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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

Comportamento Tensão-Deformação de uma Areia Reforçada


com Fibras de Distintos Índices Aspecto
Lucas Festugato
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, lucas@ufrgs.br

Nilo Cesar Consoli


Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, consoli@ufrgs.br

RESUMO: As propriedades do solo usualmente não são adequadas às características e às


necessidades de projeto. É apresentada, como alternativa, a técnica de reforço com inclusão de
elementos fibrosos à matriz de solo. Nesse sentido, a análise do comportamento tensão-deformação
de um solo micro-reforçado com fibras de distintos índices aspecto é objetivada. Para tanto, ensaios
de compressão triaxial são realizados, sob trajetórias de tensões convencionais, em amostras com
100mm de diâmetro e 200mm de altura. O solo, uma areia fina, de granulometria uniforme, é
reforçado com fibras de polipropileno com diferentes comprimentos, 12, 24, 36 e 50mm, e
diferentes diâmetros, 0,023 e 0,100mm, equivalentes a índices aspecto entre 120 e 2174. As
amostras apresentam densidade relativa de 50%, teor de umidade de 10% e adição de 0,5% de
fibras em relação à massa de solo seco. Os resultados demonstram a eficácia da utilização do
reforço no ganho de resistência das amostras em relação ao material não-reforçado. Dessa forma, os
parâmetros de resistência da matriz reforçada apresentam notável melhoria. Ainda, é verificado um
valor de índice aspecto a partir do qual o compósito passa a apresentar comportamento de
enrijecimento mais pronunciado, em torno de 300 neste estudo. Por fim, a medida dos
comprimentos das fibras antes e após a realização dos ensaios mostra que os reforços não rompem
por tração. A interação entre a matriz de solo e as fibras se dá através do deslizamento e do
alongamento das fibras.

PALAVRAS-CHAVE: Índice Aspecto, Fibras de Polipropileno, Ensaios Triaxiais, Reforço de


Solos.

1 INTRODUÇÃO mais antiga, porém, do ponto de vista técnico,


ainda a mais intrigante técnica de todos os
A grande disponibilidade e o baixo custo métodos executivos comuns em Engenharia
tornam o solo um material vastamente Civil (Van Impe 1989). Há mais de três mil
empregado. Por se apresentar de forma anos, o reforço do solo já era empregado pelos
heterogênea, complexa e variável, com babilônicos. No mesmo período, a inclusão
freqüência, suas propriedades não se enquadram fibras naturais de bambu ao solo era empregada
às características e às necessidades de projeto. pelos chineses como técnica de reforço.
Alternativas para adequar aos requisitos o A utilização do reforço de solos com fibras
comportamento do solo local podem abranger torna-se atraente em casos onde a resistência
desde a alteração de suas propriedades, com a pós-pico, a grandes deformações, é requisito de
possível inclusão de algum agente estabilizante, projeto. Destaca-se, como exemplo de
até a remoção completa e substituição do aplicação, o reforço de solos sob fundações
material. diretas e em cobertura de aterros sanitários.
Numerosas técnicas de melhoramento das Nesse contexto, a compreensão do
características do solo e, assim, de seu comportamento de solos granulares reforçados
comportamento, já são conhecidas e utilizadas. com materiais fibrosos tem sido alvo de
O melhoramento do solo é provavelmente a diversos estudos (Gray e Ohashi 1983, Gray e

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Al Refeai 1986, Maher e Gray 1990, Santoni et respectivamente. A deformação axial na ruptura
al. 2001, Zornberg 2002, Heineck et al. 2005 e é maior que 80%.
Consoli et al. 1998, 2002, 2003, 2005, 2007a,
2007b, 2009a, 2009b). 2.2 Metodologia de Ensaio
Dessa forma, a análise do comportamento
tensão-deformação de um solo micro-reforçado As amostras analisadas, com 100mm de
com fibras de distintos índices aspecto é diâmetro e 200mm de altura, compactadas
objetivada. Todo o trabalho usará fonte Times estaticamente em três camadas, apresentam
New Roman. densidade relativa de 50%, teor de umidade de
10% e, quando reforçadas, adição de 0,5% de
fibras em relação à massa de solo seco.
2 PROGRAM EXPERIMENTAL Ensaios triaxiais sob trajetórias de tensões
convencionais são estudados. Os procedimentos
2.1 Materiais gerais adotados na preparação e execução dos
ensaios seguem os princípios descritos por
O solo utilizado é oriundo de uma jazida Bishop e Henkel (1962) e Head (1980-a, b e c).
localizada em Osório-RS, no sul do Brasil. O Os ensaios, consolidados isotropicamente e
material é caracterizado como uma areia fina, drenados, são realizados com tensões
limpa, com granulometria uniforme. O peso confinantes efetivas entre 20 e 550kPa.
específico real dos grãos de 26,2 kN/m³. O
diâmetro efetivo dos grãos é igual a 0,16 mm.
Os coeficientes de uniformidade e de curvatura 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
calculados são respectivamente 1,9 e 1,2. Os
índices de vazios máximo e mínimo são, 3.1 Comportamento Tensão-Deformação
respectivamente, 0,85 e 0,57. A curva
granulométrica do solo é apresentada na Figura A partir dos resultados dos ensaios realizados
1. na matriz arenosa com e sem reforço, são
definidas as curvas de resistência, q,
100

90
0

10
(σ axial ′ )
′ − σ radial
, em função da deformação
80 20
εs , 2
(ε axial − ε radial ) ,
Porcentagem menor (%)

distorcional, e de
Porcentagem maior (%)

3
70 30

60 40 ε
deformação volumétrica, v , em função da
50 50

40 60 deformação distorcional, dos diferentes


30 70 materiais. Os resultados dos ensaios realizados
20 80 na matriz arenosa reforçada com fibras de 50
10 90
mm de comprimento e 0,100 mm de diâmetro,
0 100

0.0001 0.001 0.01 0.1 1 10 100


equivalentes ao índice aspecto de 500, em
Diâmetro (mm) tensões confinantes efetivas de 20, 100, 200,
400 e 550 kPa são apresentados na Figura 2.
Figura 1. Curva granulométrica da areia de Osório.
Pode ser verificado, através da Figura 2, o
As fibras de polipropileno, utilizadas como comportamento de endurecimento para todos os
reforço, possuem 12, 24, 36 e 50 mm de níveis de tensões confinantes estudados. A
comprimento e 0,023 e 0,100 mm de diâmetro Figura 3 mostra os resultados dos ensaios, para
(títulos de 3,3 e 100 dtex respectivamente), a tensão confinante efetiva de 100 kPa,
correspondentes a uma faixa de índices aspecto realizados na areia reforçada com fibras de
entre 120 e 2174. O índice aspecto representa a 0,100 mm de diâmetro e comprimentos de 12,
relação entre o comprimento e o diâmetro dos 24, 36 e 50 mm, equivalentes a índices aspecto
micro-reforços. A densidade do material é igual de 120, 240, 360 e 500 respectivamente. Com
a 0,91. Sua resistência à tração última e módulo base nos resultados apresentados na Figura 2,
de elasticidade são iguais a 200 MPa e 10 GPa verifica-se que, após a deformação distorcional

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1200
de aproximadamente 2%, quanto maior o índice
aspecto da fibra, maior é sua influência no
comportamento da matriz reforçada. As
amostras reforçadas exibem comportamento de
amolecimento ou endurecimento em função do 800

índice aspecto das fibras. A areia de Osório

q (kPa)
reforçada com fibras de polipropileno com
índices aspecto superiores a 300 apresentam
comportamento de endurecimento. 400

1200

800 0 4 8 12 16 20
εs (%)
q (kPa)

-6

400
-4
εv (%)

0
-2
0 4 8 12 16 20
εs (%)
-6

0 4 8 12 16 20
εs (%)
-4
areia-fibra 50mm 100dtex 100kPa
areia-fibra 36mm 100dtex 100kPa
εv (%)

areia-fibra 24mm 100dtex 100kPa


areia-fibra 12mm 100dtex 100kPa
-2 areia 100kPa

Figura 3. Curvas de resistência e de variação volumétrica


versus deformação distorcional, em 100 kPa de tensão
0
confinante efetiva, da areia reforçada com fibras de 0,100
0 4 8 12 16 20 mm de diâmetro (100 dtex) e 12, 24, 36 e 50 mm de
εs (%) comprimento (índices aspecto iguais a 120, 240, 360 e
500 respectivamente).
areia-fibra 50mm 100dtex 100kPa
areia-fibra 36mm 100dtex 100kPa
areia-fibra 24mm 100dtex 100kPa 3.2 Parâmetros de Resistência
areia-fibra 12mm 100dtex 100kPa
areia 100kPa
As envoltórias de ruptura obtidas a partir dos
ensaios triaxiais com amostras de areia de
Figura 2. Curvas de resistência e de variação volumétrica
versus deformação distorcional, em 100 kPa de tensão Osório, reforçadas com fibras de polipropileno
confinante efetiva, da areia reforçada com fibras de 0,100 de índice aspecto 500 e não reforçadas, são
mm de diâmetro (100 dtex) e 12, 24, 36 e 50 mm de apresentadas na Figura 4. Como, quando
comprimento (índices aspecto iguais a 120, 240, 360 e cisalhadas, as amostras reforçadas usualmente
500 respectivamente).
não evidenciam picos pronunciados de
resistência, a deformação distorcional de 17% é

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tomada como ruptura e os respectivos valores aspecto. Entretanto, se o diametro das fibras é
de tensões são utilizados para definição dos reduzido para 0,023 mm, com o comprimento
parâmetros de resistência dos materiais, ângulo de 24 mm, equivalentes a um ídice aspecto de
de atrito interno, φ ' , e intercepto coesivo, c' . 1043, o intercepto coesivo continua nulo e o
Para as matrizes reforçadas, uma envoltória de ângulo de atrito interno reduz para 47,8°, em
ruptura linear foi encontrada até o valor de função da dificuldade de mistura dessas fibras
tensão efetiva principal p’ de aproximadamente (tangling).
800 kPa para todos os diâmetros e
comprimentos de fibras analisados. Tal tensão 3.3 Medida das Fibras
indentifica o ponto a aprtir do qual a envoltória
pasar a ser curvilínea. Para análise das características de alongamento
e ruptura dos micro-reforços, após serem
2400 submetidas ao ensaio de compressão triaxial no
interior da massa de solo, fibras foram
2000 exumadas, ao término de cada ensaio, das
regiões do topo, intermediária e da base das
1600
amostras. Seus comprimentos foram então
medidos para avaliação dos comprimentos
finais dos reforços. Os resultados indicam que
q (kPa)

1200
nenhuma fibra analisada sofreu ruptura por
φ' = 48.3°
tração. Como, sob condições de compressão
800 triaxial convencional, o alongamento dos
reforços é limitado, para tensões confinantes
φ' = 37.0°
400 baixas, pode ser sugerido que a interação entre
a matriz de solo e as fibras se dá através do
0
alongamento e do deslizamento das fibras. Por
0 400 800 1200 1600 2000 2400
outro lado, para os ensaios realizados em
p' (kPa)
tensões superiores, há uma sensível maior
areia-fibra 50mm 100dtex quantidade de fibras alongadas. Os micro-
areia
reforços não rompem porque são muito
Figura 4. Envoltórias de ruptura da areia não reforçada e extensíveis. A deformação axial de ruptura das
da areia reforçada com fibras de 50mm de comprimento e fibras é maior que 80% e, certamente, não é
0,100 mm de diâmetro (100 dtex). alcançada sob condições de compressão triaxial
nos ensaios realizados.
O acréscimo de resistência oriundo da
inclusão das fibras é também constatado através
das envoltórias de ruptura e dos respectivos 4 CONCLUSÕES
parâmetros de resistência ao cisalhamento. A
matriz arenosa sem reforço apresenta ângulo de Um extensivo programa de ensaios de
atrito interno de 37,0° e intercepto coesivo nulo. laboratório foi realizado para investigar a
Já a matriz reforçada com fibras de 24 mm de influência da inclusão de fibras de polipropileno
comprimento e 0,100 mm de diâmetro, no comportamento mecânico de uma areia
equivalentes a um índice aspecto de 240, uniforme. Com base nos resultados dos ensaios
apresenta ângulo de atrito interno de 43,9° e de compressão triaxial na medida do
intercepto coesivo nulo. A matriz reforçada comprimento das fibras, as conclusões podem
com fibras do mesmo diâmetro, 0,100 mm, mas ser sumarizadas:
com comprimento maior, de 50 mm, • A areia de Osório reforçada com fibras
equivalentes a um índice aspecto de 500, de polipropileno com índice aspecto
apresenta ângulo de atrito interno de 48,3° e superior a 300 apresenta comportamento
incerpto coesivo nulo, indicando o aumento do de endurecimento.
ângulo de atrito com o aumento do índice

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• Quanto maior o índice aspecto da fibra, distinct stress paths”. Journal of Geotechnical and
mais benéfico o efeito de sua inclusão. Geoenvironmental Engineering, 133(11): 1466-1469.
Consoli, N.C., Casagrande, M.D.T. e Coop, M.R. (2005).
Fibras muito finas ou muito longas “The effect of fiber-reinforcement on the isotropic
apresentam problemas relacionados à compression behavior of a sand”. Journal of
uniformização da mistura (tangling). Geotechnical and Geoenvironmental Engineering,
• O ângulo de atrito interno das misturas é 131(11): 1434-1436.
Consoli, N.C., Casagrande, M.D.T., Prietto, P.D.M. e
sensivelmente melhorado com a
Thomé, A. (2003). “Plate load test on fiber-reinforced
inclusão dos reforços. Quanto maior o soil”. Journal of Geotechnical and Geoenvironmental
índice aspecto, maior a influência. Engineering, 129(10): 951-955.
• A partir da medida das fibras, pode ser Consoli, N.C., Montardo, J.P., Prietto, P.D.M. e Pasa,
sugerido que, para rupturas em níveis de G.S. (2002). “Engineering behavior of a sand
reinforced with plastic waste”. Journal of
tensão abaixo do ponto em que a Geotechnical and Geoenvironmental Engineering,
envoltória passa a ser curvilínea, 128(6): 462-472.
ocorrem simultaneamente deslizamento Consoli, N. C., Prietto, P. D. M. e Ulbrich, L. A. (1998).
e alongação dos reforços, com algumas “Influence of fiber and cement addition on behavior
fibras apresentando extensão limitada e of sandy soil”. Journal of Geotechnical and
Geoenvironmental Engineering, 124(12): 1211–1214.
outras deslizando em função do baixo
Gray, D.H. e Al-Refeai, T. (1986). “Behavior of fabric
nível de tensão confinante. Para rupturas versus fiber-reinforced sand”. Journal of
em maiores níveis de tensão, no trecho Geotechnical Engineering, ASCE, 112(8): 804-820.
curvilíneo da envoltória de ruptura, Gray, D.H. e Ohashi, H. (1983). “Mechanics of fiber
ocorrem extensões mais pronunciadas, reinforcement in sand”. Journal of Geotechnical
Engineering, ASCE, 109(3): 335-353.
mas as fibras ainda não rompem porque
Head, K. H. (1980-a) Manual of Soil Laboratory Testing,
são extensíveis e a deformação axial de Vol 1, Soil Classification and Compaction Tests.
ruptura das fibras não é alcançada sob as London: Prentech Press, 339 p..
condições de compressão triaxial nos Head, K. H. (1980-b) Manual of Soil Laboratory Testing,
ensaios realizados. Vol 2, Permeability, Shear Strength and
Compressibility Tests. London: Prentech Press, 402
p..
Head, K. H. (1980-c) Manual of Soil Laboratory Testing,
AGRADECIMENTOS Vol 3, Effective Stress Tests. London: Prentech Press,
495 p..
Os autores agradecem ao ao CNPq pelo apoio Heineck, K. S., Coop, M. R., Consoli, N. C. (2005) The
financeiro para a realização desta pesquisa. Effect of Micro-Reinforcement of Soils from Very
Small to Large Shear Strains. Journal of Geotechnical
and Geoenvironmental Engineering. Reston, v.131, n
8, p. 1024-1033.
REFERÊNCIAS Maher, M.H. e Gray, D.H. (1990). “Static response of
sands reinforced with randomly distributed fibers”.
Bishop, A. W. e Henckel, D. J. (1962) The Journal of Geotechnical Engineering, ASCE,
Measurements of Soil Properties in Triaxial Test. 116(11): 1661-1677.
London: Edward Arnold, 2ed., 277p. Santoni, R.L., Tingle, J.S. e Webster, S.L. (2001).
Consoli, N.C., Casagrande, M.D.T., Thomé, A., Dalla Engineering properties of sand-fiber mixtures for road
Rosa, F. and Fahey, M. (2009a). “Effect of relative construction”. Journal of Geotechnical and
density on plate tests on fibre-reinforced sand”. Geoenvironmental Engineering, 127(3): 258-268.
Géotechnique, 59(5): 471-476. Van Impe, W. F. (1989) Soil Improvement Techniques
Consoli, N.C., Festugato, L. e Heineck, K.S. (2009b). And Their Evolution. A. A. Balkema, Rotterdam,
“Strain-hardening behaviour of fibre-reinforced sand Netherlands.
in view of filament geometry”. Geosynthetrics Zornberg, J.G. (2002). “Discrete framework for limit
International, 16(2): 109-115. equilibrium analysis of fibre-reinforced soil”.
Consoli, N.C., Casagrande, M.D.T. e Coop, M.R. Géotechnique, 52 (8): 593-604.
(2007a). “Performance of fibre-reinforced sand at
large shear strains”. Géotechnique, 57(9): 751-756.
Consoli, N.C., Heineck, K.S, Casagrande, M.D.T. e
Coop, M.R. (2007b). “Shear strength behavior of
fiber-reinforced sand considering triaxial tests under

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