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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX

JÉSSIKA REIS E CAETANO

O Professor no processo de alfabetização de


Jovens e Adultos

Belo Horizonte
2011
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX

JÉSSIKA REIS E CAETANO

O Professor no processo de alfabetização de Jovens e


Adultos

Projeto de Pesquisa apresentado como


exigência da disciplina Trabalho Conclusão
de Curso: Projeto de Pesquisa no Centro
Universitário Metodista Izabela Hendrix, sob
a orientação do Reginaldo Leandro Placido
no 5º período do curso de Pedagogia.

Belo Horizonte
2011

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SUMÁRIO

1. TEMA .......................................................................................... 4

2. PROBLEMA ................................................................................ 4

3. OBJETIVO................................................................................... 4

3.1 Objetivo Geral ........................................................................... 4

3.2 Objetivos Específicos ................................................................ 4

4. JUSTIFICATIVA .......................................................................... 4

5. METODOLOGIA .......................................................................... 5

6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................... 6

7. CRONOGRAMA .......................................................................... 9

REFERÊNCIAS ............................................................................... 10

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1. TEMA

O Professor no processo de alfabetização de Jovens e Adultos.

2. PROBLEMA

Quais são as funções do professor no processo de alfabetização de Jovens e


Adultos?

3. OBJETIVOS

3.1- Objetivo Geral

Compreender e analisar as funções do professor no processo de


alfabetização de Jovens e Adultos.

3.2- Objetivos Específicos:

Compreender o processo histórico da alfabetização de Jovens e Adultos;

Definir alfabetização dos Jovens e Adultos a partir de referenciais teóricos;

Identificar e Compreender as funções do Professor alfabetizador de Jovens e


Adultos;

Analisar os percursos formativos do alfabetizador de Jovens e Adultos.

4. JUSTIFICATIVA

A educação tem sido reconhecida como uma prática que é necessária para a
vida social. Para Paulo Freire (1994, p.47), “a educação não é uma doação ou
imposição, mas uma devolução dos conteúdos coletados na própria sociedade, que
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depois de sistematizados e organizados, são devolvidos aos indivíduos na busca de
uma construção de consciências críticas frente ao mundo”. Sendo assim, a
construção do saber está ligada às relações do indivíduo com a sociedade e o
ambiente em que vive.
Nesse contexto, o professor é um dos maiores responsáveis para o
aprendizado do aluno, ensinar se torna um grande desafio em todas as modalidades
de ensino, inclusive na modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos no
processo de alfabetização. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN n. 9394/96), a “EJA corresponde a uma educação voltada para os
indivíduos que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino
Fundamental e Médio na idade própria”, estes alunos, apesar de não terem convívio
regular no ambiente escolar, já possuem um conhecimento relativo às suas
vivências, o que contribui para a existência de uma postura diferente do professor
mediante aos alunos, exigindo assim, uma formação diferenciada.
A metodologia de ensino precisa ser baseada nas relações sociais dos alunos
e o professor deve compreender a sua importância no ambiente da EJA, no
processo de alfabetização, e as suas funções como mediador do conhecimento.
Segundo Freire (1996 p. 47), “o professor precisa saber que ensinar não é transmitir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção”.
Esta análise é válida, pois se propõe através da linha de pesquisa sobre a
formação do professor, esclarecer dúvidas sobre quais são as funções do professor
no processo de alfabetização de Jovens e Adultos, quais são as mudanças
necessárias em suas atitudes, como lidar com o conhecimento e vivências desses
alunos e qual a importância da relação professor e aluno neste processo.

5. METODOLOGIA

O trabalho será realizado através de uma pesquisa bibliográfica, onde serão


colhidos dados referentes às funções do Professor de Jovens e adultos no processo
de alfabetização. As pesquisas serão feitas através de artigos de autores que
abordem o tema, juntamente com livros diversos.

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Esta pesquisa será de caráter dialético, pois segundo Moacir Gadotti (2006,
p.38), “a dialética é questionadora, contestadora. Exige constantemente o reexame
da teoria e a crítica da prática”.

6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta pesquisa terá como referencial teórico Magda Soares que discute sobre
alfabetização e letramento, Paulo Freire e Vera Masagão que discutem em suas
obras as funções do professor nas classes de alfabetização da EJA.
Para Magda Soares (2003, p.91), “a alfabetização é o processo pelo qual se
adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever,
ou seja, o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e
ciência da escrita”. Magda Soares também afirma que:

A alfabetização e letramento não são processos independentes, mais


interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização desenvolvesse no
contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é,
através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só se pode
desenvolver no contexto da e por meio da aprendizagem das relações
fonema-grafema, isto é, e dependência da alfabetização. (2003, p.14).

Os alunos da EJA possuem uma visão de que o fato de estarem


alfabetizados, já é o suficiente, simplesmente porque o ato de ler e escrever
consegue atender as suas necessidades básicas. O interessante é que eles
percebam que o aprendizado tem um foco maior, e engloba todo o convívio social,
uma realidade dentro e fora da escola.
Esta alfabetização dos jovens e adultos deve partir da capacidade que os
alunos já possuem de refletir sobre o seu próprio processo de aprendizagem,
fazendo com que exista uma conexão entre os conhecimentos, saberes já
adquiridos e conhecimento que se pretende dominar. Para Paulo Freire (2008,
p.119), “[...] a alfabetização é mais do que o simples domínio psicológico e mecânico
de técnicas de escrever e de ler. É o domínio dessas técnicas, em termos
conscientes. É entender o que se lê e escrever o que se entende. É comunicar-se
graficamente. É uma incorporação”. Freire (1971, p.120), também afirma que, esta
“alfabetização não deve ser puramente mecânica e memorizada, existe um resultado

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maior ao proporcionar aos jovens e adultos que se conscientizem para que se
alfabetizem”.
Neste sentindo, o professor deve estar atento ao fato de que os alunos
trazem consigo, para a sala, os conhecimentos construídos através das suas
relações sociais. De acordo com Paulo Freire:

Procurar conhecer a realidade em que vivem nossos alunos é um dever


que a prática educativa impõe: sem isso não temos acesso à maneira
como pensam, dificilmente então podemos perceber o que sabem e como
sabem. (1993, p.79).

As realidades dos alunos se diferem umas das outras, cada um possui o seu
perfil e neste processo é fundamental o professor distinguir estas características.
Freire ainda diz que:

[...] é impossível ensinarmos conteúdos sem saber como pensam os alunos


no seu contexto real, na sua cotidianidade. Sem saber o que eles sabem
independentemente da escola para que os ajudemos a saber melhor o que
já sabem, de um lado e, de outro, para a partir daí, ensinar-lhes o que
ainda não sabem. (1993, p.105).

As vivências adquiridas pelos alunos, podem se tornar uma estratégia para


auxiliar o professor em suas aulas, basta apenas transformá-las em conhecimentos
usando as habilidades que os alunos já possuem. Mas, para que esta conexão
aconteça, é necessário um olhar atento e refinado para todo e qualquer tipo de
conhecimento que possa ser trabalhado e adquirido, associando a realidade com o
conteúdo da disciplina e levando em consideração que o diálogo é uma peça
fundamental nesse desenvolvimento de habilidades e conhecimentos. Freire enfatiza
a questão do diálogo quando cita em sua obra que “o diálogo é indispensável
caminho em todos os sentidos do nosso ser” (Freire 2007 p.116). “Daí o papel do
educador seja fundamentalmente dialogar com o analfabeto, sobre situações
concretas, oferecendo-lhe simplesmente os instrumentos com que ele se alfabetiza”
(Freire 2008, p.119).
Partindo deste pressuposto colocamos em questão a troca dos saberes entre
o professor e o aluno. Esta troca de saber faz com que o aluno enxergue no
professor a existência de um respeito às suas diferenças, é uma valorização do seu
conhecimento diversificado, é uma forma de demonstrar que acredita na sua
capacidade, o incentivando no alcance dos seus objetivos.

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Segundo Vera Masagão (1999, p.193), “a disposição para o diálogo é base
para procedimentos que são essenciais nessa modalidade educativa: a definição de
objetivos compartilhados, a negociação em torno de conteúdos e métodos de ensino
e o ganho de autonomia dos educandos no controle de seus processos de
aprendizagem”.
Este processo de troca auxilia na construção e reconstrução dos
conhecimentos, tornando o estudar um ato de criar e recriar idéias, auxiliando o
aluno na construção da sua autonomia e de um ser cidadão, que para Freire (1987,
p.63), “é um ser político capaz de questionar, reivindicar, participar, ser militante e
engajado, contribuindo para a transformação de uma ordem social injusta e
excludente”. Complementando esta troca de saberes entre o professor e aluno, Vera
Masagão (1999, p.195), também coloca em questão as práticas pedagógicas
utilizadas em sala de aula, “os professores de jovens e adultos devem estar aptos a
repensar a organização disciplinar e de séries, no sentido de abrir possibilidades
para que os educandos realizem percursos formativos mais diversificados, mais
apropriados às suas condições de vida”. Não existe uma prática totalmente
adequada e correta, o ideal é uma prática que se aproxime do contexto social do
aluno e que seja fundamentada através do movimento de conhecer. As práticas não
precisam ser totalmente iguais, todos os dias, cabe ao professor a tarefa de
diversificá-las, trazendo a possibilidade ao aluno de experimentar algo inovador.
Ser professor alfabetizador de Jovens e Adultos requer uma formação
adequada, juntamente com uma reflexão sobre as suas funções. Portanto, ao
analisarmos no contexto teórico, observamos que estas funções devem se iniciar
considerando a individualidade de cada aluno, juntamente com a concepção de que
o professor tem influências significativas no processo de alfabetização e de
construção de um ser cidadão, sendo o principal mediador da relação entre o aluno
e o conhecimento.

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7. CRONOGRAMA

Atividades
Realizadas Fevereiro Março Abril Maio Junho/Julho
Tema e
delimitação
X
Problematização
X
Objetivos da
Pesquisa
X
Justificativa
X X
Fundamentação
Teórica
X X
Procedimentos
Metodológicos
X
Qualificação
X
Entrega Final do
Projeto
X

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/1996.

FREIRE, Paulo. A Educação como Prática da Liberdade. 31. ed. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 39. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 23. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.
FREIRE, Paulo. Professora sim tia não. 16. ed. São Paulo: Olho d’Água, 1993.
GADOTTI, Moacir. Concepção Dialética da Educação:um estudo introdutório. 15. ed.
São Paulo: Cortez, 2006.
RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação
de Jovens e Adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade, ano XX, nº
68, Dezembro 1999.
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. 26ª Reunião Anual
da ANPEd, realizada em Poços de Caldas, Outubro 2003.

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