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A.A TRIBUTAÇÃO
A.LEGALIDADE TRIBUTÁRIA
A.JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
B.LEGALIDADE TRIBUTÁRIA
Matérias que são da reserva relativa da competência da A.N (reserva
formal), constantes da previsão do nº 2 do art. 93º CRCV – que
respeitam à incidência, à taxa, e ao regime de benefícios fiscais, às
garantias dos contribuintes, à definição dos crimes fiscais e ao regime
geral das contraordenações tributárias;
Matérias que são da competência legislativa concorrente do governo e
da A.N (reserva material) e que respeitam à liquidação e cobrança dos
tributos, incluindo os prazos de prescrição e caducidade, à
regulamentação das figuras da substituição e responsabilidade
tributária, à definição das obrigações acessórias, à definição das sanções
fiscais sem natureza criminal e às regras de procedimento e processo
tributario;
DIREITO FISCAL 2
ORDEM TRIBUTÁRIA
A. JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
o acesso à justiça tributária, em decorrência do
principio constitucional (art. 20º da CRCV) é
garantido para a tutela plena e efectiva de todos os
direitos ou interesses legalmente protegidos
A justiça não pode ser negada por insuficiência de
meios económicos e deve ser obetida em prazo
razoável (celeridade).
DIREITO FISCAL 2
ORDEM TRIBUTÁRIA
1. Pagamento
2. Prescrição
3. Dação em cumprimento,
4. Compensação ou confusão ou caducidade do
direito à liquidação
DIREITO FISCAL 2
EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Pagamento voluntario
a forma normal de extinguir uma obrigação tributaria deve
ser através do seu cumprimento voluntario dentro dos
prazos assinalados por lei. Em regra, pode ser utilizada
nesse pagamento a moeda corrente, o cheque, o debito
em conta, a transferência conta a conta, o vale postal ou
por outros meios utilizados pelos correios ou pelas
instituições de credito que a lei autorize, onde é
importante e cada vez mais usual, o pagamento eletrónico
por meio da rede vinti4 (ATM)
DIREITO FISCAL 2
EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Pagamento voluntario
Por outro lado, são expressamente consagradas as
possibilidades de cumprimentos através das figuras de dação
em pagamento (art. 53º cgt) – (art. 837º CC – consiste na
prestação de coisa diversa da que for devida) e da
compensação (art. 52º cgt) – por iniciativa da
administração tributária ou por iniciativa do contribuinte, antes
ou durante o processo de execução fiscal, pressupõe
identidade entre o credor e o devedor tributário e constitui
uma forma de extinguir as obrigações tributarias (constitui uma
exceção ao regime previsto no artigo 853º do CC, nos termos do
qual «não podem extinguir-se por compensação, salvo quando a lei
o autorize, os créditos do Estado ou de outras pessoas colectivas
publicas)
DIREITO FISCAL 2
EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Pagamento voluntario
nos casos previstos na lei o devedor pode requere o
pagamento em prestações da dívida tributária, seja no
decurso do período de pagamento voluntário (art. 47º 1
divida tributaria de valor superior a 10.000ecv); seja no
decurso do próprio processo de execução fiscal ( no
prazo da oposição e execução fiscal
o não pagamento do imposto nos prazos assinalados na lei
determina, eventualmente, e de molde a penalizar essa mora, o
pagamento de juros ao credor tributário: juros de mora (art.35º
cgt).
DIREITO FISCAL 2
EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Pagamento voluntario
Para que o contribuinte, sujeito passivo da relação jurídica,
possa cumprir as suas obrigações tributárias é necessário
que a administração tributária liquide os tributos e os
notifique validamente no prazo de 5 anos (art.89º cgt); ou
seja a administração tributária tem um prazo geral de
quatro anos para determinar em concreto o valor exacto
do tributo a pagar pelo contribuinte, valendo esse mesmo
prazo para efectuar a notificação (validamente efectuada),
sob pena de CADUCIDADE –ART.89º
DIREITO FISCAL 2
EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Prescrição – art. 51º cgt
Nº 1 – as dividas tributárias, incluindo a devolução de
montantes indevidamente recebidos, prescrevem no prazo
de oito anos, salvo o disposto em lei especial
Nº2 – o prazo de prescrição começa a contar-se desde o
inicio do ano civil seguinte ao do facto tributário ou desde
a data em que foram postos à disposição do sujeito
passivo os montantes indevidos…
DIREITO FISCAL 2
EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Compensação – art. 52º cgt
Nº 1 – quando, após qualquer liquidação que confira direito ao
reembolso, seja a existência de dívidas de imposto respeitantes
a anos anteriores ou dívidas de importâncias retidas e não
entregues e as mesmas se encontrem em fase de cobrança
coerciva o contribuinte deve ser notificado do montante de
reembolso a que tem direito e daquelas dívidas
os créditos do executado resultantes de reembolso ou
restituição resultante de qualquer meio gracioso ou judicial são
aplicados na compensação das suas dividas cobradas pela
administração tribuária, exceto nos casos de..
DIREITO FISCAL 2
EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Dação em cumprimento
Antes da execução tributária - art. 53º cgt
Nº 1 – A dação em pagam. antes da instauração do
processo trib só é admissível no quadro de regime
excecional de recuperação de créditos do Estado
Na execução tributaria – art- 54º cgt – o
executado pode requerer a extinção da dívida exequenda
e do acrescido com a dação em cumprimento de bens
móveis ou imóveis, mediante pedido feito no prazo da
oposição…
DIREITO FISCAL 2
EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Confusão (art.55ºcgt)
As dívidas tributarias extinguem-se quando se reúnam as
qualidades de credor e e devedor de uma mesma obrigação
tributaria na mesma entidade pública Antes da execução
tributária - art. 53º cgt
Nº 1 – A dação em pagam. antes da instauração do processo
trib só é admissível no quadro de regime excecional de
recuperação de créditos do Estado
Na execução tributaria – art- 54º cgt – o
executado pode requerer a extinção da dívida exequenda e do
acrescido com a dação em cumprimento de bens móveis ou
imóveis, mediante pedido feito no prazo da oposição…
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
A garantia principal garantia do crédito tributário é assinale
ainda em termos de garantias outras realidades:
o Os privilégios creditórios previstos no código civil – art.
733º cc Noção - «é a faculdade que a lei, em atenção à causa
do crédito, concede a certos credores, independentemente do
registo, de serem pagos com preferência a outros.
o Art. 735º Espécies de privilégios creditórios: Mobiliários e
imobiliários.
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
o Os Priv. Mobiliários são gerais, se abrangem o valor de
todos os bens moveis existentes no património do devedor à
data da penhora ou acto equivalente
o Especiais – quando compreendem só o valor de
determinados bens móveis
o Os Priv. Imobiliários são sempre especiais – nº 3. art. 735º cc
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
o Art. 736º do CC o Estado e as autarquias locais têm privilégio
mobiliário geral para garantia dos seus créditos por impostos
indiretos, e também pelos impostos diretos inscritos para a
cobrança no ano corrente na data da penhora, ou ato equivalente, e
nos dois anos anteriores
o Nº 2. não compreende a sisa ou o imposto sobre as sucessões e
doações, nem quaisquer outros impostos que gozem de privilegio
especial.
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA PRESTAÇÃO
TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
o Nas leis tributárias – art. 56º cgt
o Nº 1 - A garantia geral dos créditos tributários é constituída pelo
património do sujeito passivo, com exceção dos bens penhoráveis nos
termos da lei.
o Nº2 - A administração tributária dispõe ainda das seguintes garantias:
a) Privilégios creditórios, previstos no art. 60º deste cgt ou na lei civil (art.
733º e seguintes do cc) ou na lei tributária
b) Direito a constituir, nos termos da lei civil (penhor, hipoteca legal, que
deverão ser registados
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
o Nas leis tributárias – art. 56º cgt
c) Direito de retenção (art. 754º cc) de quaisquer mercadorias
sujeitas à acção fiscal ou aduaneira de que o sujeito passivo seja
proprietário, nos termos previstos pela lei tributaria e
aduaneira
d) Garantia bancária, caução, seguro-caução ou qualquer outra
garantia idónea que exija do sujeito passivo nos termos da lei
ou que por este lhe seja oferecida
Nº3 – A eficácia dos direitos referidos na al. b) do nº anterior
depende do registo.
o
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades
o Garantias de cobrança da prestação – art- 57º cgt
o Nº1 – A constituição da garantia idónea, ou a sua dispensa´,
nos termos da lei, é pressuposto da suspensão da execução
tributaria, em caso de reclamação, recurso, impugnação judicial
e oposição à execução, que tenham por objeto a legalidade ou
exigibilidade da dívida exequenda
o Nº 2 A administração trib. Pode exigir ao executado o reforço
da garantia no caso de esta se tornar manifestamente
insuficiente para o pagamento da divida exequenda e
acréscimos legais
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA PRESTAÇÃO
TRIBUTARIA
o Garantias de cobrança da prestação – art- 57º cgt
o Nº3 – A administração tributária pode a requerimento do executado, isentá-lo da
prestação de garantia, nos seguintes casos:
o A) Quando a prestação lhe causar prejuízo irreparável ou de difícil reparação
o B) Quando o sujeito passivo careça de bens suficientes para garantir a divida e a
execução do seu património afete substancialmente a manutenção da capacidade
produtiva e o nível de emprego da atividade económica que desenvolve.
o Nº4 - A isenção prevista no nº anterior só se verifica se ficar comprovado que a
insuficiência ou inexistência de bens não tenham sido provocada intencionalmente
pelo executado
o Nº5 – O indeferimento do pedido é possível de recurso hierárquico ou de
impugnação nos termos do Código da Execução Fiscal
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Caducidade da garantia (art.58ºcgt)
o Nº1 – A garantia prestada para suspender o processo de execução fiscal
caduca nas seguintes circunstancias:
o A) Quando a reclamação graciosa não seja decidida no prazo de um ano a
contar da data da sua interposição, por motivo não imputável ao
reclamante
o B) Quando a impugnação judicial não seja decidida no prazo de dois anos a
contar da sua interposição, por motivo não imputável ao impugnante
o Nº2 – A verificação da caducidade cabe ao órgão com competência para
decidir a reclamação ou a impugnação, oficiosamente mediante
requerimento do interessado, devendo a decisão ser proferida no prazo de
trinta dias, sob pena de deferimento tácito, sem prejuízo da manutenção
do efeito suspensivo da reclamação, recurso hierárquico ou impugnação.
o Nº3 – Em caso deferimento expresso ou tácito, o órgão da execução fiscal
deverá promover, no prazo de cinco dias, o cancelamento da garantia.
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Garantia em caso de prestação indevida (art.59ºcgt)
o Nº1 – O devedor que, para suspender a execução, preste garantia idónea, é
indemnizado total ou parcialmente pelos prejuízos resultantes da sua prestação,
caso vença o recurso administrativo, a impugnação ou oposição à execução que
tenham como objeto a dívida garantida
o Nº2 – O direito à indeminização referida no nº anterior é de conhecimento
oficioso, podendo a indeminização também ser requerida pelo interessado no
âmbito de reclamação graciosa ou impugnação judicial ou autonomamente, tendo
como limite máximo o montante resultante da aplicação ao valor garantido da
taxa de juros indemnizatórios.
o Nº3 – Quando a indeminização for requerida autonomamente, o pedido é dirigido
ao Diretor Nacional de Receitas do Estado no prazo de noventa dias contados do
transito em julgado da decisão proferida em qualquer dos processos referidos nos
números anteriores.
DIREITO FISCAL 2
A cobrança das dívidas tributárias, na parte que não tiver natureza judicial
A reclamação, a revisão e o recurso hierárquico dos atos da Administração
Tributária
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
Parte II
Procedimento tributário art. 62º ss cgt
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes do
próprio texto constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª CGT):
a) legalidade, igualdade, proporcionalidade, justiça e
imparcialidade:
Legalidade – os órgãos da administração tributária devem actuar em obediência à
lei, dentro dos limites dos poderes que estão atribuídos e em conformidade com os
fins para que os mesmos poderes lhes foram atribuídos. Daí que, os actos da
administração (em geral e tributária em especial) se contrária à lei, devam ser
considerados inválidos, passando a partir desse momento, os contribuintes a dispor
de meios graciosos ou judiciais aptos a controlar a legalidade das decisões tomadas
DIREITO FISCAL 2
parte ii
Procedimento tributário art. 62º ss cgt
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns
decorrentes do próprio texto constitucional e outros do próprio
procedimento (art. 65ª CGT):
a) legalidade, igualdade, proporcionalidade, justiça e imparcialidade:
Igualdade – determina que não é possível tratamentos desiguais sem que
existam razões objectivas para o mesmo. Os contribuintes nas suas relações
com a administração tributária devem ser tratados de forma igualitária, não
os privilegiando, beneficiando, prejudicando, privando de qualquer direito ou
isentando de qualquer dever.
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes
do próprio texto constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª
CGT):
a) legalidade, igualdade, proporcionalidade, justiça e imparcialidade
Proporcionalidade – os actos a adoptar no procedimento são os
adequados aos objectivos a atingir o que obriga a administração a abster-
se de impor aos contribuintes, obrigações que sejam desnecessárias à
satisfação dos fins que visa prosseguir;
Justiça – Pressupõe a existência de critérios justos e isentos na
averiguação dos factos tributários. A administração tributária, no
desenvolvimento de toda a sua actividade, deve pautar-se por um princípio
de justiça, que aliás deve estar particularmente presente sempre que actua
como órgão de justiça, designadamente, quando aprecia uma reclamação
graciosa de um contribuinte.
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns
decorrentes do próprio texto constitucional e outros do próprio
procedimento (art. 65ª CGT):
b) Princípios da prossecução de interesse público, da imparcialidade,
da celeridade, da colaboração, da decisão, da participação e da
imparcialidade:
Prossecução de interesse público – o interesse publico orienta (ou pelo
menos deve orientar) o exercício dos podres adstritos à administração,
especialmente aqueles que se fundam na discricionariedade. A
administração deve realizar todas as diligências necessárias à satisfação do
interesse público e à descoberta da verdade material (principio do
inquisitório – art. 66º cgt) o que pressupõe um papel sempre activo na
direção do procedimentos em que isso implique deixar de aplicara norma
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
Nº 3 – a liquidação de tributos de tributos é comunicada por simples via postal ou por
edital, a não ser que se verifiquem as circunstâncias referidas em 1.
Nº 4 – As notificações relativas à liquidação de tributos que resultem da correção à
matéria tributável que tenham sido objecto de notificação para efeitos do direito de
audição, nos termos do nº 1 deste art. E do nº 1 do art. 78º, e de decisões proferidas em
processos administrativos que sejam favoráveis aos pedidos formulados pelos sujeitos
passivos, podem ser efectuados por simples carta registada.
Nº5 – As notificações não abrangidas pelo nº 1 nem pelo nº 4 do presente art. Podem
ser efectuadas por telex ou via correio electrónico, quando a administração tribuária
tenha conhecimento do nº de telex ou de correio electrónico do notificando e possa
posteriormente confirmar o conteúdo e o momento em que foi enviada.
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO
ART. 71º SS CGT
Nº 6 – O disposto no nº 1 não impede a adopção de providências
cautelares de carácter provisório quando exista receio fundado de que, caso
contrário, a cobrança da dívida tributária seria frustrada ou gravemente
dificultada, ou destruídos ou extraviados documentos ou outros elementos
necessários ao apuramento da situação tributária dos sujeitos passivos e
demais obrigados tributários
Nº 7 – As notificações referidas nos nrs 1 e 4 do presente artigo podem ser
efectuadas por transmissão electrónica de dados, nos termos de
regulamentação própria.
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO,
FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT
Perfeição das Notificações art. 73ºCGT -
Nº 1. notificação com carta registada e aviso recepção considera-se
efectuada na data em que ele for assinado e tem-se por realizada na
própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja
sido assinado por terceiro presente no domicílio do sujeito passivo,
presumindo-se neste caso que a carta foi oportunamente entregue ao
destinatário
Nº 2. O distribuidor do serviço postal procede à notificação das pessoas
referidas no numero anterior por anotação do bilhete de identidade ou
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO,
FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT
Perfeição das Notificações art. 73ºCGT -
Nº 3 – Caso o aviso de recepção seja devolvido ou não venha assinado
por destinatário se ter recusado a recebê-lo ou não o ter levantado no
prazo previsto no regulamento dos serviços postais e não se comprovar
que entretanto o sujeito passivo comunicou a alteração do seu domicílio
fiscal, a notificação é efectuada nos 15 dias seguintes à devolução, por nova
carta registada com aviso de recepção, presumindo-se efectuada a
notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo de
o notificando poder provar o justo impedimento ou a impossibilidade de
DIREITO FISCAL 2
TE IV
EDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT
ição das Notificações art. 73ºCGT -
– Quando o sujeito passivo ou o representante se recusem a receber a notificação por parte
rviço da Administração Tributária ou por serviços por esta contratados e, tendo havido duas
vas de notificação, considera-se, para todos os efeitos legais, que a notificação foi realizada,
do ser comprovada por duas testemunhas idóneas, lavrando-se uma certidão de ocorrência.
- Notificação por telex ou via internet – presunção da sua realização na data da emissão
– Presunção do nº 5 é iuris tantum – pode ser ilidida
DIREITO FISCAL 2
E IV
EDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO
1º SS CGT
ção das Notificações art. 73ºCGT -
Nulidade do acto de notificação: por falta de indicação do autor doa cto; e da qualidade em que
dido o acto notificante, quando o tenha sido feito por delegação ou subdelegação de
ências.
– As notificações (feitas nos termos do nº 4) presumem-se feitas no quinto dia útil posterior ao
sto ou no primeiro dia útil seguinte, quando esse dia não seja útil, aplicando-se os mesmos
os no caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta.
As notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados a que se refere o numero 7
o anterior consideram-se efectuadas nos termos a definir em regulamentação própria
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E
AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT
Notificações dos representantes por procuração - art. 74ºCGT –
Notificação de pessoas colectivas residentes – art. 75º cgt
Notificação de não residentes – art- 76º cgt
FUNDAMENTAÇÂO – art. 77º cgt
DIREITO à AUDIÇÃO – art. 78º cgt
Antes da liquidação – se esta se afastar da declaração do suj. Passivo
Antes da decisão de aplicação da avaliação indirecta quando não haja lugar a relat´rio de
inspeção
Antes do indeferimento total ou parcial dos pedidos, reclamações, revisões, recursos ou petições
Antes da revogação de qualquer benefício ou acto administrativo em matéria tributária
Antes da conclusão do relatório da inspeção tributária
DIREITO FISCAL 2
ARTE IV
ROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E
UDIÇÃO ART. 71º SS CGT
RAZOS DO PROCEDIEMNTO
Nº1 – 90 dias – contados da entrada da PI para decisão sobre: Reclamações;
edidos de revisão; Recurso Hierárquico;
Nº 2 - 20 dias - para os demais actos de procedimento tributário, salvo disposição
gal em contrario;
Nº 3 – 15 dias – para os interessados requererem ou praticarem quaisquer actos,
omoverem diligências, responderem sobre assuntos acerca dos quais se devam
onunciar ou exercerem outros poderes no procedimento.
DIREITO FISCAL 2
TE IV
CEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO
71º SS CGT
ZOS DO PROCEDIEMNTO
– Regime ou natureza dos prazos – São contínuos e contam-se nos termos do Código Civil
– Suspensão dos prazos decisões – suspendem-se os prazos previstos nos nºs 1 e 2 se a dilação
cedimento se dever ao comportamento do sujeito passivo
–Não observância dos prazo do nº 1 – O interessado tem a faculdade de presumir o
imento, para efeitos de reclamação, revisão, recurso hierárquico ou impugnação judicial
80º - prazo passagem de certidão – 15 dias para certidão de actos e termos do proc
rio e termos judiciais, mediante pedido escrito ou verbal; 48 horas – em caso de urgência e a
stração tributária disponha de elementos para o efeito;
de das certidões: - 1 ano prorrogáveis por iguais e sucessivos períodos até um máximo de 3
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – LIQUIDAÇÃO – ART. 81º E SSG
Nº 1 – a) Apuramento do valor do tributo em dívida ou a pagar; b)
pressupõe a determinação da matéria colectável; c) é efectuada pela
administração tributaria, através da liquidação administrativa; d) ou pelo
contribuinte, através da autoliquidação;
Nº 2 – Tem por base, em regra: – Declaração do sujeito passivo;
excepcionalmente, outros elemento.
Nº 3 –Liquidação definitiva – quando validamente notificada ao sujeito
passivo - art. 73º e ssg.
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTOTRIBUTÁRIO – Apresentação de declarações – ART. 82º e ssg
Nº 1 – dever de apresentação – o sujeito activo deve apresentar as declarações necessárias à
liquidação dos tributos públicos, segundo as modalidades, formas e prazos prescritos na lei,
podendo ser instituída a obrigação de entrega pela via electrónica para determinadas categorias
de contribuintes;
Nº 2 – preenchimento: – as declarações tributárias devem ser corretamente preenchidas, sob
pena de se sujeitarem às consequências previstas na lei tributária relativas a essas faltas e
omissões;
Nº 3 –causas de recusa das declarações – as declarações são recusadas pela administração
tributária: 1. Em caso de omissão grave ou de insusceptibilidade de compreensão do seu
conteúdo, sujeitando-se às consequências da sua entrega fora de prazo.
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – Fases da Liquidação (três - tradicional)
Nº 1 – fase preparatória – verificação dos pressupostos concretos da tributação, em
regra, a cargo da AF que o efectua com base em elementos na sua posse. Traduz na operação
do lançamento: 1. lançamento subjectivo (identificação do SP) e 2. lançamento objectivo (a
determinação da matéria coletável;
Nº 2 – Fase constitutiva: – integrada pela chamada liquidação stricto sensu – em que se
determinava o montante do imposto a pagar, o qual, sempre que não houvesse lugar dedução à
colecta ( que era regra nessa altura), coincidia com esta, que se apurava através da aplicação da
respectiva taxa de imposto à matéria colectável.
Nº 3 –Fase executiva – em que se tinha lugar a cobrança do imposto, mediante o
pagamento voluntário, uma vez que a cobrança coerciva já implicava ou podia implicar, a
intervenção dos tribunais tributários através do processo de execução fiscal
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – Fases da Liquidação (- Actualmente)
Nº 1 – Fase da iniciativa – desencadeada pelos: 1. Interessados; 2. administração
tributária; ou 3. por denuncia de terceiros, com base na declarações do contribuinte ou, na falta
ou vício destas, em todos os elementos de que disponha ou venha a obter a entidade
competente;
Nº 2 – Fase Instrução: –Em regra, a cargo do órgão que vai decidir o procedimento e com
base em elementos fornecidos pelo sujeito passivo ou por terceiro, ou obtidos pela
administração fiscal, em que (nos termos da lei) são admitidos todos os meios de prova.
Nº 3 –Fase Decisão – em que se produz um acto administrativo definitivo (art…) a que
se seguirá a fase executiva ou de cobrança (aqui temos uma fase preparatória integrada pela
fase da iniciativa e fase da instrução), uma fase constitutiva ou da decisão; e uma fase executiva
ou da cobrança
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – Fases da Liquidação (- Actualmente)
Nº 1 – Fase da iniciativa; Nº 2 – Fase Instrução e Nº 3 –Fase Decisão
o Se, em abstrato, isto é assim, em concreto a realidade alterou profundamente: 1.
verifica-se uma diluição no lançamento administrativo caracterizada na maior
intervenção dos sujeitos passivos (contribuintes e terceiros) traduzida quer na
importância da declaração de rendimento para determinação da matéria coletável –
que leva a uma liquidação administrativa de caracter automático, realizada c/ recurso
a meios informáticos; e quer na liquidação não administrativa feita pelo próprio
contribuinte (autoliquidação) ou por terceiro liquidação de substituição.
o Cabendo AT a intervenção a posteriori para verificar e controlar as atuações dos
particulares; 2. em sede da cobrança dos impostos, a fase que atenta a sua própria
natureza, mais se parece à privatização. Assiste-se à sua crescente entrega às
empresas sem qq relação com o contribuinte (ex. CCT SIBIS, ATM…
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – Tipologia da Liquidação Tributária)
Critérios de classificação da liquidação tributaria. São vários critérios, consoante o órgão ou
sujeito competente para a realizar temos:
Liquidação administrativa levada a cabo pela AT e a liquidação levada a cabo pelos
particulares (autoliquidação e a liquidação por terceiro ou liquidação em substituição)
Liquidação Administrativa (tipos) segundo critério da iniciativa procedimental:
Lq. Com base na declaração do contribuinte;
Lq. Por iniciativa de terceiro e
Lq. Por oficiosa
Liq.Administ. Com base no seu objeto
Lq. Primaria ou de primeiro grau;
Lq. Secundária ou de 2º grau (ou liquidação adicional) – a liquidação adicional é uma liq.
Administrativa resultante, frequentemente da iniciativa ou de acções de inspeção.
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – As operações de liquidação)
A Lq. Latu sensu – conjunto de todas as operações destinadas a apurar o montante do
imposto consite: 1. lançamento subjetivo; 2. lançamento objetivo; 3. stricto sensu
determinação da coleta através da aplicação da taxa à matéria coletável. 4. deduções a coleta
Liquidação Objetivo – avaliação indireta – determinação da matéria coletável através
do recurso a métodos indiretos. Tem na base dois tipos de preocupação: 1. razões de
simplificação, de fácil administração de imposto, de certeza e de obtenção mínima de
receitas, submete-se à avaliação indireta os pequenos contribuintes; 2. razões relativas à
evasão fiscal e consequente necessidade de a combater prevê-se a tributação através de
métodos indiretos: 1. quando ocorre impossibilidade de comprovar e quantificar a matéria
coletável de forma direta e exata com base nos elementos da contabilidade; 2. quando, sem
razão justificada, a matéria coletável do contribuinte se afastar mais de 30% para menos, ou,
durante três anos seguidos, mais de 15º% da que resultaria DA APLICAÇÃO DOS
INDICADORES objetivos da atividade de base técnico-científica previstos na LGT
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – As operações de liquidação)
Caraterização da Lq - um ato administrativo exequível, executivo, semi-executório e que,
atento ao seu carater, por um lado estritamente vinculativo, e por outro largamente
massificado, se presta sobremaneira a ter natureza informática., ou seja a ser praticado com
recurso a meios informáticos – declarações electronicas