA?

5. Será que achamos MADA mais interessante quando há uma centelha de


controvérsias no grupo?

6. Será que temos medo de nos pronunciarmos em voz alta em defesa da


Décima Tradição quando vemos outras companheiras ligando MADA a
assuntos externos?

7. Nos concentramos em nossos laços comuns e não nas nossas diferenças?

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DÉCIMA PRIMEIRA TRADIÇÃO

“Nossa política de relações públicas baseia-se na atração em vez de


promoção. Cabe-nos sempre preservar o anonimato pessoal na imprensa,
rádio, filmes, televisão ou em outros meios públicos de comunicação.”

A Décima Primeira Tradição nos dá algumas orientações para


transmitirmos
a mensagem de MADA: orientações a respeito das quais todos os membros
necessitam estar conscientes à medida que começam a partilhar nosso
programa com aqueles que estão fora de MADA.
A primeira sugestão é que divulguemos MADA ao público em geral
sem provê-lo. Assim, usamos os meios públicos de comunicação (rádio,
televisão, jornais, painéis informativos, anúncios nas listas telefônicas, folhetos
em quadros de avisos etc) a fim de fornecermos informações sobre o nosso
programa. Queremos que as pessoas saibam o que é MADA e como nos
encontrar.
Nossa divulgação, contudo, nós não promovemos com apelos pessoais,
endosso de pessoas famosas ou outros meios de persuasão. O uso dos meios
de comunicação, desta maneira não-profissional, permite que MADA atraia
para si aquelas que estão prontas para se beneficiarem do que temos a
oferecer. Transmitimos melhor a mensagem quando compartilhamos
francamente sobre o que é MADA e o que tem sido nossa própria experiência,
sem tentar dizer às outras que elas necessitam do nosso tipo de recuperação.
Respeitando a Décima Primeira Tradição, respeitamos o direito das mulheres
escolherem o MADA para si mesmas. Esta é a política de relações públicas da
Irmandade: fazemos tudo o que podemos para dizer às pessoas o que é
MADA, como funciona, onde nos reunimos.

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A Décima Primeira Tradição afirma que todos os membros devem
manter seu anonimato pessoal quando falarem de sua participação em
MADA, em qualquer meio público de comunicação. Para respeitar esta
Tradição, aquelas de nós que escreverem livros ou que forem entrevistadas em
alguma reportagem têm duas opções: podem evitar serem chamadas de
membros de MADA (mesmo que digam serem mulheres que amam demais).
E então ficam livres para usar seus nomes completos ou mostrar seus rostos.
Aqui a ênfase é na mulher como indivíduo, sem estarem ligadas publicamente
ao programa de MADA. A outra opção é ir em frente e se identificarem como
membros de MADA. Quando fizerem isso deve, assegurar que seus rostos não
estão sendo mostrados e que seus sobrenomes não estão sendo usados.
Quando temos o cuidado de respeitar a Décima Primeira Tradição dessa
maneira, a ênfase permanece em MADA, e não em nós mesmas. Cabe a nós
esclarecermos aos entrevistadores e fotógrafos a Décima Primeira Tradição e
pedir a eles que nos ajudem a proteger nosso anonimato.
Não é por acaso que a palavra Anonimato é parte do nosso nome. O
anonimato pessoal em nível público mostra ao público que levamos nossas
Tradições a sério, e que outras mulheres podem se juntar a nós e ficar seguras
de que sua filiação será mantida em sigilo.
A humildade é uma das qualidades que precisamos desenvolver para
nos recuperarmos dessa doença. Manter nosso anonimato nos meios públicos
de comunicação é uma maneira de pôr em prática a humildade. É uma
maneira de abandonarmos nossa ambição pessoal para nos mantermos
saudáveis espiritualmente. Aquelas que ignorarem nossa Décima Primeira
Tradição causarão prejuízo ao espírito da Irmandade de MADA. Ao mesmo
tempo, quebras de anonimato representam erroneamente a Irmandade de
MADA perante o público, pois colocam as personalidades antes dos
Princípios.

Reflexões da Décima Primeira Tradição:

1. De que maneira nosso grupo divulga o local e o horário de suas

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reuniões para as mulheres que queiram freqüentá-lo?

2. De que maneira nosso grupo informa ao público ou apóia nosso


Intergrupo em seus esforços de informação pública sobre o programa de
MADA?

3. Será que nossa recuperação em MADA é atraente o bastante para atrair


outras companheiras para MADA?

4. Estamos dispostas a falar a favor da Décima Primeira Tradição sempre


que a vemos sendo ignorada?

"ATRAÇÃO AO INVÉS DE PROMOÇÃO" é bom para nós e essencial para a


Irmandade de MADA. Nossa recuperação individual e a unidade do grupo e
sua eficácia dependem deste tipo pouco comum de relações públicas.
A Décima Primeira Tradição se baseia na fé em nosso programa e neste Poder
maior do que nós, que guia MADs às nossas portas. Tudo que precisamos
fazer é deixar que os fatos sobre MADA e seus princípios sejam conhecidos.
Quando mantemos nossa Tradição de anonimato, garantimos que MADA
permanecerá uma Irmandade espiritual, apoiando a todas nós em nossa
recuperação.

92
DÉCIMA-SEGUNDA TRADIÇÃO

“O anonimato é o alicerce espiritual de nossas Tradições, lembrando-


nos sempre de colocar os Princípios antes das personalidades.”

Viver segundo os Princípios de MADA requer que mudemos de


atitudes, colocandoo bem-estar do grupo de MADA acima de nossos próprios
desejos, desistindo de nossa intenção de controlar companheiras. Todas as
mulheres que desejem deixar de ter relacionamentos destrutivos são acolhidas
em nossas reuniões, não importa o que pensemos ou sintamos a respeito delas.
Abandonamos nossa dependência de pessoas, cessamos nossas atitudes
de controle e de manipulação. Pegamos nosso próprio caminho e deixamos de
esperar que outros mantenham MADA em andamento sem nossa ajuda.
Atrás de todas essas atitudes de auto-sacrifício está um único alicerce
espiritual, tão importante para nossa Irmandade que ele faz parte do nosso
nome: o anonimato. Sem um alicerce, nenhuma casa pode permanecer em pé.
É essencial que todas nós compreendamos e respeitemos o anonimato para
que MADA sobreviva e nós encontremos recuperação aqui.
Nossa experiência com o anonimato começa quando adentramos um
grupo como recém-chegadas. Muitas de nós não queremos que ninguém saiba
que estamos nos juntando ao MADA ou como realmente nos sentimos em
relação a nós mesmas. Em MADA encontramos um porto seguro, um lugar
onde podemos compartilhar nossos sentimentos e experiências com outras
mulheres que também sofrem da doença do amar demais.
Quando respeitamos o anonimato das outras, podemos confiar que
ninguém de fora destes grupos saberá que estamos freqüentando MADA, a
não ser que nós mesmas digamos. Porque este é um Programa de Princípios e
não de personalidades, esperamos que o que compartilhamos aqui não seja
passado adiante ou julgado, seja dentro ou fora de MADA.

93
A qualidade de nossa recuperação, em última análise, depende de
nossa compreensão do anonimato como um princípio espiritual e de como ele
nos permite mudar.
Muitas de nós chegamos ao MADA carregando uma bagagem excessiva
de vergonha e de orgulho: envergonhadas por não sermos capazes de
controlar nossos relacionamentos e orgulhosas para admitirmos a necessidade
de ajuda. Para nos recuperarmos temos que abandonar nossa vergonha e
nosso orgulho a fim de procurarmos ajuda ativamente junto a outras pessoas.
À medida que praticamos o anonimato, começamos este processo
de entrega.
Ser anônima significa ser uma no meio de muitas e aceitar-se como nem
melhor e nem pior do que as outras companheiras. Esta aceitação coloca-nos
em estado de humildade. Ela nos torna abertas para aprender. Passamos a
ouvir atentamente pessoas cujos sobrenomes desconhecemos. Elas podem ter
origens completamente diferentes das nossas. Escutamos porque nos
identificamos com elas. Aprendemos simplesmente que elas podem dizer
alguma coisa que seja uma chave para nossa recuperação.
O anonimato não é a mesma coisa que sigilo. Ao mesmo tempo em que
evitamos ao máximo a maledicência, precisamos lembrar que "não é uma
quebra de anonimato recrutar ajuda de Décimo Segundo Passo para membros
em dificuldade, desde que nos abstenhamos de discutir quaisquer
informações pessoais específicas". Por exemplo: "Você tem falado com a Maria
recentemente? Seria bom telefonar para ela".
Precisamos nos lembrar também que nem todos os membros
abandonam imediatamente a fofoca quando entram para MADA, e poderá
haver recém-chegadas não familiarizadas com as nossas Tradições. Pode ser
melhor compartilhar de maneira genérica durante as reuniões de MADA e
guardar os detalhes mais íntimos para as nossas madrinhas ou para outras
companheiras nas quais aprendemos a confiar dentro de MADA.
Aquelas que conheceram o caminho dos Doze Passos antes de nós
sabem da confiança sagrada que nelas é depositada ao ouvirem inventários de
Quarto Passo, bem como a importância do anonimato.

94
Muitas de nós achamos que a aceitação incondicional e a confiança que
surge da prática do anonimato nos abre umas para as outras de forma que
nunca havíamos experimentado antes.
Nunca sabemos quem nosso Poder Superior escolherá para nos dizer
algo, portanto ouvimos todas as companheiras da mesma forma. Em MADA
aprendemos que nossa recuperação nos chega por meio de Princípios do
Programa, e não por intermédio das personalidades. Um lema muito
importante é ouvir a mensagem e não o mensageiro.
Descobrimos, através da experiência, que os Princípios de MADA são à
prova de falhas. Eles são a rocha sólida sobre a qual podemos construir vidas
significativas.
É mais fácil para cada um de nós ser simplesmente uma parte do grupo,
e isso é essencial para a recuperação da doença do isolamento. Significa apoiar
e ser apoiada por nossas companheiras de MADA, partilhando abertamente as
alegrias e os desafios de nossas vidas.
Assim, é para promover a nossa própria recuperação que cultivamos a
atitude de humildade implícita na Décima Segunda Tradição. Constitui
satisfação suficiente em recuperação plenamente atuante e contribuindo como
seres humanos. E sabemos que não podemos nos dar todo crédito nem mesmo
por isso. Dividamos o crédito com nosso Poder Superior e com nossas
companheiras de MADA que nos apoiaram e nos ensinaram tanto.
Nós também aceitamos a responsabilidade por nossas ações, olhando
para nossas próprias falhas, e não fazendo o inventário de ninguém, apenas o
nosso.

Reflexões da Décima-Segunda Tradição:

1. Nosso grupo sempre informa a recém-chegada sobre o significado e a


importância do anonimato em MADA?

2. Será que tomamos cuidado para não mencionarmos os nomes de


membros de MADA, mesmo dentro da Irmandade?

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3. Será que alguma vez confundimos os princípios de MADA com nossas
opiniões pessoais?

O anonimato é um dos nossos bens mais preciosos, fundamento espiritual de


nossas vidas transformadas, assim como das Tradições de MADA.
Sabemos que o apoio para nossa recuperação estará sempre aqui para nós,
desde que nos lembremos de colocar os princípios antes das personalidades,
respeitando estas Doze Tradições vitais que nos unem umas às outras na
Irmandade de MADA.

OS DOZE CONCEITOS DE MADA

Levar a mensagem, como é sugerido no 12º Passo, é serviço; o terceiro


legado de MADA. Serviço, um propósito de vital importância de MADA, é
ação.

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Os membros se esforçam para prestar serviço e respeitar os princípios de
MADA.
Qualquer coisa feita para ajudar uma pessoa com problemas afetivos é
serviço; um telefonema para um membro angustiado; apadrinhar uma recém-
chegada, contar a história pessoal numa reunião, iniciar grupos, fazer trabalho
de informação ao público, distribuir literatura, contribuir financeiramente para
os grupos e os órgãos de serviço.
01. A responsabilidade e autoridade finais pelos serviços cabem aos Grupos
MADA.
02. Os Grupos MADA delegam completa autoridade administrativa e
operacional ao ESCRITÓRIO CENTRAL.
03. O direito de decisão propicia a liderança efetiva.
04. A participação é a chave da harmonia.
05. Os direitos de Apelação e Petição protegem as minorias e garantem que elas
sejam ouvidas.
06. Os Grupos MADA reconhecem a responsabilidade administrativa aos
membros do ESCRITÓRIO CENTRAL.
07. A boa liderança pessoal em todos os níveis de serviço é uma necessidade.
08. A responsabilidade de serviço é balanceada por autoridade de serviço
cuidadosamente definida, evitando dupla administração.
09. O ESCRITÓRIO CENTRAL de serviço dos Grupos MADA é composto de
comitês permanentes, executivos e membros do quadro de funcionários.
10. A base espiritual dos serviços do ESCRITÓRIO CENTRAL dos Grupos
MADA será garantida na aprovação dos Doze Conceitos através de
votação dos membros.
11. As pessoas que prestam serviço no ESCRITÓRIO CENTRAL dos Grupos
MADA deveram ser membros, excluindo pessoas da parte administrativa.
12. O ESCRITÓRIO CENTRAL dos Grupos MADA delega plena autoridade de
administração rotineira aos grupos.

OS DOZE CONCEITOS

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Os conceitos definem relacionamentos de trabalho que podem ser, ao
mesmo tempo, amistosos e eficientes. Eles impedem, principalmente, a
tendência de se concentrar no dinheiro e no poder, o que é uma motivação
fundamental, apesar de que nem sempre estamos conscientes disso.

PRIMEIRO CONCEITO
‘A responsabilidade e autoridade finais pelos serviços do Escritório cabem
aos Grupos MADA.’

A 2ª Tradição declara: Para nosso propósito de Grupo há somente uma


autoridade - um Deus amoroso que pode se manifestar em nossa consciência de
grupo. Nossas lideres são apenas servidoras de confiança – elas não governam.
Isso significa, que os Grupos constituem a autoridade final que nossos lideres
são incumbidos apenas das responsabilidades delegadas.
Os Grupos MADA detém autoridade e responsabilidade finais por
nossos serviços em nosso Escritório Central

SEGUNDO CONCEITO
‘Os Grupos MADA delegam completa autoridade administrativa e
operacional ao ESCRITÓRIO CENTRAL.’

Os grupos devem delegar autoridade operacional a representantes de


serviço eleitos, que sejam autorizados a falar e agir por eles. O principio de
autoridade e responsabilidade delegadas a nossos servidores de confiança
devem estar implícitos do topo à base da nossa estrutura de serviço ativa.

TERCEIRO CONCEITO
‘O direito de decisão propicia a liderança efetiva.’

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O Escritório Central de Serviço poderá decidir por sua própria
responsabilidade algumas questões e outras remeterá aos Grupos MADA.
Esse direito de decisão nunca deve ser uma desculpa para deixar de
apresentar relatórios apropriados sobre todas as medidas importantes que
forem tomadas ou de usá-lo como uma razão para exceder uma autoridade bem
definida, ou como uma desculpa para deixar de consultar as pessoas que devem
ser consultadas antes de tomar uma decisão ou medida importante.
Todo programa MADA se baseia justamente sobre o principio de
confiança mutua. Confiamos em Deus, confiamos em MADA e confiamos uns
nos outros.
Portanto, não podemos deixar de confiar em nossos lideres de serviço. O direito
de decisão que lhes oferecemos é o meio prático pelo qual eles podem agir e
liderar com eficiência e também o símbolo de nossa confiança.

QUARTO CONCEITO
‘A participação é a chave da harmonia.’

O principio de participação foi estabelecido em toda a nossa estrutura de


serviço. Se um grupo fosse investido de toda autoridade e outro, praticamente,
de toda a responsabilidade, prejudicaríamos seriamente a eficiência do
funcionamento e da verdadeira harmonia.
A participação também responde as nossas necessidades espirituais.
Todos nos desejamos pertencer.

QUINTO CONCEITO

‘Os direitos de Apelação e Petição protegem as minorias e


garantem que elas sejam ouvidas.’

Os Direitos de Apelação e Petição visam proteger o sentimento e a


opinião das minorias e fazer o melhor uso possível delas.

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Conforme o principio do Direito de Apelação todas as minorias sejam
elas do quadro de serviço de funcionários devem ser incentivadas a
apresentarem seus relatório sempre que sintam que a maioria está cometendo
um erro considerável.
Além disso, quando uma minoria considera um problema tão grave que
uma decisão equivocada possa afetar seriamente os Grupos como um todo, ela
tem o verdadeiro dever de apresentar um relatório os Grupos MADA.
Esse tradicional Direito de Apelação reconhece que as minorias podem
estar certas; que mesmo que elas estejam parcial ou totalmente erradas, ainda
assim estão prestando um valioso serviço quando fazem valer o seu Direito de
Apelação, provocam profundos debates sobre questões importantes. Portanto, a
minoria bem-ouvida é a nossa principal proteção contra uma maioria
desinformadas, mal informada, precipitada ou irritada.
O tradicional Direito de Petição permite a qualquer pessoa de nossa
estrutura de serviço, remunerada ou não, solicitar a reparação de uma ofensa
pessoal, apresentando sua queixa, se desejar aos Grupos MADA. Essa pessoa
deve poder fazer isso sem preconceitos ou medo de represálias.

SEXTO CONCEITO

‘Os Grupos MADA reconhece a responsabilidade administrativa


primordial ao Escritório Central.’

Os Grupos MADA devem delegar plenos poderes de administração ao


Escritório Central, este por sua vez deve estar relatando todas as principais
decisões nas reuniões de serviço mensal. Com esse conceito os membros do
Escritório Central poderão ter a liberdade de atuação.
Os Grupos devem considerar cuidadosamente o tipo e o grau de
autoridade, responsabilidade, liderança e condição legal que o Escritório

100
Central deverá possuir. O bom relacionamento entre o Escritório Central e os
Grupos devem ter caráter de confiança mútua.

SÉTIMO CONCEITO

‘A boa liderança pessoal em todos os níveis de serviço é uma necessidade.’

Será sempre sugerido aos na hora da escolha dos membros que irão assumir o
serviço tanto nos Grupos como no Escritório Central a liderança esteja presente
em suas características pessoais.

OITAVO CONCEITO

‘A responsabilidade de serviço é balanceada por autoridade de serviço


cuidadosamente definida evitando dupla administração.’

Esse conceito sugere aos membros que não assumem vários cargos
dentro dos Grupos e também no Escritório Central, fazendo também valer o
Conceito Quatro.

NONO CONCEITO

‘O Escritório Central de serviço dos Grupos MADA será composto de comitês


permanentes, executivos e membros do quadro de funcionários.’

Esse conceito garante que o Escritório Central será formado por comitês
permanentes, executivos e membros do quadro de funcionários.
O sucesso em longo prazo de nosso Escritório Central vai depender não
somente da capacidade dos membros de serviço dos Grupos, como também os
membros dos comitês e do quadro de funcionários. Suas qualidades e

101
dedicação ou falta dessas características vão contribuir ou romper nossa
estrutura de serviço. Nossa dependência deles será sempre grande.
Quais são esses comitês:
 Comitês de Normas Diretrizes: esse é talvez, o mais importante de todos
os comitês do Escritório Central pode Ter jurisdição em sobre
praticamente todos os problemas ou projetos que envolvem normas
diretrizes, relações públicas ou Tradições de MADA, à medida que
surjam em outros comitês.
 Comitê de Orçamento: a principal responsabilidade desse comitê é ter
cuidado para que sejamos bons pagadores, sem fazer do dinheiro um
DEUS.
Aqui, dinheiro e espiritualidade têm que se misturar, e na justa
proporção. Precisamos de membros capacitados e com experiência
financeira.
 Comitê de Informação ao Publico: este comitê é importante por ser a
ligação com o publico. Embora a maioria de seus membros deva ter
experiência no campo das relações publicas, a especialização comercial
não é suficiente.

DÉCIMO CONCEITO

‘A base espiritual dos serviços do ESCRITÓRIO CENTRAL dos Grupos


MADA será garantida na aprovação dos Doze Conceitos através de votação
dos membros.’

DÉCIMO-PRIMEIRO CONCEITO

‘As pessoas que prestam serviço no Escritório Central do Grupo MADA


deverão ser membros, excluindo pessoas da parte administrativa.’

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Esse conceito sugere que as pessoas que prestam serviço no Escritório
como diretores e representantes devem ser membros de Grupos MADA, pois
esses membros terão maior entendimento da finalidade do Escritório e
procurarão não quebrar as Tradições.
As outras pessoas que realizaram os serviços administrativos não deveram
ser necessariamente membros de Grupos, mas ficaram envolvidas com o
programação e toda finalidade do Grupo MADA.

DÉCIMO-SEGUNDO CONCEITO

‘Escritório Central dos Grupos MADA delega plena autoridade


de administração rotineira aos grupos.’

Esse conceito garante aos grupos a liberdade de ação, podendo eles sem
interferência do Escritório Central continuar tomando suas decisões rotineiras
dentro do grupo sem ter quer dar explicações ao mesmo.

IV Retiro do Grupo MADA Jardins – São Paulo, SP


06, 07, 08 de outubro de 2000.

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