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UNICASTELO – Educação Física – Aprendizagem Motora II – Profª Denilce Xisto –

Apostila 3

A PRÁTICA NA APRENDIZAGEM DE HABILIDADES MOTORAS

Ao estudar aprendizagem de habilidades motoras vem à tona a questão da prática do que foi
aprendido. E qual o conceito de prática?

“Ato ou efeito de praticar; Uso, exercício; Rotina, hábito; Saber provindo da experiência;
Aplicação da teoria [...]” (FERREIRA, 1993, p.436)

A prática envolve a repetição de uma habilidade aprendida com o intuito de tornar sua execução
mais próxima possível da perfeição.

O tempo de pratica não é o único fator que deve ser considerado, a qualidade também é muito
importante. É necessário estruturar ou organizar uma determinada quantidade de prática para
maximizar sua eficiência.

Prática Inicial: É o início da prática. Acontece quando o aluno tem o primeiro contato, a idéia mais
primitiva sobre a tarefa (ou habilidade motora), onde será aprendido o aspecto rudimentar do
movimento (os principais aspectos para que se consiga a execução).

Das maneiras de se organizar a prática, duas formas se destacam nos estudos da área da
aprendizagem motora: a Prática em Partes e a Prática do Todo.

PRÁTICA DO TODO
Também conhecida como método global. O professor apresenta a habilidade motora de forma
completa, tudo de uma vez ao aluno. É passa toda a tarefa, porém ele tem um descanso entre uma
tentativa e outra (prática distribuída).

PRÁTICA EM PARTES
Também conhecida como método parcial, prática em blocos, fracionada, segmentada ou
simplificada. O professor divide a tarefa em partes, unidades, que podem ser isoladas. Depois que
estiverem aprendidas isoladas são integradas uma a uma, até formar a habilidade total. Ensinar a
primeira unidade, até que seja aprendida, depois a segunda, e assim por diante. Depois que terminarem
todas as unidades é formado o movimento completo, de maneira global.

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A simplificação permite que as dificuldades em algum aspecto da tarefa sejam reduzidas, pois
se simplifica a habilidade até que ela seja aprendida, aumentando o grau de dificuldade aos poucos até
chegar na habilidade em questão.

Caçola e Ladewig (2006), afirmam que é possível reduzir as dificuldades das seguintes formas:

 A redução da dificuldade de objetos;


 Execução de ritmos separados;
 Fornecimento de acompanhamento auditivo;
 Redução da velocidade.

Esta forma de prática resulta em uma rápida aquisição de habilidades motoras com alto nível de
performance, pois os alunos têm um melhor entendimento e uma melhor execução, guardando
movimento por movimento.

A prática em partes é eficiente quando se trata de aprender movimentos que são combinados
para formar uma seqüência, mas não conectados entre si, como uma seqüência de dança ou ginástica.

Este tipo de prática, apesar de simplificar o ambiente de aprendizagem para o aprendiz,


impossibilita o mesmo de adquirir uma fluência na coordenação do movimento, o que pode ser
adquirido na prática do todo.

Muitos professores, para facilitar a aprendizagem e levando em conta uma alta complexidade da
estrutura do movimento, usam a decomposição do movimento em partes, e a prática separada de cada
uma delas. Com esta estratégia se busca distribuir a dificuldade global do gesto em uma série de fases,
com o objetivo de facilitar a sua assimilação.

A escolha da prática do todo ou em partes depende de dois fatores:

Complexidade da tarefa: Quantas partes ou componentes existem na tarefa e quais as solicitações de


processamento de informação geradas por ela. Exemplo:

 Habilidades muito complexas: Rotina de Ginástica Artística.

 Habilidades baixa complexidade: Arco e flecha.

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Organização da tarefa: Refere-se ao modo como os componentes de uma tarefa estão interligados.
Exemplo:

 Partes independentes: Rotina de dança.

 Partes dependentes: Bandeja do basquete.

Desta forma, se as:

 Tarefas são muito complexas e de baixa organização: Usar a prática das partes.

 Tarefas são pouco complexas e de alta organização: Usar a prática do todo.

Em relação à prática dos esportes coletivos Rezende e Valdés (2004), descrevem dois modelos:
o global-funcional e o analítico sintético.
MODELO GLOBAL-FUNCIONAL
Está centrado no próprio jogo e no caráter dinâmico das situações-problema que o caracterizam,
tendo como princípio básico que se aprende a jogar jogando. Independente do nível de domínio dos
fundamentos técnicos, cada jogador aceita o desafio de utilizar todas as suas habilidades para jogar o
melhor possível; assim, cuidando-se para que os grupos sejam relativamente homogêneos, o jogo se
apresenta como a melhor maneira para se estimular a melhoria da performance dos jogadores.
As principais vantagens deste modelo são:
a) O alto nível de motivação dos jogadores;
b) A interligação, na prática, entre as habilidades técnicas e táticas;
c) A aquisição de experiências concretas de jogo.
Por outro lado, as desvantagens são:
a) A variabilidade das situações vivenciadas, o que gera dificuldades para o jogador diferenciar o
importante do supérfluo;
b) A incidência descontrolada de erros, difíceis de serem corrigidos;
c) O favorecimento dos jogadores mais habilidosos.
Neste modelo a intervenção do professor ou está diluída ao longo do processo ou se volta para a
organização do ambiente de aprendizagem. Como no esporte predomina o interesse pelo alcance de
resultados rápidos, mesmo que nem sempre consistentes, conjugado com a preocupação dos treinadores

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de obter reconhecimento e destaque pelo seu trabalho, o modelo global-funcional é pouco utilizado,
tendo maior repercussão nas escolas, comprometidas com ideais formativos.

MODELO ANALÍTICO-SINTÉTICO
Está centrado no desenvolvimento das habilidades técnicas. A partir da análise da performance
esportiva dos jogadores mais talentosos, forma-se um modelo ideal das habilidades a serem aprendidas
pelos iniciantes. Porém, em função do grau de complexidade e do nível de dificuldade, as habilidades
precisam ser divididas em fundamentos, que devem ser aprendidos, inicialmente, fora do contexto de
jogo, para depois serem progressivamente aplicados às situações reais de jogo. Na medida em que
amplia o domínio das habilidades técnicas, os jogadores, teoricamente, dispõem de melhores recursos
para enfrentar as situações-problema de caráter tático presentes no jogo.
O modelo analítico-sintético se fundamenta em princípios sobre a organização das atividades,
que preconizam um aprendizado que vai:
a) Do conhecido ao desconhecido;
b) Das partes (divisão do movimento em unidades funcionais) ao todo;
c) Do simples para o complexo (aproximação gradativa);
d) Do fácil ao difícil (diminuição progressiva da ajuda).
A aprendizagem se dá pela repetição, conduzindo ao aperfeiçoamento progressivo e,
conseqüentemente, à automatização dos movimentos.
As principais desvantagens do método analítico-sintético são:
a) A restrição do treinamento a atividades que, apesar de correlacionadas, estão dissociadas do jogo,
não satisfaz o desejo de jogar dos jogadores (falta de motivação);
b) A padronização dos movimentos estabelece um nível de exigência técnica uniforme, que despreza as
diferenças individuais;
c) A automatização precoce pode empobrecer o repertório de movimentos e a criatividade;
d) A ênfase na perfeição técnica desconsidera as necessidades e características individuais;
e) A fragmentação do jogo em exercícios artificiais torna difícil a aplicação das habilidades treinadas
no contexto do jogo;
f) Os exercícios propostos se restringem ao cumprimento de tarefas pré-definidas (sem tomada de
decisão), limitando-se a desenvolver habilidades relacionadas ao como fazer.

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O contexto de jogo requer do jogador tanto o refinamento no controle de aspectos perceptivo-
motores, como a utilização de componentes cognitivos que categorizem as ações apropriadas, de
acordo com a situação de jogo, construindo uma associação entre certas condições e determinadas
ações.
A conciliação entre a capacidade de execução técnica (como fazer) e a capacidade de definir o
que se deve fazer e qual é o melhor momento para ser feito, depende de um modelo de ensino que
desenvolva a compreensão de jogo. O modelo tático de ensino das habilidades esportivas (global-
funcional) propõe que o jogador vivencie, precocemente, experiências próximas da realidade de jogo
(aprender jogando).

Em relação aos períodos de prática e intervalos, Magill (2000) destaca dois tipos: a Prática Distribuída
e a Prática Maciça.

PRÁTICA DISTRIBUÍDA

Caracterizada por períodos de prática divididos por intervalos de repouso ou intervalos de


aprendizagem de habilidades alternativas. O repouso entre as tentativas muitas vezes é mais extenso
que o tempo da própria tentativa.

Esta forma de prática com sessões curtas e em maior quantidade se tem um melhor aprendizado
devido ao descanso entre as tentativas (de um dia para o outro), principalmente se tratando de
habilidades contínuas que duram um tempo relativamente longo e as ações são repetitivas.

PRÁTICA MACIÇA

É caracterizada pela inexistência de pausas intermitentes, onde a quantidade de repouso é menor


que a prática. A quantidade de repouso entre as tentativas é muito breve, de forma que a prática é
relativamente contínua.

Esta forma de prática reduz o desempenho devido à interferência da fadiga. Porém é necessário
levar em consideração o tipo de habilidade motora. Se for discreta (início e fim bem definidos)
caracterizada por uma ação relativamente curta, é melhor que se pratique de forma maciça.

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PRÁTICA MENTAL

Magill (1987, p.231), define prática mental da seguinte maneira: “Quando a expressão prática
mental é usada na literatura de pesquisa, ela se refere à repetição cognitiva de uma habilidade física na
ausência de movimentos manifestos [...]”. O indivíduo se imagina executando uma habilidade ou parte
dela, ou seja, ele repete mentalmente o movimento aumentando a eficiência.

A formação da imagem pode ocorrer enquanto o aprendiz está observando uma outra pessoa ou
um vídeo, ou sem nenhuma observação visual.

Os alunos que aguardam sua vez podem ser instruídos a exercitar mentalmente um certo número
de movimentos ou exercícios. Sempre instruir que devem imaginar a execução correta.

A prática mental tem sido apresentada como uma estratégia de instrução eficaz para:

 Manter um grupo grande de alunos, ou alunos machucados, envolvidos em atividade proveitosa,


mesmo que não estejam praticando fisicamente;

 Preparar para o desempenho, concentrando toda a atenção na realização correta da habilidade antes
que ela seja de fato executada;

 Recapitular o desempenho correto de uma habilidade e compara-lo com o desempenho físico real
que acabou de ocorrer.

REFERÊNCIAS

CAÇOLA, P. M.; LADEWIG, I. Avaliação da retenção de uma habilidade de salto da Ginástica


Rítmica ensinada através da prática em partes e da prática como um todo, disponível em:
<www.efdeportes.com/revistadigital> ano 11, n.100, setembro de 2006.

FERREIRA, A. B. H. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3.ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira,


1993.

MAGILL, R. A. Aprendizagem Motora: conceitos e aplicações. 3.ed., São Paulo: Edgard Blucher,
1987.

______. Aprendizagem Motora: conceitos e aplicações. 5. ed, São Paulo: Edgard Blucher, 2000.

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REZENDE, A.; VALDÉS, H. Método de estudo das habilidades táticas (4): abordagem comparativa
entre modelos de ensino técnico e tático, www.efdeportes.com/revistadigital, ano 10, n.75, agosto de
2004.

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