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Lucas Lima Batista

RE SPO NSABIL ID ADE SOCIOA MBIE NTAL

Janaúba
2018
INTRODUÇÃO

Desde que se iniciou falar do aquecimento global, os problemas referentes ao meio


ambiente se tornaram pauta nos discursos dos grandes chefes políticos. Com decorrer das
décadas, e tendo em vista os problemas ambientais, o significado da palavra sustentável foi
passando por drásticas transformações, procurando se adaptar e apresentar o melhor sinônimo
para o problema que se apresentava. Cabe aos debates serem mais frequentes e necessários,
pois são a base de uma resposta e de um futuro prospero, uma vez que o meio ambiente e a
condição de vida humana mostram-se fatores estritamente interligados.
O tema aquecimento global entrou em pauta logo depois da Revolução Industrial. Foi
um marco na história dos seres humanos, ao qual se destaca por ter aos poucos substituído o
trabalho essencialmente manual dos operários pelas grandes máquinas mecânicas e os
sistemas automatizados. Essa mudança resultou em drásticas transformações no planeta, foi a
partir daí que riquezas minerais passaram a ser intensamente exploradas, nessa época que
houve um crescente aumento da liberação de emissões de carbono na atmosfera, o que elevou
a poluição do meio ambiente e por conseguinte piorou o aquecimento global, fator esse
responsável pelas queimadas em matas, derretimento de geleiras e consequente elevação no
nível dos mares e oceanos.
“A relação humanidade/ambiente mudou radicalmente com a invenção das máquinas
que multiplicaram a capacidade do homem de alterar o ambiente” (BIAGIO; ALMEIDA;
BONILLA, 2007, p.76).
Debater como controlar o aquecimento global e outras questões que implicam na
preservação da vida no planeta, é discutir sobre as relações sociais e o poder nelas envolvido.
Deve-se ter em mente os padrões globais, onde o consumismo impera, a desigualdade é
evidente e dispara cada dia mais. Concentrar atenções naqueles que realmente precisam é um
dos principais passos para uma busca de um planeta “mais verde”, uma vez que uma renda
maior significa altos padrões de consumo ambiental limpo. Além do mais, o nível de
educação tende a ser mais elevados, que por consequência, acaba resultando em um descarte
limpo e certo de resíduos e dejetos. O aumento da renda acaba gerando uma população mais
ativa e presente no mundo político, uma população consciente dos seus direitos e deveres e sã
das consequências que a exploração desenfreada e uso não-renovável do planeta gera.
Frente a esta realidade, muitas empresas vem buscando transformar suas formas de
produção, buscando a preservação e conservação, evidenciando um novo momento de busca
por alternativas mais renováveis que não agridam tanto a natureza, através de uma prática
saudável entre as pessoas e o ambiente. Moldar-se, adequar-se, aos problemas naturais, e nós
unirmos como seres humanos são as únicas soluções para que possamos em fim viver sem
destruir a natureza e regozijar de todos os seus benefícios.
DESENVOLVIMENTO
Até a metade do século XVIII, a Inglaterra havia uma grande supremacia sobre os
oceanos, uma vez que era possuidora de uma grande frota naval e concentrava seu mercado
no artesanato e produtos manufatureiros, visto que dispunha de transporte, matéria-prima,
segurança e mão de obra qualificada e barata para o serviço. Vencer a monarquia, na
Revolução Inglesa, facilitou para que a burguesia rica da Inglaterra conquistasse os mercados
mundiais e transformasse a estrutura agrária, difundindo suas tecnologias. Possuir a maior
zona de livre comercio da Europa, ser dona de uma grande reserva de carvão mineral,
principal fonte de energia para as máquinas a vapor, possuir a principal matéria-prima, o
minério de ferro e possuir sua localização junto ao mar, que facilitava o mercado ultramarino,
foram alguns dos fatores que corroboraram para a Revolução Industrial, fato esse que deu
uma guinada na história da humanidade, seja positivamente e negativamente.
Desde os primórdios da humanidade, a produção de bens e alimentos sempre foi
manual. O trabalhador sempre participou de todas as fases da atividade produtiva, desde a
obtenção da matéria prima, até a comercialização do produto final, obedecendo o que a
natureza lhe oferecia. Produtos manufatureiros eram produzidos em um longo tempo e em
pouca escala, uma vez que o trabalho em etapas era todo manual e dividido. Mas os donos do
mercado necessitavam de mais, ocorria então um processo de evolução tecnológica,
econômica e social. A primeira dessas transformações foi a criação de máquinas hidráulicas
que produziam muito mais que o trabalho manual, sendo máquinas de fiação e tecelagem.
Homens, mulheres e até mesmo crianças trabalhavam nas novas fábricas. A oferta de
emprego, a oportunidade de melhor vida deram uma guinada no êxodo rural, milhares de
pessoas saíam do campo para a cidade, resultando no crescimento das periferias, no
superpopulamento das cidades, que acabou por criar problema de urbanização: abastecimento
de água, canalização de esgotos, criação e fornecimento de mercadorias, modernização de
estradas, fornecimento de iluminação, fundação de escolas, construções de habitações, etc.
O primeiro ponto de transformação trazido pela Revolução Industrial, tendo em vistas
os reflexos no meio ambiente, foi a relação entre o homem e a natureza. O progresso trazido
pelas máquinas fez surgir um novo conceito de progresso, no qual a aceleração é valorizada,
bem como a capacidade humana de sobrepujar aos ambientes naturais. Podemos encontrar
também neste momento as raízes do consumismo que, hoje, é um dos principais obstáculos
para a preservação do planeta, sobretudo nos países ricos. As industrias são ainda uma das
grandes vilãs do meio ambiente, por impactar, ainda mais direto, soltando toneladas de CO2
na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global, acarretando em uma série de alterações
no planeta, das quais são: mudança na fauna e flora; derretimento de grandes massas de gelo
das regiões polares; aumento de desastres naturais; desertificações de áreas naturais, etc.
Os resultados tanto do desenvolvimento econômico desenfreado quanto da ascensão
do consumo já estão visíveis em centenas de estudos realizados ao redor do planeta: a
degradação do meio ambiente é crescente e acelerada, com consequências já visíveis e
previsões de cenários ambientalmente catastróficos futuramente, caso nenhuma mudança
drástica aconteça. Cabe ao ser humano encontrar um equilíbrio com a natureza e a ascensão
desenfreada, ser ético e moral perante a natureza e a sociedade.
O grande desafio da humanidade é o desenvolvimento sustentável. Sustentabilidade
pode ser definida como a capacidade do ser humano interagir com o mundo preservando o
meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das futuras gerações. Lado-a-lado
com os problemas ambientais há os problemas sociais, de má distribuição de renda, das
imperfeições dos mercados, da desigualdade. Para especialistas a pobreza corrente e a
destruição ambiental, bloqueiam o progresso econômico e social, deve-se pensar uma
estratégia de acordo com esses problemas.
De acordo com o Fundo Nacional da Natureza, o ser humano consome cerca de 20%
de recursos naturais a mais do que o planeta Terra é capaz de regenerar. Evidencia-se assim
que a humanidade chegou em um ponto em que a falta de conscientização de consumo é
literalmente insustentável. Em frente a isso, é imprescindível a adoção de medidas cotidianas
que tornem o consumo humano mais sustentável, contribuindo para um mundo com menos
desperdício e impacto ao meio ambiente. Além da decisão do que consumir, deve-se ter a
consciência do quanto consumir e como descartar. É possível fazer isso com pequenas
mudanças de hábitos, como, por exemplo, evitando a compra demasiada de produtos, pois
com isso diminui-se a quantidade de embalagens a serem descartadas, assim como o
desperdício de comida. O processo de ser um consumidor consciente deve englobar todos os
níveis que um produto passa, desde de sua produção, até seu descarte. Produtos
ambientalmente sustentáveis, por exemplo, possuem um selo em suas embalagens, e com a
devida atenção, é possível escolher melhor o que consumir. Apenas com essa mudança no
comportamento cotidiano, a população pode apoiar empresas que se preocupam com seus
impactos socioambientais e influenciar outras a seguirem o mesmo exemplo.
A pobreza constante presente nos dias atuais, além de outros fatores, pode derivar de
problemas ambientais como a poluição do ar, desmatamento e o aquecimento global, entre
vários outros. Dessa maneira, a melhoria das condições do meio ambiente pode resultar num
progresso das condições econômicas e sociais, pois a reciclagem do lixo, a conservação da
água e da energia são exemplos de como criar empregos e melhorar tanto a qualidade de vida
da população como a qualidade do meio ambiente. Segundo o autor LEONARD, H. Jeffrey
(1992), a pobreza constante e a destruição ambiental, bloqueiam o crescimento econômico e
social. Para o mesmo autor, a pobreza que persiste na periferia urbana e no interior de
numerosos países de renda média, a pobreza mais grave e a fome nos países de renda mais
baixa impõe e limita seriamente o crescimento econômico global. O autor destaca que,
agrupados, os problemas da pobreza, as mazelas deixadas devido a destruição de recursos
florestais, do solo e da água em todo o mundo demonstram o desperdício extremo de
produtividade econômica e a redução do potencial produtivo desses recursos no futuro.
É extremamente necessário que o ser humano reavalie seu comportamento e modos de
consumo perante o meio ambiente para o bem do planeta e de seus descendentes. Desse
modo, é importante que sejam tomadas medidas que tornem isso uma realidade, sejam leis de
consumo, ou conscientização. Crianças devem ser ensinadas sobre a importância de controlar
o impacto de seu consumo ao meio ambiente. É importante também, que por parte do
governo, aconteça esse incentivo nas escolas, assim como o incentivo para que a maior
quantidade de empresas sejam engajadas nesta causa socioambiental e diminuam seus
impactos ao meio ambiente.
As discussões sobre consumo sustentável tem por característica serem importantes
debates conceituais e grandes dificuldades que materializem algo que vise à promoção de
padrões de desenvolvimento “politicamente corretos”. A inovação tecnológica tem trazido
novas formas de tornar-se sustentável, e como exemplo há a bicicleta que gera energia, a qual
poderia ser utilizada em academias, diminuindo os gastos das mesmas e tornando-se
ecológicas. O mundo precisa reeducar as novas e futuras gerações, criando novos hábitos,
tanto saudáveis como ecológicos, como trocar o elevador pelas escadas, diminuir a quantidade
de lixo – usar os 3 R’s: reduzir, reutilizar e reciclar– valores de grande importância, ensiná-los
a pensar se o produto será útil antes de comprar, e se ainda assim acontecer de deixar seu
objeto novo jogado doe ou troque-o, trocar alguns minutinhos em frente à televisão pela
leitura de um livro, e acima de tudo, incentivar a preservação da natureza. Algumas dicas
práticas para se realizar durante o dia, procurando ser o máximo sustentável, são:
 Gaste menos água: Pequenas atitudes contam muito, como evitar o desperdício de
água. Não demorar no banho, escovar os dentes com a torneira fechada, lavar a louça
sem deixar a torneira aberta, não lavar as calçadas com a mangueira, são ações que
contribuem para o meio ambiente.
 Faça compras sustentáveis: Para fazer compras, leve a sua sacola retornável. Elas
duram muito tempo e algumas são muito fofas também.
 Não desperdice alimentos: Evitar o desperdício dos alimentos também é importante.
Sempre vá ao supermercado com uma lista de compras, assim você não compra o que
não tem necessidade. Quando o alimento estiver próximo a vencer, se puder, congele-
o. Também tente usar todo o alimento, como a casca, por exemplo. Utilize o resto das
frutas e verduras como adubo em sua horta.
 Recicle o seu lixo: Vidro, papel, metal e plástico podem ser reciclados. Separe o seu
lixo e ajude o meio ambiente.
 Apague as luzes: Quando não estiver em um cômodo da casa, desligue as lâmpadas e
até mesmo os eletrodomésticos. Também opte por comprar eletrodomésticos da
categoria A, que possuem baixo consumo de energia.
 Economize energia: Ao utilizar o ar condicionado, verifique se todas as portas e
janelas estão fechadas. Quanto menos o ar fugir, menos o compressor vai trabalhar,
evitando o gasto exagerado de energia. Deixe-o sempre no modo automático que
regula a temperatura de acordo com o ambiente.
 Reduza as impressões: Tente não imprimir papéis, mas caso seja necessário, utilize
folhas recicladas e frente e verso. A tecnologia é uma ótima opção nestes casos. Pode-
se utilizar os celulares, tablets e notebooks para a leitura.
 Menos copos: Tenha sempre canecas ou copos pessoais consigo, assim, evita-se
utilizar os copos descartáveis.
 Plante seus alimentos: Uma hortinha em casa é tudo de bom. Temperos e hortaliças
podem ser facilmente plantados em casa e fornecem saúde para o corpo e para o meio
ambiente.
 Menos carros: Que tal trocar o carro pela bike? Ou ir a pé a curtas distâncias. O meio
ambiente e sua saúde agradecem.
CONCLUSÃO
A sustentabilidade empresarial é um conceito que engloba um conjunto de ações que
visam preservar o meio ambiente e incentivar o desenvolvimento sustentável de uma
organização. Trata-se de uma estratégia que, além de colaborar para a redução dos impactos
ambientais de uma empresa, transforma positivamente a imagem de uma marca perante a
sociedade e o mercado.
Colocar em prática um projeto de ações sustentáveis não é tão difícil quanto parece.
São as pequenas ações do dia a dia e na mudança de atitudes que residem os maiores
benefícios, seja ele social, ambiental ou financeiro. O primeiro passo é identificar quais são as
medidas a serem adotadas. Para isso, é preciso saber quais são os impactos ambientais
causados por sua empresa, encontrando maneiras de minimizá-las
REFERÊNCIAS
 FRANZONI, Michelle. 10 Atitudes sustentáveis para um mundo melhor. Disponível
em:
< http://blogdamimis.com.br/2015/07/02/10-atitudes-sustentaveis-para-um-mundo-
melhor/> Acesso em: 17/03/2018.
 SERRANO, Pedro Estevan. Preservação ambiental e justiça social global. Disponível
em: < https://www.cartacapital.com.br/sociedade/preservacao-ambiental-e-justica-
social-global> Acesso em: 16/03/2018.
 MORETTO, Cleide Fátima; SCHONS, Marcos Antonio. Pobreza e meio ambiente:
Evidências da relação entre indicadores sociais e indicadores ambientais nos estados
brasileiros. Disponível em:
<http://www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/vii_en/mesa3/trabalhos/pobre
za_e_meio_ambiente.pdf> Acesso: 16/03/2018.
 Blog Pensamento Verde. A relação entre a Revolução Industrial e o meio ambiente.
Disponível em:
< http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/relacao-entre-revolucao-ambiental-
e-meio-ambiente/> Acesso em: 15/03/2018.
 PAZ, Elisabeth Maria de Souza Motta. et al. Revolução Industrial e o meio ambiente:
Questões para refletir. Disponível em:
<http://www.emdialogo.uff.br/content/revolucao-industrial-e-meio-ambiente-questoes-
para-refletir>. Acesso: 15/03/2018.
 Blog Revolução Industrial. Revolução Industrial. Disponível em:
< http://revolucao-industrial.info/>. Acesso em: 15/03/2018.
 CAVALCANTE, Zedequias Vieira; SILVA, Mauro Luis Siqueira. A importância da
Revolução Industrial no mundo da tecnologia. Disponível em:
< https://www.unicesumar.edu.br/epcc-2011/wp-
content/uploads/sites/86/2016/07/zedequias_vieira_cavalcante2.pdf> Acesso em:
15/03/2018.

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