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Aula 18

Direito Constitucional p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)


Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale

09890389479 - Manuela Nicole Freitas


Direito Constitucional p/ AFRFB - 2016
Profa. Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale
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AULA 18: DIREITO CONSTITUCIONAL

Sumário

Controle de Constitucionalidade0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀01!
1-Noções Básicas sobre o Controle de Constitucionalidade.0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀01!
2-Espécies de Inconstitucionalidade:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀02!
3-Sistemas de Controle de Constitucionalidade:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀034!
4-Momentos de Controle:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀033!
5- Modelos de Controle de Constitucionalidade:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀035!
6- Vias de Controle:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀036!
7- Interpretação conforme à Constituição X Declaração Parcial de nulidade
sem redução de texto.0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀032!
Comentários:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀037!
Comentários:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀037!
8- Controle Difuso:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀038!
8.1- Noções Gerais:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!∀∋!
8.2- Legitimação Ativa:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!∀∋!
8.3- Objeto e Parâmetro de Controle:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!∀∋!
8.4- Controle Difuso nos Tribunais:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!∀(!
8.5-Efeitos da Decisão:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!%∀!
8.6- Atuação do Senado Federal:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!%%!
8.7- Súmula Vinculante:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!%)!
8.8- Meios de Acesso ao Controle Difuso:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!%∋!
8.9- Recurso Extraordinário:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!%∋!
Questão errada.0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀019!
9- Controle Abstrato:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀054!
9.1- Noções Gerais:!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!∗+!
9.2- Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica (ADI):!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!∗∀!
Questão correta.!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!)∋!
09890389479

9.3- Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO):!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!)(!


9.4-Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC):!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!,∗!
9.5- Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF):!&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!,∋!
9.6- O Controle Abstrato de Constitucionalidade do Direito Estadual e Municipal:!−,!
10- Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀078!
11- Histórico do Controle de Constitucionalidade no Brasil:0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀079!

Questões Comentadas0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀083!
Lista de Questões0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀0377!
Gabarito0∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀∀014:!
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Controle de Constitucionalidade

1-Noções Básicas sobre o Controle de Constitucionalidade.

1.1-Conceito:

Na concepção de Hans Kelsen, o ordenamento jurídico é composto de normas


que estão escalonadas em diferentes níveis hierárquicos, sendo que as
normas inferiores retiram seu fundamento de validade das normas
superiores. No ápice do ordenamento jurídico, está a Constituição, que é a
norma-fundamento de todas as outras, que nela devem se apoiar.

Surge, então, o princípio da supremacia da Constituição, que se baseia na


noção de que todas as normas do sistema jurídico devem ser verticalmente
compatíveis com o texto constitucional. A validade de uma norma está,
assim, diretamente relacionada à sua conformidade com a Constituição.

O controle de constitucionalidade consiste justamente na aferição da


validade das normas face à Constituição. A partir desse controle, as normas
são consideradas inconstitucionais / inválidas (quando em desacordo com a
Carta Magna) ou constitucionais / válidas (quando compatíveis com a
Constituição). Assim, é por meio do controle de constitucionalidade que se
busca fiscalizar a compatibilidade vertical das normas com a Constituição e,
assim, garantir a força normativa e a efetividade do texto constitucional.

No Brasil, por influência do direito norte-americano, a doutrina majoritária


adotou a “teoria da nulidade” ao tratar dos efeitos das leis ou atos
normativos declarados inconstitucionais. Segundo essa teoria, a declaração de
inconstitucionalidade de uma lei afeta o plano da validade, o que significa
que a lei declarada inconstitucional é nula desde o seu nascimento (ela
já “nasceu morta”). Por ter nascido morta, a lei inconstitucional nunca chegou
a produzir efeitos, pois não se tornou eficaz. É por isso que, em regra, a
declaração de inconstitucionalidade opera efeitos retroativos (“ex tunc”).

Contrapondo-se a essa teoria, a escola austríaca desenvolveu a “teoria da


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anulabilidade”, segundo a qual a declaração de inconstitucionalidade da lei


afeta o plano da eficácia. Isso significa que a lei produziu seus efeitos
normalmente, até o momento em que é declarada inconstitucional. Nesse
caso, a lei inconstitucional não será nula, mas sim anulável. Para a escola
austríaca, a declaração de inconstitucionalidade gera, portanto, efeitos
prospectivos (“ex nunc”).

Conforme já destacamos, no Brasil, a doutrina majoritária adotou a “teoria da


nulidade”. Porém, com o passar dos anos, a jurisprudência e o próprio
arcabouço normativo evoluíram para mitigar (flexibilizar) o princípio da
nulidade. Hoje, existe a possibilidade de o STF, ao declarar a
inconstitucionalidade de uma lei, modular os efeitos da decisão por razões
de segurança jurídica ou de excepcional interesse público.

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Essa técnica permite que a declaração de inconstitucionalidade tenha eficácia
apenas a partir do seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a
ser fixado; em outras palavras, passa a ser possível que a declaração de
inconstitucionalidade opere efeitos “ex nunc” (efeitos prospectivos). Mais à
frente, estudaremos isso tudo em detalhes! Por enquanto, é importante que
você saiba apenas que a “teoria da nulidade” foi flexibilizada no direito
brasileiro.

1.2- Pressupostos:

Segundo a doutrina, são pressupostos do controle de constitucionalidade: i)


existência de uma Constituição escrita e rígida e; ii) existência de um
mecanismo de fiscalização das leis, com previsão de, pelo menos, um
órgão com competência para o exercício da atividade de controle.

As constituições rígidas são aquelas que somente podem ser alteradas por
procedimento mais dificultoso do que o de elaboração das leis ordinárias.
Da rigidez, decorre o princípio da supremacia formal da Constituição, eis
que o legislador ordinário não poderá alterá-la por simples ato
infraconstitucional (cujo procedimento de elaboração é mais simples).

Para que essa relação fique mais clara, basta pensarmos em um Estado que
adote uma constituição flexível. Ora, nesse Estado, qualquer lei que for editada
terá potencial para modificar a Constituição; não há, portanto, que se falar na
existência de controle de constitucionalidade em um sistema de constituição
flexível. A rigidez constitucional é, assim, um pressuposto para a existência
do controle de constitucionalidade.

Logo, nos países de Constituição escrita e rígida, por vigorar o princípio da


supremacia formal da Constituição, todas as demais espécies normativas
devem ser compatíveis com as normas elaboradas pelo Poder Constituinte,
tanto do ponto de vista formal (procedimental), quanto material (conteúdo).
Isso porque, como consequência da rigidez constitucional, as normas
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constitucionais são hierarquicamente superiores às demais.

De nada adiantaria, todavia, reconhecer-se a supremacia formal da


Constituição sem que existisse um mecanismo de fiscalização da
compatibilidade vertical das normas. Segundo o Prof. Gilmar Mendes, a
Constituição que não possuir uma garantia para anulação de atos
inconstitucionais deixaria mesmo de ser obrigatória.1 Sua força normativa
restaria completamente prejudicada e ela não passaria de mera declaração de
vontade do Poder Constituinte. Nesse sentido, a existência de um mecanismo
de fiscalização da constitucionalidade das leis garante a supremacia da
Constituição.


!MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet, COELHO, Inocência Mártires.
Curso de Direito Constitucional, 5ª edição. São Paulo: Saraiva, 2010, pp. 1057.!
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O Poder Constituinte Originário deve definir quais serão os órgãos
competentes para decidir acerca da ocorrência ou não de ofensa à Constituição
e o processo pelo qual tal decisão será formalizada. O órgão competente para
exercer o controle de constitucionalidade pode exercer tanto função
jurisdicional quanto função política. No primeiro caso, integrará a estrutura
do Poder Judiciário; no segundo, integrará a estrutura de outro Poder. No
Brasil, compete ao Judiciário exercer o controle de constitucionalidade das
leis, embora haja a possibilidade de os demais Poderes, em situações
excepcionais, também realizarem esse controle.

1.3-Origem do Controle de Constitucionalidade:

O marco histórico inicial do controle de constitucionalidade foi o caso


Marbury vs Madison, julgado em 1803 nos Estados Unidos pelo Chief of Justice
John Marshall. Na ocasião, o juiz John Marshall afastou a aplicação de uma
lei por considerá-la incompatível com a Constituição, realizando o controle
difuso de constitucionalidade.2

A decisão é célebre, pois não havia previsão, na Constituição norte-


americana, para a realização do controle de constitucionalidade. Mesmo
assim, o juiz John Marshall o fez, consolidando a supremacia da Constituição
em relação às demais normas jurídicas, bem como o poder-dever dos juízes de
negar a aplicação às leis contrárias ao texto constitucional.

Outro marco histórico importante foi o surgimento do controle concentrado


de constitucionalidade, que apareceu, pela primeira vez, na Constituição da
Áustria (chamada Oktoberverfassung), promulgada em 1920. A constituição
austríaca, inspirada nas propostas de Hans Kelsen, criou um Tribunal
Constitucional, órgão encarregado de exercer o controle abstrato da
constitucionalidade das leis.

Ao contrário do sistema americano (no qual qualquer juiz poderia decidir sobre
a constitucionalidade das leis), o sistema instituído pela Constituição austríaca
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outorgava tal competência exclusivamente a um órgão jurisdicional


especial. Esse órgão não julgaria nenhuma pretensão concreta, mas
apenas o problema abstrato de compatibilidade lógica entre a lei e a
Constituição.

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!Falaremos mais à frente sobre o controle difuso de constitucionalidade. Por ora, basta saber
que esse é o controle de constitucionalidade que se realiza diante de um caso concreto
submetido ao Poder Judiciário.
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2-Espécies de Inconstitucionalidade:

O controle de constitucionalidade tem como objetivo final avaliar se uma lei


ou ato normativo do Poder Público é ou não inconstitucional. Havendo
desconformidade com a Constituição, a norma será considerada
inconstitucional e, portanto, inválida.

A doutrina busca classificar, segundo diferentes critérios, as variadas formas


de manifestação de inconstitucionalidade:

a) Inconstitucionalidade por ação e inconstitucionalidade por omissão:

Na inconstitucionalidade por ação, o desrespeito à Constituição resulta de uma


conduta positiva de um órgão estatal. Exemplo: edição de uma lei contrária
à Constituição.

Na inconstitucionalidade por omissão, por sua vez, verifica-se a inércia do


legislador frente a um dispositivo constitucional carente de regulamentação por
lei. Ocorre quando o legislador permanece omisso diante de uma norma
constitucional de eficácia limitada, obstando o exercício de direito. Exemplo: o
art. 37, VII, CF/88 exige que seja editada lei dispondo sobre o direito de greve
dos servidores públicos. Como até hoje essa lei não foi elaborada, estamos
diante de uma inconstitucionalidade por omissão.

b) Inconstitucionalidade material x Inconstitucionalidade formal x


Vício de decoro:

A inconstitucionalidade material (ou nomoestática) ocorre quando o


conteúdo da lei contraria a Constituição. Seria o caso, por exemplo, de
uma lei que estabeleça que a autoridade policial poderá, mediante ordem
judicial, ingressar na casa de uma pessoa durante o período noturno. Ora,
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sabemos que a CF/88 prevê que, mesmo com ordem judicial, o ingresso na
casa de uma pessoa sem o seu consentimento deve ocorrer durante o dia.

Assim, a lei será considerada inválida mesmo que tenha obedecido


fielmente ao processo legislativo preconizado pela Carta Magna. O conteúdo
da lei é, afinal, contrário à Constituição. Cabe destacar que a denominação
nomoestática se dá em função de o vício material se referir à substância da
norma, tendo caráter estático.

A inconstitucionalidade formal (ou nomodinâmica), por sua vez, caracteriza-se


pelo desrespeito ao processo de elaboração da norma, preconizado pela
Constituição. Como exemplo, citamos a edição de lei proposta por Deputado
Federal, mas cuja iniciativa era privativa do Presidente da República. A
denominação nomodinâmica se dá em função de o vício formal decorrer da
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violação ao processo legislativo, o que traz, consigo, uma ideia de
dinamismo, movimento.

A inconstitucionalidade formal poderá ser de três tipos: i) orgânica; ii) formal


propriamente dita ou; iii) formal por violação a pressupostos objetivos do ato.

1) Inconstitucionalidade formal orgânica: decorre da


inobservância da competência legislativa para a elaboração do ato.
Exemplo: lei municipal que trata de direito penal será inconstitucional,
por ser essa matéria de competência privativa da União (art. 22, I,
CF/88).

2) Inconstitucionalidade formal propriamente dita: decorre da


inobservância do processo legislativo, seja na fase de iniciativa ou
nas demais.

Se o vício ocorrer na fase de iniciativa, ter-se-á o chamado vício


formal subjetivo. É o caso, por exemplo, de iniciativa parlamentar de
projeto que modifique os efetivos das Forças Armadas. Essa competência
é exclusiva (reservada) do Presidente da República, sendo este o único
que pode iniciar processo legislativo sobre a matéria. Caso contrário, o
projeto sofrerá de vício formal subjetivo, insanável pela sanção do
Presidente da República.

Por outro lado, caso esse vício se dê nas demais fases do processo
legislativo, ter-se-á o vício formal objetivo. É o caso, por exemplo, de
não obediência ao quórum de votação de emenda constitucional (três
quintos, em dois turnos, em cada Casa Legislativa). Nesse caso, a
emenda votada padecerá de vício formal objetivo.

3) Inconstitucionalidade formal por violação a pressupostos


objetivos do ato normativo: decorre da inobservância de
pressupostos essenciais para a edição de atos legislativos. Por
exemplo, as medidas provisórias, para serem editadas, deverão atender
aos requisitos de urgência e relevância (art. 62, caput, CF). Caso esses
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requisitos não sejam atendidos, haverá inconstitucionalidade formal por


violação a pressupostos objetivos do ato normativo.

Outro exemplo que podemos apontar diz respeito à criação de municípios


por lei estadual. Há alguns requisitos para isso (art. 18, § 4º), dentre os
quais a realização de um plebiscito com as populações envolvidas. Caso
a lei estadual crie um Município sem a realização prévia de um plebiscito,
estaremos novamente diante de uma inconstitucionalidade formal por
violação a pressupostos objetivos do ato normativo.

O Prof. Pedro Lenza defende, ainda, a tese da inconstitucionalidade de uma


norma em razão de vício de decoro parlamentar. Não se trata de uma
inconstitucionalidade formal ou material, mas sim de uma

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inconstitucionalidade por vício na formação da vontade do parlamentar,
que votou em determinado sentido em troca do recebimento de propina.

Essa tese foi desenvolvida em razão do esquema de compra de votos apurado


pelo STF na Ação Penal nº 470 (que tratou do “Mensalão”) e tem fundamento
no art. 55, § 1º, CF/88, que dispõe que “é incompatível com o decoro
parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das
prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção
de vantagens indevidas”.

c) Inconstitucionalidade Total e Parcial:

A inconstitucionalidade total fica caracterizada quando o ato normativo for


considerado, em sua totalidade, incompatível com a Constituição. Nesse
caso, todo o conteúdo da norma padecerá de vício. A inconstitucionalidade
parcial, por sua vez, ocorrerá quando apenas parte do ato normativo for
considerada inválida.

Em regra, um vício formal gera a inconstitucionalidade total do ato


normativo. Ora, se houve o desrespeito ao processo legislativo ou mesmo à
repartição de competência, o ato normativo restará inteiramente prejudicado.
A doutrina considera, todavia, que existe a possibilidade (excepcional) de um
vício formal acarretar a inconstitucionalidade parcial de um ato
normativo.

Suponha, por exemplo, que seja editada uma lei ordinária tratando de matéria
típica de lei ordinária, mas que, em um de seus artigos, trata de matéria
reservada à lei complementar. Apesar de possuir vício formal, essa lei
padecerá de inconstitucionalidade parcial.

No Brasil, o Poder Judiciário pode declarar a inconstitucionalidade parcial


de fração de artigo, parágrafo, inciso, alínea ou até mesmo sobre uma
única palavra ou expressão do ato normativo. Trata-se do chamado
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princípio da parcelaridade.

A declaração de inconstitucionalidade parcial é diferente


do veto parcial do Presidente a projeto de lei. O veto
parcial deverá abranger texto integral de artigo, parágrafo,
inciso ou alínea. Por sua vez, a declaração de
inconstitucionalidade parcial pode abranger apenas parte
de artigo, parágrafo, inciso, alínea ou até mesmo uma
única palavra ou expressão.

Cabe destacar, todavia, que a declaração de inconstitucionalidade parcial não


poderá modificar o sentido e o alcance da lei, sob pena de ofensa à
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separação dos Poderes, princípio que impede o Poder Judiciário de atuar
como legislador positivo. Em outras palavras, a declaração de
inconstitucionalidade parcial pode recair até mesmo sobre palavra ou
expressão isoladas, mas isso não poderá subverter por completo o sentido da
norma.3

d) Inconstitucionalidade Direta e Indireta:

Antes de explicarmos o que é a inconstitucionalidade direta e a


inconstitucionalidade indireta, é preciso relembrarmos a diferença entre atos
normativos primários e secundários.

Os atos normativos primários são aqueles que retiram seu fundamento de


validade diretamente do texto constitucional. Como exemplo, podemos apontar
as leis ordinárias, leis complementares, medidas provisórias e decretos
legislativos. Os atos normativos secundários, por sua vez, não retiram seu
fundamento de validade diretamente da Constituição, mas sim dos atos
normativos primários. São os atos infralegais, como, por exemplo, os decretos
executivos, que têm como função regulamentar as leis.

Quando um ato normativo primário violar a Constituição, estaremos


diante de uma inconstitucionalidade direta. Nesse caso, há uma frontal
incompatibilidade da norma com o texto da Constituição. A aferição de
validade da norma é realizada comparando-a diretamente com o texto
constitucional.

Por outro lado, quando um ato normativo secundário (como, por exemplo,
um decreto) violar a Constituição, estaremos diante de uma
inconstitucionalidade indireta (reflexa). Isso porque os atos normativos
secundários não retiram seu fundamento de validade diretamente da
Constituição. Assim, quando um decreto executivo violar a Constituição será
hipótese de inconstitucionalidade indireta.
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É importante ressaltar que, para o STF, só existe a inconstitucionalidade


direta, ou seja, a desconformidade de norma primária com a Constituição. A
chamada inconstitucionalidade indireta, em que um ato normativo secundário
(um decreto expedido pelo Presidente da República, por exemplo) ofende a
Carta Magna, é considerada pelo Pretório Excelso mera ilegalidade. Isso
porque a norma secundária tem sua validade aferida a partir da norma
primária, e não da Constituição, sendo a ofensa a esta apenas indireta.


! MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional, Ed. Juspodium, Salvador: 2013,
pp.979.!
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Há que se mencionar também a existência da chamada
inconstitucionalidade “por arrastamento” (derivada, consequencial ou
“por atração”), considerada por alguns autores uma espécie de
inconstitucionalidade indireta.

A inconstitucionalidade “por arrastamento” ocorrerá quando houver uma


relação de dependência entre, pelo menos, duas normas: uma delas é a
principal; as outras, acessórias. Se, em um determinado processo, a norma
principal for declarada inconstitucional, todas as normas dela
dependentes também deverão ser consideradas inconstitucionais. Veja: as
normas acessórias sofrerão consequências da declaração de
inconstitucionalidade da norma principal. Elas padecerão da
inconstitucionalidade “por arrastamento” (ou inconstitucionalidade “por
reverberação normativa”).

O STF já teve a oportunidade de se manifestar inúmeras vezes no sentido de


declarar a inconstitucionalidade “por arrastamento” de certas normas. Como
exemplo, podemos apontar o caso de uma lei estadual regulamentada por um
decreto executivo. Tendo sido a lei considerada inconstitucional,
reconheceu-se que a norma dela dependente (o decreto executivo)
deveria ser declarada inconstitucional “por arrastamento”. A técnica se
justifica pelo fato de algumas normas guardarem íntima relação entre si,
formando uma verdadeira unidade jurídica. Com isso, torna-se impossível a
declaração de constitucionalidade de algumas e a manutenção das demais no
ordenamento jurídico.

Em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, aplica-se o


“princípio do pedido”, ou seja, o STF deverá, em regra,
examinar a constitucionalidade apenas dos dispositivos que
forem objeto de impugnação na exordial (petição inicial).

A inconstitucionalidade “por arrastamento” é uma exceção a


esse princípio. O STF poderá declarar a inconstitucionalidade
de dispositivos e de atos normativos que não tenham sido
objeto de impugnação pelo autor, desde que exista
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uma relação de dependência entre eles e a norma


atacada.

A inconstitucionalidade por atração pode ser usada tanto na análise de


processos distintos quanto no âmbito de um mesmo processo. Esse
segundo caso é o mais comum: na decisão, além de declarar a
inconstitucionalidade da norma principal, o STF já enumera quais as outras
normas foram por ela “contaminadas”, reconhecendo a invalidade destas “por
arrastamento”. 4

!LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 15a edição. Editora Saraiva, São
)

Paulo, 2011. pp. 283-284. !


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e) Inconstitucionalidade Originária e Superveniente:

Essa é uma classificação que depende da relação temporal que se estabelece


entre a norma-parâmetro (norma constitucional que é violada) e a norma
objeto da impugnação (norma que viola a Constituição). Vamos entender
melhor!

Quando a norma-parâmetro for anterior à norma objeto da impugnação,


estaremos diante de uma inconstitucionalidade originária. Exemplo: hoje,
é publicada uma lei que viola o texto original da CF/88.

Por outro lado, quando a norma-parâmetro for posterior à norma objeto da


impugnação, será caso de inconstitucionalidade superveniente. Suponha
que, hoje, seja promulgada uma emenda constitucional, que é contrária ao
texto de uma lei editada em 2005. Essa lei padecerá de inconstitucionalidade
superveniente.

No estudo do controle de constitucionalidade, é importante


sabermos a classificação acima mencionada. No entanto, o STF
entende que, no Brasil, não existe inconstitucionalidade
superveniente. Assim, em nosso ordenamento jurídico, não
há a possibilidade de uma lei se tornar inconstitucional;
ao contrário, a inconstitucionalidade é congênita,
acompanhando a lei desde o seu nascimento.

A promulgação de uma nova Constituição ou de uma nova


emenda constitucional irá revogar as leis que com elas
forem incompatíveis. Por outro lado, as leis compatíveis
serão recepcionadas pela nova Constituição ou emenda
constitucional.

3-Sistemas de Controle de Constitucionalidade:

Cada Estado é livre para definir os órgãos responsáveis pela realização do


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controle de constitucionalidade. O sistema de controle diz respeito,


justamente, aos órgãos aos quais o Poder Constituinte atribuiu
competência para controlar a constitucionalidade das leis.

Há 3 (três) tipos de sistemas de controle:

a) Controle judicial (ou jurisdicional): Nesse sistema, é o Poder


Judiciário que detém a competência para declarar a inconstitucionalidade
das leis. Esse modelo nasceu nos Estados Unidos.

b) Controle político: Fica caracterizado quando o controle de


constitucionalidade é realizado por órgão político, desprovido de natureza

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jurisdicional. Esse modelo é adotado pela França, no qual o controle de
constitucionalidade é realizado por um Conselho Constitucional.

c) Controle misto: Nesse sistema, a fiscalização da constitucionalidade


de algumas normas cabe ao Poder Judiciário; outras normas, por sua
vez, têm sua constitucionalidade aferida por órgão político.

No Brasil, o sistema de controle é preponderantemente judicial. É do Poder


Judiciário a competência para controlar a constitucionalidade de leis e atos
normativos, mas há também alguns controles políticos.

4-Momentos de Controle:

Quanto ao momento, o controle de constitucionalidade pode ser preventivo


ou repressivo.

4.1-Controle preventivo:

O controle preventivo (ou “a priori”) fica caracterizado quando a fiscalização


de constitucionalidade incide sobre a norma em fase de elaboração, ou seja,
incide sobre projeto de lei e de emenda constitucional. É um controle que se
aplica no curso do processo legislativo.

No Brasil, o controle preventivo pode ser de 2 (dois) tipos:

a) Controle político-preventivo: É realizado pelo Poder Legislativo e pelo


Poder Executivo, incidindo sobre a norma em fase de elaboração.

O controle preventivo feito pelo Poder Legislativo diz respeito ao trabalho


das Comissões de Constituição e Justiça, que analisam as proposições
legislativas quanto à sua constitucionalidade. 09890389479

Já o controle preventivo do Poder Executivo se manifesta através da


possibilidade de veto presidencial a um projeto de lei em razão de sua
inconstitucionalidade. Trata-se do chamado veto jurídico a um projeto de lei.

b) Controle judicial-preventivo: Trata-se da possibilidade excepcional de


que o STF analise se o direito dos parlamentares ao devido processo
legislativo está sendo respeitado. Explico. O processo de elaboração das
normas (emendas constitucionais, leis ordinárias, leis complementares, etc.)
deve respeitar uma série de regras previstas na Constituição (quórum de
presença, quórum de deliberação, impossibilidade de violação a cláusulas
pétreas).

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Se as regras do processo legislativo forem desrespeitadas, abre-se a
possibilidade para que o parlamentar (Deputado ou Senador) impetre
mandado de segurança junto ao STF. Nessa situação, os parlamentares
estarão, via mandado de segurança, tentando garantir o respeito ao seu direito
líquido e certo ao devido processo legislativo. É importante observar que
apenas os parlamentares é que terão legitimidade para impetrar mandado de
segurança com vistas a garantir o cumprimento das regras do processo
legislativo constitucional.

Suponha, por exemplo, que esteja tramitando na Câmara dos Deputados uma
proposta de emenda constitucional (PEC) que viole uma cláusula pétrea. Um
Deputado poderá, então, impetrar mandado de segurança junto ao STF, a fim
de que seja sustada a tramitação da PEC. Um cidadão jamais terá tal
prerrogativa; a legitimidade é exclusiva dos parlamentares. Observação:
o mandado de segurança deverá ser impetrado por parlamentar integrante
da Casa Legislativa na qual a proposta de emenda constitucional ou projeto
de lei estiver tramitando.

É interessante notar que a perda da condição de parlamentar restará por


prejudicar o mandado de segurança, extinguindo-o, por perda de
legitimidade ad causam para propor a referida ação. O mandado de segurança
também ficará prejudicado, por perda de objeto, caso o processo
legislativo termine antes da apreciação do mérito pelo STF; em outras
palavras, caso a PEC ou o projeto de lei sejam aprovados, o mandado de
segurança perderá o objeto e será extinto.

4.2- Controle repressivo:

O controle repressivo (ou “a posteriori”), por sua vez, caracteriza-se pela


fiscalização de constitucionalidade incidente sobre norma pronta, que já
integra o ordenamento jurídico.

Também se aplica à realidade brasileira o controle repressivo, que pode ser de


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2 (dois) tipos:

a) Controle político-repressivo: Em regra, o controle repressivo é realizado


pelo Poder Judiciário, que analisa a constitucionalidade de normas já prontas.
No entanto, existe a possibilidade excepcional de que o Poder Legislativo
realize o controle repressivo de constitucionalidade. Isso acontecerá em 2
(duas) situações diferentes:

- O art. 49, V, CF/88, estabelece que é competência exclusiva do


Congresso Nacional “sustar os atos normativos do Poder Executivo
que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação
legislativa”. Esse controle se dá por meio de decreto legislativo expedido
pelo Congresso Nacional, que irá sustar uma lei delegada ou um decreto
presidencial.
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- O art. 62, CF/88 prevê que as medidas provisórias serão submetidas
à apreciação do Congresso Nacional. Se a medida provisória for
rejeitada pelo Congresso com fundamento em
inconstitucionalidade, estaremos diante de um controle político-
repressivo.

Destaca-se ainda que o TCU, ao exercer suas atividades, poderá, de modo


incidental (em um caso concreto) deixar de aplicar lei que considere
inconstitucional. Nesse sentido, dispõe a Súmula 347/STF que “o Tribunal de
Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”. Note que a Corte
de Contas não tem competência para declarar a inconstitucionalidade das leis
ou atos normativos em abstrato.

b) Controle judicial-repressivo: Caberá aos juízes e Tribunais do Poder


Judiciário efetuar o controle de constitucionalidade das normas prontas, já
integrantes do ordenamento jurídico. Por meio do controle judicial-repressivo,
fiscaliza-se a validade das leis e atos normativos do Poder Público, avaliando
sua conformidade com a Constituição.

5- Modelos de Controle de Constitucionalidade:

No que diz respeito ao número de órgãos do Poder Judiciário com


competência para fiscalizar a constitucionalidade das leis, há 3 (três) modelos
de controle distintos: o difuso, o concentrado e o misto.

No controle difuso (ou aberto), a competência para exercer o controle de


constitucionalidade das leis é atribuída a todos os órgãos do Poder Judiciário.
Existe, assim, uma multiplicidade de órgãos responsáveis pela realização do
controle de constitucionalidade.

Esse modelo de controle também é chamado de modelo americano, pois


surgiu nos Estados Unidos, com o caso “Marbury versus Madison”, no qual se
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firmou o entendimento de que o Judiciário poderia deixar de aplicar uma lei


aos casos concretos quando a considerasse inconstitucional.

No controle concentrado (ou reservado), o controle de constitucionalidade é


de competência de um único órgão jurisdicional, ou de um número bastante
limitado de órgãos. Assim, a competência para controlar a constitucionalidade
das leis estará “concentrada” nas mãos de um (ou poucos) órgãos,
normalmente o órgão de cúpula do Poder Judiciário.

Esse modelo de controle é também chamado de modelo europeu (ou


austríaco), pois teve sua origem na Áustria, por influência de Hans Kelsen.
Com base nas ideias desse jurista, a Constituição austríaca de 1920 atribuiu a
competência para fiscalizar a constitucionalidade das leis a um Tribunal
Constitucional.
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No Brasil, adota-se o controle misto, que se caracteriza pelo fato de o Poder
Judiciário atuar tanto de forma concentrada (por meio do STF) quanto de
forma difusa (por qualquer juiz ou tribunal do país).

6- Vias de Controle:

As vias de ação são os modos pelos quais uma lei pode ser impugnada
perante o Judiciário. São elas a via incidental (de defesa ou de exceção) e a
via principal (abstrata ou de ação direta).

No controle incidental, a aferição de constitucionalidade se dá diante de uma


lide, um caso concreto em que uma das partes requer a declaração de
inconstitucionalidade de uma lei. A aferição da constitucionalidade não é o
objeto principal do pedido, mas apenas um incidente do processo, um
meio para se resolver a lide. Por isso, o controle é chamado incidental ou
“incidenter tantum”.

Como exemplo, imagine que Marcos ingresse com ação junto ao Poder
Judiciário com o objetivo de não cumprir uma obrigação prevista na Lei “X”,
alegando que esta é inconstitucional. Nesse caso, a discussão sobre a
constitucionalidade da norma é apenas um antecedente lógico para a
solução do caso concreto; em outras palavras, é apenas uma questão
prejudicial da ação. Primeiro, o Poder Judiciário avaliará a constitucionalidade
da norma; só depois é que poderá analisar o objeto principal do pedido: se
Marcos deverá ou não cumprir a obrigação prevista na Lei “X”.

No controle pela via principal (abstrata ou de ação direta), a aferição da


constitucionalidade é o pedido principal do autor, é a razão do processo. O
autor requer, nesse caso, que determinada lei tenha sua constitucionalidade
aferida a fim de resguardar o ordenamento jurídico. Um exemplo de controle
pela via principal seria quando um Governador de Estado ingressa com Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao STF, pleiteando que seja
declarada a inconstitucionalidade de uma determinada lei estadual.
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Podemos classificar o controle de constitucionalidade, quanto à


sua finalidade, em concreto ou abstrato.

No controle concreto, a constitucionalidade de uma norma é


aferida no curso de um processo judicial. Pode-se afirmar,
nesse sentido, que o controle concreto é realizado pela via
incidental.

No controle abstrato, a aferição da constitucionalidade da


norma é o objeto principal da ação. Será feita uma comparação
da lei “em tese” (em abstrato) com a Constituição. O controle
abstrato é realizado pela via principal.

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7- Interpretação conforme à Constituição X Declaração Parcial de
nulidade sem redução de texto.

A interpretação conforme à Constituição é uma técnica aplicável para a


interpretação de normas infraconstitucionais polissêmicas
(plurissignificativas), isto é, normas que tenham mais de um sentido possível.
Não será cabível, portanto, a utilização da interpretação conforme à
Constituição diante de normas de sentido unívoco (um único sentido
possível).

O intérprete, ao analisar uma norma, deverá dar-lhe o sentido que a


compatibilize com o texto constitucional. Diante de duas ou mais
interpretações possíveis, será preferida aquela que for compatível com a
Constituição.

O STF já utiliza a “interpretação conforme à Constituição” há bastante tempo.


Segundo a doutrina, a interpretação conforme pode ser de dois tipos: com
ou sem redução do texto.

a) Interpretação conforme com redução do texto:

Nesse caso, a parte viciada é considerada inconstitucional, tendo sua


eficácia suspensa. Como exemplo, tem-se que na ADI 1.127-8, o STF
suspendeu liminarmente a expressão “ou desacato”, presente no art.
7o,§ 7o, do Estatuto da OAB.

b) Interpretação conforme sem redução do texto:

Nesse caso, exclui-se ou se atribui à norma um sentido, de modo a


torná-la compatível com a Constituição. Pode ser concessiva (quando se
concede à norma uma interpretação que lhe preserve a
constitucionalidade) ou excludente (quando se exclui uma interpretação
que poderia torná-la inconstitucional).

Essa visão que apresentamos considera que a declaração parcial de nulidade


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sem redução de texto seria espécie do gênero “interpretação conforme à


Constituição”. Estaríamos, de certo modo, equiparando a interpretação
conforme a Constituição e a declaração parcial de nulidade sem redução de
texto.

No entanto, é possível apontar que há uma diferença entre as duas, a


depender do realce que se quer dar na decisão judicial.

Na interpretação conforme a Constituição, é dada ênfase à declaração de


constitucionalidade de determinado sentido da norma. Já na declaração
parcial de nulidade sem redução de texto, a ênfase é na declaração de
inconstitucionalidade de determinadas aplicações da lei.

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(TJDFT – 2016) O controle incidental é de natureza abstrata e o principal é,
de regra, de natureza concreta, mas pode, excepcionalmente, ter natureza
abstrata.

Comentários:

Questão errada.

(TCE-RN – 2015) Havendo dúvida razoável quanto à constitucionalidade de


uma norma, o Poder Judiciário deverá declarar a sua inconstitucionalidade, em
respeito aos princípios da supremacia da Constituição e da segurança jurídica.

Comentários:

Questão errada.

(TRT 16a Região – 2015) A inconstitucionalidade ocorre no plano da


validade, que não se confunde com revogação. Daí seu caráter declaratório,
com efeitos ex tunc via de regra.

Comentários:

Questão correta.

(TRT 16a Região – 2015) A supremacia constitucional assegura a posição


hierárquica privilegiada da Constituição; a rigidez a não revogação da norma
constitucional por norma infraconstitucional que disponha de modo diverso
daquela, já que a produção e revisão da norma constitucional estão sujeitas a
processo legislativo mais rigoroso.

Comentários:

Questão correta.

(Câmara dos Deputados – 2014) O fato de um projeto de lei ser aprovado


e, após seu encaminhamento para sanção do presidente da República, sofrer
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veto presidencial com fundamento na inconstitucionalidade do ato objeto de


deliberação comprova a existência, no ordenamento legislativo brasileiro, de
controle preventivo de constitucionalidade, ao lado do consagrado sistema
jurisdicional, normalmente de caráter repressivo.

Comentários:

Questão correta.

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8- Controle Difuso:

8.1- Noções Gerais:

O controle difuso é aquele realizado por qualquer juiz ou Tribunal do país.


É também chamado controle pela via de exceção ou, ainda, controle aberto.
Ocorre diante de um caso concreto, em que a declaração de
inconstitucionalidade se dá de forma incidental (“ïncidenter tantum”), como
antecedente lógico ao exame do mérito.

No controle difuso, o objeto da ação (a questão principal) não é a declaração


de constitucionalidade de uma norma. Essa é apenas uma questão
prejudicial, que deverá ser resolvida pelo Poder Judiciário previamente ao
exame de mérito.

A finalidade principal das partes, nessa modalidade de controle, não é a defesa


da ordem constitucional, mas sim a proteção a direitos subjetivos cujo
exercício está sendo obstaculizado pela norma que (supostamente) viola a
Constituição.

8.2- Legitimação Ativa:

O controle incidental de constitucionalidade se dá no curso de qualquer


ação submetida à análise do Poder Judiciário em que haja um interesse
concreto em discussão. Assim, são legitimados ativos (competentes para
provocar o Judiciário) todas as partes do processo e eventuais terceiros
intervenientes no processo, bem como o Ministério Público, que atua como
fiscal da lei (“custos legis”).

Além disso, o Poder Judiciário pode, sem provocação, declarar de ofício a


inconstitucionalidade da lei, afastando sua aplicação ao caso concreto. Diz-
se, então, que o juiz ou tribunal também são legitimados ativos no controle
difuso, quando declaram, de ofício, a inconstitucionalidade do ato normativo.
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8.3- Objeto e Parâmetro de Controle:

A pergunta que nos fazemos nesse momento é a seguinte: quais normas


podem ser objeto do controle difuso de constitucionalidade? E, ainda, qual o
parâmetro para o exercício do controle de constitucionalidade?

No ordenamento jurídico brasileiro, qualquer lei ou ato normativo (federal,


estadual, distrital ou municipal) poderá ser objeto do controle de
constitucionalidade. Assim, não importa em qual nível federativo teve origem o
ato normativo: todos eles estão sujeitos ao controle difuso de
constitucionalidade.
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Por sua vez, qualquer norma constitucional servirá como parâmetro para
que se realize o controle de constitucionalidade, mesmo que esta já tenha sido
revogada. Todavia, um pré-requisito essencial para que uma norma
constitucional seja parâmetro para o controle de constitucionalidade é o de que
ela estivesse em vigor no momento da edição do ato normativo
questionado. Assim, é plenamente possível que se questione a
constitucionalidade de uma lei editada em 1979 tendo como parâmetro a
Constituição de 1969 (que era a Constituição em vigor à época).

Assim, teremos as seguintes situações possíveis:

a) Lei editada em 1979: pode ser avaliada, quanto à sua recepção ou


revogação, perante a Constituição de 1988.

b) Lei editada em 1979 pode ser avaliada, quanto à sua


constitucionalidade, perante a Constituição de 1969 (que estava em
vigor à época de sua edição)

c) Lei editada após 1988 pode ser avaliada, quanto à sua


constitucionalidade, perante a Constituição de 1988.

8.4- Controle Difuso nos Tribunais:

O controle difuso será, em regra, realizado pelo juiz monocrático, em


primeira instância. Todavia, por meio do recurso de apelação, é possível que a
parte sucumbente (parte vencida) recorra a um Tribunal. Observa-se, então,
que no âmbito do controle difuso qualquer juiz ou tribunal do País será
competente para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo,
afastando sua aplicação ao caso concreto.

Quando o controle difuso ocorre em primeira instância, a constitucionalidade


da norma será decidida pelo juiz monocrático; ou seja, depende apenas da
vontade dele. No entanto, quando o controle difuso é feito pelos Tribunais,
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é necessário que seja obedecida a “cláusula de reserva de plenário”, nos


termos do art. 97, CF/88:

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros


ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.

A cláusula de reserva de plenário visa garantir que uma lei seja declarada
inconstitucional somente quando houver vício manifesto, reconhecido por um
grande número de julgadores experientes.5 Nesse sentido, para que a
declaração de inconstitucionalidade por tribunal seja válida, é necessário

5
RE 190.725-8/ PR. Rel. Min. Celso de Mello.
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voto favorável da maioria absoluta dos membros do tribunal ou da
maioria absoluta dos membros do órgão especial.

A existência de órgão especial nos tribunais está prevista no art. 93, CF/88,
Trata-se de órgão composto por 11 a 25 juízes, que exerce as atribuições
administrativas e jurisdicionais que lhes forem delegadas pelo Tribunal Pleno.

XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco


julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo
de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício
das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da
competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas
por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.

A observância da cláusula de reserva de plenário é, assim, condição de


eficácia jurídica da declaração de inconstitucionalidade. Apenas o Plenário
do Tribunal ou o órgão especial poderão, por maioria absoluta, declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Cabe destacar que a cláusula de
reserva de plenário deverá ser observada tanto no controle difuso quanto no
controle concentrado (controle em abstrato).

Em razão da cláusula de reserva de plenário, pode-se dizer que os órgãos


fracionários (turmas, câmaras e seções) dos tribunais não podem
declarar a inconstitucionalidade das leis. Na falta de órgão especial, a
inconstitucionalidade só poderá ser declarada pelo Plenário do tribunal. Há que
se destacar, todavia, que os órgãos fracionários podem reconhecer a
constitucionalidade de uma norma; o que eles não podem é declarar a
inconstitucionalidade.

Suponha que uma determinada ação judicial seja levada a um Tribunal e seja
distribuída a um de seus órgãos fracionários (Turmas, Câmaras, etc). Nessa
ação, discute-se, incidentalmente, a constitucionalidade de uma norma. O
órgão fracionário irá discuti-la internamente: caso considere que a norma é
constitucional, ele mesmo irá prolatar a decisão (em respeito à presunção de
constitucionalidade das leis); por outro lado, caso entenda que a lei é
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inconstitucional, deverá remeter o processo ao plenário ou ao órgão


especial. Isso é o que se depreende a partir dos art. 480 e art. 481, do Código
de Processo Civil:

Art. 480. Argüida a inconstitucionalidade de lei ou de ato


normativo do poder público, o relator, ouvido o Ministério Público,
submeterá a questão à turma ou câmara, a que tocar o
conhecimento do processo.

Art. 481. Se a alegação for rejeitada, prosseguirá o julgamento;


se for acolhida, será lavrado o acórdão, a fim de ser submetida a
questão ao tribunal pleno.

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Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não
submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição de
inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou
do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.

Perceba que, uma vez arguida a inconstitucionalidade de uma lei ou ato


normativo, a questão será submetida à apreciação de um órgão fracionário
(Turma ou Câmara). Se o órgão fracionário rejeitar a
inconstitucionalidade (ou seja, declarar a constitucionalidade), o
julgamento irá prosseguir; por outro lado, se a inconstitucionalidade for
acolhida, a questão será submetida ao plenário ou ao órgão especial (em
razão da “cláusula de reserva de plenário”, são esses os únicos que podem
decidir pela inconstitucionalidade de uma norma).

O Código de Processo Civil previu uma mitigação da “cláusula de reserva de


plenário” (art. 481, parágrafo único). É que a aplicação dessa cláusula
somente é necessária quando o Tribunal se depara, pela primeira vez,
com determinada controvérsia constitucional. Nesse sentido, se o órgão
especial, o Plenário do Tribunal ou o Plenário do STF já tiverem se
pronunciado sobre a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, não
haverá necessidade de se observar a reserva de plenário. Em outras palavras,
o órgão fracionário poderá, ele próprio, declarar a
inconstitucionalidade da norma, desde que assim já tenham decidido o
órgão especial, o Plenário do Tribunal ou o Plenário do STF.

Pergunta relevante: e se houver divergência de entendimento entre o Plenário


do Tribunal ou órgão especial e o Plenário do STF?

Nesse caso (divergência de entendimento entre o Tribunal e o Plenário do


STF), deverá prevalecer o entendimento do Plenário do STF. Portanto, os
órgãos fracionários dos Tribunais deverão aplicar o entendimento do
Plenário do STF, decidindo pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade da
norma.

Outra pergunta: será que a cláusula de reserva de plenário também deve ser
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aplicada para analisar a recepção ou revogação, pela nova Constituição, do


direito pré-constitucional?

A resposta é negativa. A reserva de plenário apenas se aplica à declaração


de inconstitucionalidade de leis e atos normativos do Poder Público. Ela não
se aplica à resolução de problemas de direito intertemporal, como é o
caso da análise de recepção ou revogação do direito pré-constitucional. Assim,
o juízo de recepção de normas anteriores à Constituição Federal não precisa
observar a cláusula de reserva de plenário.

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A cláusula de reserva de plenário também não se aplica
quando é utilizada a técnica de “interpretação conforme a
Constituição”.

A interpretação conforme à Constituição é técnica de


interpretação de normas infraconstitucionais polissêmicas (que
possuem mais de um sentido possível). Essa técnica visa
preservar a validade das normas. Ao invés do Tribunal declarar
a inconstitucionalidade de uma norma, irá dar-lhe o sentido que
a compatibilize com a Constituição.

Ainda sobre a cláusula de reserva de plenário, há que se mencionar a Súmula


Vinculante nº 10:

Súmula Vinculante no 10 - Viola a cláusula de reserva de plenário (CF,


artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não
declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

Veja só que interessante! Pode ser que o órgão fracionário de um tribunal, ao


invés de declarar expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, simplesmente afaste a sua incidência, no todo ou em parte, do
caso em concreto. Segundo a Súmula Vinculante nº 10, mesmo nesse caso
será necessária a observância da cláusula de reserva de plenário. Do
contrário, poderia ficar configurada verdadeira burla a essa regra
constitucional: o órgão fracionário deixaria de aplicar a lei, mas não diria que o
estava fazendo porque a considerava inconstitucional.

8.5-Efeitos da Decisão:

No controle difuso, o questionamento de inconstitucionalidade é feito diante de


um caso concreto. A declaração de inconstitucionalidade é uma questão
incidental, prévia à solução de um litígio envolvendo as partes
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processuais. O
objetivo do controle difuso não é, portanto, proteger a ordem constitucional,
mas sim proteger direitos subjetivos das partes.

Com base nessa lógica, a decisão no controle de constitucionalidade incidental


só alcança as partes do processo, ou seja, tem eficácia “inter partes”. Além
disso, não vincula os demais órgãos do Judiciário e a Administração; por isso,
diz-se que as decisões no controle de constitucionalidade difuso são não
vinculantes.

Dessa maneira, a lei ou ato normativo declarado inconstitucional no âmbito do


controle difuso continua plenamente válido em nosso ordenamento jurídico
e produzindo normalmente os seus efeitos. Apenas as partes processuais
envolvidas no caso concreto é que sofrerão os efeitos da declaração de
inconstitucionalidade.
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Quanto ao aspecto temporal, os efeitos da decisão serão, em regra,
retroativos (“ex tunc”), atingindo a relação jurídica motivadora da decisão
desde sua origem. Isso se deve ao fato de que uma norma declarada
inconstitucional será considerada nula e, por consequência, todos os efeitos
por ela produzidos também serão nulos. As relações jurídicas por ela
estabelecidas serão, da mesma maneira, consideradas inválidas e, portanto,
deverão ser desconstituídas.

Existe a possibilidade, todavia, de que o Supremo Tribunal Federal (STF)


realize a modulação dos efeitos de uma decisão tomada em sede de controle
difuso de constitucionalidade. Isso significa que o STF poderá, por decisão de
2/3 dos seus membros, tendo em vista razões de segurança jurídica ou
relevante interesse nacional, dar efeitos prospectivos (“ex nunc”) à
decisão, ou fixar outro momento para que sua eficácia tenha início.

A técnica de modulação de efeitos está prevista no art. 27, da Lei nº


9.868/99, que trata da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e da Ação
Declaratória de Constitucionalidade.

Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e


tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional
interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de
dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração
ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado
ou de outro momento que venha a ser fixado.

Em que pese a Lei nº 9.868/99 tratar do controle concentrado de


constitucionalidade, a jurisprudência do STF e a doutrina reconhecem a
possibilidade de modulação de efeitos também no âmbito do controle
difuso.

8.6- Atuação do Senado Federal:


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No âmbito do controle difuso, as decisões possuem eficácia “inter partes” e


seus efeitos não são vinculantes. Entretanto, existe a possibilidade
excepcional de ser atribuída eficácia geral (“erga omnes”) a uma decisão
tomada no âmbito do controle difuso. Em outras palavras, é possível que seja
ampliado o alcance da decisão, que deixará de afetar apenas as partes
processuais, passando a propagar seus efeitos sobre todos.

Para que isso ocorra, todavia, haverá necessidade de atuação do Senado


Federal, no exercício da competência prevista no art. 52, X, CF/88, segundo o
qual compete privativamente ao Senado “suspender a execução, no todo ou
em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal.”

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Assim, o Senado Federal tem, por disposição constitucional, a faculdade de
suspender, por meio de resolução, lei declarada inconstitucional pelo STF
em controle difuso de constitucionalidade, conferindo eficácia geral (“erga
omnes”) à decisão da Corte.

A suspensão de lei pelo Senado Federal é um ato de natureza política, que


visa ampliar o alcance de uma decisão tomada pelo STF em um caso concreto.
Em razão desse caráter político da atuação do Senado, a doutrina considera
que este é um ato discricionário daquela Casa Legislativa. Logo, o Senado
Federal não é obrigado a suspender uma lei declarada inconstitucional pelo
STF; caso o órgão permaneça inerte, não haverá qualquer infração ao
ordenamento jurídico.

Vejamos alguns tópicos importantes acerca desse tema:

1) O Senado Federal atuará para ampliar os efeitos da decisão


do STF em sede de controle difuso. As decisões do STF no
controle concentrado-abstrato já terão, por si próprias, eficácia
“erga omnes”, independentemente de qualquer atuação do
Senado.

2) A atuação do Senado é discricionária e não tem um prazo


para ocorrer. Assim, o Senado Federal poderá suspender, a
qualquer tempo, lei declarada inconstitucional pelo STF.

3) O Senado Federal poderá suspender qualquer lei declarada


inconstitucional pelo STF, seja ela uma lei federal, estadual,
distrital ou municipal. Pode-se dizer que, quando exercita
essa competência, o Senado está atuando como órgão de
caráter nacional (e não apenas federal!). Lembre-se que, no
controle difuso, os atos normativos de todos os níveis
federativos poderão ser objeto de aferição de
constitucionalidade.

4) A deliberação do Senado Federal acerca da suspensão de lei


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declarada inconstitucional pelo STF é irretratável.

Quando o Supremo Tribunal Federal (STF) declara a inconstitucionalidade de


uma lei, no âmbito do controle difuso, ele deverá fazer uma comunicação ao
Senado Federal. O Senado poderá, então, suspender a execução da lei.
Todavia, não poderá ampliar, restringir ou interpretar a decisão do STF;
ao contrário, o Senado Federal deverá seguir exatamente o que prevê a
decisão da Corte Suprema.

Assim, se o STF houver declarado a inconstitucionalidade de apenas um


artigo da Constituição, o Senado ficará impedido de suspender a execução da
lei como um todo. Deverá suspender a execução apenas do artigo
declarado inconstitucional. É exatamente essa a interpretação que devemos
ter sobre a expressão “no todo ou em parte”, prevista no art. 52, X
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(“suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal”).

Há controvérsia doutrina acerca dos efeitos da resolução do Senado que


suspende a execução de lei declarada inconstitucional pelo STF. A doutrina
majoritária (e que deve ser seguida para fins de prova!) é a de que a resolução
do Senado terá efeitos prospectivos (“ex nunc”). Destaque-se, todavia,
que o Decreto nº 2.346/97 estabelece que, no âmbito da Administração
Pública federal, a decisão do Senado Federal terá efeitos retroativos (“ex
tunc”).

Por fim, a doutrina considera que a resolução do Senado Federal poderá ser
objeto de controle de constitucionalidade. Um exemplo de situação em
que fica caracterizada a inconstitucionalidade seria o caso de uma resolução do
Senado que amplia ou restringe a decisão do STF.

8.7- Súmula Vinculante:

No controle incidental de constitucionalidade, as decisões (inclusive do STF)


possuem apenas efeitos “inter partes”. Uma consequência disso é a
proliferação de ações judiciais no STF acerca do mesmo objeto. Ademais,
pelo fato de as decisões do STF no controle incidental não terem efeito
vinculante, os tribunais inferiores e os juízes poderão continuar julgando de
forma diferente. Gera-se insegurança jurídica.

Foi em razão desses problema que a Emenda Constitucional nº 45/2004 criou


o instituto da Súmula Vinculante, que pode ser editada pelo Supremo
Tribunal Federal (art. 103-A, CF/88):

Art. 103-A O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por


provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros,
após reiteradas decisões sobre matéria constitucional,
aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial,
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terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder


Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas
federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou
cancelamento, na forma estabelecida em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a
eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja
controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e
a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica
e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.

São 3 (três) os pressupostos constitucionais para que seja editada Súmula


Vinculante:

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a) Existência de reiteradas decisões sobre matéria constitucional. O
STF deve ter tido a oportunidade de apreciar a matéria por diversas
vezes, o que permite maior grau de amadurecimento sobre o assunto
objeto da controvérsia.

b) Existência de controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre


esses e a Administração Pública. Ora, se há controvérsia, é nítido que o
tema não é pacífico, o que pode gerar grave insegurança jurídica e
multiplicação de processos sobre questão idêntica. Há, então,
necessidade de se harmonizar o entendimento entre os órgãos do Poder
Judiciário e entre estes e a Administração Pública.

c) Aprovação por 2/3 (dois terços) dos membros do STF. Como o


STF possui 11 Ministros, esse quórum será obtido pelo voto de 8 dos
seus membros.

As súmulas vinculantes terão por objetivo a validade, a interpretação e a


eficácia de normas determinadas. Elas terão validade a partir de sua
publicação na imprensa oficial e irão vincular todos os demais órgãos
do Poder Judiciário e a administração pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e municipal.

Observe que as Súmulas Vinculantes não vinculam:

- o Supremo Tribunal Federal (elas vinculam todos os


demais órgãos do Poder Judiciário).

- o Poder Legislativo, no exercício de sua função típica de


legislar (quando o Poder Legislativo exerce função
administrativa, deverá observar as Súmulas Vinculantes).

- o Poder Executivo, no exercício de sua função atípica de


legislar (quando o Presidente edita uma medida provisória, ele
não precisa observar as Súmulas Vinculantes).
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A não-vinculação da atividade legislativa às Súmulas Vinculantes existe para


evitar a chamada “fossilização constitucional”.6 Transcrevemos a seguir
trecho de julgado do STF:

“as constituições, enquanto planos normativos voltados para o futuro,


não podem de maneira nenhuma perder sua flexibilidade e abertura. (...)
Decerto, é preciso preservar o equilíbrio entre o Supremo e o Legislativo,
cuja tarefa de criar leis não pode ficar reduzida, a ponto de prejudicar o
espaço democrático-representativo de sua legitimidade política,
fossilizando, assim, a própria Constituição de 1988, que consagra a
harmonia entre os Poderes (CF, art. 2º)”.


!O termo “fossilização constitucional” foi concebido pelo Ministro do STF Cezar Peluso.
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A iniciativa para aprovação, revisão ou cancelamento da súmula vinculante
pode se dar por iniciativa do próprio STF (de ofício) ou pela iniciativa dos
legitimados arrolados na Lei 11.417/2006:

Art. 3o São legitimados a propor a edição, a revisão ou o


cancelamento de enunciado de súmula vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII – partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
nacional;
IX – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do
Distrito Federal;
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou
do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os
Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e
os Tribunais Militares.

É interessante notar que podem propor a edição, a revisão ou o cancelamento


de enunciado de súmula vinculante os mesmos legitimados para impetrar
Ação Direta de Inconstitucionalidade (art. 103, CF/88). Além deles,
também poderão fazê-lo:

a) O Supremo Tribunal Federal (STF);

b) O Defensor Público-Geral da União;

c) Os Tribunais do Poder Judiciário e;

d) Os Municípios. Observação: são legitimados a propor,


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incidentalmente, no curso de um processo em que sejam parte, a


edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de Súmula Vinculante.

A aprovação, revisão ou cancelamento de súmula vinculante


exige decisão de 2/3 dos membros do STF (oito Ministros),
em sessão plenária.

Em geral, a eficácia da súmula vinculante é imediata. Entretanto, tendo em


vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público, o STF
poderá, por decisão de 2/3 dos seus membros, restringir seus efeitos ou
decidir que a súmula só tenha eficácia a partir de outro momento.

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Caso seja praticado ato administrativo ou proferida decisão judicial que
contrarie os termos da súmula, a parte prejudicada poderá intentar
reclamação diretamente perante o STF. Salienta-se, contudo, que o uso da
reclamação só será admitido após o esgotamento das vias administrativas.

Ao julgar procedente o pedido de reclamação, o STF anulará o ato


administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada. O STF não irá
proferir outra decisão em substituição à decisão cassada, mas sim determinar
que outra seja proferida, com ou sem aplicação da súmula.

8.8- Meios de Acesso ao Controle Difuso:

O controle difuso de constitucionalidade pode ser efetuado por qualquer juiz


ou tribunal do País, diante de um caso concreto. Um grande número de
controvérsias poderá, nesse sentido, ensejar a arguição de
inconstitucionalidade incidental de lei ou ato normativo. É ampla, portanto, a
capacidade do Poder Judiciário de exercer a jurisdição constitucional.

Qualquer tipo de ação poderá ser utilizada para realizar o controle difuso de
constitucionalidade. Este irá ocorrer sempre que for necessário avaliar a
compatibilidade de uma norma com a Constituição, independentemente da
ação judicial que estiver sendo proposta.

8.9- Recurso Extraordinário:

O Supremo Tribunal Federal (STF), assim como qualquer outro Tribunal do


País, pode realizar o controle difuso de constitucionalidade. Há duas
situações possíveis:

a) O controle difuso pode ser efetivado pelo STF quando for necessário
avaliar a constitucionalidade de uma norma no âmbito de um processo
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de sua competência originária. É o caso, por exemplo, de habeas


corpus que tenha como paciente um detentor de foro especial. Também
pode-se apontar o caso de mandado de segurança contra ato do
Presidente da República e, ainda, ações penais contra Deputados e
Senadores.

b) Também será possível que o STF realize o controle difuso em sede de


recurso extraordinário, que é cabível nas hipóteses do art. 102, III,
CF/88:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a


guarda da Constituição, cabendo-lhe:
(…)
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas
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em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face
desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

O recurso extraordinário é usado para recorrer de decisão sobre matéria


constitucional. Em todos os casos do art. 102, III, percebe-se exatamente
isso: na decisão recorrida, há uma controvérsia constitucional. Alguém até
poderia dizer que no caso do art. 102, III, “d” não se trata de controvérsia
constitucional, mas sim de controvérsia entre leis. Todavia, mesmo nessa
situação, o problema envolve, sim, matéria constitucional. Como as leis
federais, estaduais e municipais têm a mesma hierarquia, o que determina
qual delas prevalece sobre as outras é a repartição constitucional de
competências.

Ao utilizar o recurso extraordinário, o interessado estará provocando o STF a


decidir sobre a constitucionalidade de alguma(s) norma(s), em sede de
controle incidental. Mas quais são os pressupostos para que se possa
ingressar com recurso extraordinário?

São 3 (três) os pressupostos para que o interessado ingresso com recurso


extraordinário junto ao STF:

a) ofensa direta ao texto constitucional.

b) prequestionamento.

c) repercussão geral da matéria.

A repercussão geral foi inserida pela EC nº 45/2004 como requisito de


admissibilidade do recurso extraordinário. Consiste em verificar se
determinada questão é relevante do ponto de vista político, econômico,
social ou jurídico. Cabe destacar que o requerente é que deverá
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demonstrar a repercussão geral das questões discutidas no caso.

Obviamente, o STF poderá considerar que a questão não apresenta


repercussão geral e, em consequência, recusar o recurso extraordinário.
Entretanto, a recusa do recurso extraordinário dependerá do voto de 2/3
dos membros do STF. É exatamente isso o que se pode depreender do
art.102, § 3º, CF/88:

§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a


repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso,
nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do
recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois
terços de seus membros.

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Por último, vale destacar que, segundo o STF, a decisão no sentido de
inexistência de repercussão geral em recurso extraordinário é
irrecorrível.

(TCE-PR – 2016) De acordo com o STF, não se admite o ingresso do amicus


curiae no julgamento de recurso extraordinário, ainda que interposto em face
de acórdão de tribunal local proferido em sede de controle normativo abstrato.

Comentários:

Questão errada.

(CGE-PI – 2015) O Supremo Tribunal Federal poderá, após reiteradas


decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais
órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta nas
esferas federal, estadual e municipal.

Comentários:

Questão correta.

(DPU – 2015) Desde que observem a cláusula de reserva de plenário, os


tribunais podem declarar a revogação de normas legais anteriores à CF com
ela materialmente incompatíveis.

Comentários:

Questão errada.

(TJDFT – 2015) O STF, mitigando norma constitucional, entende que é


dispensável a submissão da demanda judicial à regra da reserva de plenário
quando a decisão do tribunal basear-se em jurisprudência do plenário ou em
súmula do STF.
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Comentários:

Questão correta.

(DPU – 2015) É possível o controle judicial difuso de constitucionalidade de


normas pré-constitucionais, desde que não se adote a atual Constituição como
parâmetro.

Comentários:

Questão correta.

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9- Controle Abstrato:

9.1- Noções Gerais:

O controle abstrato de constitucionalidade é aquele que busca examinar a


constitucionalidade de uma lei em tese. Não há um caso concreto em
análise; é a lei, em abstrato, que tem sua constitucionalidade aferida pelo
Poder Judiciário. No controle abstrato, a constitucionalidade da lei ou ato
normativo é arguida na via principal, por meio de ação direta.

No Brasil, o controle abstrato é realizado pelo Supremo Tribunal Federal


(tendo como parâmetro a Constituição Federal) ou pelos Tribunais de Justiça
(tendo como parâmetro as respectivas Constituições Estaduais). Em razão
disso, diz-se que o controle abstrato é efetuado de modo concentrado.

O controle abstrato de constitucionalidade face à Constituição Federal é


efetuado por meio das seguintes ações, propostas perante o STF:

a) Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica (ADI);

b) Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO);

c) Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC);

d) Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).

O controle concentrado, em quase todos os casos, é


realizado de modo abstrato. No entanto, existe um caso
excepcional de controle concentrado-concreto, que é aquele
efetuado por meio de representação interventiva (ADI-
interventiva). Estudaremos sobre a representação interventiva
mais à frente.

Por sua vez, o controle difuso é, em quase todos os casos,


realizado de modo concreto. No entanto, também é possível
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que exista o controle difuso-abstrato.

Suponha que um determinado caso concreto seja submetido ao


Tribunal de Justiça e este tenha que avaliar, incidentalmente, a
constitucionalidade de uma norma. O órgão fracionário não
pode pronunciar-se sobre a inconstitucionalidade e, portanto,
remeterá o processo ao Plenário do Tribunal. O Plenário irá se
pronunciar sobre a inconstitucionalidade da lei “em tese”
(abstratamente). Enquanto isso, o caso concreto fica parado no
órgão fracionário.

Conclusão: embora ocorra na maior parte dos casos, não


existe uma relação obrigatória entre controle concentrado e
controle abstrato e entre controle difuso e controle concreto.
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9.2- Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica (ADI):

9.2.1-Introdução:

No Brasil, a Ação Direta de Inconstitucionalidade tem suas origens na


Constituição de 1946, após a EC nº 16/1965. Até então, o sistema brasileiro
de controle de constitucionalidade baseava-se apenas no controle difuso. Com
a EC nº 16/1965, passam a conviver o controle difuso-incidental e o controle
concentrado-abstrato. Entretanto, havia predomínio do controle difuso, uma
vez que o único legitimado a impetrar a representação de inconstitucionalidade
era o Procurador-Geral da República.

Foi com a promulgação da Constituição Federal de 1988 que ganhou força o


controle abstrato. Por meio dela, ampliou-se significativamente o rol de
legitimados a ingressar com Ação Direta de Inconstitucionalidade. Também
foram criadas novas ações do controle abstrato: a Ação Direta de
Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) e a Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF). O controle abstrato tornou-se, dessa forma, a
principal forma de serem resolvidas as questões constitucionais.

9.2.2- Competência:

Compete exclusivamente ao STF processar e julgar, originariamente, a ação


direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual
em face da Constituição Federal.

9.2.3- Parâmetro de Controle:

Quando se fala em “parâmetro de controle”, a referência que se faz é às


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normas que servirão de fundamento para que seja aferida a validade das leis
ou atos normativos federais ou estaduais. A resposta pode parecer simples,
mas há vários detalhes que precisam ser compreendidos.

Todas as normas constantes do texto constitucional servem como


parâmetro de controle. Não interessa qual é o conteúdo da norma; basta que
ela seja formalmente constitucional para que sirva como parâmetro de
controle. Também não importa se a norma está explícita ou implícita na
Constituição Federal; mesmo as normas implícitas (como o princípio da
razoabilidade) servirão como parâmetro para a verificação de
constitucionalidade.

Destaque-se, ainda, que por força do art. 5º, § 3º, da Constituição, tratado
sobre direitos humanos incorporado ao ordenamento jurídico pelo
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procedimento legislativo de emenda constitucional será, também
parâmetro de controle de constitucionalidade. Isso porque esse tratado terá
equivalência de emenda e integrará o chamado “bloco de
constitucionalidade”.

É importante termos em mente que somente as normas constitucionais em


vigor podem ser parâmetro para o controle de constitucionalidade. Nesse
sentido, não é possível, por meio de ADI, avaliar a constitucionalidade de
normas face à Constituição pretérita.

Uma questão polêmica, que enseja controvérsias, surge quando há alteração


do parâmetro de controle (alteração da norma constitucional). Vamos ao
caso concreto examinado pelo STF. O Estado do Paraná editou a Lei nº
12.398/98, que previu que poderia ser exigida contribuição previdenciária dos
servidores inativos (aposentados). À época da lei, todavia, a CF/88 vedava
essa exigência, que passou a ser autorizada apenas com a EC nº 41/2003.

A pergunta que se faz, então, é a seguinte: a Lei nº 12.398/98 foi convalidada


pela EC nº 41/2003?

Não. A Lei nº 12.398/98 “nasceu morta”, porque à época de sua publicação,


ela era inconstitucional. Assim, a promulgação da EC nº 41/2003 não
convalidou a Lei nº 12.398/98, uma vez que, no ordenamento jurídico
brasileiro não existe constitucionalidade superveniente. Assim, a
constitucionalidade de uma lei ou ato normativo deve ser analisada segundo o
parâmetro vigente à época da sua publicação.

Suponha, agora, a seguinte situação. É ajuizada ADI buscando a declaração de


inconstitucionalidade de lei face a um determinado dispositivo da CF/88. Esse
dispositivo constitucional, no entanto, sofre uma alteração substancial ou
revogação superveniente. Nesse caso, a ADI será conhecida? Sim, a ADI
será conhecida, avaliando-se a constitucionalidade da lei frente à norma
constitucional em vigor quando da propositura da ação.

Situação diversa é aquela em que uma ADI é proposta com o objetivo de se


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declarar a inconstitucionalidade de lei face a parâmetro constitucional já


revogado. Nesse caso, a ADI não será conhecida (admitida).

9.2.4-Objeto de Controle:

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) tem como objeto a aferição da


validade de lei ou ato normativo federal ou estadual editados
posteriormente à promulgação da Constituição Federal (art. 102, I, alínea
“a”).

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A partir dessa afirmação, já se pode concluir que as leis e atos normativos
municipais não podem ser objeto de ADI perante o STF. Todavia, seria
precipitado concluir que as normas municipais não se submetem, em nenhuma
situação, ao controle de constitucionalidade perante o STF. Elas podem, sim,
se submeter a esse controle, mas por meio de Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF).

E as leis e atos normativos do Distrito Federal? Será que elas podem ser objeto
de ADI perante o STF?

Depende. Conforme já sabemos, o Distrito Federal acumula as competências


dos Estados e dos Municípios. Caso uma lei distrital tenha sido editada no
exercício de competência estadual, ela poderá ser objeto de ADI
perante o STF; por outro lado, caso a lei distrital tenha sido editada no
exercício de competência municipal, ela não poderá ter sua
constitucionalidade examinada por meio de ADI.

O direito municipal, bem como as leis e atos normativos do


Distrito Federal editados no desempenho de sua competência
municipal, não poderão ser impugnados em sede de ADI.

Para que uma norma (federal ou estadual) seja objeto de ADI, ela deverá ser
pós-constitucional, ou seja, deverá ter sido editada após a promulgação da
Constituição Federal de 1988. Nesse sentido, uma norma editada na
vigência de Constituição pretérita não pode ser objeto de ADI. Recorde-
se que o direito pré-constitucional pode ser recepcionado ou revogado pela
nova Constituição; não há, no ordenamento jurídico brasileiro o fenômeno da
inconstitucionalidade superveniente.

Outro ponto a se destacar é que só podem ser impugnados via ADI atos que
possuam normatividade, isto é, sejam dotados de generalidade e
abstração. É dotada de generalidade o ato que não tem destinatários certos e
definidos; ao contrário, se destina a todos aqueles que cumpram os requisitos
para nele se enquadrarem. Por sua vez, a abstração fica caracterizada quando
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o ato é aplicável a todos os casos que se subsumirem à norma (e não a um


caso concreto específico).

Assim, os atos de efeitos concretos, em regra, não podem ser objeto de


controle abstrato de constitucionalidade. Um exemplo de ato de efeitos
concretos seria uma Portaria que nomeia um servidor para cargo em comissão.
Veja: esse ato não é dotado de generalidade e abstração.

Todavia, em julgado mais recente, o STF abriu uma exceção. Como toda
exceção costuma ser bastante cobrada em concursos, guarde bem esta!
Segundo a Corte Suprema, atos de efeitos concretos aprovados sob a forma
de lei em sentido estrito, elaborada pelo Poder Legislativo e aprovada pelo
Chefe do Executivo, podem ser objeto de Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI). Com esse entendimento, a Lei de Diretrizes
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Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA) e as medidas
provisórias que abrem créditos extraordinários podem ser objeto de controle
de constitucionalidade por meio de ADI.

Feitas essas considerações, vamos, agora, definir exatamente quais atos


normativos, segundo a doutrina majoritária, podem ter sua
constitucionalidade aferida por meio de ADI:

a) Espécies normativas do art. 59, CF/88: Podem ser impugnadas


por ADI as emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias,
leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções do
Poder Legislativo.

Observação: A jurisprudência é pacífica no sentido de que medidas


provisórias podem sofrer controle abstrato7. Entretanto, cabe destacar
que a ação direta de inconstitucionalidade precisa ser aditada caso a
medida provisória seja convertida em lei8. Por outro lado, caso a
medida provisória seja rejeitada ou não seja apreciada, dentro do
prazo constitucionalmente estabelecido, pelo Congresso Nacional, a ação
direta de inconstitucionalidade restará prejudicada9.

b) Decretos autônomos. Assim como as espécies normativas do art.


59, CF, os decretos autônomos consistem em atos normativos primários.

c) Tratados internacionais. Qualquer que seja o tratado (comum ou


sobre direitos humanos) ele estará sujeito ao controle de
constitucionalidade.

Observação: Os decretos legislativos que autorizam o Presidente da


República a ratificar os tratados internacionais (CF, art. 49, I) poderão
ser objeto de ADI. O controle abstrato é possível, sim, após a
promulgação do decreto legislativo, por se tratar de ato legislativo que
produz consequências para a ordem jurídica10. O mesmo vale para o
decreto do Chefe do Executivo que promulga os tratados e
convenções internacionais. 09890389479

d) Regimentos Internos dos Tribunais e das Casas Legislativas.

e) Constituições e leis estaduais.


! ADI 293, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 16.04.1993; ADI 427, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, DJ de 01.02.1991.
8
ADI 1.922, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ de 18.05.2007.
9
ADI 525, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 04.09.1991; ADI 529, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, DJ de 04.09.1991.
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O Prof. Gilmar Mendes aponta que também podem ser
objeto de ADI11: i) os atos normativos editados por
pessoas jurídicas de direito público (ex: uma resolução
editada por Agência Reguladora), desde que fique
configurado seu caráter autônomo; ii) outros atos do Poder
Executivo com força normativa, como os pareceres da
Consultoria-Geral da República, aprovados pelo Presidente;
iii) Resolução do TSE; iv) Resoluções de tribunais que
deferem reajuste de vencimentos.

Na ADI nº 3.202/RN, o STF declarou a


inconstitucionalidade de um ato administrativo do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte que concedia
gratificações a servidores públicos. O STF examinou a
constitucionalidade desse ato em virtude de ele ser dotado
de generalidade e abstração, ou seja, ter caráter
autônomo.

Por outro lado, também é importante sabermos quais normas não podem ser
impugnadas por meio de ADI:

a) Normas constitucionais originárias: Segundo o STF, as normas


elaboradas pelo Poder Constituinte Originário não podem ser objeto de
ADI.12 Nas palavras de Jorge Miranda, “no interior da mesma
Constituição originária, obra do mesmo poder constituinte formal, não
divisamos como possam surgir normas inconstitucionais. Nem vemos
como órgãos de fiscalização instituídos por esse poder seriam
competentes para apreciar e não aplicar, com base na Constituição,
qualquer de suas normas. É um princípio de identidade ou de não
contradição que o impede”. 13

b) Leis e atos normativos revogados ou cuja eficácia tenha se


exaurido: Como a ADI tem por objetivo expurgar a norma inválida do
ordenamento jurídico, não faz sentido a análise da ação se a norma
não mais integra o Direito vigente. Assim, temos o seguinte:
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- Se a lei já tiver sido revogada no momento em que é proposta


a ADI, o STF nem mesmo conhecerá da ação.

- Se a lei for revogada após a impugnação do ato via ADI, a


ação restará prejudicada, total ou parcialmente, por falta de
objeto.

11
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional. 6ª edição. Editora Saraiva, 2011, pp. 1190-1192.
12
ADI-AgR 4.097/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, Julgamento 08.10.2008.
13
MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional, Coimbra, Coimbra Ed. 2001.
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c) Direito pré-constitucional. As normas elaboradas na vigência de
Constituições pretéritas (direito pré-constitucional) não podem ser
examinadas mediante ADI. O direito pré-constitucional pode ser objeto
apenas de um juízo de recepção ou revogação.

d) Súmulas e súmulas vinculantes. As súmulas não possuem


normativos e, por isso, não podem ser objeto de controle concentrado.
Isso vale, inclusive, para as súmulas vinculantes, que não possuem
características de ato normativo.

e) Atos normativos secundários. O STF não admite a


inconstitucionalidade indireta ou reflexa. Se um ato normativo
secundário (infralegal) violar a lei e, por via indireta, desobedecer a
Constituição, será caso de mera ilegalidade. Assim, os atos meramente
regulamentares não estão sujeitos ao controle por meio de ADI.

9.2.5-Legitimação ativa:

A pergunta que fazemos, agora, é a seguinte: quem pode propor Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADI) perante o STF?

A resposta está no art. 103, CF, que relaciona os legitimados a propor ADI
perante o STF.

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a


ação declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do
Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República; 09890389479

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;


VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito
nacional.

É fundamental que você memorize essa relação! Não há outro jeito! Algumas
observações:

a) Um Deputado Federal ou Senador não tem competência para propor


ADI perante o STF. É a Mesa do Senado Federal e a Mesa da Câmara
dos Deputados que têm competência para tanto.

b) Não é qualquer partido político que possui legitimidade para propor


ADI perante o STF. O partido político deve ter representação no
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Congresso Nacional, o que fica caracterizado quando há pelo menos
um representante (Deputado Federal ou Senador) no Congresso
Nacional.

Segundo o STF, a aferição da legitimidade do partido político para


propor a ADI deve ser feita no momento da propositura da ação.
Nesse sentido, caso haja perda superveniente de representação do
partido no Congresso Nacional, isso não irá prejudicar a ADI.

Além disso, entende o STF que é suficiente, para a instauração do


controle abstrato, a decisão do presidente do partido, não havendo
necessidade de manifestação do diretório partidário.

c) Não é qualquer confederação sindical ou entidade de classe que pode


propor ADI perante o STF. Para fazê-lo, elas precisam ser de âmbito
nacional (uma entidade estadual ou municipal não poderá fazê-lo).

Destaca-se também que o STF admite a instauração do controle


abstrato por “associações de associações”, ou seja, associações que
congreguem apenas pessoas jurídicas. Ainda sobre o tema, o STF
entende que os sindicatos e as federações, mesmo tendo abrangência
nacional, não têm legitimidade ativa para instaurar o controle abstrato,
uma vez que a legitimidade alcança somente as confederações
sindicais.14

d) O rol de legitimados ativos do art. 103, CF/88 é taxativo. Logo,


não se pode estender a legitimidade para propor ADI ao Vice-Presidente
e ao Vice-Governador, a menos que eles estejam exercendo a função do
titular.

Dentre todos os legitimados do art. 103, CF/88, apenas dois necessitam de


advogado para a propositura da ação: i) partido político com representação
no Congresso Nacional e ii) confederação sindical ou entidade de classe
de âmbito nacional. Apesar disso, no curso do processo, eles poderão
praticar todos os atos, sem necessidade de advogado. 09890389479

Os outros legitimados (incisos I a VII) podem propor ADI


independentemente de advogado. Pode-se dizer, assim, que eles possuem
capacidade postulatória especial, podendo subscrever a peça inicial da ADI
sem qualquer assistência advocatícia.

O STF diferencia os legitimados a propor ADI em dois grupos:

a) Legitimados universais: São aqueles que podem propor ADI sobre


qualquer matéria. São eles: Presidente da República, Mesa do Senado
Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, partido político com

14
Confederações sindicais são reuniões de, no mínimo, 3 Federações. Federações são
reuniões de, no mínimo, 5 sindicatos.
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representação no Congresso Nacional, Procurador-Geral da República e
Conselho Federal da OAB.

b) Legitimados especiais. São aqueles que só podem propor ADI


quando haja comprovado interesse de agir, ou seja, pertinência entre a
matéria do ato impugnado e as funções exercidas pelo legitimado. Em
outras palavras, só poderão propor ADI quando houver pertinência
temática. São eles o Governador de Estado e do DF, Mesa de
Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF e confederação
sindical e entidade de classe de âmbito nacional.

Feitas todas essas considerações, fica bastante perceptível o quanto a CF/88


ampliou o rol de legitimados a propor ADI perante o STF. Até a CF/88, o
Procurador-Geral da República era o único que poderia ingressar com ADI.

Vejamos a seguir um quadro-resumo com os legitimados do art. 103, CF:

Legitimados
Legitimados especiais
universais

Presidente da República
Governador de Estado e do DF
Procurador-Geral da República

Mesa do Senado Federal e da


Câmara dos Deputados Mesa de Assembleia
Legislativa e da Câmara
Legislativa do DF
Conselho Federal da OAB

Partido político com Confederação sindical ou


representação no Congresso entidade de classe de âmbito
Nacional nacional

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9.2.6- Processo e Julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade


(ADI):

9.2.6.1- Petição Inicial e Princípio do Pedido:

A Lei nº 9.868/99 é que dispõe sobre o processo e o julgamento da Ação


Direta de Inconstitucionalidade (ADI). Iremos, nesse tópico, tratar justamente
disso, comentando sobre os aspectos mais relevantes trazidos pela Lei nº
9.868/99.

De início, é preciso saber que o Supremo Tribunal Federal (STF) não poderá,
de ofício, dar início ao exercício da jurisdição constitucional; em outras
palavras, a jurisdição constitucional somente será exercida pelo STF
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através de provocação por um dos legitimados a propor ADI (art. 103, CF).
Aplica-se, portanto, o princípio da inércia da jurisdição.

Tudo começa com a petição inicial, que deverá indicar:

a) o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos


jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações e;

b) o pedido, com suas especificações.

Veja que o interessado deverá indicar, na petição inicial, o pedido


(declaração de inconstitucionalidade de determinados dispositivos de uma lei)
e a fundamentação jurídica do pedido (a causa de pedir).

O STF está vinculado ao pedido feito pelo interessado, ou seja, somente irá
examinar a constitucionalidade dos dispositivos indicados na petição inicial.
Cabe destacar que, em algumas oportunidade, o STF tem aplicado a técnica da
“declaração de inconstitucionalidade por arrastamento”, que é uma
exceção ao princípio do pedido (explicamos sobre isso no tópico 2, “d”
dessa aula).

Embora esteja vinculado ao pedido, o STF não se vincula à causa de pedir.


A Corte não está vinculada à fundamentação jurídica apresentada pelo
proponente da ADI; o STF poderá decidir pela inconstitucionalidade de uma lei
por um motivo totalmente diferente daquele indicado na petição inicial. Diz-se,
por isso, que a ADI tem causa de pedir aberta.

Proposta a ADI, o autor da ação não poderá dela desistir; trata-se de uma
ação indisponível. Isso porque o controle abstrato é processo objetivo, que
tem como fim a defesa do ordenamento jurídico. Uma vez proposta a ação,
dado o interesse público, o legitimado não pode impedir seu curso. Isso
também vale para a medida cautelar em sede de ADI.

Apresentada a petição inicial, ela será distribuída a um Ministro do STF


(Ministro Relator). Caso seja inepta, não fundamentada ou manifestamente
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improcedente, ela será liminarmente indeferida pelo relator. Nesse caso, a


ADI não será nem mesmo conhecida pelo STF.

Se a ADI for admitida, o relator pedirá informações aos órgãos ou às


autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Se a lei
cuja constitucionalidade é arguida for uma lei federal, serão solicitadas
informações ao Congresso Nacional. Se for uma lei estadual, o relator solicitará
informações à Assembleia Legislativa do Estado do qual ela provém. Essas
informações serão prestadas no prazo de 30 (trinta dias) contados do
recebimento do pedido.

9.2.6.2- Intervenção de Terceiros e “Amicus Curiae”:


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A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) é um processo objetivo, no
qual inexistem partes e direitos subjetivos envolvidos. Em razão disso, não se
admite intervenção de terceiros no processo de ADI.

No entanto, a Lei nº 9.868/99 admite a manifestação de outros órgãos e


entidades na condição de “amicus curiae” (“amigo da corte”). Nesse
sentido, dispõe o art. 7º, § 2º, que “o relator, considerando a relevância da
matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho
irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a
manifestação de outros órgãos ou entidades”.

O objetivo de se permitir a participação de “amicus curiae” no processo de


uma ADI é pluralizar o debate constitucional e, ao mesmo tempo, dar
maior legitimidade democrática às decisões do STF. É nesse sentido que o
STF tem admitido, por exemplo, que ONG`s atuem como “amicus curiae” em
importantes casos levados à Corte. Destaque-se que, atualmente, também
podem ser admitidos como “amicus curiae” parlamentares e partidos
políticos.

A decisão quanto à admissibilidade ou não de “amicus curiae” cabe ao


relator, que avalia 3 (três) requisitos: i) relevância da matéria; ii)
representatividade dos postulantes e; iii) pertinência temática (congruência
entre a matéria objeto de discussão e os objetivos da entidade que pleiteia o
ingresso como “amicus curiae”. O “amicus curiae” somente pode demandar a
sua intervenção até a data em que o relator liberar o processo para pauta
de julgamento.15

O “amicus curiae”, em regra, não pode recorrer nos processos de controle de


constitucionalidade; não poderá, nem mesmo, opor embargos de declaração16.
A jurisprudência do STF reconhece uma única possibilidade de o “amicus
curiae” apresentar recurso: quando o Ministro Relator indefere a
participação do “amicus curiae” no processo. Nesse caso, será possível a
apresentação de embargos à decisão denegatória.

É relevante destacarmos que, segundo o STF, o “amicus curiae” pode


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participar em qualquer das ações do controle abstrato de


constitucionalidade (ADI, ADC e ADPF). Além disso, a Corte também já
admite a participação de “amicus curiae” em procedimentos do controle
difuso de constitucionalidade. O STF considera que é possível o “ingresso de
amicus curiae não apenas em processos objetivos de controle abstrato de

∀,
!ADI 4071 AgR, Relator: Min. Menezes Direito, Julg: 22/04/2009
∀−
! Embargos de declaração é um recurso interposto com o objetivo de pedir que um
juiz ou tribunal elimine alguma obscuridade, omissão, contradição ou esclareça
dúvidas sobre uma sentença.

!∀#∃%&∋()∗+&,+∀#−∗.+&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/&0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)+!#∃!%%%!

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constitucionalidade, mas também em outros feitos com perfil de
transcendência subjetiva”.17

Quando admitido em um processo de controle de constitucionalidade, o


“amicus curiae” poderá colaborar mediante entrega de documentos, pareceres
e, ainda, por meio de sustentação oral.

9.2.6.3-Atuação do Advogado-Geral da União (AGU) e do Procurador-


Geral da República (PGR):

O Advogado-Geral da União (AGU) e o Procurador-Geral da República (PGR)


deverão se manifestar no âmbito de uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (AD).

O Advogado-Geral da União, no processo de ADI, atua, em regra, em


defesa da constitucionalidade da norma impugnada, com base na
competência que lhe é atribuída pelo art. 103, § 3º, da CF/88. Cabe destacar,
porém, que o STF entende que o Advogado-Geral da União não está
obrigado a defender tese jurídica se a Corte já tiver fixado o seu
entendimento pela inconstitucionalidade da norma.

O Procurador-Geral da República, por sua vez, atua como “fiscal da


Constituição” (“custos constitutionis”), devendo opinar com independência
para cumprir seu papel de defesa do ordenamento jurídico. Sua manifestação é
imprescindível para o processo, sendo obrigatória sua participação opinando
sobre a procedência ou improcedência da ação. Esse parecer, salienta-se, não
vincula o STF.

A autonomia do Procurador-Geral da República subsiste mesmo quando ele


atuou previamente como autor da ação, podendo ele opinar, inclusive,
pela improcedência da mesma. Dessa maneira, é plenamente possível que,
após propor uma ADI perante o STF, o Procurador-Geral da República opine
por sua improcedência. 09890389479

9.2.6.4- Medida cautelar em ADI:

É possível que, no âmbito de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI),


seja efetuado o pedido de uma medida cautelar a fim de se evitar que a
demora na prestação jurisdicional traga danos aos interessados. Assim, uma
vez presentes os requisitos “fumus boni juris” (razoabilidade, relevância e
plausibilidade do pedido) e “periculum in mora” (perigo de haver danos
causados pela demora da tramitação e do julgamento do processo), o STF
poderá conceder uma medida cautelar em ADI.
17
MS 32.033/DF. Relator Min. Gilmar Mendes.

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Para a concessão de medida cautelar, é necessário que sejam ouvidos,
previamente, os órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato
normativo impugnado. Todavia, em caso de excepcional urgência, o STF
poderá deferir a cautelar independentemente da audiência desses
órgãos/autoridades.

A medida cautelar é concedida por decisão da maioria absoluta dos membros


do STF (seis votos), devendo estar presentes na sessão, pelo menos, oito
Ministros (quórum de presença). No período de recesso, a medida cautelar
poderá ser concedida pelo Presidente do Tribunal18, sujeita a referendo
posterior do Tribunal Pleno.

Um detalhe interessante é que tendo em vista a relevância da matéria e seu


significado especial para a ordem social e a segurança jurídica, o relator
poderá propor ao Plenário que converta o julgamento da medida cautelar em
julgamento definitivo de mérito.

Mas quais são os efeitos da concessão de uma medida cautelar em ADI?

Os efeitos da concessão de medida cautelar são os seguintes:

a) Efeitos prospectivos (“ex nunc”): Em regra, os efeitos da


concessão de medida cautelar não afetam o passado, ou seja, não irão
desconstituir situações pretéritas. Todavia, excepcionalmente, o STF
poderá conceder-lhe efeitos retroativos (“ex tunc”). Ressalte-se que,
caso o STF pretenda atribuir efeitos retroativos à concessão de medida
cautelar, ele deverá fazê-lo expressamente; caso a sentença seja silente,
os efeitos serão “ex nunc”.

b) Eficácia geral (“erga omnes”): A concessão de medida cautelar é


dotada de eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

c) Efeito repristinatório: Quando o STF concede uma medida cautelar


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em ADI, a norma impugnada ficará suspensa até que ocorra o


julgamento de mérito. Com a suspensão da norma impugnada, a
legislação anterior, acaso existente, torna-se aplicável. É esse o
efeito repristinatório. As normas revogadas pela lei ou ato normativo
suspenso tornam-se novamente aplicáveis. É a volta dos “mortos-
vivos”... rsrs.

Cabe destacar, porém, que o STF poderá afastar o efeito


repristinatório. É que, segundo o art. 11, 2º, da Lei nº 9.868/99, “a
concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso
existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário”.

18
Essa competência do Presidente do STF está previsto no art. 13, VIII, do Regimento
Interno do STF.
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Dessa forma, caso o efeito repristinatório seja indesejado, é possível
que o STF o afaste, manifestando-se expressamente nesse sentido. O
STF só poderá afastar o efeito repristinatório quando houver pedido
expresso do autor da ADI.

O início da produção de efeitos pela medida cautelar se dá com a


publicação, no Diário de Justiça da União, da ata de julgamento do pedido,
ressalvadas as situações excepcionais expressamente reconhecidas pelo STF.
Por ter efeito vinculante, a concessão de medida cautelar irá,
automaticamente, suspender o julgamento de todos os processos que
envolvam a aplicação da lei ou ato normativo objeto da ação.

Quando o STF analisa uma medida cautelar em sede de ADI, ele não está se
pronunciando em definitivo sobre o tema. Essa será uma decisão provisória; a
decisão de mérito somente ocorrerá depois, mais á frente. Dessa maneira, o
indeferimento da medida cautelar não significa que foi reconhecida a
constitucionalidade da lei ou ato normativo impugnado. Percebe-se, dessa
maneira, que o indeferimento de uma medida cautelar não produz efeito
vinculante. Os outros Tribunais do Poder Judiciário terão ampla liberdade
para decidir pela inconstitucionalidade da norma que foi impugnada no STF.

9.2.7- Imprescritibilidade:

Por ser um processo objetivo e que tem como objeto a defesa da ordem
jurídica, não há prazo prescricional ou decadencial para a propositura da
ADI. Relembra-se apenas que o controle abstrato em sede de ADI só pode ter
como objeto leis ou atos normativos expedidos após a entrada em vigor da
Constituição de 1988. Além disso, as leis e atos normativos deverão estar
em seu período de vigência para serem objeto da ação.

9.2.8-Deliberação:
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A decisão de mérito em ADI está sujeita a dois quóruns:

a) Quórum de presença: É necessário que estejam presentes na


sessão pelo menos 8 (oito) Ministros do STF. Sem esse “quórum”
especial, não pode haver decisão deliberativa.

b) Quórum de votação: Em razão da cláusula de “reserva de plenário”


(sobre a qual nós já estudamos), a proclamação da constitucionalidade
ou da inconstitucionalidade da norma ou do dispositivo impugnado
dependerá da manifestação de pelo menos 6 (seis) Ministros (maioria
absoluta).

Caso não se alcance o número de 6 (seis votos), estando ausentes Ministros


em número suficiente para influir no julgamento, esse será suspenso para
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aguardar o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o
número necessário para a decisão num ou noutro sentido. O Presidente do STF
não está obrigado a votar, devendo fazê-lo apenas quando assim quiser ou
quando for necessário desempate, por terem 5 (cinco) Ministros votados no
sentido da constitucionalidade da norma analisada e 5 (cinco) votado no
sentido da inconstitucionalidade.

PELO MENOS 8
PRESENÇA MINISTROS

DECISÃO EM SEDE
DE ADI E ADC

PELO MENOS 6
VOTO MINISTROS

9.2.9-Natureza dúplice ou ambivalente:

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) possui natureza dúplice (ou


ambivalente), o que significa que a decisão de mérito proferida em ADI produz
eficácia quando o pedido é concedido ou quando é negado. Se o STF
considerar que a lei ou ato normativo é inconstitucional, a ADI será julgada
procedente; por outro lado, caso o Tribunal entenda que a lei ou ato
normativo é compatível com a Constituição, a ADI será julgada
improcedente.

9.2.10-Efeitos da decisão: 09890389479

As decisões de mérito em ADI (decisões definitivas) têm os seguintes


efeitos:

a) Efeitos retroativos (“ex tunc”): A declaração de


inconstitucionalidade de lei ou ato normativo terá, em regra, efeitos
retroativos (“ex tunc”). Aplica-se, aqui, a teoria da nulidade, segundo
a qual considera-se que a lei já “nasceu morta”. Em razão disso, os
efeitos por ela produzidos são todos considerados inválidos.

Por essa ótica, a sentença que reconhece a inconstitucionalidade da


norma, em sede de ADI, é meramente declaratória de uma situação
que já existia: a nulidade da norma. Os atos praticados com base na lei

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ou ato normativo declarado inconstitucional podem, então, ser
invalidados.

Existe a possibilidade de que STF, por decisão de 2/3 (dois terços) dos
seus membros, proceda à modulação dos efeitos temporais da
sentença. Assim, excepcionalmente, a decisão em sede de ADI poderá
ter efeitos “ex nunc” ou mesmo poderá ter eficácia a partir de um
outro momento fixado pela Corte.

b) Eficácia “erga omnes”: A decisão em sede de ADI terá eficácia


contra todos, ou seja, alcança indistintamente em todos. Isso se
deve ao fato de que a ADI é um processo de caráter objetivo, no qual
inexistem partes; a ADI tem como finalidade tutelar a ordem
constitucional (e não interesses subjetivos).

Cabe destacar que o STF poderá, por decisão de 2/3 (dois terços) dos
seus membros, restringir os efeitos da decisão em uma ADI,
determinando que ela não alcançará a todos indistintamente, mas
apenas a algumas pessoas.

c) Efeito vinculante: A decisão definitiva de mérito proferida pelo STF


em ADI terão efeito vinculante em relação aos demais órgãos do
Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e municipal.

Observe que nos referimos “aos demais órgãos do Poder Judiciário”, o


que, portanto, exclui o STF, que não estará vinculado às decisões que
ele próprio tomar em ADI. É perfeitamente possível, dessa maneira, que
o STF mude a orientação firmada em julgados pretéritos. O efeito
vinculante também não alcança o Poder Legislativo, que poderá
editar nova lei de conteúdo idêntico ao da norma declarada
inconstitucional pelo STF.

Há duas teorias a respeito do efeito vinculante das decisões


no âmbito do controle abstrato: i) a teoria restritiva e; ii) a
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teoria extensiva (ou “teoria da transcendência dos motivos


determinantes”).

Para entendê-las melhor, é preciso que saibamos que uma


sentença tem as seguintes partes (art. 458, CPC): i)
relatório; ii) fundamentos e; iii) dispositivo. No dispositivo
da sentença é que o juiz irá resolver a questão que lhe foi
submetida. Nos fundamentos, o juiz irá explicar o que o
levou a tomar aquela decisão. Dentro dos fundamentos da
decisão, há o que se chama de “ratio decidendi” (“as razões
de decidir”) e “obter dictum” (“o que foi dito de passagem”)

Para a teoria restritiva, apenas a parte dispositiva terá

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efeito vinculante.

Para a teoria extensiva (ou “teoria da transcendência dos


motivos determinantes”), além da parte dispositiva, uma
parte da fundamentação também terá efeito
vinculante, notadamente a “ratio decidendi”.

Atualmente, o STF adota a teoria restritiva no controle


concentrado de constitucionalidade.

d) Efeito repristinatório: Quando uma lei ou ato normativo é


declarado inconstitucional em sede de ADI, a legislação anterior (acaso
existente) voltará a ser aplicável. Ressalte-se que o STF poderá
declarar a inconstitucionalidade da norma impugnada (objeto da ação) e
também das normas por ela revogadas, evitando o efeito
repristinatório (indesejado) da decisão de mérito. Entretanto, para que
isso ocorra, é necessário que o autor impugne tanto a norma revogadora
quanto os atos por ela revogados.

A decisão de mérito em ADI é definitiva/irrecorrível, ressalvada a


interposição de embargos declaratórios. Só para facilitar o entendimento:
os embargos declaratórios são o recurso cabível para esclarecer uma decisão
judicial em que há contradição, omissão ou obscuridade. Também não cabe
ação rescisória contra decisão proferida em sede de ADI. Explico: a ação
rescisória é aplicável no Direito para impugnar ações judiciais transitadas em
julgado.

Caso haja desrespeito à decisão tomada em ADI, o prejudicado poderá


propor reclamação perante o STF, que determinará a anulação do ato
administrativo ou a cassação da decisão judicial reclamada.

9.2.11-Modulação dos efeitos temporais:


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Como já dissemos, a decisão de mérito em ADI terá, em regra, efeitos “ex


tunc”, retirando a norma inválida do ordenamento jurídico. A norma declarada
inconstitucional em ADI será considerada inválida desde sua origem, com
consequente restauração da vigência daquelas por ela revogadas (efeito
repristinatório).

Entretanto, poderá o Supremo, por decisão de 2/3 (dois terços) dos seus
membros, em situações especiais, tendo em vista razões de segurança
jurídica ou relevante interesse nacional, restringir os efeitos da
declaração de inconstitucionalidade, dar efeitos prospectivos (“ex nunc”) à
mesma, ou fixar outro momento para que sua eficácia tenha início.

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(DPU – 2016) O defensor público-geral da União tem legitimidade
constitucional para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade e de
ação declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

Questão errada.

(TJDFT – 2016) As decisões definitivas de mérito produzirão eficácia contra


todos e efeito vinculante, do dispositivo e dos fundamentos determinantes, à
administração e aos órgãos do Poder Judiciário.

Comentários:

Questão errada.

(TRF 5a Região – 2015) Se o pedido da ADI se limitar única e


exclusivamente à declaração de inconstitucionalidade formal, o STF ficará
impedido de examinar a inconstitucionalidade material da lei.

Comentários:

Questão correta.

(TRF 5a Região – 2015) De acordo com o entendimento do STF, se, no curso


de ADI proposta por partido político, este vier a perder sua representação no
Congresso Nacional, referida ação deverá ser declarada prejudicada.

Comentários:

Questão errada.

(TRF 5a Região – 2015) A despeito do caráter dúplice da ADI, o


indeferimento de medida cautelar não dá margem à propositura de
reclamação, visto que essa decisão não possui efeito vinculante.
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Comentários:

Questão correta.

(TRF 5a Região – 2015) A declaração de inconstitucionalidade proferida em


ADI vincula o legislador, que fica impedido de promulgar lei de conteúdo
idêntico ao do texto anteriormente censurado.

Comentários:

Questão errada.

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(TRF 1a Região – 2015) Segundo entendimento do STF, todos os legitimados
para propor ADI possuem capacidade processual plena e podem subscrever a
peça inicial da ação sem auxílio de advogado.

Comentários:

Questão errada.

9.3- Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO):

9.3.1- Introdução:

São várias as normas da Constituição Federal que possuem eficácia limitada,


ou seja, que não são autoaplicáveis. Elas dependem de regulamentação
para que produzam todos os seus efeitos, sob pena de não se concretizarem. A
efetividade dessas normas depende diretamente da atuação regulamentadora
do Poder Público.

Mas e se o Poder Público se mantiver inerte?

Nesse caso, é notório que há um desrespeito à Constituição, documento que


foi elaborado para regular efetivamente a vida social. Haverá, então, uma
verdadeira omissão inconstitucional, que põe em risco a própria força
normativa da Constituição.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) foi criada pela


Constituição Federal de 1988, com forte inspiração na Constituição portuguesa.
Seu objetivo é justamente garantir a efetividade das normas
constitucionais, impedindo a inércia do órgão encarregado de elaborar a
norma regulamentadora de dispositivo constitucional não-autoaplicável. Cabe
destacar que a ADO não se restringe à omissão legislativa; ela alcança,
também, a omissão da Administração Pública em editar atos administrativos
necessários à concretização de dispositivos constitucionais.
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A ADO é, junto com o mandado de injunção, um importante instrumento


para combater as omissões inconstitucionais. Todavia, o mandado de
injunção é utilizado em um caso concreto; trata-se de ação que viabiliza o
controle incidental de constitucionalidade. Por sua vez, a ADO visa impugnar
a omissão constitucional “em tese”; nesse caso, trata-se de controle
abstrato de constitucionalidade.

Em regra, tudo o que estudamos quando vimos à ADI é aplicável à ADO. Nos
tópicos seguintes, ressaltaremos aqueles pontos em que as ações se
distinguem.

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9.3.2- Legitimados ativos:

O entendimento doutrinário e jurisprudencial sempre foi o de que podem


propor ADO exatamente os mesmos legitimados a propor ADI (art. 103, I
a IX, CF/88). Com a edição da Lei nº 12.063/2009, que trata da ADO, essa
regra passou a estar positivada. No esquema abaixo, relacionamos os
legitimados a propor ADO:

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
PODEM PROPOR ADO

MESA DO SENADO FEDERAL E DA CÂMARA DOS


DEPUTADOS

CONSELHO FEDERAL DA OAB

PARTIDO POLÍTICO COM REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO


NACIONAL

GOVERNADOR DE ESTADO E DO DF

MESA DE ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E DA CÂMARA


LEGISLATIVA DO DF
CONFEDERAÇÃO SINDICAL OU ENTIDADE DE CLASSE DE
ÂMBITO NACIONAL

Há uma peculiaridade importante na legitimação ativa da ADO. É que


muitos dos legitimados a propor essa ação podem ser responsáveis por
uma omissão inconstitucional. Como exemplo, o Presidente da República
tem a iniciativa privativa (ou reservada) de projetos de lei sobre o regime
jurídico dos servidores públicos federais. Assim, uma omissão relacionada a
um direito dos servidores será, muito provavelmente, imputada ao Presidente.

Por uma questão de lógica, não faz sentido que a própria autoridade
responsável pela omissão ingresse com uma ADO. Seria amplamente
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contraditório admitir que isso ocorresse.

9.3.3- Legitimados Passivos:

Os legitimados passivos da ADO são os órgãos ou autoridades omissos,


que deixaram de tomar as medidas necessárias à implementação dos
dispositivos constitucionais não-autoaplicáveis.

Deve-se observar, no caso concreto, a quem cabia a iniciativa de lei. Caso o


Poder Legislativo não disponha de iniciativa sobre determinada matéria,
não poderá ser imputada a ele a omissão. Assim, num caso em que a lei

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é de iniciativa privativa do Presidente da República e ele não apresenta o
projeto de lei ao Legislativo, o requerido será o Chefe do Executivo (e não o
Congresso Nacional).

Por outro lado, caso o projeto de lei tenha sido apresentado pela
autoridade detentora da iniciativa reservada, a ela não mais poderá ser
imputada a omissão. A edição da norma passará, nessa situação, a ser de
responsabilidade do Poder Legislativo (e a esse Poder poderá ser imputada a
omissão).

9.3.4-Objeto:

A ADO tem por objeto a omissão inconstitucional, caracterizada pela


inobservância da Carta Magna devido à inércia do poder constituído
competente para promover sua implementação. A omissão deverá relacionar-
se a normas constitucionais de eficácia limitada de caráter mandatório, cuja
aplicabilidade requer uma ação do Poder Público.

A ADO tem por finalidade, portanto, promover a integridade do


ordenamento jurídico, fazendo cessar a ofensa à Constituição pela inércia
dos poderes constituídos. Está relacionada à omissão “em tese”, sem
qualquer relação a um caso concreto. O instrumento adequado para solucionar
casos concretos, nos quais se visa assegurar direitos subjetivos, é o mandado
de injunção.

Por meio de ADO, podem ser impugnadas omissões de órgãos federais e


estaduais em face da CF/88. Também podem ser impugnadas omissões de
órgãos do DF quanto às suas competências estaduais. Por outro lado, não
podem ser impugnadas, via ADO, omissões de órgãos municipais ou omissões
de órgãos do DF relativas às competências municipais.

A ADO pode ser utilizada para combater omissões legislativas e omissões


administrativas. Assim, caberá a fiscalização da omissão inconstitucional
derivada da falta de edição de atos normativos primários (por exemplo, leis
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complementares, leis ordinárias e medidas provisórias) ou secundários (por


exemplo, decretos e instruções normativas).

Questão relevante diz respeito à inércia nas fases de discussão e


deliberação do processo legislativo. Isso porque, com exceção do que ocorre
no procedimento abreviado (art. 64, §§ 1º e 2º, da Constituição), não há
determinação de prazo para a apreciação dos projetos de lei, o que resulta em
frequente falta de deliberação em um prazo razoável. O STF, avaliando
essa morosidade, vinha considerando que, uma vez desencadeado o processo
legislativo, não haveria que se falar em omissão inconstitucional do legislador.

Entretanto, esse entendimento do STF foi superado. Passou-se a considerar


que a inércia na deliberação das Casas Legislativas pode ser objeto de
ADO. Nesse sentido, a Corte, em 09 de maio de 2007, julgou, por
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unanimidade, procedente a ADI 3.682/MT, ajuizada em razão da mora na
elaboração da lei complementar prevista no art. 18, § 4º, da Constituição
Federal. Entendeu-se que a inércia na deliberação também poderia
configurar omissão passível de vir a ser reputada inconstitucional, no
caso de os órgãos legislativos não deliberarem dentro de um prazo razoável
sobre o projeto de lei em tramitação. No caso em questão, o lapso temporal de
mais de dez anos desde a data da publicação da EC nº 15/96 foi considerado
uma inércia inconstitucional.

A omissão impugnada por meio de ADO pode ser total ou parcial. Será uma
omissão total quando o legislador não produz qualquer ato no sentido de
atender à norma constitucional. Será uma omissão parcial quando há edição de
um ato normativo que atende apenas parcialmente à Constituição.

9.3.5- Atuação do AGU e do PGR:

Na ADI, é obrigatória a manifestação do Advogado-Geral da União (AGU) e


do Procurador-Geral da República (PGR).

Na ADO, é um pouco diferente. O Procurador-Geral da República (PGR)


deverá sempre se manifestar. É o que manda o art. 103, § 1º, segundo o
qual “o Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas
ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do
Supremo Tribunal Federal”.

A participação do Advogado-Geral da União (AGU), porém, não é


obrigatória em ADO, uma vez que não há ato normativo a ser defendido. Há
que se ressaltar, todavia, que o Ministro Relator poderá solicitar a
manifestação do Advogado-Geral da União (AGU), que deverá ser
encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias.

9.3.6- Medida Cautelar em ADO:


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A Lei 9.868/1999 determina que, em caso de especial urgência e relevância da


matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros,
desde que presentes à sessão de julgamento pelo menos 8 (oito
ministros), poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou
autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão
pronunciar-se no prazo de cinco dias.

A medida cautelar poderá consistir em:

a) Suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no


caso de omissão parcial.

b) Suspensão de processos judiciais ou processos administrativos.

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c) Outra providência fixada pelo Tribunal.

9.3.7-Efeitos da decisão:

O STF, ao declarar a inconstitucionalidade da omissão legislativa ou


administrativa, não poderá, em respeito ao princípio da separação de
poderes, editar a norma regulamentadora. É por isso que a doutrina
considera que ainda são tímidos os efeitos da decisão que reconhece a
procedência da ADO.

Temos 2 (duas) situações diferentes:

a) Em caso de omissão de um do Poderes do Estado: o STF dará


ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias.

b) Em caso de omissão imputável a órgão administrativo: o STF


notificará o órgão para que adote as providências necessárias em 30
(trinta) dias a partir da ciência da decisão ou em outro prazo
razoável a ser estipulado pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias
específicas do caso e o interesse público envolvido.

Na ADI nº 3.682, o STF estipulou o prazo de 18 (dezoito) meses para que o


Congresso Nacional conferisse disciplina legislativa ao tema, contemplando as
situações verificadas em virtude da omissão legislativa. Salienta-se, porém,
que a própria Corte fez a ressalva de que não se tratava “de impor um
prazo para a atuação legislativa do Congresso Nacional, mas apenas da
fixação de um parâmetro temporal razoável”. Essa solução foi uma
inovação do Supremo, ao estabelecer prazo para superação do estado de
inconstitucionalidade decorrente da omissão.

Destaca-se, porém, que apesar do caráter mandamental da ADI 3.862, ainda


prevalece no STF a linha de jurisprudência que determina que o Tribunal
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apenas declare a omissão do Poder competente.

(Delegado PCDF – 2015) Não é todo silêncio legislativo que autoriza a


declaração de inconstitucionalidade por omissão. Essa omissão inconstitucional
verificar-se-á com o descumprimento de um mandamento constitucional que
obrigue o legislador ordinário a atuar positivamente, criando uma norma legal.

Comentários:

Questão correta.

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(TJ-MG – 2015) Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida
para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder
competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de
órgão administrativo, para fazê-lo em sessenta dias

Comentários:

Questão errada.

(TRF 5a Região – 2015) Não é cabível medida cautelar em ADI por omissão.

Comentários:

Questão errada.

9.4-Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC):

9.4.1-Introdução:

A Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) é importante instrumento do


controle abstrato de constitucionalidade. Surgiu no ordenamento jurídico com
a promulgação da EC no 03/1993. Posteriormente, ela foi objeto da EC nº
45/2004, que equiparou o rol de legitimados da ADC e da ADI.

Na ADC, o autor busca que o STF se pronuncie sobre lei ou ato normativo que
venha gerando dissenso entre juízes e demais tribunais. Não há que se
cogitar de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) caso não exista um
estado de incerteza acerca da legitimidade da lei. Sabe-se que as leis
gozam de presunção de constitucionalidade, a qual, todavia, pode ser afastada
pelo Poder Judiciário. Por meio da ADC, busca-se transformar a presunção
relativa de constitucionalidade em presunção absoluta.

Com isso, ganha-se segurança jurídica, uma vez que a decisão do STF, no
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âmbito de ADC, vinculará os demais órgãos do Poder Judiciário e a


Administração Pública Direta e Indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal.

Há uma enorme semelhança com a ADI. Por isso, apesar de tratarmos do tema
de forma abrangente, nosso foco principal serão as diferenças entre a ADC e a
ADI.

9.4.2- Legitimados Ativos:

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A EC nº 45/2004 ampliou o rol de legitimados a propor Ação Declaratória
de Constitucionalidade (ADC) perante o STF. Com isso, os legitimados ativos a
propor ADC passaram a ser exatamente os mesmos da ADI.

Segundo o art. 103, CF/88, podem propor a ADI e a ADC: i) Presidente da


República; ii) Mesa do Senado Federal; iii) Mesa da Câmara dos Deputados;
iv) Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF; v) o
Governador de Estado ou do DF, vi) Procurador-Geral da República; vii)
Conselho Federal da OAB; viii) partido político com representação no
Congresso Nacional e; ix) confederação sindical ou entidade de classe de
âmbito nacional.

9.4.3-Objeto:

A ADC tem como objeto apenas as leis e atos normativos federais. É


diferente da ADI, que também se estende às normas estaduais. A ADC,
portanto, tem um objeto mais restrito (limitado) do que o da ADI. Leis e atos
normativos estaduais, municipais e distritais não estão sujeitos, em
qualquer hipótese, à ADC.

Para que a ADC possa ser ajuizada, é necessário que haja controvérsia
judicial que esteja pondo em risco a presunção de constitucionalidade
da norma impugnada. Essa controvérsia tanto poderá se dar pela afirmação da
inconstitucionalidade da lei em diversos órgãos do Poder Judiciário quanto pela
ocorrência de pronunciamentos contraditórios de órgãos jurisdicionais diversos
acerca da constitucionalidade da norma.

Nesse sentido, o STF considera que a ADC “não é o meio adequado para
dirimir qualquer dúvida em torno da constitucionalidade de lei ou ato
normativo federal, mas somente para corrigir uma situação particularmente
grave de incerteza, suscetível de desencadear conflitos e de afetar, pelas suas
proporções, a tranquilidade geral” (STF, Pleno, ADC 1-1/DF, 05.11.1993).
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A existência de controvérsia judicial relevante é, assim, requisito


essencial para que a ADC seja conhecida pelo STF. Isso deverá ser
demonstrado logo na petição inicial, devendo ser indicada a existência de
ações em andamento em juízos ou tribunais em que a constitucionalidade da
lei esteja sendo impugnada.

É importante salientar que, embora as decisões judiciais possam ser


provocadas pelo debate doutrinário, a mera controvérsia doutrinária não é
suficiente para gerar estado de incerteza apto a legitimar a propositura da
ADC. A controvérsia deve ser “judicial”.

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Na ADI, não há necessidade de que seja demonstrada a
existência de controvérsia judicial relevante. É possível,
portanto, que seja proposta ADI tão logo uma lei seja
publicada.

9.4.4- Não-atuação do AGU:

Não há participação do Advogado-Geral da União (AGU) no processo de


ADC. Entende o STF que, uma vez que o autor busca a preservação da
constitucionalidade do ato, não é necessário que o AGU exerça papel de
defensor da mesma, já que a norma não está sendo “atacada”, mas
“defendida” por meio da ação.

Reforçando esse entendimento, cabe destacar que o art. 103, § 3º, CF/88
estabelece que o AGU somente será citado quando o STF apreciar a
inconstitucionalidade de uma norma.

O Procurador-Geral da República (PGR), por sua vez, irá


obrigatoriamente se manifestar no âmbito de ADC.

9.4.5-Medida cautelar em ADC:

Da mesma forma que na ADI, o STF poderá, em sede de ADC, deferir pedido
de medida cautelar, por decisão da maioria absoluta dos seus membros.

A medida cautelar em ADC consistirá na determinação de que os juízes e


tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a
aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até que esta seja
julgada em definitivo pelo STF.

Destaca-se que, da mesma forma que a cautelar em ADI, tem eficácia “erga
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omnes” e efeitos vinculante e “ex nunc”. Entretanto, diferentemente do


que ocorre na ADI, a lei determina que uma vez concedida a cautelar, o STF
fará publicar em sessão especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva
da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao
julgamento da ação no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena
de perda de sua eficácia. Assim, há um prazo limite para a eficácia da
cautelar.

Apesar da disposição legal, o STF não tem aplicado essa regra na prática. O
Pretório Excelso tem reconhecido a eficácia da cautelar concedida em sede de
ADC mesmo após o esgotamento desse prazo.

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9.4.6- Impossibilidade de desistência:

Assim como ocorre na ADI e na ADO, não é admissível a desistência da


ADC já proposta (art. 16, Lei 9.868/99).

9.4.7- Intervenção de terceiros e “amicus curiae”:

De modo semelhante ao que ocorre na ADI e na ADO, não é admitida a


intervenção de terceiros na ADC (art. 16, Lei 9.868/99). É, contudo,
admitida a figura do “amicus curiae”.

9.4.8- Efeitos da decisão:

As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações declaratórias


de constitucionalidade, produzirão eficácia contra todos (“erga omnes”) e
efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e
à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal.

A ADC é uma ação de natureza dúplice (ou ambivalente). Se ela for julgada
procedente, será declarada a constitucionalidade da norma; por outro lado,
se for julgada improcedente, a norma será declarada inconstitucional. A
decisão, em sede de ADC, produz efeitos retroativos (“ex tunc”). Quando
houver a declaração de inconstitucionalidade da norma, é possível a
modulação dos efeitos temporais da sentença.

A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou


do ato normativo em ADC é irrecorrível, ressalvada a interposição de
embargos declaratórios. Além disso, a decisão em ADC não pode ser objeto
de ação rescisória.
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AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Pedido Constitucionalidade

Objeto Leis e atos normativos federais

Legitimados Art. 103, I a IX, CF

Efeito da decisão Em regra, “erga omnes”, vinculante e


“ex tunc”.
Julgada procedente a ação A norma é considerada constitucional

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Modulação dos efeitos temporais Sim
da decisão
Desistência da ação ou ação Não
rescisória
“Amicus curiae” Sim

Votação Presença de no mínimo oito Ministros,


decisão tomada pela votação de pelo
menos seis Ministros de maneira
uniforme
Prazo prescricional ou Não
decadencial

(TJDFT – 2016) No âmbito de Ação Declaratória de Constitucionalidade


(ADC), pode ser deferida medida cautelar, suspendendo-se os processos que
envolvam a aplicação da lei ou ato normativo questionado, devendo ser
julgada a ação em noventa dias, sob pena de perda de eficácia.

Comentários:

Questão errada.

(TRF 5a Região – 2015) Cabe ao STF processar e julgar a ação declaratória


de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual.

Comentários:

Questão errada.

(TCE-RJ – 2015) É admissível a cumulação, em um mesmo processo de


controle abstrato, da ação direta de inconstitucionalidade com ação
declaratória de constitucionalidade, apesar da ausência de fundamento
expresso na Lei nº 9.868/99, por aplicação das regras de cumulação de
pedidos previstas para os processos ditos subjetivos. 09890389479

Comentários:

Questão correta.

9.5- Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF):

9.5.1- Introdução:

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) foi instituída


pelo texto original da Constituição Federal de 1988; trata-se, portanto, de

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obra do Poder Constituinte Originário. A CF/88 trata da ADPF nos
seguintes termos:

Art. 102 (...)

§ 1º A arguição de descumprimento de preceito fundamental,


decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo
Tribunal Federal, na forma da lei.

Observa-se que a norma instituída pela CF/88 para tratar da ADPF é de


eficácia limitada. Assim, era necessária uma lei regulamentadora para tratar
dessa ação constitucional. Exatamente com essa finalidade é que foi editada a
Lei nº 9.882/99. A partir dela, passou a ser possível a utilização da ADPF;
até então, embora houvesse previsão constitucional, essa ação não poderia ser
utilizada.

Antes de falarmos sobre as características da ADPF, é importante entendermos


bem o significado da sua denominação. Afinal, o que é descumprimento de
preceito fundamental?

O termo “descumprimento” tem um caráter bem mais amplo que o de


“inconstitucionalidade”. Isso porque abrange todos os comportamentos
ofensivos à Constituição, ou seja, atos normativos e atos não-normativos,
dentre os quais os atos administrativos.

Já os preceitos fundamentais são aqueles que merecem maior proteção da


Constituição, por serem normas consideradas essenciais, imprescindíveis
ao ordenamento jurídico. A expressão “preceito” é mais genérica que
“princípio”, uma vez que engloba não apenas os últimos, mas também todas
as regras qualificadas como fundamentais. Engloba, também, as normas
constitucionais implícitas fundamentais, juntamente com as expressas.

É importante destacar que o entendimento jurisprudencial é o de que cabe ao


STF identificar quais normas devem ser consideradas preceitos
fundamentais decorrentes da Constituição Federal para fim de conhecimento
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de ADPF ajuizada perante a Corte.19 O STF já se manifestou reconhecendo que


são preceitos fundamentais: i) os direitos e garantias individuais; ii) as
cláusulas pétreas; iii) os princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII); iv)
o direito à saúde e; v) o direito ao meio ambiente.

Na ADI e ADC, todas as normas constitucionais são parâmetro


para o controle de constitucionalidade. Na ADPF, o parâmetro
de controle é mais restrito, pois nem todas as normas
constitucionais se enquadram como preceitos fundamentais.

19
ADPF nº 01, Rel. Min. Néri da Silveira. Julgamento: 03/02/2000.
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9.5.2-Legitimação Ativa:

Podem propor ADPF os mesmos legitimados ativos da ADI, da ADO e da


ADC, arrolados no art. 103, I a IX, da Constituição de 1988. No texto original
da Lei nº 9.882/99, havia previsão para que qualquer pessoa lesada ou
ameaçada de lesão fosse legitimada a propor ADPF. Esse dispositivo, todavia,
foi vetado pelo Presidente da República.

9.5.3-Objeto:

A ADPF surgiu para suprir uma lacuna do controle concentrado de


constitucionalidade. É que, até a sua criação, não era possível que o STF
efetuasse o controle de constitucionalidade das leis e atos normativos
municipais, dos atos administrativos e do direito pré-constitucional.
Nesse sentido, relembre-se que, por meio de ADI, somente é possível realizar
o controle de constitucionalidade de leis e atos normativos federais e
estaduais; por meio de ADC, somente se controle a constitucionalidade de leis
e atos normativos federais.

O Prof. Gilmar Mendes aponta 4 (quatro) mudanças no sistema de controle


de constitucionalidade brasileiro, trazidas pela ADPF: 20

a) A ADPF permite a antecipação de decisões sobre questões


constitucionais relevantes, evitando que elas venham a ter um
desfecho definitivo após longos anos, quando muitas situações já se
consolidaram ao arrepio da “interpretação autêntica” do Supremo
Tribunal Federal.

b) A ADPF poderá ser utilizada para (de forma definitiva e com eficácia
geral) solucionar controvérsia relevante sobre a legitimidade do direito
ordinário pré-constitucional em face da nova Constituição que, até o
momento, só poderia ser veiculada mediante a utilização do recurso
extraordinário. 09890389479

c) Em razão da eficácia “erga omnes” e “efeito vinculante” que possuem,


as decisões proferidas pelo STF, em sede de ADPF, fornecerão a diretriz
segura para o juízo sobre a legitimidade ou a ilegitimidade de atos
de teor idêntico, editados pelas diversas entidades municipais.

d) A ADPF pode oferecer respostas adequadas para dois problemas


básicos do controle de constitucionalidade no Brasil: o controle da
omissão inconstitucional e a ação declaratória nos planos
estadual e municipal.

20
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional. 6ª edição. Editora Saraiva, 2011,pp. 1124-1125.
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A ADPF tem caráter subsidiário, ou seja, não será admitida arguição de
descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio
eficaz para sanar a lesividade. Trata-se, portanto, de ação de caráter
residual: não sendo possível o ajuizamento das demais modalidades de
controle abstrato, admite-se o uso da ADPF. Esse é o princípio da
subsidiariedade.

Sendo a ADPF uma ação subsidiária (residual), os atos normativos federais,


estaduais e distritais (editados no uso das competências estaduais do DF)
pós-constitucionais não poderão ser objeto de ADPF, já que podem ser
impugnados via ADI. Também não cabe ADPF para declarar a
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal pós-constitucional,
uma vez que tais atos podem ser objeto de ADC.

Percebe-se, dessa forma, que a ADPF completa o sistema brasileiro de


controle de constitucionalidade: as questões que não puderem ser
apreciadas por meio de ADI, ADO e ADC poderão ser submetidas a exame por
meio de ADPF.

Mas exatamente quais atos podem ser objeto de ADPF?

A doutrina majoritária reconhece a existência de 2 (duas) modalidades


distintas de ADPF:

a) arguição autônoma: tem como objetivo evitar ou reparar lesão a


preceito fundamental resultante de ato do Poder Público.

b) arguição incidental: quando for relevante o fundamento da


controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual
ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.

Um ponto de destaque é que a arguição incidental exige relevância de


controvérsia judicial sobre a aplicação do preceito fundamental que se
considera violado.
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A ADPF é cabível diante de:

a) Direito pré-constitucional: A ADI e a ADC são ações que podem


ser usadas apenas para examinar a constitucionalidade de leis ou atos
normativos pós-constitucionais. O controle abstrato de leis ou atos
normativos anteriores à Constituição deve ser feito mediante ADPF.
Como exemplo, citamos a ADPF nº 54, na qual se discutiu sobre a
interrupção da gravidez de feto anencéfalo. Na ocasião, foram
examinados alguns dispositivos do Código Penal (norma pré-
constitucional) à luz do princípio constitucional da dignidade da pessoa
humana.

b) Direito municipal em relação à Constituição Federal: As leis e


atos normativos municipais não podem ser objeto de ADI face à
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Constituição Federal, tampouco de ADC. Assim, o exame em abstrato do
direito municipal em face da CF/88 deverá ser feito por meio de ADPF.

No que se refere à apreciação de atos normativos municipais, é


importante destacar que o STF entende que não é necessária a
apreciação, pela Corte, do direito de todos os municípios. Nos casos
relevantes, bastará que se decida uma questão-padrão com força
vinculante. Isso porque o efeito vinculante da decisão da Corte alcança,
também, os fundamentos determinantes da decisão, o que permite sua
aplicação a toda e qualquer lei municipal de idêntico teor.

c) Interpretações judiciais violadoras de preceitos fundamentais:


Uma decisão judicial poderá adotar interpretação que contém violação a
um preceito fundamental, o que dará ensejo à propositura de ADPF. Um
exemplo disso foi a ADPF nº 101, na qual o STF julgou inconstitucionais
as interpretações judiciais que permitiram a importação de pneus
usados, as quais foi violado o direito ao meio ambiente.

d) Direito pós-constitucional já revogado ou de efeitos exauridos.

Por outro lado, entende o STF que a ADPF não alcança os atos políticos, já
que estes não são passíveis de impugnação judicial quando praticados dentro
das hipóteses definidas pela Constituição, sob pena de ofensa à separação dos
Poderes. Exemplo: não cabe ADPF contra veto do chefe do Executivo a
projeto de lei.

Além disso, o Pretório Excelso entende que os enunciados das súmulas do


STF também não podem ser objeto de ADPF. Tais enunciados são a
síntese de orientações reiteradamente assentadas pela Corte, cuja revisão
deve ocorrer de forma gradual pelo próprio STF.

A jurisprudência do STF já se firmou no sentido de que a arguição de


descumprimento de preceito fundamental não poderá, em regra, ser
utilizada para processar questões controvertidas derivadas de normas
secundárias e de caráter tipicamente regulamentar.21 Dizemos “em
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regra” porque o STF entende que há casos, de absoluta excepcionalidade, em


que se admite o controle de tais normas secundárias.

9.5.4-Medida liminar:

Determina a Lei 9.882/99 que o STF, por decisão da maioria absoluta de


seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na arguição de
descumprimento de preceito fundamental. Em caso de extrema urgência ou
perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator
conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.

21
ADPF nº 210-AgR. Rel. Min. Teori Zavascki. Julgamento em 06.06.2013.
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A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais
suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões
judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria
objeto da ADPF, salvo se decorrentes da coisa julgada.

9.5.5-Amicus Curiae:

O art. 6º, § 2º, da Lei 9.882/99 determina que "poderão ser autorizadas, a
critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por requerimento
dos interessados no processo". Mesmo assim, como esse dispositivo não regula
de forma mais detalhada o instituto do “amicus curiae”, o STF22 tem aplicado
por analogia, nas ADPF, o § 2º do art. 7º da Lei 9.868/99, que dispõe que o
relator poderá admitir a manifestação de outros órgãos ou entidades.

Nesse sentido, fica a critério do relator, caso entenda oportuno, o deferimento


do pedido de “amicus curiae”. Destaca-se, porém, que embora o § 2º do art.
6º da Lei 9.882/99 fale, genericamente, em "interessados", será sempre
imprescindível a presença do requisito da representatividade, sob pena
de se abrir espaço para a discussão de situações de caráter individual,
incompatível com o caráter abstrato das arguições de descumprimento de
preceito fundamental.

9.5.6-Princípio da Fungibilidade:

A ADI e a ADPF são consideradas ações fungíveis, o que significa que uma
pode ser substituída pela outra. Em razão disso, uma ADPF ajuizada perante o
STF poderá ser conhecida como ADI. Da mesma forma, uma ADI poderá
ser conhecida como ADPF.

Nesse sentido, entende o STF que “é lícito conhecer de ação direta de


inconstitucionalidade como arguição de descumprimento de preceito
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fundamental, quando coexistentes todos os requisitos de admissibilidade


desta, em caso de inadmissibilidade daquela."23

9.5.7-Efeitos da Decisão:

Reza a Lei 9.882/99 que a decisão sobre a arguição de descumprimento de


preceito fundamental somente será tomada se presentes na sessão pelo
menos 2/3 (dois terços) dos Ministros (oito Ministros). Para a decisão, são

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necessários os votos da maioria absoluta dos Ministros (seis votos), com
base na cláusula de reserva de plenário.

A lei determina, ainda, que a decisão proferida em ADPF terá eficácia contra
todos (“erga omnes”) e efeitos “ex tunc” e vinculante relativamente aos
demais órgãos do Poder Público. A decisão em sede de ADPF é irrecorrível e
não está sujeita a ação rescisória.

Caso a ADPF tenha por objeto direito pré-constitucional, a decisão do


STF reconhecerá a recepção ou a revogação da lei ou do ato normativo
impugnado, tendo como fundamento a compatibilidade, ou não, com a CF/88.

Ao contrário das decisões proferidas em ADI e ADC, que só produzem efeitos a


partir da publicação da ata de julgamento no Diário da Justiça, a decisão de
mérito em ADPF produz efeitos imediatos, independentemente da
publicação do acórdão. Assim, dispõe a lei que “o presidente do Tribunal
determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão
posteriormente.”

Finalmente, da mesma forma que ocorre na ADI, ao declarar a


inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de ADPF, tendo em
vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, o
STF poderá, por maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros, restringir
os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha efeito a partir de seu
trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Trata-se da
modulação temporal da declaração da inconstitucionalidade.

Arguição de descumprimento de preceito fundamental

Pedido Constitucionalidade ou
Inconstitucionalidade
Objeto Leis e atos normativos federais,
estaduais e municipais
Legitimados Art. 103, I a IX, CF
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Efeito da decisão Em regra, “erga omnes”, vinculante e


“ex tunc”
Julgada procedente a ação Depende do pedido

Modulação dos efeitos temporais Sim


da decisão
Desistência da ação ou ação Não
recisória
“Amicus curiae” Sim

Votação Presentes na sessão pelo menos 8


Ministros, a decisão será tomada pela
votação uniforme de pelo menos 6
deles
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Prazo prescricional ou Não
decadencial
Ação rescisória da decisão Não

(TJDFT – 2016) Se a controvérsia constitucional recair sobre lei pré-


constitucional estadual, é vedada a utilização da ADPF.

Comentários:

Questão errada.

(TCE-PR – 2016) O potencial cabimento de recurso extraordinário afasta o


cabimento da arguição de descumprimento de preceito fundamental.

Comentários:

Questão errada.

(TJDFT – 2016) Conforme entendimento prevalente do STF, o princípio da


subsidiariedade é inaplicável à ADPF.

Comentários:

Questão errada.

(TJDFT – 2016) Norma de caráter secundário do Poder Público, se violadora


de preceito fundamental, pode ser objeto de ADPF, conforme entendimento do
STF.

Comentários:

Questão errada.
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(TCE-RN – 2015) Peculiaridades como dúvida razoável sobre o caráter


autônomo de atos infralegais, aliada à alteração superveniente de
norma constitucional utilizada como parâmetro de controle, têm o condão de
autorizar a fungibilidade entre arguição de descumprimento de preceito
fundamental e ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

Questão correta.

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9.6- O Controle Abstrato de Constitucionalidade do Direito Estadual e
Municipal:

A Constituição Federal determina, em seu art. 125, § 2º, que compete ao


Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis
ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição
estadual. Fixou-se, assim, o controle abstrato de constitucionalidade estadual,
do qual são objeto apenas leis estaduais e municipais, sendo o órgão
competente para o julgamento da ação pela via principal exclusivamente o
TJ local.

9.6.1-Objeto:

O controle abstrato de constitucionalidade estadual somente tem por objeto


leis estaduais ou municipais, face à Constituição Estadual. O TJ local,
portanto, não tem competência para julgar, em controle abstrato e
concentrado, lei federal. Essa competência é exclusiva do STF.

9.6.2-Competência:

O controle de constitucionalidade abstrato estadual é exercido


exclusivamente pelo TJ local (o art. 125, § 2º, CF).

9.6.3-Legitimados

A Constituição não previu, expressamente, os legitimados ao controle


abstrato estadual: apenas proibiu que essa atribuição fosse dada a um
único órgão. Assim, cabe às Constituições Estaduais determinarem quais são
os legitimados a propor ADI ou ADC perante o TJ local. 09890389479

Surgem, então, algumas dúvidas. Pode a Constituição Estadual alargar o rol


de legitimados previsto no art. 103, CF/88, prevendo, por exemplo, a
legitimação de Defensor Público Geral do Estado ou de Deputado Estadual? E é
possível a restrição desse rol?

O STF tem entendido que é plenamente possível que seja alargado o rol de
legitimados pelos estados-membros24. Quanto à restrição do rol, trata-se de
tema ainda não decidido pelo STF. Todavia, a doutrina entende ser
possível, desde que não se atribua a legitimação a um único órgão.

24
RE 261.677, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 15.09.2006; ADI 558-9-MC,
Pertence, DJ de 26.03.93.
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9.6.4-Parâmetro de Controle:

O controle abstrato e concentrado realizado pelo Tribunal de Justiça só pode


ter como parâmetro a Constituição Estadual ou, no caso do Distrito
Federal, a Lei Orgânica do DF. Não pode ter como parâmetro a Constituição
Federal.

Da mesma forma, o controle abstrato e concentrado realizado pelo STF tem


como parâmetro apenas a Constituição Federal, da qual é intérprete final.
Não pode ter como paradigma Constituição Estadual ou a Lei Orgânica do DF.

9.6.5-O Duplo Controle de Constitucionalidade:

Diz-se que há duplo controle de constitucionalidade quando uma lei é alvo de


controle de constitucionalidade no Tribunal de Justiça (TJ) e no Supremo
Tribunal Federal (STF). Isso poderá ocorrer quando uma lei estadual é
questionada:

- No Tribunal de Justiça, face à Constituição Estadual.

- No Supremo Tribunal Federal, face à Constituição da República.

No caso de ajuizamento das ações ao mesmo tempo, deverá ocorrer a


suspensão do processo na justiça estadual, até a deliberação do
Supremo. Essa deliberação poderá se dar de duas maneiras:

a) O STF poderá considerar a norma estadual inconstitucional, o


que fará com que a outra ADI, interposta na justiça estadual, perca
seu objeto (STF, Pet. 2701, Agr, DJ de 19.03.2004). Não haverá, afinal,
qualquer finalidade na ADI interposta na justiça estadual: a norma
declarada inconstitucional será expurgada do ordenamento jurídico.

b) O STF poderá decidir pela constitucionalidade da norma


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estadual. Nesse caso, o Tribunal de Justiça, havendo fundamento


diverso que justifique a possível inconstitucionalidade da norma perante
a Constituição do Estado, poderá continuar o julgamento da ADI
estadual.

Caso o julgamento não ocorra simultaneamente, há duas possibilidades:

a) Se a lei for declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça,


será expurgada do ordenamento jurídico, não havendo que se falar
em controle perante o STF.

b) Se a lei tiver sua constitucionalidade declarada pelo Tribunal de


Justiça, poderá ser ajuizada ADI perante o STF. Nesse caso, a Corte

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poderá vir a considera-la inconstitucional, tendo sua decisão prevalência
sobre a coisa julgada estadual.

Em geral, a decisão do Tribunal de Justiça no âmbito do controle abstrato


de constitucionalidade, é irrecorrível; não há que se falar nem mesmo em
recurso para o STF. Todavia, existe uma possibilidade de recurso
extraordinário para o STF, cabível quando o parâmetro constitucional for
norma de reprodução obrigatória pelos Estados-membros.

Em outras palavras, se a lei ou ato normativo impugnado perante o Tribunal de


Justiça estiver violando norma da Constituição Estadual que reproduza
dispositivo da Constituição Federal de observância obrigatória pelos
Estados-membros, caberá recurso extraordinário para o STF.

A decisão do STF nesse recurso extraordinário terá os mesmos efeitos de


uma ADI genérica: eficácia “erga omnes” e efeitos “ex tunc” e vinculante.
Também será possível a modulação temporal dos efeitos da decisão.

O recurso extraordinário interposto em sede de controle


concentrado estadual permite que o STF aprecie a
constitucionalidade de lei municipal em face da
Constituição Federal. Trata-se de uma exceção à regra.

(TCE-PR – 2016) Em caso de representação de inconstitucionalidade no


tribunal de justiça local, em face de dispositivo da Constituição estadual
de reprodução obrigatória, será possível a proposição de ADI no STF em face
do mesmo dispositivo legal, quando então deverá ficar suspensa a
representação em curso no TJ local até o julgamento da ADI pelo STF.

Comentários:

Questão correta.

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10- Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva:

A ADI interventiva é um instrumento destinado a proteger os princípios


constitucionais sensíveis. Esses princípios estão arrolados no art. 34,
VII, da Carta Magna, contemplando: i) forma republicana, sistema
representativo e regime democrático; ii) direitos da pessoa humana; iii)
autonomia municipal; iv) prestação de contas da Administração Pública direta
e indireta e; v) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento
do ensino.

A ADI interventiva é uma das formas pelas quais se viabiliza a intervenção


federal (nos Estados, DF ou municípios localizados em Territórios) e a
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intervenção estadual (nos Municípios). Afasta-se temporariamente, por meio
da intervenção, a autonomia do ente federativo que a ela é submetido.
Destaque-se o seguinte: a decretação da intervenção é sempre competência
do Chefe do Poder Executivo (Presidente ou Governador), mesmo no caso
de ADI interventiva.

A ADI interventiva federal é proposta pelo Procurador-Geral da República


perante o STF diante de violação a um princípio constitucional sensível. Tem
como objetos: i) lei ou ato normativo; ii) omissão ou incapacidade das
autoridades locais para preservar os princípios constitucionais sensíveis; ou iii)
ato governamental estadual que desrespeite os princípios sensíveis. 25

Caso a ADI interventiva seja julgada procedente pelo STF, será requisitada a
intervenção federal ao Presidente da República. O Presidente deverá, então,
promover a intervenção federal; não poderá ele descumprir a ordem do STF.

A decretação de intervenção federal é realizada mediante decreto, que irá se


limitar a suspender a execução do ato impugnado: é o que a doutrina
chama de intervenção branda. Caso essa medida não seja suficiente para
restaurar a normalidade, o Presidente nomeará interventor e afastará as
autoridades responsáveis dos seus cargos. É a intervenção efetiva.

FORMA REPUBLICANA, SISTEMA


REPRESENTATIVO E REGIME DEMOCRÁTICO

DIREITOS DA PESSOA HUMANA

PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS AUTONOMIA MUNICIPAL
SENSÍVEIS
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PRESTAÇÃO DE CONTAS DA ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA DIRETA E INDIRETA

APLICAÇÃO DO MÍNIMO EXIGIDO DA RECEITA


RESULTANTE DE IMPOSTOS ESTADUAIS, PROVENIENTE
DE TRANSFERÊNCIAS, NA MANUTENÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

! LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 15a edição. Editora Saraiva, São
%,

Paulo, 2011. pp. 346-347.!


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Por sua vez, a ADI interventiva estadual é proposta pelo Procurador-
Geral de Justiça perante o Tribunal de Justiça (TJ). Uma vez provida a
representação, o Governador decretará a intervenção estadual no Município.
Destaque-se, ainda, que a decisão do TJ que negar provimento à
representação do Procurador-Geral de Justiça não poderá ser objeto de
recurso extraordinário ao STF. Isso porque essa decisão não é jurídica,
possuindo, ao contrário, natureza político-administrativa.

(SEFAZ-PE – 2014) A representação interventiva, prevista na Constituição


Federal, tem como parâmetro de controle os princípios constitucionais
sensíveis.

Comentários:

Questão correta.

(SEFAZ-PE – 2014) A representação interventiva, prevista na Constituição


Federal, tem como legitimados ativos o Procurador-Geral da República e o
Advogado-Geral da União e, como legitimado passivo, o Estado-membro.

Comentários:

Questão errada.

11- Histórico do Controle de Constitucionalidade no Brasil:

Para finalizar o estudo do controle de constitucionalidade, vamos agora


apresentar o histórico de sua evolução no Brasil. Deixamos esse assunto
para o final porque só agora, após ter estudado todos os institutos relativos ao
controle de constitucionalidade, você tem condições de compreendê-lo em sua
integralidade.

A Constituição de 1824 não adotou nenhum sistema de controle da


constitucionalidade dos atos ou omissões do Poder Público. Existia, nessa
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Constituição, a figura do Poder Moderador (que estava nas mãos do


Imperador), responsável pela independência, equilíbrio e harmonia entre os
Poderes. Vigorava, ainda, o dogma da soberania do Parlamento (só o
Legislativo é que poderia determinar o conteúdo da lei). Esses fatores,
somados, inviabilizavam a existência de qualquer ambiente propício à
existência de um controle de constitucionalidade.

Por influência norte-americana, a Constituição de 1891 (primeira


Constituição da República) previu o controle judicial de constitucionalidade da
leis na via incidental (controle difuso). Não havia, entretanto, a previsão
de um modo de se conferir eficácia “erga omnes” às decisões, o que gerava
um estado de insegurança jurídica e uma multiplicação das demandas judiciais.

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A Constituição de 1934 continuou prevendo o controle difuso de
constitucionalidade, mas resolveu um problema do sistema anterior, ao
conferir competência ao Senado Federal para suspender, em caráter geral
(efeitos “erga omnes”), a execução da norma declarada inconstitucional pelo
STF. Além disso, outras importantes previsões dessa constituição foram:

a) Criação da cláusula de reserva de plenário nos tribunais: a


inconstitucionalidade somente poderia ser declarada, nestes, pelo voto
da maioria absoluta de seus membros.

b) Criação da chamada representação interventiva (atualmente


chamada ação direta de inconstitucionalidade interventiva), de iniciativa
do Procurador-Geral da República e sujeita à competência do STF.

A Constituição de 1937, outorgada pelo Presidente Getúlio Vargas, teve


índole autoritária, caracterizando-se pela concentração de poder nas mãos do
Poder Executivo. Em matéria de controle de constitucionalidade, também
notou-se um enfraquecimento da supremacia do Poder Judiciário.

Nesse sentido, o Poder Executivo passou a ter influência maior na realização


do controle de constitucionalidade. Foi mantido o controle difuso, mas o
Presidente da República ganhou competência para submeter a declaração
de inconstitucionalidade ao Poder Legislativo, que, pelo voto de 2/3 (dois
terços) dos membros de cada Casa Legislativa, poderia torná-la sem efeito.

A Constituição de 1946 representou a recuperação da democracia,


restituindo ao Poder Judiciário a sua supremacia em matéria de controle de
constitucionalidade. Manteve-se o controle difuso-incidental e remodelou-se
a representação de inconstitucionalidade interventiva.

Sob a égide dessa Constituição, foi promulgada a EC nº 16/65, que


estabeleceu o controle concentrado-abstrato de constitucionalidade dos
atos normativos federais ou estaduais. Nesse sentido, foi criada a
representação genérica de constitucionalidade (atualmente chamada
ADI), cuja legitimidade ativa era apenas do Procurador-Geral da República.
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Portanto, a partir dessa emenda constitucional, passam a coexistir no Brasil o


controle difuso-incidental (ainda predominante) e o controle concentrado-
abstrato.

A Constituição de 1967/1969 manteve o sistema de controle de


constitucionalidade instituído pelas Constituições anteriores, mas trouxe
algumas modificações a partir da EC nº 07/1977. A primeira delas foi a criação
da representação para fins de interpretação de lei ou ato normativo
federal ou estadual a ser julgada pelo STF, que foi posteriormente extinta pela
CF/88. A segunda foi a previsão de concessão de medida cautelar a ser
pedida nas representações genéricas de inconstitucionalidade.

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A Constituição de 1988 aperfeiçoou, em larga medida, o sistema de controle
de constitucionalidade no Brasil, fortalecendo o controle concentrado-
abstrato. As grandes novidades por ela trazidas foram as seguintes:

a) Ampliação do rol de legitimados a ingressar com Ação Direta de


Inconstitucionalidade (ADI) perante o STF. Até então, o Procurador-Geral
da República tinha exclusividade na propositura dessa ação.

b) Criação da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão


(ADO) e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
(ADPF), ambas ações do controle abstrato de constitucionalidade.

Após a promulgação da CF/88, duas novas emendas constitucionais


trouxeram novidades ao sistema de controle de constitucionalidade no Brasil:

a) A EC nº 03/93 criou a Ação Declaratória de Constitucionalidade


(ADC), o que deu ainda mais força ao controle abstrato.

b) A EC nº 45/2004 (Reforma do Judiciário) tratou de diversos temas


relacionados ao controle de constitucionalidade:

- Criação da Súmula Vinculante.

- Ampliação do rol de legitimados a ajuizar uma Ação Declaratória de


Constitucionalidade (ADC). Os legitimados a ingressar com ADC
passaram a ser os mesmos legitimados da ADI.

- Passou-se a exigir que fosse demonstrada a repercussão geral como


requisito para a apresentação de recurso extraordinário ao STF.

Questões Comentadas

1. Noções Básicas de Controle de Constitucionalidade / Controle


Difuso:
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1. (PGFN – 2015) Sobre o controle de constitucionalidade de leis no


Brasil, assinale a opção incorreta.

a) Respeitadas as regras processuais de distribuição e competência, a qualquer


juiz ou tribunal do país é reconhecido o poder de controlar a conformidade dos
atos normativos à Constituição, desde que a decisão do litígio reclame, como
premissa lógica, o exame do tema da inconstitucionalidade, configurando,
portanto, como uma questão prejudicial.

b) No controle difuso de constitucionalidade, a matéria da constitucionalidade é


pedido deduzido na ação e não na sua causa de pedir.

c) O sistema brasileiro adota o controle misto de constitucionalidade,


convivendo com o controle concentrado e o controle difuso de
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constitucionalidade, sendo o primeiro relacionado com o controle principal e
abstrato e o segundo com o modelo incidental e concreto.

d) No sistema brasileiro há o controle de constitucionalidade político e o


jurisdicional.

e) No sistema brasileiro admite-se o controle judicial preventivo, nos casos de


mandado de segurança impetrado por parlamentar com objetivo de impedir a
tramitação de projeto de emenda constitucional lesiva às cláusulas pétreas.

Comentários:

Letra A: correta. Qualquer juiz ou tribunal do país pode apreciar a


constitucionalidade de lei. É o chamado controle difuso, no qual o exame de
constitucionalidade é apenas uma questão prejudicial, ou seja, um
antecedente lógico para a solução do caso concreto.

Letra B: errada. No controle difuso, a matéria da constitucionalidade é uma


questão incidental. Ela é a causa de pedir (a fundamentação jurídica do
pedido!).

Letra C: correta. No Brasil, convivem o controle concentrado e o controle


difuso de constitucionalidade. O controle concentrado é realizado pelo STF,
mediante a apreciação da constitucionalidade de lei em abstrato. Por sua vez,
o controle difuso é realizado por qualquer juiz ou tribunal do país e se dá
diante de casos concretos.

Letra D: correta. De fato, no sistema brasileiro, há o controle de


constitucionalidade político (por exemplo, quando o Poder Executivo veta
projeto de lei em razão de sua inconstitucionalidade) e o controle de
constitucionalidade jurisdicional.

Letra E: correta. O controle judicial preventivo ocorre quando é impetrado


mandado de segurança por parlamentar com o objetivo de impedir a
tramitação de projeto de emenda constitucional lesiva a cláusula pétrea. Nesse
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caso, considera-se que está sendo violado o direito ao devido processo


legislativo, que é um direito líquido e certo que tem o parlamentar como
detentor.

O gabarito é a letra B.

2. (PGFN – 2015) Assinale a opção correta.

a) Os vícios formais traduzem defeito de formação do ato normativo, pela


inobservância de princípio de ordem técnica ou procedimental ou pela violação
de regras de competência. Nesses casos, viciado é o ato nos seus
pressupostos, no seu procedimento de formação, na sua forma final, atingindo
diretamente seu conteúdo.

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b) No direito brasileiro, a consolidação do sistema de controle com amplo
poder de julgar as questões constitucionais inclui a matéria relativa à
interpretação de normas de regimento legislativo, não circunscrevendo-se no
domínio interna corporis.

c) A inconstitucionalidade material envolve não somente o contraste direto do


ato legislativo com o parâmetro constitucional, mas também a aferição do
desvio de poder ou do excesso de poder legislativo.

d) O controle de convencionalidade passou a ser estudado no Brasil


especialmente após a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 45/2004
e a partir das decisões do Supremo Tribunal Federal que elevaram o status de
todos os tratados de direitos humanos a patamar de emendas constitucionais,
excluindo, consequentemente, o controle de constitucionalidade sobre as
regras jurídicas de caráter doméstico.

e) Não há distinção entre inconstitucionalidade originária e


inconstitucionalidade superveniente.

Comentários:

Letra A: errada. A inconstitucionalidade formal pode ser de 3 (três) tipos:


i) orgânica; ii) forma propriamente dita ou; iii) formal por violação a
pressupostos objetivos do ato. No entanto, em nenhum desses casos, é
atingido diretamente o conteúdo do ato. Se isso ocorresse, falaríamos em
inconstitucionalidade material.

Letra B: errada. No sistema brasileiro, tem sido reconhecida a


impossibilidade de se examinar judicialmente atos exclusivamente
interna corporis, como é o caso das normas de regimento legislativo.
Destaque-se, porém, que o STF entende que:

- é possível a discussão judicial caso a norma regimental seja ofensiva à


Constituição;
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- é possível o exame judicia caso a questão diga respeito ao processo


legislativo constitucional, em especial ao trâmite de emenda
constitucional.

Letra C: correta. Essa assertiva foi retirada “ipsis literis” da doutrina do Prof.
Gilmar Mendes, para quem a inconstitucionalidade material também fica
caracterizada quando ocorre “desvio de poder ou excesso de poder legislativo”.

Trata-se de tema bastante complexo, que está relacionado aos limites da


jurisdição constitucional. A questão está em saber até que ponto o Poder
Judiciário está legitimado a intervir na liberdade de conformação do legislador.

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Segundo Gilmar Mendes, o excesso de poder legislativo se manifesta quando
há violação ao princípio da proporcionalidade, em suas duas facetas:
proibição de excesso e proibição de proteção insuficiente.

Letra D: errada. De fato, o controle de convencionalidade passou a ser


estudado no Brasil após a EC nº 45/2004. Entretanto, segundo entendimento
do STF, nem todos os tratados de direitos humanos possuem status
constitucional, mas apenas aqueles aprovados pelo rito próprio das emendas
constitucionais.

Letra E: errada. A inconstitucionalidade originária existe quando a norma-


parâmetro é anterior à norma objeto de impugnação. Nesse caso, a norma já
nasce inconstitucional. Por outro lado, na inconstitucionalidade
superveniente, a norma-parâmetro é posterior à norma impugnada.
Destaque-se que o STF não admite no Brasil a inconstitucionalidade
superveniente.

O gabarito é a letra C.

3. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Na via de


exceção, a pronúncia do Judiciário sobre a inconstitucionalidade não é
feita enquanto manifestação sobre o objeto principal da lide, mas sim
sobre questão prévia, indispensável ao julgamento do mérito.

Comentários:

É isso mesmo! Questão correta.

4. (ESAF / TRT 7ª Região - 2003) A declaração de


inconstitucionalidade pelos Tribunais exige quórum de votação de:

a) maioria simples.

b) maioria absoluta.
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c) 2/3 dos membros do órgão julgador.

d) não exige quórum de votação.

e) unanimidade.

Comentários:

Segundo o art. 97 da Carta Magna, somente pelo voto da maioria absoluta de


seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público. A letra B é o gabarito.

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5. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) A cláusula de
reserva de plenário não veda a possibilidade de o juiz monocrático
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.

Comentários:

De fato, a cláusula de reserva de plenário não impede que juiz monocrático


declare a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no controle difuso.
Questão correta.

6. (ESAF / AFT - 2006) O "princípio da reserva de plenário" impede


que o juiz singular declare a inconstitucionalidade de lei em suas
decisões.

Comentários:

De jeito nenhum! A cláusula de reserva de plenário não impede que o juiz


singular (ou monocrático) declare a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, no controle difuso. Questão incorreta.

7. (ESAF / SEFAZ-MG - 2005) Um juiz estadual, confrontado com


uma questão de inconstitucionalidade de lei estadual, deve suspender
o processo e submeter a questão ao Plenário ou ao órgão especial do
Tribunal de Justiça a que se vincula.

Comentários:

A ESAF adora essa questão! Não custa repetir: cláusula de reserva de plenário
não impede que o juiz singular (ou monocrático) declare a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no controle difuso. Questão
incorreta.

8. (ESAF / ANEEL - 2006) No Brasil, também um juiz de primeira


instância pode declarar inconstitucional uma norma contrária à
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Constituição em vigor.

Comentários:

Pode, sim, o juiz de primeira instância declarar a inconstitucionalidade de uma


norma, por meio do controle difuso. Questão correta.

9. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Declarada


”incidenter tantum” a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo
pelo Supremo Tribunal Federal, referidos efeitos serão ex nunc, sendo
desnecessário qualquer atuação do Senado Federal.

Comentários:

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Nesse caso, a declaração de inconstitucionalidade só terá efeito entre as
partes, sendo ele, em regra, “ex tunc”.A atuação do Senado só é necessária se
a Casa Legislativa decidir conferir eficácia “erga omnes” à decisão,
suspendendo o ato declarado inconstitucional pelo STF. Questão incorreta.

10. (ESAF / AFT - 2003) No âmbito da Administração Pública Federal,


a suspensão, pelo Senado Federal, da execução de lei declarada
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal
tem efeitos ex tunc.

Comentários:

É isso mesmo! Guarde bem essas informações, importantíssimas para sua


prova! Questão correta.

11. (ESAF / PGFN - 2007) A supremacia jurídica da Constituição é


que fornece o ambiente institucional favorável ao desenvolvimento do
sistema de controle de constitucionalidade.

Comentários:

Como vimos, nos países de Constituição escrita e rígida, por vigorar o


princípio da supremacia formal da Constituição, todas as demais espécies
normativas devem ser compatíveis com as normas elaboradas pelo constituinte
originário, tanto do ponto de vista formal (procedimental), quanto material
(conteúdo). Assim, a rigidez constitucional é pressuposto para a existência de
controle de constitucionalidade. Questão correta.

12. (ESAF / SEFAZ-CE- 2007) O Chefe do Poder Executivo,


considerando determinada lei inconstitucional, poderá determinar a
seus subordinados que deixem de aplicá-la. Da mesma forma, o
Ministro de Estado poderá determinar a seus subordinados que deixem
de aplicar determinado ato normativo, relativo à sua pasta, que
considere inconstitucional.
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Comentários:

Somente o Chefe do Executivo pode determinar a seus subordinados que


deixem de aplicar determinada lei que ele considere inconstitucional. Os
Ministros de Estado não têm competência para fazê-lo. Questão incorreta.

13. (ESAF / ANEEL - 2006) Uma norma que, embora não siga o
processo legislativo indicado na Constituição para a sua feitura, não
fere nenhum princípio material da mesma Constituição que não pode
ser tida como inconstitucional.

Comentários:

Tal norma sofre de inconstitucionalidade formal. Questão incorreta.


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14. (ESAF / ANEEL - 2006) Se o artigo de uma lei, composta por
vários dispositivos, é inconstitucional, necessariamente toda a lei deve
ser considerada inválida.

Comentários:

Nada disso! A lei poderá ser apenas parcialmente inconstitucional. Questão


incorreta.

15. (ESAF / MRE - 2004) A inconstitucionalidade por ação pode ser


total ou parcial, porém a inconstitucionalidade por omissão será
sempre total.

Comentários:

A inconstitucionalidade por omissão, assim como a por ação, pode ser tanto
total quanto parcial. Questão incorreta.

16. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A Constituição veda aos tribunais


regionais do trabalho exercer o controle incidental de
constitucionalidade de leis estaduais ou municipais.

Comentários:

Todos os tribunais podem exercer o controle incidental de constitucionalidade.


Questão incorreta.

17. (ESAF / MPOG - 2005) Somente o Supremo Tribunal Federal


(STF) é competente para desempenhar o controle incidental de
constitucionalidade no Brasil.

Comentários:

Não custa repetir: todos os juízes e tribunais do Poder Judiciário podem


exercer o controle incidental de constitucionalidade. Questão incorreta.
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18. (ESAF / SEFAZ-MG - 2005) Somente juízes federais têm


autorização constitucional para declarar, incidentalmente, a
inconstitucionalidade de leis federais.

Comentários:

Nada disso! Todos os os juízes e tribunais do Poder Judiciário podem exercer o


controle incidental de constitucionalidade. Questão incorreta.

19. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, mesmo diante da declaração de
inconstitucionalidade do STF, um tribunal de segunda instância

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somente pode deixar de aplicar a lei declarada inconstitucional depois
de suscitado e julgado, pelo Plenário ou órgão especial do mesmo
tribunal, o incidente de inconstitucionalidade.

Comentários:

Nesse caso, não há necessidade de declaração da inconstitucionalidade pelo


Plenário ou por órgão especial. . Segundo o STF, fixada a orientação do Pleno
ou do órgão especial, em consonância com o art. 97 da Constituição, poderá o
órgão fracionário decidir como de direito, observando a decisão sobre a
questão constitucional26. Questão incorreta.

20. (ESAF / SEFAZ-MG - 2005) O Congresso Nacional está


expressamente autorizado pela Constituição a declarar a
inconstitucionalidade de leis que ele próprio editou.

Comentários:

Nada disso. O Brasil adota o controle jurisdicional misto. Assim, somente o


Poder Judiciário poderá declarar a inconstitucionalidade das leis editadas pelo
Congresso Nacional. Questão incorreta.

21. (ESAF / MRE - 2004) No Brasil, somente o Supremo Tribunal


Federal pode declarar a inconstitucionalidade de lei federal.

Comentários:

Considerando que o Brasil adota o controle jurisdicional misto, qualquer juiz ou


tribunal do Poder Judiciário pode declarar a inconstitucionalidade de lei federal.
Questão incorreta.

22. (ESAF / Auditor-Fiscal/Prefeitura de Recife - 2003) O Tribunal


de Justiça do Estado não tem competência para declarar a
inconstitucionalidade de lei federal.
09890389479

Comentários:

Tem sim! Qualquer juiz ou tribunal do Poder Judiciário pode declarar a


inconstitucionalidade de lei federal. Questão incorreta.

23. (ESAF / Auditor-Fiscal/Prefeitura de Fortaleza - 2003) O Juiz de


Direito pode declarar a inconstitucionalidade de leis estaduais ou
municipais.

Comentários:

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Pode sim! Isso se dá no controle incidental de constitucionalidade, na analisar
um caso concreto. Questão correta.

24. (ESAF / MRE - 2004) O sistema de controle de


constitucionalidade adotado no Brasil é o sistema misto, uma vez que
há um controle político da constitucionalidade das leis, exercido pelo
Poder Executivo e pelo Poder Legislativo, e um controle jurisdicional,
exercido pelo Poder Judiciário.

Comentários:

Nada disso! O Brasil adota o controle jurisdicional de constitucionalidade,


exercido apenas pelo Poder Judiciário. Questão incorreta.

25. (ESAF / IRB - 2004) Sentença em ação civil pública não pode
declarar a inconstitucionalidade de lei.

Comentários:

Isso é possível sim, no controle difuso de constitucionalidade. Questão


incorreta.

26. (ESAF / PM – Fortaleza - 2002) Não é possível a declaração de


inconstitucionalidade de lei em sede de ação civil pública.

Comentários:

Pode, sim, haver declaração de inconstitucionalidade de lei em sede de ação


civil pública, no controle difuso de constitucionalidade. Questão incorreta.

27. (ESAF / MRE - 2004) Quando se realiza o controle de


constitucionalidade de atos normativos por um único tribunal,
independentemente da existência de um caso concreto a ser julgado,
diz-se que esse controle é:
09890389479

a) apenas concentrado.

b) apenas abstrato.

c) concentrado e abstrato.

d) difuso e incidental.

e) apenas incidental.

Comentários:

Nesse caso, o controle é abstrato por ser exercido em tese, sem relação com
um caso concreto, por um tribunal com competência específica e originária

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(não recursal). Também é concentrado por ser realizado por um único tribunal.
A letra C é o gabarito.

28. (ESAF / Auditor-Fiscal/Prefeitura de Fortaleza - 2003) Somente o


Supremo Tribunal Federal pode declarar a inconstitucionalidade de lei
federal.

Comentários:

Essa questão é mesmo “queridinha” da ESAF, não é mesmo? Não custa


repetir: o Brasil adota o controle jurisdicional misto, por isso qualquer juiz ou
tribunal do Poder Judiciário pode declarar a inconstitucionalidade de lei federal.
Questão incorreta.

29. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) Qualquer juiz de primeiro grau, turma


ou câmara de Tribunal pode declarar a inconstitucionalidade de lei no
sistema incidental ou concreto vigente no Brasil.

Comentários:

No âmbito do controle incidental, qualquer juiz ou tribunal poderá declarar a


inconstitucionalidade de lei. Entretanto, uma turma ou câmara de um tribunal
não poderá declarar a inconstitucionalidade de lei, em razão da cláusula da
reserva de plenário. Por essa regra, somente pelo voto da maioria absoluta
de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial é que um
tribunal poderá declarar a inconstitucionalidade de lei. Questão errada.

30. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) A legitimidade da suspensão pelo


Legislativo de ato do Executivo que exorbite dos limites do poder
regulamentar é suscetível de verificação em sede de controle de
constitucionalidade.

Comentários:

O Poder Legislativo tem competência para, mediante decreto legislativo, sustar


09890389479

os atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. Esse


decreto legislativo, conforme afirma a questão, é suscetível de verificação em
sede de controle de constitucionalidade. Questão correta.

31. (ESAF / ACE - 1998) Qualquer juiz ou órgão fracionário de


Tribunal pode declarar a inconstitucionalidade incidental de lei na
ordem constitucional brasileira.

Comentários:

Em razão da cláusula de reserva de plenário, um órgão fracionário de um


Tribunal não pode declarar a inconstitucionalidade de lei. Questão errada.

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32. (ESAF / ACE - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, a ação civil pública não constitui instrumento
adequado para impugnação de lei inconstitucional.

Comentários:

A ação civil pública pode ser usada para arguir a constitucionalidade de lei na
via incidental. Questão errada.

33. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) O Chefe de Poder Executivo municipal


não pode deixar de cumprir lei sob a alegação de incompatibilidade
com a Constituição Federal.

Comentários:

Segundo entendimento do STF, o Chefe do Poder Executivo poderá deixar de


cumprir lei que entenda inconstitucional. De igual modo, ele poderá determinar
aos seus subordinados que não cumpram lei que considere inconstitucional.
Questão errada.

34. (ESAF / ACE - 1998) O Senado Federal não está obrigado a


suspender a execução da lei declarada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal em controle concreto ou incidental de normas.

Comentários:

Quando o STF declarar a inconstitucionalidade de norma na via incidental, o


Senado poderá suspendê-la, dando, assim eficácia geral à decisão da Corte
Suprema. Questão correta.

35. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU – 1999) Segundo a


jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ação civil pública pode
ser utilizada como instrumento de controle de constitucionalidade.

Comentários: 09890389479

De fato, a ação civil pública pode ser utilizada como instrumento de controle de
constitucionalidade na via incidental. Questão correta.

36. (ESAF / TCU - 1999 ) A eficácia jurídica da decisão proferida pelo


Supremo Tribunal Federal, em sede de controle incidental, está
condicionada à suspensão de execução da lei pelo Senado Federal.

Comentários:

A decisão proferida pelo STF em sede de controle incidental sempre terá


eficácia jurídica. Quando o Senado suspender a execução da lei, está eficácia
será geral (“erga omnes”). Por outro lado, quando o Senado não o fizer, a
eficácia será entre as partes. Questão errada.
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37. (ESAF / TCU - 2000) A declaração de inconstitucionalidade feita
em um recurso extraordinário terá sempre eficácia contra todos e
produzirá efeito vinculante, tão logo o acórdão transite em julgado.

Comentários:

O recurso extraordinário será cabível, em regra, quando for apreciada a


constitucionalidade na via incidental. Nesse sentido, decisão que declare a
inconstitucionalidade em um recurso extraordinário terá eficácia apenas entre
as partes. Questão errada.

38. (ESAF / AFC - 2001) Qualquer juiz ou tribunal federal pode


declarar a inconstitucionalidade, em tese, de lei federal.

Comentários:

Falar em declaração de inconstitucionalidade em tese significa se remeter ao


controle abstrato de lei. Nesse sentido, o controle abstrato de lei federal
somente poderá ser realizado pelo STF. Questão errada.

39. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Órgão fracionário de tribunal


de segunda instância pode declarar a inconstitucionalidade de lei,
prescindindo dos procedimentos próprios do incidente de
inconstitucionalidade, se o Supremo Tribunal Federal já tiver julgado,
mesmo que em sede de recurso extraordinário, inconstitucional o
mesmo diploma.

Comentários:

A exigência de reserva de plenário só se aplica à apreciação da primeira


controvérsia referente à inconstitucionalidade de uma lei. Caso já tenha havido
decisão do plenário ou do órgão especial do respectivo tribunal, ou do plenário
do STF declarando a inconstitucionalidade da lei analisada no caso concreto,
poderão os órgãos fracionários ou monocráticos proclamarem a
inconstitucionalidade daquele ato normativo. Questão correta.
09890389479

40. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O Tribunal de Contas da


União, que não integra o Poder Judiciário, não tem competência para
declarar a inconstitucionalidade de leis.

Comentários:

O TCU, ao exercer suas atividades, poderá, de modo incidental, deixar de


aplicar lei que considere inconstitucional. Nesse sentido, dispõe a Súmula
347/STF que “o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode
apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”. Note que a
Corte de Contas não tem competência para declarar a inconstitucionalidade
das leis ou atos normativos em abstrato. Questão incorreta.

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41. (ESAF / Analista BACEN - 2001) O juiz de primeira instância não
tem competência para declarar a inconstitucionalidade de leis ou ato
normativo.

Comentários:

O juiz de primeira instância tem, sim, competência para fazê-lo, no controle


incidental de constitucionalidade. Questão incorreta.

42. (ESAF / Analista BACEN - 2001) Os tribunais, de acordo com o


sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil, não
podem declarar a inconstitucionalidade, em ação direta de
inconstitucionalidade, de emenda à Constituição.

Comentários:

Emenda constitucional, por ser fruto do poder constituinte derivado, pode, sim,
ser objeto de controle de constitucionalidade. Questão incorreta.

43. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) O Superior Tribunal de


Justiça e o Tribunal Superior do Trabalho não podem declarar a
inconstitucionalidade de lei.

Comentários:

Qualquer juiz ou tribunal poderá declarar a inconstitucionalidade de lei na via


incidental. Questão errada.

44. (ESAF / TCU - 2002) A decisão do Supremo Tribunal Federal


sobre a inconstitucionalidade de uma lei federal, pronunciada
incidentalmente num processo da sua competência recursal, produz
efeitos vinculantes para todos os poderes públicos.

Comentários:
09890389479

A decisão do STF, na via incidental, não terá efeitos vinculantes para todos os
poderes públicos, a menos que o Senado suspenda a execução da lei declarada
inconstitucional. Caso o Senado o faça, a decisão passará a ter eficácia “erga
omnes”. Questão errada.

45. (ESAF / PGFN – 2002) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar
um mandado de segurança. Essa declaração de inconstitucionalidade,
mesmo não tendo eficácia erga omnes, apresenta efeito vinculante
para todos os órgãos do Judiciário.

Comentários:

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A decisão no controle de constitucionalidade incidental não vincula os demais
órgãos do Judiciário e a Administração, por isso diz-se não vinculante. Questão
errada.

46. (ESAF / PGFN - 2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar
um mandado de segurança. Caberá à Câmara dos Deputados
suspender os efeitos da lei, para que, então, a decisão do Supremo
Tribunal Federal ostente efeitos erga omnes.

Comentários:

Nesse caso, por se tratar de declaração de inconstitucionalidade em sede de


controle incidental, poderá o Senado Federal suspender, por meio de
resolução, a lei federal, dando à decisão do STF caráter “erga omnes”. Questão
errada.

47. (ESAF / PGFN - 2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar
um mandado de segurança. O órgão fracionário do tribunal de segunda
instância, deparando-se com a mesma argüição de
inconstitucionalidade do diploma, não deverá suscitar o incidente de
inconstitucionalidade, mas deverá simplesmente aplicar a decisão de
inconstitucionalidade proferida pelo Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

De fato, segundo o STF, fixada a orientação do Pleno ou do órgão especial, em


consonância com o art. 97 da Constituição, poderá o órgão fracionário decidir
como de direito, observando a decisão sobre a questão constitucional27.
Questão correta.

48. (ESAF / CGU - 2006) No controle de constitucionalidade


concentrado, a aferição de constitucionalidade, pelo Supremo Tribunal
Federal, de uma norma promulgada e publicada sob a égide do texto
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constitucional anterior é feita em face do texto em vigor.

Comentários:

Essa aferição é feita sob a égide do texto constitucional anterior. No que se


refere ao conflito entre essa lei e a Constituição atual, tem-se apenas a
verificação de sua recepção ou não pela nova Carta, uma vez que o STF não
admite a inconstitucionalidade superveniente. Questão errada.

49. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) Admite-se o controle concentrado de


constitucionalidade sobre o processo de elaboração de leis e emendas

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à Constituição, sendo que apenas os parlamentares são legitimados à
propositura de ação perante o Supremo Tribunal Federal.

Comentário:

De fato, somente os parlamentares da Casa em que esteja tramitando o


projeto de lei ou a proposta de emenda à Constituição são legitimados a
provocar esse controle perante o STF. Questão correta.

50. (ESAF / MI- 2012) O recurso extraordinário é cabível contra


decisão de única ou última instância que, dentre outras hipóteses,
contraria dispositivo da Constituição Federal.

Comentários:

É o que determina o art. 102, III, “a”, da Constituição Federal. Questão


correta.

51. (ESAF / MI - 2012) No sistema brasileiro de controle judicial de


constitucionalidade, apenas os tribunais, órgãos colegiados do Poder
Judiciário, podem declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, devendo fazê-lo pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros.

Comentários:

Também os juízes singulares podem declarar a inconstitucionalidade de lei ou


ato normativo, no controle incidental. Questão errada.

52. (ESAF / MDIC - 2012) O Supremo Tribunal Federal afirmou ser


"legítima a utilização da ação civil pública como instrumento de
fiscalização incidental de constitucionalidade, pela via difusa, de
quaisquer leis ou atos do Poder Público, desde que a controvérsia
constitucional não se identifique como objeto único da demanda, mas
simples questão prejudicial, indispensável à resolução do litígio
09890389479

principal".

Comentários:

De fato, é esse o entendimento do STF28. Questão correta.

53. (ESAF / MDIC - 2012) Somente pelo voto de dois terços de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público.

Comentários:

28
STF, RE 411.156, Rel. Min. Celso de Mello, j. 19.11.2009, DJE 03.12.2009.
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Determina o art. 97 da Constituição que “somente pelo voto da maioria
absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do Poder Público”. Questão errada.

54. (ESAF / MDIC – 2012) No Brasil o sistema de controle de


constitucionalidade repressivo judiciário foi somente o concentrado,
vez que compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a
guarda da Constituição.

Comentários:

Esse controle pode se dar tanto de forma concentrada quanto de forma difusa.
Questão errada.

55. (ESAF / MDIC - 2012) Os parlamentares são legitimados, mas


não os únicos, à propositura de mandado de segurança para a defesa
do direito líquido e certo a um processo legislativo conforme as
normas constitucionais e legais. Quando a autoria for de
parlamentares, o prosseguimento do processo, até decisão final do
Supremo Tribunal Federal, dependerá da manutenção do autor de sua
condição de membro do Congresso Nacional.

Comentários:

Somente os congressistas membros da Casa Legislativa em que a proposta de


emenda à Constituição esteja tramitando são legitimados a provocar esse
controle de constitucionalidade. Não há qualquer outro legitimado. Questão
errada.

56. (ESAF / PGFN - 2012) Compete a qualquer juiz ou tribunal, no


primeiro caso desde que inexista pronunciamento sobre a matéria pelo
respectivo tribunal ou por tribunal superior, decidir no curso de ação
sob sua apreciação acerca de questão de constitucionalidade suscitada
por qualquer das partes. 09890389479

Comentários:

De fato, no sistema difuso, qualquer juiz ou tribunal pode decidir acerca da


questão de constitucionalidade no curso de ação sob sua apreciação. Isso se
aplica, inclusive, quando existe pronunciamento sobre a matéria pelo
respectivo tribunal ou por tribunal superior. A única exceção é quando existe
súmula vinculante editada pelo STF: nesse caso, não pode haver
pronunciamento contrário do juiz ou do tribunal. Questão incorreta.

57. (ESAF / PGFN - 2012) Nos expressos termos da Constituição de


1988, compete ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou
em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal.
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Comentários:

É o que determina o art. 52, X, da Constituição. Questão correta.

58. (ESAF / PGFN - 2012) Compete a qualquer turma, câmara ou


seção de tribunal declarar originalmente a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo do poder público.

Comentários:

Caso o controle seja do tipo concentrado, poderá ser exercido apenas pelo STF
(caso o parâmetro seja a Constituição Federal) ou pelo TJ (caso seja a
Constituição Estadual). Além disso, não pode qualquer turma, câmara ou seção
de tribunal declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, em virtude
da cláusula de reserva de plenário (art. 97, CF). Questão incorreta.

59. (ESAF / PGFN - 2012) Compete exclusivamente ao Supremo


Tribunal Federal julgar, mediante recurso extraordinário, as causas
decididas em última ou única instância, quando a decisão recorrida
contrariar ou negar vigência a lei federal.

Comentários:

Nesse caso, cabe recurso especial, de competência do STJ (art. 105, III, “a”).
Questão incorreta.

60. (ESAF / PGFN - 2012) Pode o Superior Tribunal de Justiça, no


exercício do controle de constitucionalidade incidental ou em concreto,
declarar originalmente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do poder público, desde que assim se pronuncie pelo voto favorável
dos seus dez membros mais antigos.

Comentários:

Nesse caso, o controle deverá ser realizado pelo Pleno ou pela Corte Especial
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do STJ, composta por 15 membros, escolhidos metade por eleição entre os


Ministros e metade por antiguidade, nos termos do art. 93, X, da Constituição.
Questão incorreta.

61. (ESAF / PGFN - 2012) Na ação direta de inconstitucionalidade, é


admissível a impugnação de decretos executivos quando estes
representem atos de aplicação primária da Constituição.

Comentários:

Nesse caso, em se tratando de normas primárias, que violem diretamente a


Constituição, de fato, cabe ADI. Questão correta.

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62. (ESAF / PGFN - 2012) O Supremo Tribunal Federal poderá, de
ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional,
aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial,
terá, dentre outros, efeito vinculante em relação aos demais do Poder
Judiciário.

Comentários:

É o que determina o art. 103-A, “caput”, da Constituição. Questão correta.

63. (ESAF / AFRF -2002) Somente o Supremo Tribunal Federal, em


ação direta de inconstitucionalidade, pode resolver controvérsia sobre
a continuidade da vigência, no atual regime constitucional, de lei
ordinária anterior à Constituição de 1988.

Comentários:

Qualquer juiz ou tribunal poderá fazê-lo, no controle concreto de


constitucionalidade. Questão errada.

64. (ESAF / PGE-DF - 2004) Nas causas relativas a direitos


subjetivos, a decisão definitiva em recurso extraordinário comunicada
ao Senado Federal gera para essa Casa legislativa a faculdade de
suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada
inconstitucional pela maioria absoluta dos membros do Supremo
Tribunal Federal no julgamento daquele recurso, exceto se essa lei for
municipal ou distrital, quando aprovada, neste último caso, pelo
Distrito Federal no exercício de competência municipal.

Comentários:

Não há tal exceção. As leis municipais ou distritais também poderão ter sua
execução suspensa pelo Senado Federal, nesse caso. Questão errada.
09890389479

65. (ESAF / PGE-DF - 2004) A decisão definitiva em recurso


extraordinário que modifica a conclusão de acórdão proferido por
Tribunal de Justiça em ação direta de inconstitucionalidade julgada
improcedente pela Corte estadual para julgá-la procedente, com a
declaração de inconstitucionalidade da lei, no Plenário do Supremo
Tribunal Federal, goza de eficácia contra todos (erga omnes), sendo
dispensada a sua comunicação ao Senado Federal.

Comentários:

Nesse caso, uma lei é objeto de ADI perante o TJ e, por ser a norma da
Constituição Estadual ou da Lei Orgânica Municipal de reprodução obrigatória
da CF/88, cabe recurso ao STF. Trata-se de uma hipótese de controle abstrato

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e, por isso, não há que se falar em suspensão da norma pelo Senado Federal.
Questão correta.

66. (ESAF / PGE-DF - 2004) O Supremo Tribunal Federal poderá


atribuir efeito retroativo (ex tunc) às decisões proferidas em recurso
extraordinário.

Comentários:

De fato, em regra, a decisão do STF que declara a inconstitucionalidade da lei


em recurso extraordinário tem efeito “ex tunc”. Questão correta.

67. (ESAF / PGE-DF - 2004) O Supremo Tribunal Federal poderá


atribuir efeito prospectivo (ex nunc) às decisões proferidas em recurso
extraordinário.

Comentários:

Embora o efeito “ex tunc” seja a regra, pode o STF conferir efeito “ex nunc” à
decisão. Questão correta.

68. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) A inconstitucionalidade por


ação pode ser total ou parcial, porém a inconstitucionalidade por
omissão será sempre total.

Comentários:

A inconstitucionalidade por omissão pode ser total ou parcial. Na primeira, o


legislador se abstém de regular a norma constitucional, gerando uma lacuna
no ordenamento jurídico. Na segunda, o legislador produz a norma de maneira
insatisfatória, deixando de atender aos pressupostos constitucionais da norma
de regência. Questão errada.

69. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) A inconstitucionalidade


superveniente é aceita pelo Supremo Tribunal Federal, cabendo em
09890389479

relação a essa inconstitucionalidade o controle concentrado de


constitucionalidade.

Comentários:

O STF não admite a inconstitucionalidade superveniente, de uma norma


primária em relação a uma Constituição posterior. Isso porque entende que a
Constituição nova revoga a norma primária incompatível. Não se trata de
inconstitucionalidade, mas de revogação. Questão errada.

70. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) A inconstitucionalidade


reflexa, segundo o Supremo Tribunal Federal, só pode ser aferida em
sede de controle difuso de constitucionalidade.

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Comentários:

O STF não admite a inconstitucionalidade indireta ou reflexa, que ocorre


quando se faz necessário o exame do conteúdo de outras normas
infraconstitucionais ou da matéria de fato (STF, RTJ, 164:897). Nesse caso, o
ato infralegal desobedece a lei, havendo que se falar em mero controle de
legalidade. Questão errada.

2. Ação Direta de Inconstitucionalidade:

71. (PGFN – 2015) Sobre a concessão de medida cautelar em sede de


Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), é correto afirmar que:

a) a Constituição Federal de 1988 estabelece que a medida cautelar somente


será concedida por maioria de 2/3 dos membros do Supremo Tribunal Federal.

b) a medida cautelar somente pode ser concedida depois da manifestação do


Procurador-Geral da República, que dispõe do prazo de 3 dias.

c) admite-se, conforme jurisprudência do STF, a concessão monocrática de


medida cautelar, em caráter excepcional e ainda que fora do período de
recesso da Corte.

d) não cabe medida cautelar contra Emenda Constitucional promulgada.

e) a medida cautelar será concedida por decisão de 2/3 dos membros do


Superior Tribunal de Justiça.

Comentários:

Letra A: errada. A CF/88 não trata da concessão de medida cautelar em ADI.


Isso é matéria prevista na legislação infraconstitucional. Ademais, a medida
cautelar é concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do STF
(seis votos), devendo estar presentes na sessão, pelo menos, oito Ministros
(quórum de presença). 09890389479

Letra B: errada. No caso de medida cautelar em sede de ADI, o relator apenas


ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República caso
julgue indispensável.

Letra C: correta. Essa é uma possibilidade excepcionalíssima. Em regra, a


concessão de medida cautelar deve ser feita em sessão plenária. No entanto,
há algumas exceções:

- No período de recesso, a medida cautelar poderá ser concedida pelo


Presidente do Tribunal, sujeita a referendo posterior do Tribunal Pleno.

- O relator poderá conceder monocraticamente a medida cautelar, ainda


que fora do período de recesso, desde que a espera pelo julgamento
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09890389479 - Manuela Nicole Freitas


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da sessão plenária seguinte ao pedido de medida cautelar leve à
completa perda de sua utilidade.29

Letra D: errada. É cabível, sim, medida cautelar contra emenda constitucional.


Não há qualquer óbice a isso.

Letra E: errada. A concessão de medida cautelar em ADI compete ao STF (e


não ao STJ!).

O gabarito é a letra C.

72. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2002) O STF pode


declarar a inconstitucionalidade de certos entendimentos de um ato
normativo, objeto de uma ação direta de inconstitucionalidade, sem,
contudo, declarar inválido o próprio ato normativo.

Comentários:

Trata-se da declaração parcial de nulidade sem redução de texto. Questão


correta.

73. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que
essa lei é uma lei federal.

Comentários:

Não se pode afirmar que a lei é federal, uma vez que a ADI também se presta
para arguição da constitucionalidade de leis estaduais (art. 102, I, “a”, CF).
Questão incorreta.

74. (ESAF / Auditor-Fiscal/Recife - 2003) Lei municipal não pode ser


objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal.
09890389479

Comentários:

Por meio de ADI, só pode ser arguida a constitucionalidade de leis federais ou


estaduais, jamais de leis municipais. estaduais (art. 102, I, “a”, CF). Questão
correta.

75. (ESAF / MRE - 2004) O ato normativo, para efeito de fiscalização


da constitucionalidade em tese, deve possuir autonomia jurídica,
generalidade abstrata e impessoalidade.

%.
! MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional. 10ª edição. Editora Saraiva, 2011, pp. 1181-1183.
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Comentários:

De fato, só podem ser impugnados via ADI atos que possuam normatividade,
ou seja, generalidade e abstração. Atos de efeitos concretos, em regra, não
podem ser objeto de controle abstrato de constitucionalidade. Questão correta.

76. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Proclamada a


inconstitucionalidade do dispositivo, pelo Supremo Tribunal Federal,
julgar-se-á improcedente a ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

É o contrário! Proclamada a inconstitucionalidade do dispositivo, a ADI será


julgada procedente. Questão incorreta.

77. (ESAF / PM-Fortaleza - 2002) O julgamento de mérito dando pela


improcedência da ação direta de inconstitucionalidade equivale a uma
declaração de constitucionalidade da lei, objeto da ação.

Comentários:

É isso mesmo! Julgando improcedente a ADI, o STF declara a


constitucionalidade do dispositivo. Questão correta.

78. (ESAF /Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Atos estatais de


efeitos concretos se submetem, em sede de controle concentrado, à
jurisdição abstrata.

Comentários:

Atos estatais de efeitos concretos não podem ser objeto de controle abstrato
de constitucionalidade. Questão incorreta.

79. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) As súmulas, por


apresentarem densidade normativa, são submetidas à jurisdição
09890389479

constitucional concentrada.

Comentários:

Segundo o STF, as súmulas, por não possuírem normatividade, não podem ser
objeto de controle abstrato de constitucionalidade. Não podem, por isso
mesmo, ser submetidas à jurisdição constitucional concentrada. Questão
incorreta.

80. (ESAF / PM – Fortaleza - 2002) Uma súmula de jurisprudência de


tribunal superior pode ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade no STF.

Comentários:
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De jeito nenhum! Segundo o STF, as súmulas, por não possuírem
normatividade, não podem ser objeto de controle abstrato de
constitucionalidade. Questão incorreta.

81. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Antes da


concessão da liminar em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade,
é possível que seu autor peça desistência da mesma.

Comentários:

Nada disso! Como vimos, uma vez tendo sido proposta a ADI, seu autor não
poderá dela desistir. Questão incorreta.

82. (ESAF / AFT - 2003) Segundo o entendimento do STF, é possível


ao Autor requerer a desistência em relação a uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade, desde que demonstre razões de interesse
público para essa desistência.

Comentários:

Uma vez tendo sido proposta a ADI, seu autor não poderá dela desistir.
Questão incorreta.

83. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Para a


propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade, se faz necessário
observar um dos requisitos objetivos pertinente ao prazo prescricional.

Comentários:

Não há prazo prescricional ou decadencial para a propositura da ADI. Questão


incorreta.

84. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2003) Depois de cinco


anos de vigência de uma lei, ela não mais pode ser objeto de ação
direta de inconstitucionalidade. 09890389479

Comentários:

Não há prazo prescricional ou decadencial para a propositura da ADI. Questão


incorreta.

85. (ESAF / MPOG - 2009) Quanto aos métodos de controle de


constitucionalidade, a doutrina os classifica em difuso e concentrado.
Segundo a doutrina constitucionalista mais respeitável, a nossa
Constituição contempla espécies de controle concentrado. Assinale a
opção que não se refere a uma espécie de controle concentrado.

a) Ação direta de inconstitucionalidade.

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b) Ação direta de inconstitucionalidade interventiva.

c) Ação direta de inconstitucionalidade por omissão.

d) Ação declaratória de constitucionalidade.

e) Ação direta de inconstitucionalidade por congruência.

Comentários:

O controle concentrado é exercido por meio das ações a seguir:

• Ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADI);


• Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO);
• Ação declaratória de constitucionalidade (ADC);
• Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADI interventiva);
• Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF).

A letra E é o gabarito da questão.

86. (ESAF / Auditor-Fiscal - 2003) Constitui instrumento típico do


controle abstrato de constitucionalidade de leis e atos normativos:

a) A ação direta de inconstitucionalidade

b) O recurso extraordinário

c) A ação cível originária

d) O habeas data

e) O mandado de segurança

Comentários:

O controle abstrato é exercido por meio das seguintes ações:


09890389479

• Ação direta de inconstitucionalidade genérica (ADI);


• Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO);
• Ação declaratória de constitucionalidade (ADC);
• Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADI interventiva);
• Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF).

A letra A é o gabarito da questão.

87. (ESAF / PGFN - 2007) A decisão de mérito proferida em sede de


controle concentrado é irrecorrível, salvo a hipótese de embargos
declaratórios, e não está sujeita à desconstituição pela via da ação
rescisória.

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Comentários:

De fato, a decisão de mérito proferida em sede de controle concentrado é


irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios. Também não
cabe ação rescisória contra decisão proferida em sede de ADI. Questão
correta.

88. (ESAF / PGFN - 2007) Segundo jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, a norma constitucional originária não é passível de
controle de constitucionalidade.

Comentários:

De fato, é esse o entendimento do STF. Questão correta.

89. (ESAF / IRB - 2006) Segundo o novel entendimento do Supremo


Tribunal Federal, é possível a aplicação, no direito brasileiro, do
conceito de inconstitucionalidade de normas constitucionais
originárias, defendido na obra de Otto Bachof, uma vez que a
enumeração de cláusulas pétreas, no texto original da Constituição,
imporia uma hierarquia entre as normas constitucionais originárias.

Comentários:

Nada disso. O STF entende que não podem ser objeto de ADI as normas
constitucionais originárias30. Além disso, não há hierarquia entre as normas
constitucionais. Questão incorreta.

90. (ESAF / PGFN - 2007) A Mesa do Congresso Nacional não tem


legitimidade para a propositura da Ação Direta de
Inconstitucionalidade.

Comentários:

De acordo com o art. 103 da Constituição, são legitimados a propor AD


09890389479

perante o STF:

• O Presidente da República;
• A Mesa do Senado Federal;
• A Mesa da Câmara dos Deputados;
• A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal;
• O Governador de Estado ou do Distrito Federal;
• O Procurador-Geral da República;
• O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
• Partido político com representação no Congresso Nacional;
• Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

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A Mesa do Congresso Nacional não tem, portanto, legitimidade para a
propositura de ADI perante o STF. Questão correta.

91. (ESAF / ANEEL - 2006) Não tem legitimidade para propor a ação
direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal:

a) Presidente da República.

b) Presidente do Congresso Nacional.

c) Governador do Distrito Federal.

d) Confederação sindical.

e) Entidade de classe de âmbito nacional.

Comentários:

De acordo com o art. 103 da Constituição, são legitimados a propor ADI


perante o STF:

• O Presidente da República;
• A Mesa do Senado Federal;
• A Mesa da Câmara dos Deputados;
• A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal;
• O Governador de Estado ou do Distrito Federal;
• O Procurador-Geral da República;
• O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
• Partido político com representação no Congresso Nacional;
• Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

A letra B é o gabarito da questão.

92. (ESAF / MRE - 2004) Não pode propor ação 09890389479


direta de
constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal:

a) O advogado-geral da União.

b) O presidente da República.

c) A Mesa da Câmara dos Deputados.

d) O partido político com representação no Congresso Nacional.

e) O governador do Distrito Federal.

Comentários:

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Das alternativas acima, somente o Advogado-Geral da União não faz parte dos
legitimados à proposição de ADI perante o STF, conforme o art. 103 da
Constituição. A letra A é o gabarito.

93. (ESAF / IRB - 2004) Suponha que, no último dia do seu mandato,
o Presidente da República tenha sancionado uma lei que concede
vantagem com efeitos retroativos para os nela contemplados. O novo
Presidente da República não se conforma com a medida, que considera
particularmente onerosa. O Presidente da República não pode arguir a
inconstitucionalidade dessa lei, por meio de ação direta de
inconstitucionalidade, já que o seu antecessor a sancionara.

Comentários:

Não há tal restrição. O Presidente da República poderá, sim, arguir a


inconstitucionalidade da lei. Questão incorreta.

94. (ESAF / IRB - 2004) Suponha que, no último dia do seu mandato,
o Presidente da República tenha sancionado uma lei que concede
vantagem com efeitos retroativos para os nela contemplados. O novo
Presidente da República não se conforma com a medida, que considera
particularmente onerosa. O Advogado-Geral da União pode, em nome
da Advocacia-Geral da União, ajuizar ação direta de
inconstitucionalidade contra tal lei perante o Supremo Tribunal
Federal.

Comentários:

O AGU não é legitimado a propor ADI perante o STF (art. 103, incisos, CF).
Questão incorreta.

95. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) O Conselho Federal da Ordem dos


Advogados do Brasil somente tem legitimidade para propor ação direta
de inconstitucionalidade contra leis que interfiram diretamente nos
afazeres, direitos e prerrogativas dos advogados. 09890389479

Comentários:

O Conselho Federal da OAB é um legitimado universal, podendo propor ADI


contra lei que disponha sobre qualquer matéria. Questão incorreta.

96. (ESAF / PGFN - 2007) A perda da representação do partido


político junto ao Congresso Nacional implica na perda da capacidade
postulatória, com consequente extinção, sem resolução do mérito, da
Ação Direta de Inconstitucionalidade anteriormente proposta.

Comentários:

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Segundo o STF, a aferição da legitimidade do partido político para propor a
ação deve ser feita no momento da propositura da mesma. Caso haja perda
superveniente de representação do partido no Congresso Nacional, isso não o
desqualifica como legitimado ativo. Questão incorreta.

97. (ESAF / TCU - 2006) A possibilidade de partido político


apresentar ação declaratória de constitucionalidade está condicionada
a que este partido político tenha representação no Congresso Nacional
e que essa representação se mantenha ao longo de todo o processo da
ação, no âmbito do Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Nada disso! De acordo com o STF, a aferição da legitimidade do partido político


para propor a ação deve ser feita no momento da propositura da mesma. Caso
haja perda superveniente de representação do partido no Congresso Nacional,
isso não o desqualifica como legitimado ativo. Questão incorreta.

98. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2006) No caso de um


partido político perder sua representação no Congresso Nacional após
ter proposto uma ação direta de inconstitucionalidade, essa ação é
considerada prejudicada, por perda superveniente de legitimidade
ativa para a sua propositura.

Comentários:

A ESAF adora essa jurisprudência do STF! Segundo o Pretório Excelso, a


aferição da legitimidade do partido político para propor a ação deve ser feita no
momento da propositura da mesma. Caso haja perda superveniente de
representação do partido no Congresso Nacional, isso não o desqualifica como
legitimado ativo. Questão incorreta.

99. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) Uma ação direta de


inconstitucionalidade que tenha sido proposta por partido político que
tinha representação no Congresso Nacional, mas que a perde antes do
09890389479

julgamento de mérito da demanda, deve ser julgada prejudicada.

Comentários:

Segundo o STF, a aferição da legitimidade do partido político para propor a


ação deve ser feita no momento da propositura da mesma. Caso haja perda
superveniente de representação do partido no Congresso Nacional, isso não o
desqualifica como legitimado ativo. Questão incorreta.

100. (ESAF / PGFN - 2007) O Supremo Tribunal Federal não reconhece


a legitimidade ativa das chamadas associação de associações para fins
de ajuizamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade.

Comentários:
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O STF admite, sim, a instauração do controle abstrato por “associações de
associações”, ou seja, associações que congreguem apenas pessoas jurídicas.
Questão incorreta.

101. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital, sancionada
pelo Governador, que limita o horário de funcionamento do comércio
varejista em Brasília, seja objeto de dúvidas quanto à sua
constitucionalidade. O Governador do Distrito Federal, mesmo que
arrependido politicamente da sanção ao projeto de lei, não poderá
ajuizar ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal contra tal lei.

Comentários:

A competência para legislar sobre horário de funcionamento do comércio


varejista é municipal31. Por isso, não pode essa lei ser objeto de ADI. Questão
correta.

102. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) Pode ser


proposta ação direta de inconstitucionalidade em relação a qualquer
lei distrital, em razão da equivalência entre o Distrito Federal e os
Estados-membros.

Comentários:

Lei distrital editada com base em competência municipal não pode ser objeto
de ADI. Questão incorreta.

103. (ESAF / AFT - 2006) É cabível ação direta de


inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, contra lei
do Distrito Federal que discipline assunto de interesse local.

Comentários:

Compete aos municípios legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, I,
09890389479

CF). Por isso, essa lei do Distrito Federal, exercida com base em sua
competência para tratar de assuntos próprios dos Municípios, não poderia ser
objeto de ADI. Questão incorreta.

104. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que o Tribunal Superior do


Trabalho haja disposto no seu Regimento Interno sobre precatório. Em
seguida, o Tribunal Regional do Trabalho com jurisdição sobre o
Distrito Federal insere no seu regimento norma idêntica. Suponha que,
mais tarde, é ajuizada ação direta de inconstitucionalidade contra o
dispositivo do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho que
contém a referida norma. O Supremo Tribunal Federal julga
procedente essa ação direta, afirmando que a regra regimental destoa

∗∀
!RE 606360 SP, Rel. Min. Carmem Lúcia, julgamento 17.12.2009, publicação em 08.02.2010.!
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da sistemática constitucional sobre precatórios. Depois desse
julgamento, o Presidente do TRT com jurisdição no Distrito Federal,
contra os interesses do Governo do Distrito Federal, aplica a norma
que é idêntica àquela do TST declarada inconstitucional. Nesse caso,
qual solução juridicamente possível, mais eficaz e expedita, você
sugeriria para proteger os interesses do Distrito Federal contra tal
decisão?

a) Que o Distrito Federal apresente recurso extraordinário contra a decisão.

b) Que o Distrito Federal ajuíze mandado de segurança perante o TRT contra a


decisão.

c) Que o Distrito Federal ajuíze ação direta de inconstitucionalidade perante o


Supremo Tribunal Federal contra a norma do TRT.

e)Que se apresente reclamação ao Supremo Tribunal Federal.

e) Que o Distrito Federal impetre mandado de segurança perante o STF.

Comentários:

Caso haja desrespeito a decisão em sede de ADI, o prejudicado poderá propor


reclamação perante o STF, que determinará a anulação do ato administrativo
ou a cassação da decisão judicial reclamada. A letra D é o gabarito da questão.

105. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) O Supremo Tribunal Federal admite o


controle concentrado de constitucionalidade em face de decreto,
quando este, a pretexto de regulamentar lei, desvirtuar o sentido da
norma.

Comentários:

O decreto regulamentar é ato infralegal e, como tal, não é objeto de controle


de constitucionalidade, uma vez que não afronta, diretamente, a Constituição.
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Questão incorreta.

106. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2008) Assinale o ato


normativo abaixo que não é objeto próprio de ação direta de
inconstitucionalidade proposta perante o Supremo Tribunal Federal:

a) Medida Provisória

b) Emenda à Constituição

c) Decreto regulamentador de lei

d) Dispositivo de Constituição Estadual

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e) Emenda ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
Federal

Comentários:

O decreto regulamentador de lei é ato infralegal e, como tal, não é objeto de


controle de constitucionalidade, uma vez que não afronta, diretamente, a
Constituição. A letra C é o gabarito.

107. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) Não há


possibilidade de ser conhecida pelo Supremo Tribunal Federal uma
ação direta de inconstitucionalidade na qual se discute a
constitucionalidade de um decreto.

Comentários:

Os decretos autônomos (art. 84, VI, CF) têm “status” de lei ordinária,
podendo, por isso, ter sua constitucionalidade discutida em sede de ADI.
Questão incorreta.

108. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) A inobservância dos ditames da


Constituição Federal de 1988 para a elaboração de lei estadual,
possibilita ao Supremo Tribunal Federal, pela via do controle
concentrado, a declaração de inconstitucionalidade.

Comentários:

Verifica-se, nesse caso, a inconstitucionalidade formal da lei. Questão correta.

109. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) O Congresso Nacional, ao rejeitar


medida provisória, está atuando preventivamente no controle de
constitucionalidade, haja vista a espécie normativa não ter ingressado
de forma definitiva no ordenamento jurídico pátrio.

Comentários: 09890389479

A medida provisória é um ato normativo de “status” legal. Por isso, a rejeição


do Congresso Nacional, retirando-a do ordenamento jurídico, faz parte do
controle repressivo de constitucionalidade, não do preventivo. Questão
incorreta.

110. (ESAF / TCE-PR - 2003) Uma medida provisória não pode ser
objeto de ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

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A jurisprudência é pacífica no sentido de que medidas provisórias podem sofrer
controle abstrato32. Entretanto, cabe destacar que a ação direta de
inconstitucionalidade precisa ser aditada caso a medida provisória seja
convertida em lei33. Por outro lado, caso a medida provisória seja rejeitada ou
não seja apreciada, dentro do prazo constitucionalmente estabelecido, pelo
Congresso Nacional, a ação direta de inconstitucionalidade restará
prejudicada34. Questão incorreta.

111. (ESAF / AFT - 2006) Em sede de ação direta de


inconstitucionalidade é vedada a intervenção de terceiros.

Comentários:

De fato, não pode haver intervenção de terceiros em processo de ADI. Questão


correta.

112. (ESAF / IRB - 2006) Na concessão de medida cautelar em sede de


ação direta de inconstitucionalidade, seus efeitos serão, regra geral,
“erga omnes” e “ex tunc”.

Comentários:

Em regra, os efeitos de medida cautelar em sede de ADI são “erga omnes” e


“ex nunc”. Questão incorreta.

113. (ESAF / Auditor-Fiscal do RN - 2005) A medida cautelar, em sede


de ação direta de inconstitucionalidade, tem eficácia “erga omnes” e,
regra geral, será concedida com efeito “ex tunc”.

Comentários:

Não custa repetir, não é? Em regra, os efeitos de medida cautelar em sede de


ADI são “erga omnes” e “ex nunc”. Questão incorreta.

114. (ESAF / TCU - 2006) Nas ações diretas de inconstitucionalidade,


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o autor deverá demonstrar a repercussão geral da questão discutida


no caso, a fim de que o Tribunal examine a admissão da ação.

Comentários:

Não há tal exigência. Questão incorreta.

115. (ESAF / TCU - 2006) A legitimidade ativa do Governador do


Distrito Federal, para propor ação direta de inconstitucionalidade, não
sofre restrições quanto à pertinência temática, sendo esse requisito

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exigido quando da verificação da legitimidade ativa da entidade de
classe de âmbito nacional.

Comentários:

Tanto o Governador do Distrito Federal quanto a entidade de classe de âmbito


nacional são considerados, pelo STF, legitimados especiais pelo STF, só
podendo propor ADI sobre matéria em que haja pertinência com suas
atribuições. Questão incorreta.

116. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) Mesmo sendo


equivalentes às emendas constitucionais, os tratados internacionais
sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por três quintos dos
votos dos respectivos membros, poderão ser objeto de controle de
constitucionalidade por meio de uma ação direta de
inconstitucionalidade.

Comentários:

Os tratados internacionais sobre direitos humanos aprovados, em cada Casa


do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por três quintos dos votos
dos respectivos membros, adquirem “status” de emenda constitucional.
Poderão, por isso mesmo, ser objeto de controle de constitucionalidade por
meio de ação direta de inconstitucionalidade. Questão correta.

117. (ESAF / IRB - 2004) Emenda à Constituição, por ter a mesma


hierarquia das demais normas da Lei Maior, não se submete à
declaração de inconstitucionalidade, nem mesmo pelo Supremo
Tribunal Federal.

Comentários:

As emendas constitucionais, por serem obra do Poder Constituinte Derivado,


submetem-se, sim, ao controle de constitucionalidade. Isso porque deverão
09890389479

obedecer às normas editadas pelo Poder Constituinte Originário. Questão


incorreta.

118. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) A eficácia de


uma liminar concedida em sede de ação direta de inconstitucionalidade
opera, regra geral, com efeitos “ex tunc”, podendo ter efeitos “ex
nunc”, em caráter excepcional, se o Supremo Tribunal Federal assim o
declarar expressamente, demonstrando a conveniência da medida.

Comentários:

Pelo contrário! Em regra, a medida liminar em sede de ADI tem eficácia “ex
nunc”, podendo, excepcionalmente, ter eficácia “ex tunc”. Questão incorreta.

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119. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, nada impede que um juiz de primeiro
grau afirme válida a mesma lei, ao julgar um caso concreto.

Comentários:

A decisão do STF em sede de ADI vincula os demais órgãos do Poder


Judiciário. Por isso, não poderá o juiz declarar válida lei considerada
inconstitucional pelo STF. Questão incorreta.

120. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que
apesar da decisão, nada impedirá que os demais juízes, divergindo do
entendimento do STF, declarem constitucional a mesma lei.

Comentários:

A decisão do STF em sede de ADI vincula os demais órgãos do Poder


Judiciário. Por isso, não poderão os demais tribunais e os juízes declararem
válida lei considerada inconstitucional pelo STF em sede de ADI. Questão
incorreta.

121. (ESAF / Procurador da Fazenda - 2003) Suponha que o Supremo


Tribunal Federal tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei.
Suponha, ainda, que um juiz de primeiro grau venha a, num caso
concreto, julgar válida essa mesma lei. Se a decisão do STF foi em ação
direta de inconstitucionalidade e transitou em julgado antes da
sentença do juiz, esse mesmo juiz não poderia ter julgado válida a lei,
diante do efeito vinculante da decisão da Suprema Corte no caso.

Comentários:

É isso mesmo. A decisão do STF em sede de ADI vincula os demais órgãos do


Poder Judiciário. Questão correta. 09890389479

122. (ESAF / MPOG - 2005) As decisões definitivas de mérito,


proferidas pelo Supremo Tribunal Federal nas ações diretas de
inconstitucionalidade, por força de expressa determinação
constitucional, produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante,
apenas no âmbito da administração pública direta e indireta federal.

Comentários:

As decisões definitivas de mérito em sede de ADI, por força do art. 102, § 2º,
da Constituição, produzem eficácia contra todos e efeito vinculante
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. Questão incorreta.

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123. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, não pode vir a ser declarada
constitucional, pelo próprio STF, em julgamento posterior, por meio de
controle incidental.

Comentários:

Quando uma lei é declarada inconstitucional pelo STF, ela é expurgada do


ordenamento jurídico. Passa a não mais existir. Logo, ela não poderá, em
seguida, ser declarada constitucional pelo próprio STF. Questão correta.

124. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, o Congresso Nacional fica proibido de
editar outra lei de igual teor.

Comentários:

A decisão do STF em sede de ADI não vincula o Poder Legislativo. Questão


incorreta.

125. (ESAF / MPOG - 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
não pode ser reeditada pela Casa Legislativa que a votou, sob pena de
ofensa à autoridade da decisão da Suprema Corte.

Comentários:

Nada disso! Como vimos, a decisão do STF em sede de ADI não vincula o
Poder Legislativo. Questão incorreta.

126. (ESAF / IRB - 2004) As decisões de mérito do Supremo Tribunal


Federal em ação direta de inconstitucionalidade e em ação declaratória
de constitucionalidade têm efeito vinculante. 09890389479

Comentários:

De fato, as decisões de mérito do STF tanto em ADI quanto em ADC têm efeito
vinculante. Questão correta.

127. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, pode vir a ser declarada válida, se o
STF julgar procedente ação rescisória contra a decisão tomada na ação
direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

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Não cabe ação rescisória em sede de ADI. Questão incorreta.

128. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito da ação direta de


inconstitucionalidade no STF, leis revogadas antes da propositura da
ação direta de inconstitucionalidade não são objetos idôneos dessa
demanda.

Comentários:

De fato, que o STF não admite impugnação em ADI de leis e atos normativos
revogados, nem de normas cuja eficácia tenha se esgotado, como seria o caso,
por exemplo, de medida provisória rejeitada pelo Congresso Nacional. Como a
ADI tem por objetivo expurgar a norma inválida do ordenamento jurídico, não
faz sentido a análise da ação se a norma não mais integra o Direito vigente.
Mesmo que a revogação tenha se dado após a impugnação do ato via ADI, a
ação restará prejudicada, total ou parcialmente, por falta de objeto (STF, RTJ,
130:1002). Questão correta.

129. (ESAF / MRE - 2004) Se o ato normativo objeto de uma ação


direta de inconstitucionalidade for revogado, a ação só prossegue
perante o Supremo Tribunal Federal se o ato tiver produzido efeitos
concretos.

Comentários:

Nada disso! Como vimos, o STF não admite impugnação em ADI de leis e atos
normativos revogados. Questão incorreta.

130. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito da ação direta de


inconstitucionalidade no STF, na ação direta de inconstitucionalidade,
a atividade judicante do STF está condicionada pelo pedido, mas não
pela causa de pedir, que é tida como "aberta".

Comentários:
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É isso mesmo! O controle abstrato realizado pelo Poder Judiciário está sujeito
ao denominado princípio do pedido, ou seja, deve haver provocação de algum
legitimado para que possa haver a fiscalização da validade das leis. Todavia, o
Supremo Tribunal poderá utilizar como fundamento para a declaração de
inconstitucionalidade da lei ou parte dela um dispositivo constitucional
diferente daquele apontado pelo autor em seu pedido. Trata-se da chamada
causa de pedir aberta. Questão correta.

131. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) O requerente não pode desistir da


ação direta de inconstitucionalidade que haja proposto.

Comentários:

De fato, não cabe desistência de ADI. Questão correta.


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132. (ESAF / MPOG – 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo
STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
é considerada inválida desde quando editada, e, portanto, desde antes
da decisão do STF.

Comentários:

A decisão do STF em sede de ADI, de fato, tem, em regra, efeitos “ex tunc”,
tornando a lei inválida desde a sua edição. Questão correta.

133. (ESAF / MPOG – 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
somente deixa de produzir efeitos jurídicos a partir do trânsito em
julgado da decisão do STF.

Comentários:

Nada disso! Como vimos, a decisão do STF em sede de ADI, de fato, tem, em
regra, efeitos “ex tunc”, tornando a lei inválida desde a sua edição. Questão
incorreta.

134. (ESAF / MPOG - 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
somente é considerada excluída do ordenamento jurídico depois de
suspensa a sua vigência pelo Senado Federal.

Comentários:

O STF entende que a decisão em sede de ADI, em regra, começa a produzir


efeitos a partir da publicação da ata de julgamento no Diário da Justiça (DJU).
Questão incorreta.

135. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal) A declaração de


inconstitucionalidade de uma lei pelo Supremo Tribunal Federal, em
uma ação direta de inconstitucionalidade, somente produzirá eficácia
09890389479

contra todos depois de suspensa a execução da lei pelo Senado


Federal.

Comentários:

Não há tal exigência. O STF entende que a decisão em sede de ADI, em regra,
começa a produzir efeitos a partir da publicação da ata de julgamento no
Diário da Justiça (DJU). Questão incorreta.

136. (ESAF / IRB - 2010) Julgada procedente uma ação direta de


inconstitucionalidade, a lei, objeto da ação, é tida, ordinariamente,
como inconstitucional apenas a partir da data do julgamento, devendo
ser considerada como válida e eficaz no período entre a sua edição e o
julgamento do STF.
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Comentários:

O STF entende que a decisão em sede de ADI, em regra, começa a produzir


efeitos a partir da publicação da ata de julgamento no Diário da Justiça (DJU).
A lei será considerada inválida desde a sua edição, pois, em regra, a decisão
em sede de ADI tem efeitos “ex tunc”. Questão incorreta.

137. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que
essa lei somente deverá deixar de produzir efeitos a partir da decisão
do STF.

Comentários:

O STF entende que a decisão em sede de ADI, em regra, começa a produzir


efeitos a partir da publicação da ata de julgamento no Diário da Justiça (DJU).
A lei será considerada inválida desde a sua edição, pois, em regra, a decisão
em sede de ADI tem efeitos “ex tunc”. Questão incorreta.

138. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que
essa lei foi revogada pelo STF, a partir da data de publicação do
acórdão.

Comentários:

Nada disso! O STF não revoga a lei, apenas a retira do ordenamento jurídico. A
revogação de uma lei só é possível pelo próprio Legislativo. Cuidado com a
“pegadinha”! Questão incorreta.

139. (ESAF / MPOG - 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
somente deixa de ser considerada válida nas relações jurídicas de que
faça parte o autor da ação.
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Comentários:

De jeito nenhum! A decisão do STF em sede de ADI tem eficácia “erga omnes”.
Questão incorreta.

140. (ESAF / Auditor-Fiscal do RN - 2005) Ao declarar a


inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, em sede de ação direta
de inconstitucionalidade, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria qualificada de seus membros, restringir os efeitos daquela
declaração ou fixar data para que a declaração tenha eficácia.

Comentários:

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De fato, isso é possível. Trata-se da modulação temporal dos efeitos da
decisão. Questão correta.

141. (ESAF / Auditor-Fiscal do RN - 2005) A decisão que julga


procedente ou improcedente a ação direta de inconstitucionalidade é
irrecorrível, não cabendo contra ela nenhum recurso ou mesmo a
propositura de ação rescisória.

Comentários:

Há uma exceção à irrecorribilidade da ADI: a interposição de embargos


declaratórios. No que se refere à impossibilidade de se interpor ação rescisória,
entretanto, o enunciado está correto. Questão incorreta.

142. (ESAF / MRE - 2004) A inconstitucionalidade reflexa, segundo o


Supremo Tribunal Federal, só pode ser aferida em sede de controle
difuso de constitucionalidade.

Comentários:

O STF não admite a inconstitucionalidade indireta ou reflexa, que ocorre


quando se faz necessário o exame do conteúdo de outras normas
infraconstitucionais ou da matéria de fato (STF, RTJ, 164:897). Nesse caso, o
ato infralegal desobedece a lei, havendo que se falar em mero controle de
legalidade. Questão incorreta.

143. (ESAF / MRE - 2004) Regra geral, os efeitos da declaração de


inconstitucionalidade, no controle concentrado e no controle difuso,
são “ex nunc”.

Comentários:

Os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, em regra, tanto no controle


concentrado quanto no difuso, são “ex tunc”. Questão incorreta.
09890389479

144. (ESAF / IRB - 2004) Toda lei federal ou estadual em vigor pode
ser arguida de inconstitucional em sede de ação direta de
inconstitucionalidade.

Comentários:

Nem todas as leis estaduais e federais em vigor podem ser arguidas de


inconstitucionais em sede de ADI. Isso vale somente para as leis editadas após
a entrada em vigor da CF/88. Questão incorreta.

145. (ESAF / AFT - 2003) A doutrina e a jurisprudência reconhecem o


efeito repristinatório em relação à lei que foi revogada por lei
declarada inconstitucional pelo STF.

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Comentários:

Reconhece sim! A lei anterior volta a viger (volta dos “mortos-vivos”). Questão
correta.

146. (ESAF / TCE-PR - 2003) No âmbito do controle abstrato de


constitucionalidade, somente o Supremo Tribunal Federal pode
declarar a inconstitucionalidade de uma lei federal.

Comentários:

É isso mesmo. Compete exclusivamente ao STF declarar a


inconstitucionalidade de lei federal em sede de controle abstrato de
constitucionalidade. Questão correta.

147. (ESAF / AGU - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, a declaração de inconstitucionalidade pode ter efeito
ex nunc ou ex tunc.

Comentários:

Atualmente, a declaração de inconstitucionalidade poderá ter efeitos ex tunc


ou ex nunc. Tal possibilidade existe desde a edição da Lei nº 9.868/99, que
passou a permitir a modulação temporal dos efeitos da decisão de
inconstitucionalidade do STF. Até então, as decisões de inconstitucionalidade
tinham sempre efeitos retroativos (ex tunc). Questão correta.

148. (ESAF / AGU - 1998) A liminar concedida em sede de controle


abstrato de normas há de ter sempre eficácia ex tunc.

Comentários:

Em regra, a liminar concedida em sede de controle abstrato de normas terá


efeitos prospectivos (ex nunc). Entretanto, excepcionalmente, ela poderá ter
efeitos retroativos (ex tunc), desde que assim decida o STF. Questão errada.
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149. (ESAF / AGU - 1998) O Supremo Tribunal Federal costuma


declarar, frequentemente, a inconstitucionalidade de lei sem a
pronúncia da nulidade.

Comentários:

Não é comum (frequente) que o STF declare a inconstitucionalidade de lei sem


a pronúncia de nulidade, mas ele poderá fazê-lo. É o caso da declaração
parcial de nulidade sem redução de texto, em que a lei, tampouco parte
dela, não é retirada do mundo jurídico. Apenas a aplicação da lei em relação
a determinadas situações ou pessoas é considerada inconstitucional. Questão
errada.

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150. (ESAF / AGU - 1998) Os tratados internacionais não podem ser
objeto de impugnação em sede de controle abstrato de normas.

Comentários:

Os tratados internacionais podem, sim, ser objeto de controle abstrato de


normas. Questão errada.

151. (ESAF / PGFN - 1998) A cautelar concedida em ação direta de


inconstitucionalidade tem o condão de restaurar provisoriamente a
vigência do direito revogado pela norma impugnada.

Comentários:

A concessão de cautelar em ação direta de inconstitucionalidade irá produzir


efeito repristinatório, é dizer, será restaurada a vigência do direito revogado
pela norma impugnada. Questão correta.

152. (ESAF / PGFN - 1998) A decisão proferida em sede de controle


abstrato de normas somente terá eficácia após a suspensão de sua
execução pelo Senado Federal.

Comentários:

A decisão proferida em sede de controle abstrato de normas começa a produzir


efeitos a partir da publicação. Questão errada.

153. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) A interpretação conforme a


Constituição não pode ser utilizada no âmbito dos juízos e Tribunais
ordinários, porquanto tal prática corresponde, efetivamente, a uma
declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto.

Comentários:

A interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de


09890389479

inconstitucionalidade sem redução de texto são técnicas distintas. Ambas


podem ser utilizadas no âmbito dos juízos e Tribunais. Questão errada.

154. (ESAF / ACE - 1998) Não cabe ação direta de


inconstitucionalidade contra norma constitucional originária.

Comentários:

O entendimento dominante é o de que não cabe ação direta de


inconstitucionalidade contra norma constitucional originária. Questão correta.

155. (ESAF / ACE - 1998) Os atos tipicamente regulamentares são


passíveis de impugnação em controle abstrato de normas.

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Comentários:

Somente normas primárias podem ser objeto de ação direta de


inconstitucionalidade. Os atos meramente regulamentares são atos de
natureza secundária, não podendo ser objeto de ADIn. Questão errada.

156. (ESAF / ACE - 1998) A liminar em ação direta de


inconstitucionalidade deve ser deferida com eficácia ex tunc.

Comentários:

Em regra, a liminar em ação direta de inconstitucionalidade será deferida com


eficácia ex nunc, ou seja, produzirá efeitos prospectivos. Questão errada.

157. (ESAF / ACE - 1998) O Supremo Tribunal Federal declara,


frequentemente, a inconstitucionalidade da lei com eficácia ex nunc.

Comentários:

A declaração de inconstitucionalidade com efeitos ex nunc não é a regra, mas


sim a exceção. Questão errada.

158. (ESAF / TCU - 1999) A decisão final de mérito proferida pelo


Supremo Tribunal Federal em sede de controle abstrato de normas tem
eficácia ex nunc, necessariamente.

Comentários:

A decisão final de mérito do STF, em sede de controle abstrato de normas,


poderá ter eficácia ex tunc ou ex nunc. Questão errada.

159. (ESAF / TCU - 1999) A liminar concedida em ação direta de


inconstitucionalidade pode ter eficácia ex nunc ou ex tunc.

Comentários: 09890389479

De fato, a liminar concedida em ação direta de inconstitucionalidade pode ter


eficácia ex nunc ou ex tunc. A regra é que tenha efeitos ex nunc, mas,
excepcionalmente, esta poderá produzir efeitos ex tunc. Questão correta.

160. (ESAF / TCU - 1999) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, compete ao Tribunal, em sede de controle abstrato
de normas, declarar a inconstitucionalidade e não a
constitucionalidade de norma impugnada.

Comentários:

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As ações do controle abstrato têm natureza ambivalente. Disso resulta que o
STF tanto poderá declarar a constitucionalidade quanto a inconstitucionalidade
de norma impugnada. Questão errada.

161. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) Não cabe ação direta de


inconstitucionalidade contra emenda constitucional.

Comentários:

É cabível ação direta de inconstitucionalidade contra emenda constitucional.


Questão errada.

162. (ESAF / TCE-RN - 2000) O Presidente do Tribunal de Contas da


União tem legitimidade ativa para propor ação direta de
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal contra leis
que afetem a competência constitucionalmente estabelecida da Corte
de Contas.

Comentários:

O Presidente do TCU não está entre os legitimados para propor ação direta de
inconstitucionalidade. Questão errada.

163. (ESAF / TCE-RN - 2000) O Presidente da República não pode


propor ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal, atacando lei estadual.

Comentários:

O Presidente da República poderá propor ação direta de inconstitucionalidade


perante o STF, em que discuta a constitucionalidade de lei estadual. Questão
errada.

164. (ESAF / TCE-RN - 2000) A decisão que proclama a invalidade de


uma lei federal em sede de ação direta de inconstitucionalidade
09890389479

somente produz efeitos erga omnes (para todos) depois de suspensa a


mesma lei pelo Senado Federal.

Comentários:

Não é necessário qualquer ato do Senado Federal para que decisões no âmbito
do controle abstrato tenham eficácia erga omnes. Questão errada.

165. (ESAF / TCE-RN - 2000) Leis municipais, estaduais e federais


podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o
Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

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Leis municipais não podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade
perante o STF. Questão errada.

166. (ESAF / TCE-RN - 2000) Um Governador de Estado pode, em


princípio, ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, ação direta de
inconstitucionalidade contra lei estadual, mas não pode ajuizar uma
ação declaratória de constitucionalidade perante o mesmo tribunal
tendo por objeto a mesma lei.

Comentários:

O Governador do Estado é legitimado para propor Ação Direta de


Inconstitucionalidade (ADI) contra lei estadual, desde que, é claro,
comprove a pertinência temática. Porém, o Governador não poderá propor
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) contra essa mesma lei, uma
vez que essa ação tem como objeto apenas as leis e atos normativos
federais. Questão correta.

167. (ESAF / TCU- 2000) A decisão do STF pela inconstitucionalidade


de uma lei federal, quando proferida em sede de controle abstrato,
começa a produzir eficácia contra todos depois de o Senado Federal
suspender a execução da lei.

Comentários:

No caso de decisão do STF em sede de controle abstrato, não é necessário


qualquer ato do Senado Federal. A eficácia contra todos será produzida a partir
da publicação da decisão. Questão errada.

168. (ESAF / TCU - 2000) Uma lei municipal pode ser declarada
inconstitucional pelo STF, quer por meio de ação direta de
inconstitucionalidade, quer por recurso extraordinário.

Comentários:
09890389479

Lei municipal não pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade


perante o STF. Questão errada.

169. (ESAF / TCU - 2000) O controle abstrato de constitucionalidade é


realizado no Brasil apenas pelo Supremo Tribunal Federal, mediante a
provocação de cidadão que tenha um direito fundamental seu violado
pelos poderes públicos.

Comentários:

O controle abstrato somente poderá ser realizado a partir de provocação de


um dos legitimados do art. 103, da CF/88. Questão errada.

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170. (ESAF / TCU - 2000) A decisão proferida pelo Supremo Tribunal
Federal, ao decidir questão de inconstitucionalidade por meio do
controle de constitucionalidade em tese, produz efeitos apenas entre
as partes, podendo, entretanto, produzir também efeitos contra todos
(erga omnes), se a lei invalidada vier a ser suspensa pelo Senado
Federal.

Comentários:

A decisão proferida pelo STF em relação à constituição de lei em tese tem


eficácia “erga omnes” desde a sua publicação, independentemente de qualquer
ato do Senado. Questão errada.

171. (ESAF / TCU - 2000) Uma lei de um Município, mesmo que


claramente contrária à Constituição Federal, não pode ser declarada
inválida pelo Supremo Tribunal Federal numa ação direta de
inconstitucionalidade.

Comentários:

De fato, lei municipal não pode ser objeto de ação direta de


inconstitucionalidade perante o STF. Questão correta.

172. (ESAF / AFRF - 2001) A decisão de mérito do Supremo Tribunal


Federal julgando improcedente uma ação direta de
inconstitucionalidade equivale a declarar constitucional o ato
impugnado.

Comentários:

Ao julgar improcedente uma ação direta de inconstitucionalidade, o STF está


declarando a constitucionalidade do ato impugnado. Questão correta.

173. (ESAF / AFRF - 2001) Como regra geral, declarada a nulidade de


uma lei numa ação direta de inconstitucionalidade, o diploma deixa de
09890389479

produzir efeitos a partir da data do julgamento da ação.

Comentários:

Uma vez declarada a inconstitucionalidade de ato normativo em sede de ação


direta de inconstitucionalidade, será declarada a sua nulidade desde o seu
nascimento (efeito ex tunc). Questão errada.

174. (ESAF / AFRF - 2001) No exame de constitucionalidade de uma


lei, não é dado ao Supremo Tribunal Federal formular juízo sobre a
razoabilidade do diploma.

Comentários:

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No exame de constitucionalidade efetuado pelo STF, poderá ser levado em
consideração o princípio da razoabilidade. Questão errada.

175. (ESAF / AFRF - 2001) A declaração de inconstitucionalidade de


uma lei federal pelo STF, em sede de ação direta de
inconstitucionalidade, somente produz efeitos para todos depois de
suspensa a execução do diploma legal pelo Senado Federal.

Comentários:

Questão errada.

176. (ESAF / Promotor-CE - 2001) Suponha que um dispositivo de uma


Constituição Estadual reproduza, literalmente, um outro dispositivo da
Constituição Federal. Uma certa lei parece afrontar esse mesmo
dispositivo, comum às duas constituições. Se a lei suspeita for
municipal, somente poderá ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Lei municipal não pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade


perante o STF. Questão errada.

177. (ESAF / Promotor-CE - 2001) Suponha que um dispositivo de uma


Constituição Estadual reproduza, literalmente, um outro dispositivo da
Constituição Federal. Uma certa lei parece afrontar esse mesmo
dispositivo, comum às duas constituições. Se a lei suspeita for
estadual, e se tiver sido objeto tanto de ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal como de
representação por inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça, haverá
a conexão e o Supremo Tribunal Federal deverá julgar ambas as ações.

Comentários:
09890389479

O STF julgará apena a ação direta de inconstitucionalidade. Questão errada.

178. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Qualquer juiz de direito de um Estado-


Membro pode declarar a inconstitucionalidade de lei federal no curso
de um processo ordinário, se isso for necessário para resolver a
pendência sob a sua apreciação.

Comentários:

De fato, qualquer juiz de direito pode declarar a inconstitucionalidade de lei


federal na via incidental. Questão correta.

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179. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Somente o Supremo Tribunal Federal
pode realizar o controle direto da validade de uma lei estadual em face
da Constituição Federal.

Comentários:

Somente o STF poderá realizar o controle de constitucionalidade, em abstrato,


de uma lei estadual face à Constituição Federal. O controle de
constitucionalidade, em abstrato, de uma lei estadual face à Constituição
Estadual será feito pelo Tribunal de Justiça. Questão correta.

180. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Normalmente, a declaração de


inconstitucionalidade de uma lei numa ação direta de
inconstitucionalidade somente produz efeitos para o autor da ação. Os
efeitos do julgamento somente serão estendidos para todas as pessoas
se o Congresso Nacional suspender a execução da lei.

Comentários:

As decisões no âmbito do controle abstrato de constitucionalidade operam


efeitos erga omnes. Questão errada.

181. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) O Governador do Estado pode propor


ação direta de inconstitucionalidade contra lei municipal perante o
Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Lei municipal não pode set objeto de ação direta de inconstitucionalidade


perante o STF. Questão errada.

182. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Somente atos do Poder Legislativo


estão sujeitos ao controle abstrato de constitucionalidade.

Comentários: 09890389479

Não são apenas atos do Poder Legislativo que se submetem ao controle


abstrato de constitucionalidade. Qualquer ato normativo primário se sujeita a
esse controle. Questão errada.

183. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Todo ato baseado em lei


afirmada inconstitucional pelo STF em controle abstrato se torna,
como consequência automática dessa decisão, também nulo e
insuscetível de produzir efeitos.

Comentários:

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Os atos administrativos têm presunção de legitimidade, só sendo considerados
inválidos após apreciação judicial ou mesmo da Administração, por meio da
autotutela. Questão incorreta.

184. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) A concessão de medida


cautelar em ação direta de inconstitucionalidade não pode tornar
aplicável a legislação anterior, que a lei, objeto da ação direta de
inconstitucionalidade, revogara expressamente, porquanto não se
admite a repristinação entre nós.

Comentários:

Dada sua característica de ser vinculante, a medida tem automaticamente o


condão de suspender, durante o período de sua eficácia, o julgamento de
todos os processos que envolvam a aplicação da lei ou ato normativo objeto da
ação. Com isso, provoca a repristinação das normas eventualmente
revogadas pela lei ou ato normativo impugnado. Isso significa que aquelas
normas revogadas pela lei ou ato normativo suspenso tornam-se novamente
aplicáveis, salvo manifestação do STF em sentido inverso. Questão
incorreta.

185. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O autor da ação direta de


inconstitucionalidade perante o STF não pode desistir da ação
proposta, mas pode desistir de pedido de medida cautelar, por
entender que a suspensão da lei não mais interessa ao bem público.

Comentários:

O autor da ADI não pode desistir nem da ação nem do pedido de medida
cautelar, dado o interesse público envolvido no processo. Questão incorreta.

186. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Uma Emenda à Constituição,


já promulgada, não pode ser objeto de controle abstrato de
constitucionalidade.
09890389479

Comentários:

Emenda constitucional pode, sim, ser objeto de controle abstrato de


constitucionalidade, uma vez que é fruto do poder constituinte derivado.
Questão incorreta.

187. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O Supremo Tribunal Federal


pode apreciar, em ação direta de inconstitucionalidade, a
constitucionalidade de qualquer lei federal.

Comentários:

O STF somente poderá apreciar, em sede de ADI, as leis federais editadas


após a CF/88. Questão errada.
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188. (ESAF / Analista BACEN - 2001) Uma vez que a lei somente se
torna inconstitucional com a declaração judicial do vício, devem ser
respeitados os efeitos produzidos pela lei antes de afirmada a sua
invalidez judicialmente.

Comentários:

Não há tal relação. Em regra, a declaração de inconstitucionalidade da lei tem


efeito “ex tunc”, embora possa haver modulação temporal dessa decisão, em
vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, por
maioria de dois terços dos Ministros do STF. Questão incorreta.

189. (ESAF / Analista BACEN - 2001) A declaração de


inconstitucionalidade de uma lei, numa ação direta de
inconstitucionalidade, produz efeitos para todas as pessoas a partir da
suspensão da vigência da lei pelo Senado Federal.

Comentários:

A suspensão da vigência da lei pelo Senado Federal pode se dar no controle


difuso de constitucionalidade, jamais no controle abstrato, como a questão nos
leva a pensar. Questão incorreta.

190. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) O Governador de Estado e o Prefeito de


Município são pessoas legitimadas para propor ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra lei federal
que afete gravemente os interesses do Estado e do Município.

Comentários:

O Prefeito de Município não é legitimado a propor ADI. Questão incorreta.

191. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) Qualquer pessoa do povo pode propor


ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal, arguindo a inconstitucionalidade de lei que fira direito
09890389479

individual seu.

Comentários:

Não há tal previsão na Constituição. Apenas os legitimados arrolados no art.


103 da Carta Magna podem propor ADI. Questão incorreta.

192. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) Somente o Supremo Tribunal Federal


tem competência para declarar a inconstitucionalidade de uma lei num
caso concreto.

Comentários:

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Qualquer juiz ou tribunal tem essa competência, no controle incidental de
constitucionalidade. Questão incorreta.

193. (ESAF / MPOG - 2002) O Supremo Tribunal Federal, julgando uma


ação direta de inconstitucionalidade, pode declarar inconstitucionais
apenas algumas expressões do caput de um artigo de lei.

Comentários:

De fato, pode o STF fazê-lo. Também pode declarar inconstitucional a


interpretação da norma em determinado sentido. Questão correta.

194. (ESAF / MPOG - 2002) Proposta de Emenda Constitucional pode


ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal, se desrespeitar algum limite material ao poder de
reforma da Constituição.

Comentários:

Nesse caso, a inconstitucionalidade deverá ser arguida por parlamentar da


Casa em que a PEC estiver tramitando, por meio de mandado de segurança.
Questão incorreta.

195. (ESAF/2002/MPOG) Medidas provisórias não podem ser objeto


de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal.

Comentários:

As medidas provisórias podem, sim, ser objeto de ADIn. Questão incorreta.

196. (ESAF / MPOG - 2002) Declarada a inconstitucionalidade de lei


pelo STF, em sede de controle abstrato, o Senado deverá suspender a
execução da mesma lei, para que a decisão da Suprema Corte produza
efeitos erga omnes. 09890389479

Comentários:

Não há tal exigência. A decisão produz, por si só, efeitos “erga omnes”.
Questão incorreta.

197. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) Não somente leis estaduais, mas


também certos atos do Executivo e do Judiciário estaduais podem ser
objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal.

Comentários:

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De fato, também alguns atos do Executivo e do Judiciário podem ser objeto de
ADIN perante o STF. É o caso de decreto autônomo expedido pelo Governador
e do Regimento Interno do Tribunal de Justiça, por exemplo. Questão correta.

198. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) Todo partido político tem legitimidade


constitucional para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade
perante o STF.

Comentários:

De acordo com o art. 103, da CF/88, apenas os partidos políticos com


representação no Congresso Nacional têm legitimidade para propor ação direta
de inconstitucionalidade. Questão errada.

199. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) O STF não pode declarar a


inconstitucionalidade de lei municipal em sede de controle de
constitucionalidade em concreto.

Comentários:

Isso é, sim, possível, por meio de recurso extraordinário. Questão incorreta.

200. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) Lei estadual declarada inconstitucional


pelo STF em ação direta de inconstitucionalidade somente perde
eficácia depois de revogada por ato da Assembleia Legislativa
estadual.

Comentários:

A decisão do STF tem eficácia “erga omnes” e vinculante, produzindo efeito por
si só, sem qualquer participação do Legislativo. Questão incorreta.

201. (ESAF / AFRF - 2002) Assinale a opção em que não consta ente
ou autoridade legitimado para propor ação direta de
inconstitucionalidade. 09890389479

a) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

b) Presidente da República

c) Qualquer partido político com representação no Congresso Nacional

d) Qualquer sindicato de classe

e) Procurador-Geral da República

Comentários:

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Não é qualquer sindicato de classe que pode propor ação direta de
inconstitucionalidade. Poderão propor ação direta de inconstitucionalidade
confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. A resposta,
portanto, é a letra D.

202. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que certa câmara legislativa


municipal edite uma lei - flagrantemente inconstitucional - que
restringe a atividade de fiscalização dos Auditores Fiscais da Receita
Federal com relação aos habitantes do mesmo município. O
Procurador-Geral da República pode ajuizar uma ação direta de
inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, contra tal
lei.

Comentários:

Como a lei é municipal, ela não pode ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade perante o STF. Questão errada.

203. (ESAF / AFRF - 2002) Como regra, a declaração de


inconstitucionalidade de uma lei pelo Supremo Tribunal Federal, em
ação direta de inconstitucionalidade, somente produz efeitos a partir
da data do julgamento da ação, sendo por isso válidos todos os atos
praticados com base na lei até o julgamento da ação direta de
inconstitucionalidade.

Comentários:

A declaração de inconstitucionalidade de uma lei pelo STF em ação direta de


inconstitucionalidade produz, em regra, efeitos “ex tunc” (retroativos).
Questão errada.

204. (ESAF / AFRF- 2002) As leis da União, dos Estados-membros, do


Distrito Federal e dos Municípios podem ser objeto de controle de
constitucionalidade pelo STF, por meio de ação direta de
inconstitucionalidade. 09890389479

Comentários:

Somente podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o


STF as leis e atos normativos federais e estaduais. Questão errada.

205. (ESAF / AFRF - 2002) O Supremo Tribunal Federal não pode


declarar a inconstitucionalidade de emenda à Constituição já
promulgada.

Comentários:

A emenda constitucional pode, sim, ser objeto de controle de


constitucionalidade pelo STF. Questão errada.
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206. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada
venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
de inconstitucionalidade. A declaração de inconstitucionalidade, em
princípio, não tem como interferir sobre as relações jurídicas formadas
antes do julgamento do STF.

Comentários:

A decisão no âmbito de ação direta de inconstitucionalidade, em regra, produz


efeitos retroativos (ex tunc), ou seja, interfere nas relações jurídicas formadas
antes do julgamento pelo STF. Questão errada.

207. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada


venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
de inconstitucionalidade. A declaração de inconstitucionalidade
somente terá eficácia depois que a lei tida como inválida for suspensa
pelo Senado Federal.

Comentários:

A declaração de inconstitucionalidade de lei, em sede de controle abstrato, terá


eficácia “erga omnes” com a publicação da decisão, independentemente de
qualquer ato do Senado Federal. Questão errada.

208. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada


venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
de inconstitucionalidade. É possível afirmar que, necessariamente, a
lei em questão não é municipal.

Comentários:

De fato, a lei não pode ser municipal, uma vez que estas não são objeto de
ação direta de inconstitucionalidade. Questão correta.

209. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada


09890389479

venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta


de inconstitucionalidade. Se o autor da ação direta de
inconstitucionalidade for uma autoridade federal, é possível afirmar
que, necessariamente, a lei será federal.

Comentários:

A constitucionalidade de lei federal não precisa ser arguida, necessariamente,


por autoridade federal. É possível, por exemplo, que um Governador proponha,
perante o STF, ação direta de inconstitucionalidade de uma lei federal. Questão
errada.

210. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) Os juízes de primeira


instância não podem declarar a inconstitucionalidade de lei.
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Comentários:

Qualquer juiz ou tribunal poderá declarar a inconstitucionalidade de lei, desde


que na via incidental. Questão errada.

211. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) O Supremo Tribunal


Federal é o único tribunal que pode julgar ação direta de
inconstitucionalidade que ataca lei federal ou estadual por afrontar a
Constituição Federal.

Comentários:

De fato, o STF é o único tribunal que pode julgar ação direta de


inconstitucionalidade de lei federal ou estadual por afrontar a Constituição
Federal. O Tribunal de Justiça dos estados poderá julgar ação direta de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal frente à
Constituição Estadual. Questão correta.

212. (ESAF / TCU - 2002) Apenas perante o Supremo Tribunal Federal


é possível realizar o controle abstrato de leis federais e estaduais
perante a Constituição Federal.

Comentários:

De fato, no âmbito do controle abstrato, somente o STF pode apreciar a


constitucionalidade de lei federal ou estadual perante a Constituição Federal.
Questão correta.

213. (ESAF / TCU - 2002) Todos os partidos políticos podem ajuizar


ação direta de inconstitucionalidade perante o STF.

Comentários:

Apenas os partidos políticos com representação no Congresso Nacional


poderão ajuizar ação direta de inconstitucionalidade perante o STF. Questão
09890389479

errada.

214. (ESAF / AFRF - 2002) A declaração de inconstitucionalidade de


uma lei pelo Supremo Tribunal Federal, em uma ação direta de
inconstitucionalidade, somente produzirá eficácia contra todos depois
de suspensa a execução da lei pelo Senado Federal.

Comentários:

A declaração de inconstitucionalidade de uma lei pelo STF em ação direta de


inconstitucionalidade produzirá eficácia contra todos independentemente de
qualquer ato do Senado Federal. Questão errada.

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215. (ESAF / AFRF - 2002) O Advogado-Geral da União tem
legitimidade para, em nome do Presidente da República, propor ação
direta de inconstitucionalidade contra lei ou ato normativo federal,
estadual ou municipal.

Comentários:

Lei municipal não pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade


perante o STF. Questão errada.

216. (ESAF / AFRF - 2002) Assinale o ato normativo abaixo que não é
objeto próprio de ação direta de inconstitucionalidade proposta
perante o Supremo Tribunal Federal:

a) Medida Provisória

b) Emenda à Constituição

c) Decreto regulamentador de lei

d) Dispositivo de Constituição Estadual

e) Emenda ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição


Federal

Comentários:

Somente atos normativos primários podem ser objeto de ação direta de


inconstitucionalidade. Nesse sentido, dentre as opções acima, apenas o
decreto regulamentador de lei não pode ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade, por ser um ato normativo secundário. A resposta,
portanto, é a letra C.

217. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que uma lei que concede aumento
a servidores públicos, depois de três meses de vigência, venha a ser
09890389479

declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação


direta de inconstitucionalidade. Porque a declaração de
inconstitucionalidade é retro-operante, em princípio, poderá ser
demandada dos servidores a devolução do que receberam em virtude
da lei inconstitucional.

Comentários:

De fato, a declaração de inconstitucionalidade em ADIn opera, em regra,


efeitos retroativos (ex tunc). Nesse sentido, a lei declarada inconstitucional
será nula desde sua edição. Assim, poderá ser demandada dos servidores a
devolução do que receberam em virtude da lei inconstitucional. Cabe destacar
que é possível a modulação temporal dos efeitos da decisão pelo STF, o que

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parece razoável para o caso apresentado. O STF poderá, então, conferir efeitos
“ex nunc” à declaração de inconstitucionalidade em ADIn. Questão correta.

218. (ESAF / PGFN - 2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar
um mandado de segurança. Se um juiz de primeira instância julgar
uma causa afirmando válida a lei, caberá reclamação ao Supremo
Tribunal Federal para preservar a autoridade da sua decisão.

Comentários:

Como a decisão do STF tem eficácia apenas “inter partes”, por se tratar de
controle incidental de constitucionalidade, não caberá reclamação à Corte
nesse caso. Questão errada.

219. (ESAF / IRB - 2006) Nos termos da legislação que disciplina a


matéria, não há, na ação direta de inconstitucionalidade, possibilidade
de intervenção de terceiros ou de manifestação de outros órgãos ou
entidades distintos daquele que propôs a ação.

Comentários:

Embora não se admita a intervenção de terceiros em sede de ADI, admite-se a


manifestação de órgãos ou entidades no processo, na forma de “amicus
curiae”. Questão errada.

220. (ESAF / ANEEL - 2006) Uma emenda à Constituição não pode ser
declarada norma inconstitucional.

Comentários:

Por ser fruto do Poder Constituinte Derivado, pode, sim, uma emenda à
Constituição ser declarada inconstitucional, caso esteja em desacordo com
qualquer norma constitucional originária. Questão errada.
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221. (ESAF / PGDF - 2007) Por meio da ação direta de


inconstitucionalidade não é possível declarar a invalidade de uma lei
anterior à atual Constituição, sob o fundamento de que tal lei violara a
Constituição em vigor ao tempo da sua edição, mas é possível a
declaração da inconstitucionalidade dessa mesma lei, por ser
materialmente incompatível com a nova Constituição.

Comentários:

De fato, não é possível a declaração da invalidade de uma lei anterior à atual


Constituição, sob o fundamento de que tal lei violara a Constituição em vigor
ao tempo da sua edição por meio de ADIn. Isso somente é possível via ADPF.
Já no que se refere ao conflito dessa lei com a Constituição atual, o STF não
admite a inconstitucionalidade superveniente. Assim, será possível analisar se
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a lei foi recepcionada ou não, mas jamais declarar sua constitucionalidade ou
inconstitucionalidade. Questão errada.

222. (ESAF / PGDF - 2007) O Supremo Tribunal Federal não tem


competência para afirmar a inconstitucionalidade de emenda à
Constituição votada segundo o procedimento estabelecido pelo poder
constituinte originário.

Comentários:

As emendas constitucionais podem, sim, ser objeto de controle de


constitucionalidade, por serem obra do constituinte derivado. Questão errada.

223. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital, sancionada
pelo Governador, que limita o horário de funcionamento do comércio
varejista em Brasília, seja objeto de dúvidas quanto à sua
constitucionalidade. O Governador do Estado de Goiás poderá ajuizar
ação direta de inconstitucionalidade contra essa lei perante o STF,
desde que comprove, com a inicial, que a lei afeta de modo negativo os
interesses de Goiás na região do entorno de Brasília.

Comentários:

A determinação do horário de funcionamento do colégio varejista é de


competência municipal. Assim, a referida lei distrital tem “status” de lei
municipal, não podendo, portanto, ser impugnada em sede de ADI. Questão
errada.

224. (ESAF / MPOG - 2009) No Brasil, o controle de


constitucionalidade realiza-se mediante a submissão das leis federais
ao controle político do Congresso Nacional e as leis estaduais,
municipais, ou distritais ao controle jurisdicional.

Comentários:
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Todas as leis, de todos os entes federativos, submetem-se ao controle


jurisdicional de constitucionalidade. Questão errada.

225. (ESAF / MPOG - 2009) No Brasil, a jurisdição constitucional


concentrada é reconhecida a todos os componentes do Poder
Judiciário e pode se dar mediante iniciativa popular.

Comentários:

A jurisdição concentrada é reconhecida ao STF (Constituição Federal) e ao TJ


(Constituição estadual), sendo os legitimados, no caso da CF, aqueles
previstos no seu art. 103. Questão errada.

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226. (ESAF / PGFN - 2012) Quando o Supremo Tribunal Federal
apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de lei ou ato normativo,
citará, previamente, Advogado da União ou Procurador da Fazenda
Nacional, conforme a natureza da matéria, que se manifestará sobre o
ato ou texto impugnado.

Comentários:

Será citado apenas o AGU (art. 103, § 3º, CF). O PFN não atua no controle
concentrado de constitucionalidade. Questão incorreta.

227. (ESAF / AFRF - 2002) A decisão do Supremo Tribunal Federal,


tomada em ação direta de inconstitucionalidade, no sentido da
inconstitucionalidade de uma lei federal, somente produz efeitos
jurídicos depois de o Senado suspender a vigência da lei.

Comentários:

As decisões proferidas em ADI produzem efeitos a partir da publicação da ata


de julgamento no Diário da Justiça, independendo de qualquer atuação do
Senado Federal. Questão errada.

228. (ESAF / AFRF - 2002) Deve ser tida como inconstitucional uma
proposta de emenda à Constituição que proíba o voto do analfabeto.

Comentários:

De fato, tal emenda deve ser tida como inconstitucional, uma vez que o voto
universal é cláusula pétrea. Questão correta.

229. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada


venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
de inconstitucionalidade. Nada impede que, numa ação declaratória de
constitucionalidade, posteriormente ajuizada, o STF reveja a sua
posição e afirme a validade e plena eficácia da lei que antes dissera ser
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inconstitucional.

Comentários:

A lei declarada inconstitucional é expurgada do ordenamento jurídico, não


podendo, portanto, ser objeto de qualquer controle de constitucionalidade
posterior. Está “morta e enterrada”. Questão errada.

230. (ESAF / TCU - 2002) O Governador de um Estado pode ajuizar


ação direta de inconstitucionalidade perante o STF atacando qualquer
lei quer do seu Estado, de outros Estados ou da União.

Comentários:

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O Governador de Estado é, segundo o STF, um legitimado especial, só
podendo podendo propor ADI sobre matéria que tenha pertinência com suas
atribuições. Questão errada.

231. (ESAF / TCU - 2002) Se um partido político desiste de uma ação


direta de inconstitucionalidade que tenha ajuizado perante o Supremo
Tribunal Federal, este Tribunal fica impedido de julgar o mérito da
ação.

Comentários:

Não pode o autor da ADI dela desistir, em virtude do interesse público em


questão. Questão errada.

232. (ESAF / AFRF - 2002) O STF pode declarar a inconstitucionalidade


de certos entendimentos de um ato normativo, objeto de uma ação
direta de inconstitucionalidade, sem, contudo, declarar inválido o
próprio ato normativo.

Comentários:

De fato, pode o STF fazê-lo, por meio da interpretação conforme a


Constituição. Trata-se de técnica usada pelo STF para eliminar algumas
possibilidades de interpretação da lei que são ofensivas à Constituição.
Assim, a norma será considerada constitucional desde que interpretada de
determinada maneira ou desde que não se lhe dê determinada interpretação.
Questão correta.

233. (ESAF / AFTM-Fortaleza - 2003) A declaração de


inconstitucionalidade de uma lei, em princípio, não tem como afetar os
atos praticados com base nela antes da decisão de invalidez da norma.

Comentários:

A declaração de inconstitucionalidade de uma lei, em princípio, tem efeito “ex


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tunc”, afetando os atos praticados desde a sua edição, inclusive os anteriores à


decisão de invalidez da norma. Questão errada.

234. (ESAF / AFTM-Fortaleza - 2003) Normas de regimentos internos


da Assembleia Legislativa não podem ser declaradas inconstitucionais
pelo Judiciário.

Comentários:

Os Regimentos Internos são atos normativos primários, podendo ser


declarados inconstitucionais pelo Judiciário. Questão errada.

235. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que não
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poderá ser declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em
outro processo posterior.

Comentários:

Com a declaração de inconstitucionalidade da lei pelo STF, esta foi expurgada


do ordenamento jurídico, não podendo, portanto, ser objeto de ADC. Questão
correta.

236. (ESAF / AFT - 2003) É admissível a propositura, perante o STF, de


uma Ação Direita de Inconstitucionalidade contra uma lei distrital que
disciplinou a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano em
desconformidade com o texto da Constituição Federal.

Comentários:

Essa lei terá “status” de municipal, por isso não poderá ser objeto de ADI.
Questão errada.

237. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) Se o ato normativo objeto


de uma ação direta de inconstitucionalidade for revogado, a ação só
prossegue perante o Supremo Tribunal Federal se o ato tiver produzido
efeitos concretos.

Comentários:

O STF não admite impugnação em ADI de leis e atos normativos revogados,


nem de normas cuja eficácia tenha se esgotado, como seria o caso, por
exemplo, de medida provisória rejeitada pelo Congresso Nacional. Como a ADI
tem por objetivo expurgar a norma inválida do ordenamento jurídico, não faz
sentido a análise da ação se a norma não mais integra o Direito vigente.
Mesmo que a revogação tenha se dado após a impugnação do ato via ADI, a
ação restará prejudicada, total ou parcialmente, por falta de objeto (STF, RTJ,
130:1002). Questão errada.
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3. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão:

238. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) O Advogado-Geral da União deve


participar, necessariamente, tanto da ação direta de
inconstitucionalidade como da ação direta de inconstitucionalidade por
omissão.

Comentários:

De fato, o AGU deve necessariamente participar da ADI. Contudo, a Lei


9.868/1999, após modificação pela Lei 12.063/2009, passou a dispor que o
relator da ADO poderá solicitar a manifestação do AGU, que deverá ser
encaminhada no prazo de quinze dias. Portanto, a oitiva do AGU não é
obrigatória, podendo o relator ouvi-lo ou não. Questão incorreta.
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239. (ESAF / MRE - 2004) A inconstitucionalidade por omissão pode
decorrer da ausência de prática de atos legislativos ou administrativos.

Comentários:

A inconstitucionalidade por omissão se deve à inércia do órgão encarregado de


elaborar a norma regulamentadora de dispositivo constitucional não-
autoaplicável. Essa omissão não é apenas legislativa: alcança, também, a
omissão da Administração Pública em editar atos administrativos
necessários à concretização de dispositivos constitucionais. Questão correta.

240. (ESAF / AFT - 2003) Segundo a jurisprudência do STF, não cabe


concessão de medida cautelar em sede de Ação Direta de
Inconstitucionalidade por omissão.

Comentários:

A Lei 9.868/1999 determina que, em caso de especial urgência e relevância da


matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, desde
que presentes à sessão de julgamento pelo menos oito ministros, poderá
conceder medida cautelar em sede de ADO. Questão incorreta.

241. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende omissões ocorridas no texto legal.

Comentários:

Não são omissões no texto legal que ensejam a inconstitucionalidade por


omissão. O que dá motivo à inconstitucionalidade por omissão é a falta de
regulamentação, total ou parcial, de dispositivo constitucional que não seja
autoaplicável. Questão incorreta.

242. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende omissão da iniciativa do poder competente.
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Comentários:

A inconstitucionalidade por omissão abrange tanto as omissões legislativas


quanto as de órgão administrativos. Não é apropriado dizer que há omissão de
iniciativa, pois o que existe, de fato, é omissão da elaboração de norma
regulamentadora de dispositivo constitucional. Questão errada.

243. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende omissão de formalidade substancial.

Comentários:

Não há relação entre omissão de formalidade substancial e


inconstitucionalidade por omissão. Conforme se sabe, a inconstitucionalidade
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por omissão existe em razão da falta de elaboração de norma regulamentadora
de dispositivo constitucional. Questão errada.

244. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende omissão de medida para tornar efetiva a norma.

Comentários:

De fato, a inconstitucionalidade por omissão fica caracterizada quando há


omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional que não seja
autoaplicável. Na inconstitucionalidade por omissão, há inércia do órgão
responsável por adotar medida destinada a garantir a eficácia e aplicabilidade
do texto constitucional. Questão correta.

245. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende falta de quórum.

Comentários:

A falta de quórum impede que um projeto de norma ingresse, efetivamente,


no universo jurídico. Não há relação entre inconstitucionalidade entre
inconstitucionalidade por omissão e a falta de quórum. Questão errada.

246. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A ação direta de


inconstitucionalidade por omissão permite que o Supremo Tribunal
Federal expeça, provisoriamente, a norma que o legislador deixou de
editar.

Comentários:

O Supremo Tribunal Federal não poderá, ao declarar a inconstitucionalidade


por omissão, expedir norma no lugar do órgão competente para fazê-lo. Nesse
caso, estaria legislando positivamente e violando o princípio da separação de
poderes. Questão errada.
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247. (ESAF / AFT - 2006) Segundo a corrente majoritária no Supremo


Tribunal Federal, a procedência da ação direta de inconstitucionalidade
por omissão possibilita ao Tribunal, de plano, elaborar o ato normativo
faltante de maneira a suprir a omissão legislativa.

Comentários:

Não cabe ao Tribunal a elaboração de atos normativos faltantes, sob pena de


atuar como legislador positivo e violar a separação dos Poderes. Questão
errada.

248. (ESAF / MPOG - 2009) A supremacia da Constituição exige que


todas as situações jurídicas se conformem com os princípios e

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preceitos da Constituição, mas ainda não existe instrumento jurídico
capaz de corrigir omissão inconstitucional.

Comentários:

No caso de omissão inconstitucional, esta poderá ser sanada tanto via ação
direta de inconstitucionalidade de omissão quanto por mandado de injunção,
conforme o caso. Questão errada.

249. (ESAF / AFRF - 2003) Diante da omissão do Legislativo em editar


leis que sejam necessárias para que o cidadão goze efetivamente dos
direitos fundamentais dispostos na Constituição Federal, o STF pode,
provocado por ação direta de inconstitucionalidade por omissão, criar,
ele próprio, as normas faltantes.

Comentários:

Não pode o STF atuar como legislador positivo, sob pena de violar a separação
dos Poderes. Questão errada.

250. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) A inconstitucionalidade por


omissão pode decorrer da ausência de prática de atos legislativos ou
administrativos.

Comentários:

Tanto a falta de um ato legislativo quanto de um ato administrativo que esteja


tornando ineficaz algum dispositivo constitucional podem ser consideradas
inconstitucionalidade por omissão. Questão correta.

4. Ação Declaratória de Constitucionalidade:

251. (ESAF / MRE - 2004) A ação declaratória de constitucionalidade


se insere no sistema de controle concreto da constitucionalidade,
porque para a sua propositura é necessária a existência de decisões
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judiciais controversas sobre a constitucionalidade de uma lei.

Comentários:

A ADC se insere no controle abstrato de constitucionalidade, exercido em tese,


sem relação com um caso concreto, por um tribunal com competência
específica e originária (não recursal). Questão incorreta.

252. (ESAF / IRB - 2004) O julgamento de mérito dando pela


improcedência da ação direta de inconstitucionalidade equivale a uma
declaração de constitucionalidade da lei, objeto da demanda.

Comentários:

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De fato, isso ocorre, dado o caráter dúplice ou ambivalente das duas ações –
ADC e ADI. Questão correta.

253. (ESAF / CGU - 2008) Tem legitimidade para propor ação direta de
inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade,
exceto:

a)Governador de Estado e do Distrito Federal.

b)Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

c)Os Prefeitos.

d)Presidente da República.

e)Partido político com representação no Congresso Nacional.

Comentários:

São legitimados a propor ADI e ADC (art. 103, CF):

• O Presidente da República;
• A Mesa do Senado Federal;
• A Mesa da Câmara dos Deputados;
• A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal;
• O Governador de Estado ou do Distrito Federal;
• O Procurador-Geral da República;
• O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
• Partido político com representação no Congresso Nacional;
• Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

A letra C é o gabarito da questão.

254. (ESAF / PM – Fortaleza - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal


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Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de


constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. A ação não foi
proposta por governador do Estado.

Comentários:

Governador de Estado é, sim, legitimado a propor ADC perante o STF (art.


103, CF). Questão incorreta.

255. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2002) Suponha que o


Supremo Tribunal Federal tenha julgado, no mérito, definitivamente
improcedente uma ação declaratória de constitucionalidade. A decisão
já transitou em julgado. A ação declaratória de constitucionalidade não
foi proposta pelo Presidente da República.
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Comentários:

Não se pode fazer tal afirmação, uma vez que o Presidente da República é
legitimado a propor ADC perante o STF (art. 103, CF). Questão incorreta.

256. (ESAF / PGFN - 2007) A concessão de liminar em sede de Ação


Declaratória de Constitucionalidade, como regra, implica na suspensão
do ato normativo impugnado até decisão final de mérito pelo Supremo
Tribunal Federal.

Comentários:

A concessão de medida liminar em sede de ADC, como regra, implica na na


determinação de que os juízes e tribunais suspendam o julgamento dos
processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da
ação até que esta seja julgada em definitivo pelo STF. Não há suspensão do
ato normativo impugnado. Questão incorreta.

257. (ESAF / AFT – 2006) A decisão do Supremo Tribunal Federal que


concede liminar em ação declaratória de constitucionalidade não
produz efeito vinculante relativamente à administração pública
indireta.

Comentários:

A medida liminar em sede de ADC tem eficácia vinculante. Por isso, vincula
toda a Administração Direta e Indireta e os demais órgãos do Poder Judiciário.
Questão incorreta.

258. (ESAF / CGU - 2006) Não é possível a concessão de medida


cautelar em sede de ação declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

É possível, sim, a concessão de medida liminar em sede de ADC. Questão


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incorreta.

259. (ESAF / AFT - 2003) É posição majoritária, no STF, o


entendimento de que não é possível o deferimento de medida cautelar,
com efeito vinculante, em sede de Ação Declaratória de
Constitucionalidade.

Comentários:

Nada disso. É possível, sim, a concessão de medida liminar em sede de ADC.


Questão incorreta.

260. (ESAF / CGU - 2006) É requisito de admissibilidade da ação


declaratória de constitucionalidade a demonstração de existência de
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controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto
da ação declaratória.

Comentários:

É isso mesmo. Para que possa ser ajuizada a ADC, é necessário que haja
controvérsia judicial que esteja pondo em risco a presunção de
constitucionalidade da norma impugnada. Questão correta.

261. (ESAF / AFT - 2003) A admissão de Ação Declaratória de


Constitucionalidade, para processamento e julgamento pelo STF,
pressupõe a comprovação liminar de existência de divergência
jurisdicional, caracterizada pelo volume expressivo de decisões
judiciais que tenham por fundamento teses conflitantes.

Comentários:

Para que possa ser ajuizada a ADC, é necessário que haja controvérsia
judicial que esteja pondo em risco a presunção de constitucionalidade da
norma impugnada. Essa controvérsia deverá ser demonstrada na petição
inicial, indicando-se a existência de ações em andamento em juízos ou
tribunais inferiores em que a constitucionalidade da lei esteja sendo
impugnada, bem como os argumentos favoráveis e contrários à
constitucionalidade da norma. Questão correta.

262. (ESAF / CGU- 2006) Nas ações declaratórias de


constitucionalidade, é obrigatória a atuação do Advogado-Geral
da União no processo como curador da presunção de
constitucionalidade da lei.

Comentários:

Nas ADCs, a atuação do AGU não é obrigatória. Entende o STF que uma vez
que o autor busca a preservação da presunção de constitucionalidade do ato,
não é necessário que o AGU exerça papel de defensor da mesma, já que a
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norma não está sendo “atacada”, mas “defendida” por meio da ação. Questão
incorreta.

263. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) Nos termos da


Constituição Federal, poderão ser objeto de ação declaratória de
constitucionalidade os atos normativos federais e estaduais.

Comentários:

De jeito nenhum! Poderão ser objeto de ADC somente os atos normativos


federais (art. 102, I, “a”, CF). Questão incorreta.

264. (ESAF / PM-Fortaleza - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal


Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de
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constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. A lei, objeto da
ação, não era municipal.

Comentários:

É verdade. Isso porque só poderão ser objeto de ADC os atos normativos


federais (art. 102, I, “a”, CF). Questão correta.

265. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2002) Suponha que o


Supremo Tribunal Federal tenha julgado, no mérito, definitivamente
improcedente uma ação declaratória de constitucionalidade. A decisão
já transitou em julgado. A lei é federal ou estadual, mas com certeza
não é municipal.

Comentários:

A lei não é nem estadual nem municipal. Só podem ser objeto de ADC os atos
normativos federais (art. 102, I, “a”, CF). Questão incorreta.

266. (ESAF / IRB - 2004) Admite-se ação declaratória de


constitucionalidade proposta no Supremo Tribunal Federal pelo
Procurador- Geral da República, tendo por objeto lei estadual.

Comentários:

De fato, o Procurador-Geral da República é legitimado a propor ADC (art. 103,


VI, CF). Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, só poderão ser
objeto de ADC atos normativos federais (art. 102, I, “a”, CF). Questão
incorreta.

267. (ESAF / Auditor-Fiscal/Recife - 2003) O Presidente da República


é autoridade competente para propor ação declaratória de
constitucionalidade de lei municipal perante o Supremo Tribunal
Federal.
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Comentários:

Questão semelhante à anterior. De fato, o Presidente da República é


legitimado a propor ADC (art. 103, I, CF). Entretanto, diferentemente do que
diz o enunciado, só poderão ser objeto de ADC atos normativos federais (art.
102, I, “a”, CF). Questão incorreta.

268. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) Leis estaduais e municipais podem


ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade proposta pelo
Presidente da República.

Comentários:

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Só poderão ser objeto de ADC atos normativos federais (art. 102, I, “a”, CF).
Questão incorreta.

269. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal- 2003) Considere que


o STF tenha julgado procedente certa ação declaratória de
constitucionalidade. Sabendo disso, é possível afirmar que tratava-se
de uma lei ou ato normativo federal.

Comentários:

Com certeza! Isso porque a Constituição determina que só poderão ser objeto
de ADC atos normativos federais (art. 102, I, “a”, CF). Questão correta.

270. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) A medida


cautelar, concedida em sede de ação declaratória de
constitucionalidade, não pode ter efeito vinculante para os demais
órgãos do Poder Judiciário, em face do princípio da independência do
juiz.

Comentários:

Nada disso! A medida cautelar em sede de ADC tem, sim, efeito vinculante
para os demais órgãos do Poder Judiciário. Questão incorreta.

271. (ESAF/ TRT 7ª Região - 2005) Governadores de Estado têm


legitimidade para propor ação declaratória de constitucionalidade
tendo por objeto lei federal.

Comentários:

De fato, pode Governador de Estado propor ADC tendo por objeto lei federal. O
que se exige é que esta lei tenha pertinência temática com as atribuições
daquele Governador. É o caso de lei que disponha sobre matéria tributária com
reflexos para o Estado que o Governador representa, por exemplo. Questão
correta. 09890389479

272. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2003) Considere que


o STF tenha julgado procedente certa ação declaratória de
constitucionalidade. Sabendo disso, é possível afirmar que não há
impedimento jurídico a que a mesma lei, objeto da ação, venha a ser
tida como inconstitucional por outro tribunal.

Comentários:

A decisão do STF em sede de ADC vincula os demais órgãos do Poder


Judiciário. Por isso, a referida lei não poderá ser tida como inconstitucional por
outro tribunal. Questão incorreta.

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273. (ESAF / PM-Fortaleza - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal
Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de
constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. Nenhum outro
tribunal no país poderá declarar a inconstitucionalidade da mesma lei.

Comentários:

O enunciado está perfeito. Isso porque a decisão do STF em sede de ADC


vincula os demais órgãos do Poder Judiciário. Por isso, a referida lei não
poderá ser tida como inconstitucional por nenhum outro tribunal. Questão
correta.

274. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2003) Considere que


o STF tenha julgado procedente certa ação declaratória de
constitucionalidade. Sabendo disso, é possível afirmar que essa lei não
pode mais ser revogada enquanto a Constituição estiver em vigor.

Comentários:

A decisão do STF em sede de ADC não vincula o Poder Legislativo. Por isso,
nada impede que a lei venha a ser revogada por outra, a ela posterior.
Questão incorreta.

275. (ESAF / PM – Fortaleza- 2003) Suponha que o Supremo Tribunal


Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de
constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. Essa lei não
poderá ser revogada por lei posterior de mesma hierarquia.

Comentários:

Poderá sim! A decisão do STF em sede de ADC não vincula o Poder Legislativo.
Por isso, nada impede que a lei venha a ser revogada por outra, a ela
posterior. Questão incorreta.

276. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2003) A Receita


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Federal não pode, juridicamente, dar execução a uma lei que tenha
sido julgada inconstitucional pelo STF em sede de ação declaratória de
constitucionalidade, mesmo não tendo sido a União parte em tal feito.

Comentários:

A decisão do STF em sede de ADC vincula a administração direta federal e,


portanto, a Receita Federal do Brasil (art. 102, § 2º, CF). Questão correta.

277. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2002) Suponha que o


Supremo Tribunal Federal tenha julgado, no mérito, definitivamente
improcedente uma ação declaratória de constitucionalidade. A decisão
já transitou em julgado. A lei não mais poderá ser aplicada por
nenhum órgão do Poder Executivo Federal.
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Comentários:

Certamente que não! A decisão do STF em sede de ADC vincula a


administração direta federal e, por isso, todos os órgãos do Poder Executivo
Federal. Questão correta.

278. (ESAF / Auditor-Fiscal/Fortaleza - 2003) Quando uma ação


declaratória de constitucionalidade é julgada, no seu mérito,
improcedente pelo STF, é possível afirmar que a lei, objeto da ação, foi
considerada inconstitucional.

Comentários:

Caso a ADC seja julgada procedente, a norma será declarada constitucional.


Caso, por outro lado, seja julgada improcedente, a norma será considerada
inconstitucional. Questão correta.

279. (ESAF / Auditor-Fiscal/Recife - 2003) Uma lei não pode ser


declarada inconstitucional numa ação declaratória de
constitucionalidade proposta perante o Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Pode sim! Basta que a ADC seja julgada improcedente. Questão incorreta.

280. (ESAF / PM-Fortaleza - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal


Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de
constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. Não será
possível a propositura de ação rescisória contra tal julgado.

Comentários:

De fato, não cabe ação rescisória contra decisão do STF em sede de ADC.
Questão correta.
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281. (ESAF / AGU - 1998) A ação direta de inconstitucionalidade e a


ação declaratória de constitucionalidade, no que se refere ao direito
federal, são instrumentos de caráter dúplice ou ambivalente.

Comentários:

De fato, a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratório de


constitucionalidade têm natureza ambivalente. Isso significa dizer que,
qualquer que seja a decisão de mérito, esta produzirá efeitos jurídicos. Se, por
exemplo, uma ação direta de inconstitucionalidade for indeferida, a lei será
declarada constitucional. Por outro lado, caso seja deferida, a lei será
considerada inconstitucional. Questão correta.

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282. (ESAF / PGFN - 1998) A ação declaratória de constitucionalidade
poderá ser proposta pelo Presidente da República e o Procurador-
Geral, conjuntamente.

Comentários:

Segundo o art. 103, da CF, tanto o Presidente da República quanto o


Procurador-Geral da República são legitimados para propor ADI e ADC.
Entretanto, não cabe falar que eles propõem tais ações em conjunto, pois cada
um deles poderá fazê-lo isoladamente. Questão errada.

283. (ESAF / PGFN - 1998) A ação declaratória de constitucionalidade


poderá ser proposta pelo Presidente da República ou pelo Procurador-
Geral da República.

Comentários:

Tanto o Presidente da República quanto o Procurador-Geral da República são


legitimados para propor a ação declaratória de constitucionalidade. Questão
correta.

284. (ESAF / PGFN - 1998) A ação declaratória de constitucionalidade


poderá ser proposta pelo Conselho Federal da OAB.

Comentários:

Segundo o art. 103, da CF/88, o Conselho Federal da OAB é legitimado para


propor ação declaratória de constitucionalidade. Questão correta.

285. (ESAF / PGFN - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, não cabe concessão de cautelar em ação declaratória
de constitucionalidade.

Comentários:
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A medida cautelar também poderá ser concedida em ação declaratória de


constitucionalidade. Questão errada.

286. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) Segundo entendimento


dominante no Supremo Tribunal Federal, não cabe liminar em ação
declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

É cabível liminar em ação declaratória de constitucionalidade. Questão errada.

287. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A Constituição autoriza


expressamente a instituição de ação declaratória de
constitucionalidade no âmbito estadual.

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Comentários:

A CF/88 não autoriza expressamente a instituição de ação declaratória de


constitucionalidade pelos estados. A autorização é implícita. Questão errada.

288. (ESAF / TCU - 2000) Se o STF, apreciando o mérito de uma ação


declaratória de constitucionalidade, julga a demanda improcedente, a
lei deve ser considerada inconstitucional e esta decisão terá eficácia
contra todos e efeito vinculante para os demais órgãos do Poder
Judiciário e para o Poder Executivo.

Comentários:

De fato, se o STF julgar, no mérito, que uma ação declaratória de


constitucionalidade é improcedente, ele estará decidindo que a lei é
inconstitucional. Como se trata de decisão no controle abstrato, esta terá
eficácia contra todos e efeito vinculante para os demais órgãos do Poder
Judiciário e para o Poder Executivo. Questão correta.

289. (ESAF / TCU - 2000) O STF tem competência para apreciar a


constitucionalidade de leis editadas em qualquer Estado da Federação,
por via de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória
de constitucionalidade.

Comentários:

Somente lei federal poderá ser objeto de ação declaratória de


constitucionalidade perante o STF. Questão errada.

290. (ESAF / TCU - 2000) A decisão do Supremo Tribunal Federal


numa ação declaratória de constitucionalidade somente produz
eficácia contra todos e efeito vinculante, quando julgada procedente
no seu mérito.

Comentários: 09890389479

Mesmo quando a ação declaratória de constitucionalidade for julgada


improcedente, ela produzirá eficácia contra todos. Nesse caso, a lei será
considerada inconstitucional. Questão errada.

291. (ESAF / AFC - 2001) Decidindo o Supremo Tribunal Federal pela


inconstitucionalidade, em tese, de uma lei federal, para que essa
decisão produza efeitos contra todos, a lei deverá ter os seus efeitos
suspensos pelo Senado Federal.

Comentários:

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No controle abstrato pelo STF, a declaração de inconstitucionalidade terá
eficácia contra todos desde a publicação da decisão, independentemente de
qualquer ato do Senado Federal. Questão errada.

292. (ESAF / AFC - 2001) Declarada constitucional uma lei federal, em


ação declaratória de constitucionalidade, nenhum outro tribunal do
país pode, depois, declarar a mesma lei inconstitucional.

Comentários:

A decisão de mérito em ação declaratória de constitucionalidade têm eficácia


erga omnes e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder
Judiciário e à Administração Pública, nas esferas federal, estadual e municipal.
Questão correta.

293. (ESAF / AFC - 2001) O Procurador-Geral da República está


legitimado a propor ação declaratória de constitucionalidade de lei
estadual, se a União demonstrar interesse na manutenção da lei.

Comentários:

A ação declaratória de constitucionalidade somente é cabível em relação a lei


federal. Questão errada.

294. (ESAF / SERPRO - 2001) Se o STF julga improcedente o mérito


de uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o
ato normativo, objeto da ação, é declarado inconstitucional, com
eficácia erga omnes e com efeitos vinculantes para o Executivo e
Judiciário.

Comentários:

De fato, se o STF julgar improcedente uma ação declaratória de


constitucionalidade, isso significa que ele está declarando a
inconstitucionalidade do ato normativo. Essa decisão terá eficácia erga omnes
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e efeitos vinculantes para o Executivo e o Judiciário. Questão correta.

295. (ESAF / SERPRO - 2001) Se o STF julga improcedente o mérito de


uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o ato
normativo, objeto da ação, não é declarado constitucional, mas a sua
inconstitucionalidade somente poderá ser afirmada, pelo STF, em sede
de ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

Se o STF julgar improcedente o mérito de ação declaratória de


constitucionalidade, isso significa que a Corte Suprema decidiu pela
inconstitucionalidade do ato normativo. Recorde-se que a ação declaratória de
constitucionalidade tem natureza ambivalente. Questão errada.
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296. (ESAF / SERPRO - 2001) Se o STF julga improcedente o mérito de
uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o ato
normativo, objeto da ação, não será declarado nem constitucional nem
inconstitucional, nada impedindo que qualquer juiz ou tribunal venha a
afirmar a legitimidade constitucional do ato.

Comentários:

Se o STF julgar improcedente uma ação declaratória de constitucionalidade,


isso significa que ele está declarando a inconstitucionalidade do ato normativo.
Isso impedirá que outro tribunal decida pela constitucionalidade do ato, em
razão do efeito vinculante da decisão. Questão errada.

297. (ESAF / SERPRO - 2001) - Se o STF julga improcedente o mérito


de uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o
ato normativo, objeto da ação, pode voltar a ser objeto de ação
declaratória de constitucionalidade, se novos argumentos surgirem em
favor da sua legitimidade.

Comentários:

Se o STF julgar improcedente a ação declaratória de constitucionalidade, ele


estará reconhecendo a inconstitucionalidade do ato normativo. Não caberá
mais nova ação declaratória de constitucionalidade. Questão errada.

298. (ESAF / SERPRO - 2001) Se o STF julga improcedente o mérito de


uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o ato
normativo, objeto da ação, é considerado inconstitucional, mas a
decisão do STF somente produz efeitos depois de suspenso o ato pelo
Senado Federal.

Comentários:

As decisões do STF em sede de controle abstrato terão eficácia geral


independentemente de qualquer ato do Senado Federal. Questão errada.
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299. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Cabe ao Supremo Tribunal Federal


julgar e processar ação declaratória de constitucionalidade tendo por
objeto lei estadual, cuja validade esteja sendo objeto de contestação
no Estado.

Comentários:

Lei estadual não poderá ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade


perante o STF. Questão errada.

300. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O Advogado-Geral da União


deve ser ouvido em todos os processos de controle abstrato de leis
perante o STF, para defender a validez do diploma sob exame.
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Comentários:

A manifestação do AGU só é obrigatória na ADI, em que atua, em regra, na


defesa da constitucionalidade da norma impugnada. Questão incorreta.

301. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Porque as leis já gozam, por


si mesmas, da presunção de constitucionalidade, não se admite liminar
em ação declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

Da mesma forma que na ADI, o STF poderá, em sede de ADC, deferir pedido
de medida cautelar, por decisão da maioria absoluta dos seus membros.
Questão incorreta.

302. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Como garantia do princípio do


contraditório no processo de fiscalização abstrata das leis realizado
pelo STF, é possível a intervenção no processo, na qualidade de
assistentes ou de litisconsortes, de entidades, regionais ou nacionais,
representativas de classe.

Comentários:

Não se admite intervenção de terceiros no controle abstrato de


constitucionalidade, por se tratar de um processo objetivo. Questão incorreta.

303. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O Procurador-Geral da


República tem legitimidade para propor ação declaratória de
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual,
atendendo a requerimento fundamentado e circunstanciado do
Presidente do Banco Central.

Comentários:

A ADC tem como objeto apenas as leis e atos normativos federais. Questão
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incorreta.

304. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) A ação rescisória é


instrumento hábil para o STF desconstituir declaração de
inconstitucionalidade de lei, proferida em ação direta de
inconstitucionalidade, que já tenha transitado em julgado.

Comentários:

Não cabe ação rescisória em sede de ADC. Questão incorreta.

305. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O efeito vinculante da decisão


que julga procedente ação declaratória de constitucionalidade não

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atinge os órgãos do Poder Executivo que não hajam participado do
processo no Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

A decisão do STF em sede de ADC tem efeito vinculante e “erga omnes”, ou


seja, eficácia contra todos. Questão incorreta.

306. (ESAF / Analista BACEN - 2001) Declarada a


inconstitucionalidade de uma lei, pelo STF, numa ação declaratória de
constitucionalidade, nenhum juiz pode, depois disso, julgando casos
concretos, aplicar a lei, por considerar, na sua consciência, que a lei é
válida.

Comentários:

De fato, a decisão do STF em sede de ADC tem efeito vinculante e eficácia


“erga omnes” em relação aos demais órgãos do Judiciário, impedindo que
qualquer juiz ou tribunal, julgando casos concretos, considere a lei válida.
Questão correta.

307. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) Declarada pelo Supremo Tribunal


Federal a inconstitucionalidade de uma lei numa ação declaratória de
constitucionalidade, o Poder Executivo Federal não mais pode aplicá-
la.

Comentários:

De fato, a decisão do STF em sede de ADC tem efeito vinculante e eficácia


“erga omnes”, vinculando o Poder Executivo Federal. Questão correta.

308. (ESAF / MPOG - 2002) Leis estaduais não podem ser objeto de
ação declaratória de constitucionalidade.

Comentários: 09890389479

Somente leis federais podem ser objeto de ADC. Questão correta.

309. (ESAF / MPOG - 2002) Não cabe medida liminar em ação


declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

É cabível medida liminar em ação declaratória de constitucionalidade. Questão


errada.

310. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) Leis federais e estaduais podem ser


objeto de ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal.
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Comentários:

Apenas leis federais podem ser objeto de ação declaratória de


constitucionalidade perante o STF. Questão errada.

311. (ESAF / AFRF - 2002) O Procurador-Geral da República pode


ajuizar ação declaratória de constitucionalidade tendo por objeto lei
federal, mas não pode ajuizar a mesma ação se ela tiver por objeto
uma lei estadual.

Comentários:

A ação declaratória de constitucionalidade perante o STF somente poderá ter


como objeto lei federal. Logo, o Procurador-Geral da República não poderá
ajuizar tal ação tendo como objeto lei estadual. Questão correta.

312. (ESAF / AFRF - 2002) O Presidente da República não pode ajuizar


ação declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

O Presidente da República é um dos legitimados para ajuizar ação declaratória


de constitucionalidade. Questão errada.

313. (ESAF / AFRF - 2002) O Procurador-Geral da República pode


ajuizar ação declaratória de constitucionalidade tendo por objeto lei
federal, mas não pode ajuizar a mesma ação se ela tiver por objeto
uma lei estadual.

Comentários:

A ação declaratória de constitucionalidade perante o STF somente poderá ter


como objeto lei federal. Logo, o Procurador-Geral da República não poderá
ajuizar tal ação tendo como objeto lei estadual. Questão correta.
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314. (ESAF / AFRF - 2002) O Presidente da República não pode ajuizar


ação declaratória de constitucionalidade.

Comentários:

O Presidente da República é um dos legitimados para ajuizar ação declaratória


de constitucionalidade. Questão errada.

315. (ESAF / AFRF - 2002) Qualquer partido político pode ajuizar


ação declaratória de constitucionalidade de lei estadual ou federal.

Comentários:

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Apenas os partidos políticos com representação no Congresso poderão ajuizar
ação declaratória de constitucionalidade de lei federal. Questão errada.

316. (ESAF / AFRF - 2002) Mesmo que declarada pelo Supremo


Tribunal Federal a validade de uma lei, numa ação declaratória de
constitucionalidade, um juiz de primeira instância é livre para declarar
a inconstitucionalidade da mesma lei, com base em argumentação não
apreciada pelo STF.

Comentários:

A decisão do STF em ação declaratória de constitucionalidade tem efeitos


vinculantes para os demais órgãos do Poder Judiciário e para o Poder
Executivo. Nesse sentido, um juiz de primeira instância não poderá tomar
decisão contrária àquela adotada pelo STF. Questão errada.

317. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha julgado, no mérito, definitivamente improcedente uma ação
declaratória de constitucionalidade. A decisão já transitou em julgado.
Com estas informações é seguro e certo afirmar que o resultado da
decisão não cria obstáculo a que a lei venha a ser apreciada por outros
órgãos do Judiciário, no exercício do controle incidental de
constitucionalidade, e que a lei venha a ser declarada quer
constitucional quer inconstitucional pelo julgador.

Comentários:

A decisão do STF, em sede de controle abstrato, terá efeito vinculante para


toda os órgãos do Poder Judiciário. Logo, não poderá outro órgão desse Poder
tomar decisão contrária àquela emanada do STF em uma ação declaratória de
constitucionalidade. Questão errada.

318. (ESAF / IRB - 2006) Observadas as peculiaridades relativas às


suas proposituras, a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratória de constitucionalidade têm caráter fungível.
09890389479

Comentários:

De fato, essas ações têm caráter fungível. Isso porque uma pode substituir a
outra. A decisão de mérito proferida em ADI produz eficácia tanto quando o
pedido é provido quanto quando ele é negado. Isso porque caso o STF dê
provimento à ação, estará declarando a inconstitucionalidade da norma que foi
seu objeto. Por outro lado, caso o Tribunal negue o provimento, declarará a
constitucionalidade da lei ou ato normativo impugnado. No caso da ADC, sendo
o pedido provido, a norma será declarada constitucional e, do contrário,
negado o provimento, ela será declarada inconstitucional. Questão correta.

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319. (ESAF / IRB - 2006) Não cabe nenhum recurso contra a decisão
que declara a constitucionalidade de uma norma em uma ação
declaratória de constitucionalidade; tampouco caberá ação rescisória.

Comentários:

Há uma exceção a essa regra: cabem embargos declaratórios, com o objetivo


de esclarecer a decisão, caso haja qualquer contradição, omissão ou
obscuridade. Questão errada.

320. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital, sancionada
pelo Governador, que limita o horário de funcionamento do comércio
varejista em Brasília, seja objeto de dúvidas quanto à sua
constitucionalidade. Se estiver convencido da constitucionalidade da
lei, o Governador do Distrito Federal poderá ajuizar ação declaratória
de constitucionalidade perante o STF, desde que comprove, com a
inicial, que há decisões judiciais divergentes sobre a
constitucionalidade da lei.

Comentários:

A determinação do horário de funcionamento do colégio varejista é de


competência municipal. Assim, a referida lei distrital tem “status” de lei
municipal, não podendo, portanto, ser impugnada em sede de ADC. Questão
errada.

321. (ESAF / PGFN - 2012) A ação declaratória de constitucionalidade


pode ser proposta por confederação sindical ou entidade de classe de
âmbito nacional.

Comentários:

É o que determina o art. 103, XI, da Constituição. Questão correta.

322. (ESAF / PGFN - 2012) Compete ao Supremo Tribunal Federal


09890389479

processar e julgar, originalmente, a ação direta de


inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal.

Comentários:

É o que determina o art. 102, I, “a”, da Constituição. Questão correta.

323. (ESAF / AFRF - 2002) O Governador de Estado pode ajuizar ação


declaratória de constitucionalidade que tenha por objeto lei estadual,
mas não pode ajuizar a mesma ação se ela tiver por objeto uma lei
federal.

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Comentários:

Pelo contrário: a ADC só pode ter como objeto leis federais. Questão errada.

324. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) Mesmo que o


Supremo Tribunal Federal tenha declarado a validade de uma lei em
sede de ação declaratória de constitucionalidade, o servidor do
Executivo pode-se recusar a aplicar a mesma lei, se estiver convencido
da sua inconstitucionalidade, por um motivo não considerado no
julgamento do STF.

Comentários:

A decisão do STF em sede de ADC tem efeito vinculante e eficácia “erga


omnes”, contra todos. Vincula a Administração Pública, que não poderá se
recusar a aplica-la por considera-la inconstitucional. A presunção de
constitucionalidade da lei passa a ser absoluta. Questão errada.

325. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha julgado, no mérito, definitivamente improcedente uma ação
declaratória de constitucionalidade. A decisão já transitou em julgado.
Com estas informações é seguro e certo afirmar que a ação
declaratória de constitucionalidade não foi proposta pelo Presidente da
República.

Comentários:

O Presidente da República é legitimado a propor ADC, por isso não se pode


fazer tal afirmação. Questão errada.

326. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha julgado, no mérito, definitivamente improcedente uma ação
declaratória de constitucionalidade. A decisão já transitou em julgado.
Com estas informações é seguro e certo afirmar que a lei não mais
poderá ser aplicada por nenhum órgão do Poder Executivo Federal.
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Comentários:

De fato, a decisão do STF em sede de ADC vincula o Poder Executivo Federal,


bem como os demais órgãos do Poder Judiciário. Questão correta.

327. (ESAF / AFTM-Fortaleza - 2003) Quando uma ação declaratória


de constitucionalidade é julgada, no seu mérito, improcedente pelo
STF, é possível afirmar que a lei, objeto da ação, foi considerada
inconstitucional.

Comentários:

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De fato, quando uma ação declaratória de constitucionalidade é julgada, no
seu mérito, improcedente pelo STF, a lei, objeto da ação, é considerada
inconstitucional. Da mesma forma, declarada procedente a ADC, a lei é
considerada constitucional. Questão correta.

328. (ESAF / AFTM-Fortaleza - 2003) Quando uma ação declaratória


de constitucionalidade é julgada, no seu mérito, improcedente pelo
STF, é possível afirmar que a lei, objeto da ação, pode ainda ser
aplicada pela Administração Pública e pelos demais órgãos do
Judiciário, enquanto não for ajuizada e julgada procedente uma ação
direta de inconstitucionalidade tendo como objeto a mesma lei.

Comentários:

Nesse caso, a lei terá sido considerada inconstitucional, não podendo ser
aplicada pela Administração Pública nem pelos demais órgãos do Poder
Judiciário. A decisão em sede de ADC tem efeito vinculante e eficácia “erga
omnes”. Questão errada.

329. (ESAF / AFRF - 2003) Considere que o STF tenha julgado


procedente certa ação declaratória de constitucionalidade. Sabendo
disso, é possível afirmar que essa ação pode ter sido proposta por um
Governador de Estado.

Comentários:

De fato, Governador de Estado é legitimado a propor ADC (art. 103, CF).


Questão correta.

330. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) São legítimos, para propor


a ação declaratória de constitucionalidade, os mesmos órgãos e as
mesmas autoridades competentes que propõem a ação direta de
inconstitucionalidade.

Comentários: 09890389479

Após a EC no 45/2004, a questão está correta. Fundamento: art. 103, CF.

5. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental:

331. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) A Arguição de


Descumprimento de Preceito Fundamental é cabível, mesmo quando
impetrado Mandado de Segurança com a finalidade de sanar a
lesividade.

Comentários:

A ADPF tem caráter subsidiário. Impetrado mandado de segurança para sanar


a lesividade, não cabe ADPF. Questão incorreta.
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332. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) A Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental, segundo a legislação
pertinente, apresenta mais legitimados ao que se verifica na
legitimidade para a propositura de Ação Direta de
Inconstitucionalidade.

Comentários:

Os legitimados a propor ADPF são os mesmos da ADI. Questão incorreta.

333. (ESAF / MDIC – 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que tem caráter
subsidiário, porque a lei expressamente veda a possibilidade de
arguição de descumprimento de preceito fundamental quando houver
qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.

Comentários:

É o que determina o art. 4º, § 1º, da Lei 9.882/99. Questão correta.

334. (ESAF / MDIC - 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que os legitimados ativos
não são os mesmos para a propositura da ação direta de
inconstitucionalidade.

Comentários:

Os legitimados ativos são os mesmos para a propositura da ADI (art. 2º, I, Lei
9.882/99). Questão incorreta.

335. (ESAF / MPOG - 2005) Qualquer indivíduo que tenha sofrido


afronta a um direito fundamental pode ajuizar uma ação por
descumprimento de preceito fundamental, perante o STF, desde que
tenha exaurido os meios ordinários para restaurar o seu direito.
09890389479

Comentários:

Somente os legitimados do art. 103, incisos, da Constituição Federal, podem


propor ADPF. Questão incorreta.

336. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) A decisão


prolatada em sede de arguição de descumprimento de preceito
fundamental pode ser objeto de ação rescisória.

Comentários:

Não cabe ação rescisória em sede de ADPF. Questão incorreta.

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337. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Ao declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de arguição
de descumprimento de preceito fundamental, por razões de segurança
jurídica ou de excepcional interesse social, o Supremo Tribunal
Federal, por quórum qualificado, poderá restringir os efeitos daquela
declaração.

Comentários:

Da mesma forma que ocorre na ADI, ao declarar a inconstitucionalidade de lei


ou ato normativo, no processo de ADPF, tendo em vista razões de segurança
jurídica ou de excepcional interesse social, o STF poderá, por maioria de dois
terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir
que ela só tenha efeito a partir de seu trânsito em julgado ou de outro
momento que venha a ser fixado. Trata-se da modulação temporal da
declaração da inconstitucionalidade. Questão correta.

338. (ESAF / MPOG - 2005) As decisões de mérito do Supremo


Tribunal Federal, tanto na ação direta de inconstitucionalidade como
na ação declaratória de constitucionalidade, possuem efeito vinculante
para os demais tribunais e para a Administração Pública,
independentemente de a decisão ser sumulada pela Corte.

Comentários:

É isso mesmo! Questão correta.

339. (ESAF / IRB - 2004) Não é possível que o Supremo Tribunal


Federal, em ação originária, julgue inconstitucional uma lei editada
antes do advento da Constituição de 1988.

Comentários:

Esse controle é possível sim, por meio de ADPF. Questão incorreta.


09890389479

340. (ESAF / IRB - 2004) A arguição de descumprimento de preceito


fundamental é instrumento de controle de constitucionalidade de leis,
podendo ser ajuizada em todos os casos em que também é possível o
ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

“Nã-nã-ni-nã-não”! A ADPF tem caráter residual, sendo cabível apenas quando


a lesividade do ato não puder ser impugnada por qualquer outro meio.
Questão incorreta.

341. (ESAF / CGU - 2006) A medida cautelar em sede de ação por


descumprimento de preceito fundamental só pode ser concedida por
decisão da maioria absoluta de seus membros, sendo expressamente
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vedado ao relator o processo a concessão monocrática de medida
liminar.

Comentários:

Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período


de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal
Pleno. Questão incorreta.

342. (ESAF / CGU - 2006) Somente caberá arguição de


descumprimento de preceito fundamental em decorrência de
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal.

Comentários:

Também as leis e atos normativos municipais podem ser objeto de ADPF.


Questão incorreta.

343. (ESAF / MPOG - 2002) Pelo voto da maioria absoluta dos


membros do STF, pode ser declarada, em sede de controle abstrato, a
inconstitucionalidade de lei orgânica de município.

Comentários:

De fato, é possível tal declaração em sede de ADPF. Questão correta.

344. (ESAF / CGU - 2006) A ação de arguição de descumprimento de


preceito fundamental não será admitida quando houver qualquer outro
meio eficaz de sanar a lesividade.

Comentários:

A ADPF tem caráter residual. Nesse sentido, determina o art. 4º, § 1º, da
Constituição que “não será admitida arguição de descumprimento de preceito
fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade”.
09890389479

Questão correta.

345. (ESAF/ PGDF - 2007) O direito brasileiro não conhece


instrumento apto para que o Judiciário pronuncie a
inconstitucionalidade de lei anterior à Constituição em vigor, por ser
tal lei infringente da Constituição que estava em vigor quando editada.

Comentários:

Esse instrumento existe: é a ADPF. Questão errada.

346. (ESAF / PGFN - 2007) Segundo jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, não é admissível a figura do amicus curiae em sede
de Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental.
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Comentários:

O STF admite, sim, a figura do “amicus curiae” (amigo da Corte) em sede de


ADPF. Questão errada.

347. (ESAF / MDIC - 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que é norma constitucional
que independe de regulamentação, por isso diz-se que não possui
eficácia limitada.

Comentários:

Trata-se de norma de eficácia limitada, que necessita de lei para produzir


todos os seus efeitos35. Questão errada.

348. (ESAF / MDIC - 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que da decisão que julgar
procedente ou improcedente o pedido cabe recurso, inclusive ação
rescisória.

Comentários:

Não cabe ação rescisória contra decisão que julgar procedente ou


improcedente o pedido em sede de ADPF. O mesmo vale para os recursos,
exceto embargos declaratórios. Questão errada.

349. (ESAF /MDIC - 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que não ocorre de forma
preventiva perante o Supremo Tribunal Federal, mas repressiva para
reparar lesões a direitos quando causadas pela conduta comissiva ou
omissiva de qualquer dos poderes públicos.

Comentários:

A ADPF pode ocorrer tanto de forma preventiva quanto de forma repressiva


(art. 1º, Lei 9.882/99). Questão errada.
09890389479

350. (ESAF / IRB - 2004) O Supremo Tribunal Federal não tem


competência para apreciar casos de inconstitucionalidade de leis
municipais.

Comentários:

O STF poderá fazê-lo tanto no controle de constitucionalidade difuso quanto no


concentrado, via ADPF. Questão errada.

35
STF, AgrPet 1.140/TO.
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351. (ESAF / IRB - 2004) Não é possível que o Supremo Tribunal
Federal, em ação originária, julgue inconstitucional uma lei editada
antes do advento da Constituição de 1988.

Comentários:

É possível que o STF o faça em sede de ADPF, tendo como parâmetro a


Constituição em vigor quando da edição da lei. Questão errada.

352. (ESAF / IRB - 2004) A arguição de descumprimento de preceito


fundamental é instrumento de controle de constitucionalidade de leis,
podendo ser ajuizada em todos os casos em que também é possível o
ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

A ADPF tem caráter subsidiário ou residual, só podendo ser ajuizada nos casos
em que o controle de constitucionalidade não puder ser realizado por nenhuma
outra ação. Questão errada.

6. Controle Abstrato de Constitucionalidade do Direito Estadual e


Municipal:

353. (ESAF / TCE-PR - 2003) O controle abstrato de


constitucionalidade exercido pelo Tribunal de Justiça do Estado tem
por finalidade contrastar leis estaduais ou municipais com a
Constituição Estadual e com a Constituição Federal.

Comentários:

De jeito nenhum! O controle abstrato de constitucionalidade exercido pelo


Tribunal de Justiça do Estado tem por finalidade contrastar leis estaduais ou
municipais com a Constituição Estadual. Não é possível, nesse controle, ter
como parâmetro a Constituição Federal. Questão incorreta.
09890389479

354. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital seja objeto
de ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça
do Distrito Federal. O Tribunal de Justiça deve declarar a
inconstitucionalidade da lei, se apurar que o diploma fere dispositivo
da Lei Orgânica do Distrito Federal ou, mesmo que não contrarie essa
Lei Orgânica, se verificar que está em desacordo com a Constituição
Federal. Neste último caso, porém, da decisão caberá recurso
extraordinário para o Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Nesse caso, deverá ocorrer a suspensão do processo no Tribunal de


Justiça, até a deliberação do Supremo. Essa deliberação poderá se dar de
duas maneiras:
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• O STF poderá considerar a norma distrital inconstitucional, o que fará com
que a outra ADI, interposta no Tribunal de Justiça, perca seu objeto (STF, Pet.
2701, Agr, DJ de 19.03.2004);
• O STF poderá decidir pela constitucionalidade da norma distrital. Nesse caso,
o Tribunal de Justiça, havendo fundamento diverso que justifique a possível
inconstitucionalidade da norma perante a Lei Orgânica, poderá continuar o
julgamento da ADI estadual. Não caberá ao Tribunal de Justiça se posicionar
sobre a validade da norma em relação à Constituição Federal, uma vez que
isso já foi feito pelo Supremo Tribunal Federal. Também não caberá, nesse
caso, recurso extraordinário perante o STF.

Questão incorreta.

355. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital seja objeto
de ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça
do Distrito Federal. A decisão do Tribunal de Justiça pela
inconstitucionalidade da lei não obsta a que o Supremo Tribunal
Federal, em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada depois do
julgamento do Tribunal de Justiça, entenda que a lei é válida.

Comentários:

Nesse caso, com a declaração de inconstitucionalidade da lei pelo Tribunal de


Justiça, esta foi expurgada do ordenamento jurídico. Não cabe, por isso,
controle de constitucionalidade perante o STF, por falta de objeto. Questão
incorreta.

356. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital seja objeto
de ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça
do Distrito Federal. Mesmo que a lei já tenha sido, anteriormente,
declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em controle
abstrato, não é impossível que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal
venha a declarar essa mesma lei inválida em ação de controle abstrato
a ele submetida.
09890389479

Comentários:

De fato, é possível que mesmo após a declaração de constitucionalidade da lei


pelo STF, poderá o TJ declará-la inválida em ação de controle abstrato a ele
submetida. Isso porque poderá o TJ considera-la inválida perante a Lei
Orgânica do Distrito Federal. Questão correta.

357. (ESAF / PGDF - 2007) A lei declarada pelo Tribunal de Justiça


como válida, em sede de controle abstrato, não poderá, mais tarde, ser
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em sede de
controle incidental.

Comentários:

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Nada disso! Mesmo que a lei tenha sua constitucionalidade declarada pelo
Tribunal de Justiça, poderá ser ajuizada ADI perante o STF. Nesse caso, a
Corte poderá vir a considera-la inconstitucional, tendo sua decisão prevalência
sobre a coisa julgada estadual. Questão incorreta.

358. (ESAF / PGDF - 2007) Se depois de ajuizada a ação direta de


inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça, e antes do seu
julgamento, for também proposta ação direta de inconstitucionalidade
perante o Supremo Tribunal Federal contra a mesma lei, os processos
deverão ser reunidos para o julgamento conjunto perante o Supremo
Tribunal Federal.

Comentários:

Nesse caso, deverá ocorrer a suspensão do processo no Tribunal de Justiça,


até a deliberação do Supremo. Questão incorreta.

359. (ESAF / TCE-PR - 2003) Em nenhum caso o Supremo Tribunal


Federal tem competência para declarar a inconstitucionalidade de lei
municipal.

Comentários:

O recurso extraordinário interposto em sede de controle concentrado estadual


permite que o STF aprecie a constitucionalidade de lei municipal em face da
Constituição Federal. Trata-se de uma exceção à regra. Questão incorreta.

360. (ESAF / PGFN - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, não cabe recurso extraordinário contra decisão
proferida em processo de controle abstrato de normas no plano
estadual.

Comentários:

Será cabível recurso extraordinário de decisão do Tribunal de Justiça que


09890389479

apreciar lei estadual ou municipal que seja mera reprodução da Constituição


Federal. Questão errada.

361. (ESAF / PGFN - 1998) A Constituição Federal veda,


expressamente, a instituição, pelo Estado-membro, da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão e da ação declaratória de
constitucionalidade.

Comentários:

O texto constitucional não proíbe que os estados instituam ação direta de


inconstitucionalidade por omissão e ação declaratória de constitucionalidade.
Pelo princípio da simetria, os estados poderão instituir quaisquer ações do
controle abstrato. Questão errada.
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362. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) Os Estados-membros estão impedidos
expressa ou implicitamente de instituir a ação direta de
inconstitucionalidade por omissão e a ação declaratória de
constitucionalidade.

Comentários:

Os Estados podem instituir a ação direta de inconstitucionalidade por omissão


e a ação declaratória de inconstitucionalidade. Questão errada.

363. (ESAF / ACE - 1998) Os Estados-membros podem atribuir


competência para julgar as ações diretas a uma Corte Constitucional.

Comentários:

Os Estados-membros podem atribuir competência para julgar as ações diretas


de inconstitucionalidade ao Tribunal de Justiça. Apenas podemos entender
como Corte Constitucional o STF. Questão errada.

364. (ESAF / ACE - 1998) Os Estados-membros podem adotar controle


abstrato de normas do direito estadual ou municipal em face da
Constituição estadual ou da Constituição Federal.

Comentários:

O controle abstrato de normas realizado pelo Tribunal de Justiça tem como


parâmetro apenas a Constituição Estadual. Questão errada.

365. (ESAF / ACE - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, não cabe recurso extraordinário contra decisão do
Tribunal de Justiça proferida em controle abstrato de normas.

Comentários

Segundo entendimento do STF, caberá recurso extraordinário de decisão do


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Tribunal de Justiça que apreciar lei estadual ou municipal que seja mera
reprodução da Constituição Federal. Questão errada.

366. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A Constituição autoriza


expressamente que o constituinte estadual institua, no seu âmbito, a
ação direta por omissão.

Comentários:

Não há autorização expressa da CF/88 para que os estados instituam ação


direta de inconstitucionalidade por omissão. A autorização é implícita e
amplamente reconhecida pela doutrina em homenagem ao princípio da
simetria. Questão errada.

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367. (ESAF / TCU - 1999) Contra decisão proferida pelo Tribunal de
Justiça, em processo de controle abstrato de normas do direito
estadual, não cabe recurso extraordinário.

Comentários:

Segundo entendimento do STF, caberá recurso extraordinário de decisão do


Tribunal de Justiça que apreciar lei estadual ou municipal que seja mera
reprodução da Constituição Federal. Questão errada.

368. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) É cabível a propositura


de recurso extraordinário contra decisão de Tribunal de Justiça
estadual proferida em ação direta de inconstitucionalidade, desde que
a norma estadual eleita como parâmetro de controle seja de
reprodução obrigatória por parte do constituinte estadual.

Comentários:

De fato, será cabível recurso extraordinário nesse caso. Questão correta.

369. (ESAF / TCU - 2000) Um tribunal de justiça estadual não pode


declarar a inconstitucionalidade de uma lei federal.

Comentários:

Na via incidental, um tribunal de justiça poderá declarar a inconstitucionalidade


de lei federal. Questão errada.

370. (ESAF / AFRF - 2001) Os Tribunais de Justiça dos Estados têm


legitimidade para declarar, por meio do controle abstrato, a nulidade
de leis e atos normativos estaduais e municipais, por afronta à
Constituição Federal.

Comentários:
09890389479

No controle abstrato, o Tribunal de Justiça tem como parâmetro para aferição


da constitucionalidade de leis estaduais e municipais a Constituição
Estadual. Questão errada.

371. (ESAF / AFC - 2001) Nos Estados-membros, compete aos


Tribunais de Justiça o controle abstrato das normas estaduais e
municipais em face da Constituição Federal.

Comentários:

O Tribunal de Justiça realiza o controle de constitucionalidade de leis estaduais


e municipais face à Constituição Estadual. Questão errada.

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372. (ESAF / Promotor-CE - 2001) Suponha que um dispositivo de uma
Constituição Estadual reproduza, literalmente, um outro dispositivo da
Constituição Federal. Uma certa lei parece afrontar esse mesmo
dispositivo, comum às duas constituições. Se a lei suspeita for
estadual, não poderá ser objeto de controle abstrato de
constitucionalidade perante o Tribunal de Justiça, mas apenas perante
o Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

A lei que viola dispositivo de Constituição Estadual que reproduz, literalmente,


dispositivo da Constituição Federal poderá ser objeto de controle abstrato
perante o Tribunal de Justiça. Questão errada.

373. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Os tribunais de justiça


estaduais não dispõem de competência para realizar o controle
abstrato de constitucionalidade de leis municipais em face da
Constituição Federal.

Comentários:

A Constituição Federal determina, em seu art. 125, § 2º, que compete ao


Estado a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição estadual. O
controle abstrato dessas leis em face da Constituição Federal é de competência
do STF, em sede de ADPF. Questão correta.

374. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) O Tribunal de Justiça do Estado


também dispõe de competência constitucional para declarar, em ação
direta de inconstitucionalidade, a inconstitucionalidade de lei federal,
estadual ou municipal.

Comentários:

Em sede de ADI, o TJ só poderá declarar a inconstitucionalidade de lei estadual


09890389479

ou municipal, tendo como parâmetro a Constituição Estadual. Somente o STF


pode declarar a inconstitucionalidade de lei federal em sede de ADI. Questão
incorreta.

375. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que certa câmara legislativa


municipal edite uma lei - flagrantemente inconstitucional - que
restringe a atividade de fiscalização dos Auditores Fiscais da Receita
Federal com relação aos habitantes do mesmo município. A lei deverá
ser objeto de controle abstrato, perante o Tribunal de Justiça do
Estado em que está situado o Município, único órgão jurisdicional
legitimado para proclamar que tal lei municipal é contrária à
Constituição Federal.

Comentários:
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O Tribunal de Justiça somente poderá apreciar a constitucionalidade da lei
municipal, em sede de controle abstrato, face à Constituição Estadual.
Questão errada.

376. (ESAF / AFRF - 2002) O Tribunal de Justiça não tem competência


para apreciar ação direta de inconstitucionalidade de lei estadual em
face da Constituição Federal.

Comentários:

De fato, o Tribunal de Justiça não pode apreciar ação direta de


inconstitucionalidade de lei estadual face à Constituição Federal. O parâmetro
para verificação da constitucionalidade pelo Tribunal de Justiça, em sede de
controle abstrato, é a Constituição Estadual. Questão correta.

377. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) O Tribunal de Justiça


estadual não pode declarar a inconstitucionalidade de lei federal.

Comentários:

O Tribunal de Justiça poderá, na via incidental, declarar a inconstitucionalidade


de lei federal. Questão errada.

378. (ESAF / PGFN - 2007) Em respeito ao pacto federativo, a


Constituição prevê a possibilidade de adoção pelos Estados-Membros e
pelo Distrito Federal da Ação Declaratória de Constitucionalidade, da
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão e da Ação por
Descumprimento de Preceito Fundamental, desde que respeitados os
princípios gerais nela traçados para cada uma dessas ações.

Comentários:

A Constituição Federal só prevê, expressamente, a possibilidade de adoção


pelos Estados-membros de Ação Direta de Inconstitucionalidade (art. 125, §
2º, CF). Questão errada. 09890389479

379. (ESAF / AFRF - 2008) Suponha que certa câmara legislativa


municipal edite uma lei - flagrantemente inconstitucional - que
restringe a atividade de fiscalização dos Auditores Fiscais da Receita
Federal com relação aos habitantes do mesmo município. Em face do
princípio da autonomia dos Municípios, nem o Tribunal de Justiça do
Estado nem o Supremo Tribunal Federal podem declarar a
inconstitucionalidade dessa lei municipal.

Comentários:

Tanto o TJ quanto o STF poderão declarar a inconstitucionalidade da lei.


Questão errada.

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380. (ESAF / AFRF - 2002) Os Estados-membros podem efetuar o
controle abstrato de leis estaduais e municipais em face da
Constituição Federal, por meio de representação de
inconstitucionalidade.

Comentários:

Somente o STF pode efetuar o controle abstrato das leis em face da


Constituição Federal. Questão errada.

381. (ESAF / AFT - 2003) Segundo a jurisprudência do STF, admite-se


Recurso Extraordinário de decisão de Tribunal de Justiça Estadual que,
em sede de representação de inconstitucionalidade estadual, declarou
constitucional uma lei municipal confrontada com dispositivo da
Constituição Estadual cujo conteúdo é reprodução obrigatória de
conteúdo de dispositivo da Constituição Federal.

Comentários:

O recurso extraordinário interposto em sede de controle concentrado estadual


permite que o STF aprecie a constitucionalidade de lei municipal em face da
Constituição Federal. Trata-se de uma exceção à regra. Questão correta.

7. Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva:

382. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A Constituição estadual


pode atribuir ao Chefe da Advocacia do Estado a competência para
propor a representação interventiva contra os municípios.

Comentários:

Caberá ao Procurador-Geral de Justiça efetuar representação interventiva


perante o Tribunal de Justiça no caso de intervenção estadual em municípios.
Questão errada.
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383. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A representação


interventiva com objetivo de assegurar a execução de leis federais há
de ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Com a EC nº 45/2004, a representação interventiva para assegurar a execução


de leis federais ou no caso de ofensa a princípios sensíveis deverá ser proposta
pelo Procurador Geral da República perante o STF. Questão correta.

384. (ESAF / CGU - 2006) Após alteração do texto constitucional que


promoveu a reforma do Poder Judiciário, são legitimados para a
propositura da ação direta de inconstitucionalidade interventiva os

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mesmos legitimados para a propositura da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão.

Comentários:

A ação direta de inconstitucionalidade interventiva tem um único legitimado: o


PGR. Questão errada.

8. Histórico do Controle de Constitucionalidade:

385. (PGFN – 2015) Sobre o sistema brasileiro de controle de


constitucionalidade, assinale a opção incorreta.

a) A Constituição de 1934, mantendo o sistema de controle difuso, introduziu a


ação direta de inconstitucionalidade interventiva, a cláusula de reserva de
plenário e a atribuição ao Senado Federal de competência para suspender a
execução, no todo ou em parte, de lei ou ato declarado inconstitucional por
decisão definitiva.

b) A ruptura do chamado “monopólio da ação direta”, outorgado ao


Procurador-Geral da República para o exercício de controle de
constitucionalidade de leis no Brasil, ocorreu com a Constituição de 1946.

c) A partir da Constituição de 1891 consagrou-se, no direito brasileiro, a


técnica do controle difuso de constitucionalidade, repressivo, posterior, pela via
da exceção ou defesa, pela qual a declaração de inconstitucionalidade se
implementa de modo incidental como prejudicial ao mérito.

d) A Constituição de 1824 não contemplava qualquer modalidade de controle


de constitucionalidade das leis. Era outorgada ao Poder Legislativo, sob
influência francesa, a atribuição de fazer leis, interpretá-las, suspendê-las e
revogá-las, bem como velar pela guarda da Constituição.

e) A Constituição de 1937 vedou expressamente ao Poder Judiciário conhecer


das questões exclusivamente políticas. 09890389479

Comentários:

Letra A: correta. Todas essas foram inovações trazidas pela Constituição de


1934.

Letra B: errada. A Constituição Federal de 1988 é que rompeu com o


“monopólio da ação direta”. Até a CF/88, a competência para propor ADI era
exclusiva do Procurador-Geral da República.

Letra C: correta. A Constituição de 1891 previu o controle difuso de


constitucionalidade, por influência norte-americana.

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Letra D: correta. A Constituição de 1824 não adotou nenhum sistema de
controle da constitucionalidade dos atos ou omissões do Poder Público

Letra E: correta. De fato, a Constituição de 1937 vedou expressamente ao


Poder Judiciário conhecer das questões exclusivamente políticas.

O gabarito é a letra B.

386. (ESAF / PGFN - 2007) A Constituição de 1988 trouxe inúmeras


inovações ao controle de constitucionalidade, entre elas a ampliação
do rol de legitimados para a propositura da Ação Direta de
Inconstitucionalidade.

Comentários:

De fato, a CF ampliou o rol de legitimados à propositura da ADI. Questão


correta.

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Lista de Questões

1. (PGFN – 2015) Sobre o controle de constitucionalidade de leis no


Brasil, assinale a opção incorreta.

a) Respeitadas as regras processuais de distribuição e competência, a qualquer


juiz ou tribunal do país é reconhecido o poder de controlar a conformidade dos
atos normativos à Constituição, desde que a decisão do litígio reclame, como
premissa lógica, o exame do tema da inconstitucionalidade, configurando,
portanto, como uma questão prejudicial.

b) No controle difuso de constitucionalidade, a matéria da constitucionalidade é


pedido deduzido na ação e não na sua causa de pedir.

c) O sistema brasileiro adota o controle misto de constitucionalidade,


convivendo com o controle concentrado e o controle difuso de
constitucionalidade, sendo o primeiro relacionado com o controle principal e
abstrato e o segundo com o modelo incidental e concreto.

d) No sistema brasileiro há o controle de constitucionalidade político e o


jurisdicional.

e) No sistema brasileiro admite-se o controle judicial preventivo, nos casos de


mandado de segurança impetrado por parlamentar com objetivo de impedir a
tramitação de projeto de emenda constitucional lesiva às cláusulas pétreas.

2. (PGFN – 2015) Assinale a opção correta.

a) Os vícios formais traduzem defeito de formação do ato normativo, pela


inobservância de princípio de ordem técnica ou procedimental ou pela violação
de regras de competência. Nesses casos, viciado é o ato nos seus
pressupostos, no seu procedimento de formação, na sua forma final, atingindo
diretamente seu conteúdo.

b) No direito brasileiro, a consolidação do sistema de controle com amplo


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poder de julgar as questões constitucionais inclui a matéria relativa à


interpretação de normas de regimento legislativo, não circunscrevendo-se no
domínio interna corporis.

c) A inconstitucionalidade material envolve não somente o contraste direto do


ato legislativo com o parâmetro constitucional, mas também a aferição do
desvio de poder ou do excesso de poder legislativo.

d) O controle de convencionalidade passou a ser estudado no Brasil


especialmente após a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 45/2004
e a partir das decisões do Supremo Tribunal Federal que elevaram o status de
todos os tratados de direitos humanos a patamar de emendas constitucionais,
excluindo, consequentemente, o controle de constitucionalidade sobre as
regras jurídicas de caráter doméstico.
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e) Não há distinção entre inconstitucionalidade originária e
inconstitucionalidade superveniente.

3. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Na via de


exceção, a pronúncia do Judiciário sobre a inconstitucionalidade não é
feita enquanto manifestação sobre o objeto principal da lide, mas sim
sobre questão prévia, indispensável ao julgamento do mérito.

4. (ESAF / TRT 7ª Região - 2003) A declaração de


inconstitucionalidade pelos Tribunais exige quórum de votação de:

a) maioria simples.

b) maioria absoluta.

c) 2/3 dos membros do órgão julgador.

d) não exige quórum de votação.

e) unanimidade.

5. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) A cláusula de


reserva de plenário não veda a possibilidade de o juiz monocrático
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.

6. (ESAF / AFT - 2006) O "princípio da reserva de plenário" impede


que o juiz singular declare a inconstitucionalidade de lei em suas
decisões.

7. (ESAF / SEFAZ-MG - 2005) Um juiz estadual, confrontado com


uma questão de inconstitucionalidade de lei estadual, deve suspender
o processo e submeter a questão ao Plenário ou ao órgão especial do
Tribunal de Justiça a que se vincula.

8. (ESAF / ANEEL - 2006) No Brasil, também um juiz de primeira


instância pode declarar inconstitucional uma norma contrária à
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Constituição em vigor.

9. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Declarada


”incidenter tantum” a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo
pelo Supremo Tribunal Federal, referidos efeitos serão ex nunc, sendo
desnecessário qualquer atuação do Senado Federal.

10. (ESAF / AFT - 2003) No âmbito da Administração Pública Federal,


a suspensão, pelo Senado Federal, da execução de lei declarada
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal
tem efeitos ex tunc.

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11. (ESAF / PGFN - 2007) A supremacia jurídica da Constituição é
que fornece o ambiente institucional favorável ao desenvolvimento do
sistema de controle de constitucionalidade.

12. (ESAF / SEFAZ-CE- 2007) O Chefe do Poder Executivo,


considerando determinada lei inconstitucional, poderá determinar a
seus subordinados que deixem de aplicá-la. Da mesma forma, o
Ministro de Estado poderá determinar a seus subordinados que deixem
de aplicar determinado ato normativo, relativo à sua pasta, que
considere inconstitucional.

13. (ESAF / ANEEL - 2006) Uma norma que, embora não siga o
processo legislativo indicado na Constituição para a sua feitura, não
fere nenhum princípio material da mesma Constituição que não pode
ser tida como inconstitucional.

14. (ESAF / ANEEL - 2006) Se o artigo de uma lei, composta por


vários dispositivos, é inconstitucional, necessariamente toda a lei deve
ser considerada inválida.

15. (ESAF / MRE - 2004) A inconstitucionalidade por ação pode ser


total ou parcial, porém a inconstitucionalidade por omissão será
sempre total.

16. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A Constituição veda aos tribunais


regionais do trabalho exercer o controle incidental de
constitucionalidade de leis estaduais ou municipais.

17. (ESAF / MPOG - 2005) Somente o Supremo Tribunal Federal


(STF) é competente para desempenhar o controle incidental de
constitucionalidade no Brasil.

18. (ESAF / SEFAZ-MG - 2005) Somente juízes federais têm


autorização constitucional para declarar, incidentalmente, a
inconstitucionalidade de leis federais.
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19. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, mesmo diante da declaração de
inconstitucionalidade do STF, um tribunal de segunda instância
somente pode deixar de aplicar a lei declarada inconstitucional depois
de suscitado e julgado, pelo Plenário ou órgão especial do mesmo
tribunal, o incidente de inconstitucionalidade.

20. (ESAF / SEFAZ-MG - 2005) O Congresso Nacional está


expressamente autorizado pela Constituição a declarar a
inconstitucionalidade de leis que ele próprio editou.

21. (ESAF / MRE - 2004) No Brasil, somente o Supremo Tribunal


Federal pode declarar a inconstitucionalidade de lei federal.

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22. (ESAF / Auditor-Fiscal/Prefeitura de Recife - 2003) O Tribunal de
Justiça do Estado não tem competência para declarar a
inconstitucionalidade de lei federal.

23. (ESAF / Auditor-Fiscal/Prefeitura de Fortaleza - 2003) O Juiz de


Direito pode declarar a inconstitucionalidade de leis estaduais ou
municipais.

24. (ESAF / MRE - 2004) O sistema de controle de


constitucionalidade adotado no Brasil é o sistema misto, uma vez que
há um controle político da constitucionalidade das leis, exercido pelo
Poder Executivo e pelo Poder Legislativo, e um controle jurisdicional,
exercido pelo Poder Judiciário.

25. (ESAF / IRB - 2004) Sentença em ação civil pública não pode
declarar a inconstitucionalidade de lei.

26. (ESAF / PM – Fortaleza - 2002) Não é possível a declaração de


inconstitucionalidade de lei em sede de ação civil pública.

27. (ESAF / MRE - 2004) Quando se realiza o controle de


constitucionalidade de atos normativos por um único tribunal,
independentemente da existência de um caso concreto a ser julgado,
diz-se que esse controle é:

a) apenas concentrado.

b) apenas abstrato.

c) concentrado e abstrato.

d) difuso e incidental.

e) apenas incidental.

28. (ESAF / Auditor-Fiscal/Prefeitura de Fortaleza - 2003) Somente o


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Supremo Tribunal Federal pode declarar a inconstitucionalidade de lei


federal.

29. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) Qualquer juiz de primeiro grau, turma


ou câmara de Tribunal pode declarar a inconstitucionalidade de lei no
sistema incidental ou concreto vigente no Brasil.

30. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) A legitimidade da suspensão pelo


Legislativo de ato do Executivo que exorbite dos limites do poder
regulamentar é suscetível de verificação em sede de controle de
constitucionalidade.

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31. (ESAF / ACE - 1998) Qualquer juiz ou órgão fracionário de
Tribunal pode declarar a inconstitucionalidade incidental de lei na
ordem constitucional brasileira.

32. (ESAF / ACE - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, a ação civil pública não constitui instrumento
adequado para impugnação de lei inconstitucional.

33. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) O Chefe de Poder Executivo municipal


não pode deixar de cumprir lei sob a alegação de incompatibilidade
com a Constituição Federal.

34. (ESAF / ACE - 1998) O Senado Federal não está obrigado a


suspender a execução da lei declarada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal em controle concreto ou incidental de normas.

35. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU – 1999) Segundo a


jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ação civil pública pode
ser utilizada como instrumento de controle de constitucionalidade.

36. (ESAF / TCU - 1999 ) A eficácia jurídica da decisão proferida pelo


Supremo Tribunal Federal, em sede de controle incidental, está
condicionada à suspensão de execução da lei pelo Senado Federal.

37. (ESAF / TCU - 2000) A declaração de inconstitucionalidade feita


em um recurso extraordinário terá sempre eficácia contra todos e
produzirá efeito vinculante, tão logo o acórdão transite em julgado.

38. (ESAF / AFC - 2001) Qualquer juiz ou tribunal federal pode


declarar a inconstitucionalidade, em tese, de lei federal.

39. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Órgão fracionário de tribunal


de segunda instância pode declarar a inconstitucionalidade de lei,
prescindindo dos procedimentos próprios do incidente de
inconstitucionalidade, se o Supremo Tribunal Federal já tiver julgado,
mesmo que em sede de recurso extraordinário, inconstitucional o
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mesmo diploma.

40. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O Tribunal de Contas da


União, que não integra o Poder Judiciário, não tem competência para
declarar a inconstitucionalidade de leis.

41. (ESAF / Analista BACEN - 2001) O juiz de primeira instância não


tem competência para declarar a inconstitucionalidade de leis ou ato
normativo.

42. (ESAF / Analista BACEN - 2001) Os tribunais, de acordo com o


sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil, não
podem declarar a inconstitucionalidade, em ação direta de
inconstitucionalidade, de emenda à Constituição.

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43. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) O Superior Tribunal de
Justiça e o Tribunal Superior do Trabalho não podem declarar a
inconstitucionalidade de lei.

44. (ESAF / TCU - 2002) A decisão do Supremo Tribunal Federal


sobre a inconstitucionalidade de uma lei federal, pronunciada
incidentalmente num processo da sua competência recursal, produz
efeitos vinculantes para todos os poderes públicos.

45. (ESAF / PGFN – 2002) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar
um mandado de segurança. Essa declaração de inconstitucionalidade,
mesmo não tendo eficácia erga omnes, apresenta efeito vinculante
para todos os órgãos do Judiciário.

46. (ESAF / PGFN - 2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar
um mandado de segurança. Caberá à Câmara dos Deputados
suspender os efeitos da lei, para que, então, a decisão do Supremo
Tribunal Federal ostente efeitos erga omnes.

47. (ESAF / PGFN - 2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar
um mandado de segurança. O órgão fracionário do tribunal de segunda
instância, deparando-se com a mesma argüição de
inconstitucionalidade do diploma, não deverá suscitar o incidente de
inconstitucionalidade, mas deverá simplesmente aplicar a decisão de
inconstitucionalidade proferida pelo Supremo Tribunal Federal.

48. (ESAF / CGU - 2006) No controle de constitucionalidade


concentrado, a aferição de constitucionalidade, pelo Supremo Tribunal
Federal, de uma norma promulgada e publicada sob a égide do texto
constitucional anterior é feita em face do texto em vigor.

49. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) Admite-se o controle concentrado de


constitucionalidade sobre o processo de elaboração de leis e emendas
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à Constituição, sendo que apenas os parlamentares são legitimados à


propositura de ação perante o Supremo Tribunal Federal.

50. (ESAF / MI- 2012) O recurso extraordinário é cabível contra


decisão de única ou última instância que, dentre outras hipóteses,
contraria dispositivo da Constituição Federal.

51. (ESAF / MI - 2012) No sistema brasileiro de controle judicial de


constitucionalidade, apenas os tribunais, órgãos colegiados do Poder
Judiciário, podem declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo, devendo fazê-lo pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros.

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52. (ESAF / MDIC - 2012) O Supremo Tribunal Federal afirmou ser
"legítima a utilização da ação civil pública como instrumento de
fiscalização incidental de constitucionalidade, pela via difusa, de
quaisquer leis ou atos do Poder Público, desde que a controvérsia
constitucional não se identifique como objeto único da demanda, mas
simples questão prejudicial, indispensável à resolução do litígio
principal".

53. (ESAF / MDIC - 2012) Somente pelo voto de dois terços de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público.

54. (ESAF / MDIC – 2012) No Brasil o sistema de controle de


constitucionalidade repressivo judiciário foi somente o concentrado,
vez que compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a
guarda da Constituição.

55. (ESAF / MDIC - 2012) Os parlamentares são legitimados, mas


não os únicos, à propositura de mandado de segurança para a defesa
do direito líquido e certo a um processo legislativo conforme as
normas constitucionais e legais. Quando a autoria for de
parlamentares, o prosseguimento do processo, até decisão final do
Supremo Tribunal Federal, dependerá da manutenção do autor de sua
condição de membro do Congresso Nacional.

56. (ESAF / PGFN - 2012) Compete a qualquer juiz ou tribunal, no


primeiro caso desde que inexista pronunciamento sobre a matéria pelo
respectivo tribunal ou por tribunal superior, decidir no curso de ação
sob sua apreciação acerca de questão de constitucionalidade suscitada
por qualquer das partes.

57. (ESAF / PGFN - 2012) Nos expressos termos da Constituição de


1988, compete ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou
em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal. 09890389479

58. (ESAF / PGFN - 2012) Compete a qualquer turma, câmara ou


seção de tribunal declarar originalmente a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo do poder público.

59. (ESAF / PGFN - 2012) Compete exclusivamente ao Supremo


Tribunal Federal julgar, mediante recurso extraordinário, as causas
decididas em última ou única instância, quando a decisão recorrida
contrariar ou negar vigência a lei federal.

60. (ESAF / PGFN - 2012) Pode o Superior Tribunal de Justiça, no


exercício do controle de constitucionalidade incidental ou em concreto,
declarar originalmente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo

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do poder público, desde que assim se pronuncie pelo voto favorável
dos seus dez membros mais antigos.

61. (ESAF / PGFN - 2012) Na ação direta de inconstitucionalidade, é


admissível a impugnação de decretos executivos quando estes
representem atos de aplicação primária da Constituição.

62. (ESAF / PGFN - 2012) O Supremo Tribunal Federal poderá, de


ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional,
aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial,
terá, dentre outros, efeito vinculante em relação aos demais do Poder
Judiciário.

63. (ESAF / AFRF -2002) Somente o Supremo Tribunal Federal, em


ação direta de inconstitucionalidade, pode resolver controvérsia sobre
a continuidade da vigência, no atual regime constitucional, de lei
ordinária anterior à Constituição de 1988.

64. (ESAF / PGE-DF - 2004) Nas causas relativas a direitos


subjetivos, a decisão definitiva em recurso extraordinário comunicada
ao Senado Federal gera para essa Casa legislativa a faculdade de
suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada
inconstitucional pela maioria absoluta dos membros do Supremo
Tribunal Federal no julgamento daquele recurso, exceto se essa lei for
municipal ou distrital, quando aprovada, neste último caso, pelo
Distrito Federal no exercício de competência municipal.

65. (ESAF / PGE-DF - 2004) A decisão definitiva em recurso


extraordinário que modifica a conclusão de acórdão proferido por
Tribunal de Justiça em ação direta de inconstitucionalidade julgada
improcedente pela Corte estadual para julgá-la procedente, com a
declaração de inconstitucionalidade da lei, no Plenário do Supremo
Tribunal Federal, goza de eficácia contra todos (erga omnes), sendo
dispensada a sua comunicação ao Senado Federal.
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66. (ESAF / PGE-DF - 2004) O Supremo Tribunal Federal poderá


atribuir efeito retroativo (ex tunc) às decisões proferidas em recurso
extraordinário.

67. (ESAF / PGE-DF - 2004) O Supremo Tribunal Federal poderá


atribuir efeito prospectivo (ex nunc) às decisões proferidas em recurso
extraordinário.

68. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) A inconstitucionalidade por


ação pode ser total ou parcial, porém a inconstitucionalidade por
omissão será sempre total.

69. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) A inconstitucionalidade


superveniente é aceita pelo Supremo Tribunal Federal, cabendo em

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relação a essa inconstitucionalidade o controle concentrado de
constitucionalidade.

70. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) A inconstitucionalidade


reflexa, segundo o Supremo Tribunal Federal, só pode ser aferida em
sede de controle difuso de constitucionalidade.

71. (PGFN – 2015) Sobre a concessão de medida cautelar em sede de


Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), é correto afirmar que:

a) a Constituição Federal de 1988 estabelece que a medida cautelar somente


será concedida por maioria de 2/3 dos membros do Supremo Tribunal Federal.

b) a medida cautelar somente pode ser concedida depois da manifestação do


Procurador-Geral da República, que dispõe do prazo de 3 dias.

c) admite-se, conforme jurisprudência do STF, a concessão monocrática de


medida cautelar, em caráter excepcional e ainda que fora do período de
recesso da Corte.

d) não cabe medida cautelar contra Emenda Constitucional promulgada.

e) a medida cautelar será concedida por decisão de 2/3 dos membros do


Superior Tribunal de Justiça.

72. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2002) O STF pode


declarar a inconstitucionalidade de certos entendimentos de um ato
normativo, objeto de uma ação direta de inconstitucionalidade, sem,
contudo, declarar inválido o próprio ato normativo.

73. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que
essa lei é uma lei federal.

74. (ESAF / Auditor-Fiscal/Recife - 2003) Lei municipal não pode ser


objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
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Tribunal Federal.

75. (ESAF / MRE - 2004) O ato normativo, para efeito de fiscalização


da constitucionalidade em tese, deve possuir autonomia jurídica,
generalidade abstrata e impessoalidade.

76. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Proclamada a


inconstitucionalidade do dispositivo, pelo Supremo Tribunal Federal,
julgar-se-á improcedente a ação direta de inconstitucionalidade.

77. (ESAF / PM-Fortaleza - 2002) O julgamento de mérito dando pela


improcedência da ação direta de inconstitucionalidade equivale a uma
declaração de constitucionalidade da lei, objeto da ação.

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78. (ESAF /Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Atos estatais de
efeitos concretos se submetem, em sede de controle concentrado, à
jurisdição abstrata.

79. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) As súmulas, por


apresentarem densidade normativa, são submetidas à jurisdição
constitucional concentrada.

80. (ESAF / PM – Fortaleza - 2002) Uma súmula de jurisprudência de


tribunal superior pode ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade no STF.

81. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Antes da


concessão da liminar em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade,
é possível que seu autor peça desistência da mesma.

82. (ESAF / AFT - 2003) Segundo o entendimento do STF, é possível


ao Autor requerer a desistência em relação a uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade, desde que demonstre razões de interesse
público para essa desistência.

83. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Para a


propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade, se faz necessário
observar um dos requisitos objetivos pertinente ao prazo prescricional.

84. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2003) Depois de cinco


anos de vigência de uma lei, ela não mais pode ser objeto de ação
direta de inconstitucionalidade.

85. (ESAF / MPOG - 2009) Quanto aos métodos de controle de


constitucionalidade, a doutrina os classifica em difuso e concentrado.
Segundo a doutrina constitucionalista mais respeitável, a nossa
Constituição contempla espécies de controle concentrado. Assinale a
opção que não se refere a uma espécie de controle concentrado.

a) Ação direta de inconstitucionalidade. 09890389479

b) Ação direta de inconstitucionalidade interventiva.

c) Ação direta de inconstitucionalidade por omissão.

d) Ação declaratória de constitucionalidade.

e) Ação direta de inconstitucionalidade por congruência.

86. (ESAF / Auditor-Fiscal - 2003) Constitui instrumento típico do


controle abstrato de constitucionalidade de leis e atos normativos:

a) A ação direta de inconstitucionalidade

b) O recurso extraordinário

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c) A ação cível originária

d) O habeas data

e) O mandado de segurança

87. (ESAF / PGFN - 2007) A decisão de mérito proferida em sede de


controle concentrado é irrecorrível, salvo a hipótese de embargos
declaratórios, e não está sujeita à desconstituição pela via da ação
rescisória.

88. (ESAF / PGFN - 2007) Segundo jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, a norma constitucional originária não é passível de
controle de constitucionalidade.

89. (ESAF / IRB - 2006) Segundo o novel entendimento do Supremo


Tribunal Federal, é possível a aplicação, no direito brasileiro, do
conceito de inconstitucionalidade de normas constitucionais
originárias, defendido na obra de Otto Bachof, uma vez que a
enumeração de cláusulas pétreas, no texto original da Constituição,
imporia uma hierarquia entre as normas constitucionais originárias.

90. (ESAF / PGFN - 2007) A Mesa do Congresso Nacional não tem


legitimidade para a propositura da Ação Direta de
Inconstitucionalidade.

91. (ESAF / ANEEL - 2006) Não tem legitimidade para propor a ação
direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal:

a) Presidente da República.

b) Presidente do Congresso Nacional.

c) Governador do Distrito Federal.

d) Confederação sindical.
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e) Entidade de classe de âmbito nacional.

92. (ESAF / MRE - 2004) Não pode propor ação direta de


constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal:

a) O advogado-geral da União.

b) O presidente da República.

c) A Mesa da Câmara dos Deputados.

d) O partido político com representação no Congresso Nacional.

e) O governador do Distrito Federal.

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93. (ESAF / IRB - 2004) Suponha que, no último dia do seu mandato,
o Presidente da República tenha sancionado uma lei que concede
vantagem com efeitos retroativos para os nela contemplados. O novo
Presidente da República não se conforma com a medida, que considera
particularmente onerosa. O Presidente da República não pode arguir a
inconstitucionalidade dessa lei, por meio de ação direta de
inconstitucionalidade, já que o seu antecessor a sancionara.

94. (ESAF / IRB - 2004) Suponha que, no último dia do seu mandato,
o Presidente da República tenha sancionado uma lei que concede
vantagem com efeitos retroativos para os nela contemplados. O novo
Presidente da República não se conforma com a medida, que considera
particularmente onerosa. O Advogado-Geral da União pode, em nome
da Advocacia-Geral da União, ajuizar ação direta de
inconstitucionalidade contra tal lei perante o Supremo Tribunal
Federal.

95. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) O Conselho Federal da Ordem dos


Advogados do Brasil somente tem legitimidade para propor ação direta
de inconstitucionalidade contra leis que interfiram diretamente nos
afazeres, direitos e prerrogativas dos advogados.

96. (ESAF / PGFN - 2007) A perda da representação do partido


político junto ao Congresso Nacional implica na perda da capacidade
postulatória, com consequente extinção, sem resolução do mérito, da
Ação Direta de Inconstitucionalidade anteriormente proposta.

97. (ESAF / TCU - 2006) A possibilidade de partido político


apresentar ação declaratória de constitucionalidade está condicionada
a que este partido político tenha representação no Congresso Nacional
e que essa representação se mantenha ao longo de todo o processo da
ação, no âmbito do Supremo Tribunal Federal.

98. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2006) No caso de um


partido político perder sua representação no Congresso Nacional após
ter proposto uma ação direta de inconstitucionalidade, essa ação é
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considerada prejudicada, por perda superveniente de legitimidade


ativa para a sua propositura.

99. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) Uma ação direta de


inconstitucionalidade que tenha sido proposta por partido político que
tinha representação no Congresso Nacional, mas que a perde antes do
julgamento de mérito da demanda, deve ser julgada prejudicada.

100. (ESAF / PGFN - 2007) O Supremo Tribunal Federal não reconhece


a legitimidade ativa das chamadas associação de associações para fins
de ajuizamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade.

101. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital, sancionada
pelo Governador, que limita o horário de funcionamento do comércio
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varejista em Brasília, seja objeto de dúvidas quanto à sua
constitucionalidade. O Governador do Distrito Federal, mesmo que
arrependido politicamente da sanção ao projeto de lei, não poderá
ajuizar ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal contra tal lei.

102. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) Pode ser


proposta ação direta de inconstitucionalidade em relação a qualquer
lei distrital, em razão da equivalência entre o Distrito Federal e os
Estados-membros.

103. (ESAF / AFT - 2006) É cabível ação direta de


inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, contra lei
do Distrito Federal que discipline assunto de interesse local.

104. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que o Tribunal Superior do


Trabalho haja disposto no seu Regimento Interno sobre precatório. Em
seguida, o Tribunal Regional do Trabalho com jurisdição sobre o
Distrito Federal insere no seu regimento norma idêntica. Suponha que,
mais tarde, é ajuizada ação direta de inconstitucionalidade contra o
dispositivo do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho que
contém a referida norma. O Supremo Tribunal Federal julga
procedente essa ação direta, afirmando que a regra regimental destoa
da sistemática constitucional sobre precatórios. Depois desse
julgamento, o Presidente do TRT com jurisdição no Distrito Federal,
contra os interesses do Governo do Distrito Federal, aplica a norma
que é idêntica àquela do TST declarada inconstitucional. Nesse caso,
qual solução juridicamente possível, mais eficaz e expedita, você
sugeriria para proteger os interesses do Distrito Federal contra tal
decisão?

a) Que o Distrito Federal apresente recurso extraordinário contra a decisão.

b) Que o Distrito Federal ajuíze mandado de segurança perante o TRT contra a


decisão.
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c) Que o Distrito Federal ajuíze ação direta de inconstitucionalidade perante o


Supremo Tribunal Federal contra a norma do TRT.

e)Que se apresente reclamação ao Supremo Tribunal Federal.

e) Que o Distrito Federal impetre mandado de segurança perante o STF.

105. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) O Supremo Tribunal Federal admite o


controle concentrado de constitucionalidade em face de decreto,
quando este, a pretexto de regulamentar lei, desvirtuar o sentido da
norma.

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106. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2008) Assinale o ato
normativo abaixo que não é objeto próprio de ação direta de
inconstitucionalidade proposta perante o Supremo Tribunal Federal:

a) Medida Provisória

b) Emenda à Constituição

c) Decreto regulamentador de lei

d) Dispositivo de Constituição Estadual

e) Emenda ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição


Federal

107. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) Não há


possibilidade de ser conhecida pelo Supremo Tribunal Federal uma
ação direta de inconstitucionalidade na qual se discute a
constitucionalidade de um decreto.

108. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) A inobservância dos ditames da


Constituição Federal de 1988 para a elaboração de lei estadual,
possibilita ao Supremo Tribunal Federal, pela via do controle
concentrado, a declaração de inconstitucionalidade.

109. (ESAF / SEFAZ-CE - 2007) O Congresso Nacional, ao rejeitar


medida provisória, está atuando preventivamente no controle de
constitucionalidade, haja vista a espécie normativa não ter ingressado
de forma definitiva no ordenamento jurídico pátrio.

110. (ESAF / TCE-PR - 2003) Uma medida provisória não pode ser
objeto de ação direta de inconstitucionalidade.

111. (ESAF / AFT - 2006) Em sede de ação direta de


inconstitucionalidade é vedada a intervenção de terceiros.

112. (ESAF / IRB - 2006) Na concessão de medida cautelar em sede de


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ação direta de inconstitucionalidade, seus efeitos serão, regra geral,


“erga omnes” e “ex tunc”.

113. (ESAF / Auditor-Fiscal do RN - 2005) A medida cautelar, em sede


de ação direta de inconstitucionalidade, tem eficácia “erga omnes” e,
regra geral, será concedida com efeito “ex tunc”.

114. (ESAF / TCU - 2006) Nas ações diretas de inconstitucionalidade, o


autor deverá demonstrar a repercussão geral da questão discutida no
caso, a fim de que o Tribunal examine a admissão da ação.

115. (ESAF / TCU - 2006) A legitimidade ativa do Governador do


Distrito Federal, para propor ação direta de inconstitucionalidade, não
sofre restrições quanto à pertinência temática, sendo esse requisito
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exigido quando da verificação da legitimidade ativa da entidade de
classe de âmbito nacional.

116. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) Mesmo sendo


equivalentes às emendas constitucionais, os tratados internacionais
sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por três quintos dos
votos dos respectivos membros, poderão ser objeto de controle de
constitucionalidade por meio de uma ação direta de
inconstitucionalidade.

117. (ESAF / IRB - 2004) Emenda à Constituição, por ter a mesma


hierarquia das demais normas da Lei Maior, não se submete à
declaração de inconstitucionalidade, nem mesmo pelo Supremo
Tribunal Federal.

118. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) A eficácia de


uma liminar concedida em sede de ação direta de inconstitucionalidade
opera, regra geral, com efeitos “ex tunc”, podendo ter efeitos “ex
nunc”, em caráter excepcional, se o Supremo Tribunal Federal assim o
declarar expressamente, demonstrando a conveniência da medida.

119. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, nada impede que um juiz de primeiro
grau afirme válida a mesma lei, ao julgar um caso concreto.

120. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que
apesar da decisão, nada impedirá que os demais juízes, divergindo do
entendimento do STF, declarem constitucional a mesma lei.

121. (ESAF / Procurador da Fazenda - 2003) Suponha que o Supremo


Tribunal Federal tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei.
Suponha, ainda, que um juiz de primeiro grau venha a, num caso
concreto, julgar válida essa mesma lei. Se a decisão do STF foi em ação
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direta de inconstitucionalidade e transitou em julgado antes da


sentença do juiz, esse mesmo juiz não poderia ter julgado válida a lei,
diante do efeito vinculante da decisão da Suprema Corte no caso.

122. (ESAF / MPOG - 2005) As decisões definitivas de mérito,


proferidas pelo Supremo Tribunal Federal nas ações diretas de
inconstitucionalidade, por força de expressa determinação
constitucional, produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante,
apenas no âmbito da administração pública direta e indireta federal.

123. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, não pode vir a ser declarada

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constitucional, pelo próprio STF, em julgamento posterior, por meio de
controle incidental.

124. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, o Congresso Nacional fica proibido de
editar outra lei de igual teor.

125. (ESAF / MPOG - 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
não pode ser reeditada pela Casa Legislativa que a votou, sob pena de
ofensa à autoridade da decisão da Suprema Corte.

126. (ESAF / IRB - 2004) As decisões de mérito do Supremo Tribunal


Federal em ação direta de inconstitucionalidade e em ação declaratória
de constitucionalidade têm efeito vinculante.

127. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito de uma lei que haja
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade, pode vir a ser declarada válida, se o
STF julgar procedente ação rescisória contra a decisão tomada na ação
direta de inconstitucionalidade.

128. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito da ação direta de


inconstitucionalidade no STF, leis revogadas antes da propositura da
ação direta de inconstitucionalidade não são objetos idôneos dessa
demanda.

129. (ESAF / MRE - 2004) Se o ato normativo objeto de uma ação


direta de inconstitucionalidade for revogado, a ação só prossegue
perante o Supremo Tribunal Federal se o ato tiver produzido efeitos
concretos.

130. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) A respeito da ação direta de


inconstitucionalidade no STF, na ação direta de inconstitucionalidade,
a atividade judicante do STF está condicionada pelo pedido, mas não
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pela causa de pedir, que é tida como "aberta".

131. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) O requerente não pode desistir da


ação direta de inconstitucionalidade que haja proposto.

132. (ESAF / MPOG – 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
é considerada inválida desde quando editada, e, portanto, desde antes
da decisão do STF.

133. (ESAF / MPOG – 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
somente deixa de produzir efeitos jurídicos a partir do trânsito em
julgado da decisão do STF.

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134. (ESAF / MPOG - 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo
STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
somente é considerada excluída do ordenamento jurídico depois de
suspensa a sua vigência pelo Senado Federal.

135. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal) A declaração de


inconstitucionalidade de uma lei pelo Supremo Tribunal Federal, em
uma ação direta de inconstitucionalidade, somente produzirá eficácia
contra todos depois de suspensa a execução da lei pelo Senado
Federal.

136. (ESAF / IRB - 2010) Julgada procedente uma ação direta de


inconstitucionalidade, a lei, objeto da ação, é tida, ordinariamente,
como inconstitucional apenas a partir da data do julgamento, devendo
ser considerada como válida e eficaz no período entre a sua edição e o
julgamento do STF.

137. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que
essa lei somente deverá deixar de produzir efeitos a partir da decisão
do STF.

138. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que
essa lei foi revogada pelo STF, a partir da data de publicação do
acórdão.

139. (ESAF / MPOG - 2005) Uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade, como regra geral,
somente deixa de ser considerada válida nas relações jurídicas de que
faça parte o autor da ação.

140. (ESAF / Auditor-Fiscal do RN - 2005) Ao declarar a


inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, em sede de ação direta
de inconstitucionalidade, poderá o Supremo Tribunal Federal, por
maioria qualificada de seus membros, restringir os efeitos daquela
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declaração ou fixar data para que a declaração tenha eficácia.

141. (ESAF / Auditor-Fiscal do RN - 2005) A decisão que julga


procedente ou improcedente a ação direta de inconstitucionalidade é
irrecorrível, não cabendo contra ela nenhum recurso ou mesmo a
propositura de ação rescisória.

142. (ESAF / MRE - 2004) A inconstitucionalidade reflexa, segundo o


Supremo Tribunal Federal, só pode ser aferida em sede de controle
difuso de constitucionalidade.

143. (ESAF / MRE - 2004) Regra geral, os efeitos da declaração de


inconstitucionalidade, no controle concentrado e no controle difuso,
são “ex nunc”.

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144. (ESAF / IRB - 2004) Toda lei federal ou estadual em vigor pode
ser arguida de inconstitucional em sede de ação direta de
inconstitucionalidade.

145. (ESAF / AFT - 2003) A doutrina e a jurisprudência reconhecem o


efeito repristinatório em relação à lei que foi revogada por lei
declarada inconstitucional pelo STF.

146. (ESAF / TCE-PR - 2003) No âmbito do controle abstrato de


constitucionalidade, somente o Supremo Tribunal Federal pode
declarar a inconstitucionalidade de uma lei federal.

147. (ESAF / AGU - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, a declaração de inconstitucionalidade pode ter efeito
ex nunc ou ex tunc.

148. (ESAF / AGU - 1998) A liminar concedida em sede de controle


abstrato de normas há de ter sempre eficácia ex tunc.

149. (ESAF / AGU - 1998) O Supremo Tribunal Federal costuma


declarar, frequentemente, a inconstitucionalidade de lei sem a
pronúncia da nulidade.

150. (ESAF / AGU - 1998) Os tratados internacionais não podem ser


objeto de impugnação em sede de controle abstrato de normas.

151. (ESAF / PGFN - 1998) A cautelar concedida em ação direta de


inconstitucionalidade tem o condão de restaurar provisoriamente a
vigência do direito revogado pela norma impugnada.

152. (ESAF / PGFN - 1998) A decisão proferida em sede de controle


abstrato de normas somente terá eficácia após a suspensão de sua
execução pelo Senado Federal.

153. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) A interpretação conforme a


Constituição não pode ser utilizada no âmbito dos juízos e Tribunais
ordinários, porquanto tal prática corresponde, efetivamente, a uma
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declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto.

154. (ESAF / ACE - 1998) Não cabe ação direta de


inconstitucionalidade contra norma constitucional originária.

155. (ESAF / ACE - 1998) Os atos tipicamente regulamentares são


passíveis de impugnação em controle abstrato de normas.

156. (ESAF / ACE - 1998) A liminar em ação direta de


inconstitucionalidade deve ser deferida com eficácia ex tunc.

157. (ESAF / ACE - 1998) O Supremo Tribunal Federal declara,


frequentemente, a inconstitucionalidade da lei com eficácia ex nunc.

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158. (ESAF / TCU - 1999) A decisão final de mérito proferida pelo
Supremo Tribunal Federal em sede de controle abstrato de normas tem
eficácia ex nunc, necessariamente.

159. (ESAF / TCU - 1999) A liminar concedida em ação direta de


inconstitucionalidade pode ter eficácia ex nunc ou ex tunc.

160. (ESAF / TCU - 1999) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, compete ao Tribunal, em sede de controle abstrato
de normas, declarar a inconstitucionalidade e não a
constitucionalidade de norma impugnada.

161. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) Não cabe ação direta de


inconstitucionalidade contra emenda constitucional.

162. (ESAF / TCE-RN - 2000) O Presidente do Tribunal de Contas da


União tem legitimidade ativa para propor ação direta de
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal contra leis
que afetem a competência constitucionalmente estabelecida da Corte
de Contas.

163. (ESAF / TCE-RN - 2000) O Presidente da República não pode


propor ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal, atacando lei estadual.

164. (ESAF / TCE-RN - 2000) A decisão que proclama a invalidade de


uma lei federal em sede de ação direta de inconstitucionalidade
somente produz efeitos erga omnes (para todos) depois de suspensa a
mesma lei pelo Senado Federal.

165. (ESAF / TCE-RN - 2000) Leis municipais, estaduais e federais


podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o
Supremo Tribunal Federal.

166. (ESAF / TCE-RN - 2000) Um Governador de Estado pode, em


princípio, ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, ação direta de
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inconstitucionalidade contra lei estadual, mas não pode ajuizar uma


ação declaratória de constitucionalidade perante o mesmo tribunal
tendo por objeto a mesma lei.

167. (ESAF / TCU- 2000) A decisão do STF pela inconstitucionalidade


de uma lei federal, quando proferida em sede de controle abstrato,
começa a produzir eficácia contra todos depois de o Senado Federal
suspender a execução da lei.

168. (ESAF / TCU - 2000) Uma lei municipal pode ser declarada
inconstitucional pelo STF, quer por meio de ação direta de
inconstitucionalidade, quer por recurso extraordinário.

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169. (ESAF / TCU - 2000) O controle abstrato de constitucionalidade é
realizado no Brasil apenas pelo Supremo Tribunal Federal, mediante a
provocação de cidadão que tenha um direito fundamental seu violado
pelos poderes públicos.

170. (ESAF / TCU - 2000) A decisão proferida pelo Supremo Tribunal


Federal, ao decidir questão de inconstitucionalidade por meio do
controle de constitucionalidade em tese, produz efeitos apenas entre
as partes, podendo, entretanto, produzir também efeitos contra todos
(erga omnes), se a lei invalidada vier a ser suspensa pelo Senado
Federal.

171. (ESAF / TCU - 2000) Uma lei de um Município, mesmo que


claramente contrária à Constituição Federal, não pode ser declarada
inválida pelo Supremo Tribunal Federal numa ação direta de
inconstitucionalidade.

172. (ESAF / AFRF - 2001) A decisão de mérito do Supremo Tribunal


Federal julgando improcedente uma ação direta de
inconstitucionalidade equivale a declarar constitucional o ato
impugnado.

173. (ESAF / AFRF - 2001) Como regra geral, declarada a nulidade de


uma lei numa ação direta de inconstitucionalidade, o diploma deixa de
produzir efeitos a partir da data do julgamento da ação.

174. (ESAF / AFRF - 2001) No exame de constitucionalidade de uma


lei, não é dado ao Supremo Tribunal Federal formular juízo sobre a
razoabilidade do diploma.

175. (ESAF / AFRF - 2001) A declaração de inconstitucionalidade de


uma lei federal pelo STF, em sede de ação direta de
inconstitucionalidade, somente produz efeitos para todos depois de
suspensa a execução do diploma legal pelo Senado Federal.

176. (ESAF / Promotor-CE - 2001) Suponha que um dispositivo de uma


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Constituição Estadual reproduza, literalmente, um outro dispositivo da


Constituição Federal. Uma certa lei parece afrontar esse mesmo
dispositivo, comum às duas constituições. Se a lei suspeita for
municipal, somente poderá ser objeto de ação direta de
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

177. (ESAF / Promotor-CE - 2001) Suponha que um dispositivo de uma


Constituição Estadual reproduza, literalmente, um outro dispositivo da
Constituição Federal. Uma certa lei parece afrontar esse mesmo
dispositivo, comum às duas constituições. Se a lei suspeita for
estadual, e se tiver sido objeto tanto de ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal como de
representação por inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça, haverá
a conexão e o Supremo Tribunal Federal deverá julgar ambas as ações.
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178. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Qualquer juiz de direito de um Estado-
Membro pode declarar a inconstitucionalidade de lei federal no curso
de um processo ordinário, se isso for necessário para resolver a
pendência sob a sua apreciação.

179. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Somente o Supremo Tribunal Federal


pode realizar o controle direto da validade de uma lei estadual em face
da Constituição Federal.

180. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Normalmente, a declaração de


inconstitucionalidade de uma lei numa ação direta de
inconstitucionalidade somente produz efeitos para o autor da ação. Os
efeitos do julgamento somente serão estendidos para todas as pessoas
se o Congresso Nacional suspender a execução da lei.

181. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) O Governador do Estado pode propor


ação direta de inconstitucionalidade contra lei municipal perante o
Supremo Tribunal Federal.

182. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Somente atos do Poder Legislativo


estão sujeitos ao controle abstrato de constitucionalidade.

183. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Todo ato baseado em lei


afirmada inconstitucional pelo STF em controle abstrato se torna,
como consequência automática dessa decisão, também nulo e
insuscetível de produzir efeitos.

184. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) A concessão de medida


cautelar em ação direta de inconstitucionalidade não pode tornar
aplicável a legislação anterior, que a lei, objeto da ação direta de
inconstitucionalidade, revogara expressamente, porquanto não se
admite a repristinação entre nós.

185. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O autor da ação direta de


inconstitucionalidade perante o STF não pode desistir da ação
proposta, mas pode desistir de pedido de medida cautelar, por
09890389479

entender que a suspensão da lei não mais interessa ao bem público.

186. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Uma Emenda à Constituição,


já promulgada, não pode ser objeto de controle abstrato de
constitucionalidade.

187. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O Supremo Tribunal Federal


pode apreciar, em ação direta de inconstitucionalidade, a
constitucionalidade de qualquer lei federal.

188. (ESAF / Analista BACEN - 2001) Uma vez que a lei somente se
torna inconstitucional com a declaração judicial do vício, devem ser
respeitados os efeitos produzidos pela lei antes de afirmada a sua
invalidez judicialmente.

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189. (ESAF / Analista BACEN - 2001) A declaração de
inconstitucionalidade de uma lei, numa ação direta de
inconstitucionalidade, produz efeitos para todas as pessoas a partir da
suspensão da vigência da lei pelo Senado Federal.

190. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) O Governador de Estado e o Prefeito de


Município são pessoas legitimadas para propor ação direta de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra lei federal
que afete gravemente os interesses do Estado e do Município.

191. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) Qualquer pessoa do povo pode propor


ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal, arguindo a inconstitucionalidade de lei que fira direito
individual seu.

192. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) Somente o Supremo Tribunal Federal


tem competência para declarar a inconstitucionalidade de uma lei num
caso concreto.

193. (ESAF / MPOG - 2002) O Supremo Tribunal Federal, julgando uma


ação direta de inconstitucionalidade, pode declarar inconstitucionais
apenas algumas expressões do caput de um artigo de lei.

194. (ESAF / MPOG - 2002) Proposta de Emenda Constitucional pode


ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal, se desrespeitar algum limite material ao poder de
reforma da Constituição.

195. (ESAF/2002/MPOG) Medidas provisórias não podem ser objeto


de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal.

196. (ESAF / MPOG - 2002) Declarada a inconstitucionalidade de lei


pelo STF, em sede de controle abstrato, o Senado deverá suspender a
execução da mesma lei, para que a decisão da Suprema Corte produza
efeitos erga omnes. 09890389479

197. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) Não somente leis estaduais, mas


também certos atos do Executivo e do Judiciário estaduais podem ser
objeto de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal.

198. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) Todo partido político tem legitimidade


constitucional para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade
perante o STF.

199. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) O STF não pode declarar a


inconstitucionalidade de lei municipal em sede de controle de
constitucionalidade em concreto.

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200. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) Lei estadual declarada inconstitucional
pelo STF em ação direta de inconstitucionalidade somente perde
eficácia depois de revogada por ato da Assembleia Legislativa
estadual.

201. (ESAF / AFRF - 2002) Assinale a opção em que não consta ente
ou autoridade legitimado para propor ação direta de
inconstitucionalidade.

a) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

b) Presidente da República

c) Qualquer partido político com representação no Congresso Nacional

d) Qualquer sindicato de classe

e) Procurador-Geral da República

202. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que certa câmara legislativa


municipal edite uma lei - flagrantemente inconstitucional - que
restringe a atividade de fiscalização dos Auditores Fiscais da Receita
Federal com relação aos habitantes do mesmo município. O
Procurador-Geral da República pode ajuizar uma ação direta de
inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, contra tal
lei.

203. (ESAF / AFRF - 2002) Como regra, a declaração de


inconstitucionalidade de uma lei pelo Supremo Tribunal Federal, em
ação direta de inconstitucionalidade, somente produz efeitos a partir
da data do julgamento da ação, sendo por isso válidos todos os atos
praticados com base na lei até o julgamento da ação direta de
inconstitucionalidade.

204. (ESAF / AFRF- 2002) As leis da União, dos Estados-membros, do


Distrito Federal e dos Municípios podem ser objeto de controle de
constitucionalidade pelo STF, por meio de ação direta de
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inconstitucionalidade.

205. (ESAF / AFRF - 2002) O Supremo Tribunal Federal não pode


declarar a inconstitucionalidade de emenda à Constituição já
promulgada.

206. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada


venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
de inconstitucionalidade. A declaração de inconstitucionalidade, em
princípio, não tem como interferir sobre as relações jurídicas formadas
antes do julgamento do STF.

207. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada


venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
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de inconstitucionalidade. A declaração de inconstitucionalidade
somente terá eficácia depois que a lei tida como inválida for suspensa
pelo Senado Federal.

208. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada


venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
de inconstitucionalidade. É possível afirmar que, necessariamente, a
lei em questão não é municipal.

209. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada


venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
de inconstitucionalidade. Se o autor da ação direta de
inconstitucionalidade for uma autoridade federal, é possível afirmar
que, necessariamante, a lei será federal.

210. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) Os juízes de primeira


instância não podem declarar a inconstitucionalidade de lei.

211. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) O Supremo Tribunal


Federal é o único tribunal que pode julgar ação direta de
inconstitucionalidade que ataca lei federal ou estadual por afrontar a
Constituição Federal.

212. (ESAF / TCU - 2002) Apenas perante o Supremo Tribunal Federal


é possível realizar o controle abstrato de leis federais e estaduais
perante a Constituição Federal.

213. (ESAF / TCU - 2002) Todos os partidos políticos podem ajuizar


ação direta de inconstitucionalidade perante o STF.

214. (ESAF / AFRF - 2002) A declaração de inconstitucionalidade de


uma lei pelo Supremo Tribunal Federal, em uma ação direta de
inconstitucionalidade, somente produzirá eficácia contra todos depois
de suspensa a execução da lei pelo Senado Federal.

215. (ESAF / AFRF - 2002) O Advogado-Geral da União tem09890389479

legitimidade para, em nome do Presidente da República, propor ação


direta de inconstitucionalidade contra lei ou ato normativo federal,
estadual ou municipal.

216. (ESAF / AFRF - 2002) Assinale o ato normativo abaixo que não é
objeto próprio de ação direta de inconstitucionalidade proposta
perante o Supremo Tribunal Federal:

a) Medida Provisória

b) Emenda à Constituição

c) Decreto regulamentador de lei

d) Dispositivo de Constituição Estadual


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e) Emenda ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
Federal

217. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que uma lei que concede aumento
a servidores públicos, depois de três meses de vigência, venha a ser
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de inconstitucionalidade. Porque a declaração de
inconstitucionalidade é retro-operante, em princípio, poderá ser
demandada dos servidores a devolução do que receberam em virtude
da lei inconstitucional.

218. (ESAF / PGFN - 2006) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha declarado a inconstitucionalidade de uma lei federal, ao julgar
um mandado de segurança. Se um juiz de primeira instância julgar
uma causa afirmando válida a lei, caberá reclamação ao Supremo
Tribunal Federal para preservar a autoridade da sua decisão.

219. (ESAF / IRB - 2006) Nos termos da legislação que disciplina a


matéria, não há, na ação direta de inconstitucionalidade, possibilidade
de intervenção de terceiros ou de manifestação de outros órgãos ou
entidades distintos daquele que propôs a ação.

220. (ESAF / ANEEL - 2006) Uma emenda à Constituição não pode ser
declarada norma inconstitucional.

221. (ESAF / PGDF - 2007) Por meio da ação direta de


inconstitucionalidade não é possível declarar a invalidade de uma lei
anterior à atual Constituição, sob o fundamento de que tal lei violara a
Constituição em vigor ao tempo da sua edição, mas é possível a
declaração da inconstitucionalidade dessa mesma lei, por ser
materialmente incompatível com a nova Constituição.

222. (ESAF / PGDF - 2007) O Supremo Tribunal Federal não tem


competência para afirmar a inconstitucionalidade de emenda à
Constituição votada segundo o procedimento estabelecido pelo poder
constituinte originário. 09890389479

223. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital, sancionada
pelo Governador, que limita o horário de funcionamento do comércio
varejista em Brasília, seja objeto de dúvidas quanto à sua
constitucionalidade. O Governador do Estado de Goiás poderá ajuizar
ação direta de inconstitucionalidade contra essa lei perante o STF,
desde que comprove, com a inicial, que a lei afeta de modo negativo os
interesses de Goiás na região do entorno de Brasília.

224. (ESAF / MPOG - 2009) No Brasil, o controle de


constitucionalidade realiza-se mediante a submissão das leis federais
ao controle político do Congresso Nacional e as leis estaduais,
municipais, ou distritais ao controle jurisdicional.

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225. (ESAF / MPOG - 2009) No Brasil, a jurisdição constitucional
concentrada é reconhecida a todos os componentes do Poder
Judiciário e pode se dar mediante iniciativa popular.

226. (ESAF / PGFN - 2012) Quando o Supremo Tribunal Federal


apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de lei ou ato normativo,
citará, previamente, Advogado da União ou Procurador da Fazenda
Nacional, conforme a natureza da matéria, que se manifestará sobre o
ato ou texto impugnado.

227. (ESAF / AFRF - 2002) A decisão do Supremo Tribunal Federal,


tomada em ação direta de inconstitucionalidade, no sentido da
inconstitucionalidade de uma lei federal, somente produz efeitos
jurídicos depois de o Senado suspender a vigência da lei.

228. (ESAF / AFRF - 2002) Deve ser tida como inconstitucional uma
proposta de emenda à Constituição que proíba o voto do analfabeto.

229. (ESAF / AFC-STN - 2002) Suponha que uma lei recém-editada


venha a ser declarada inconstitucional pelo STF, em uma ação direta
de inconstitucionalidade. Nada impede que, numa ação declaratória de
constitucionalidade, posteriormente ajuizada, o STF reveja a sua
posição e afirme a validade e plena eficácia da lei que antes dissera ser
inconstitucional.

230. (ESAF / TCU - 2002) O Governador de um Estado pode ajuizar


ação direta de inconstitucionalidade perante o STF atacando qualquer
lei quer do seu Estado, de outros Estados ou da União.

231. (ESAF / TCU - 2002) Se um partido político desiste de uma ação


direta de inconstitucionalidade que tenha ajuizado perante o Supremo
Tribunal Federal, este Tribunal fica impedido de julgar o mérito da
ação.

232. (ESAF / AFRF - 2002) O STF pode declarar a inconstitucionalidade


de certos entendimentos de um ato normativo, objeto de uma ação
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direta de inconstitucionalidade, sem, contudo, declarar inválido o


próprio ato normativo.

233. (ESAF / AFTM-Fortaleza - 2003) A declaração de


inconstitucionalidade de uma lei, em princípio, não tem como afetar os
atos praticados com base nela antes da decisão de invalidez da norma.

234. (ESAF / AFTM-Fortaleza - 2003) Normas de regimentos internos


da Assembleia Legislativa não podem ser declaradas inconstitucionais
pelo Judiciário.

235. (ESAF / MPOG - 2003) De uma lei declarada inconstitucional pelo


STF em ação direta de inconstitucionalidade é possível afirmar que não

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poderá ser declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em
outro processo posterior.

236. (ESAF / AFT - 2003) É admissível a propositura, perante o STF, de


uma Ação Direita de Inconstitucionalidade contra uma lei distrital que
disciplinou a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano em
desconformidade com o texto da Constituição Federal.

237. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) Se o ato normativo objeto


de uma ação direta de inconstitucionalidade for revogado, a ação só
prossegue perante o Supremo Tribunal Federal se o ato tiver produzido
efeitos concretos.

238. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) O Advogado-Geral da União deve


participar, necessariamente, tanto da ação direta de
inconstitucionalidade como da ação direta de inconstitucionalidade por
omissão.

239. (ESAF / MRE - 2004) A inconstitucionalidade por omissão pode


decorrer da ausência de prática de atos legislativos ou administrativos.

240. (ESAF / AFT - 2003) Segundo a jurisprudência do STF, não cabe


concessão de medida cautelar em sede de Ação Direta de
Inconstitucionalidade por omissão

241. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende omissões ocorridas no texto legal.

242. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende omissão da iniciativa do poder competente.

243. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende omissão de formalidade substancial.

244. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende omissão de medida para tornar efetiva a norma.
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245. (ESAF / PGFN - 1998) A inconstitucionalidade por omissão


compreende falta de quórum.

246. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A ação direta de


inconstitucionalidade por omissão permite que o Supremo Tribunal
Federal expeça, provisoriamente, a norma que o legislador deixou de
editar.

247. (ESAF / AFT - 2006) Segundo a corrente majoritária no Supremo


Tribunal Federal, a procedência da ação direta de inconstitucionalidade
por omissão possibilita ao Tribunal, de plano, elaborar o ato normativo
faltante de maneira a suprir a omissão legislativa.

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248. (ESAF / MPOG - 2009) A supremacia da Constituição exige que
todas as situações jurídicas se conformem com os princípios e
preceitos da Constituição, mas ainda não existe instrumento jurídico
capaz de corrigir omissão inconstitucional.

249. (ESAF / AFRF - 2003) Diante da omissão do Legislativo em editar


leis que sejam necessárias para que o cidadão goze efetivamente dos
direitos fundamentais dispostos na Constituição Federal, o STF pode,
provocado por ação direta de inconstitucionalidade por omissão, criar,
ele próprio, as normas faltantes.

250. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) A inconstitucionalidade por


omissão pode decorrer da ausência de prática de atos legislativos ou
administrativos.

251. (ESAF / MRE - 2004) A ação declaratória de constitucionalidade


se insere no sistema de controle concreto da constitucionalidade,
porque para a sua propositura é necessária a existência de decisões
judiciais controversas sobre a constitucionalidade de uma lei.

252. (ESAF / IRB - 2004) O julgamento de mérito dando pela


improcedência da ação direta de inconstitucionalidade equivale a uma
declaração de constitucionalidade da lei, objeto da demanda.

253. (ESAF / CGU - 2008) Tem legitimidade para propor ação direta de
inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade,
exceto:

a)Governador de Estado e do Distrito Federal.

b)Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

c)Os Prefeitos.

d)Presidente da República.
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e)Partido político com representação no Congresso Nacional.

254. (ESAF / PM – Fortaleza - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal


Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de
constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. A ação não foi
proposta por governador do Estado.

255. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2002) Suponha que o


Supremo Tribunal Federal tenha julgado, no mérito, definitivamente
improcedente uma ação declaratória de constitucionalidade. A decisão
já transitou em julgado. A ação declaratória de constitucionalidade não
foi proposta pelo Presidente da República.

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256. (ESAF / PGFN - 2007) A concessão de liminar em sede de Ação
Declaratória de Constitucionalidade, como regra, implica na suspensão
do ato normativo impugnado até decisão final de mérito pelo Supremo
Tribunal Federal.

257. (ESAF / AFT – 2006) A decisão do Supremo Tribunal Federal que


concede liminar em ação declaratória de constitucionalidade não
produz efeito vinculante relativamente à administração pública
indireta.

258. (ESAF / CGU - 2006) Não é possível a concessão de medida


cautelar em sede de ação declaratória de constitucionalidade.

259. (ESAF / AFT - 2003) É posição majoritária, no STF, o


entendimento de que não é possível o deferimento de medida cautelar,
com efeito vinculante, em sede de Ação Declaratória de
Constitucionalidade.

260. (ESAF / CGU - 2006) É requisito de admissibilidade da ação


declaratória de constitucionalidade a demonstração de existência de
controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto
da ação declaratória.

261. (ESAF / AFT - 2003) A admissão de Ação Declaratória de


Constitucionalidade, para processamento e julgamento pelo STF,
pressupõe a comprovação liminar de existência de divergência
jurisdicional, caracterizada pelo volume expressivo de decisões
judiciais que tenham por fundamento teses conflitantes.

262. (ESAF / CGU- 2006) Nas ações declaratórias de


constitucionalidade, é obrigatória a atuação do Advogado-Geral
da União no processo como curador da presunção de
constitucionalidade da lei.

263. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) Nos termos da


Constituição Federal, poderão ser objeto de ação declaratória de
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constitucionalidade os atos normativos federais e estaduais.

264. (ESAF / PM-Fortaleza - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal


Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de
constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. A lei, objeto da
ação, não era municipal.

265. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2002) Suponha que o


Supremo Tribunal Federal tenha julgado, no mérito, definitivamente
improcedente uma ação declaratória de constitucionalidade. A decisão
já transitou em julgado. A lei é federal ou estadual, mas com certeza
não é municipal.

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266. (ESAF / IRB - 2004) Admite-se ação declaratória de
constitucionalidade proposta no Supremo Tribunal Federal pelo
Procurador- Geral da República, tendo por objeto lei estadual.

267. (ESAF / Auditor-Fiscal/Recife - 2003) O Presidente da República


é autoridade competente para propor ação declaratória de
constitucionalidade de lei municipal perante o Supremo Tribunal
Federal.

268. (ESAF / TRT 7ª Região - 2005) Leis estaduais e municipais podem


ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade proposta pelo
Presidente da República.

269. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal- 2003) Considere que


o STF tenha julgado procedente certa ação declaratória de
constitucionalidade. Sabendo disso, é possível afirmar que tratava-se
de uma lei ou ato normativo federal.

270. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2005) A medida


cautelar, concedida em sede de ação declaratória de
constitucionalidade, não pode ter efeito vinculante para os demais
órgãos do Poder Judiciário, em face do princípio da independência do
juiz.

271. (ESAF/ TRT 7ª Região - 2005) Governadores de Estado têm


legitimidade para propor ação declaratória de constitucionalidade
tendo por objeto lei federal.

272. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2003) Considere que


o STF tenha julgado procedente certa ação declaratória de
constitucionalidade. Sabendo disso, é possível afirmar que não há
impedimento jurídico a que a mesma lei, objeto da ação, venha a ser
tida como inconstitucional por outro tribunal.

273. (ESAF / PM-Fortaleza - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal


Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de
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constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. Nenhum outro
tribunal no país poderá declarar a inconstitucionalidade da mesma lei.

274. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2003) Considere que


o STF tenha julgado procedente certa ação declaratória de
constitucionalidade. Sabendo disso, é possível afirmar que essa lei não
pode mais ser revogada enquanto a Constituição estiver em vigor.

275. (ESAF / PM – Fortaleza- 2003) Suponha que o Supremo Tribunal


Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de
constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. Essa lei não
poderá ser revogada por lei posterior de mesma hierarquia.

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276. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2003) A Receita
Federal não pode, juridicamente, dar execução a uma lei que tenha
sido julgada inconstitucional pelo STF em sede de ação declaratória de
constitucionalidade, mesmo não tendo sido a União parte em tal feito.

277. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2002) Suponha que o


Supremo Tribunal Federal tenha julgado, no mérito, definitivamente
improcedente uma ação declaratória de constitucionalidade. A decisão
já transitou em julgado. A lei não mais poderá ser aplicada por
nenhum órgão do Poder Executivo Federal.

278. (ESAF / Auditor-Fiscal/Fortaleza - 2003) Quando uma ação


declaratória de constitucionalidade é julgada, no seu mérito,
improcedente pelo STF, é possível afirmar que a lei, objeto da ação, foi
considerada inconstitucional.

279. (ESAF / Auditor-Fiscal/Recife - 2003) Uma lei não pode ser


declarada inconstitucional numa ação declaratória de
constitucionalidade proposta perante o Supremo Tribunal Federal.

280. (ESAF / PM-Fortaleza - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal


Federal tenha julgado, no mérito, procedente uma ação declaratória de
constitucionalidade, que tinha por objeto uma certa lei. Não será
possível a propositura de ação rescisória contra tal julgado.

281. (ESAF / AGU - 1998) A ação direta de inconstitucionalidade e a


ação declaratória de constitucionalidade, no que se refere ao direito
federal, são instrumentos de caráter dúplice ou ambivalente.

282. (ESAF / PGFN - 1998) A ação declaratória de constitucionalidade


poderá ser proposta pelo Presidente da República e o Procurador-
Geral, conjuntamente.

283. (ESAF / PGFN - 1998) A ação declaratória de constitucionalidade


poderá ser proposta pelo Presidente da República ou pelo Procurador-
Geral da República. 09890389479

284. (ESAF / PGFN - 1998) A ação declaratória de constitucionalidade


poderá ser proposta pelo Conselho Federal da OAB.

285. (ESAF / PGFN - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, não cabe concessão de cautelar em ação declaratória
de constitucionalidade.

286. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) Segundo entendimento


dominante no Supremo Tribunal Federal, não cabe liminar em ação
declaratória de constitucionalidade.

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287. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A Constituição autoriza
expressamente a instituição de ação declaratória de
constitucionalidade no âmbito estadual.

288. (ESAF / TCU - 2000) Se o STF, apreciando o mérito de uma ação


declaratória de constitucionalidade, julga a demanda improcedente, a
lei deve ser considerada inconstitucional e esta decisão terá eficácia
contra todos e efeito vinculante para os demais órgãos do Poder
Judiciário e para o Poder Executivo.

289. (ESAF / TCU - 2000) O STF tem competência para apreciar a


constitucionalidade de leis editadas em qualquer Estado da Federação,
por via de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória
de constitucionalidade.

290. (ESAF / TCU - 2000) A decisão do Supremo Tribunal Federal


numa ação declaratória de constitucionalidade somente produz
eficácia contra todos e efeito vinculante, quando julgada procedente
no seu mérito.

291. (ESAF / AFC - 2001) Decidindo o Supremo Tribunal Federal pela


inconstitucionalidade, em tese, de uma lei federal, para que essa
decisão produza efeitos contra todos, a lei deverá ter os seus efeitos
suspensos pelo Senado Federal.

292. (ESAF / AFC - 2001) Declarada constitucional uma lei federal, em


ação declaratória de constitucionalidade, nenhum outro tribunal do
país pode, depois, declarar a mesma lei inconstitucional.

293. (ESAF / AFC - 2001) O Procurador-Geral da República está


legitimado a propor ação declaratória de constitucionalidade de lei
estadual, se a União demonstrar interesse na manutenção da lei.

294. (ESAF / SERPRO - 2001) Se o STF julga improcedente o mérito


de uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o
ato normativo, objeto da ação, é declarado inconstitucional, com
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eficácia erga omnes e com efeitos vinculantes para o Executivo e


Judiciário.

295. (ESAF / SERPRO - 2001) Se o STF julga improcedente o mérito de


uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o ato
normativo, objeto da ação, não é declarado constitucional, mas a sua
inconstitucionalidade somente poderá ser afirmada, pelo STF, em sede
de ação direta de inconstitucionalidade.

296. (ESAF / SERPRO - 2001) Se o STF julga improcedente o mérito de


uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o ato
normativo, objeto da ação, não será declarado nem constitucional nem
inconstitucional, nada impedindo que qualquer juiz ou tribunal venha a
afirmar a legitimidade constitucional do ato.

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297. (ESAF / SERPRO - 2001) - Se o STF julga improcedente o mérito
de uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o
ato normativo, objeto da ação, pode voltar a ser objeto de ação
declaratória de constitucionalidade, se novos argumentos surgirem em
favor da sua legitimidade.

298. (ESAF / SERPRO - 2001) Se o STF julga improcedente o mérito de


uma ação declaratória de constitucionalidade, disso resulta que o ato
normativo, objeto da ação, é considerado inconstitucional, mas a
decisão do STF somente produz efeitos depois de suspenso o ato pelo
Senado Federal.

299. (ESAF / SEFAZ-MT - 2001) Cabe ao Supremo Tribunal Federal


julgar e processar ação declaratória de constitucionalidade tendo por
objeto lei estadual, cuja validade esteja sendo objeto de contestação
no Estado.

300. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O Advogado-Geral da União


deve ser ouvido em todos os processos de controle abstrato de leis
perante o STF, para defender a validez do diploma sob exame.

301. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Porque as leis já gozam, por


si mesmas, da presunção de constitucionalidade, não se admite liminar
em ação declaratória de constitucionalidade.

302. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Como garantia do princípio do


contraditório no processo de fiscalização abstrata das leis realizado
pelo STF, é possível a intervenção no processo, na qualidade de
assistentes ou de litisconsortes, de entidades, regionais ou nacionais,
representativas de classe.

303. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O Procurador-Geral da


República tem legitimidade para propor ação declaratória de
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual,
atendendo a requerimento fundamentado e circunstanciado do
Presidente do Banco Central. 09890389479

304. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) A ação rescisória é


instrumento hábil para o STF desconstituir declaração de
inconstitucionalidade de lei, proferida em ação direta de
inconstitucionalidade, que já tenha transitado em julgado.

305. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) O efeito vinculante da decisão


que julga procedente ação declaratória de constitucionalidade não
atinge os órgãos do Poder Executivo que não hajam participado do
processo no Supremo Tribunal Federal.

306. (ESAF / Analista BACEN - 2001) Declarada a


inconstitucionalidade de uma lei, pelo STF, numa ação declaratória de
constitucionalidade, nenhum juiz pode, depois disso, julgando casos

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concretos, aplicar a lei, por considerar, na sua consciência, que a lei é
válida.

307. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) Declarada pelo Supremo Tribunal


Federal a inconstitucionalidade de uma lei numa ação declaratória de
constitucionalidade, o Poder Executivo Federal não mais pode aplicá-
la.

308. (ESAF / MPOG - 2002) Leis estaduais não podem ser objeto de
ação declaratória de constitucionalidade.

309. (ESAF / MPOG - 2002) Não cabe medida liminar em ação


declaratória de constitucionalidade.

310. (ESAF / SEFAZ-PA - 2002) Leis federais e estaduais podem ser


objeto de ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo
Tribunal Federal.

311. (ESAF / AFRF - 2002) O Procurador-Geral da República pode


ajuizar ação declaratória de constitucionalidade tendo por objeto lei
federal, mas não pode ajuizar a mesma ação se ela tiver por objeto
uma lei estadual.

312. (ESAF / AFRF - 2002) O Presidente da República não pode ajuizar


ação declaratória de constitucionalidade.

313. (ESAF / AFRF - 2002) O Procurador-Geral da República pode


ajuizar ação declaratória de constitucionalidade tendo por objeto lei
federal, mas não pode ajuizar a mesma ação se ela tiver por objeto
uma lei estadual.

314. (ESAF / AFRF - 2002) O Presidente da República não pode ajuizar


ação declaratória de constitucionalidade.

315. (ESAF / AFRF - 2002) Qualquer partido político pode ajuizar ação
declaratória de constitucionalidade de lei estadual ou federal.
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316. (ESAF / AFRF - 2002) Mesmo que declarada pelo Supremo


Tribunal Federal a validade de uma lei, numa ação declaratória de
constitucionalidade, um juiz de primeira instância é livre para declarar
a inconstitucionalidade da mesma lei, com base em argumentação não
apreciada pelo STF.

317. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha julgado, no mérito, definitivamente improcedente uma ação
declaratória de constitucionalidade. A decisão já transitou em julgado.
Com estas informações é seguro e certo afirmar que o resultado da
decisão não cria obstáculo a que a lei venha a ser apreciada por outros
órgãos do Judiciário, no exercício do controle incidental de

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constitucionalidade, e que a lei venha a ser declarada quer
constitucional quer inconstitucional pelo julgador.

318. (ESAF / IRB - 2006) Observadas as peculiaridades relativas às


suas proposituras, a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratória de constitucionalidade têm caráter fungível.

319. (ESAF / IRB - 2006) Não cabe nenhum recurso contra a decisão
que declara a constitucionalidade de uma norma em uma ação
declaratória de constitucionalidade; tampouco caberá ação rescisória.

320. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital, sancionada
pelo Governador, que limita o horário de funcionamento do comércio
varejista em Brasília, seja objeto de dúvidas quanto à sua
constitucionalidade. Se estiver convencido da constitucionalidade da
lei, o Governador do Distrito Federal poderá ajuizar ação declaratória
de constitucionalidade perante o STF, desde que comprove, com a
inicial, que há decisões judiciais divergentes sobre a
constitucionalidade da lei.

321. (ESAF / PGFN - 2012) A ação declaratória de constitucionalidade


pode ser proposta por confederação sindical ou entidade de classe de
âmbito nacional.

322. (ESAF / PGFN - 2012) Compete ao Supremo Tribunal Federal


processar e julgar, originalmente, a ação direta de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal.

323. (ESAF / AFRF - 2002) O Governador de Estado pode ajuizar ação


declaratória de constitucionalidade que tenha por objeto lei estadual,
mas não pode ajuizar a mesma ação se ela tiver por objeto uma lei
federal.

324. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) Mesmo que o Supremo


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Tribunal Federal tenha declarado a validade de uma lei em sede de


ação declaratória de constitucionalidade, o servidor do Executivo
pode-se recusar a aplicar a mesma lei, se estiver convencido da sua
inconstitucionalidade, por um motivo não considerado no julgamento
do STF.

325. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal Federal


tenha julgado, no mérito, definitivamente improcedente uma ação
declaratória de constitucionalidade. A decisão já transitou em julgado.
Com estas informações é seguro e certo afirmar que a ação
declaratória de constitucionalidade não foi proposta pelo Presidente da
República.

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326. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que o Supremo Tribunal Federal
tenha julgado, no mérito, definitivamente improcedente uma ação
declaratória de constitucionalidade. A decisão já transitou em julgado.
Com estas informações é seguro e certo afirmar que a lei não mais
poderá ser aplicada por nenhum órgão do Poder Executivo Federal.

327. (ESAF / AFTM-Fortaleza - 2003) Quando uma ação declaratória


de constitucionalidade é julgada, no seu mérito, improcedente pelo
STF, é possível afirmar que a lei, objeto da ação, foi considerada
inconstitucional.

328. (ESAF / AFTM-Fortaleza - 2003) Quando uma ação declaratória


de constitucionalidade é julgada, no seu mérito, improcedente pelo
STF, é possível afirmar que a lei, objeto da ação, pode ainda ser
aplicada pela Administração Pública e pelos demais órgãos do
Judiciário, enquanto não for ajuizada e julgada procedente uma ação
direta de inconstitucionalidade tendo como objeto a mesma lei.

329. (ESAF / AFRF - 2003) Considere que o STF tenha julgado


procedente certa ação declaratória de constitucionalidade. Sabendo
disso, é possível afirmar que essa ação pode ter sido proposta por um
Governador de Estado.

330. (ESAF / Oficial de Chancelaria - 2004) São legítimos, para propor


a ação declaratória de constitucionalidade, os mesmos órgãos e as
mesmas autoridades competentes que propõem a ação direta de
inconstitucionalidade.

331. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) A Arguição de


Descumprimento de Preceito Fundamental é cabível, mesmo quando
impetrado Mandado de Segurança com a finalidade de sanar a
lesividade.

332. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) A Arguição de


Descumprimento de Preceito Fundamental, segundo a legislação
pertinente, apresenta mais legitimados ao que se verifica na
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legitimidade para a propositura de Ação Direta de


Inconstitucionalidade.

333. (ESAF / MDIC – 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que tem caráter
subsidiário, porque a lei expressamente veda a possibilidade de
arguição de descumprimento de preceito fundamental quando houver
qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.

334. (ESAF / MDIC - 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que os legitimados ativos
não são os mesmos para a propositura da ação direta de
inconstitucionalidade.

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335. (ESAF / MPOG - 2005) Qualquer indivíduo que tenha sofrido
afronta a um direito fundamental pode ajuizar uma ação por
descumprimento de preceito fundamental, perante o STF, desde que
tenha exaurido os meios ordinários para restaurar o seu direito.

336. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) A decisão


prolatada em sede de arguição de descumprimento de preceito
fundamental pode ser objeto de ação rescisória.

337. (ESAF / Auditor-Fiscal da Receita Federal - 2009) Ao declarar a


inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de arguição
de descumprimento de preceito fundamental, por razões de segurança
jurídica ou de excepcional interesse social, o Supremo Tribunal
Federal, por quórum qualificado, poderá restringir os efeitos daquela
declaração.

338. (ESAF / MPOG - 2005) As decisões de mérito do Supremo


Tribunal Federal, tanto na ação direta de inconstitucionalidade como
na ação declaratória de constitucionalidade, possuem efeito vinculante
para os demais tribunais e para a Administração Pública,
independentemente de a decisão ser sumulada pela Corte.

339. (ESAF / IRB - 2004) Não é possível que o Supremo Tribunal


Federal, em ação originária, julgue inconstitucional uma lei editada
antes do advento da Constituição de 1988.

340. (ESAF / IRB - 2004) A arguição de descumprimento de preceito


fundamental é instrumento de controle de constitucionalidade de leis,
podendo ser ajuizada em todos os casos em que também é possível o
ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade.

341. (ESAF / CGU - 2006) A medida cautelar em sede de ação por


descumprimento de preceito fundamental só pode ser concedida por
decisão da maioria absoluta de seus membros, sendo expressamente
vedado ao relator o processo a concessão monocrática de medida
liminar. 09890389479

342. (ESAF / CGU - 2006) Somente caberá arguição de


descumprimento de preceito fundamental em decorrência de
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal.

343. (ESAF / MPOG - 2002) Pelo voto da maioria absoluta dos


membros do STF, pode ser declarada, em sede de controle abstrato, a
inconstitucionalidade de lei orgânica de município.

344. (ESAF / CGU - 2006) A ação de arguição de descumprimento de


preceito fundamental não será admitida quando houver qualquer outro
meio eficaz de sanar a lesividade.

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345. (ESAF/ PGDF - 2007) O direito brasileiro não conhece
instrumento apto para que o Judiciário pronuncie a
inconstitucionalidade de lei anterior à Constituição em vigor, por ser
tal lei infringente da Constituição que estava em vigor quando editada.

346. (ESAF / PGFN - 2007) Segundo jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, não é admissível a figura do amicus curiae em sede
de Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental.

347. (ESAF / MDIC - 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que é norma constitucional
que independe de regulamentação, por isso diz-se que não possui
eficácia limitada.

348. (ESAF / MDIC - 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que da decisão que julgar
procedente ou improcedente o pedido cabe recurso, inclusive ação
rescisória.

349. (ESAF /MDIC - 2012) A respeito da arguição de descumprimento


de preceito fundamental, é correto afirmar que não ocorre de forma
preventiva perante o Supremo Tribunal Federal, mas repressiva para
reparar lesões a direitos quando causadas pela conduta comissiva ou
omissiva de qualquer dos poderes públicos.

350. (ESAF / IRB - 2004) O Supremo Tribunal Federal não tem


competência para apreciar casos de inconstitucionalidade de leis
municipais.

351. (ESAF / IRB - 2004) Não é possível que o Supremo Tribunal


Federal, em ação originária, julgue inconstitucional uma lei editada
antes do advento da Constituição de 1988.

352. (ESAF / IRB - 2004) A arguição de descumprimento de preceito


fundamental é instrumento de controle de constitucionalidade de leis,
podendo ser ajuizada em todos os casos em que também é possível o
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ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade.

353. (ESAF / TCE-PR - 2003) O controle abstrato de


constitucionalidade exercido pelo Tribunal de Justiça do Estado tem
por finalidade contrastar leis estaduais ou municipais com a
Constituição Estadual e com a Constituição Federal.

354. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital seja objeto
de ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça
do Distrito Federal. O Tribunal de Justiça deve declarar a
inconstitucionalidade da lei, se apurar que o diploma fere dispositivo
da Lei Orgânica do Distrito Federal ou, mesmo que não contrarie essa
Lei Orgânica, se verificar que está em desacordo com a Constituição

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Federal. Neste último caso, porém, da decisão caberá recurso
extraordinário para o Supremo Tribunal Federal.

355. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital seja objeto
de ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça
do Distrito Federal. A decisão do Tribunal de Justiça pela
inconstitucionalidade da lei não obsta a que o Supremo Tribunal
Federal, em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada depois do
julgamento do Tribunal de Justiça, entenda que a lei é válida.

356. (ESAF / PGDF - 2007) Suponha que uma lei distrital seja objeto
de ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça
do Distrito Federal. Mesmo que a lei já tenha sido, anteriormente,
declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em controle
abstrato, não é impossível que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal
venha a declarar essa mesma lei inválida em ação de controle abstrato
a ele submetida.

357. (ESAF / PGDF - 2007) A lei declarada pelo Tribunal de Justiça


como válida, em sede de controle abstrato, não poderá, mais tarde, ser
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em sede de
controle incidental.

358. (ESAF / PGDF - 2007) Se depois de ajuizada a ação direta de


inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça, e antes do seu
julgamento, for também proposta ação direta de inconstitucionalidade
perante o Supremo Tribunal Federal contra a mesma lei, os processos
deverão ser reunidos para o julgamento conjunto perante o Supremo
Tribunal Federal.

359. (ESAF / TCE-PR - 2003) Em nenhum caso o Supremo Tribunal


Federal tem competência para declarar a inconstitucionalidade de lei
municipal.

360. (ESAF / PGFN - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, não cabe recurso extraordinário contra decisão
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proferida em processo de controle abstrato de normas no plano


estadual.

361. (ESAF / PGFN - 1998) A Constituição Federal veda,


expressamente, a instituição, pelo Estado-membro, da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão e da ação declaratória de
constitucionalidade.

362. (ESAF / SEFAZ-CE - 1998) Os Estados-membros estão impedidos


expressa ou implicitamente de instituir a ação direta de
inconstitucionalidade por omissão e a ação declaratória de
constitucionalidade.

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363. (ESAF / ACE - 1998) Os Estados-membros podem atribuir
competência para julgar as ações diretas a uma Corte Constitucional.

364. (ESAF / ACE - 1998) Os Estados-membros podem adotar controle


abstrato de normas do direito estadual ou municipal em face da
Constituição estadual ou da Constituição Federal.

365. (ESAF / ACE - 1998) Segundo a jurisprudência do Supremo


Tribunal Federal, não cabe recurso extraordinário contra decisão do
Tribunal de Justiça proferida em controle abstrato de normas.

366. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A Constituição autoriza


expressamente que o constituinte estadual institua, no seu âmbito, a
ação direta por omissão.

367. (ESAF / TCU - 1999) Contra decisão proferida pelo Tribunal de


Justiça, em processo de controle abstrato de normas do direito
estadual, não cabe recurso extraordinário.

368. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) É cabível a propositura


de recurso extraordinário contra decisão de Tribunal de Justiça
estadual proferida em ação direta de inconstitucionalidade, desde que
a norma estadual eleita como parâmetro de controle seja de
reprodução obrigatória por parte do constituinte estadual.

369. (ESAF / TCU - 2000) Um tribunal de justiça estadual não pode


declarar a inconstitucionalidade de uma lei federal.

370. (ESAF / AFRF - 2001) Os Tribunais de Justiça dos Estados têm


legitimidade para declarar, por meio do controle abstrato, a nulidade
de leis e atos normativos estaduais e municipais, por afronta à
Constituição Federal.

371. (ESAF / AFC - 2001) Nos Estados-membros, compete aos


Tribunais de Justiça o controle abstrato das normas estaduais e
municipais em face da Constituição Federal. 09890389479

372. (ESAF / Promotor-CE - 2001) Suponha que um dispositivo de uma


Constituição Estadual reproduza, literalmente, um outro dispositivo da
Constituição Federal. Uma certa lei parece afrontar esse mesmo
dispositivo, comum às duas constituições. Se a lei suspeita for
estadual, não poderá ser objeto de controle abstrato de
constitucionalidade perante o Tribunal de Justiça, mas apenas perante
o Supremo Tribunal Federal.

373. (ESAF / Procurador BACEN - 2001) Os tribunais de justiça


estaduais não dispõem de competência para realizar o controle
abstrato de constitucionalidade de leis municipais em face da
Constituição Federal.

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374. (ESAF / SEFAZ-PI - 2001) O Tribunal de Justiça do Estado
também dispõe de competência constitucional para declarar, em ação
direta de inconstitucionalidade, a inconstitucionalidade de lei federal,
estadual ou municipal.

375. (ESAF / AFRF - 2002) Suponha que certa câmara legislativa


municipal edite uma lei - flagrantemente inconstitucional - que
restringe a atividade de fiscalização dos Auditores Fiscais da Receita
Federal com relação aos habitantes do mesmo município. A lei deverá
ser objeto de controle abstrato, perante o Tribunal de Justiça do
Estado em que está situado o Município, único órgão jurisdicional
legitimado para proclamar que tal lei municipal é contrária à
Constituição Federal.

376. (ESAF / AFRF - 2002) O Tribunal de Justiça não tem competência


para apreciar ação direta de inconstitucionalidade de lei estadual em
face da Constituição Federal.

377. (ESAF / Assistente de Chancelaria - 2002) O Tribunal de Justiça


estadual não pode declarar a inconstitucionalidade de lei federal.

378. (ESAF / PGFN - 2007) Em respeito ao pacto federativo, a


Constituição prevê a possibilidade de adoção pelos Estados-Membros e
pelo Distrito Federal da Ação Declaratória de Constitucionalidade, da
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão e da Ação por
Descumprimento de Preceito Fundamental, desde que respeitados os
princípios gerais nela traçados para cada uma dessas ações.

379. (ESAF / AFRF - 2008) Suponha que certa câmara legislativa


municipal edite uma lei - flagrantemente inconstitucional - que
restringe a atividade de fiscalização dos Auditores Fiscais da Receita
Federal com relação aos habitantes do mesmo município. Em face do
princípio da autonomia dos Municípios, nem o Tribunal de Justiça do
Estado nem o Supremo Tribunal Federal podem declarar a
inconstitucionalidade dessa lei municipal.
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380. (ESAF / AFRF - 2002) Os Estados-membros podem efetuar o


controle abstrato de leis estaduais e municipais em face da
Constituição Federal, por meio de representação de
inconstitucionalidade.

381. (ESAF / AFT - 2003) Segundo a jurisprudência do STF, admite-se


Recurso Extraordinário de decisão de Tribunal de Justiça Estadual que,
em sede de representação de inconstitucionalidade estadual, declarou
constitucional uma lei municipal confrontada com dispositivo da
Constituição Estadual cujo conteúdo é reprodução obrigatória de
conteúdo de dispositivo da Constituição Federal.

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382. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A Constituição estadual
pode atribuir ao Chefe da Advocacia do Estado a competência para
propor a representação interventiva contra os municípios.

383. (ESAF / Assistente Jurídico-AGU - 1999) A representação


interventiva com objetivo de assegurar a execução de leis federais há
de ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal.

384. (ESAF / CGU - 2006) Após alteração do texto constitucional que


promoveu a reforma do Poder Judiciário, são legitimados para a
propositura da ação direta de inconstitucionalidade interventiva os
mesmos legitimados para a propositura da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão.

385. (PGFN – 2015) Sobre o sistema brasileiro de controle de


constitucionalidade, assinale a opção incorreta.

a) A Constituição de 1934, mantendo o sistema de controle difuso, introduziu a


ação direta de inconstitucionalidade interventiva, a cláusula de reserva de
plenário e a atribuição ao Senado Federal de competência para suspender a
execução, no todo ou em parte, de lei ou ato declarado inconstitucional por
decisão definitiva.

b) A ruptura do chamado “monopólio da ação direta”, outorgado ao


Procurador-Geral da República para o exercício de controle de
constitucionalidade de leis no Brasil, ocorreu com a Constituição de 1946.

c) A partir da Constituição de 1891 consagrou-se, no direito brasileiro, a


técnica do controle difuso de constitucionalidade, repressivo, posterior, pela via
da exceção ou defesa, pela qual a declaração de inconstitucionalidade se
implementa de modo incidental como prejudicial ao mérito.

d) A Constituição de 1824 não contemplava qualquer modalidade de controle


de constitucionalidade das leis. Era outorgada ao Poder Legislativo, sob
influência francesa, a atribuição de fazer leis, interpretá-las, suspendê-las e
revogá-las, bem como velar pela guarda da Constituição.
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e) A Constituição de 1937 vedou expressamente ao Poder Judiciário conhecer


das questões exclusivamente políticas.

386. (ESAF / PGFN - 2007) A Constituição de 1988 trouxe inúmeras


inovações ao controle de constitucionalidade, entre elas a ampliação
do rol de legitimados para a propositura da Ação Direta de
Inconstitucionalidade.

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Gabarito

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3. CERTA

4. LETRA B

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