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LICITAÇÕES E CONTRATOS
PÚBLICOS
280299

TRÊS TEMAS

CONTRATOS

ADMINISTRATIVOS

Autor: Leon Frejda Szklarowsky


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leonfs@pobox.com

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Coordenação da obra

Professor TOSHIO MUKAI

S U MÁRIO

1- Considerações Gerais
2- Os contratos
3- Duração de Contratos
4- A Publicação e a eficácia dos contratos e de outros instrumentos hábeis
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5- As alterações contratuais
6- Índice remissivo

O Professor LEON FREJDA SZKLAROWSKY, Subprocurador - Geral da Fazenda


Nacional aposentado, é advogado, escritor, jornalista, CONSELHEIRO E JUIZ ARBITRAL DA
CÂMARA DE ARBITRAGEM DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO DISTRITO FEDERAL, ex
Procurador do Estado de São Paulo, membro efetivo dos Institutos dos Advogados
Brasileiros, de São Paulo e do Distrito Federal (ex Secretário - Geral ), da American
Arbitration Association, NY – USA, acadêmico da Academia Brasileira de Direito
Tributário (fundador), da Academia Luso Hispano Brasileira de Direito ( fundador e
secretário – geral ), do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (diretor -
tesoureiro), da Academia Maçônica de Letras do Distrito Federal (presidente),
membro - fundador da Academia Paulista de Direito, diretor de relações publicas da
Associação de Imprensa de Brasília, membro da International Fiscal Association (IFA
), da Associação Brasileira de Direito Financeiro, do Instituto Brasileiro de Direito
Tributário, da Asociacion Interamericana de Tributacion - Rosario, Argentina, do
Instituto Brasileiro de Direito Romano e Direito Comparado, sócio benemérito do
Instituto Nacional de Direito Público e sócio do Instituto Brasileiro da Advocacia
Pública; membro do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional, membro e
diretor jurídico do Sindicato de Escritores do DF. Editor da Revista Jurídica
CONSULEX. Comendador e delegado no Distrito Federal da Ordem Militar e
Hospitalar de São Lázaro de Jerusalém. Co - autor do anteprojeto da Lei de Execução
Fiscal, que se transformou na Lei 6830/80 (secretário e relator ); dos anteprojetos de
lei de falências e concordatas (no Congresso Nacional - PL 4376/93) e autor do estudo
e do anteprojeto sobre a penhora administrativa, transformado no PL 174/ 1996, do
Senador. Lúcio Alcântara, in Diário do Senado Federal, 8.8.96; autor do anteprojeto de
emenda da lei de licitações e contratos, visando a adoção do juízo arbitral, nos
contratos administrativos e da proposta de alteração dos artigos 737 do Código de
Processo Civil e 16 da Lei 6830/80. Colabora, em jornais, revistas e periódicos, com
trabalhos jurídicos e literários. ENTRE SUAS OBRAS, DESTACAM -SE: Obras individuais -
Execução Fiscal, Responsabilidade Tributária e Medidas Provisórias. Obras no prelo:
Contratos Administrativos, Temas – Contatos Administrativos e Coletânea de poemas
e crônicas. Obras em coletâneas - Curso de Direito Tributário, Sistema Tributário na
Revisão Constitucional, Sanções Tributárias, Repetição de Indébito, Crimes de
racismo. Obras jurídicas esparsas: ensaios, estudos, artigos e pareceres sobre contratos
e licitações, direito administrativo, constitucional, tributário e econômico. Obras
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literárias - poemas, poemas - prosas, crônicas, cartas - poemas, discursos, entre os


quais se destacam: POESIAS: Academia, Bailado de Gigantes, Calidoscópio, Cidade
Grande, Menina Sapeca, Noite de Partida, Noturno, Tristeza de Viver, Morte de um
índio e outras: CRÕNICAS: Brasília do Século XX, Brasília e a Revisão
Constitucional, - Brasília em Festa, Sociedade Indefesa, Viva el México, Brasília -
Cidade do verde e dos Jardins, O aborto, Doação de Órgãos, Mensagem de Ano
Novo, Viva Brasília. O Menor Delinqüente, Orquestra de Cigarras, O Casamento,
Conversa com o escritor José da Silva Martins, O médico e escritor Áureo, Harmonia
entre os povos etc. POEMA: Pensamentos: Desejo de Viver - Dúvida - Casamento.
Coletânea de Pensamentos. DISCURSOS: Homenagem póstuma ao acadêmico
Nelson Carneiro ( poema – prosa, publicado no Diário do Senado Federal ).Cartas
poemas: carta a um médico, carta a um escritor, carta a um poeta, carta a um editor,
carta a uma pintora, Carta à Regina, Carta a Júlio etc. Quarto Lugar No II Concurso
Nacional Literário (Da Primavera), Promovido Na Internet, Pelas Edições Ag,, com O
Poema “Bailado De Gigantes, inserida, juntamente com a crônica, Orquestra de
Cigarras, na obra coletiva Sinfonia da Primavera.1.Verbete bibliográfico no “Dicionário
de Escritores de Brasília”, de Napoleão Valadares, André Quicê – Editor, 1994.
2.Verbete biobibliográfico no “Dicionário Biobibliográfico de Escritores brasileiros
Contemporâneos", de Adrião Neto.1.Verbete na Bibliografica Brasileira de Direito,
Senado Federal, Secretaria de Documentação e Informação – Subsecretaria de
Biblioteca , Nova Série, vol. 3, 1984/1985; vol. 4, 1986; vol. 5. 1987; vol. 6, 1988;
vol. 7, 1989; vol.. 8, 1990; vol. 9, 1991. Condecorações e Medalhas. Ente outras: 1-
Delegado no Distrito Federal de L’Ordre Militaire et Hospitallier de Saint - Lazare de
Jerusalém- Paris – França, nomeado pelo Decreto 260, de 21 de novembro de 1998,
pelo Grão Prior para o Brasil. Agraciado com o Bastão de Comando. 2- Comendador
da “Ordre Militaire et Hospitalier de Saint Lazare de Jerusalém”, por Decreto no 9, de
16 de maio de 1992, Paris, França. 2- (COMENDADOR) Compagnon de Saint -
Lazare Commandeur de L’Ordre Militaire et Hospitallier de Saint - Lazare de
Jerusalém- Paris - França, registrado sob no 162 - Le Grand Capitulaire, em 31.7.78.
3-Croix De La Charité de L’Ordre Militaire et Hospitallier de Saint - Lazare de
Jerusalém- Paris - França, 4-GRAN COMENDADOR de L’Ordre Militaire et
Hospitallier de Saint - Lazare de Jerusalém- Paris – França, por decreto número 240,
de 1º de março de 1998.
Medalha “ Mérito Alvorada”, outorgada pelo G overno do Distrito Federal, pelo
Decreto de 18 de setembro de 1981, publicado no Diário O ficial do DF, de 05.10.81,
de acordo com o Decreto no 1.435, de 1980. Medalha das Cruzadas, outorgada pela
Ordem Militar e Hospitalar de São Lázaro de Jerusalé m, de P aris, Franç a registrada
sob no 4, em 16 de maio de 1992. Medalha “ Santos Dumont” , o Pai da Aviaçã o,
outorgada pelo Instituto Histórico de Aeroná utica - Rio de Janeiro. Medalha do
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Mé rito Integraç ão Nacional, outorgada pela Soberana Ordem dos Cavaleiros de São
P aulo Apóstolo - São Paulo. Medalha do Descobridor do Brasil, P edro Álvares
Cabral, outorgada pela Sociedade Geográ fica Brasileira, São Paulo. Medalha da
Ecologia, com o título de Ecologista, outorgada pela Sociedade Geográ fica Brasileira -
São Paulo.

As leis são amostras de comportamento que traduzem a consciência


social de um povo e de uma era

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O verdadeiro direito é aquele que anda de mãos dadas com a justiça social e
com a realidade, para não fenecer solitária

1 - Considerações GeraiS

A Lei 8666, de 21 de junho de 1993, e suas alterações posteriores, merece ser


aperfeiçoada, para se afeiçoar ao novo milênio, que se aproxima, e a uma sociedade
marcada, por novos mercados e blocos comerciais, profundas mutações político -
sociais, queda e criação de novos impérios econômicos e Estados, criação da moeda
européia – o EURO, o Mercosul, numa globalização jamais concebida, e por
descobertas tecnológicas e científicas, que solicitam do legislador mais que meros
expedientes legislativos, senão intensa arte de ourivesaria, na elaboração legislativa,
porque o verdadeiro direito é aquele que anda de mãos dadas com a justiça social e
com a realidade. A lei espelha o comportamento e a consciência social de um povo
e de uma época e deve-se comungar com as novas realidades e tendências que
despontam, para não se afastar de vez do homem e fenecer solitária
A estrutura de um novo modelo de Estado, para um Brasil do novo milênio,
não é a mesma deste anoitecer de século.
A lei vigente sucede ao Decreto-lei 2300, de 21 de novembro de 1986, e
mostra uma significativa evolução histórica, desde o vetusto Código de Contabilidade,
de 1922, do decreto-lei 200, de 1967 (licitações ), de leis e decretos extravagantes, sem
contar a múltipla legislação esparsa estadual, do Distrito Federal e municipal.
Apesar de seus inúmeros defeitos, o que é normal em qualquer obra humana,
bem cultural que é, consolidaram essas leis - o Decreto - lei 2300/86 e a Lei 8666/93 -
a legislação esparsa, ofertando-lhes um tratamento orgânico e sistemático, agasalhando
toda a doutrina e a jurisprudência dominantes, tecidas em estudos significativos de Caio
1
Tácito , Hely Lopes Meirelles e outros eminentes estudiosos.
O citado diploma legal vem sofrendo diversas modificações, notadamente,
através de medidas provisórias, convertidas em leis.

1
Cf. o excelente trabalho de Caio Tácito Transformações do Direito Administrativo, in Boletim de Direito
Administrativo, 2/99, p. 82.

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Há azedas críticas a este diploma legal e às retificações legislativas, merecendo,


sem dúvida, correções, que enxuguem seu texto de erronias. Contudo, a lei deve ser
aplicada inteligentemente, de forma que não conduza a absurdos, sem cair-se no
hábito muito comum de criticar-se qualquer diploma legislativo, sem que se enxergue
nele qualquer mérito.
O texto vigente representa uma grande avanço, conquanto deva ser aprimorado,
nos pontos já detectados pela jurisprudência e pela doutrina, que o vêm lapidando com
o cinzel da sabedoria, de modo a torná-lo exeqüível e compreensível por todos que
dele se utilizam.
Contudo, autores há que devotam total desprezo por esse diploma legal,
argüindo sua inconstitucionalidade e descalabro, porque, dizem, abrigam descomedidas
incongruências.
A Lei 8666, de 1993, estabelece os princípios gerais que disciplinam a licitação e
os contratos administrativos.
O artigo 118 manda que os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as
2
entidades da Administração indireta , compreendendo todos os entes descritos no
artigo 119, adaptem suas normas ao disposto nesta Lei, em harmonia com o princípio
da autonomia, inscrito na Constituição Federal ( arts.1º , 25 a 32).
O artigo 119 comanda que as sociedades de economia mista, as empresas
públicas, as fundações públicas e demais entidades controladas direta e indiretamente
pela União e pelas entidades referidas no artigo 118, deverão editar regulamentos
próprios ( ou adaptar os já existentes ), devidamente publicados, ficando sujeitos às
disposições, isto é, às normas gerais da Lei de Licitações e Contratos Administrativos -
Lei 8666/93 (LLCA ) e suas alterações posteriores.
Estas normas devem-se comungar com as disposições da Emenda
Constitucional 19, de 4 de junho de 1998, publicada no DOU, de 5 seguinte, que
3
alterou o inciso XXVII do artigo 22 da Constituição , consignando que à União
compete legislar privativamente sobre normas gerais de licitações e contratação, em
4
todas as modalidades , para as administrações públicas direta, autárquicas e
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no
artigo 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos
termos do artigo 173, § 1º, III.

2
Sobre o conceito de administração e sua abrangência, consulte-se nosso A Administração Pública e a Lei 8666/93, in
Boletim de Licitações e Contratos (BLC), da Editora NDJ, de São Paulo, volume 8/93.

3
Cf. artigo 1º da Emenda cit.

4
Sobre a modalidade convênio, consulte-se nosso “Convênios Administrativos ,” com ampla bibliografia, in Informativo
Consulex, de Brasília, número 18, de 4 de maio de 1998, e na Revista dos Tribunais volume 751, de maio de 1998

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Por outro lado, a citada Emenda introduziu significativa inovação neste último
dispositivo5, ordenando que a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica
de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre
a licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os
princípios da administração pública, entre os quais se distinguem os princípios da
legalidade, isonomia, publicidade, eficiência, economicidade, impessoalidade,
6
moralidade, razoabilidade, proporcionalidade. O artigo 3º da Emenda Constitucional
7
suprimiu, com muita razão, a expressão fundacional do caput do artigo 37 do Texto
Constitucional, visto que a fundação é parte integrante da administração indireta,
conquanto não o tenha feito no aludido artigo 22.
Heraldo Garcia Vita insurge-se contra a enxurrada de emendas constitucionais,
8
sobre matéria que poderia ser objeto de lei ordinária, com os mesmos resultados.
Para Toshio Mukai, após a reforma administrativa, introduzida pela Emenda
19/98, hão de existir três regimes jurídicos diferentes para as licitações e contratos da
Administração Pública direta e indireta e das empresas estatais que explorem atividades
9
econômicas .
O Presidente da República baixou o Decreto 2745, de 24 de agosto de 1998,
com fundamento, na Lei 9478, de 6 de agosto de 1998 ( prevê o regime simplificado
para a PETROBRÁS ), pelo qual aprovou o Regulamento Simplificado das Licitações
dessa empresa. Esse autor insurge-se contra o decreto, na medida em que prevê
10
hipóteses novas de dispensa de licitação.
Entretanto, enquanto não for editada lei, estabelecendo o estatuto jurídico
dispondo sobre a licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações,
observados os princípios da administração pública, deverão as referidas empresas
utilizarem-se de seus estatutos, sujeitos ás disposições da Lei 8666/93.
O Tribunal de Contas da União, pelo seu Plenário, adotando voto do Relator,
Ministro Bento José Bugarin, decidiu, por unanimidade, que a entidade paraestatal, ao
adotar regulamento próprio, deverá fazê-lo, de conformidade com as diretrizes da Lei

5
Cf. artigo 22 da Emenda cit.

6
Cf. artigo 37 a Constituição.

7
Cf. nosso Sujeito Ativo da Execução Fiscal, in REPRO – Revista de Processo número 41.

8
Cf. Apontamentos da Reforma Administrativa, in Boletim de Direito Administrativo cit. 2/99, p. 106.

9
Cf. Revista de Licitações & Contratos - L&C, da Editora Consulex, número 6, dezembro de 1998, p. 7.

10
Cf. remissão B&C 6 cit.

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8666/93. Entre essas entidades, engloba os serviços sociais autônomos , que são
pessoas jurídicas de direito privado (SESC, SENAI etc.)12, cabendo sua organização e
direção à Confederação Nacional da Indústria (SENAI). Vinculam-se, todavia, ao
Ministério da Indústria e Comércio e, como escolas de ensino, submetem-se também à
fiscalização do Ministério da Educação, integrando o rol das unidades jurisdicionadas
13
a essa Corte.
Cite-se memorável decisão do Tribunal de Contas da União, relatada pelo
Ministro Lincoln Magalhães da Rocha, corroborando a decisão plenária 907/97, de 11-
12-97, ao concluir que os Serviços Sociais Autônomos - Órgãos integrantes do
Sistema “S - não estão sujeitos à observância dos estritos procedimentos estabelecidos,
na Lei 8666/93, e sim aos seus regulamentos próprios devidamente publicados,
14
consubstanciados nos princípios gerais do processo licitatório.
Os fundos especiais são produtos de receitas especificadas que, por lei,
vinculam-se à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de
normas peculiares de aplicação. Poderão ser sujeito ativo e passivo, no contrato, ou
seja, tal qual as entidades antes referidas, poderão funcionar como contratante e
15
contratado. É uma inovação introduzida por esta lei. Não têm personalidade
jurídica. Assemelham-se à massa falida, à herança e ao condomínio. O fundo é um
patrimônio de ações, bens, dinheiro, afetado pelo Estado.
Também os órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e do Tribunal de Contas
se regerão por essas normas ( normas gerais ), no que couber, nas três esferas
16
administrativas - artigo 117 .
Entre as normas gerais, que dizem respeito à essência, ao interesse público (da
coletividade ), distinguem-se: a publicidade, os prazos ( duração de contrato), a
obrigatoriedade de licitação, as modalidades de licitação, a publicidade, a dispensa, a

11
Cf. remissão anterior.

12
Cf. nosso As entidades privadas e a Lei de Licitações e Cont ratos, publicado no Suplemento Direito & Justiça, do
Correio Braziliense, DF, de 16-11-98, e Organizações Sociais, in Suplemento cit., de 9-11-98.

13
Cf. Decisão 408/95, Ata 37/95, Sessão de 16.8.95. Este julgado cita, no mesmo sentido, inúmeras decisões, in BLC, de
3, de março de 1997, pp. 143 a 146..

14
Cf. Decisão Plenária 461/98, no Processo TC 001.620/98-3, Ata 28/98, publicada no DOU, de 7-8-98, Seção I, páginas
10, presentes os Ministros Homero Santos ( Presidente), Adhemar Paladini Ghisi, Carlos Átila Álvares da Silva, Marcos
Vinícios RodriguesVilaça, Humberto Guimarães Souto, Bento José Bulgarin e os Ministros Substitutos José Antonio
Barreto de Macedo e Lincoln Magalhães da Rocha.

15 a
Consulte-se o artigo 71 da Lei 4320 comentada, de J. Teixeira Machado Júnior e Heraldo Costa Reis, IBAM, 25 .
edição, 1993, pp. 128 e segs.

16
Cf. nosso A Administração Pública e a Lei n º 8666/96, Boletim de Licitações e Contratos 8/93.

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declaração de inexigibilidade, o objetivo da licitação (artigo 3º ), as normas


disciplinadoras dos contratos ( artigos 54, 55, 57, 58, 59, 60, 61) 17, etc.
o
O artigo 3 . da lei vigente cataloga esses princípios e acrescenta que a licitação
visa garantir o princípio da isonomia e eleger a proposta mais vantajosa para a
Administração, de conformidade ainda com os princípios da igualdade, probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo.
A licitação é obrigatória, ressalvadas as exceções legais, assim que as obras, os
serviços, as compras e as alienações serão contratadas, através de processo de
licitação pública, reza o inciso XXI do citado artigo 37 do Texto Maior.
A licitação de obras e serviços só é possível, quando existir previsão de recursos
orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes da realização
das obras ou dos serviços a serem executados no exercício financeiro em curso, de
acordo com o respectivo cronograma (artigo 7º , III ). Acrescenta, ainda, o inciso IV
que o produto dela esperado deve estar contemplado nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, mencionado no artigo 165 da Constituição Federal.
Ainda, proclama a lei que as obras e serviços somente poderão ser objeto de
licitação, quando houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e
disponível para apreciação dos interessados que tenham interesse, em participar da
licitação, e existir orçamento detalhado, com as planilhas projetando a composição de
todos os custos unitários.
É vedado incluir no objeto de licitação a obtenção de recursos financeiros para
sua execução, qualquer que seja sua origem, exceto quando o empreendimento for
executado e explorado, por meio de concessão.
A infração deste dispositivo induz a nulidade dos atos e dos contratos e a
18
responsabilidade de quem lhe der causa .
Por outro lado, o artigo 167 da CF veda o início de programas ou projetos não
incluídos na lei orçamentária.
A desobediência a essas disposições legais implica responsabilidade da
autoridade respectiva, até criminalmente.
O Tribunal de Contas da União tem-se mostrado extremamente zeloso, neste
particular, não somente punindo os maus gestores da coisa pública, mas, também,
orientando-os, na condução da aplicação do dinheiro público.

17
Sobre o assunto, consulte-se, de Geraldo Ataliba, Leis Nacionais e Leis Federais no Regime Constitucional
Brasileiro, in Estudos Jurídicos em Homenagem a Vicente Rao, Editora Resenha Tributária, São Paulo, 1976, organizado
por Péricles Prado. Cf., de Toshio Mukai, O Novo Estatuto Jurídico das Licitações, Editora Revista dos Tribunais, 1993.

18
Sobre a nulidade dos atos , vide nosso A Publicidade dos Contratos cit., p. 11. Cf. também as Súmulas do STF 346 e
473 e os preciosos comentários de Robe rto Rosas , in Direito Sumular, Ed. Revista dos Tribunais, 1981. Consulte-se,
também, O Valor Jurídico do Acto Inconstitucional, de Marcelo Rebelo de Sousa, Lisboa, 1988.

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Esta lei é bastante abrangente. Nada escapa à sua incidência. Todos os contratos
submetem-se a sua disciplina, tais como as obras, serviços, inclusive a publicidade,
alienações, compras, locações e quaisquer acordos, ajustes, convênios e outros
instrumentos semelhantes, não importando o nome que se lhes dê. A lei é apenas
exemplificativa (artigos 1º e ll6 ). Não esgota as hipóteses apresentadas.
O Tribunal Maior da União sumulou que as decisões desta Corte, relativas à
aplicação de normas de licitação, sobre as quais cabe privativamente à União legislar,
devem ser acatadas pelos administradores dos Poderes da União, dos Estados, do
19
Distrito Federal e dos Municípios.
Encaminhamos a Sua Excelência o doutor Marcos Maciel, autor do projeto de
lei, que se transformou na Lei 9307, de 23 de setembro de 1996, que dispõe sobre a
arbitragem, e ao Professor Gilmar Ferreira Mendes, proposta, visando acrescentar à Lei
8666/93 uma disposição semelhante à já existente na Lei 8987, de 13 de fevereiro de
1995, que trata do regime de permissão e concessão do Serviço Público ( artigo 23,
XV), autorizando expressamente a solução das divergências contratuais e no âmbito
das licitações, de forma amigável, através da arbitragem.
o o
Este dispositivo, norma geral, poderá estar contido no parágrafo 4 . do artigo 3
da lei vigente. Este parágrafo fora vetado pelo presidente da República e encontra-se
o
ocioso, in verbis: O artigo 3 . da Lei 8666/93 fica acrescido do § 4º: “No âmbito das
licitações e nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas
ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, as divergências contratuais e
sobre o certame licitatório poderão ser solucionadas, de forma amigável, por meio da
arbitragem, contando com a presença de representante do contratante - Poder Público
20
- e desde que prevista, no edital e no contrato .”

2 - OS C ONTRATOS

O contrato é o assentimento de duas ou mais pessoas sobre o mesmo objeto, na


expressão genial de ULPIANO, e tanto ARISTÓTELES, quanto KANT e,
modernamente, a escola de KELSEN, consideram o contrato uma norma criada por
particulares, mas, na precisa conceituação de CLOVIS BEVILAQUA, é o acordo de
vontades para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos.

19
Súmula 222, aprovada na Sessão Administrativa de 8.12.94, e publicada no DOU de 3.1.95

20
Publicado no boletim de licitações e contratos 7, de julho de 98.

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A

No direito contratual público, o conceito de contrato não difere


substancialmente, a não ser pela só presença da Administração Pública, que derroga
normas de direito privado, conforme as lições de HELY LOPES MEIRELLES e da
doutrina dominante.
A formalidade, contudo, é essencial e não pode ser negligenciada.
A minuta do futuro contrato, o seu esboço, deve ser elaborada, na fase da
licitação, acompanhando obrigatoriamente o instrumento convocatório, dando-se-lhe a
21
devida publicidade. Esses documentos deverão ser previamente examinados e
aprovados pela assessoria jurídica da Administração, o mesmo ocorrendo com as
minutas de convênios, acordos ou ajustes de qualquer natureza.22
A lei anterior contentava-se com o exame prévio, pela Advocacia Consultiva da
União, na esfera do Poder Central. Nas demais esferas de Poder, em face da
chamada dos artigos 83, 85 e 86, essa apreciação deveria fazer-se pelo órgão jurídico
do respectivo órgão ou da entidade.
A redação primitiva da lei vigente determinava que essas minutas deveriam ser
previamente examinadas e aprovadas pelo órgão da assessoria jurídica da unidade
responsável pela licitação, o que causava inúmeros entraves, porque nem todas
entidades, especialmente as pequenas, têm órgão jurídico próprio, nem condições para
contratar o profissional da área jurídica.
A redação atual, introduzida pela Lei 8883, de 1994, apresenta-se mais
consentânea com a realidade brasileira. A lei quer que a Assessoria da Administração
examine a aprove a minuta, e não particularmente do órgão licitante, como fazia
anteriormente, de forma restritiva.
Esta norma, apesar de estar escondida, como parágrafo, em sede subalterna, é
de suma importância, por sobrelevar-se, sem dúvida, como norma geral, de
observância obrigatória, merecendo, numa futura reforma, um lugar de destaque.
Conquanto a lei sinalize que somente as minutas devem ser examinadas, pela
assessoria jurídica, qualquer matéria jurídica ou documental ( e não somente aquelas)
deve ser, obrigatoriamente, analisada, pelo advogado. .
Com efeito, são privativas da advocacia as atividades de consultoria, assessoria e
direção jurídica ( artigo 1o. do Estatuto do Advogado ), com fonte no princípio
23
constitucional da essencialidade . A advocacia é exercida, privativamente por
bacharéis em direito, inscritos na Ordem dos Advogados. A lei inquina de nulidade a
prática desses atos por leigos, que se sujeitam às sanções penais, civis e
administrativas. A omissão também se enquadra nessa situação.

21 o
Cf. art. 40, § 2 , inciso III, da Lei 8666/93.
22
Cf. parágrafo único do artigo 38 da Lei 8666/93 e parágrafo único do artigo 31 do DL 2300/86.
23
Cf. artigo 133 da CF.

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Dada a supremacia de poder, a contratante adquire certas prerrogativas, em vista


do interesse público, respeitados os direitos da contratada, que pode ser a pessoa física
ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública.
O contrato administrativo é, em regra, por sua natureza, pessoal, daí por que a
Administração Pública examina a capacidade e a idoneidade da contratada, cabendo-
lhe executar pessoalmente o objeto do contrato, sem transferir as responsabilidades ou
subcontratar, a não ser que haja autorização expressa da contratante24.
Esses contratos regem-se por suas cláusulas e pelas normas de direito público,
aplicando-se-lhe, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as
disposições de direito privado, numa perfeita miscigenação e sincronia.
Os princípios que regem os contratos comuns são os mesmos a que se
submetem os contratos realizados com a Administração Pública. A teoria geral do
direito também é a mesma. Entretanto, alguns princípios do direito público fornecem-
lhe traços peculiares, derrogando (modificando ) normas de direito comum.
No direito privado ( prepondera o interesse privado ), o contrato é informal, a
não ser que a lei exija forma especial. Já o contrato administrativo, em que há a
participação da Administração, o contrato é essencialmente formal, segue regras
rígidas.
A participação da Administração é que o diferencia dos demais contratos,
conferindo-lhe a supremacia de poder, para fixar as condições iniciais, com as
prerrogativas inscritas no artigo 58.
A lei assegura a intangibilidade das cláusulas econômico - financeiras, a não ser
que haja concordância do contratado. Não obstante, nas hipóteses que a lei menciona,
impõe-se a revisão das cláusulas econômico - financeiras, para a manutenção do
25
equilíbrio econômico - financeiro do contrato.
Algumas peculiaridades informam o contrato público, distinguindo-se:
1. Presença da Administração Pública. Atua com supremacia, impondo as
condições iniciais do contrato.
2. Prévia licitação. Dispensa, inexigibilidade de licitação ou licitação
26
dispensada .
3. Formal. Excepcionalmente, oral ou informal - artigo 60, parágrafo único.

24
Cf. nosso Subcontratação de Contratos Administrativos, na L&C REVISTA DE LICITAÇÕES E CONTRATOS,
Editora Consulex, 2, de 15 de agosto de 1998, nos Cadernos de Direito Tributário de Finanças Públicas 23/120, na
Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados - RTJE 165, julho/agosto 98, e no Boletim de Licitações e Contratos
10, de outubro de 1998.

25 o o
Cf. artigo 58, §§ 1 . e 2 .

26
O Decreto 2295, de 1997, dispõe sobre a dispensa de licitação, nos casos que comprometem a segurança nacional,
regulamentando o inciso IX do artigo 24. Vide, n Boletim de Licitações e Contratos, 9/97, o decreto na íntegra.

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4. Cláusulas necessárias, obrigatórias ou essenciais relativas ou absolutas (artigo


55 ).
5. Cláusulas extravagantes ou exorbitantes. Estas extrapolam o direito comum
(artigo 58 ). Impõem vantagens ou restrições, tendo em vista o interesse público.
Podem estar implícitas ou explícitas. Os direitos do contratado (ou do contratante, se a
Administração estiver em polo oposto, como no caso da locação de imóvel para o
Serviço Público ), devem ser respeitados (artigo 58 ).
27
O artigo 58 delineia os traços essenciais do contrato com a Administração
Pública, conferindo-lhe, por exemplo, a prerrogativa de alterar unilateralmente o
contrato - artigo 58, I, c/c o artigo 65, I, a e b, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado, ou quando for necessária a
modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa do seu objeto.
Em havendo alteração unilateral que aumente os encargos do contratado, a
Administração deverá restabelecer o equilíbrio econômico - financeiro. Daí, surge a
possibilidade de prorrogação - artigo 57, parágrafo 1º, I.
A Administração, efetivamente, impõe a alteração unilateral do contrato,
contudo, concomitantemente, a lei exige se faça a revisão do contrato para restabelecer
o equilíbrio econômico - financeiro, desde que tenha havido aumento de encargos, para
o contratado, como corolário do respeito aos seus direitos, comprovada sua
repercussão sobre o preço, com o que cai o mito da desigualdade entre as partes.
Com relação ao inciso III do artigo 55, que dispõe sobre o preço, as condições
de pagamento, os critérios, data - base e periodicidade do reajustamento de preços, há
que se acrescentar que esta cláusula é absolutamente essencial, quanto à fixação do
preço, todavia, nada impede que as partes renunciem ao reajustamento e omitam esta
circunstância. Neste caso, não poderão pleiteá-lo, ainda que a lei autorize, como o faz
a Lei 9069, nos contratos superiores a um ano.
O reajuste e a atualização monetária estão suspensos, em virtude da legislação
28
que introduziu o Plano Real , nos contratos iguais ou inferiores a um ano; não,
porém, naqueles superiores a esse prazo.29

27
Cf. artigo 48 do Decreto – lei 2300/86.

28
Cf. Lei 9069/95 e Medida Provisória 1540-27, de 7.8.97, in DOU de 8.8.97.

29
Cf. nosso O Real e o Plano de Estabilização da Economia , Boletim de Licitações e Contratos 9/94; Revista de
Informação Legislativa, ano 31, número 123/94; Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados 127/9; Cadernos de
Direito Tributário e Finanças Públicas, da Editora Revista dos Tribunais, volume 8/205. Acerca da reavaliação e a
renegociação de contratos em vigor e das licitações em curso, consultem-se o Decreto 2773, de 11-9-98, e a IN do
MARE G/M 6, de 10-9-98.

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A Suprema Corte de Contas da União decidiu que, mesmo os contratos


realizados, antes da implantação do Plano Real, devem ser reajustados, após um ano
o
da última ocorrência, sem embargo de o artigo 3 . da Medida Provisória 1053/95 e
reedições, que complementa a Lei 9069/95, não haver sido regulamentada. O Relator,
Ministro Carlos Átila, declarou que esse reajustamento é perfeitamente regular, desde
que sejam observados o artigo 28 da Lei 9069 cit., os demais dispositivos das aludidas
medidas provisórias, o Decreto 1544/95 e as normas da Lei 8666/93, que não sejam
30
conflitantes com essas disposições legais .
Não se confunde o reajustamento com a revisão das cláusulas econômico -
financeiras do contrato, pois seus fundamentos são diversos. A revisão contratual não
está proibida.31 Esta rege-se por princípios próprios.
.

3 - DURAÇÃO DO CONTRATO

Todos os atos e contratos estão limitados no tempo. Trata-se de norma geral,


sem dúvida, e não pode ser afastada, em nenhuma hipótese.
Não há contrato por prazo indeterminado ( artigo 57, § 3º). Apesar de estar
inscrito como parágrafo deste artigo, constitui-se em princípio geral aplicável a todos
o
os contratos, inclusive aos previstos no § 3 . do artigo 62, não submetidos ao artigo
57.32
A duração do contrato administrativo está adstrita à vigência do respectivo
crédito orçamentário ou, na linguagem do artigo 47 do Decreto - lei 2300, de 1986, à
vigência dos respectivos créditos33.

30
Cf. Ata 50/96, Plenário, DOU de 16.1.97, apud BLC 3/97, Pág. 136, e o nosso O Real cit. na remissão seguinte.

31
Sobre a matéria, consultem-se nossos estudos: Reajuste e Revisão de Contratos, Revista dos Tribunais, 630/47; O
Real e o Plano de Estabilização da Economia, cit.; Reajuste e Programa de Estabilização da Economia, Revista de Direito
Público (RDP ) 95/139; A Inflação e os Reajustes, Revista Dir. Públ.. cit. , vol. 95/161; Retroação, Boletim de Direito
Administrativo 7/88.

32
Cf. nossa sugestão, para o aperfeiçoamento da lei, ao primeiro projeto governamental de alterações do citado diploma
legal - Lei 8666/93 - Análise Crítica e Sugestões, in Informativo CONSULEX, números 30 e 31, de 22 e 29 de julho de
1996, respectivamente; Informativo Dinâmico IOB, número 65, de 9.9.97. Cf., também, nosso comentário ao Anteprojeto
de Nova Lei de Licitações, de 19.2.97, publicado pela Editora NDJ, em 4 de abril de 1997, e pelo Informativo
CONSULEX, Brasília, 29 e 30, de 21 e 28 de julho de 1997.

33
Sobre prazos especiais nos contratos administrativos, consulte-se também o trabalho de José de Arimatéa Neto, in
Revista Jurídica Consulex, nº 23, de 30 de novembro de 1998, p. 60.

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O exercício financeiro, na definição do artigo 34, l, da Lei 4320/64,


corresponde ao ano civil - 1º de janeiro a 31 de dezembro.
O
O § 9 . do artigo 165 da Constituição indica que a lei complementar definirá o
exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.
O Tribunal de Contas do Distrito Federal fixou diretriz de grande alcance, ao
sentenciar que os contratos, cuja característica não se enquadra nas exceções do artigo
57, incisos I, II e IV, da Lei 8666/93, devem observar o período adstrito ao crédito
34
orçamentário, resguardados os procedimentos de apuração em restos a pagar.

EXCEÇÕES

Excepcionalmente, esta lei, como o fazia o diploma anterior, permite a


35
prorrogação do contrato ou sua extensão .

PRORROGAÇÃO DE CONTRATOS

PROJETOS CONTEMPLADOS NOS PLANOS PLURIANUAIS

Em se tratando de projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas


estabelecidas, no plano plurianual, os contratos poderão ser prorrogados, desde que
haja interesse da Administração Pública e previsão no ato convocatório ( e no
o o
contrato, evidentemente), com exceção das hipóteses do § 1 . do artigo 57 e do § 5 .
do artigo 79.
Toda prorrogação deve: a) ser justificada por escrito e previamente autorizada
pela autoridade competente para celebrar o contrato; b) conter a previsão no ato
convocatório ( e no contrato ) e c) ser de interesse da Administração ( necessidade ).
Alguns autores admitem, na hipótese do inciso I, se preveja, de imediato, a
duração do contrato, pelo prazo correspondente ao do Plano Plurianual.
Entretanto, em face da redação desse inciso e do seu indicativo, a dicção desse
preceito leva-nos a interpretar que o contrato deve ser feito, para vigorar, no exercício

34
Cf. decisão 1248/95.

35
Sobre a diferença entre prorrogação e extensão, consultem-se nossos trabalhos: Duração de Contratos
Administrativos e a Lei 8666/93, in Boletim de Licitações e Contratos, da Editora NDJ LTDA., de São Paulo, 10, de
1993; Duração de Contratos Administrativos , in BLC cit. dezembro de 1988; Licitações e contratos administrativos,
Arquivos do Ministério da Justiça cit.

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financeiro, podendo, se for o caso, ser prorrogado, desde que preenchidos os


pressupostos legais..
Com efeito, o caput fixa a duração dos contratos à vigência dos créditos
orçamentários, mas excetua, entre outros, aqueles relativos aos projetos cujos produtos
estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais -
contratos - poderão ser prorrogados, desde que haja interesse da Administração e tenha
sido previsto no ato convocatório e no contrato. Vale dizer: o contrato deve ser feito
para vigorar no exercício do crédito orçamentário, podendo, se for o caso, ser
prorrogado. É o que se infere da linguagem do inciso I combinado com o caput. O
limite de cinco anos da lei anterior não mais subsiste.
Toshio Mukai assevera que o dispositivo permite que se estabeleça no edital o
prazo máximo de cada contrato, observadas as restrições do § 1º do artigo 167 da
36
Constituição, e Carlos Pinto Coelho Motta preleciona que esse prazo está vinculado
ao edital, que decorre do Plano Plurianual. Acrescenta, alicerçado, em orientação do
TCU, poderá a Administração efetuar contrato pelo prazo da realização do edital, se
37
algum problema ou irregularidade ocorrer, no decurso do procedimento licitatório.

PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA PREVISTA NO PARÁGRAFO 5o.


DO ARTIGO 79.

Em caso de impedimento, paralisação e sustação do contrato, o cronograma será


automaticamente prorrogado por igual tempo.
Neste caso, como conseqüência, a prorrogação do cronograma é automática,
desde que ocorra umas das hipóteses descritas.
O Tribunal de Contas da União sumulou que: “torna-se, em princípio,
indispensável a fixação dos limites de vigência dos contratos administrativos, de forma
que o tempo não comprometa as condições originais da avença, não havendo,
entretanto, obstáculo jurídico à devolução de prazo, quando a Administração mesma
concorre, em virtude da própria natureza do avençado, para interrupção da sua
38
execução pelo contratante. Esse mesmo Tribunal julgou que a suspensão do contrato,
por conveniência da Administração, autoriza a devolução do prazo correspondente à
39
suspensão havida.
.

36
Cf. Licitações e Contratos Públicos, Saraiva, 1998, p. 98.

37
Cf. Eficácia nas Licitações e Contratos, Del Rey, 1997,p. 278.

38 ,
Cf. Súmula 191, publicado no BTCU de 21 de março de 1997, em edição especial.

39
Cf. decisão 35/92, in DOU de 26.2.92, p . 603.

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CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A SEREM


EXECUTADOS DE FORMA CONTINUADA

Serviço é toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para


a administração.
O contrato de prestação de serviço a ser executado de forma contínua
caracteriza-se pela impossibilidade de sua interrupção ou suspensão, sob pena de
40
acarretar prejuízos ou danos insuperáveis.
O TCU advertiu que não se deve interromper o contrato, mesmo que nulo,
41
devido à continuidade da prestação de serviço, até que se faça nova licitação.
Os contratos referentes aos serviços de assistência médica também foram
objeto de discussão, na corte maior de contas. respondendo a uma consulta, sob a
égide do decreto – lei 2300/86, que, neste particular, não perdeu atualidade,
reconheceu este tribunal a natureza continuada desses serviços.42
O Ministério de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado fornece
o conceito de serviços continuados: são aqueles serviços auxiliares, necessários à
Administração para o desempenho de suas atribuições, cuja interrupção possa
comprometer a continuidade de suas atividades e cuja contratação deva estender-se por
43
mais de um exercício financeiro.
Entenda-se prestação ou execução de serviço, visto que, para a Lei 8666/93,
qualquer que seja o contrato deverá ser cumprido ou executado, na forma do artigo 66,
que assim se expressa: o contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de
acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta lei. E o artigo subseqüente
anuncia que a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração para este fim designado.

40
Cf. Contratos de execução continuada ou parcelada , dec. do TCU, in BLC cit. 10/97, p. 509; idem, Decisão 148/96,
TCU, Pleno, in BLC cit. 6/96, p. 300, idem, Decisão 366/95, TCU, Pleno, in BLC cit.10/9995, P. 505; idem, Decisão 22/93,
TCU, Pleno, in BLC 8/93, P. 333.

41
Consulte-se a decisão do TCU – Decisão 197/98, Ata 27/98, 2ª Câmara, in BLC cit.2/99, p. 102.

42
Cf. Ata 53/92, Plenário, Relator, Ministro Paulo Affonso Martins de Oliveira, in BLC cit. março/93, p. 110.

43
Cf. Instrução Normativa Nº 18, de 22 de dezembro de 1997, do MARE, expedido com fundamento no Decreto n.º 2.271,
de 07 de julho de 1997,

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A própria definição legal indica, incisivamente, que a contratação de serviços,


poderá ser executada de forma contínua e sua duração ser prorrogada por iguais e
sucessivos períodos, segundo responde o inciso II do artigo 57.
A prestação de serviço é a própria execução de serviço. As expressões
identificam-se, plenamente, visto que prestar um serviço é executá-lo.
Hely Lopes Meirelles enfatiza que a obrigação do contratado é executar
pessoalmente o contrato, qualquer que seja ele.44
Certos contratos, dada a necessidade de sua continuidade, podem ser
prorrogados ou estendidos, para além do exercício do crédito orçamentário.
Essa prorrogação, porém, não é discricionária, porque deve ter em vista o
melhor preço e as condições mais vantajosas para a Administração, mas não pode
ultrapassar o prazo de sessenta meses, a não ser que ocorra a hipótese prevista no § 4º
45
do citado artigo 57. Assim, também, entende Toshio Mukai.
O melhor ou menor preço, entretanto, não significa aceitar qualquer produto,
serviço ou obra, visto que a qualidade é o indicativo de suma relevância, mercê das
diretrizes traçadas pela Lei de Licitações e Contratos. Assim, a relação custo –
benefício, como apregoa Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, em sua excelente lição,
“diversamente de considerar o menor preço,” “traduz a essência da proposta mais
46
vantajosa ”, porque deve atender-se antes de tudo o interesse público.
O inciso II do artigo 6º conceitua os serviços e é meramente exemplificativo.
Carlos Pinto Coelho Motta lembra que esta lei é mais exaustiva que o Decreto – lei
47
2300.
Destacam-se os serviços de demolição, conserto, instalação, montagem,
operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de
bens, publicidade, ou seguro, trabalhos técnicos – profissionais etc.
O Decreto n° 2.271 , de 7 de julho de 1997, dispõe que, no âmbito da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, poderão ser objeto de
execução indireta as atividades materiais acessórias, instrumentais ou complementares
aos assuntos que constituem área de competência legal do órgão ou entidade.
Observa, ainda, que as atividades de conservação, limpeza, segurança,
vigilância, transportes, informática, copeiragem, recepção, reprografia,

44
Cf. Licitações e Contratos Públicos, Malheiros Editores, atualizada por Eurico de Andrade Azevedo e Célia Marisa
Prendes, 1996, p.189.

45
Cf. Licitações e Contratos Públicos, Saraiva, 1998, p. 99.

46
Cf. A qualidade na Lei de Licitações, in BLC cit. 2/99, p. 71.

47
Cf. Eficácia nas Licitações e Contratos, Editora Del Rey, BH, 1997, p. 89.

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telecomunicações e manutenção de prédios, equipamentos e instalações serão, de


preferência, objeto de execução indireta.

O artigo 57 dispõe que:

“ A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à


vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto
aos relativos:
................................................... ...........................................

II – à prestação de serviços a serem executados de forma


contínua, que poderá ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições
mais vantajosas para a Administração, limitada a sessenta
meses”.
................................................................................................
....

O inciso II, na redação da Lei 8883, de 1994, assim se inscrevia:

“ à prestação de serviços a serem executados de forma contínua


que deverão ter a sua duração dimensionada com vistas à obtenção
de preços e condições mais vantajosas para a Administração,
48
limitada a duração as sessenta meses ,”
Assim, o inciso II - prorrogação de contratos de serviços a serem executados de
forma continuada (não podem ser suspensos nem interrompidos; não podem sofrer
49
solução de continuidade, pena de causar prejuízo ou dano) - recebeu a atual redação,
introduzida pela Medida Provisória 1531-18, de 29 de abril 1998, que se converteu, no
citado PLC 5, consubstanciado na Lei 9648. Esta alterou profundamente o citado

48
Sobre a matéria, objeto de estudo, em face da redação anterior e da legislação pretérita, consultem-se nossos:
Duração do contrato administrativo de prestação de serviços contínuos, BLC, de dezembro de 1988, pp.81-6; Duração
de contrato administrativo e a Lei 8666/93; Duração dos contratos de prestação de serviço contínuo, in Licitações e
Contratos Administrativos. Algumas observações em face da Lei 8883/94 e da MP 681/94, in Re visa Arquivos do
Ministério da Justiça, 185, janeiro / junho 1995; idem na Revista de Informação Legislativa 125, janeiro/março 1995, com
farta doutrina e jurisprudência. Idem, BLC 10, de outubro de 1993, pp. 401 a 409.

49
Cf. nosso Duração, in Boletim de Licitações e Contratos 12, dez. 94; idem, 2/1997, p. 76; Eficácia nas Licitações e
Contratos, de Carlos Pinto Coelho Motta , 1977, p. 277; Nelson de Figueiredo, Contratos Administrativos, in BLC cit.
11/1995, p. 535; idem, 7/1996, p. 15.

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50
inciso II, que já sofrera substancial modificação, introduzida pela Lei 8883, de 1994,
oferecendo-lhe nova feição, desta feita agasalhando doutrina fartamente trabalhada por
51
autores do porte de Yara Police Monteiro e Jorge Ulisses Jacoby Fernandes .
Este doutrinador analisa o inciso II, com a redação dada pela Lei 8883,
ofertando interpretação, que veio, a final, provocar a produção legislativa, com
52
renovada e diversa redação, trazida pela Medida Provisória citada e que melhor se
afeiçoa à realidade.
A atual postura legislativa assemelha a situação ali desenhada à marcada no
inciso I, ou seja, o caput do artigo 57 determina que a duração dos contratos fique
adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, mas permite que essa
duração se prorrogue por iguais e sucessivos períodos ( no inciso I, permite que,
naquela hipótese, a Administração prorrogue o contrato, além do exercício), tendo em
vista melhores condições e preço, para a Administração, não ultrapassando o prazo
limite de 60 meses, excepcionada a faculdade de prorrogação mantida pela Lei 9648,
que acrescentou o § 4o. ao referido artigo 57. Este dispositivo autoriza, em casos
excepcionais, devidamente justificados e com permissão superior, a prorrogação do
prazo previsto no aludido inciso, em até doze meses. Além do prazo comum da
prorrogação, há que se considerar ainda este último.
Se, anteriormente, com a redação dada pela Lei 8883, a contratante devia
prever, de imediato, o prazo que melhor se afeiçoasse aos interesses da
53
Administração, atualmente, poderá fazer o contrato para vigorar no exercício, com a
possibilidade de prorrogar essa duração por iguais e sucessivos períodos.

50
A Medida Provisória 1452, de 10 de maio de 1996, publicada no DOU de 11 seguinte, já continha a determinação,
o
para acrescentar o novo parágrafo 4 . ao artigo 57. Já a Medida Provisória 1500, de 7 de junho de 1996, publicado no
o
DOU de 10 deste mesmo mês, repete o parágrafo 4. e introduz uma inovação que será repetida iterativamente,
modificando o inciso II do aludido artigo. Em 21 de junho seguinte, o Chefe do Poder Executivo baixa o Decreto 1937,
ordenando que, na reedição de medidas provisórias, serão mantidos os números originários, acrescidos do número
correspondente à reedição, separados por hífen (artigo 12 ). Este decreto foi publicado n o DOU de 24 do mesmo mês.

51
Cf., de Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, o comentário “ A duração dos contratos de prestação de serviços a serem
executados de forma contínua”, in BLC 2/96. Vide nosso “Licitações e contratos administrativos. Algumas observações
em face da Lei 8883/94 e da Medida Provisória 681/94” ( in Arquivos, do Ministério da Justiça, 185, de 1995; Revista
Trimestral de Jurisprudência dos Estados,134/46; Revista de Informações Legislativa, do Senado Federal, 125/111.
Neste trabalho, tecemos a interpretação do referido inciso II, com a redação da Lei 8883/96, acolhida pela
jurisprudência do Tribunal Maior de Contas, atualmente superada pela Medida Provisória citada.

52
Neste sentido, a culta advogada Yara Police Monteiro .

53
Consulte-se o citado ”Licitações e contratos e administrativos” de nossa autoria. O TCU sentenciou que o contratante se abstenha
de incluir nos processos de licitação e, portanto, nos contratos a serem firmados, a previsão de prorrogação de prazo, quando se
tratar de serviços de duração continuada., dimensionando-se claramente a duração desses serviços, nos termos do inciso II do
artigo 57 da Lei 8666/93, alterada pela Lei 8883/94, Relator Ministro Humberto Guimarães Souto, Decisão 34/96, 1 Câmara,
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O dispositivo confirma energicamente essa exegese, porquanto deve-se ler: a


duração dos contratos.... ficará adstrita aos créditos orçamentários, exceto quanto aos
relativos ( caput ): .... II) à prestação de serviços a serem executados de forma
contínua, que poderá ter a sua duração prorrogada ... Entenda-se que a duração, de
um exercício ( prevista no caput), poderá ser (faculdade a ser exercida) prorrogada,
tendo em vista a obtenção de melhor preço e condições mais vantajosas, que serão
aferidos, por ocasião da realização da prorrogação, se esta realmente for de interesse
da Administração, em comunhão com a tese, que defendemos, ao comentarmos a
54
citada Medida Provisória. Este entendimento foi sufragado, recentemente, pela douta
55
advogada da Consultoria da Editora NDJ, Dra. Eunice Leonel da Cunha.
Interessante questão deve ser respondida, quanto à faculdade de se prever a
prorrogação por período menor que o originário.
Não vemos óbice, nesta interpretação, visto que quem pode o mais, pode o
menos e não seria razoável exigir-se da Administração que preveja, no contrato, a
prorrogação por igual período do contrato originário, portanto superior às reais
necessidades, em detrimento de seus próprios interesses, apenas para satisfazer a
interpretação literal e gramatical do texto, contrariando a melhor doutrina.

INTERPRETAÇÃO DO § 4º DO ARTIGO 57
56
O § 4º do artigo 57 foi introduzido pela Medida Provisória 1081, de 28.7.95. e
mantido pela Lei 9648. A Lei 8883/94 modificou o texto originário da Lei 8666/93.
Esse dispositivo modificado tem sido repetido pelas Medidas Provisórias ulteriores, as
quais convalidam os atos praticados com base na Medida Provisória anterior.
Destarte, no caso de contrato de prestação de serviço de forma continuada, o
administrador deve dimensionar o prazo, que melhor se ajuste às circunstâncias,
fazendo uma prévia avaliação, auscultando preços e condições mais vantajosos para a
Administração, cabendo-lhe também avaliar o tempo de duração do contrato e o
interesse daquela.

DOU de 18 de março de 1996, Seção I. Consultem-se, neste sentido, de Roberto Bazilli, Contratos Administrativos, Malheiros,
Editores, 1996, p.70; idem, Marçal Justen, Comentários á Lei de Licitações e Contratos Administrativos., 4ª edição, p. 364; Jessé
Pereira Júnior, Comentários á Lei das Licitações e Contratações da Administração Pública, Renovar, 4ª edição, p. 398.

54
Cf. nosso Duração de Contrato Administrativos, in Boletim de Licitações e Contratos 2, de fevereiro de 1997, pp. 76 a
79.

55
Cf. A Duração dos Contratos, in BLC cit. 1, de janeiro de 1998, pp. 10 a 13.

56
Publicado no DOU de 31.7.95, Seção I. Os atos praticados com fundamento nas Medidas Provisórias que tratam da
matéria foram convalidados pela citada Lei 9648.

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O TCU, na Representação formulada nos termos do artigo 113, § 1º, da


estudada lei, c/c o artigo 213 do Regimento Interno ( artigo 34 da Resolução TCU
29/95), seguindo o voto do culto Ministro – Relator, Bulgarin, decidiu que a duração
dos contratos fica adstrita à vigência dos créditos orçamentários, que, em regra,
57
eqüivale ao exercício financeiro, todavia admite sua prorrogação ou extensão, nos
casos previstos na Lei.
Para temperar os rigores desta situação, o legislador ( in casu, o Chefe do
Executivo) editou a citada Medida Provisória 1081 e enxertou o § 4º, facultando que a
Administração pudesse prorrogá-lo, em até doze meses mais, desde que demonstrada
a excepcionalidade e houvesse a autorização da autoridade superior. Essa prorrogação
faz-se por aditamento, submetendo-se a todas as formalidades da lei. E, mais tarde,
através de Medida Provisória, modificou o inciso II do estudo dispositivo.
Sem dúvida, não há que se indagar da existência da previsão desta faculdade no
contrato ou no edital, porque isto é impossível, por se tratar de caso excepcional e
imprevisto, segundo a inteligência do dispositivo em tela.
Assim, estando em vigor o § 4º, é forçoso concluir que esse dispositivo se aplica
a todos os contratos que se fizeram ou fazem, sob sua vigência, ou antes de sua
vigência, mesmo que não previsto no contrato e no edital, por que impossível tal
58
previsão.

C O N T R A T O D E P R E S T A Ç Ã O D E s e r v i ç o s de
FORNECIMENTO de passagens aérEAS e terrestres 5 9

Este contrato tem por objeto a prestação dos serviços de emissão de passagens
aéreas e terrestres e também os de serviços de assessoramento para definição de
melhor roteiro, entrega de bilhetes em local indicado, a apresentação de tabelas de
preços das concessionárias dos serviços de transporte aéreo vigente a época da
contratação, a emissão e entrega, em tempo hábil, das passagens solicitadas, através da
requisição de passagens, por órgão gestores, o fornecimento de passagens terrestres,

57
Cf. Decisão 148/96, Pleno, de 27.3.96. Este decisório cita ainda em seu apoio a Decisão 34/96, em que funcionou
como Relator, o Ministro Humberto Souto, in BLC cit. 6, de junho de 1996, pp. 300 a 304..

58
Esta é também a opinião de Toshio Mukai e de. Lucas Azevedo Moreira dos Santos, da Procuradoria Geral da
Fazenda Nacional.

59
Cf. nosso Parecer, elaborado para MONSERRAT TURISMO LTDA., publicado, no Informativo Consulex, 25 e 27, de 22 de junho e 6 de julho de
1998, respectivamente; no Boletim de Licitações e Contratos, da Editora NDJ, número 8, de agosto de 1998; ,na Revista L&C Licitações e Contratos, da
Editora Consulex, 3, de 15 de setembro de 1998; Caderno de Direito Tributário e Finanças Públicas, 24, julho - setembro 1998, e na Revista Trimestral de
Jurisprudência dos Estados, set/out98, volume 166.

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em caso de conveniência de servidor ou de contratante, a recepção ou o


acompanhamento, quando do desembarque ou embarque, se solicitado pela
contratante, a emissão, reservas, marcação e remarcação de passagens aéreas
nacionais e internacionais, o assessoramento para definição de melhor roteiro, horário,
freqüência de vôo, tarifas promocionais, desembaraço de bagagens, reserva, locação
de veículos, emissão de passaportes etc.
Questão relevante se prende a saber a extensão do dispositivo modificado
pela mencionada Medida Provisória, agora transformada na citada Lei 9648/98,
no que diz respeito às sucessivas prorrogações por iguais períodos.
A medida provisória ( já transformada na Lei 9648/98) em apreço visou
antes de tudo sanar uma dificuldade que o administrador vinha encontrando na
pratica, segundo variada interpretação que se dava ao acima citado dispositivo
(inciso II do artigo 57 ), corroborando a melhor exegese, de sorte que o que já se
fazia costumeiramente, o legislador houve por bem de adotar integralmente, ao
assinalar, com precisão matemática, que a prorrogação pode ser feita, tendo em
vista preço e condições mais vantajosas, para a Administração, que se
constituem no vetor da melhor gestão e administração.
A doutrina não ficou inerte nessa questão, tendo estudado profundamente a
natureza jurídica do contrato entre a Administração e as agências de turismo.
Sem dúvida, trata-se de contrato de prestação de serviços a serem
executados de forma continua.
O contrato em tela é de prestação de serviços, visto que se trata de atividade
da qual se extrai uma utilidade, de conformidade com o conceito fornecido pelo
artigo 6º.”
Marçal Justen ensina que esse tipo de contrato consiste em uma prestação
de serviço, posto que:

“A Agência se obriga a identificar os transportadores


que atendem as necessidades da Administração, realizar as
reservas, providenciar a emissão de bilhetes e sua entrega à
Administração e outras atividades similares, destinadas a
60
assegurar a concretização do contrato de transporte .”

Airton Rocha Nóbrega, apreciando a natureza do contrato destinado à


aquisição de passagens aéreas, enfatiza, com muita propriedade, de forma
61
irretorqüível , que:
60
Cf. ILC número 42, de julho/97, páginas 503 a 5505.

61
Cf. Boletim de Licitações e Contratos, dezembro de 1996, págs. 584 a 589.
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“....................................................................................................
....
A aquisição de passagens aéreas é a atividade que transparece e
salta à vista nesse tipo de contrato celebrado pela Administração Pública
com a finalidade de atender a uma necessidade específica que, nem de
longe, se assemelha ou pode ser rotulada como a de aquisição de um
bem determinado (passagem aérea ).
Não se compram passagens aéreas como atividade - fim desse tipo
de contrato, adquire-se, em realidade, o bilhete que representa o
instrumento de acesso ao objetivo final que é o de ver-se, em regra, um
servidor ou terceiro autorizado transportado de um ponto a outro, no País
ou no exterior.
Têm-se, desse modo, não a aquisição de um bem,
caracterizando um fornecimento ou uma compra, consoante conceituação
contida no art. 6º, III, da Lei nº 8.666/93, mas sim a obtenção de uma
utilidade de interesse da Administração.
Estabelece-se e disciplina-se nessa relação contratual a
prestação de um serviço de transporte, estando o transporte conceituado
pelo art. 6º, II, da Lei nº 8.666/93, como serviço.
Tratado como fornecimento, ter-se-ia que, necessariamente,
realizar contratações para períodos coincidentes com o exercício
financeiro (ano civil), baseando-se o contrato em quantitativos impossíveis
de fixar, pois teria ele que determinar quantas viagens seriam realizadas
nesse lapso de tempo e quantos bilhetes deveriam ser emitidos no mesmo
período
Como serviço que efetivamente é, permite a Lei de
Licitações e Contratos o dimensionamento da duração do contrato por
um período de até 60 (sessenta) meses, a teor do que preceituado se acha
em seu art. 57, inciso II, gerando sensíveis economias para a
Administração já que não se terá que, a cada exercício, iniciar um novo
procedimento licitatório, culminando com a celebração de um contrato
que terá efêmera duração.
Para o planejamento da licitação e quantificação dos custos
contratuais futuros, ter-se-á que ter como base valores estimados,
resultantes de uma avaliação das prováveis necessidades da repartição,
considerados inclusive os gastos realizados em exercícios anteriores.
Avaliado esse aspecto primeiramente proposto, conclusão
clara que se extrai, com fundamento no art. 6º, II, da LLC, é que o
contrato de transporte aéreo de passageiros celebrado pela
Administração possui típica natureza de serviços contínuos, envolvendo
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uma atividade destinada à obtenção de uma utilidade e não uma aquisição


remunerada de bens para fornecimento de um só vez ou
62
parceladamente.”
Conclui, com acerto, que esse contrato possui típica natureza de serviço
contínuo, cuja atividade tem o objetivo específico de extrair uma utilidade e não uma
aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente.
Sem embargo de seu trabalho haver sido escrito, antes das modificações
introduzidas pela Lei 9648, mantém-se atual e plenamente válida a tese defendida.
Na realidade, não se trata apenas de um contrato de prestação de serviços de
fornecimento de passagens aéreas e terrestres, senão de vários contratos,
indissoluvelmente ligados.
Essas atividades, como é óbvio, não podem ser interrompidas abruptamente,
pois, segundo a dicção do autor antes citado, se esse contrato fosse
“tratado como fornecimento, ter-se-ia que,
necessariamente, realizar contratações para períodos coincidentes
com o exercício financeiro (ano civil), baseando-se o contrato em
quantitativos impossíveis de fixar, pois teria ele que determinar
quantas viagens seriam realizadas nesse lapso de tempo e quantos
63
bilhetes deveriam ser emitidos no mesmo período.”
O Dr. Lucas Azevedo Moreira dos Santos, Coordenador – Geral Patrimonial,
com o beneplácito do Procurador – Geral – Adjunto da Fazenda Nacional, Dr.
Edgard Lincoln de Proença Rosa, concordou plenamente com essa tese, aduzindo
ainda que o desconto oferecido pelas agências de viagens deve ser reduzido, após
repactuação, a teor do disposto no Decreto 2809, de 1998, independentemente de sua
regulamentação, e que a prorrogação, de acordo com a Instrução Normativa 18/97,
editada pelo MARE, far-se-á por períodos de até doze meses cada, iguais e
64
sucessivos, até o limite total de sessenta meses .
Efetivamente, não se coaduna esse tipo de contrato com as efêmeras
contratações, para durar apenas um exercício, ou seja, não são contratos
instantâneos, por sua própria natureza. São contratos de prestação de serviço de
forma continuada.
Exatamente, por isso, os contratos eram dimensionados, segundo suas
características, por períodos que, segundo a avaliação da Administração, podiam e
realmente ultrapassavam o exercício financeiro, alavancados no melhor preço e nas
condições mais acessíveis e vantajosas, cuja tônica veio a ser corroborada, pela nova

62
Cf. Boletim de Licitações e Contratos, dezembro de 1996, páginas 584 a 589.

63
Cf. op. cit.
64
Cf. Parecer PGFN/CPA 1713/98. No caso das agências de turismo, segundo prédica do TCU, o menor preço se consubstancia, no maior desconto sobre a
comissão.
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redação que as sucessivas medidas provisórias, antes citadas, transformadas no


mencionado diploma legal, deram ao inciso II do artigo 57, autorizando prorrogações
sucessivas, por iguais períodos, acorrentadas à obtenção de melhor preço e às
condições mais vantajosas, para a Administração, isto é, tendo em vista os elevados
interesses da Administração.
O Tribunal de Contas da União, ratificando o entendimento firmado na
Decisão 409/94 do Plenário, considerou regular a inserção, nos instrumentos
convocatórios das licitações, para efeito de aferição da proposta mais vantajosa,
do critério de julgamento baseado no maior desconto oferecido pelas agências de
viagens sobre o valor de suas comissões, devendo ser levados em conta, ainda, os
preços efetivamente praticados pelas concessionárias, inclusive aqueles
promocionais 65
Essa espécie de contratação não admite enquadramento como fornecimento
e não se poderá, assim, estipular duração contratual sem observância da regra
contida no art. 57, inciso II, da Lei de Licitações e Contratos, já que se trata de
prestação de serviços de natureza contínua.
Em razão disso, independem de específica previsão, no edital e no contrato,
a aplicação aos contratos de providências que, estatuídas na Lei, não exigem
repetição no bojo do instrumento firmado. Cite-se, apenas para exemplificar, que
hipóteses como a de retomada do objeto (art. 80, I) e a aplicação das sanções
administrativas, salvo a de multa (art. 87), não resultam diretamente do fato de
estarem inscritas no contrato, mas sim do fato de estarem previstas na Lei.
E a necessidade de previsão de prorrogação ou extensão deve estar
explicitada no edital e no contrato, quando a lei o exigirem, com absoluta nitidez,
v. g., o inciso I do artigo 57, in litteris,
“I – aos projetos cujos produtos.............,se houver interesse da
Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato
convocatório.

INTERPRETAÇÃO DO ART. 121

A reforçar a tese anteriormente sustentada, merece registro o fato de que, ao ser


editada a Lei 8.666/93, dentre as inúmeras dúvidas e questionamentos que então foram
gerados, sobressaía, também, aquele alusivo especificamente à sua aplicação às
licitações instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua vigência.
Trouxe a Lei, a respeito desse assunto, em seu art. 121, com a redação que lhe
foi posteriormente dada pela Lei nº 8.883, de 8 de junho de 1.994, disposição clara no

65
Cf. Ata 44/94, Plenário, Relator, Ministro Bento José Bulgarin, in BLC cit. 6/95, p. 294.

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sentido de que ...


"Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às
licitações instauradas e aos contratos assinados anteriormente
a sua vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos parágrafos
1º, 2º e 8º do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim o
disposto no "caput" do art. 5º, com relação ao pagamento das
obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser observada,
no prazo de 90 dias contados da vigência desta Lei,
separadamente para as obrigações relativas aos contratos
regidos por legislação anterior à Lei nº 8.666, de 21 de junho
de 1993." (Grifou-se).
Sobressaía desse dispositivo por demais óbvio que, ao assim se dispor, buscava-
se preservar e respeitar, em relação às licitações em curso e aos contratos já
celebrados, o ato jurídico perfeito, como garantia inscrita dentre os direitos e garantias
fundamentais da Carta Política de 1.988 (art. 5º, inciso XXXVI).
Cristalina, portanto, a inaplicabilidade da nova Lei a todas aquelas situações
baseadas em processos já instaurados quando de sua edição e aos contratos em vigor.
Ao dispor a Lei, no entanto, que as suas disposições não se aplicariam às
licitações instauradas e aos contratos assinados anteriormente a sua vigência,
entendeu ser necessária a exclusão de algumas situações específicas do âmbito dessa
regra, que se viram ampliadas com a edição da Lei nº 8.883, de 8 de junho de 1.994.
Foram ressalvadas, assim, as situações tratadas no art. 57 (relativa à duração
dos contratos), nos §§ 1º, 2º e 8º do art. 65 (relativa a acréscimos e supressões e à
dispensa de aditivos), no inciso XV do art. 78 (relativa a rescisão do contrato por
atraso de pagamento), bem assim o disposto no "caput" do art. 5º (relativa à moeda
de pagamento e à observância da ordem cronológica na quitação de obrigações).
Nas situações ressalvadas, afastou-se a Lei da obrigação de respeito ao ato
jurídico perfeito. Determinou ela, em realidade, que as regras indicadas deveriam ser
estendidas aos contratos anteriormente celebrados, agregando-se suas disposições ao
conteúdo dos instrumentos que se achavam vigorando quando de sua edição.
Atendendo-se a ressalvas contidas no texto da própria Lei, deverão as licitações
que naquela oportunidade já se achavam instauradas e os contratos assinados observar
as disposições contidas no art. 57 (relativa à duração dos contratos ), nos §§ 1º, 2º e
8º do art. 65 (relativas a acréscimos e supressões e à dispensa de aditivos), no inciso
XV do art. 78 (relativa a rescisão do contrato por atraso de pagamento), bem assim
o disposto no "caput" do art. 5º (relativa à moeda de pagamento e à observância da
ordem cronológica na quitação de obrigações).
Extrai-se dessa orientação legal, de modo claro e inequívoco, que a disposição
alusiva à duração dos contratos possui caráter impositivo, prevalecendo sempre sobre
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66
disposições contratuais e editalícias .
Destarte, o fato de não haver previsão no instrumento convocatório ou de não
haver qualquer menção expressa à prorrogação de prazo não significa, nesse tipo de
contrato, que não se possa fazer. Confere-se a Administração, em tais casos, a
possibilidade legal de realizar a prorrogação dessa duração até o limite estabelecido,
especialmente em vista da norma absoluta que, consoante anteriormente já restou dito,
possui precisão matemática.
Cabe, na situação exposta, a conclusão objetiva no sentido de que não tendo a
Administração estabelecido prazo contratual que exceda o limite máximo previsto no
art. 57, II, da Lei, poderá ela, a despeito da inexistência de expressa previsão
contratual, realizar aditamentos ao instrumento contratual, projetando a sua duração
até que se esgote o parâmetro fixado na norma.

PRORROGAÇÃO DO INÍCIO DE ETAPAS DE EXECUÇÃO/


CONCLUSÃO/ENTREGA

A lei permite a prorrogação dos prazos de início de etapas de execução, de


conclusão e de entrega, assegurado o equilíbrio econômico - financeiro (caput do
artigo 57 ), desde que ocorra um dos pressupostos gizados no § 1o. do artigo 5767.
Os fatos que autorizam a prorrogação são posteriores ao início da vigência do
contrato, surgem durante sua execução e, portanto, neste caso, não se há de falar em
repactuação, para retomada do equilíbrio econômico - financeiro, somente, após um
ano, como, equivocada e absurdamente, prescrevia o revogado Decreto federal
68
2031/96. A revisão contratual, para restaurar o equilíbrio econômico - financeiro, é
contemporânea ao fato.
o
O § 1 . do artigo 57 autoriza a prorrogação do prazo contratual, em vista de
circunstâncias que ocorram durante a execução do contrato, independentemente de
previsão no edital e no contrato, mantidas as demais cláusulas e resguardada a
manutenção do equilíbrio econômico – financeiro, nos seguintes casos:

66
Neste sentido, pronunciou -se o TCU, Ata 35/95, Plenário, Decisão 366/95, in BLC cit. 10/95.p. 505.

67
Consulte-se o notável parecer de Arnoldo Wald, apreciando, com precisão matemática, questão de alta relevância,
que diz respeito à prorrogação de prazo contratual, na hipótese de ampliação, reforma e modernização de obra. Sem
embargo de a apreciação haver sido feita, sob a égide do Decreto – lei 200/86, o estudo não perdeu atualidade, in BLC
cit., 1/99, págs.9-16.

68
O Decreto federal 2271, de 7 de julho de 1997, publicado no DOU de 8 de seguinte, revogou o Decreto 2031, de 11 de
o
outubro de 1996, e o artigo 6 . do Decreto 99188, de 17 de março de 1990, alterado pelo Decreto 804, de 20 de abril de
1993.

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1.alteração do projeto ou da especificação imposta pela Administração - artigos


58, I e 65, I;
2.superveniência:
• de fato excepcional
• imprevisível e
• estranho à vontade das partes que altere fundamentalmente as condições do
contrato;
3.interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por
ordem e interesse da Administração;
4.aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato nos limites
autorizados pela lei - artigo 65, § 1º, 2º e 4º do artigo 65;
5.impedimento da execução por ato ou fato de terceiro reconhecido pela
Administração, através de documento escrito contemporâneo à ocorrência;
6.omissão ou atraso de providências da Administração Pública, que acarretem:
a) atraso no pagamento
b) impedimento ou retardamento na execução do contrato sem prejuízo das
sanções legais contra os responsáveis.

A PRORROGAÇÃO DEVERÁ:

• ser justificada por escrito


• conter autorização prévia da autoridade competente para celebrar o contrato
• ser feita por aditamento69 ( vedada a prorrogação de contrato findo)
• mediante autuação no processo.
O Egrégio Tribunal de Contas da União, em consulta formulada pelo Prefeito
da Cidade de Recife, decidiu que os contratos, firmados com dispensa de licitação,
com base no inciso IV do artigo 24 da Lei 8666/93, conquanto tenham prazo máximo
de cento e oitenta dias para a conclusão das obras e serviços, podem ser prorrogados,
desde que, posteriormente, ocorra fato excepcional ou imprevisível estranho à vontade
70
das partes e que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato .
Demonstrada a ocorrência de calamidade ou emergência, não há como opor-se
à prorrogação, fazendo-se a revisão contratual, pela aplicação da cláusula rebus sic
stantibus, desde que presentes os pressupostos básicos e fáticos da questão.

69
Neste sentido, Súmula 4 do Tribunal de Contas do DF.

70
Cf. Decisão 896/96, Plenário, Relator Ministro Bento José Bulgarin, in BLC cit. 4/97, p. 191.

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Este Pretório Maior colheu os ensinamentos da melhor doutrina, apontando as


lições de Hely Lopes Meirelles, Diógenes Gasparini, Ivan Rigolin, Marçal Justen,
71
Sérgio Ferraz e Lúcia Valle

EXTENSÃO DE CONTRATO

Em se tratando de contrato de aluguel de equipamento e de contrato relativo à


utilização de programas de informática, a duração poderá ser estendida pelo prazo de
até 48 meses, após o início da vigência do contrato.
Esta hipótese é semelhante à do inciso II, na redação originária da Lei 8666/93,
com a redação fornecida pela Lei 8883/94, isto é, trata-se de extensão e é uma
previsão, no ato convocatório e no contrato, unilateral da Administração, aceita pela
contratada, independentemente de aditivo ou justificação, porque feita
72
concomitantemente com o contrato. Não há que se falar em prorrogações, porque o
texto legal é incisivo e só permite a extensão, além do exercício financeiro, desde que
imposto no ato da celebração do contrato e previsto no ato convocatório. Não há
o
impedimento de prorrogação, se alicerçada nos casos inscritos no § 1 . do citado artigo
57.
o
Não se lhe aplica o § 4 ., introduzido pela citada Lei 9648, visto que este
parágrafo tem endereço certo: o inciso II.
A lei confere o mesmo tratamento a situações distintas ( aluguel de
equipamentos e utilização de programa de informática ), conforme lucidamente
anotam Marcos Juruena Villela 73 e Jessé Torres Pereira Júnior.74

CONTRATOS DE LOCAÇÃO - FINANCIAMENTO - SEGURO E


OUTROS SEMELHANTES - artigo 62, § 3º
75
Os contratos de locação em que o poder público é locatário, de seguro, de
financiamento, de leasing e aqueles, cujo conteúdo seja regido, preponderantemente

71
Cf. BLC 4/97 e p. cit.

72
Consulte-se nosso Duração do Contrato Administrativo e a Lei 8666/93, in BLC cit., 10 ( outubro ) , de 1993, pp.
401/9. Vide nosso Duração de Contrato Administrativo, de acordo com as alterações in troduzidas pela MP 1500-16 cit.,
idêntica à MP vigente. Sobre serviços de informática, consulte-se de Sonia Tanaka, Aquisição e Bens de Informática,
in op. cit.

73
Cf. Licitações e Contratos Administrativos, ADCOAS, ESPLANADA, 2ª edição, p. 179.

74
Cf. Comentários à Lei de Licitações e Contratações da Administração Pública, Renovar, 4ª edição, p. 395.

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por disposição de direito privado, submetem-se às normas da Lei 8666/93, não se lhes
aplicando, porém, o artigo 57, que trata do prazo contratual. Entenda-se que a
aplicação das normas privadas se dá na mesma proporção que as normas de direito
publico.
Incidem, no que couber, os artigos 55 (cláusulas essenciais ), 58 (cláusulas
extravagantes ), 59 ( nulidade ), 60 e 61 ( formalidades), além das normas gerais .
Consequentemente, não há restrição quanto ao prazo, submissos que ficam à lei
própria - lei de locação predial urbana, legislação de seguros, financiamento, de leasing
etc.
Esses contratos poderão ser feitos, para vigorar em prazo, superior à duração do
crédito orçamentário, porque expressamente afastados das amarras do artigo 57,
adequando-se à lei própria, no que não colidir com as regras especiais.76
Note-se, no entanto, que, sendo o prazo norma geral, fica vedado fazer-se
qualquer contrato, inclusive de locação, por prazo indeterminado, e os que
prosseguem, desta forma, devem ser imediatamente rescindidos, segundo orientação
iterativa e sensata da Corte Maior de Contas.
o
Assim, o § 3 . do artigo 57, apesar da expressa exclusão deste artigo, tem plena
aplicação a quaisquer contratos, porque se trata de norma geral.
Contudo, em vista da ordem emanada do inciso V do artigo 55 ( indicação do
crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional
programática e da categoria econômica ), anualmente ou no início de cada exercício
financeiro, deverá a Administração, por aditamento, apontar o crédito pelo qual
correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da
categoria econômica.

75
Sobre o assunto, consultem-se nossos trabalhos, abordando diversas questões, algumas controvertidas,
publicados no: Boletim de Licitações e Contratos 2/88, 10/93 e 12/94; Boletim de Direito Administrativo 8/88, na Revista
de Direito Público 88/116 e no Suplemento LTR SUPLEMENTO TRIBUÁRO 14/97, 1977.

76
Sobre a locação de imóvel em que o Poder Público é locatário, consultem-se nossos trabalhos, insertos nos
seguintes repositórios: Revista de Processo volume 48; Revista de Direito Público volume 82/146-153; Diário Oficial da
União, de 4.9.81, Seção I, p. 14248; BDA cit. 5/88. Sobre a matéria, consultem-se ainda nossos estudos Reajuste e
Revisão de Contratos, Revista dos Tribunais, 630/47; O Real e o Plano de Estabilização da Economia, cit.; Reajuste e
Programa de Estabilização da Economia, Revista de Direito Público (RDP ) 95/139; A Inflação e os Reajustes, Revista
Dir. Públ.. cit. , vol. 161; Retroação, Boletim de Direito Administrativo 7/88.

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Indaga-se quanto à aplicabilidade das cláusulas extravagantes, a esses contratos.


A resposta é positiva. O § 3o. do artigo 62 não deixa margem a qualquer dúvida.
São, também, contratos administrativos, porque presente a Administração
Pública, aplicando-se-lhes as prerrogativas do artigo 58.
Quid se a Administração não pudesse rescindir ou extinguir o contrato de
locação, em que fosse locatária, em caso de interesse público?
Imagine-se o que aconteceria se o Poder Público locatário de um imóvel de
propriedade de um particular, por exemplo, não pudesse rescindir a locação desse
imóvel, onde estivesse instalada uma repartição ou uma entidade que não mais
pudesse continuar, no local, por circunstâncias diversas, como segurança nacional,
necessidade de mudança para outro local, em virtude de vizinhança inadequada ao
funcionamento da entidade ou por imperativo legal, entre tantos motivos.
Efetivamente, a alteração e a rescisão unilateral do contrato são inerentes à
Administração, pelo que podem ser feitas, ainda que não previstas no contrato.
A lei é clara e incisiva.
O Subprocurador - Geral do Tribunal de Contas da União, Paulo Bugarin,
77
afirma não ser cabível contrato de locação entre dois órgãos públicos.

77
Cf. Revista L&C cit., 5/98, p. 25, in Decisão 688/98, Plenário.

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4 - A PUBLICAÇÃO E A EFICÁCIA DOS CONTRATOS E


DE OUTROS INTRUMENTOS HÁBEIS

A lei erige como condição indispensável, para a eficácia dos contratos


administrativos, qualquer que seja o valor, mesmo que sem ônus (artigo 61, §
78
1º). a publicação resumida dos seus instrumentos ou de seus aditamentos, na
o
imprensa oficial, como definida, no inciso XIII do artigo 6 , com a nova redação
que lhe deram as medidas provisórias, sucedidas pela Lei no 8 883, de 1 994,
tornando-a, sob esse aspecto, mais precisa e enriquecida com novas modalidades
de publicidade: em caráter excepcional, a afixação, em quadro de avisos de amplo
acesso público, de atos que devam ser divulgados, ou a audiência pública
obrigatória, sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto
de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a cem vezes o limite previsto
no artigo 23, alínea a.
Devia o legislador ter previsto também a publicidade por meios eletrônicos,
para todas as hipóteses. Em pleno final do século XX, na era da informática, não
se justifica ignorar esse meio de comunicação.
A publicidade recebeu do legislador ordinário a merecida consagração, com
o
os aplausos da doutrina. O artigo 3 desse diploma inscreve, entre os princípios
maiores, o da publicidade, impondo sua obediência , com destaque aos contratos,
ao registro de preços das compras, publicado trimestralmente; às compras
disciplinadas no artigo 16; aos avisos de editais das concorrências e das tomadas de
preços; aos concursos; às dispensas, às declarações de inexigibilidade e ao
retardamento.
Trata-se, in casu, de formalidade essencial - condição indispensável para
eficácia dos contratos - a ser providenciada pela Administração, até o quinto dia
útil do mês seguinte ao de sua publicação, para ocorrer no prazo de vinte dias
daquela data.
A Lei no 8 883, de 1994, alterou o presente dispositivo, tornando mais
elástico o prazo. A redação originária, idêntica à da lei anterior, neste particular,

78
Cf. nosso Publicidade e os contratos administrativos, in TEIA JURÍDICA (INTERNET); Informativo
CONSULEX cit., 13, de 25 de março de 1996; LT R Suplemento Tributário, 22/96; Revista Trimestral de
Jurisprudência dos Estados, 149/53; BLC cit. vol. 6 - junho de 1996, e na Revista dos Tribunais 731/56 e segs.

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mandava que a Administração providenciasse a publicação na mesma data de sua


assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias.
Ora, esse prazo era insuficiente para as providências normais e
concretização de sua publicação, especialmente nos Municípios remotos ou em
centros altamente movimentados. O legislador, então, houve por bem de atender
as sugestões e os clamores de vastos setores da sociedade.
Para contornar essa dificuldade, o citado diploma legal autorizou a
Administração a providenciar a publicação ( medidas burocráticas de praxe), não
mais na mesma data, como absurdamente exigia, senão até o quinto dia útil do
mês seguinte ao da assinatura do contrato.
E a publicação deverá ocorrer, no prazo de vinte dias daquela data, ou seja,
do quinto dia útil do mês seguinte ao da sua assinatura. Na contagem dos prazos,
exclui-se o dia do início e inclui-se o do vencimento, considerando-se os dias
consecutivos, a não ser que haja dispositivo legal em sentido contrário, e só se
iniciam e vencem em dia de expediente na entidade ou no órgão.
A publicação do contrato torna-o o eficaz, mas sua vigência se dá a partir de
sua assinatura ou da data estipulada, no ato convocatório e no contrato, e qualquer
alteração só poderá ser feita, segundo os pressupostos da lei, não se admitindo
atribuir efeitos financeiros retroativamente, salvo as exceções legais.
o
Conquanto a expressa vedação de efeitos financeiros, constante do § 2 . do
artigo 61 (artigo 51, § 2o da revogada lei ), tenha sido vetada e as razões da
Advocacia - Geral da União nenhuma referência faça a esse fato, esta proibição
decorre do sistema jurídico - financeiro, não se permitindo abranjam dispêndios
financeiros, de data anterior, ainda que se refiram à própria obra, compra ou
serviço, ao qual esteja relacionado o contrato.
Destarte, tomadas as providências legais e publicado o extrato do contrato
ou de seu aditamento, no prazo legal, seus efeitos retroagem, à data da sua
assinatura, ou da data previamente acordada, como corolário do prazo que a lei
concede ao administrador, para providenciar e publicar o documento.
E s e a A d m i n i s t r a ç ã o omitir-
omitir- s e ?
A omissão impede a produção de efeitos jurídicos. O ato ( ou o contrato) é
ineficaz. Só valerá perante as partes e terceiros, após realizar-se a condição
necessária, que é a divulgação pelos meios próprios, pois é “requisito de eficácia”.
É a eficácia contida. Marçal Justen, contudo, ensina que o descumprimento do
prazo não vicia a contratação, nem rompe o vínculo, apenas posterga o início do
prazo contratual.
O Tribunal de Contas do DF julgou, com muito acerto, que a publicação é
formalidade que o aperfeiçoa, sem a qual ele não estará apto a produzir efeitos e a

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despesa dele decorrente é ilegal, pela qual responde quem lhe deu causa, cuja falta
funcional será agravada, se houver execução, no período a ela anterior79.
Se, porém, apesar disso, estiver sendo executado ou tiver sido executado, é
fora de dúvida de que a contratada deverá ser indenizada pelo que houver realizado
e pelos prejuízos regularmente comprovados, notadamente porque cabe à
Administração providenciar sua publicação, não cabendo àquela responsabilidade,
pela omissão ou retardamento da prática desse ato, e o servidor deverá ser
responsabilizado, sofrendo as sanções previstas neste diploma legal e nos
regulamentos próprios, independentemente da responsabilidade civil e criminal.
E, assim é porque, se a declaração de nulidade do contrato não exonera a
Administração do dever de indenizar o contratado, desde que lhe não seja
imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa, também
na hipótese estudada, o mesmo princípio tem plena aplicação, porque se trata não
de simples irregularidade, mas de frontal violação da Constituição, que erige a
publicidade em dogma constitucional, e desta lei.
O Tribunal de Contas da União decidiu que a anulação do contrato produz,
em regra, efeitos ex tunc, não obstante, o administrador não pode desconsiderar o
que já foi realizado, devendo a contratada ser ressarcida, em consonância com o
que dispõe o parágrafo único do artigo 59. E aduziu ainda que os serviços não
podem ser interrompidos até que se realize novo procedimento licitatório, para que
80
não a Administração não se veja prejudicada .
É o que ocorre, em situação semelhante, quando a rescisão do contrato se
der, sem culpa do contratado, hipótese em que este terá direito ao pagamento pelo
que tiver executado, até aquela data, e será ressarcido dos prejuízos regularmente
comprovados.
Se, entretanto, a omissão tiver a conivência da contratada, esta também
responderá pela falta.
O artigo 62 dispõe que o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de
concorrência, tomada de preços e nas dispensas e inexigibilidades, cujos preços se
compreendem nos limites das modalidades acima mencionadas. Todavia,
dispensa-o, nas demais hipóteses, em que a Administração puder substituí-lo, por
outros instrumentos hábeis, tais como autorização de compra, ordem de execução
de serviço, carta - contrato ou nota de empenho, mas se lhes aplica o artigo 55.
Esta enumeração não é exaustiva.

79
Cf. decisão 50/94.

80
Cf. Ata 27/98, 2ª Câmara, Relator, Ministro Benjamim Zymler, Presidente Ministro Adhemar Ghisi, in BLC cit.
2/99, págs. 99-102.

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O § 4 .do artigo 62 torna facultativo o termo de contrato, qualquer que seja
o valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos
dos quais não resultem obrigações futuras, entre as quais a assistência técnica.
o o
Essa norma não pode ser apartada do § 1 . do artigo 32 e do § 4 . do artigo
40, que consubstanciam a agilidade e a desburocratização que devem nortear certos
atos, em função dos princípios da economicidade e da razoabilidade.
O primeiro dispositivo permite a dispensa da documentação referida nos
artigos 28 a 31, nos casos de convite, concurso, leilão e fornecimento de bens para
o
pronta entrega. Para o § 4 . do mencionado artigo 40, compras para entrega
imediata são aquelas com prazo de até trinta dias da data prevista para a
apresentação da proposta. Mais uma vez o legislador, desapega-se da burocracia,
ao facultar a dispensa da utilização do critério de reajuste previsto no inciso XI do
artigo 40 e das compensações financeiras, a que alude a alínea c do inciso XIV da
mesma disposição legal.
A lei determina a publicação do extrato do contrato ou de seus aditamentos,
não importa o valor, mesmo que sem ônus, no entanto ressalva o disposto no
artigo 26.
Sempre advogamos que todo contrato, qualquer que fosse o valor, ainda que
sem ônus, deveria ser publicado, incluindo aqueles, cujo instrumento pudesse ser
substituído por outros instrumentos hábeis, como, por exemplo, a carta - contrato,
a nota de empenho, a ordem de execução de serviço, a autorização de compra, ou
quaisquer outros semelhantes, com o beneplácito do Colendo Tribunal de Contas
da União e da melhor doutrina.
A jurisprudência desse Tribunal não se aplica aos Estados, ao Distrito
Federal ou aos Municípios; no entanto. servirá de roteiro seguro para estas esferas
de Poder que se submetem, indubitavelmente, às normas gerais e aos princípios
o o
catalogados na Lei de Licitações e Contratos - LLCA (artigos 1 , 2 e 118 da
LLCA), dentre os quais se destaca o da publicidade, com majestade constitucional,
por força do disposto no art. 37, caput, da Constituição.
Não obstante, o atual dispositivo deve ser lido, com muita cautela, pois não
se pode olvidar a ressalva feita pelo legislador, contendo inúmeros pontos obscuros
e sensíveis. O legislador não foi feliz, na sua redação. Perdeu a grande
oportunidade de disciplinar melhor e com maior precisão essa realidade.
A Lei no 8883, de 1994, adveio do Projeto de Lei de Conversão no 10, de
o
1994, em que se transformou a Medida Provisória n 472, de 15 de abril de 1994,
contemplando numerosas emendas a esta última, entre as quais pontifica a que
modifica o citado parágrafo único do artigo 61.
Uma das emendas apresentadas às diversas medidas provisórias, que
antecederam esta lei, refere-se à inclusão da expressão “ ressalvado o disposto no
artigo 26 desta lei ”, sob a justificativa de que a emenda visava tornar obrigatória
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apenas a publicação de instrumentos de contratos ou de seus aditamentos de valor


superior ao limite previsto na alínea a do inciso II do artigo 23 ( refere-se a alínea a
a convite, para compras e serviços que não sejam a contratação de obras e
serviços de engenharia ), por se tratar de medida de ordem econômica e a
publicação do contrato sair mais onerosa do que o valor do contrato
No entanto, a emenda, tal como foi aprovada, não excluiu da publicação os
contratos e aditamentos de valor inferior ao limite estipulado. na alínea a do inciso
II do artigo 23, como pretendia o legislador, segundo se infere da leitura da
emenda e da justificativa e do texto aprovado. Paradoxalmente, excluiu os
contratos decorrentes da dispensa ou da declaração de inexigibilidade catalogadas
81 o o
nos incisos III a XXIV do artigo 24, nos §§ 2 e 4 do art. 17 e no artigo 25,
respectivamente, cujos valores, via de regra, são elevadíssimos..
Como interpretar essa disposição legal com a ressalva ao artigo 26?
Esta, realmente, não pode ser ignorada, na interpretação da textura legal,
apesar da intenção do legislador ter sido outra.
o
A Lei n 8 883/94 reformou o parágrafo único do artigo 61, idêntico ao
parágrafo único do artigo 51 do diploma revogado, e ressalvou o disposto no
artigo 26, ou seja, mandou publicar todos os contratos, exceto aqueles cuja
82
licitação foi dispensada, com fulcro nos incisos III a XXII do artigo 24 e nos §
o o
§ 2 e 4 do artigo 17, e declarada inexigível nos termos do artigo 25, à guisa de
economia e racionalização, visto que esses atos, ou seja, a dispensa e a
inexigibilidade, deverão ser ratificados pela autoridade superior e somente serão
eficazes, após sua publicação, na imprensa oficial.
Quer a lei que se publiquem todos os contratos ou seus aditamentos,
qualquer que seja o valor ainda que desonerados; entretanto avisa que há uma
ressalva, que não pode ser preterida .
Publicados que foram aqueles atos - dispensa ou inexigibilidade - em
momento imediatamente anterior, obrigatoriamente justificados, não há razão
bastante para repetir aquele ato ( a publicidade ), onerando, sobremaneira, o
contrato e sobrecarregando os serviços públicos, em homenagem, repetimos, aos
princípios da racionalidade e economia, que devem nortear a boa administração,
desde que daqueles atos constem, necessariamente, os dados essenciais do
contrato, que normalmente estariam inseridos no extrato que deveria ser publicado.
Se, porém, o contrato não for celebrado, deve-se publicar o ato que tornar
insubsistente a dispensa ou a declaração de inexigibilidade.

81
Os incisos XXI, XXII , XXIII e XXIV foram acrescidos pela Lei 9648, de 1998.

82
Cf. remissão anterior.

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Se assim não for, o legislador estará deserdando o princípio da publicidade,


impedindo que se dê conhecimento de alguns contratos extraordinariamente
elevados, embora dispensados da licitação ou declarados inexigíveis, tão somente
em virtude da péssima redação do preceito reformado e da verdadeira intenção do
legislador que se não expressou corretamente.
Deve-se entender que se não publicam os extratos de tais contratos, porque
a dispensa e a inexigibilidade já o foram, nos cinco dias, após sua comunicação à
autoridade superior, para ratificação, nos três dias seguintes à realização daqueles
atos, se destes constam todos os elementos necessários à publicidade. Pensar
diferentemente, leva ao absurdo de que a alteração não conduziu a nada.
Seria verdadeira burla à inteligência interpretar-se de modo diverso,
desconhecendo o destino da exceção legal, nesse dispositivo, inscrita.
Se, entretanto, o referencial do contrato, com os elementos do artigo 55, não
estiverem contidos naqueles atos de dispensa e da justificativa, daí não há como
furtar-se à publicação do extrato do respectivo contrato, mas no prazo referido no
dispositivo, sob comento, e não no curto prazo de cinco dias. Esta interpretação
não se conforma com a finalidade do comando legal. Afinal, o alargamento do
prazo para publicação dos instrumentos de contrato e seus aditamentos não foi
obra do acaso e ocorreu, para atender os entraves da Administração.
Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, em sua obra Contratação Direta Sem
Licitação, na 3ª edição, concorda plenamente com nosso entendimento.83
Sidney Martins, contudo, apregoa que os prazos descritos, no parágrafo
único do artigo 61, não se aplicam à contratação direta, nos casos de dispensa ou
inexigibilidade de licitação, vez que, nestas hipóteses, a publicação deverá ser feita
no prazo de cinco dias, em face da ressalva da parte final do parágrafo único do
comentado dispositivo.84
A questão crucial, porém, remanesce e reside na omissão do legislador,
quanto aos contratos, cujos instrumentos são substituídos por outros instrumentos
hábeis menos formais, segundo faculdade prevista no artigo 62.
Esses também são ajustes bilaterais, conquanto simplificados e despidos de
certas formalidades.
O legislador de l994 não solucionou, como devera, a questão, relacionada
com a publicação de contratos, cujos termos podem ser substituídos por outros
instrumentos, tais como: a carta - contrato, a nota de empenho, enfim aqueles
decorrentes da dispensa de licitação, prevista nos incisos I e II do artigo 24, e na
o
hipótese do § 4 do artigo 62, quando o termo de contrato também pode ser

83
Cf. op. cit., Brasília Jurídica, 1997, p. 372.

84
Cf. Breves anotações ao novo estatuto , 3a . edição, Curitiba, Juruá, 1995, § 96.

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substituído pelos instrumentos antes citados, em se tratando de compra, qualquer


que seja o valor, com entrega imediata dos bens adquiridos, se não resultarem
obrigações futuras ou assistência técnica.
Isto por que o artigo 26, objeto da ressalva, no parágrafo único do artigo 61,
não contempla os incisos I e II do artigo 24, nem o § 4o do artigo 62, com o que,
paradoxalmente, contratos de vultosos valores, porque tiveram a licitação
dispensada ou declarada inexigível e publicados estes atos, com a indispensável
justificativa e com os elementos identificadores do próprio contrato, mas foram
expressamente ressalvados no artigo 26, não terão que ser publicados, enquanto
que os menos expressivos deverão sê-lo, sem dúvida, em face do expresso
comando da lei.
O intérprete deve, então, encontrar a melhor solução, que se conforme com
o Direito, mas não destoe da realidade. A doutrina e a jurisprudência pretoriana,
torrencial e iterativamente, sempre exigiram a publicação de extratos de todos os
contratos, qualquer que fosse seu valor, tendo ou não ônus, incluindo os demais
instrumentos, porque onde a lei não distingue não cabe ao intérprete fazê-lo.
A lei deve ser interpretada, inteligentemente, de modo que não conduza ao
absurdo ou a conclusões vulneráveis ou impossíveis. A lacuna legislativa deve ser
preenchida sem ferir princípios constitucionais.
Socorrendo-se do artigo 16, que disciplina as compras feitas, pela
Administração direta ou indireta, os contratos, não enclausurados, no citado
artigo 26, poderão ser publicados, da mesma forma, ou seja, dar-se-lhes-á a
publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de avisos
de amplo acesso.
Publicada a relação desses contratos ou afixada, nos quadros de aviso de
amplo acesso, à semelhança daquelas compras ( art. 16 ), estará sendo cumprido o
desideratum constitucional, sem demasiado sacrifício financeiro e da burocracia
estatal.
Atente-se, porém, para o parágrafo único desse dispositivo que exclui da
publicidade aquelas compras, cuja dispensa de licitação ocorrer, com fundamento
no inciso IX do artigo 24, isto é, se houver possibilidade de a segurança nacional
ficar comprometida, nas hipóteses estabelecidas por decreto do Presidente da
85
República, ouvido o Presidente da República . Jorge Ulisses Jacoby Fernandes
lembra que este preceito não é restritivo, admitindo em tese que qualquer órgão,
entidade ou pessoa física poderá beneficiar-se dessa dispensa, desde que satisfeitos
os demais requisitos legais.
85
O Presidente da República editou o Decreto 2295, de 4 de agosto de 1997, publicado no DOU de e seguinte,
que regulamenta o artigo 24, inciso XI, da Lei 8666/93, e dispõe sobre a dispensa de licitação, nos casos que
possam comprometer a segurança nacional..

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O Tribunal de Contas da União condiciona a validade jurídica dos atos em


espécie à sua publicação no Diário Oficial da União, não admitindo, para esses
fins, a utilização de outro veículo de comunicação, nem mesmo o Diário do
Congresso Nacional, órgão oficial de divulgação do Legislativo. Todavia,
autoriza que o ônus da publicação desses instrumentos recaia tanto sobre o Poder
contratante quanto sobre o contratado, dependendo das condições inscritas no
edital de licitação e no respectivo contrato, cabendo sempre à Administração
providenciar a publicação no prazo legal. 86A Segunda Câmara desse Egrégio
87
Sodalício Maior de Contas, corroborando tese esposada pelo Pleno, decidiu, com
o Relator, Ministro Lincoln Magalhães da Rocha, que a Administração deve estrita
obediência aos princípios insertos na Lei de Licitações e Contratos - LLCA,
notadamente quanto à publicação resumida dos contratos, devendo ela própria
tomar a iniciativa da divulgação, evitando-se, porém, deixá -la a cargo do
88
contratado . Essa mesma Câmara recomendou, com acerto, à Telamazon , que
observe as disposições contidas no Regulamento de Licitações e Contratos do
Sistema Telebrás, especialmente quanto à “obrigatoriedade de publicação resumida
89
dos contratos no D.O, independentemente do valor do instrumento”.

5 - ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Os contratos administrativos poderão ser alterados unilateral ou


bilateralmente.

ALTERAÇÃO UNILATERAL DOS CONTRATOS

A alteração unilateral poderá ocorrer por força da prerrogativa da


administração pública, que atua com supremacia, excepcionando a norma
86
Cf. TC 025410/91-1, decisão 056/72, Pres. Ministro Carlos Átila Álvares da Silva, DOU de 18.3.92, Seção I,
pp.3517/20.
87
Cf. remissão anterior.
88
Cf. TC 275303/92-6, decisão de 215/93, de 24.6.93, DOU de 12.7.93, p. 9600. Cf., neste sentido, obrigando conste
a
do processo cópia da publicação, no Diário Oficial, do extrato do contrato - dec.108/95, da 2 Câmara, relatada
pelo Ministro Paulo Affonso Martins de Oliveira, com o Ministro Iran Saraiva, na presidência, DOU de 29.5.95, p.
7617.
89 o
Cf. TC 225241/90-0, decisão n 71/93, DOU de 31.3.93, p. 4125. Neste sentido, voto do Relator Iran Saraiva,
adotado pelo Pleno, com a presença dos Ministros Élvia L. Castelo Branco , Fernando Gonçalves, Adhemar Ghisi,
Carlos Átila , Marcos Vilaça, Paulo Affonso M. de Oliveira, Olavo Drummond, Iran Saraiva e José Antônio Barreto
o
de Macedo, decisão n 531/93, DOU de 3.1.95, p.181. Idem, decisão 260, Relator, Ministro Carlos Átila Álvares da
Silva, DOU de 26.6.95, p.9351.
Cf. também BLC cits., 1/96, p. 19; BLC. 6/993, p. 218; BLC 4/93, p. 146; BLC 2/93, p. 62.
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fundamental da imutabilidade dos contratos. Essa primazia vem disciplinada


no artigo 58.
Duas são as hipóteses que autorizam a alteração unilateral, promovida pela
Administração Pública:

1. Quando houver modificação do projeto ou da


especificação para melhor adequação técnica aos seus
objetivos.
objetivos

Esta alteração é possível, durante a execução do contrato, em virtude da


permissão dada pelo artigo 58, I, c/c o inciso I do artigo 65. Neste caso, poderá
fazer-se a prorrogação do prazo de início de etapas de execução, de conclusão e de
entrega, calcada no inciso I do § 1º artigo 57.
Sempre que isso ocorrer, deverá a Administração rever a cláusula
econômico - financeira, para que se mantenha o equilíbrio econômico - financeiro,
o
ex vi do § 2 . do artigo 58. A alteração dessa cláusula depende da aquiescência de
ambas as partes, pois a regra, no direito contratual, é, exatamente, a bilateralidade.
Entretanto, o parágrafo 6o., do artigo 65, traça a exceção a esse princípio. Não se
trata de reajuste ou atualização monetária, nem se lhes aplicam normas menores
restritivas, de sorte que a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o
equilíbrio econômico – financeiro inicial.
Essa modificação qualitativa, que difere da alteração quantitativa ( alínea b
do inciso I ), não tem um limite prefixado e pode calçar-se em fatos imprevistos ou
inevitáveis, como novidades tecnológicas ou imposições do Estado ( fato do
príncipe ).
Atente-se, porém, que, sem embargo de a lei não fixar uma limitação
incisiva, como o faz, na alínea b (inciso I, artigo 65 ), o contratante deverá balizar
essa alteração, dentro dos limites razoáveis e imprescindíveis, de modo a atender o
interesse público. Deve haver demonstração cabal de que a modificação é
necessária, sem o que prejudicados estariam o projeto ou as especificações,
porque em conflito com os objetivos pretendidos. A motivação é essencial.
Este também é o pensamento do Tribunal de Contas do Estado de Minas
90
Gerais, fundamentado em erudito parecer de Carlos Pinto Coelho Motta , Caio
Tácito91, Antonio Marcello da Silva,92 Lucas Azevedo Moreira dos Santos e
90
Processo 00425888, de novembro de 1996.

91
Cf. BLC 3/97 e Revista de Dir. Administrativo 205/369.

92
Cf. Revista de Direito Administrativo 198/62.
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Marçal Justen, conquanto Toshio Mukai, por analogia, não admite se ultrapasse o
limite de 50% fixado na alínea b, para os acréscimos, em razão de reforma de
edifício ou construção. Alice Maria Gonzalez Borges somente permite os limites
prefixados na citada alínea b, mas apoiada em Hely Lopes Meireles, concorda com
alteração maior que o limite legal93, se necessário.
Entretanto, a lei não impõe qualquer limitação quantitativa. Trata-se de
alteração qualitativa, ditada por razão diversa, em homenagem ao interesse
público. O intérprete não pode restringir, onde a lei não restringe. São duas
normas, com endereçamento distinto e natureza profundamente desigual. Basta
lerem-se atentamente os dois dispositivos.
Imagine-se uma obra em andamento. A Administração - contratante verifica
que a modificação do projeto melhor se comungará com os seus objetivos, quanto
à necessidade de aperfeiçoamento, por motivos supervenientes, que tornam
impraticável e inexeqüível o projeto original, não por culpa dela, nem por erro
técnico ou negligência de quem quer que seja. Para economia de tempo e recursos,
melhor se apresenta a adequação do projeto a essa nova situação. É razoável e
justo que se tome por parâmetro um limite que lhe não é destinado e tem
endereço certo?
A resposta é não. Dever-se-á considerar o que é melhor, para a sociedade e
para o súdito, porque, determina a Lei de Introdução ao Código Civil, o juiz, na
aplicação da lei ( leia-se também o administrador que não pode ficar alheio ao
mundo em que vive ), atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do
bem comum ou, como ilustra Carlos Maximiliano, com o apoio de Aubry & Rau,
Savigny e Bozi, o hermeneuta, deve preocupar-se com a conseqüência provável de
cada interpretação e evitar um resultado incompatível com o bem geral e que
corresponda às necessidades da prática e seja mais humano, benigno.94 Impõe-se
seja razoável, evite um resultado nefasto e não se afaste do princípio da
economicidade.
Nesta linha de pensamento, Adilson de Abreu Dallari, assentado na melhor
doutrina e citando, especialmente, Antônio Carlos Cintra do Amaral e Allan
Randolph Brewecarias, ensina que a alteração do projeto pode acontecer, em
virtude da necessidade de se reduzir ou eliminar o ônus excessivo, em face de
dificuldades maiores do que as previstas ou, então, para adaptar o projeto a uma
realidade já existente, contudo inesperada, ou ainda a uma situação que se alterou
após o projeto. É necessário então alterar-se o projeto, para tornar a obra menos

93
Cf. BLC 2/95.

94
Cf. Hermenêutica e Aplicação do Direito, Freitas Bastos, 6a. edição, 1957, pág. 209.
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onerosa, viabilizando-a, porque, do contrário, seria inconveniente prosseguir,


segundo o projeto originalmente concebido.95
Acrescentamos que não será apenas conveniente, mas necessária a
modificação do projeto ou da especificação, nesses casos. Se o administrador
assim não agir, estará cometendo um ilícito, causando prejuízos incalculáveis à
Administração. Nova licitação mostrar-se-ia, sem dúvida, sumamente, ruinosa.
Esta tese encontrou ampla acolhida no TCU.
Não se há de eleger uma solução afastada da realidade e da sociologia.
O Colendo Tribunal de Contas da União, tendo em vista obra realizada pelo
Superior Tribunal de Justiça, em sessão plenária presidida pelo Ministro Homero
Santos, designado Relator, o Ministro Carlos Átila, vencido o Ministro Fernando
Gonçalves, decidiu, estribado em primoroso exame, que: “ em razão da
complexidade e do vulto da edificação, devem ser considerados os aspectos e as
situações peculiares que se não encontram em uma obra comum.”
Este voto mereceu do Ministro Adhemar Ghisi inequívoca expressão de
solidariedade, mercê da ponderação precisa e elegante, congratulando-se com o
Plenário, pelo seu pronunciamento, quanto à legalidade e economicidade dos atos
praticados.
O Procurador Lucas Rocha Furtado também se manifestou no mesmo
96
sentido
Se, porém, a Administração ultrapassar a margem
razoável, certamente receberá o devido corretivo.

2. Quando for necessária a modificação do valor


contratual , em razão do acréscimo ou diminuição quantitativa
do seu objeto , nos limites permitidos pela lei , em harmonia
com a ordem do inciso I, do artigo 58,
58 respeitados os direitos
do contratado.
contratado

O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais,


esses acréscimos ou supressões. Estes limites estão especificados no § 1º do artigo
65. Em se tratando de compras, obras ou serviços, o acréscimo ou a diminuição
poderá atingir até 25% do valor inicial atualizado do contrato.
No caso de reforma de edifício ou de equipamento, o acréscimo poderá
chegar até o limite de 50%.

95
Cf. Parecer nos autos. vide Decisão 753/96, Pleno. .

96
Cf. decisão 753 cit., publicado no DOU de 9.12.96, Sessão Ordinária de 20.11.96. Ata 46/96.
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A lei é clara, ao dispor que, em caso de alteração unilateral, com aumento


de encargos para o contratado, a Administração deverá restabelecer o equilíbrio
econômico - financeiro, através de aditamento.
A supressão, por parte da Administração, acarretando modificação do valor
inicial, do contrato, além do limite previsto no § 1º, autoriza o contratado pedir a
rescisão contratual, via judicial ( § 1º do artigo 65, c/c o inciso XIII do artigo 78),
desde que as partes não entrem em acordo.
O § 2º desse artigo proibia, teminantemente, que esse acréscimo ou
supressão excedessem os limites insertos no já referido §1º.
Contudo, a Lei 9648, de 27 de maio de 199897, ao modificar o 2º do artigo
65, introduziu uma novidade, ao facultar a supressão, além dos limites nele
estabelecidos, mediante acordo entre as partes.
97
Foram editadas 18 Medidas Provisórias (MP 1531, dígitos 1 a 18 ), que modificaram a Lei 8666, de 1986, sendo
que as três últimas alteraram o § 2º do artigo 65, facultando a supressão, além dos limites nele estabelecidos,
mediante acordo entre as partes. A última Medida Provisória, número 18 , converteu-se na Lei 9648/98.
Confiram-se as edições das citadas Medidas Provisórias:
Número Data Assunto Observações

02.12.96 Dá nova redação aos arts. 24, 26 e 57 da lei n. 8666, de 21 de Ver MP n. 1081.
junho de 1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
1531 Retificação D.O.U. 03.12.96.
D.O.U. Constituição, institui normas para licitação e contratos da
Retificação D.O.U. 08.01.97.
03.12.96 Administração Pública, e ao art. 15 da lei n. 8987, de 13 de
Reed. 1531-1 (02.01.97).
fevereiro de 1995, que dispõe sobre o regime de concessão e
Retificação D.O.U., 08.01.97.
permissão da prestação de serviços públicos. (Licitações e
Reed. 1531-2 (31.01.97).
contratos - II)
Reed. 1531-3 (28.02.97), com
alteração.
Alteração MP n. 1531-3: “Dá nova redação aos arts. 24, 26, 57
Reed. 1531-4 (27.03.97).
e 120 da lei n.8666, de 21 de junho de 1993, que...”. Reed. 1531-5 (25.04.97).
Reed. 1531-6 (24.05.97).
Alteração MP n. 1531-11:”Altera dispositivos das Leis ns. Reed. 1531-7 (23.06.97).
8666, de 21 de junho de 1993, 8987, de 13 de fevereiro de 1995, Reed. 1531-8 (23.07.97).
9074, de 7 de julho de 1995, 9427, de 26 de dezembro de 1996, Reed. 1531-9 (22.08.97).
autoriza o Poder Executivo a promover a reestruturação da Reed. 1531-10 (19.09.97).
Centrais Elétricas Brasileiras S.A. -ELETROBRÁS, e de suas Reed. 1531-11 (18.10.97).
subsidiárias, e dá outras providências.”(Energia elétrica - Reed. 1531-12 (14.11.97).
comercialização; Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Reed. 1531-13 (12.12.97).
ELETROBRÁS - reestruturação; Centrais Elétricas do Norte Reed. 1531-14 (09.01.98).
do Brasil S.A. - ELETRONORTE; Centrais Elétricas do Sul do Reed. 1531-15 (06.02.98).
Brasil S.A. -ELETROSUL; Furnas Centrais Elétricas S.A.). Reed. 1531-16 (06.03.98).
Reed. 1531-17 (03.04.98).
Alteração MP n. 1531-15:”Altera dispositivos das Leis ns. Reed. 1531-18 (30.04.98).
3890-A, de 25 de abril de 1961, 8666, de 21 de junho de 1993,
...”. Ver Lei n. 9648, de 27.05.98.

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No caso de supressão de obra, bens ou serviços, se o contratado já houver


adquirido o material e posto no local de trabalho, este deverá ser pago, pela
Administração, pelo custo de aquisição e monetariamente corrigido, além de outras
indenizações, pelos danos, se comprovados, efetivamente.
Toshio Mukai assevera que, tanto com relação à redução de serviços
situados dentro do limite leal de 25% quanto a que o ultrapasse, cabe à contratada o
ressarcimento dos materiais e equipamentos adquiridos ou montados por esta, para
a execução do trabalho, exceto em relação à parcela contida dentro do mesmo
98
limite. bem como os custos incorridos .
Nelson Figueiredo, em robusto parecer, chega à conclusão de que os limites
impostos pelo § 1º do artigo 65 não atingem as hipóteses de alteração dos custos
99
contratuais, produzidos por circunstâncias supervenientes e imprevistas.
Os limites desse acréscimo têm em vista a unidade e não o valor global,
adverte Carlos Pinto Coelho Motta, apoiado, em jurisprudência do TCU. Caio
Tácito advoga que não há revisão de preços unitários a considerar, além dos
reajustes essencialmente admitidos pelo contrato, segundo índices preestabelecidos,
100
de sorte que se deve entender o valor inicial atualizado globalmente .
As modalidades de licitação não se alteram, com a modificação do valor
contratual, em vista do acréscimo ou da redução quantitativa do seu objeto, porque
aquele ou esta ocorre, no decurso da execução do contrato, quando a fase de
licitação já se exauriu.
Ao comentarmos o caput do artigo 21 do revogado Decreto - lei 2300, de
1986, com idêntica redação do atual caput do artigo 23, defendemos, em situação
semelhante, a tese de que a tomada de preços que se estava realizando, sob a
égide de determinados limites, corrigidos, na época, pelo Decreto 98248/89, em
nada prejudicaria o procedimento realizado, nem se alteraria a modalidade de
licitação eleita, porque se tratava de mera atualização, em vista da espiral
inflacionária, e, assim, o valor estimado passaria a ser, ipso facto, o enunciado pelo
citado decreto, sem macular absolutamente os princípios cardeais que norteiam a
101
licitação e os contratos administrativos .

98
Cf. Revista de Licitações & Contratos cit., nº 5, novembro de 1998.

99
Cf. BLC cit. nº 7, de 1996, páginas 315 a 320.

100
Cf. Parecer, in BLC 3/97, Pág. 117.
101
Cf. nosso Modalidade de Licitação, in Revista Trimestral de Jurisprudência 80/55. Esse entendimento foi sufragado pela Procuradoria - Geral da
Fazenda Nacional.

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In casu, repita-se, a modificação do valor inicial atualizado do contrato dá-


se por imposição legal, posto que o contratado é obrigado a aceitar o acréscimo ou
102
a supressão que se fizerem nos contrato .
O Tribunal de Contas do DF, porém, decidiu que os acréscimos e
supressões, que se fizerem nas obras e nos serviços, devem obedecer
rigorosamente o limite de 25% sobre o valor originário, de sorte que se houver
ultrapassagem, haverá que fazer-se nova licitação ou contratação direta, nos casos
o
que a lei permite, devidamente justificado e comprovado, nos termos do § 1 . do
103
artigo 65 .

ALTERAÇÃO BILATERAL

II. A Alteração bilateral far-se-á, se houver acordo entre as partes, nas


seguintes hipóteses:

CONVENIÊ NCIA

1. Quando houver conveniência ( vantagem, interesse, proveito ) em


substituir a garantia da execução, prevista no artigo 56.
A autoridade competente poderá, em cada caso, a seu critério, desde que
conste do edital e do contrato, exigir prestação de garantia, nos contratos de obras,
serviços e compras. Por outro lado, o contratado, poderá optar por uma das
modalidades inscritas, no citado artigo: 1- caução em dinheiro ou títulos da dívida
104 105
pública ; 2 – seguro – garantia ; 3 – fiança bancária.

102
Cf. nosso Alteração dos contratos administrativos , publicado no Boletim de Direito Administrativo 7, de julho de 1998, e na Revista de
Licitações & Contratos, Consulex, de outubro de 1998, nº 4.

103
Cf. decisão 56/94.
104
Sobre títulos da dívida pública , dados em garantia, consulte-se exceto de nossa conferência, publicada na
Gazeta Mercantil, de 2 de fevereiro de 1999, e o Suplemento Direito & Justiça, do Correio Braziliense, Brasília, de 8
de fevereiro de 1999.

105
O seguro garantia fora vetado pelo Presidente da República, alicerçado em razões do Ministério da Justiça, que
se mostravam demasiado frágeis. A lei 8883/94 reintroduziu esse dispositivo, agasalhando a doutrina e a
jurisprudência alienígenas. O contrato de seguros submete-se à legislação especial – o Decreto – lei 73, de 1966.

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A mais Alta Corte de Contas definiu que a limitação da modalidade de


garantia a ser prestada pela contratada é ilegal, produzindo a anulação da
106
licitação .

INEVITABLIDADE

2. Quando for necessária ( indispensável, essencial, inevitável, fatal)


modificação no regime de execução da obra ou do serviço ou da forma de
fornecimento, em virtude de verificação técnica da inaplicabilidade do
convencionado, na forma originária. O regime de execução ou a forma de
fornecimento deve constar obrigatoriamente do contrato, por ser cláusula essencial
e, se for tecnicamente impossível o prosseguimento do contrato, na forma
prevista, as partes farão o necessário ajuste.
Não se trata de mera faculdade, em que as partes anuirão ou não, na
alteração, pois, se esta é necessária, porque tecnicamente é impossível o
prosseguimento do contrato na forma ajustada, certamente essa modificação terá
que fazer-se. Assemelha-se na verdade à imposição, por força das circunstâncias.
A mesma ponderação vale para as hipóteses seguintes. Na hipótese I, há mera
conveniência. Nas hipóteses 2, 3 e 5, ao contrário, a situação é inelutável,
inexorável, indispensável, fatal.

ALTERAÇÃO NA FORMA DO PAGAMENTO

3. Quando for necessária a alteração na forma do pagamento , em vista


de circunstâncias supervenientes. O valor inicial atualizado, entretanto, deve ser
mantido.
Acrescente-se que a lei veda expressamente o pagamento antecipado com
referência ao cronograma financeiro fixado, sem que haja a correspondente
execução da obra ou do serviço ou a contraprestação de fornecimento de bens.
Lembre-se, não obstante, que a doutrina e a jurisprudência têm permitido o
pagamento antecipado, sob determinadas situações e condições.
Essa proibição deriva diretamente do artigo 65,II, c, salvo a hipótese do
parágrafo único do artigo 60, em se tratando de pequenas compras de pronto
pagamento, que não ultrapassem o limite de 5% do valor previsto na alínea a do
inciso II do artigo 23. A lei é expressa ao autorizar o adiantamento, somente neste
caso.

106
Cf. Decisão 538/98, Plenário, Relator Ministro Humberto Souto, in BLC cit. 2/99, p. 105.

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O § 1 . do artigo 55, que permitia o adiantamento, foi vetado pelo
Presidente da República, mas as razões da Advocacia - Geral da União não
convencem, absolutamente, vez que não vemos no que esse pagamento “nulifica”
as exigências do artigo 31 da prévia qualificação econômico - financeira. Esse
argumento, data máxima vênia, não tem sentido nem é pertinente.
Também o zelo pelo interesse público invocado não é motivo bastante para
abortar esse preceito, já que a doutrina e a jurisprudência, em uníssono, têm
temperado este rigor, em determinadas circunstâncias e condições e desde que
107
previsto no ato convocatório e no contrato.
A alínea d do inciso XIV do artigo 40 permite a previsão no edital de
descontos, por eventual antecipação de pagamento. Este comando não estará
inscrito na lei, para mero adorno. Deve ser interpretado dentro do contexto e em
consonância com o inciso III do artigo 55. Os textos devem-se harmonizar no
sistema, evitando qualquer colisão. O entrelaçamento de um princípio com outros é
de fundamental importância, ou, como informa o jurista Luiz Vicente Cernicchiaro,
“ o Direito, como sistema é uno. Não admite contradição lógica. As normas
108
harmonizam-se ”
Desde Celso, em Roma, emitir parecer ou julgar a lei, separadamente, ao
invés de fazê-lo em conjunto, é extremamente condenável, porque contrário ao
direito. Sabe-se, com Saredo, que não se presumem dispositivos contraditórios,
devendo as palavras harmonizarem-se entre si109
O Decreto federal 93872/86 autoriza o pagamento antecipado, tomadas as
devidas cautelas, como a exigência de garantia, desde que previsto no edital de
licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta. Este decreto
regulamentador continua em vigor, na área federal, no que não colidir com a lei. E,
neste particular, concilia-se com a jurisprudência e com a doutrina.

107
Na doutrina, Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros Editores, 1995; . cit., Diógenes
Gasparini, Revista de Direito Público 97/239; Marçal Justen Filho, in Comentários à Lei de Licitações e Contratos
Administrativos, AIDE Editora, 1993, pp. 324/5; Marcos Juruena Villela Souto, Licitações e Contratos
A o
Administrativos, ADCOAS, ESPLANADA, 2 . Edição, 1 . volume, § 205. Na jurisprudência: entre outras decisões,
TC 1821/93-8, Pleno, Relator, Ministro Olavo Drummond, Ata 9/93, decisão 67/93, de 17 de março de 1993, in BLC
Junho/93; TC 8839/86-7, DOU 5.8.87. Outros precedentes: TC 55143/86 (Anexo IX, Ata 93/86, e TC 4509/84-6(
Anexo XIII, Ata 58/87, com declaração de voto, respectivamente, dos Ministros Ivan Luz e Carlos Átila.
Consultem-se também os julgados prolatados nos processos TC 41020/73, de 3.9.74, Anexo VII à Ata 66/74, e no
TC 18476/85-6, de 16.9.86, Anexo V, Ata 66/86. Também, a decisão relatada pelo Ministro Lincoln Magalhães da
Rocha, in Ata 55, de 29.11.89, Anexo VII. Idem, BLC 6/93, p. 216.
108
Cf. Direito & Justiça, Correio Braziliense, Brasília, 14.4.97..
109
Cf. Hermenêutica e Aplicação do Direito, de CARLOS MAXIMILIANO, Livraria Freitas Bastos, 6ª edição, 1957,
pp. 164 e 172 ).

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Teixeira Machado e Heraldo da Costa Reis não vêem na lei 4320/64 (esta
lei estatui normas gerais de direito financeiro para a elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal) vedação para o pagamento adiantado de uma parcela, entretanto exigem
que a Administração se acautele com cláusula contratual e previsão de multa, se
110
inadimplência ocorrer.
Também, não se admite o pagamento retroativamente, nem em contratos já
findos ou que não tenham previsto o reajuste.111
O Tribunal de Contas do Distrito Federal sumulou que é inadmissível o
pagamento antecipado de despesas, ressalvadas as exceções legais 112 e veda a
113
retroatividade de contratos e convênios .

TEORIA DA IMPREVISÃO

4. Para restabelecer a relação inicial entre os encargos do contratado e


a retribuição da Administração, a fim de manter-se a justa remuneração da
obra, serviço ou fornecimento114.
A lei não diz, expressamente, mas compreende-se que esta norma se ajusta
a qualquer tipo de contrato, dados os princípios que ela encerra.
Para que essa revisão se opere, necessário se faz que sobrevenham:
a) fatos imprevisíveis,
b) fatos previsíveis de conseqüências incalculáveis (novidade desta lei ), que
retardem ou impeçam a execução do contrato;
c) força maior ( fato previsto ou previsível, mas superior às forças
115 116
humanas, ou acontecimento que não pode ser previsto nem evitado ), caso
fortuito ( fato natural, imprevisível ou inevitável,

110
Cf. op. cit.. p. 120.

111
Cf. nosso Retroação. in BDA 7/88 ( julho de 1988 ).

112
Cf. Súmula 1,

113
Cf. Súmula 2.

114
Cf. decisões do TCU, no BLC 4/97, p. 191, e no Boletim de Direito Administrativo 12/96, p. 834.

115
Cf. Cunha Gonçalves, apud Novo Dicionário Jurídico Brasileiro, de José Naufel, José Konfino,
Editor, 1959.

116
Cf.. Cf. o artigo 1058 do Código Civil.
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d) provém das forças naturais ) ou fato do príncipe ( ato geral do Poder


Público, que reflexamente produz o desequilíbrio econômico do contrato ou obsta
sua execução ), que configure álea econômica extraordinária ou extra - contratual.
Hely Lopes Meirelles menciona o fato da Administração como toda ação
ou omissão do Poder Público, que, incidindo, diretamente sobre o contrato, impede
sua execução. O autor distingue-o do fato do príncipe, mas equipara-o à força
maior, asseverando que produz os mesmos efeitos excludentes da responsabilidade
117
do particular pela inexecução do contrato.
A revisão contratual, já dissemos alhures, não se confunde com o reajuste
ou com a atualização financeira ou monetária, porque de natureza distinta, e não se
submete às restrições da legislação excepcional do Plano Real nem de normas
inferiores ilegais.
Naquele caso ( alínea d do inciso II do artigo 65), entre os pressupostos,
distinguem-se os fatos, que são imprevisíveis ou previsíveis, mas as conseqüências
são imprevisíveis, e ocorrem, a qualquer tempo, durante a execução do contrato.
Comprovadas a ocorrência do evento e a repercussão nos preços, impõe-se a
revisão do contrato, porque efetivamente previsíveis eram os acontecimentos, mas
incalculáveis são as conseqüências, capazes de retardar ou mesmo impedir a
execução do convencionado.
Essa disposição não pode ser menosprezada. Não existia no Decreto-lei
2300, nem na versão originária da lei. Surgiu, com a Lei 8883, de 1994, com fonte
no Projeto de Lei de Conversão 10/94, fruto da Medida Provisória 472/94
118
(Parecer 6/94, do Deputado Walter Nori ) , que alterou várias disposições da lei e
acrescentou outras, mercê do esforço do Deputado Luiz Roberto Ponte, com a
emenda 495, de 22.9.93.
O Colendo Tribunal de Contas da União, porém, em Consulta, relatada
pelo Ministro Carlos Átila, decidiu, pelo Pleno, que “os preços contratados não
poderão sofrer reajustes por incremento dos custos de mão - de - obra decorrentes
da data - base de cada categoria, ou de qualquer outra razão, por força do disposto
no artigo 28 e seus parágrafos da Lei 9069/95, antes de decorrido o prazo de um
ano, contado na forma expressa na própria legislação;” e “ poderá ser aceita a
alegação de desequilíbrio econômico - financeiro do contrato com base no reajuste
salarial dos trabalhadores ocorrido durante a vigência do instrumento contratual,
desde que a revisão pleiteada somente aconteça após decorrido um ano da última

117
Cf. Direito Administrativo cit., p.223 .

118
Sobre o histórico desta Lei, consulte-se nosso Licitações e Contratos Administrativos, Revista de
Informação Legislativa 125/103, remissão 1.
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ocorrência verificada ( a assinatura, a repactuação, a revisão ou o reajuste do


contrato ) contado na forma da legislação pertinente.”119
O Tribunal de Contas do Distrito Federal decidiu que o aumento salarial,
concedido aos servidores da empresa contratada, na data - base, não constitui fato
imprevisível ou previsível de conseqüências incalculáveis120 .
Não se faz necessário aguardar o prazo de um ano ou qualquer outro prazo,
para que a Administração conceda a revisão contratual, porque atenta contra a
realidade e a vontade da lei. A revisão é imediata, se os pressupostos de fato
ocorrerem, e não se submete a qualquer condicionante.
Deve ser admitida, a qualquer tempo, como sabiamente discursa Jessé
Torres Pereira Júnior, ”porque, a qualquer tempo, pode ocorrer o fato do príncipe,
o caso fortuito ou força maior, o fato imprevisível, ou previsível de conseqüências
incalculáveis, 121com o que concorda Ivan Barbosa Rigolin, ao tecer lúcidas
considerações, em robusto parecer, ao apreciar a Medida Provisória 1171, de 27
de outubro de 1995, e as que a sucederam até a edição da Medida Provisória
1277, de 12 de janeiro de 1996, e a citada Decisão 457/95 do TCU, concluindo
122
que esta contraria o mundo dos fatos.
A melhor doutrina já se cristalizou neste sentido, com nomes do porte de
Maria Aparecida Osório de Almeida, Hely Lopes Meirelles, Diógenes Gasparini,
123
Caio Tácito e Carlos Ari Sundfeld . Celso Antônio Bandeira de Mello enfatiza,
com absoluta razão, que, se o particular visa sempre o lucro, a Administração deve
124
sempre agir com a maior lisura e não se locupletar à custa do contratado.

INSTITUIÇÃO, ALTERAÇÃO OU EXTINÇÃO

119
Cf. decisão 475/95, Ata 41/95, in BLC 6/96 cit., pp. 292/9.
120
Cf. decisão 1925/96.

121
Cf. conferência proferida no 4o. Seminário Nacional de Direito Administrativo, realizado, em São
Paulo, pela Editora NDJ Ltda., de 24 a 29 de novembro de 1996, in BLC 6/97, págs. 276 e segs.

122
Cf. BLC cit. 7/96, pp. 321/5.

123
Cf. BLC junho 1997/284, outubro 1995/513, novembro 1995/576; Revista de Direito Administrativo
139/11 e 197/90; e Revista de Direito Público 86/79.

124
Cf. Curso de Direito Administrativo, Malheiros Editores, 9a. edição, 1997, pág. 413.
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5. A instituição, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou


encargos legais, bem como a superveniência de disposições legais, se ocorridas
após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão, nos preços,
implicarão a revisão do contrato, para mais ou para menos, conforme o caso.
Não se trata de mera faculdade, como poderia parecer, em singela
interpretação. O legislador, certamente, posicionou esta hipótese, isoladamente,
para chamar a atenção, em virtude de sua importância e, tal qual, no caso de
alteração unilateral do contrato ( § 6º do artigo 65 ), a lei impõe (usa o verbo
implicar, que significa importar, trazer como conseqüência, provocar, originar,
causar - Dicionário AURÉLIO) a revisão, para mais ou para menos, conforme o
125
caso.
Em conseqüência, a Administração é obrigada a fazer a revisão, se houver,
por exemplo, a extinção ou alteração, para menos, de encargos ou de tributos, já
que, omitindo-se, estará causando prejuízos ao Erário ou para a entidade
respectiva. Deverá, então, por meio dessa alteração, diminuir o valor do contrato.
É uma ordem -- um poder - dever, não uma faculdade. O artigo 82 é cristalino,
quando dispõe que os agentes que praticarem atos em desacordo com os preceitos
da lei, sob estudo, sujeitam-se às sanções previstas na referida lei e nos
regulamentos próprios, sem prejuízo das sanções civis e criminais. A norma não
trata da omissão, mas esta não pode ser excluída e o artigo 113 autoriza não só o
contratado, mas também o licitante, pessoa física ou jurídica, representar ao
Tribunal de Contas e aos órgãos de controle interno contra irregularidade, na
aplicação da lei.
A criação de tributos ou encargos legais ou a alteração, para mais, bem
como a superveniência de disposições legais, também obrigam a contratante a
proceder a revisão do contrato, a partir da data da apresentação da proposta, se
ficar comprovada a repercussão nos preços.
Para o Código de Defesa do Consumidor – Lei 8078, de 11 de setembro de
1990 – consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final e inscreve entre os direitos básicos do
consumidor a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas.
Sem dúvida, aplica-se o Código de Proteção e Defesa do Consumidor,
ainda que se trate de contrato administrativo, em que a contratante é a
Administração, sendo ela consumidora, porque adquire ou utiliza produto ou
serviço, como destinatária final.

125
Cf. § 5o. do artigo 65.
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Em assim sendo, não se lhe há de negar o direito à modificação de cláusulas


contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou a sua revisão em vista
de fatos supervenientes, tornando-as por demais onerosas.
Essa disposição encontra semelhança com a regra do § 5º do artigo 65 da
Lei 8666/93.

CONCLUINDO:

a) A ALTERAÇÃO CONTRATUAL PODERÁ OCORRER POR


IMPOSIÇÃO DE UMA DAS PARTES - A ADMINISTRAÇÃO, EX VI DE
SUA PRERROGATIVA, E POR VONTADE DAS DUAS PARTES.
b) A REVISÃO DO CONTRATO, QUE SE NÃO CONFUNDE COM
0 REAJUSTAMENTO DE PREÇOS, NEM C0M A ATUALIZAÇAO OU A
CORREÇÃO MONETÁRIA, VISA MANTER O EQUILÍBRIO
ECONÔMICO-FINANCEIRO, PARA RESTABELECER A RELAÇÃO
INICIAL ENTRE OS ENCARGOS DO CONTRATADO E A JUSTA
REMUNERAÇÃO.
c) FEITA A ALTERAÇÃO DO CONTRATO, ADMITIR-SE-Á A
PRORROGAÇÃO CONTRATUAL, NAS HIPÓTESES LEGAIS (ARTIGO
57, §1º ).
d) A REVISÃO DE PREÇOS SOMENTE SE FARÁ DESDE QUE
HAJA COMPROVAÇÃO DOS FATOS, PERANTE A ADMINISTRAÇÃO,
POR INTERMÉDIO DOS ÓRGÃOS COMPETENTES - ÕRGÃO
TÉCNICO - FINANCEIRO E JURÍDICO, E REPERCUSSÃO EFETIVA
NOS PREÇOS. NÃO ESTÁ VEDADA PELO PLANO REAL, NEM ESTÁ
PROIBIDA DE FAZER-SE, ANTES DE DECORRIDO UM ANO DO
CONTRATO, EM FACE DA SUA NATUREZA, DISTINTA DO
REAJUSTE OU DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
e) DISPOSIÇÕES LEGAIS QUE TÊM RELAÇÃO COM A REVISÃO
DO CONTRATO, EM VISTA DA TEORIA DA IMPREVISÃO, COM
FUNDAMENTO NOS FATOS ACIMA RELACI0NADOS:

ARTIGOS PARÁGRAFOS INCISOS referentes ao assunto

57 1º I
58 1º E 2º
65 5º E 6º II ,c e II, d

54
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ÍNDICE REMISSIVO
agências de t uris .......................................................... 27
§ Airton Rocha Nóbrega ................................................28
O ajustes bilaterais ...........................................................47
§ 9 . do artigo 165 da Constituição.......................... 17 álea econômica .............................................................62
§ 1º do artigo 65.......................................................... 54
o Alice Maria Gonzalez Borges .....................................51
§ 1 . do artigo 32 .......................................................... 43
o alínea d do inciso II do artigo 65............................... 63
§ 1 . do artigo 55 .......................................................... 59
o Allan Randolph Brewecarias ......................................52
§ 1 . do citado artigo 57 ..............................................36 alteração ............................................................39, 41, 58
§ 2º do artigo 65...........................................................55
o ALTERAÇÃO............................................................... 62
§ 2 . do artigo 58 .......................................................... 50
o ALTERAÇÃO BILATERAL.......................................57
§ 2 . do artigo 61 .......................................................... 42
o ALTERAÇÃO CONTRATUAL.................................65
§ 3 . do artigo 57 .......................................................... 38
o alteração do projeto ...............................................34, 52
§ 3 . do artigo 62 .......................................................... 38
o Alteração dos contratos administrativos.................... 57
§ 4 do artigo 62 .......................................................... 47
ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS
§ 4º do artigo 57 ............................................................25
o ADMINISTRATIVOS ..............................................49
§ 4 . do artigo 40 .......................................................... 43
O alteração maior..............................................................51
§ 4 .do artigo 62...........................................................43
o alteração na forma do pagamento............................... 59
§ 5 . do artigo 65 .........................................................62
§ 6º do artigo 65.......................................................... 62 ALTERAÇÃO NA FORMA DO PAGAMENTO.... 58
§§ 1º, 2º e 8º do art. 65.................................................33 alteração qualitativa.....................................................52
o o alteração quantitativa ..................................................51
§§ 2 e 4 do art. 17 e no artigo 25 .............................45
alteração unilateral.................................................15, 54
ALTERAÇÃO UNILATERAL DOS CONTRATOS 50
A
alterações posteriores ...................................................6
A EFICÁCIA.................................................................40 aluguel de equipamento..............................................36
A Inflação e os Reajustes...........................................38 amplo acesso público .................................................40
A PUBLICAÇÃO.........................................................40 analogia .........................................................................51
A Publicidade dos Contratos.....................................11 ano civil .........................................................................29
acordo............................................................................54 antecipação de pagamento.........................................60
acordo entre as partes...........................................56, 57 Antônio Carlos Cintra do Amaral..............................52
acréscimo ......................................................................54 Antonio Marcello da Silva.......................................... 51
acréscimo ou a supressão .......................................... 57 aplicação da lei .............................................................63
acréscimo ou da redução quantitativa......................56 apresentação da proposta .................................... 44, 62
acréscimo ou diminuição quantitativa do seu obje to54 aquisição de passagens ..............................................28
acréscimos.......................................................... 33, 51, 54 aquisição de um bem determinado ..................................28
adaptação......................................................................21 aquisição remunerada..................................................29
adequação técnica.........................................................50 aquisição remunerada de bens ...................................29
Adhemar Ghisi........................................................49, 53 ARISTÓTELES .............................................................12
Adilson de Abreu Dallari............................................52 Art. 121...........................................................................32
aditamento ............................................26, 38, 42, 50, 54 art. 57, inciso II, da Lei de Licitações e Contratos...31
aditamentos .......................................... 34, 40, 44, 45, 46 art. 5º, inciso XXXVI ...................................................32
aditivo ou justificação.................................................36 art. 6º , II, da LLC .......................................................... 29
adjudicação direta........................................................60 art. 6º , III, da Lei nº 8.666/93.......................................28
Administração..............14, 21, 23, 24, 25, 33, 41, 42, 43 artigo 1058 do Código Civil ........................................62
Administração Pública.................... 7, 14, 15, 18, 28, 38 artigo 113 .......................................................................25
Administração Pública e a Lei n º 8666/96............... 10 artigo 117 .......................................................................10
Administração Pública Federal..................................21 artigo 118 .........................................................................7
administrador................................................................53 artigo 119 .........................................................................7
Advocacia - Geral da União .................................42, 59 artigo 133 da CF............................................................13
Advocacia Consultiva da União ............................... 13 artigo 165 da Constituição Federal............................11
advogad ........................................................................13 artigo 167 da CF............................................................11
afixação.......................................................................... 40
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P )) 11 22 88 44 55 -- O
OA AB B (( D
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artigo 173, § 1º, III.......................................................... 8 B
artigo 21 do revogado Decreto - lei 2300..................56
Bento José Bulgarin.....................................................31
artigo 213 do Regimento Interno............................... 25
o o bilateralidade.................................................................50
artigo 24 e nos § § 2 e 4 do artigo 17................45
bilhetes .......................................................................... 27
artigo 24 da Lei 8666/93............................................... 35
BLC...........................................................................40, 65
artigo 25.........................................................................46
BLC 6/96 .......................................................................64
artigo 28 e seus parágrafos da Lei 9069/95..............64
BLC 2/93 ........................................................................49
artigo 34 da Resolução TCU 29/95............................25
BLC 2/95 ........................................................................51
artigo 34, l, da Lei 4320/64.......................................... 17
BLC 3/97 ........................................................................51
artigo 37 do Texto Constitucional............................... 8
BLC 4/93 ........................................................................49
artigo 37, XXI.................................................................8
BLC 6/93 ........................................................................60
artigo 38 da Lei 8666/93............................................... 13
o BLC cit. 7/96 ..................................................................65
artigo 3 .........................................................................10
BLC junho 1997/284.....................................................65
artigo 3º da Emenda Constitucional............................8
BLC. 6/993 .....................................................................49
artigo 47 do Decreto - lei 2300...................................17
Boletim de Direito Administrativo 12/96...................61
artigo 48 do Decreto – lei 2300/86.............................15
o Boletim de Licitações e Contratos .............................28
artigo 51, § 2 ................................................................42
Bozi.................................................................................52
artigo 55.........................................................................46
Breves anotações ao novo estatuto .........................47
artigo 57.........................................................................24
Bulgarin .........................................................................25
artigo 57, § 3º................................................................17
burocracia......................................................................44
artigo 58...................................................................14, 15
artigo 61, § 1º................................................................40
C
artigo 62, § 3º................................................................37
artigo 66.........................................................................20 Caio Tácito.................................................... 7, 51, 56, 65
o o
artigos 1 , 2 e 118 da LLCA .....................................44 calamidade.....................................................................35
arts.1º , 25 a 32................................................................7 caráter excepcional.......................................................40
As entidades privadas e a Lei de Licitações e Cont.9 Carlos Ari Sundfeld .....................................................65
as medidas provisórias ............................................... 40 Carlos Átila............................................16, 49, 53, 59, 64
assessoramento ...........................................................27 Carlos Átila Álvares da Silva ......................................49
assessoria jurídica .......................................................13 Carlos Maximiliano.......................................................52
assinatura......................................................................41 Carlos Pinto Coelho Motta.......................21, 23, 51, 56
assistência médica.......................................................20 carta..........................................................................44, 47
assistência técnica.................................................43, 47 carta - contrato .............................................................43
Ata 35/95.......................................................................33 caso fortuito............................................................62, 64
Ata 41/95.......................................................................64 categoria econômica.................................................... 38
Ata 44/94.......................................................................31 caução em dinheiro ......................................................57
Ata 50/96.......................................................................16 cautelas.......................................................................... 60
ato ..................................................................................42 celebração do contrato................................................36
ato convocatório.................................................... 36, 59 Celso ..............................................................................60
ato jurídico perfeito............................................... 32, 33 Celso Antônio Bandeira de Mello enfatiza ..............65
atraso de pagamento ......................................................33 Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS -
atraso no pagamento ...................................................35 reestruturação
atualização financeira ou monetária.......................... 63 MP n. 1531.................................................................... 55
Aubry & Rau................................................................52 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - ELETRONORTE
audiência pública obrigatória.....................................40 MP n. 1531.................................................................... 55
aumento das quantidades .......................................... 35 Centrais Elétricas do Sul do Brasil S.A. - ELETROSUL
aumento de encargos ..................................................54 MP n. 1531.................................................................... 55
autoridade competente .........................................35, 57 circunstâncias supervenientes ..................................59
autoridade superior.....................................................26 cláusula contratual.......................................................61
autorização de compra ................................................43 cláusula econômico - financeira.................................50
autorização prévia ........................................................35 cláusula rebus sic stantibus ...........................................35
autuação no processo.................................................35 cláusulas econômico - financeiras.............................14
avisos de editais .......................................................... 41 cláusulas essenciais .................................................... 37
cláusulas extravagantes ........................................37, 38
Cláusulas extravagantes .............................................15
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Cláusulas necessárias .................................................15 contratos em vigor.......................................................32
CLOVIS BEVILAQUA.................................................12 controle dos orçamentos ............................................60
Código de Contabilidade ..............................................6 CONVENIÊNCIA.........................................................57
comissões .....................................................................31 convênios......................................................................61
compensações financeiras .........................................44 convite ...........................................................................44
compra.....................................................................28, 42 copeiragem.................................................................... 21
compras...................................................................41, 48 crédito orçamentário.................................................... 37
comprovada repercussão ...........................................62 créditos orçamentários ................................................23
concessionárias dos serviços.................................... 27 critério de julgamento ..................................................31
conclusão e de entrega............................................... 50 cronograma ...................................................................19
concorrência.................................................................43 culpa............................................................................... 52
concorrências ............................................................... 41 culpa do contratado.....................................................43
concurso .......................................................................44 Cunha Gonçalves.........................................................61
condição indispensável ........................................40, 41 Curso de Direito Administrativo................................65
condição necessária .................................................... 42 custo de aquisição .......................................................56
condições................................................................25, 27
condições contratuais .................................................54 D
condições mais vantajosas .......................................24, 31
o dano ............................................................................... 23
conferência proferida no 4 . Seminário Nacional de
danos .............................................................................56
Direito Administrativo............................................64
danos insuperáveis ......................................................20
conivência da contratada ...........................................43
data da sua assinatura .................................................42
conjunto de licitações .................................................40
data estipulada .............................................................41
conseqüências .............................................................63
data previamente acordada .........................................42
conseqüênc ias incalculáveis .....................................64
de CARLOS MAXIMILIANO .....................................60
conserto ........................................................................21
de compra com entrega imediata................................43
conservação .................................................................21 o
decisão n 531/93........................................................49
Considerações Gerais.................................................... 6
decisão 056/72..............................................................49
Consulta ........................................................................64
Decisão 148/96........................................................20, 26
contagem dos prazos ..................................................41
decisão 1925/96 ............................................................64
continuidade.................................................................22
Decisão 22/93................................................................20
contraprestação de fornecimento de bens............... 59
decisão 260.................................................................... 49
contratação de obras e serviços de engenharia......45
Decisão 34/96................................................................26
contratação de serviços ..............................................20
decisão 35/92 ................................................................19
contratação direta ..................................................47, 57
Decisão 366/95........................................................20, 33
contratada.....................................................................42
Decisão 408/95................................................................9
contratado.....................................................................56
Decisão 409/94..............................................................31
contratante..............................................................14, 24
decisão 475/95..............................................................64
contrato.....................................14, 26, 31, 42, 44, 47, 59
decisão 50/94 ................................................................42
contrato de prestação de serviço..............................19
decisão 56/94 ................................................................57
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE serviços...........26
Decisão 688/98..............................................................39
contrato originário.......................................................25
Decisão 753/96..............................................................53
contratos .................................................................46, 61
decisão de 215/93.........................................................49
contratos administrativos.....................................40, 56
Decisão Plenária 461/98.................................................9
contratos assinados ........................................................32
decisões do TCU, no BLC 4/97 ..................................61
Contratos de execução continuada ou parcelada ...20 Decreto – lei 2300.........................................................21
CONTRATOS DE LOCAÇÃO...................................37 Decreto - lei 2300/86.......................................................7
contratos de obras .......................................................57 Decreto – lei 2300/86.................................................... 20
contratos de prestação ............................................... 30 Decreto 1544/95............................................................16
CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A Decreto 2031 .................................................................34
SEREM EXECUTADOS DE FORMA Decreto 22 .....................................................................15
CONTINUADA .......................................................19 Decreto 2745 ...................................................................8
contratos de vultosos valores ...................................47 Decreto 2809 .................................................................30
CONTRATOS E DE OUTROS INTRUMENTOS Decreto 804 ...................................................................34
HÁBEIS.....................................................................40 Decreto 98248/89.......................................................... 56
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Decreto 99188............................................................... 34 E
Decreto federal 2031/96............................................... 34
economia .......................................................................46
Decreto federal 2271.................................................... 34
economia de tempo ......................................................52
Decreto federal 93872/86.............................................60
economicidade........................................................44, 53
Decreto n° 2.271 ...........................................................21
Edgard Lincoln de Proença Rosa............................... 30
decreto-lei 200 ................................................................6
edital...................................................................26, 31, 60
Decreto-lei 2300............................................................63
efeitos ............................................................................42
demolição......................................................................21
efeitos financeiros..................................................41, 42
desburocratização........................................................43
efeitos jurídicos............................................................42
descobertas tecnológicas e científicas ......................6
efêmera duração ...........................................................29
descontos .....................................................................60
efêmeras contratações .................................................30
descumprimento do prazo .......................................... 42
eficácia ...............................................................40, 41, 42
desembaraço.................................................................27
eficácia contida.............................................................42
desequilíbrio econômico ......................................62, 64
Eficácia nas Licitações e Contratos.....................19, 21
desigualdade ................................................................15
Egrégio Tribunal de Contas da União.......................35
despesa.........................................................................38
Élvia L. Castelo Branco............................................... 49
Diário do Congresso Nacional...................................49
em quadro de avisos ...................................................40
Diário Oficial da União................................................49
emenda 495.................................................................... 63
dias consecutivos ........................................................41
Emenda Constitucional 19............................................8
Dicionário AURÉLIO..................................................62
emendas apresentadas ................................................45
dificuldades maiores.................................................... 53
emergência .................................................................... 35
diminuição.....................................................................54
emissão de passagens.................................................26
diminuição do ritmo.....................................................35
emissão de passaportes ..............................................27
dinheiro público...........................................................11
encargos do contratado .................................................61
Diógenes Gasparini.........................................36, 59, 65
ENCARGOS DO CONTRATADO .............................65
Direito & Justiça.......................................................... 60
encargos legais ..............................................................62
Direito Administrativo................................................62
Energia elétrica - comercialização
direito comum.........................................................14, 15
MP n. 1531.................................................................... 55
direito privado........................................................14, 37
entrega imediata .....................................................44, 47
direito público..............................................................14
equilíbrio econômico - financeiro.............................54
Direito Sumular.............................................................11
equilíbrio econômico - financeiro........................34, 50
direitos do contratado ..................................................54
equilíbrio econômico – financeiro .............................34
discricionária ................................................................21
equipamento .................................................................54
dispêndios financeiros................................................42
equipamentos ............................................................... 22
dispensa ........................................................................46
Erário..............................................................................63
dispensa de aditivos ........................................................33
erro técnico ...................................................................52
dispensas ......................................................................43
especificação ..........................................................34, 50
disposições contratuais ..............................................33
espiral inflacionária ......................................................56
disposições legais .........................................................62
estranho à vontade .......................................................34
divulgação .................................................................... 42 Eunice Leonel da Cunha .............................................24
divulgação oficial.........................................................48 EURO...............................................................................6
doutrina............................................................... 7, 48, 60 exceção legal.................................................................46
duração.................................................................... 24, 33 EXCEÇÕES ...................................................................17
duração de contrato......................................................10 exceções legais .............................................................41
Duração de Contrato Administrativos .....................24 excepcionalidade.......................................................... 26
duração do contrato.................................................... 29 execução ........................................................................34
DURAÇÃO DO CONTRATO.................................... 16 execução da obra.......................................................... 59
duração do contrato administrativo.......................... 17 execução de serviço.....................................................21
Duração do Contrato Administrativo.......................36 execução do contrato ................................34, 50, 56, 63
Duração do contrato administrativo de prestação de execução indireta.......................................................... 22
serviços contínuos .................................................22 exercício.........................................................................24
duração dos contratos.......................................... 22, 25 exercício financeiro ......................................................30
exercícios anteriores.................................................... 29
exorbitantes ...................................................................15
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expressa previsão ........................................................34 Homero Santos .............................................................53
extensão ........................................................................26 Humberto Guimarães Souto .......................................... 24
EXTENSÃO DE CONTRATO.................................... 36 Humberto So uto ...........................................................26
exterior...........................................................................28
EXTINÇÃO..................................................................62 I
extrato do contrato ......................................................42
iguais períodos .............................................................31
igual período.................................................................25
F
impedimento..................................................................19
falta funcional............................................................... 42 impedimento da execução...........................................35
fas e de licitação............................................................56 impedimento ou retardamento.................................... 35
fato do príncipe................................................51, 62, 64 implicar...........................................................................62
fato excepcional.....................................................34, 35 importar.......................................................................... 62
fato imprevisível.......................................................... 64 imposições do Estado .................................................51
fato imprevisível, ou previsível.................................64 imprensa oficial.............................................................40
fato natural.................................................................... 62 imprevisível...................................................................34
fatos imprevisíveis ......................................................61 in Boletim de Licitações e Contratos (BLC), da
fatos imprevistos ou inevitáveis ............................... 51 Editora NDJ, de São Paulo, volume 8/93................7
Fernando Gonçalves .............................................49, 53 inadimplência ................................................................61
fiança bancária .............................................................58 inaplicabilidade.............................................................58
o
financiamento ............................................................... 37 inciso XIII do artigo 6 ..............................................40
FINANCIAMENTO.....................................................37 inciso I do § 1º artigo 57 .............................................50
força das circunstâncias .............................................58 inciso I, do artigo 58 .....................................................54
força maior..............................................................61, 64 inciso II do artigo 23.................................................... 59
forças naturais ..............................................................62 inciso II do artigo 57......................................................31
forma ajustada..............................................................58 inciso III do artigo 55...................................................60
forma continuada.........................................................25 inciso IX do artigo 24..................................................48
forma de fornecimento ................................................58 inciso XI do artigo 40 ..................................................44
formalidad.....................................................................42 inciso XIII do artigo 78................................................54
formalidade...................................................................13 inciso XIV do artigo 40................................................60
formalidade essencial..................................................41 inciso XV do art. 78.......................................................33
formalidades .................................................................37 inciso XXVII do artigo 22 da Constituição ................8
formalidades da lei.......................................................26 incisos I e II do artigo 24.............................................47
fornecimento .........................................27, 28, 29, 30, 31 incisos III a XXII.......................................................... 45
fornecimento de bens para pronta entrega..............44 incisos III a XXIV do artigo 24...................................45
FORNECIMENTO de passagens aérEAS ..................26 incisos XXI, XXII , XXIII e XXIV foram acrescidos
fundos especiais .......................................................... 10 pela Lei 9648 .............................................................45
Furnas Centrais Elétricas S.A indenizações .................................................................56
MP n. 1531 ...................................................................55 indicação do crédito .................................................... 38
ineficaz...........................................................................42
G INEVITABLIDADE......................................................58
inexecução.....................................................................62
garantia.......................................................................... 60
inexigibilidade.............................................15, 41, 45, 46
garantia da execução.................................................... 57
inexigibilidades .............................................................43
Gazeta Mercantil.......................................................... 58
inexigiibilidade ..............................................................46
Gilmar Ferreira Mendes............................................... 12
informática.....................................................................21
Informativo CONSULEX .............................................40
H
início da vigência .........................................................34
Hely Lopes Meireles ...................................................51 instalação ......................................................................21
Hely Lopes Meirelles ......................7, 21, 36, 59, 62, 65 instalações .................................................................... 22
HELY LOPES MEIRELLES.........................................12 INSTITUIÇÃO.............................................................62
Heraldo Costa Reis ......................................................10 Instrução Normativa 18/97.......................................... 30
Heraldo da Costa Reis.................................................60 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 18 ...........................20
Hermenêutica e Aplicação do Direito.................52, 60 instrumento de contrato ..............................................43
histórico desta Lei.......................................................63 instrumentos convocatórios ......................................31
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instrumentos de contrato ...........................................47 Lei 9307.......................................................................... 12
instrumentos de contratos .........................................45 Lei 9478............................................................................8
instrumentos formais ...................................................60 Lei 9648..................................................23, 24, 29, 36, 55
instrumentos hábeis .................................................... 44 Lei 9648/98...............................................................27, 55
intenção do legislador.................................................45 Lei de Introdução ao Código Civil.............................52
interesse ........................................................................57 Lei de Licitações e Contratos.......................................... 29
interesse da Administração ........................................24 Lei de Licitações e Contratos Administrativos .........8
o
interesse público............................14, 15, 38, 51, 52, 59 Lei n 8 883 ...................................................................40
o
interesses da Administração......................................24 Lei n 8883.................................................................... 44
o
INTERPRETAÇÃO DO § 4º DO ARTIGO 57 .........25 Lei n 8 883.................................................................... 41
INTERPRETAÇÃO DO ART. 121.............................32 Lei nº 8.883.................................................................... 32
interpretação literal......................................................25 leilão............................................................................... 44
interrupção.................................................................... 19 licitação de obras e serviços ......................................10
interrupção da execução.............................................35 licitação dispensada ..............................................15, 47
Iran Saraiva ...................................................................49 licitações ..................................................................31, 33
irregularidad..................................................................43 Licitações e contratos - II
irregularidade................................................................63 MP n. 1531.................................................................... 55
Ivan Barbosa Rigolin ...................................................65 Licitações e Contratos Públicos ..........................18, 21
Ivan Luz.........................................................................59 licitações instauradas......................................................32
Ivan Rigolin ..................................................................36 limitação quantitativa ..................................................52
limite de 25% .................................................................57
J limite de 5%...................................................................59
limite de 50% ...........................................................51, 54
J. Teixeira Machado Júnior........................................10
limite legal......................................................................51
Jessé Pereira Júnior.......................................................24
limite máximo .................................................................33
Jessé Torres Pereira Júnior...................................37, 64
limite prefixado..............................................................51
Jorge Ulisses Jacoby Fernandes ...................23, 47, 48
limite previsto............................................................... 54
José Antônio Barreto de Maced ............................... 49
limites das modalidades ..............................................43
José Konfino ................................................................61
limites permitidos pela lei .......................................... 54
José Naufel ...................................................................61
limites razoáveis ...........................................................51
jurisprudência.....................................................7, 44, 48
limpeza ...........................................................................21
jurisprudência do TCU................................................56
Lincoln Magalhães da Rocha...............................49, 60
JUSTA REMUNERAÇÃO.........................................65
locação...........................................................................38
justa remuneração .......................................................61
locação de bens............................................................21
locação de imóvel.........................................................15
K
locação de imóvel em que o Poder Público .............37
KANT.............................................................................12 locação de veículos .....................................................27
KELSEN ........................................................................12 locação predial urbana ................................................37
locatário.........................................................................37
L Lucas Azevedo Moreira dos Santos .........................51
Lucas Moreira de Azevedo dos Santos ...................30
lacuna legislativa.........................................................48 Lucas Rocha Furtado ..................................................53
leasing.............................................................................37 Lúcia Valle .....................................................................36
legalidade......................................................................53 Luiz Vicente Cernicchiaro .......................................... 60
legislação de seguros ..................................................37 Luiz Roberto Ponte ......................................................63
Lei 9648 ........................................................................25
lei 4320/64......................................................................60 M
Lei 8.666/93...................................................................32
Lei 8666..................................................................6, 7, 55 maior desconto .............................................................31
Lei 8666/93............................7, 12, 13, 16, 17, 20, 36, 37 manutenção ...................................................................21
Lei 88..............................................................................13 manutenção de prédios............................................... 22
Lei 8883.................................................................... 23, 24 Marçal Jusaten Filho ...................................................59
Lei 8883/94........................................................23, 25, 36 Marçal Justen .........................................24, 27, 36, 42, 51
Lei 8987.......................................................................... 12 Marcelo Rebelo de Sousa.......................................... 11
Lei 9069.......................................................................... 16 Marcos Juruena Villela ................................................37
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P )) 11 22 88 44 55 -- O
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Marcos Juruena Villela Souto.................................... 59 novidade ........................................................................55
Marcos Maciel .............................................................12 novidades tecnológicas ..............................................51
Marcos Vilaça............................................................... 49 Novo Dicionário Jurídico Brasileiro.......................... 61
MARE............................................................................30 novo milênio ...................................................................6
Maria Aparecida Osório de Almeida ........................65 novos mercados .............................................................6
Medida Provisória 1053/95........................................16 nulidade.........................................................................37
Medida Provisória 1081 .........................................25, 26 nulidade do contrato ...................................................43
Medida Provisória 1452..............................................23
Medida Provisória 1500..............................................23 O
Medida Provisória 1531-18.........................................23
O Real e o Plano de Estabilização da Economia 16, 38
Medida Provisória 472/94...........................................63
o valor estimado ...........................................................40
Medida Provisória 681/94...........................................23
o objeto de licitação ........................................................11
Medida Provisória n 472.......................................... 45
obra ..........................................................................42, 58
medidas burocráticas de praxe ...................................41
obra comum...................................................................53
meio de comunicação..................................................40
obra em andamento......................................................52
melhor preço .......................................................24, 30, 31
obras ..............................................................................54
melhor roteiro ............................................................... 27 obrigações fut ............................................................... 43
mera conveniência.......................................................58 obrigações futuras .......................................................47
Ministro Bento José Bugarin.......................................9 Olavo Drummond...................................................49, 59
Ministro Lincoln Magalhães da Rocha......................9 omissão.................................................................... 42, 43
minuta............................................................................13 omissão do legislador..................................................47
Modalidade de Licitação ............................................56 omissão ou atraso de providências ...........................35
modalidades de licitação.............................................56 ônus excessivo .............................................................53
modalidades de publicidade.......................................40 operação ........................................................................21
modelo de Estado .......................................................... 6 ordem cronológica.......................................................... 33
modificação do projeto.....................................50, 52, 53
ordem de execução de serviço ...................................43
modificação do valor contratual..................................54 órgãos públicos............................................................39
modificação do valor inicial..................................54, 57 OS CONTRATOS.........................................................12
modificação qualitativa............................................... 51 os prazos ........................................................................10
moeda de pagamento......................................................33 outros instrumentos hábeis ........................................43
MONSERRAT TURISMO LTDA..............................26
montagem......................................................................21 P
motivação......................................................................51
motivos supervenientes .............................................52 pagamento adiantado ..................................................60
MP 1500.........................................................................36 pagamento antecipado ....................................59, 60, 61
MP 1531.........................................................................55 pagamento das obrigações.........................................10
o
MP 681/94.....................................................................22 parágrafo 6 ., do artigo 65 ...........................................50
multa........................................................................31, 61 parágrafo único do artigo 51 ......................................45
Municípios remotos.................................................... 41 parágrafo único do artigo 61 ................................45, 47
paralisação .................................................................... 19
N parecer ...........................................................................65
Parecer 6/94 ...................................................................63
natureza continuada.................................................... 20 Parecer PGFN/CPA 1713/98 ........................................30
necessidade de aperfeiçoamento ..............................52 passagem aérea ..............................................................28
necessidade de mudança............................................39
passagens .....................................................................27
negligência.................................................................... 52
passagens aéreas .........................................................30
Nelson de Figueiredo ..................................................23
Paulo Affonso M. de Oliveira .................................... 49
norma geral .............................................................16, 38
Paulo Affonso Martins de Oliveira .....................20, 49
normas de direito publico...........................................37
peculiaridades............................................................... 14
normas gerais .........................................................37, 44
pequenas compras .......................................................59
normas gerais de direito financeiro...........................60
período menor ..............................................................25
normas privadas...........................................................37
PETROBRÁS...................................................................9
nota de empenho .............................................43, 44, 47
planejamento da licitação............................................29
nova licitação ............................................................... 57
plano plurianual......................................................17, 18
nova situação............................................................... 52
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Plano Plurianual...........................................................11 PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA PREVISTA NO
o
Plano Real............................................................... 16, 63 PARÁGRAFO 5 . DO ARTIGO 79........................19
PLANO REAL..............................................................66 PRORROGAÇÃO CONTRATUAL...........................66
PLC 5..............................................................................23 prorrogação de contratos ...........................................22
Plurianual......................................................................18 PRORROGAÇÃO DE CONTRATOS........................18
Poder Central................................................................13 prorrogação de prazo ...................................................33
poder público ............................................................... 37 PRORROGAÇÃO DO INÍCIO DE ETAPAS DE
Poder Público locatário............................................... 38 EXECUÇÃO/ CONCLUSÃO/ENTREGA,.............34
pontos obscuros.......................................................... 44 prorrogação do prazo ..................................................50
prazo ..................................................................24, 41, 64 prorrogações .................................................................36
prazo indeterminado..............................................17, 38 prorrogações sucessivas ............................................31
prazo legal.....................................................................42 proveito .......................................................................... 57
prazo para publicação .................................................46 providências normais ..................................................41
preço............................................................................... 27 publicação ...............................................................41, 42
preços ............................................................................25 publicação do contrato .........................................41, 45
preços contratados......................................................64 publicação do extrato ..................................................44
preços unitários ...........................................................56 publicação resumida.................................................... 40
Prefeito.......................................................................... 35 publicidade............................................21, 40, 43, 46, 48
prejuízo.......................................................................... 23 publicidade por meios eletrônicos.............................40
prejuízos........................................................................20
prejuízos regularmente comprovados ......................42 Q
prerrogativa ..................................................................15
quadro de avisos de amplo acesso ...........................48
prerrogativa da administração pública ......................50
quantificação dos custos............................................29
prerrogativas .......................................................... 14, 38
quitação de obrigações ...................................................33
Presidente da República .............................................48
pressupostos básicos .................................................36
R
prestação de garantia ..................................................57
prestação de serviço .......................................21, 25, 27 racionalidade.................................................................46
prestação de serviços ...........................................22, 24 razoabilidade.................................................................44
prestação de serviços de natureza contínua ...................31 reajuste .................................................................... 44, 63
prestação de um serviço de transporte...........................28 Reajuste e Programa de Estabilização da Economia38
prestação ou execução de serviço ............................20 reajuste ou atualização monetária ..............................50
prévia qualificação econômico - financeira..............59 REAJUSTE OU DA ATUALIZAÇÃO......................66
previsão.........................................................................31 reajuste salarial.............................................................64
previsão contratual......................................................34 reajustes ........................................................................56
previsão de prorrogação.............................................31 realidade ........................................................................53
princípio da economicidade.......................................52 recepção ........................................................................21
procedimento licitatório........................................19, 29 reforma de edifício .......................................................54
Processo 00425888.......................................................51 reforma de edifício ou construção .............................51
processos já instaurados................................................32 regime de execução ......................................................58
programas de informática ...........................................36 registro de preços das compras .................................41
proibição .......................................................................59 relação inicial ............................................................... 61
projeto ...........................................................................53 RELAÇÃO INICIAL.................................................... 65
Projeto de Lei de Conversão 10/94............................63 remarcação.................................................................... 27
o
Projeto de Lei de Conversão n 10 ...........................44 repactuação .............................................................34, 64
projeto original.............................................................52 reparação .......................................................................21
projetos .........................................................................32 repartição.......................................................................38
PROJETOS CONTEMPLADOS NOS PLANOS REPERCUSSÃO EFETIVA NOS PREÇOS............... 66
PLURIANUAIS........................................................18 representante da Administração................................20
promocionais ................................................................31 reprografia .....................................................................21
pronto pagamento .......................................................59 rescisão contratual.......................................................54
prorrogação .................................... 21, 24, 25, 26, 27, 34 rescisão do contrato..................................................33, 43
PRORROGAÇÃO.........................................................35 rescisão unilateral ........................................................39
reserva ...........................................................................27

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responsabilidade.......................................................... 43 sucessivos períodos ...................................................23
responsabilidade civil e criminal................................43 sugestões ......................................................................41
ressalva ao artigo 26.................................................... 45 Sujeito Ativo da Execução Fiscal ................................8
ressalvado o disposto no artigo 26...........................45 Súmula 1........................................................................61
retardamento...........................................................41, 43 Súmula 191.................................................................... 19
retribuição da Administração .....................................61 Súmula 2 ........................................................................61
Retroação................................................................38, 61 Súmula 222.................................................................... 11
revisão.....................................................................61, 64 Superior Tribunal de Justiça.......................................53
revisão contratual ............................................34, 35, 63 superveniência .............................................................34
revisão das cláusula .................................................... 14 Suplemento Direito & Justiça.....................................58
REVISÃO DE PREÇOS................................................66 Suplemento Tributário.................................................40
revisão do contrato ............................................... 15, 62 supremacia.................................................................... 50
REVISÃO DO CONTRATO........................................65 supremacia de poder.................................................... 14
Revista de Dir. Administrativo 205/369.................... 51 supressão ......................................................................54
Revista de Direito Administrativo.............................65 supressão de obra, bens ou serviços .......................56
Revista de Direito Administrativo 198/62................51 supressões .................................................................33, 54
Revista de Direito Público .......................................... 65 suspensão .....................................................................19
Revista dos Tribunais .................................................40 sustação do contrato ...................................................19
Revista L&C.................................................................39
Revista Trimestral de Jurisprudência 80/55 .............56 T
Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados.40
tarifas promocionais .................................................... 27
Roberto Bazilli............................................................... 24
TCU ................................................................................25
Roberto Rosas ..............................................................11
TEIA JURÍDICA ...........................................................40
Teixeira Machado.........................................................60
S
telecomunicações .........................................................22
sanções .........................................................................43 TEORIA DA IMPREVISÃO..................................61, 66
sanções administrativas .................................................31 teoria geral.....................................................................14
Saredo............................................................................60 termo de contrato...................................................43, 47
Savigny .........................................................................52 títulos da dívida pública .......................................57, 58
segurança......................................................................21 tomada de preços...................................................43, 56
segurança nacional................................................38, 48 tomadas de preços .......................................................41
seguro......................................................................21, 37 Toshio Mukai.........................................8, 18, 21, 26, 51
SEGURO........................................................................37 trabalhos técnicos – profissionais.............................21
seguro – garantia .........................................................58 transporte ......................................................................21
sem ônus .......................................................................40 transporte aéreo ...........................................................27
SENAI..............................................................................9 transportes .................................................................... 21
Sérgio Ferraz.................................................................36 Tribunal de Contas ..................................................9, 63
serviço.....................................................................42, 58 Tribunal de Contas da União .......19, 31, 44, 48, 53, 64
Serviço...........................................................................19 Tribunal de Contas do DF .................................... 42, 57
serviços.........................................................................54 Tribunal de Contas do Distrito Federal ........17, 61, 64
serviços continuados..................................................20 Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais ......51
serviços contínuos .......................................................... 29 tributos...........................................................................62
serviços e compras ......................................................57
serviços públicos.........................................................46 U
s ervidor .........................................................................43
ULPIANO.......................................................................12
servidores .....................................................................64
urisprudência ................................................................60
SESC................................................................................9
utilidade.........................................................................29
Sidney Martins.............................................................47
utilidade de interesse da Administração.......................... 28
Sistema Telebrás.......................................................... 49
sociologia......................................................................53
V
solidariedade ................................................................53
Sonia Tanaka................................................................36 V do artigo 55................................................................38
Subcontratação de Contratos Administrativos ......14 valor do contrato.......................................................... 63
subcontratar.................................................................14 valor estimado ..............................................................56
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valor global...................................................................56 vizinhança inadequada................................................39
valor inicial atualizado.................................................59 vulto da edificação.......................................................53
Valor Jurídico do Acto Inconstitucional..................11
valor originário .............................................................57 W
valores estimados...........................................................29
Walter Nori.................................................................... 63
vantagem.......................................................................57
vencimento ...................................................................41 X
verificação técnica.......................................................58
via judicial.....................................................................54 XXI do citado artigo 37............................................... 10
vigência...................................................................26, 41
vigência do contrato ...................................................36 Y
vigência dos créditos ..................................................26
Yara Police Monteiro ...................................................23
vigilância .......................................................................21

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