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Atuação do Psicólogo em Equipe Multiprofissional - com

ênfase em Administração de Medicamento


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ORIENTAÇÃO DA COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO CRP-09

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL - COM ÊNFASE EM


ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO

A inserção do Psicólogo em empresas tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, seja em
empresas públicas, privadas ou de outras modalidades. Aliado a isso, em muitas dessas empresas o
psicólogo atua numa equipe multiprofissional, sendo requisitado a trabalhar de forma integrada com
profissionais de outras áreas, como médicos, enfermeiros, assistentes sociais, pedagogos, etc.

Diante dessa crescente inserção do psicólogo em instituições e em equipes multiprofissionais a Comissão


Permanente de Orientação e Fiscalização do Conselho Regional de Psicologia de Goiás (COF) tem
verificado junto à categoria novos desafios a serem superados. Dentre eles, destaca-se a defesa de uma
prática que priorize o respeito adequado da relação de trabalho do psicólogo com seus pares, com outros
profissionais e com o usuário do serviço de psicologia prestado nos diversos órgãos e instituições.

Neste contexto, a COF ressalta que é imprescindível que as práticas adotadas em resposta as atuais
demandas sociais atendam aos padrões éticos e técnicos definidos na legislação que regulamenta a profissão
de Psicólogo.

Para tanto, dentre as diversas responsabilidades previstas no Código de Ética Profissional do Psicólogo
(CEPP), no que se refere a atuação nas diversas modalidades de instituições, destaca-se os seguintes artigos:

Art. 1º - São deveres fundamentais dos psicólogos:

a. Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;

b. Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal,
teórica e tecnicamente;

c. Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza


desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na
ciência psicológica, na ética e na legislação profissional; (...)

j. Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito, consideração e solidariedade,
e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo impedimento por motivo relevante;(...)

Art. 2º - Ao psicólogo é vedado: (...)

a. Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência,

discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;

b. Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a


qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;
c. Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas psicológicas como instrumentos de
castigo, tortura ou qualquer forma de violência;

d. Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da profissão de
psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional; (...)

Art. 3º - O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma organização, considerará a missão,
a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e
regras deste Código.

Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a prestar serviços e, se


pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente. (...)

Art. 6º - O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:

a. Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas que extrapolem seu


campo de atuação;

Conforme determinado nos artigos expostos acima, destaca-se que cabe ao psicólogo que integra uma
equipe multiprofissional realizar somente atividades que estejam embasadas nos conhecimentos técnicos
reconhecidos e fundamentados na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional. Portanto, tais
psicólogos devem ser cautelosos ao serem solicitados a colaborarem com outros profissionais, tendo sempre
em foco que não podem assumir atividades que sejam privativas de outra profissão. Assim, caso recebam
demandas que extrapolem seu campo de atuação, deverão encaminhá-las para o profissional ou instituição
competente.

A título de exemplo, no caso de instituições que possuam equipes multiprofissionais constituídas por
psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais ou pedagogos, os psicólogos não poderão ministrar
medicamentos, que se constitui em atividade privativa de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem,
farmacêuticos e médicos. Neste exemplo, o profissional psicólogo que administrar medicamento estará
incorrendo no exercício ilegal de profissão e poderá responder a processo ético no Conselho de Classe, bem
como ser denunciado aos órgãos competentes. Por fim, ainda neste caso hipotético, caso o psicólogo tome
conhecimento do exercício ilegal de profissão por um psicólogo ou outro profissional, deverá apresentar
denúncia ao órgão competente.

Diante da complexidade, amplitude e desdobramentos das orientações e ações prescritas na legislação, tal
como as abordadas nesta orientação, a COF – CRP 09 ressalta que o Psicólogo, sempre que considerar
necessário, poderá solicitar uma reunião com a Comissão, momento no qual será possível discutir sobre as
questões éticas e legais das ações a serem tomadas pelo profissional, conforme as especificidades de cada
caso.

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