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DIREITO FISCAL 2

DIREITO TRIBUTARIO SUBSTANTIVO E DIREITO TRIBUTÁRIO ADJECTIVO


1. TERMOS DA DISTINÇÃO
2. UMA NOÇÃO ADEQUADA DE TRIBUTO
3. IMPORTANCIA DA DENOMINAÇÃO: DIREITO TRIBUTÁRIO E JURISDIÇÃO TRIBUTÁRIA
4. O COTEÚDO DO DIREITO TRIBUTARIO ADGECTIVO
ACTIVIDADE TRIBUTÁRIA
1. ENQUADRAMENTO JURÍDICO DA ACTIVIDADE TRIBUTÁRIA
2. NOÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS ACTOS TRIBUTÁRIOS
JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
1. AS FINALIDADES E O ENQUADRAMENTO DA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
2. DIMENSÕES CONSTITUCIONAIS DA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
 O PRINCÍPIO DA CONSTITUCIONALIDADE
 O PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS
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DIMENSÕES CONSTITUCIONAIS DA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
 O PRINCIPIO DA RESERVA DA FUNÇÃO JURÍSDICIONAL EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
 O PRINCÍPIO DA PROTECÇÃO JURÍDICA
A FUNÇÃO GARANTÍSTICA DA JUSTIÇA – AS GARANTIAS DOS CONTRIBUINTES EM ESPECIAL
 GARANTIAS ADMINISTRATIVAS
 GARANTIAS ADMINISTRATIVAS NÃO IMPUGNATÓRIAS
i. O DIREITO À INFORMAÇÃO
ii. O DIREITO DE PARTICIPAÇÃO
 GARANTIAS ADMINISTRATIVAS IMPUGNATÓRIAS
i. O DIREITO `DE RECLAMAÇÃO
ii. DIREITO DE RECURSO (ADMINISTRATIVO)
 GRANTIAS JURISDICIONAIS
i. DIREITO DE ACÇÃO JUDICIAL
ii. DIREITO DE OPOSIÇÃO
iii. O DIREITO DE RECURSO (JURISDICIONAL)
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DIREITO TRIBUTARIO SUBSTANTIVO E DIREITO TRIBUTÁRIO ADJECTIVO

1. TERMOS DA DISTINÇÃO – O Direito Adjectivo – o conjunto de


normas jurídicas que dizem respeito à aplicação normativa (em matéria
tributária), são assim: Realidades que dizem respeito aos poderes executivos
do Estado, ou seja aos poderes administrativo e jurisdicional. Por
conseguinte o Direito Tributário Adjectivo – é composto por conjunto de
normas jurídicas que dizem respeito à aplicação, em concreto, das normas
tributárias por parte dos órgãos administrativos (tributários) e por parte
dos tribunais (tributários)

2. Direito Tributário Substantivo – tem por objecto conjunto de


normas jurídicas respeitantes à criação normativa em matéria tributária. A
referencia às normas tributárias e à «matéria tributária» exige a clarificação
destas realidades, o que levanta a questão prejudicial de encontrar uma
noção juridicamente adequada de TRIBUTO
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DIREITO TRIBUTARIO SUBSTANTIVO E DIREITO TRIBUTÁRIO ADJECTIVO
1. UMA NOÇÃO ADEQUADA DE TRIBUTO – Prestação coactiva e com
finalidades financeiras
3.1. COACTIVIDADE EM DUPLO SENTIDO:
I. QUANTO À ORIGEM – Será sempre fixado por acto normativo, o que
nesta matéria, e em face dos dados do nosso ordenamento jurídico-
constitucional (Lei, Decreto-lei ou regimento) – Capítulo II FORMAS DOS
ACTOS LEGISLATVOS E NORMATIVOS art. 260º (Actos legislativo da A.N
– a Lei e o Regimento ); 261º (actos legislativos do Governo – Decreto,
decreto legislativo e o decreto-lei); art. 262º (Tipicidade dos actos
legislativos); art. 263º (Regimentos); 264º (Regulamentos: 1. decreto
regulamentar; portaria); art. 265º (resoluções da A.N e do Governo) todos
da CRCV;
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DIREITO TRIBUTARIO SUBSTANTIVO E DIREITO TRIBUTÁRIO ADJECTIVO
1. UMA NOÇÃO ADEQUADA DE TRIBUTO – Prestação coactiva e com finalidades financeiras
3.1. COACTIVIDADE EM DUPLO SENTIDO:
I. QUANTO À CONFORMAÇÃO DO CONTEÚDO AMENTO JURÍDICO—CONSTITUCIONAL
– o conteúdo do acto deve ser imperativamente fixado por acto normativo.
II. QUANTO À FINALIDADE – o tributo há de ser estabelecido para
prosseguir finalidades financeiras. Significa que os trib. devem ser exigidos
com vista à produção de bens públicos e semi-públicos, destinados a
satisfazer necessidades de caracter tendencialmente colectivo e público
(diplomacia, defesa, segurança, iluminação publica, saúde, ordenação de
trânsito, ord. de determinado sector da actividade económica…). Desta
forma, situa-se fora do âmbito financeiro e jurídico dos tributos todas as
receitas públicas coactivas que não prossigam tais finalidades, tais como
(prestações de caracter ressarcitórias – as indemnizações; sancionatórias –
as coimas, multas ou outras);
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I. QUANTO À FINALIDADE (CRCV – ARTIGO 93º)
1. O Sistema fiscal é estruturado com vista a satisfazer as necessidades
financeiras do Estado e demais entidades públicas, realizar os objectivos da
política económica e social Estado e garantir uma justa repartição de dos
rendimentos e da riqueza;
2. Os impostos são criados por lei, que determinará a incidência, a taxa, os
benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes;
3. Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que não tenham sido criados
nos termos da CRCV ou cuja liquidação e cobrança se não façam nos
termos da lei.
4. Aprovado o OE para o ano económico-fiscal, não pode, nesse mesmo ano,
ser alargada a base de incidência nem agravada a taxa de qualquer
imposto.
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IMPORTANCIA DA DENOMINAÇÃO: DIREITO TRIBUTÁRIO E
JURISDUÇÃO TRIBUTÁRIA
• Delimitação do âmbito da jurisdição dos tribunais. Terminologia: tribunais
fiscais ou tributários? Os tribunais tributários exercem a sua actividade
jurisdicional no âmbito, não apenas dos impostos em particular, mas dos
tributos em geral.
I. O COTEÚDO DO DIREITO TRIBUTARIO ADGECTIVO – tem como
principais actores:
• A Administração tributaria;
• Os tribunais tributários (fiscais e aduaneiros cv)
• Os sujeitos passivos do imposto – podemos destacar dois núcleos ou grupos
de normas jurídicas, em relação às finalidades a prosseguir:
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DIREITO TRIBUTARIO SUBSTANTIVO E DIREITO TRIBUTÁRIO ADJECTIVO

1. Conjunto de normas jurídicas de direito financeiro adjectivo


que tenha por finalidade a observação das realidades
tributarias, como a prevenção das infrações tributarias
aplicada pela administração tributaria – designada
actividade tributaria
2. Conjunto de normas jurídicas de direito tributário adjectivo
que tem por finalidade tutelar e proteger as posições
jurídicas (subjectivas) ou determinados valores, emergentes
do direito substantivo – justiça tributaria.
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ORDEM TRIBUTÁRIA

A.A TRIBUTAÇÃO

A.LEGALIDADE TRIBUTÁRIA

A.JUSTIÇA TRIBUTÁRIA

A.INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA NORMA


TRIBUTÁRIA
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ORDEM TRIBUTÁRIA

A. A TRIBUTAÇÃO – as ideias fundamentais, vem referido nos artigos 91º e


93º da CERCV e no art. 4º (fins da tributação); art. 5º (caract. da
tributação e prot. da família); art. 6º (objectivos e limites da tributação)
todos do CGT, aprovado pela Lei nº 147/VIII/2013 (B.O nº 69, I Série,
20.12.

B.LEGALIDADE TRIBUTÁRIA
 Matérias que são da reserva relativa da competência da A.N (reserva
formal), constantes da previsão do nº 2 do art. 93º CRCV – que
respeitam à incidência, à taxa, e ao regime de benefícios fiscais, às
garantias dos contribuintes, à definição dos crimes fiscais e ao regime
geral das contraordenações tributárias;
 Matérias que são da competência legislativa concorrente do governo e
da A.N (reserva material) e que respeitam à liquidação e cobrança dos
tributos, incluindo os prazos de prescrição e caducidade, à
regulamentação das figuras da substituição e responsabilidade
tributária, à definição das obrigações acessórias, à definição das sanções
fiscais sem natureza criminal e às regras de procedimento e processo
tributario;
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ORDEM TRIBUTÁRIA

A. JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
 o acesso à justiça tributária, em decorrência do
principio constitucional (art. 20º da CRCV) é
garantido para a tutela plena e efectiva de todos os
direitos ou interesses legalmente protegidos
 A justiça não pode ser negada por insuficiência de
meios económicos e deve ser obetida em prazo
razoável (celeridade).
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ORDEM TRIBUTÁRIA

A. INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA NORMA


TRIBUTÁRIA – EM SEDE INTERPRETAÇÃO
 Traduz a ideia de que, sempre que se utilizem conceitos e termos
próprios de outros ramos de direito, deve a interpretação dos
mesmos respeitar o sentido que aí tem (art. 10º CGT). Na prática, o
direito tributário acolhe os princípios e regras dos outros ramos de
direito, salvo se, a própria lei apontar em sentido diverso;
 Só na hipótese das regras gerais sobre a interpretação e aplicação
das leis não resolverem as dúvidas sobre o sentido das normas de
incidência a aplicar é que deve aplicar o principio da substância
económica dos factos tributários (nº 2 art. 10º);
 A interpretação analógica não é admissível, sob pena de violação dos
princípios da legalidade e da tipicidade (arts. 260º, 261º e 262º e sgs
da CRCV
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ORDEM TRIBUTÁRIA
A. INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA NORMA
TRIBUTÁRIA
 – Em sede aplicação da lei tributária no tempo (Art. 12º CGT) Vale a regra
da não retroactividade, o que vale dizer que a norma tributária se aplica para os
factos posteriores à sua entrada em vigor (o que decorre dos nºs 3, 4 e 6 do
artigo 93º da CRCV) 2º e sgs da CRCV. As normas de procedimento e de
processo tributário, por razões de interesse público, são de aplicação imediata,
sem prejuízo das garantias, direitos e interesses legítimos anteriormente
constituídos dos contribuintes;
 Em sede de aplicação da lei tributária no espaço (art. 13º do CGT) – vale
aqui o principio da territorialidade, ou seja as normas tributárias aplicam-se aos
factos ocorridos no território nacional. No entanto, este princípio não é absoluto,
se se considerar (v.gr) as convenções sobre a dupla tributação internacional ou,
mesmo as diversas directivas da UE (para os estados dele partes, e os países que
com eles têm tal acordo) relativas à assistência mútua no domínio dos impostos
sobre rendimento, património e IVA, designadamente em matéria de cobrança e
troca de informação
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
A. Os sujeitos
B. Objecto da relação jurídica tributária
C. Constituição e alteração da relação jurídica
tributária
D. Extinção da relação jurídica tributária
E. Garantia da prestação tributária
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
A. Os sujeitos activo e passivo
 Sujeitos activo da RJT – art. 16º - 28º do CGT – aprovado
pela Lei nº 47/VIII/2013 – é a pessoa ou entidade de direito
publico titular do dierito de exigir o cumprimento das
obrigações tributárias, directamente ou através de
representantes ( o principal sujeito activo é o Estado;
 Sujeito passivo da RJT– art. 17º CGT – é a pessoa ou
entidade que nos termos da lei está obrigado ao cumprimento
da obrigação de pagar tributo público, compreendendo-se, ai,
as seguintes categorias:
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
 Personalidade e Capacidade Tributária.
 Personalidade Tributária (art. 14º nº 1 do CGT) – traduz-se na
susceptibilidade de ser titular de direitos e obrigaões, o mesmo é dizer de
ser sujeito activo e passivo de uma relação jurídica tributária;

 Capacidade tribuária – é a medida dos direitos e deveres que cada


sujeito passivo pode exercer pessoal e livremente. Para especificar os
contornos da capacidade tributária, importa mencionar os seguintes
conceitos:

 O MANDATO – contrato de mandato, com ou sem poderes de


representação, pressupõe que uma das partes se obriga a partir de uma
ou mais actos jurídicos por conta da outra. O mandatário, mesmo que alei
exija a sua nomeação (caso da situação prevista no artigo CGT…) não é
responsável solidária ou subsidiariamente pelo pagamento do imposto.
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
 Responsável legal (Nº 3 art. 14º CGT) – de molde a colmatar
eventuais incapacidades de exercício, os direitos e deveres dos
incapazes e das entidades sem personalidade jurídica 'são exercidos
pelso seus representantes, designados de acordo com a lei civil e pelas
pessoas que administram os interesses dos incapazes;
 Gestão de negócios (art. 15º CGT) – ocorre quando uma pessoa
assume a direcção de negócio alheio no interesse e por conta do
respectivo dono, sem para tal, estar autorizada. É frequente a prática de
actos em matéria tributária, com recurso à figura de gestão de
negócios, por ex. aquando da entrega e assinatura de uma declaração
de rendimento – mod 112;
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
 Institutos de substituição e da responsabilidade tributária
 A Substituição ou substituto tributário (Art.20º do CGT)
• verifica-se quando por imposição da lei, aprestação tributária for exigida a
pessoa diferente do contribuinte e efectiva-se através do mecanismo da
retenção na fonte do imposto devido; o instituto pressupõe a intervenção de
três entidades distintas: o Credor tributário (titular da receita); o
substituído (que é quem suporta encargo do imposto uma vez que é
relativamente a si ( ao substituído) que se concretizam os pressupostos
previstos nas normas de incidência; e, o Substituto (que vai reter o imposto,
no rendimento que paga, um quantitativo a título de imposto – retenção- e
que, por força da lei é obrigado a entregar essa quantia, em prazos também
definidos legalmente, ao credor tributário);
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
 Institutos de substituição e da responsabilidade tributária
 A Substituição ou substituto tributário
• O regime de responsabilidade decorrente da substituição tributária
assenta no pressuposto de que relativamente às importâncias retidas na
fonte e não entregues nos cofres do Estado os substituído fica
desonerado de qualquer responsabilidade nos eu pagamento;
• Quando a retenção seja a título de pagamento por conta, se mesma
não for efectuada ou entregue nos cofres do Estado, cabe ao
substituído a responsabilidade originária pelo imposto não retido e ao
substituto a responsabilidade subsidiária, ficando o último também
sujeitos a juros compensatórios até ao termo do prazo da entrega de
declaração pelo responsável originário/substituído, ou até à data da
entrega do imposto se anterior.
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
 Institutos de substituição e da responsabilidade tributária
 O responsabilidade vs responsável tributário Art. 21º CGT)
• Além da responsabilidade pela dívida tributária, juros e demais encargos
legais que é do responsável originário, podem ser chamados a
responder por essa dívida, solidária ou subsidiariamente outras
pessoas. Trata-se de uma responsabilidade que opera num segundo
momento:
• O responsável subsidiário só responde, depois instaurado o processo
de execução fiscal contra o devedor originário e se ter apurado que o
mesmo não tem bens suficientes para proceder ao pagamento da dívida
exequenda e acrescido, em sede da reversão da execução
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
 Institutos de substituição e da responsabilidade tributária
 O responsabilidade vs responsável tributário
• Trata-se de uma responsabilidade excepcional que o responsável
subsidiário pode afastar desde logo, no direito de audição que precede
obrigatoriamente à decisão de reversão, posto q eu apresente
argumentos suficientemente fortes no sentido da provável ausência dos
pressupostos que a lei prevê para esse tipo de responsabilidade.
• Quem são ou podem ser? Os membros dos corpos sociais e
responsáveis técnicos; os titulares de estabelecimento individual de
responsabilidade limitada;
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
 Institutos de substituição e da responsabilidade
tributária (Art. 22º CGT)
 O responsabilidade vs responsável tributário
• Os administradores, directores e gerentes e outras pessoas que
exerçam, ainda que de fato, funções de administração, gestão em
pessoas coletivas ou entes fiscalmente equiparados são
subsidiariamente responsáveis em relação a estas e
solidariamente responsáveis entre si pelas dividas tributárias.
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
• No entanto, o ónus da prova foi repartido entre a
administração e o responsável subsidiário: i) se o facto
constitutivo se verifica no período de exercício do seu cargo
ou o prazo legal de pagamento ou entrega terminou depois
deste, compete a administração fazer a prova de que foi por
culpa desse responsável que o património se tornou
insuficiente para a sua satisfação; se o prazo legal de pagamento
ou entrega terminou depois do período do exercício do seu
cargo, compete ao responsável provar que não foi por culpa
sua que o pagamento não se efectuou (não sendo feita a esta
prova a culpa presume-se)
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DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
• Se a administração tributária exigir o pagamento apenas a
um dos responsáveis subsidiários, isso significa que o mesmo,
terá posteriormente direito de regresso relativamente aos
restantes
• Ver a transmissão dos créditos e dos débitos tributários –
artigo 38º do CGT nº 1 «as obrgações tributárias são
insusceptiveis de transmissão inter vivos, salvo nos casos
previstos na lei; vid. nº 3 art. As obrig. tributárias transmitem-
s30º «os créditos tributários são intransmissíveis, salvo nos casos
previstos na lei»
• e, mesmo que não tenha havido ainda liquidação, em caso do
de sucessão universal por morte, sem prejuízo do benefício
do inventário e das regras estabelecidas pelo Código das
Execuções Fiscais.
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OBJETO DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
 Art. 29º a 35º inclusive do CGT – a relação jurídica tributária
é uma relação bastante complexa que não se limita a determinar
aquilo que seja a obrigação principal do devedor (sujeito passivo)
e a definir o que seja o direito de credito do sujeito activo.
 É que ao lado da obrigação principal, de natureza pecuniária –
pagamento do tributo – coexistem outras obrigações com
carácter pecuniário e até obrigações ditas acessórias que visam
possibilitar o apuramento da obrigação principal – a o tributo a
pagar pelo sujeito passivo.
 É neste contesto que que o artigo 29/1 do CGT dispõe: o objecto
da relação jurídica tributaria é formado pelo credito e divida
tributários e por todos os direitos e deveres do sujeito passivo
incluindo o direito a juros, deduções ou reembolsos
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OBJETO DA RELAÇÃO JURÍDICA
TRIBUTÁRIA
 Integra, assim, a relação jurídica tributária:
 O crédito e a dívida tributaria
 O direito a prestações assessórias de qualquer
natureza
 O correspondente dever ou sujeição
 O direito à dedução, reembolso ou restituição de
impostos
 O direito a juros compensatórios (art. 33º CGT) e
indemnizatórios (Art. 34º cgt);
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OBJETO DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
Art. 29º a 35º inclusive do CGT (cont)

 Art. 31º cláusula ante-abuso – ineficácia no âmbito tributário


dos actos ou negócios jurídicos essencial ou principalmente
dirigidos, por meios artificiosos ou fraudulentos e com abuso de
formas jurídicas, à redução, eliminação ou deferimento temporal
de impostos que seriam devidos em resultado de factos, actos ou
negócios jurídicos de idêntico fim económico, ou à obtenção de
vantagens fiscais que não seriam alcançadas, total ou parcialmente,
sem utilização desses meios, efectuando-se então a tributação de
acordo com as normas aplicáveis na sua ausência e não se
produzindo as vantagens fiscais referidos.
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OBJETO DA RELAÇÃO JURÍDICA
TRIBUTÁRIA
Art. 29º a 35º inclusive do CGT (cont)
 Art. 32º regime de tributação privilegiada –
todo o regime de tributação privilegiada todo o
regime de tributação, nacional que implique a não
tributação dos rendimentos ou aplicação de taxa
nominal de imposto sobre os rendimentos
inferior a 10%, isenção ou agravamento ou
exclusão equivalente, com excepção dos regimes
de tributação simplificada
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CONSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTARIA
ART. 36º CGT
 Comporta uma vertente Objectiva – o próprio facto que está em
causa - e uma vertente Subjectiva – a pessoa sujeita à obrigação
de pagamento do imposto. Os elementos essenciais dessa relação
não podem ser alterados, quer por vontade do sujeito activo, quer
do sujeito passivo.
 Salvo se expressamente prevista na lei, a administração tributária não
pode, sob pena de nulidade, conceder moratórias no pagamento das
obrigações tributarias (nº 2 art.37º cgt)
 O art. 36º do cgt reafirma um principio fundamental em direito fiscal,
a saber, o principio do primado da substância dos actos ou contratos
sobre a forma, procurando-se assim evitar que os contribuintes
através de uma qualificação formal se subtraiam às obrigações
tributarias.
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CONSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTARIA
 É uma perspetiva reforçada pela clausula geral anti-abuso reportada
no artigo 31º cgt. Com a qual procura-se, e, nome da justiça e da
igualdade (embora em Portugal, haja quem a considere
inconstitucional por violação do principio da tipicidade) tornar
ineficazes no âmbito tributário os actos ou negócios jurídicos
essencial ou principalmente dirigido (utilizando meios artificiosos ou
fraudulentos e com abuso das formas jurídicas) à redução,
eliminação ou deferimento temporal dos impostos que seriam
devidos em resultado de factos, actos ou negócios de identifico fim
económico ou mesmo à obtenção de vantagens fiscais não
alcançáveis, no todo ou em parte, sem a utilização desses meios.
 Ou seja, o legislador esteve atento aos comportamentos que possam
ser contrários aos fins essenciais do ordenamento tributário, daí
retirando como consequência a falta de eficácia dos actos ou
negócios celebrados visando essencial ou principalmente fins de
elisão fiscal.
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CONSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA
TRIBUTARIA
 Assim se compreende a parte final do artigo 31º onde se
menciona que a tributação se efectua de acordo com as
normas aplicáveis na ausência dos citados meios artificioso
ou fraudulentos e com abuso de formas jurídicas e não se
produzindo vantagens fiscais que tinham sido alcançadas.
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CONSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTARIA
ART. 37º - MODIFICAÇÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA –
 Nº1 – as obrigações tributárias não podem ser alteradas por
vontade das partes
 Nº 2 – A administração tributária não pode conceder no pagamento
das obrigações tributárias, salvo nos casos expressamente previstos
na lei.
ART. 38º - TRANSMISSÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTARIA
 Nº 1 – as obrigações tributárias são insusceptíveis de transmissão
intr vivos, salvo nos casos previstos na lei
 Nº 2 – as obrigações tributárias transmitem-se, mesmo que não
tenha havido ainda a liquidação, em caso de sucessão universal por
morte, sem prejuízo do benefício do inventário e das regras
estabelecidas pelo Código das Execuções Tributárias

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EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

1. Pagamento
2. Prescrição
3. Dação em cumprimento,
4. Compensação ou confusão ou caducidade do
direito à liquidação
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EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Pagamento voluntario
 a forma normal de extinguir uma obrigação tributaria deve
ser através do seu cumprimento voluntario dentro dos
prazos assinalados por lei. Em regra, pode ser utilizada
nesse pagamento a moeda corrente, o cheque, o debito
em conta, a transferência conta a conta, o vale postal ou
por outros meios utilizados pelos correios ou pelas
instituições de credito que a lei autorize, onde é
importante e cada vez mais usual, o pagamento eletrónico
por meio da rede vinti4 (ATM)
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EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Pagamento voluntario
 Por outro lado, são expressamente consagradas as
possibilidades de cumprimentos através das figuras de dação
em pagamento (art. 53º cgt) – (art. 837º CC – consiste na
prestação de coisa diversa da que for devida) e da
compensação (art. 52º cgt) – por iniciativa da
administração tributária ou por iniciativa do contribuinte, antes
ou durante o processo de execução fiscal, pressupõe
identidade entre o credor e o devedor tributário e constitui
uma forma de extinguir as obrigações tributarias (constitui uma
exceção ao regime previsto no artigo 853º do CC, nos termos do
qual «não podem extinguir-se por compensação, salvo quando a lei
o autorize, os créditos do Estado ou de outras pessoas colectivas
publicas)
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EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Pagamento voluntario
 nos casos previstos na lei o devedor pode requere o
pagamento em prestações da dívida tributária, seja no
decurso do período de pagamento voluntário (art. 47º 1
divida tributaria de valor superior a 10.000ecv); seja no
decurso do próprio processo de execução fiscal ( no
prazo da oposição e execução fiscal
 o não pagamento do imposto nos prazos assinalados na lei
determina, eventualmente, e de molde a penalizar essa mora, o
pagamento de juros ao credor tributário: juros de mora (art.35º
cgt).
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EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Pagamento voluntario
 Para que o contribuinte, sujeito passivo da relação jurídica,
possa cumprir as suas obrigações tributárias é necessário
que a administração tributária liquide os tributos e os
notifique validamente no prazo de 5 anos (art.89º cgt); ou
seja a administração tributária tem um prazo geral de
quatro anos para determinar em concreto o valor exacto
do tributo a pagar pelo contribuinte, valendo esse mesmo
prazo para efectuar a notificação (validamente efectuada),
sob pena de CADUCIDADE –ART.89º
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EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Prescrição – art. 51º cgt
 Nº 1 – as dividas tributárias, incluindo a devolução de
montantes indevidamente recebidos, prescrevem no prazo
de oito anos, salvo o disposto em lei especial
 Nº2 – o prazo de prescrição começa a contar-se desde o
inicio do ano civil seguinte ao do facto tributário ou desde
a data em que foram postos à disposição do sujeito
passivo os montantes indevidos…
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EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Compensação – art. 52º cgt
 Nº 1 – quando, após qualquer liquidação que confira direito ao
reembolso, seja a existência de dívidas de imposto respeitantes
a anos anteriores ou dívidas de importâncias retidas e não
entregues e as mesmas se encontrem em fase de cobrança
coerciva o contribuinte deve ser notificado do montante de
reembolso a que tem direito e daquelas dívidas
 os créditos do executado resultantes de reembolso ou
restituição resultante de qualquer meio gracioso ou judicial são
aplicados na compensação das suas dividas cobradas pela
administração tribuária, exceto nos casos de..
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EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Dação em cumprimento
 Antes da execução tributária - art. 53º cgt
 Nº 1 – A dação em pagam. antes da instauração do
processo trib só é admissível no quadro de regime
excecional de recuperação de créditos do Estado
 Na execução tributaria – art- 54º cgt – o
executado pode requerer a extinção da dívida exequenda
e do acrescido com a dação em cumprimento de bens
móveis ou imóveis, mediante pedido feito no prazo da
oposição…
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EXTINÇÃO DA DIVIDA POR PAGAMENTO
Confusão (art.55ºcgt)
 As dívidas tributarias extinguem-se quando se reúnam as
qualidades de credor e e devedor de uma mesma obrigação
tributaria na mesma entidade pública Antes da execução
tributária - art. 53º cgt
 Nº 1 – A dação em pagam. antes da instauração do processo
trib só é admissível no quadro de regime excecional de
recuperação de créditos do Estado
 Na execução tributaria – art- 54º cgt – o
executado pode requerer a extinção da dívida exequenda e do
acrescido com a dação em cumprimento de bens móveis ou
imóveis, mediante pedido feito no prazo da oposição…
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GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
 A garantia principal garantia do crédito tributário é assinale
ainda em termos de garantias outras realidades:
o Os privilégios creditórios previstos no código civil – art.
733º cc Noção - «é a faculdade que a lei, em atenção à causa
do crédito, concede a certos credores, independentemente do
registo, de serem pagos com preferência a outros.
o Art. 735º Espécies de privilégios creditórios: Mobiliários e
imobiliários.
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GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
o Os Priv. Mobiliários são gerais, se abrangem o valor de
todos os bens moveis existentes no património do devedor à
data da penhora ou acto equivalente
o Especiais – quando compreendem só o valor de
determinados bens móveis
o Os Priv. Imobiliários são sempre especiais – nº 3. art. 735º cc
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
o Art. 736º do CC o Estado e as autarquias locais têm privilégio
mobiliário geral para garantia dos seus créditos por impostos
indiretos, e também pelos impostos diretos inscritos para a
cobrança no ano corrente na data da penhora, ou ato equivalente, e
nos dois anos anteriores
o Nº 2. não compreende a sisa ou o imposto sobre as sucessões e
doações, nem quaisquer outros impostos que gozem de privilegio
especial.
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA PRESTAÇÃO
TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
o Nas leis tributárias – art. 56º cgt
o Nº 1 - A garantia geral dos créditos tributários é constituída pelo
património do sujeito passivo, com exceção dos bens penhoráveis nos
termos da lei.
o Nº2 - A administração tributária dispõe ainda das seguintes garantias:
 a) Privilégios creditórios, previstos no art. 60º deste cgt ou na lei civil (art.
733º e seguintes do cc) ou na lei tributária
 b) Direito a constituir, nos termos da lei civil (penhor, hipoteca legal, que
deverão ser registados
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GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades (art.56ºcgt)
o Nas leis tributárias – art. 56º cgt
 c) Direito de retenção (art. 754º cc) de quaisquer mercadorias
sujeitas à acção fiscal ou aduaneira de que o sujeito passivo seja
proprietário, nos termos previstos pela lei tributaria e
aduaneira
 d) Garantia bancária, caução, seguro-caução ou qualquer outra
garantia idónea que exija do sujeito passivo nos termos da lei
ou que por este lhe seja oferecida
 Nº3 – A eficácia dos direitos referidos na al. b) do nº anterior
depende do registo.
o
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Modalidades
o Garantias de cobrança da prestação – art- 57º cgt
o Nº1 – A constituição da garantia idónea, ou a sua dispensa´,
nos termos da lei, é pressuposto da suspensão da execução
tributaria, em caso de reclamação, recurso, impugnação judicial
e oposição à execução, que tenham por objeto a legalidade ou
exigibilidade da dívida exequenda
o Nº 2 A administração trib. Pode exigir ao executado o reforço
da garantia no caso de esta se tornar manifestamente
insuficiente para o pagamento da divida exequenda e
acréscimos legais
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GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA PRESTAÇÃO
TRIBUTARIA
o Garantias de cobrança da prestação – art- 57º cgt
o Nº3 – A administração tributária pode a requerimento do executado, isentá-lo da
prestação de garantia, nos seguintes casos:
o A) Quando a prestação lhe causar prejuízo irreparável ou de difícil reparação
o B) Quando o sujeito passivo careça de bens suficientes para garantir a divida e a
execução do seu património afete substancialmente a manutenção da capacidade
produtiva e o nível de emprego da atividade económica que desenvolve.
o Nº4 - A isenção prevista no nº anterior só se verifica se ficar comprovado que a
insuficiência ou inexistência de bens não tenham sido provocada intencionalmente
pelo executado
o Nº5 – O indeferimento do pedido é possível de recurso hierárquico ou de
impugnação nos termos do Código da Execução Fiscal
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GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Caducidade da garantia (art.58ºcgt)
o Nº1 – A garantia prestada para suspender o processo de execução fiscal
caduca nas seguintes circunstancias:
o A) Quando a reclamação graciosa não seja decidida no prazo de um ano a
contar da data da sua interposição, por motivo não imputável ao
reclamante
o B) Quando a impugnação judicial não seja decidida no prazo de dois anos a
contar da sua interposição, por motivo não imputável ao impugnante
o Nº2 – A verificação da caducidade cabe ao órgão com competência para
decidir a reclamação ou a impugnação, oficiosamente mediante
requerimento do interessado, devendo a decisão ser proferida no prazo de
trinta dias, sob pena de deferimento tácito, sem prejuízo da manutenção
do efeito suspensivo da reclamação, recurso hierárquico ou impugnação.
o Nº3 – Em caso deferimento expresso ou tácito, o órgão da execução fiscal
deverá promover, no prazo de cinco dias, o cancelamento da garantia.
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GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Garantia em caso de prestação indevida (art.59ºcgt)
o Nº1 – O devedor que, para suspender a execução, preste garantia idónea, é
indemnizado total ou parcialmente pelos prejuízos resultantes da sua prestação,
caso vença o recurso administrativo, a impugnação ou oposição à execução que
tenham como objeto a dívida garantida
o Nº2 – O direito à indeminização referida no nº anterior é de conhecimento
oficioso, podendo a indeminização também ser requerida pelo interessado no
âmbito de reclamação graciosa ou impugnação judicial ou autonomamente, tendo
como limite máximo o montante resultante da aplicação ao valor garantido da
taxa de juros indemnizatórios.
o Nº3 – Quando a indeminização for requerida autonomamente, o pedido é dirigido
ao Diretor Nacional de Receitas do Estado no prazo de noventa dias contados do
transito em julgado da decisão proferida em qualquer dos processos referidos nos
números anteriores.
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GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA


PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Garantia em caso de prestação indevida (art.59ºcgt)
o Nº4 – A indeminização por prestação de garantia indevida é
paga por dedução à receita do tributo do ano em que o
pagamento se efetuou
o Privilégios creditórios e garantias reais – art. 60 cgt
 Nº1. A Administração tributária goza de privilegio creditório
sobre os bens do sujeito passivo, quando concorra com certos
credores que sobre eles tenham constituído e registado
garantia real anteriormente à
DIREITO FISCAL 2

GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA


PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Garantia em caso de prestação indevida (art.59ºcgt)
 Nº2. No caso dos tributos que incidam periodicamente sobre bens
ou direitos suscetíveis de registo ou sobre rendimentos dos
mesmos, o Estado e as autarquias locais gozam de privilégio
creditório sobre outro credor ou adquirente, mesmo que estes
tenham constituído e registado garantias reais sobre os mesmos
 Nº3. Os bens onerados com garantias reais constituídas pelo sujeito
ativo de um tributo, estão afetos ao pagamento das dívidas
tributarias e demais encargos legais, mesmo que transmitidos,
aplicando-se o disposto na lei civil
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA
PRESTAÇÃO TRIBUTARIA
Providencias cautelares (art.61ºcgt)
o Em termos de providências cautelares (art. 61º cgt) destinadas a
garantir os créditos tributários em caso de fundado receio de
frustração da sua cobrança ou de destruição ou extravio de
documentos ou outros elementos necessários ao apuramento da
situação tributária dos sujeitos passivos e demais obrigados
tributários.
o Providencias cautelares de tipo administrativo (determinada pela
administração tributaria) podem consistir na apreensão de bens,
direitos ou documentos ou na retenção de prestações tributárias a
que o contribuinte tenha direito; devem ser proporcionais ao dano a
evitar e não causar dano de impossível ou difícil reparação.
DIREITO FISCAL 2
GARANTIA DOS CRÉDITOS TRIBUTARIAS OU DA PRESTAÇÃO
TRIBUTARIA
Providencias cautelares (art.61ºcgt)
o Nº1. A Administração tributaria pode, nos termos da lei, tomar
providencias cautelares para garantia dos créditos tributários em caso de
fundado receio de frustração da sua cobrança ou de destruição ou
extravio de documentos ou outros elementos necessários ao apuramento
da situação tributaria dos sujeitos passivos e demais obrigados tributários
o Nº2. As providencias cautelares consistem na apreensão de bens, direitos
ou documentos ou na retenção, até à satisfação dos créditos tributários,
de prestações tributarias a que o sujeito passivo tenha direito
o Nº3. as providências cautelares devem ser proporcionais ao dano a evitar e
não causar dano de impossível ou difícil reparação
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Ideia sobre o procedimento tributário – nos termos do art. 62ºdo
Código Geral Tributário, aprovado pela Lei nº 147/VIII/2013, de 20 de Dezembro
(B.O nº 69 I Série de 20 Dez.)
o Nº1- Compreende toda a sucessão ordenada de atos e formalidade
da Administração Tributária dirigidos à formação ou execução da sua
vontade, bem como os relativos à liquidação e à cobrança voluntaria,
revestindo a forma escrita.
o Nº2- constituem procedimentos tributários, nomeadamente:
 A avaliação direta ou indireta da matéria coletável
 O reconhecimento ou revogação dos benefícios fiscais
 A liquidação dos tributos quando efetuada pela Administração
Tributária
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS
CGT
o Ideia sobre o procedimento tributário (cont)–

 A cobrança das dívidas tributárias, na parte que não tiver


natureza judicial
 A reclamação, a revisão e o recurso hierárquico dos atos da
Administração Tributária
DIREITO FISCAL 2
PARTE II

PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT


o Ideia sobre o procedimento tributário (cont)
o Nº 3 - Integram o procedimento tributário as ações preparatórias
complementares de informação e fiscalização tributária, e a emissão ou revogação
de quaisquer actos da Administração Tributária
o Nº 4 – As garantias dos sujeitos passivos previstos na presente lei tributária
aplicam-se também à autoliquidação, retenção na fonte ou repercussão da dívida
tributária, na mediada compatível com a natureza destas figuras

 A cobrança das dívidas tributárias, na parte que não tiver natureza judicial
 A reclamação, a revisão e o recurso hierárquico dos atos da Administração
Tributária
DIREITO FISCAL 2
PARTE II

PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT


o Ideia sobre o procedimento tributário (cont)
o Nº 5 – As disposições do Titulo II, desta Parte, não
exclusivamente relacionadas com o procedimento de
liquidação, aplicam-se também aos demais procedimentos
tributários
o Nº 6 – sem prejuízo das regras gerais estabelecids pela
presente lei, o exercício da inspeção tributária constará de
diploma próprio
DIREITO FISCAL 2
PARTE II

PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT


o Ideia sobre o procedimento tributário (cont)
o Segundo o Prof. José Casalta Nabais cit. O art. 54º da LGT (Lei Geral
Tributaria) – o procedimento tributário compreende toda a
sucessão de actos dirigidos à declaração de direitos tributários, em
que temos:
 As acções preparatórias ou complementares da liquidação dos
tributos, incluindo parafiscais, ou de confirmação dos factos
tributários declarados pelos sujeitos passivos ou outros
obrigados tributários, em que se incluem naturalmente, as de
informação e fiscalização tributária
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Ideia sobre o procedimento tributário (cont)
 A liquidação dos tributos quando efectuada pela administração tributaria
 A revisão, oficiosa ou por iniciativa dos interessados, dos actos tributários
 A emissão, rectificação, revogação, reforma ou conversão de quaisquer actos
administrativos em matéria tributária, incluindo sobre benefícios fiscais
 As reclamações e os recursos hierárquicos
 A avaliação directa ou indirecta dos rendimentos ou valores patrimoniais
 A cobrança das obrigações das obrigações tributárias, na parte que não tiver
natureza judicial
DIREITO FISCAL 2
PARTE II

PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT


o Ideia sobre o procedimento tributário (cont)
 A contestação e o caracter técnico relacionada com a classificação pautal, a
origem ou valor das mercadorias objectos de uma declaração aduaneira,
sem prejuízo da legislação especial aplicável
 Todos os demais actos dirigidos à declaração de direitos tributários
 A disposição que, embora não seja taxativa dá-nos uma lista bastante
completa de procedimentos, em que se enumeram alguns que são do regime
especial como são os da informação vinculativa e da avaliação indireta.
o Trata-se de um conceito de procedimento tributário que não deixa de
DIREITO FISCAL 2
PARTE II

PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT


o Ideia sobre o procedimento tributário (cont)
 Nº 2 al. a) Procedimento Administrativo, a sucessão ordenada
de actos e formalidades tendentes à formação e manifestação
da vontade da Administração Pública ou à sua Execução
 Al. b) Processo Administrativo, o conjunto de documentos e
outros papéis em que se materializam os actos e formalidades
DIREITO FISCAL 2
PARTE II

PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS


CGT
o Princípios Gerais
 Art. 63º Garantias gerais do sujeito passivo
 Não pagar impostos que não tenham sido estabelecidos de
harmonia com a CRCV
 Ser notificado, com a fundamentação devida, de todos os
DIREITO FISCAL 2
PARTE II

PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT


o Princípios Gerais
 Art. 63º Garantias gerais do sujeito passivo (cont)
 Participar na formação das decisões da Administração
Tributária das quais possam resultar alterações à sua situação
tributária;
 Interpor reclamação, recurso hierárquico, recurso judicial,
impugnação ou solicitar a revisão de quaisquer actos ou
DIREITO FISCAL 2
PARTE II

PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS


CGT
o Princípios Gerais
 Art. 63º Garantias gerais do sujeito passivo (cont)
 Ser informado sobre a sua concreta situação tributaria
 Receber juros indemnizatórios
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios Gerais - Entre os procedimentos tributários mencionados no CGT
registam-se;
 Acções preparatórias ou complementares de informação e fiscalização
tribuária;
 A liquidação dos tributos quando efectuada pela administração tributária;
 Revisão, oficiosa ou por iniciativa dos interessados, dos actos tributários;
 O reconhecimento ou revogação dos benefícios fiscais;
 A emissão ou revogação de outros actos administrativos em matéria
tributaria;
 As reclamações e os recursos hierárquicos;
 A avaliação directa e indirecta dos rendimentos ou valores patrimoniais
DIREITO FISCAL 2

Parte II
Procedimento tributário art. 62º ss cgt
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes do
próprio texto constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª CGT):
 a) legalidade, igualdade, proporcionalidade, justiça e
imparcialidade:
 Legalidade – os órgãos da administração tributária devem actuar em obediência à
lei, dentro dos limites dos poderes que estão atribuídos e em conformidade com os
fins para que os mesmos poderes lhes foram atribuídos. Daí que, os actos da
administração (em geral e tributária em especial) se contrária à lei, devam ser
considerados inválidos, passando a partir desse momento, os contribuintes a dispor
de meios graciosos ou judiciais aptos a controlar a legalidade das decisões tomadas
DIREITO FISCAL 2

parte ii
Procedimento tributário art. 62º ss cgt
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns
decorrentes do próprio texto constitucional e outros do próprio
procedimento (art. 65ª CGT):
 a) legalidade, igualdade, proporcionalidade, justiça e imparcialidade:
 Igualdade – determina que não é possível tratamentos desiguais sem que
existam razões objectivas para o mesmo. Os contribuintes nas suas relações
com a administração tributária devem ser tratados de forma igualitária, não
os privilegiando, beneficiando, prejudicando, privando de qualquer direito ou
isentando de qualquer dever.
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes
do próprio texto constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª
CGT):
 a) legalidade, igualdade, proporcionalidade, justiça e imparcialidade
 Proporcionalidade – os actos a adoptar no procedimento são os
adequados aos objectivos a atingir o que obriga a administração a abster-
se de impor aos contribuintes, obrigações que sejam desnecessárias à
satisfação dos fins que visa prosseguir;
 Justiça – Pressupõe a existência de critérios justos e isentos na
averiguação dos factos tributários. A administração tributária, no
desenvolvimento de toda a sua actividade, deve pautar-se por um princípio
de justiça, que aliás deve estar particularmente presente sempre que actua
como órgão de justiça, designadamente, quando aprecia uma reclamação
graciosa de um contribuinte.
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns
decorrentes do próprio texto constitucional e outros do próprio
procedimento (art. 65ª CGT):
 b) Princípios da prossecução de interesse público, da imparcialidade,
da celeridade, da colaboração, da decisão, da participação e da
imparcialidade:
 Prossecução de interesse público – o interesse publico orienta (ou pelo
menos deve orientar) o exercício dos podres adstritos à administração,
especialmente aqueles que se fundam na discricionariedade. A
administração deve realizar todas as diligências necessárias à satisfação do
interesse público e à descoberta da verdade material (principio do
inquisitório – art. 66º cgt) o que pressupõe um papel sempre activo na
direção do procedimentos em que isso implique deixar de aplicara norma
DIREITO FISCAL 2
PARTE II

PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT


o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes
do próprio texto constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª
CGT):
 b) Princípios da prossecução de interesse público, da imparcialidade, da
celeridade, da colaboração, da decisão, da participação e da
imparcialidade:
 Imparcialidade – trata-se de um principio próximo do principio da justiça e
pressupõe uma acção imparcial, isenta, por parte da administração tributária.
Não será por mero acaso que, além da incompatibilidades genéricas aplicáveis a
todos os funcionários públicos, existem incompatibilidades especificas da
administração tributária, designadamente, para os funcionários da inspeção
tributária – al. a) do art. 65º cgt
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes do
próprio texto constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª CGT):
 b) Princípios da prossecução de interesse público, da imparcialida de, da
celeridade, da colaboração, da decisão, da participação e da imparcialidade:
 Celeridade – implica que o procedimento tributário deva estar concluído num
determinado prazo que o cgt assinala como sendo de 90º dias – nº 1 art. 79º. Para o
efeito a administração tributária e os contribuintes devem abster-se da pratica de actos
inúteis ou delatórios, sendo certo que este principio é aplicável tanto aos
procedimentos da iniciativa da administração como do contribuinte. O não
cumprimento do prazo 90 dias contado a partir da data de entrada da PI no serviço da
administração, faz-se presumir o seu indeferimento nos termos do nº 6 do art. 79º cgt,
para efeitos de recurso hierárquico, recurso contencioso ou impugnação judicial (outros
prazos mais curtos de 20 e 15 dias)
 colaboração
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes
do próprio texto constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª
CGT):
 b) Princípios da prossecução de interesse público, da imparcialida de, da
celeridade, da colaboração, da decisão, da participação e da
imparcialidade:
 Colaboração – pressupõe que a administração e contribuinte
cooperem mutuamente no âmbito do procedimento tributário, quer
este seja da iniciativa de um ou de outro (art. 69º cgt deveres de
informação e cooperação). O objectivo é evitar que duas partes não
se comuniquem entre si sempre si sempre que necessário e, daí, que
o aprofundamento desta colaboração conduz, seguramente, a um
aumento de níveis de confiança entre as partes e a um aumento de
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes do próprio texto
constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª CGT):
 b) Princípios da prossecução de interesse público, da imparcialida de, da celeridade, da
colaboração, da decisão, da participação e da imparcialidade:
 Participação – pressupõe que o contribuinte participe na formação das
decisões que lhe dizem respeito, ou seja, perspetivando que possam desfavoráveis
aos interesses dos contribuintes, devem ser confrontados e chamados a pronunciar-
se através do direito do exercício de audição –art. 71º cgt. O objectivo é permitir ao
contribuinte, notificado para o efeito por carta regista ou outra forma legalmente
estabelecida, que se pronuncie por escrito ou oralmente (dependendo da forma
escolhida pelo instrutor) sobre o projecto de decisão e sobre um conjunto de
correções fiscais que à partida não lhe são favoráveis. Se o contribuinte aduzir
elementos, novos ou não, bem fundamentados, é de esperar que a administração
seja sensível aos mesmos e, se cumpra assim o grande objectivo do principio da
participação.: uma decisão final no procedimento que resulta não apenas do
entendimento da administração, mas que acolhe também os argumentos carreados
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes do
próprio texto constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª CGT):
 b) Princípios da prossecução de interesse público, da imparcialidade, da
celeridade, da colaboração, da decisão, da participação e da confidencialidade:
 Confidencialidade – implica que os funcionários da administração
tributária devam guardar sigilo sobre os dados recolhidos sobre a situação
tributária dos contribuintes e os elementos de natureza pessoal obtidos no
decurso do procedimento – nº 1 art.67º cgt. O Segredo fiscal garante pois
que a situação tributária de um contribuinte não possa ser divulgada se
estiverem em causa dados de. natureza pessoal ou de natureza patrimonial;
salvo nas situações previstas no nº 4, sendo, a violação do sigilo fiscal
considerado falta disciplinar muito grave.
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns decorrentes do
próprio texto constitucional e outros do próprio procedimento (art. 65ª CGT):
 O procedimento tributário pressupõe três etapas bem delimitadas, a saber:
 Inicio do procedimento – ocorre nos prazos e com os fundamentos
na lei e pode ter origem (iniciativa) tanto na administração tributária
(regularização da denuncia,….
 Instrução – pertence, em regra à administração tributária competente para a
decisão. É nesta fase que se procura trazer todos os elementos de prova que
possam servir para fundamentar, valida e corretamente a tomada de decisão
(ónus da prova…)
 Decisão – a decisão do procedimento é sempre fundamentada de facto e de
direito – art. 71º cgt, sendo essa a exigência maior à medida que a
administração se afaste daquilo que o contribuinte declare, assim se
DIREITO FISCAL 2
PARTE II
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO ART. 62º SS CGT
o Princípios norteadores do procedimento tributário – alguns
decorrentes do próprio texto constitucional e outros do próprio
procedimento (art. 65ª CGT):
Principiodo duplo grau de Decisão – art. 70º cgt. No âmbito do
procedimento tributário a mesma pretensão do contribuinte não
pode ser apreciada sucessivamente por mais de dois órgãos
integrando a administração tributária, considerando-se que a
pretensão é a mesma em caso de identidade do autor e dos
fundamentos de facto e de direito invocados.
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E
AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT
Art. 71º - Obrigação de notificação e fundamentação dos actos – os actos do
procedimento tributário, em qualquer fase do mesmo, que interfiram com direitos ou
interesses legalmente protegidos, só produzem efeitos quando validamente notificados ao
sujeito passivo ou seu representante legal, com a respectiva fundamentação
Art. 72ºb cgt – Nº1. As notificações devem ser assinadas pelo sujeito passivo ou a seu
rogo, sempre que tenham por objecto actos decisões susceptíveis de alterarem a situação
tributária do sujeito passivo ou convocação para este assistir ou participar em actos ou
diligências, podendo ser efectuados pelos serviços da administração tributária, por estas
contratados ou por carta registada com avisos de recepção
Nº 2 – para efeitos do nº anterior a comunicação dos serviços postais para levantamento
de carta registada com aviso de recepção remetida pela administração tributária deve
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT

Nº 3 – a liquidação de tributos de tributos é comunicada por simples via postal ou por
edital, a não ser que se verifiquem as circunstâncias referidas em 1.
Nº 4 – As notificações relativas à liquidação de tributos que resultem da correção à
matéria tributável que tenham sido objecto de notificação para efeitos do direito de
audição, nos termos do nº 1 deste art. E do nº 1 do art. 78º, e de decisões proferidas em
processos administrativos que sejam favoráveis aos pedidos formulados pelos sujeitos
passivos, podem ser efectuados por simples carta registada.
Nº5 – As notificações não abrangidas pelo nº 1 nem pelo nº 4 do presente art. Podem
ser efectuadas por telex ou via correio electrónico, quando a administração tribuária
tenha conhecimento do nº de telex ou de correio electrónico do notificando e possa
posteriormente confirmar o conteúdo e o momento em que foi enviada.
DIREITO FISCAL 2

PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO
ART. 71º SS CGT
Nº 6 – O disposto no nº 1 não impede a adopção de providências
cautelares de carácter provisório quando exista receio fundado de que, caso
contrário, a cobrança da dívida tributária seria frustrada ou gravemente
dificultada, ou destruídos ou extraviados documentos ou outros elementos
necessários ao apuramento da situação tributária dos sujeitos passivos e
demais obrigados tributários
Nº 7 – As notificações referidas nos nrs 1 e 4 do presente artigo podem ser
efectuadas por transmissão electrónica de dados, nos termos de
regulamentação própria.
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO,
FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT
Perfeição das Notificações art. 73ºCGT -
Nº 1. notificação com carta registada e aviso recepção considera-se
efectuada na data em que ele for assinado e tem-se por realizada na
própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja
sido assinado por terceiro presente no domicílio do sujeito passivo,
presumindo-se neste caso que a carta foi oportunamente entregue ao
destinatário
Nº 2. O distribuidor do serviço postal procede à notificação das pessoas
referidas no numero anterior por anotação do bilhete de identidade ou
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO,
FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT
Perfeição das Notificações art. 73ºCGT -
Nº 3 – Caso o aviso de recepção seja devolvido ou não venha assinado
por destinatário se ter recusado a recebê-lo ou não o ter levantado no
prazo previsto no regulamento dos serviços postais e não se comprovar
que entretanto o sujeito passivo comunicou a alteração do seu domicílio
fiscal, a notificação é efectuada nos 15 dias seguintes à devolução, por nova
carta registada com aviso de recepção, presumindo-se efectuada a
notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo de
o notificando poder provar o justo impedimento ou a impossibilidade de
DIREITO FISCAL 2
TE IV
EDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT
ição das Notificações art. 73ºCGT -
– Quando o sujeito passivo ou o representante se recusem a receber a notificação por parte
rviço da Administração Tributária ou por serviços por esta contratados e, tendo havido duas
vas de notificação, considera-se, para todos os efeitos legais, que a notificação foi realizada,
do ser comprovada por duas testemunhas idóneas, lavrando-se uma certidão de ocorrência.
- Notificação por telex ou via internet – presunção da sua realização na data da emissão
– Presunção do nº 5 é iuris tantum – pode ser ilidida
DIREITO FISCAL 2
E IV
EDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO
1º SS CGT
ção das Notificações art. 73ºCGT -
Nulidade do acto de notificação: por falta de indicação do autor doa cto; e da qualidade em que
dido o acto notificante, quando o tenha sido feito por delegação ou subdelegação de
ências.
– As notificações (feitas nos termos do nº 4) presumem-se feitas no quinto dia útil posterior ao
sto ou no primeiro dia útil seguinte, quando esse dia não seja útil, aplicando-se os mesmos
os no caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta.
As notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados a que se refere o numero 7
o anterior consideram-se efectuadas nos termos a definir em regulamentação própria
DIREITO FISCAL 2
PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E
AUDIÇÃO ART. 71º SS CGT
Notificações dos representantes por procuração - art. 74ºCGT –
Notificação de pessoas colectivas residentes – art. 75º cgt
Notificação de não residentes – art- 76º cgt
FUNDAMENTAÇÂO – art. 77º cgt
DIREITO à AUDIÇÃO – art. 78º cgt
Antes da liquidação – se esta se afastar da declaração do suj. Passivo
Antes da decisão de aplicação da avaliação indirecta quando não haja lugar a relat´rio de
inspeção
Antes do indeferimento total ou parcial dos pedidos, reclamações, revisões, recursos ou petições
Antes da revogação de qualquer benefício ou acto administrativo em matéria tributária
Antes da conclusão do relatório da inspeção tributária
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ARTE IV
ROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E
UDIÇÃO ART. 71º SS CGT
RAZOS DO PROCEDIEMNTO
Nº1 – 90 dias – contados da entrada da PI para decisão sobre: Reclamações;
edidos de revisão; Recurso Hierárquico;
Nº 2 - 20 dias - para os demais actos de procedimento tributário, salvo disposição
gal em contrario;
Nº 3 – 15 dias – para os interessados requererem ou praticarem quaisquer actos,
omoverem diligências, responderem sobre assuntos acerca dos quais se devam
onunciar ou exercerem outros poderes no procedimento.
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TE IV
CEDIMENTO TRIBUTÁRIO – NOTIFICAÇÃO, FUNDAMENTAÇÃO E AUDIÇÃO
71º SS CGT
ZOS DO PROCEDIEMNTO
– Regime ou natureza dos prazos – São contínuos e contam-se nos termos do Código Civil
– Suspensão dos prazos decisões – suspendem-se os prazos previstos nos nºs 1 e 2 se a dilação
cedimento se dever ao comportamento do sujeito passivo
–Não observância dos prazo do nº 1 – O interessado tem a faculdade de presumir o
imento, para efeitos de reclamação, revisão, recurso hierárquico ou impugnação judicial
80º - prazo passagem de certidão – 15 dias para certidão de actos e termos do proc
rio e termos judiciais, mediante pedido escrito ou verbal; 48 horas – em caso de urgência e a
stração tributária disponha de elementos para o efeito;
de das certidões: - 1 ano prorrogáveis por iguais e sucessivos períodos até um máximo de 3
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PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – LIQUIDAÇÃO – ART. 81º E SSG
Nº 1 – a) Apuramento do valor do tributo em dívida ou a pagar; b)
pressupõe a determinação da matéria colectável; c) é efectuada pela
administração tributaria, através da liquidação administrativa; d) ou pelo
contribuinte, através da autoliquidação;
Nº 2 – Tem por base, em regra: – Declaração do sujeito passivo;
excepcionalmente, outros elemento.
Nº 3 –Liquidação definitiva – quando validamente notificada ao sujeito
passivo - art. 73º e ssg.
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PARTE IV
PROCEDIMENTOTRIBUTÁRIO – Apresentação de declarações – ART. 82º e ssg
Nº 1 – dever de apresentação – o sujeito activo deve apresentar as declarações necessárias à
liquidação dos tributos públicos, segundo as modalidades, formas e prazos prescritos na lei,
podendo ser instituída a obrigação de entrega pela via electrónica para determinadas categorias
de contribuintes;
Nº 2 – preenchimento: – as declarações tributárias devem ser corretamente preenchidas, sob
pena de se sujeitarem às consequências previstas na lei tributária relativas a essas faltas e
omissões;
Nº 3 –causas de recusa das declarações – as declarações são recusadas pela administração
tributária: 1. Em caso de omissão grave ou de insusceptibilidade de compreensão do seu
conteúdo, sujeitando-se às consequências da sua entrega fora de prazo.
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PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – Fases da Liquidação (três - tradicional)
Nº 1 – fase preparatória – verificação dos pressupostos concretos da tributação, em
regra, a cargo da AF que o efectua com base em elementos na sua posse. Traduz na operação
do lançamento: 1. lançamento subjectivo (identificação do SP) e 2. lançamento objectivo (a
determinação da matéria coletável;
Nº 2 – Fase constitutiva: – integrada pela chamada liquidação stricto sensu – em que se
determinava o montante do imposto a pagar, o qual, sempre que não houvesse lugar dedução à
colecta ( que era regra nessa altura), coincidia com esta, que se apurava através da aplicação da
respectiva taxa de imposto à matéria colectável.
Nº 3 –Fase executiva – em que se tinha lugar a cobrança do imposto, mediante o
pagamento voluntário, uma vez que a cobrança coerciva já implicava ou podia implicar, a
intervenção dos tribunais tributários através do processo de execução fiscal
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PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – Fases da Liquidação (- Actualmente)
Nº 1 – Fase da iniciativa – desencadeada pelos: 1. Interessados; 2. administração
tributária; ou 3. por denuncia de terceiros, com base na declarações do contribuinte ou, na falta
ou vício destas, em todos os elementos de que disponha ou venha a obter a entidade
competente;
Nº 2 – Fase Instrução: –Em regra, a cargo do órgão que vai decidir o procedimento e com
base em elementos fornecidos pelo sujeito passivo ou por terceiro, ou obtidos pela
administração fiscal, em que (nos termos da lei) são admitidos todos os meios de prova.
Nº 3 –Fase Decisão – em que se produz um acto administrativo definitivo (art…) a que
se seguirá a fase executiva ou de cobrança (aqui temos uma fase preparatória integrada pela
fase da iniciativa e fase da instrução), uma fase constitutiva ou da decisão; e uma fase executiva
ou da cobrança
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PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – Fases da Liquidação (- Actualmente)
Nº 1 – Fase da iniciativa; Nº 2 – Fase Instrução e Nº 3 –Fase Decisão
o Se, em abstrato, isto é assim, em concreto a realidade alterou profundamente: 1.
verifica-se uma diluição no lançamento administrativo caracterizada na maior
intervenção dos sujeitos passivos (contribuintes e terceiros) traduzida quer na
importância da declaração de rendimento para determinação da matéria coletável –
que leva a uma liquidação administrativa de caracter automático, realizada c/ recurso
a meios informáticos; e quer na liquidação não administrativa feita pelo próprio
contribuinte (autoliquidação) ou por terceiro liquidação de substituição.
o Cabendo AT a intervenção a posteriori para verificar e controlar as atuações dos
particulares; 2. em sede da cobrança dos impostos, a fase que atenta a sua própria
natureza, mais se parece à privatização. Assiste-se à sua crescente entrega às
empresas sem qq relação com o contribuinte (ex. CCT SIBIS, ATM…
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PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – Tipologia da Liquidação Tributária)
 Critérios de classificação da liquidação tributaria. São vários critérios, consoante o órgão ou
sujeito competente para a realizar temos:
 Liquidação administrativa levada a cabo pela AT e a liquidação levada a cabo pelos
particulares (autoliquidação e a liquidação por terceiro ou liquidação em substituição)
 Liquidação Administrativa (tipos) segundo critério da iniciativa procedimental:
 Lq. Com base na declaração do contribuinte;
 Lq. Por iniciativa de terceiro e
 Lq. Por oficiosa
 Liq.Administ. Com base no seu objeto
 Lq. Primaria ou de primeiro grau;
 Lq. Secundária ou de 2º grau (ou liquidação adicional) – a liquidação adicional é uma liq.
Administrativa resultante, frequentemente da iniciativa ou de acções de inspeção.
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PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – As operações de liquidação)
 A Lq. Latu sensu – conjunto de todas as operações destinadas a apurar o montante do
imposto consite: 1. lançamento subjetivo; 2. lançamento objetivo; 3. stricto sensu
determinação da coleta através da aplicação da taxa à matéria coletável. 4. deduções a coleta
Liquidação Objetivo – avaliação indireta – determinação da matéria coletável através
do recurso a métodos indiretos. Tem na base dois tipos de preocupação: 1. razões de
simplificação, de fácil administração de imposto, de certeza e de obtenção mínima de
receitas, submete-se à avaliação indireta os pequenos contribuintes; 2. razões relativas à
evasão fiscal e consequente necessidade de a combater prevê-se a tributação através de
métodos indiretos: 1. quando ocorre impossibilidade de comprovar e quantificar a matéria
coletável de forma direta e exata com base nos elementos da contabilidade; 2. quando, sem
razão justificada, a matéria coletável do contribuinte se afastar mais de 30% para menos, ou,
durante três anos seguidos, mais de 15º% da que resultaria DA APLICAÇÃO DOS
INDICADORES objetivos da atividade de base técnico-científica previstos na LGT
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PARTE IV
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – As operações de liquidação)
 Caraterização da Lq - um ato administrativo exequível, executivo, semi-executório e que,
atento ao seu carater, por um lado estritamente vinculativo, e por outro largamente
massificado, se presta sobremaneira a ter natureza informática., ou seja a ser praticado com
recurso a meios informáticos – declarações electronicas

 Natureza da Liquidação – constitutiva ou declarativa?

 Revisão do ato tributári: 1. por iniciativa do SP (prazo da reclamação com fundamento em


qualquer ilegalidade;

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