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Departamento De Psicologia
João Pessoa
Abril de 2019
Gilvan Santana Santos Júnior
João Pessoa
Abril de 2019
Introdução
Deste modo o código deve ser utilizado como ferramenta para a tomada
de decisões. O psicólogo confronte os dilemas, inimagináveis, que enfrentará na
prática da profissão terá que refletir qual é a melhor decisão a ser colada em
prática. Dentro da escolha do psicólogo existe variados casos em que será
facultativo, a quebra do sigilo, no setting clínico, o terapeuta poderá optar em
algumas situações pela quebra da confidencialidade e outras que é ético romper
com o sigilo.
A problemática de tais casos de quebra de sigilo exige uma reflexão
profunda que emerge do fato de que o relato do paciente pode ser fruto da sua
imaginação, por causa dessa possibilidade Ferreira (1978, p.38) conclui que o
“sigilo nunca se quebra”. Embora tenha-se tal determinação como regra é
coerente afirmar que existe casos, garantidos pela lei e código de ética, que é
ético quebra o sigilo. Isto baseado no princípio de “menor prejuízo” art. 9º.
Também ressalta o código de ética em seu 10º artigo salientando que não
é uma violação ao sigilo profissional, pois é imposto pela legislação tal ação.
Depois de analisar tais aspectos cabe uma pergunta importante: Como
proceder em relação a pessoas com propensão a pedofilia e que já tenha
abusado de crianças que recorreu a ajuda psicológica?
Nesses casos o psicólogo deve considerar passado todas as informações
que o tratando confidenciou. Aquele sujeito buscou a ajuda profissional com a
finalidade de tratar seu problema, o psicólogo tem as ferramentas necessárias
para tal propósito. Contudo, se mediante o tratamento a pessoa continua
demonstrando comportamento de abusar as crianças o psicólogo deve
denunciá-lo, sem reservas.
Conclusão
O exercício da psicologia apresentará várias situações em que o
psicólogo terá que passar por uma tomada de decisão. O código de ética do
psicólogo é uma ferramenta que auxiliará o profissional a refletir na melhor
escolha possível mediante os embates que surgirão ao longo da experiência
clínica. Um grande dilema que aparecerá na carreira do terapeuta é a questão
do sigilo profissional. Foi apresentada situações que a quebra do sigilo é uma
escolha viável e outra que é uma prescrição da legislação brasileira.
Cada situação que o sigilo poderá ser quebrado é única, não dá para
normatizar as possibilidades do cotidiano. O caráter singular da vida faz com que
a tomada de decisão passe pela responsabilização da mesma, por isso refletir
os princípios que estão em todo código, nos guias dos CRPs e nas resoluções
do CFP ajudarão o profissional a ser mais consciente da sua responsabilidade.
É necessário que os graduandos e graduados de psicologia tenham uma
formação acadêmica e pessoal que seja suficiente para um agir ético. Assim os
embates da profissão será uma tarefa enfrentada com coragem e
responsabilidade.