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Aula 05

Português p/ Secretaria de Saúde-DF (com videoaulas)


Professor: Fabiano Sales
Português para SES/DF
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales Aula 05

AULA 05

Olá, pessoal!

Esta é a aula 05 de nosso curso. A cada encontro estamos aprimorando


nosso conhecimento e, consequentemente, nossa preparação.

No encontro de hoje, apresentarei os seguintes temas: sintaxe de regência


e emprego do acento grave indicativo de crase.

Para orientá-los na localização dos assuntos, apresento o sumário abaixo a


vocês:

SUMÁRIO

01. Sintaxe de regência .........................................................................02


02. Regência – Considerações Gerais .................................................02
03. Regência Nominal ..........................................................................02
04. Regência Verbal ..............................................................................09
05. Verbos com Regências Diferentes ................................................20
06. Emprego do Acento Grave – Regras Básicas e Especiais ..........31
07. Lista das Questões Apresentadas na Aula ..................................64

Reflexão 02763616100

"Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia
atômica: A VONTADE." (Albert Einstein)

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SINTAXE DE REGÊNCIA

A finalidade desta aula é orientá-los quanto à tendência das bancas


examinadoras no que se refere à sintaxe de regência e ao emprego do acento grave
indicativo de crase.
Começaremos nosso encontro com o tema sintaxe de regência. Essa
expressão significa, simplesmente, “uso ou não de preposição”, isto é, “estudo
dos elementos regentes e dos elementos regidos”.
Tradicionalmente, as questões das bancas não se concentram em apenas
um determinado aspecto gramatical. Entretanto, no decorrer desta aula,
apresentarei aquelas cujo assunto predominante esteja relacionado ao nosso
estudo.

REGÊNCIA – CONSIDERAÇÕES GERAIS

Chamamos de regentes aos termos que pedem complemento e de regidos


aos que complementam o sentido dos primeiros.

Termo regente Termo regido

Estas explicações são úteis aos candidatos.

O candidato visou ao cargo.

Percebam que os termos regidos são elementos obrigatórios, pois


complementam os termos regentes. Dessa forma, a sintaxe de regência visa ao
estudo das relações de dependência entre os componentes da oração.
No decorrer desta aula, apresentarei a vocês casos em que substantivos,
adjetivos ou advérbios exigem determinadas preposições (a, de, com ...), ao que
chamamos de regência nominal; e, de outro lado, situações em que o verbo exige
o emprego de determinadas preposições, denominados regência verbal.
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REGÊNCIA NOMINAL

Fiquem tranquilos quanto a essa nomenclatura. Por regência nominal


compreendemos a relação, a qual é intermediada por uma preposição, entre um
termo transitivo (substantivo, adjetivo ou advérbio) e seu complemento.

Exemplos:
(1) Estas explicações são úteis aos candidatos. (úteis “a”)
regente regido

Em (1), o adjetivo “úteis” é o termo regente, o qual exige a preposição “a”.


Por sua vez, o termo “aos candidatos” é o termo regido, o qual é necessário para
complementar o sentido de “úteis”.

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(2) O menino tinha medo de fantasmas. (medo “de”)


regente regido

Em (2), o substantivo “medo” é o termo regente, o qual exige a preposição


“de”, ao passo que “de fantasmas” é o termo regido.

(3) Ele agiu contrariamente à sua vontade. (contrariamente “a”)


regente regido

Em (3), o advérbio “contrariamente” é o termo regente, exigindo o emprego


da preposição “a”, e “à sua vontade” é o termo regido.

Fiquem alerta também ao seguinte: em orações subordinadas adjetivas


(aquelas iniciadas por pronomes relativos), sempre que o nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio) exigir o emprego de uma preposição, esta deverá ser
anteposta ao relativo. O mecanismo é sempre esse.

Exemplo:

O caminho, a que você tem acesso, é mais curto.

Em “O caminho, a que você tem acesso, é mais curto.”, a oração em


destaque é subordinada adjetiva explicativa. Neste trecho, o substantivo “acesso”
rege o emprego da preposição “a”, a qual foi anteposta ao pronome relativo “que”.

Abaixo, apresento uma relação de nomes e suas respectivas regências, visto


que seu emprego é recorrente em concursos públicos, podendo figurar na prova
para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal:
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Substantivos e suas regências Substantivos e suas regências

acesso a habilidade de, em, para


admiração a, de, por, perante influência de, para
afeição a, por ímpeto com
alusão a invasão de
atenção a, para liberdade a, para, de
atentado a, contra manutenção de, em
aversão a, por, em medo de
busca por necessidade de
combate a obediência a, de, para com
controle sobre ódio a, contra

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Substantivos e suas regências Substantivos e suas regências

chegada a ojeriza a, contra, por


culto a opção de
desrespeito a preferência a, por
devoção a, com, para com, por produto de
dificuldade com, de, em reação a
dúvida acerca de, de, em, sobre respeito a, com, de, para com, por
formação de, em simpatia por
zelo por

Exemplos:

Eu tenho aversão ao escuro. (aversão “a”)


regente regido

O mau cidadão mostra desrespeito às leis. (desrespeito “a”)


regente regido

Adjetivos e suas regências Adjetivos e suas regências

acessível a habituado a, com


acostumado a, com imbuído de, em
agradável a, para, de impróprio a, de, para
alheio a inacessível a
ansioso de, para, por indeciso em
atento a, em insensível a, para, com, para com
ávido de, por junto a, de
benéfico a leal a
capaz de, para maior de
carente de natural de
compatível com, entre necessário a
consciente de nocivo a
contemporâneo a, de obediente a
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contíguo a, com, entre odioso a, para


contraditório a, de, com, entre passível de, a
contrário a posterior a
convicto de preferível a
cuidadoso com prejudicial a
desacostumado a, com prestes a, em, para
desatento a próprio a, de
desfavorável a próximo a, de
diferente de, entre, por querido de, por
essencial a, para relacionado a, com
estranho a residente em
escravo de satisfeito com, de, em, por

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Adjetivos e suas regências Adjetivos e suas regências

fácil a, para, em, de semelhante a, em


favorável a, para sensível a, para
fiel a simpático a, com
forçado a útil a, para
grato a
hábil em, para

Exemplos:

O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde. (prejudicial “a”)


regente regido

Estudar é essencial a/para sua aprovação. (essencial “a/para”)


regente regido

Estudou; portanto, estava consciente de seu bom desempenho. (consciente “de”)


regente regido

Adiante, veremos que o estudo da regência nominal está intimamente


relacionado ao emprego do acento grave indicativo de crase. Sendo assim,
devemos ter cuidado com os nomes que exigem o emprego da preposição “a”.

O mau cidadão mostra desrespeito às leis. (desrespeito “a”)


O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde. (prejudicial “a”)

Ele agiu contrariamente à sua vontade. (contrariamente “a”)

Nos exemplos acima, temos a fusão entre a preposição “a” e o artigo definido
“a”, ocasionando o fenômeno da crase. Veremos com detalhes no momento
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oportuno.

O estudo da regência nominal pode ser complementado por meio da leitura


do Dicionário Prático de Regência Nominal, de Celso Pedro Luft, editora Ática.

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1. (FUNRIO-2011) Qual dos vocábulos a seguir apresenta a mesma regência do


adjetivo “efetivas” (...as redes sociais são efetivas também na constituição de
parcerias entre empresas e profissionais autônomos.), considerando sua ocorrência
no contexto?

A) Era um homem determinado ___ lutar.


B) Suas palavras foram elogiosas ____ a colega.
C) Fiquei indeciso ___ escolher um dos caminhos.
D) Ele foi bastante receptivo ____ comentários.
E) Ela é sensível ____ críticas.

Comentário: No enunciado da questão, o adjetivo “efetivas” rege o emprego da


preposição “em”. Analisando o contexto, identificamos que esse elemento
gramatical se encontra-se amalgamado com o artigo definido “a” no trecho “são
efetivas (...) na constituição ...”. Essa mesma regência é encontrada na assertiva
(C), pois o adjetivo “indeciso” também exige o emprego da preposição “em”: “Fiquei
indeciso em escolher um dos caminhos”.
Nas demais opções, temos:

A) Era um homem determinado a lutar.


B) Suas palavras foram elogiosas para a colega.
D) Ele foi bastante receptivo aos comentários.
E) Ela é sensível a críticas.

Gabarito: C.

2. (FCC-2011/TRE-RN) O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a


atividade econômica para a pecuária. (1º parágrafo).
O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima ocorre no segmento
também grifado em:

(A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas − com belas praias, falésias,
dunas e o maior cajueiro do mundo...
(B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar especial para o turismo na
economia estadual.
(C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação do
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Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal.


(D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas naturais que desafiam a
imaginação do homem.
(E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda toda a beleza do sertão
potiguar ...

Comentário: No enunciado, o examinador da banca apresentou o trecho “favorável


ao cultivo da cana”, em que “ao cultivo da cana” é termo regido do adjetivo
“favorável” (favorável A algo), ou seja, é necessário para completar o sentido. Sendo
assim, deveremos encontrar a mesma relação de obrigatoriedade nas assertivas.
Encontramos essa relação na assertiva C. Em “a fundação do Forte dos Reis Magos
e da Vila de Natal”, o nome “fundação” exige complemento introduzido pela

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preposição “de (de + o = do  fundação DE algo/alguma coisa)”. Por esse motivo,
“do Forte ...” é um termo regido, isto é, necessário ao sentido de “fundação”.

Vamos analisar as opções:


Letra A. Resposta incorreta. Em “o Polo Costa das Dunas”, o nome “Polo Costa”
não exige complemento. Por essa razão, “das Dunas” apenas especifica a
expressão “Polo Costa”.
Letra B. Resposta incorreta. Em “quilômetros de praia”, o nome “quilômetros”
também não exige complemento. Sendo assim, a expressão “de praia” é um termo
especificador de ”quilômetros”.
Letra D. Resposta incorreta. Em “a imaginação do homem.”, o nome “imaginação”
também não apresenta uma relação obrigatória com a expressão “do homem”.
Portanto, temos um termo especificador.
Letra E. Resposta incorreta. Em “toda a beleza do sertão potiguar”, o substantivo
“beleza” também não exige complemento. Logo, “do sertão potiguar” é um termo
que apenas especifica “beleza”.

Gabarito: C.

3. (FUNRIO–2010) A troca da palavra destacada pela expressão entre


parênteses altera o sentido completo do trecho APENAS em:

(A) “Hoje acho que teria dificuldade em encontrar papel carbono...” (de)
(B) "com diversas vantagens sobre o sistema atual," (em relação ao)
(C) "Sei de gente que dedica todas as suas horas vagas à Internet, no sem-número
de grupos de que se pode participar." (do).
(D) "Assim mesmo, não sobra tempo para responder à enxurrada diária de e-mails e
mensagens variadas." (de)
(E) "Assim como, do ponto de vista do leitor," (sob o)

Comentário: Vamos analisar cada opção.


A) Segundo o Dicionário Prático de Regência Nominal (2008: 175), o nome
“dificuldade” rege as preposições “a”, “de”, “em” e “para” sem provocar alteração de
sentido.
B) É lícita a substituição de “sobre o” por “em relação ao”, sem que isso acarrete
alteração de sentido no contexto. 02763616100

C) Esta é a resposta da questão. Com a preposição “em” seguida do artigo


definido “o” formou-se “no”. Assim, o trecho “no sem-número de grupos de que se
pode participar” desempenha a função de adjunto adverbial de lugar. Ao substituir
“no” por “do”, o mencionado excerto passará a exercer a função de objeto indireto
oracional (equivalente a uma oração subordinada substantiva objetiva indireta).
Dessa forma, haverá alteração de sentido, o que caracteriza esta assertiva como o
gabarito da questão.
D) Consoante o Dicionário Prático de Regência Nominal (2008: 497), o nome
“tempo” rege o emprego das preposições “para” e “de”, sem que haja alteração de
sentido.
E) A substituição da forma “do” pela expressão “sob o” não modifica o sentido do
excerto.

Gabarito: C.

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4. (FUNRIO–2009) Assinale a opção em que a preposição destacada NÃO está


de acordo com a norma culta da língua portuguesa.

(A) Para mim, procurar a felicidade não é o essencial.


(B) Para alguns, ser feliz constitui-se em ter fartura somente.
(C) O homem moderno está compelido a buscar bens materiais.
(D) O texto alude sobre o aumento de felicidade, de modo geral.
(E) Há pessoas que se confrontam com a escolha entre o material e o espiritual.

Comentário: O verbo “aludir” é transitivo direto e indireto, regendo emprego da


preposição “a”: “O texto alude ao aumento de felicidade, de modo geral”. Portanto, a
letra (D) é o gabarito da questão.

Gabarito: D.

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REGÊNCIA VERBAL

Regência verbal é a relação que, em certa acepção, o verbo estabelece com


seu complemento. Dependendo da relação estabelecida (preposicionada ou não), o
verbo pode apresentar diferença de significado. Essa análise pode ser feita somente
na construção do enunciado, pois um mesmo verbo pode requerer diferentes
complementos de acordo com o significado que venha a apresentar na oração.
Não é possível esgotar, nesta aula, todas as regências existentes. Porém,
apresentarei, a seguir, uma relação de verbos com as respectivas significações e
regências mais recorrentes em provas. Vejamos:

ASPIRAR
respirar, inspirar, sorver almejar, desejar, pretender
(verbo transitivo direto) (verbo transitivo indireto)

Exemplos:

Nós aspiramos o perfume das flores.


VTD OD

O aluno aspirava ao cargo.


VTI OI

Observação: Segundo o Dicionário Prático da Regência Verbal, de Celso Pedro


Luft, editora Ática, pág. 76, no sentido de “desejar ardentemente, fazer votos por
(algo), procurando chamar para si (“aspirar”) o que deseja”, o verbo aspirar é
transitivo indireto, regendo a preposição a.

Exemplos: Aspiramos a tudo o que é bom (OI).


Todos aspiramos à felicidade (OI).

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Importante!

Segundo as lições de Rocha Lima (pág. 389), com o verbo “aspirar”, o objeto
indireto “a ele(s)”, “a ela(s)” não é conversível na forma pronominal lhe(s):

“... o objeto indireto vem introduzido pela preposição “a”, não admitindo a
substituição pela forma pronominal “lhe” (ou “lhes), mas somente a eles, a elas”. Em
outras palavras, não se diz aspiro-lhe, e sim aspiro a ele(s), a ela(s).

Essa é a mesma prescrição contida na obra Nova Gramática do Português


Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, editora Lexikon, 2008, pág. 533.

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ASSISTIR
prestar assistência, ajudar, acompanhar morar
(transitivo direto ou transitivo indireto) (verbo intransitivo)

estar presente, presenciar, caber


(verbo transitivo indireto)

Exemplos:

O médico assiste o paciente.


VTD OD

O médico assiste ao paciente.


VTI OI

Aquela moça linda assiste em Ipanema.


VI adjunto adverbial

Os torcedores assistiram ao jogo de futebol.


VTI OI

Esse direito não assiste a você.


VTI OI

Observação: “Na linguagem coloquial (falada) brasileira, o verbo “assistir” constrói-


-se, em tal acepção [‘estar presente, presenciar’], de preferência com objeto direto
(assistir o jogo, um filme), e escritores modernos têm dado acolhida à regência
gramaticalmente condenada”. (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do
Português Contemporâneo, pág. 534)

Exemplo: Trata-se de um filme que eu assistia. (Clarice Lispector)


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VISAR
mirar, pôr o visto almejar, pretender
(verbo transitivo direto) (verbo transitivo indireto)

Exemplos:

O gerente visa o cheque.


VTD OD

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O atirador de elite visa o alvo.
VTD OD

O aluno visa ao cargo.


VTI OI

Importante!

No sentido de “almejar”, “pretender”, o verbo “visar” assume regência


transitiva indireta, sendo o objeto indireto introduzido pela preposição a.
Entretanto, devido à semântica de ‘buscar, procurar, pretender’, passou a
aceitar também a transitividade direta, dispensando a preposição.
Segundo as lições de Celso Pedro Luft, “isto se deu, de início, principalmente
com o infinitivo”.

Exemplos:

Todas essas considerações visam apenas glosar os debates. (Joaquim Ribeiro)


O ataque visava cortar a retaguarda da linha de frente. (Euclides da Cunha)
Aquilo não visava outro interesse. (Aluísio Azevedo)
Geralmente nós não visamos o mal, visamos o remédio. (Mário de Andrade)

Dito de outra forma, a preposição “a” é facultativa.

Para efeito de prova da banca IADES, é importante ter o conhecimento


tradicional (transitivo indireto, regendo emprego da preposição a. Por outro lado,
também é fundamental conhecer esse outro posicionamento, pois a banca pode
inovar.

AGRADAR

contentar, afagar 02763616100


satisfazer, ser agradável
(verbo transitivo direto) (verbo transitivo indireto ou intransitivo)

Exemplos:

Preciso meter a cara no estudo, para agradar minha mãe.


VTD OD

A criança chorava; a mãe se pôs a agradá-la.


VTD OD

O discurso dos políticos não agrada à população.


VTI OI

A solução agradou. (=A solução foi agradável.)


VI

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IMPLICAR

acarretar, ter como consequência envolver-se, ter implicância com


(verbo transitivo direto) (verbo transitivo indireto)

Exemplos:

O estudo dedicado implicará sua aprovação.


VTD OD

Sem recursos, ele implicou-se em assaltos.


VTI OI

A babá implica com aquela criança.


VTI OI

Importante!

O verbo “implicar”, no sentido de “causar”, “acarretar”, é transitivo direto, o


que é pacificamente aceito pelos eminentes estudiosos.

Na obra Gramática Normativa da Língua Portuguesa, editora José Olympio,


33ª edição, 1996, p. 433, Rocha Lima considera que o verbo implicar, no sentido de:

“3) Trazer como consequência, acarretar. É transitivo direto.

Exemplo: “(...) sem que a investida do novo chefe implicasse a menor quebra no
movimento político e social.” (Latino Coelho) “

Evanildo Bechara, em Moderna Gramática da Língua Portuguesa, editora


Lucerna, 37ª edição, 1999, p. 576, ensina que:
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“(...). No significado de “resultar”, o verbo implicar é transitivo direto: Isto implica


erro.”

Adriano da Gama Kury e Ubaldo Luiz de Oliveira, em Gramática Objetiva,


editora Atlas, 1985, p. 131-132, ensinam que, o verbo implicar, no sentido de:

“c) trazer como consequência, acarretar. É transitivo direto.

Exemplo: “... um ver que implica desdouro para meu amigo ...” (Camilo) “

Modernamente, entretanto, já é admitida a regência indireta do verbo


“implicar”, regendo emprego da preposição “em”. Conforme as lições de Celso
Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, editora Ática, 1999, p. 326:

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“IMPLICAR

(...)

OBS.: implicar em algo é inovação em relação a implicar algo por influência de


sinônimos como “redundar”, “reverter”, “resultar”, “importar”. Aparentemente um
brasileirismo. Plenamente consagrado, admitido até pela gramática normativa: “Está
ganhando foros de cidade na língua culta a sintaxe implicar em: Tal procedimento
implica desdouro (ou em desdouro) para você.” (Rocha Lima, p. 401).

CHAMAR

O verbo “chamar”:

- no sentido de “verificar a presença”, “invocar o nome de santos”, “acarretar”, é


transitivo direto.

Exemplos:

O professor chama os alunos.


VTD OD

Não chamar o nome de Deus em vão.


VTD OD

Uma mentira chama a outra.


VTD OD

- no sentido de “invocar auxílio, ajuda ou proteção”, é transitivo indireto, regendo


emprego da preposição por.

Exemplo:
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A freira chamou por Deus.


VTI OI

- no sentido de “avocar”, “tomar”, “assumir”, é transitivo direto e indireto, podendo


o objeto indireto ser encabeçado pelas preposições a ou sobre.

Exemplo: Ele chama a (ou sobre) si a responsabilidade da decisão.


VTDI OI OD

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O verbo “chamar” apresenta uma particularidade: quando empregado nas


acepções de apelidar, qualificar, tachar, é transobjetivo (aquele que necessita de
mais alguma informação para não prejudicar a coerência do período). Em outras
palavras, além de apresentar complemento verbal (objeto direto ou objeto indireto),
deverá ser seguido de predicativo. Este, por sua vez, pode ou não ser
acompanhado da preposição de.

Exemplos:

OBJETO DIRETO + PREDICATIVO

Chamaram-no fiel.
objeto predicativo
direto do objeto

OBJETO DIRETO + PREDICATIVO, precedido da preposição de

Chamaram-no de fiel.
objeto predicativo
direto do objeto

OBJETO INDIRETO + PREDICATIVO


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Chamaram-lhe fiel.
objeto predicativo
indireto do objeto

OBJETO INDIRETO + PREDICATIVO, precedido da preposição de

Chamaram-lhe de fiel.
objeto predicativo
indireto do objeto

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CUSTAR

acarretar, causar implicações indicando preço


(verbo transitivo direto e indireto) (verbo intransitivo)

Exemplos:

O impulso custou-lhe muito esforço.


VTDI OI OD

A conquista do pão custa ao pobre muitos sacrifícios.


VTDI OI OD

Aquele casaco custou trezentos reais.


VI adjunto adverbial

Atenção!

Segundo as lições de Domingos Paschoal Cegalla, em Novíssima Gramática


da Língua Portuguesa, Companhia Editora Nacional, p. 497, quando o verbo custar
for empregado na acepção de ser custoso, ser difícil, deverá ser empregado na
3ª pessoa do singular, tendo como sujeito a oração reduzida de infinitivo:

Exemplo: “Custou-me muito a brigar com Sabina.” (Machado de Assis)


sujeito

A oração reduzida de infinitivo pode ser precedida de preposição expletiva


“a”, conforme o exemplo acima. Entretanto, sua retirada não traz prejuízo à
estrutura da frase: “Custou-me muito brigar com Sabina”.
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PROCEDER

dar início, realizar originar-se; agir, comportar-se;


(verbo transitivo indireto) ter fundamento
(verbo intransitivo)
Exemplos:

O juiz procedeu ao julgamento.


VTI OI

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Seu argumento não procede.


VI

João não procedeu bem durante a cerimônia.


VI adj. adv
de modo

O navio procede da Itália.


VI adj. adv. de lugar

ATENDER

Segundo as lições de Celso Pedro Luft, o verbo “atender” é transitivo direto


ou transitivo indireto nas seguintes acepções:

- “dar ou prestar atenção”, é transitivo direto ou transitivo indireto, regendo,


em seu complemento indireto, a preposição “a”.

Exemplo: O diretor atendeu aos (ou os) interessados.

Observação: Segundo as lições de Rocha Lima, em Gramática Normativa da


Língua Portuguesa, p. 392, se o complemento for um pronome pessoal referente a
pessoa, só se empregam formas objetivas diretas.

Exemplo: O diretor atendeu-os no que foi possível.

- “responder”.

Exemplo: Seu telefone não atende às (ou as) chamadas.

- “tomar em consideração”, “considerar”, “levar em conta”, “ter em vista”.


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Exemplo: Atender à (ou a) lição dos fatos.


Atender às (ou as) condições do mercado.

O verbo “atender” é transitivo direto:

- significando “conceder audiência”, “receber”.

Exemplo: O Papa atenderá os peregrinos.

- na acepção de “dar despacho favorável”, “deferir”, “acatar”.

Exemplo: O governo atendeu as reivindicações dos grevistas.

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O verbo “atender” é transitivo indireto no sentido de “atentar”, “reparar”.

Exemplos:

Atendia, de longe, aos acontecimentos.

Não atendeu para os primeiros sintomas da doença.

 Esquecer / Lembrar / Recordar

“Esquecer”, “lembrar” e “recordar “ são verbos transitivos diretos, ou seja, não


exigem preposição.

Esqueci o teu nome.


VTD OD

Esquecer/Lembrar/Recordar Lembrei o teu nome.


VTD OD

Recordei o teu nome.


VTD OD

verbos transitivos diretos

 Esquecer-se / Lembrar-se / Recordar-se

“Esquecer-se”, “lembrar-se” e “recordar-se” são verbos pronominais com


transitividade indireta, isto é, exigem complemento indireto (esquecer-se/
lembrar-se/recordar-se DE algo).
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Esqueci-me do teu nome.


VTI OI

Esquecer-se/Lembrar-se/Recordar-se Lembrei-me do teu nome.


VTI OI

Recordei-me do teu nome.


VTI OI
verbos transitivos indiretos

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 Avisar e Informar

Estes verbos são transitivos diretos e indiretos (VTDI) e admitem objeto direto
para coisa e indireto para coisa (e vice-versa). O complemento indireto (objeto
indireto) pode ser introduzido pelas preposições “a” ou “de”.

Exemplos:

Avisei o menino de seu recado. / Avisei seu recado ao menino.


VTDI OD OI VTDI OD OI

Em “Avisei o menino de seu recado.”, empregou-se o objeto direto para


pessoa e o indireto para coisa (avisar alguém DE alguma coisa). Já em “Avisei seu
recado ao menino.”, empregou-se o objeto direto para coisa e o indireto para pessoa
(avisar alguma coisa A alguém). Ambas as construções são escorreitas.

Informei o gabarito aos candidatos. / Informei os candidatos do gabarito.


VTDI OD OI VTDI OD OI

Em “Informei o gabarito aos candidatos.”, empregou-se o objeto direto para


coisa e o indireto para pessoa (informar algo A alguém). Já em “Informei os
candidatos do gabarito.”, empregou-se o objeto direto para pessoa e o indireto para
coisa (informar alguém DE alguma coisa). Novamente, ambas as construções estão
corretas.

 Comunicar e Cientificar

São verbos transitivos diretos e indiretos. Entretanto, cabem algumas


considerações.
Originariamente, o verbo “comunicar”, quando empregado no sentido de
“fazer saber”, “participar”, deve apresentar objeto direto para ‘coisa’ e indireto para
‘pessoa’.

Exemplo:
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Comuniquei o resultado aos alunos.


VTDI OD OI

Em “Comuniquei o resultado aos alunos.”, empregou-se o complemento


direto para coisa e o indireto para pessoa (comunicar alguma coisa A alguém).

Já o verbo “cientificar”, quando empregado na acepção de “tornar ciente”,


“informar”, “tomar conhecimento”, exige, originariamente, objeto direto para pessoa
e indireto para coisa.

Exemplo:

Cientifiquei os alunos do resultado.


VTDI OD OI

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Em “Cientifiquei os alunos do resultado.”, empregou-se o complemento direto


para pessoa e o indireto para coisa (cientificar alguém DE algo).

Modernamente, admite-se a construção “Cientificar-lhe algo” (Cientifiquei o


resultado aos alunos), ou seja, o emprego do complemento direto para coisa e do
indireto, para pessoa. Segundo as lições de Luft (pág. 119), “às vezes ocorrer
cientificar-lhe algo, inovação sintática devida ao traço semântico com ‘comunicar’
(algo a alguém): “Cientifique-lhe a nossa derrota” – inovação que também atingiu os
verbos avisar, certificar e informar. Em linguagem escrita culta formal, preferível a
sintaxe originária cientificá-lo de... .”

 Pagar e Perdoar

Estes verbos são transitivos diretos e indiretos, sendo o complemento direto


relacionado à coisa, e o indireto, à pessoa (pagar/perdoar algo A alguém).

Exemplos:

Paguei a dívida ao agiota. (“Paguei-lhe a dívida.”)


VTDI OD OI

Perdoei o roubo ao ladrão. (Perdoei-lhe o roubo.)


VTDI OD OI

 Simpatizar e Antipatizar

Estes verbos são transitivos indiretos, regendo o emprego da preposição


“com”. Fiquem alerta, pois esses verbos não são pronominais, ou seja, escrever
“simpatizar-se / antipatizar-se” é considerado erro.

Exemplos: Simpatizei com aquela moça da praia. / Antipatizei com seu amigo.
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VTI OI VTI OI

 Preferir

O verbo preferir é transitivo direto e indireto, regendo, em seu complemento


indireto, preposição “a” (prefere uma coisa A outra).

Exemplo: Prefiro laranja a maçã.

Na linguagem cotidiana, os falantes dizem “Prefiro laranja do que maçã.”, o


que, segundo a norma culta formal, é considerado erro. Igualmente ocorreria com a
construção “Prefiro mais laranja do que maçã”.

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Importante!

É preciso ter atenção ao paralelismo sintático (estrutural).

Exemplos:

Prefiro laranja a maçã.

Em “Prefiro laranja a maçã.”, o substantivo “laranja” foi empregado sem o


artigo definido “a”. Por essa razão, o “a” antes de “maçã” é meramente a preposição
regida pelo verbo “preferir”.

Prefiro a laranja à maçã.

Em “Prefiro a laranja à maçã.”, o substantivo “laranja” foi empregado com o


artigo definido “a”. Por essa razão, também deverá ser empregado antes do
vocábulo “maçã”. Neste caso, haverá a fusão entre o artigo definido “a” e a
preposição “a”, ocasionando o fenômeno da crase.

 Obedecer

O verbo obedecer é transitivo indireto, regendo a preposição “a”.

Exemplo: O bom cidadão obedece às ordens do guarda.


VTI OI

O mesmo ocorre com o verbo derivado desobedecer.

Exemplo: O mau cidadão desobedece às ordens do guarda.


VTI OI

 Morar / Residir / Situar-se


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Estes verbos indicam permanência. São intransitivos, regendo o emprego da


preposição “em”.

Exemplos:

Moro em Copacabana.
VI adj. adverbial

Resido em Copacabana.
VI adj. adverbial

Situo-me em Copacabana.
VI adj. adverbial

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 Ir / Chegar

Estes verbos indicam movimento. São intransitivos, regendo o emprego da


preposição “a”.

Exemplos: Vou ao teatro. (correto) / Vou no teatro. (errado).

Cheguei à capital do país. (correto) / Cheguei na capital do país. (errado)

VERBOS COM REGÊNCIAS DIFERENTES

Sempre que houver formas verbais com regências distintas relacionadas a


um mesmo complemento, será necessário apresentar dois objetos.

Exemplo: Olhei e gostei do quadro. (errado)


Olhei o quadro e gostei dele. (correto)

No exemplo acima, o verbo “olhar” é transitivo direto (não exige preposição),


enquanto o verbo “gostar” exige a preposição “de”.

Agora, vamos pôr em prática as lições apresentadas até o momento.

5. (ESAF-2004/Instituto Rio Branco) Identifique a letra em que uma das frases


apresenta erro de regência verbal.

a) Atender uma explicação.


Atender a um conselho.

b) O diretor atendeu aos interessados.


O diretor atendeu-os no que foi possível.

c) Atender às condições do mercado.


Os requerentes foram atendidos pelo juiz.

d) Atender o telefone. 02763616100

Atender ao telefone.

e) Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da doença.


Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio.

Comentário: Há erro de regência verbal na assertiva (E). No contexto, o verbo


“atender” foi empregado na acepção de “reparar”, “atentar”. Nessa significação,
assume transitividade indireta, estando correta no primeiro período da opção.
Entretanto, a transcrição apresentou um equívoco ao apresentar a forma pronominal
“se atendeu”. O correto seria “Ninguém atendeu aos primeiros alarmes de incêndio”.

Gabarito: E.

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6. (FUNRIO-2007) “... encarregadas de fazer com que as rotinas


administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas com certa
eficiência e autonomia”.
A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) Muitos políticos duvidavam ______ fosse possível chegar a um consenso


naquela questão.
(B) A prática política _____ os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante de
tantos conflitos.
(C) O regime democrático, ______ são respeitadas as liberdades individuais, foi
finalmente restabelecido naquele país.
(D) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas _____ se marcasse a data
das eleições.
(E) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões ______ a
maioria espera.

Comentário: A expressão “com que” preenche corretamente a lacuna da assertiva


(B). O verbo “sonhar” rege o emprego da preposição “com”, a qual deverá anteceder
o pronome relativo “que”: “A prática política COM que os idealistas SONHAM ...”.
Lembrem-se do mecanismo: em orações subordinadas adjetivas (aquelas
iniciadas por pronomes relativos), sempre que o nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio) ou o verbo exigir o emprego de uma preposição, esta deverá ser
anteposta ao relativo.

Gabarito: B.

7. (FCC/TJ-AP) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados


na frase:
(A) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente, de cujo
não há ainda qualquer indício.
(B) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta região falta
tudo o que aquela não falta.
(C) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre aplicados
com a difusão fascinada dos horrores.
(D) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com
indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado.
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(E) O autor está convicto que tais doutores representam um radical pessimismo, de
cujo parecer orgulhar-se de ostentar.

Comentário: A opção correta é a letra D. No sentido de “ver, presenciar”, o verbo


“assistir” é transitivo indireto, regendo o emprego da preposição “a” em seu
complemento indireto. Como a oração “às quais esses doutores assistem com
indiferença” é subordinada adjetiva, a preposição antecedeu o pronome relativo
“quais”, acarretando a fusão com o artigo definido “as”: “a” (preposição) + “as”
(artigo definido). Conforme vimos na aula sobre pronomes, o relativo “cujo” refere-se
a um antecedente, mas concorda (em gênero e número) com o consequente. Em “É
como se a barbárie e a crueldade (...) fossem fenômenos cujo horror devesse ser
naturalizado.”, o pronome relativo “cujo” indicar uma relação de posse “o horror
pertence à barbárie e à crueldade”, concordando com o substantivo (termo conse-

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quente) “horror”. Vale lembrar que “cujo” (e flexões) não admite artigo anteposto ou
posposto.

Gabarito: D.

8. (FCC/TRT 7ª Região) “Órgãos públicos, entidades não governamentais e até


mesmo internautas engajados aderiram à novidade ...”.
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado
acima é:
(A) ... que o governo havia fraudado as votações.
(B) ... e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais.
(C) Alguns movimentos ecológicos nasceram em redes...
(D) Seu sucesso impulsiona o debate sobre o uso de redes sociais na internet ...
(E) ... intensificando contato direto com eles.

Comentário: No enunciado “Órgãos públicos, entidades não governamentais e


até mesmo internautas engajados aderiram à novidade ...”, a forma verbal em
destaque é transitiva indireta, regendo o emprego de preposição em seu
complemento indireto “à novidade” (a + a = à). Sendo assim, a única assertiva que
também apresenta um verbo transitivo indireto, isto é, aquele que pede um objeto
indireto como complemento é encontrado na opção B: a forma verbal “interagem”
rege o emprego da preposição “com”, a qual deve iniciar a estrutura do
complemento indireto do verbo: interagem com as chamadas redes sociais”.
Gabarito: B.

9. (FCC/TRE-PI) “Esta tradição trabalha a ação política como uma ação


estratégica”.
A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado
acima é:
(A) ... que identifica o cerne dos fatos políticos no predomínio do conflito
(B) Neste contexto, política é guerra ...
(C) Recorrendo a metáforas do reino animal ...
(D) ... que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e do "não mentir" ...
(E) ... que a fraude é mais importante do que a força ...
Comentário: No enunciado, o verbo “trabalhar” assume transitividade direta, ou seja,
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exige um objeto direto como complemento. Logo, devemos encontrar a mesma


transitividade verbal nas assertivas. Na letra A, temos a resposta da questão, pois o
verbo “identificar”, no contexto em que está inserido, apresenta transitividade direta
“identifica o quê?”: “o cerne dos fatos políticos” (objeto direto).
Gabarito: A.

10. (FUNRIO-2008) Na frase “Preferimos confiar e acreditar nas coisas...”, a


expressão sublinhada complementa corretamente, ao mesmo tempo, dois
verbos que têm a mesma regência: confiar em, acreditar em. Do mesmo modo,
está também correta a seguinte construção:
Preferimos

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(A) ignorar e desconfiar das coisas...


(B) subestimar e descuidar das coisas...
(C) não suspeitar e negligenciar as coisas...
(D) nos desviar e evitar as coisas...
(E) nos contrapor e resistir às coisas...
Comentário: Conforme vimos nas lições, sempre que houver formas verbais com
regências distintas relacionadas a um mesmo complemento, será necessário
apresentar dois objetos. No enunciado da questão, porém, os verbos “confiar” e
“acreditar” apresentam a mesma regência indireta, regendo o emprego da
preposição “em”. Por essa razão, “nas coisas” completa corretamente os verbos
mencionados. A mesma regência entre verbos é apresenta na letra E, pois
“contrapor” e “resistir” são verbos transitivos indiretos, regendo o emprego da
preposição “a”. Sendo assim, é admitida o emprego de apenas um complemento
para ambas as formas verbais: “contrapor e resistir às coisas...”. Na assertiva em
análise, houve a fusão entre a preposição “a” e o artigo definido “as”, acarretando o
fenômeno da crase: “às”.

Gabarito: E.

11. (FCC-2012/TRE-SP) Está empregado corretamente o elemento grifado na


frase:

(A) Adoniran Barbosa, a qual primeira tentativa de entrar para o rádio foi
malsucedida, tornou-se um grande sucesso nesse veículo.
(B) Em 1935, Adoniran ganhou um concurso com uma marchinha carnavalesca,
pela qual foi eleita a melhor marcha do ano.
(C) Nas canções de Adoniran, a linguagem, cujos traços coloquiais são facilmente
percebidos, reproduz o modo de falar de certas camadas sociais.
(D) Adoniran Barbosa, o qual verdadeiro nome era João Rubinato, foi considerado
pela crítica o maior sambista paulista.
(E) Certas composições de Adoniran, nas quais incluem "Trem das onze" e
"Saudosa Maloca", são conhecidas pela maioria dos brasileiros.

Comentário: Vamos analisar cada assertiva.


A) Resposta incorreta. A expressão “a qual” foi mal empregada no período, devendo
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ser substituída pelo pronome relativo “cuja”, pois esta forma pronominal apresenta
valor de “posse”: “Adoniran Barbosa, cuja primeira tentativa de entrar para o rádio
foi malsucedida, tornou-se um grande sucesso nesse veículo”.
B) Resposta incorreta. A expressão “pela qual” foi mal empregada no contexto, pois
não há, no período, termo regente que exija a utilização da preposição “por”.
Portanto, essa expressão deve ser substituída por “a qual”, referindo-se à
“marchinha carnavalesca”: “Em 1935, Adoniran ganhou um concurso com uma
marchinha carnavalesca, a qual foi eleita a melhor marcha do ano”.
C) Esta é a resposta da questão. O pronome relativo “cujos” foi empregado
corretamente, trazendo a ideia de que os “traços coloquiais” pertencem à
“linguagem”.
D) Resposta incorreta. A expressão “o qual” foi mal empregada no contexto,
devendo ser substituída pelo pronome relativo “cujo” para transmitir a ideia de que o
nome “João Rubinato” pertence a “Adoniran Barbosa”.

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E) Resposta incorreta. A preposição “em”, presente na expressão “nas quais”, foi


mal empregada. No contexto, não há termo regente que exija o emprego desse
elemento. Portanto, o correto é empregar a expressão “as quais”, referindo-se a
“certas composições de Adoniran”.

Gabarito: C.

12. (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRAS) O período escrito de acordo com a


norma padrão é:

(A) O formigueiro, sobre cuja a destruição foi atribuída às crianças, era muito antigo.
(B) O astrônomo de cuja teoria lhe falei vem ao Brasil no próximo semestre.
(C) O planeta que moramos tem condições para abrigar várias formas de vida.
(D) A constelação cuja a estrela principal se chama Alpha Centauri fica no
Hemisfério Sul.
(E) O planeta Marte, cujo é vizinho próximo da Terra, não parece ter água em sua
superfície.

Comentário: Vamos analisar cada opção.

A) Nenhum elemento do período exigiu o emprego da preposição “sobre”, isto é,


este elemento não pode anteceder o pronome relativo “cuja”, portanto. Ademais,
estudamos que o relativo “cujo” (e flexões) não admite anteposição e/ou posposição
de artigo.
B) Esta é a resposta da questão. O período não apresenta qualquer incorreção
gramatical. No trecho em análise, o emprego da preposição “de” ocorreu devido à
presença do verbo transitivo indireto “falar”. Por sua vez, a forma verbal “vem” indica
movimento, regendo emprego da preposição “a”.
C) O verbo “morar” rege emprego da preposição “em”, a qual deveria antecedecer o
pronome relativo “que”: “O planeta em que moramos...”.
D) Novamente, foi empregado um artigo definido após o pronome relativo “cuja”, o
que vai de encontro às regras gramaticais.
E) Houve erro no emprego do pronome relativo “cujo”, pois estes possuem caráter
adjetivo, acompanhando substantivos. Portanto, essa forma pronominal deve ser
substituída por “que” ou “o qual”: “O planeta Marte, que / o qual é vizinho da
Terra...”.
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Gabarito: B.

13. (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRAS) Assinale a opção em que a regência


do verbo destacado difere da dos demais.

(A) “... exige de nós a capacidade de atuarmos em áreas ...”


(B) “... O sentir faz a ponte entre o pensar e o agir.”
(C) “… e consequentemente nos leva ao aprendizado.”
(D) “alguém perguntou a um velho se ele tinha crescido
naquela cidade.”
(E) “…que nos ensina a resposta do velho sábio.”

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Comentário: A assertiva B é o gabarito da questão. O verbo “fazer” é transitivo


direto. Portanto, rege emprego de objeto direto, representado, no contexto, pela
expressão “a ponte entre o pensar e o agir”. Nas demais opções, os verbos são
transitivos diretos e indiretos.

Gabarito: B.

14. (CESGRANRIO-2010–PETROBRAS) Em relação aos aspectos gramaticais,


assinale a opção em que é respeitado o registro culto e formal da língua.

(A) Não sei onde você pretende chegar com esse tipo de atitude.
(B) Devido o processo de seleção, precisamos nos capacitar.
(C) Entre mim e você não deve existir concorrência desleal.
(D) O profissional qualificado almeja ao seu espaço na empresa.
(E) A tolerância, a ousadia e a criatividade, fazem parte do perfil de um bom
profissional.

Comentário: Vamos analisar cada assertiva.

A) O verbo “chegar” indica movimento, regendo emprego da preposição “a”. Esta,


por sua vez, deve anteceder o pronome relativo “onde”. Portanto, o correto é “Não
sei aonde você pretende chegar...”.
B) No trecho “Devido o processo”, a preposição “a” foi omitida de maneira
inadequada: “Devido ao processo...”.
C) Esta é a resposta da questão. Não houve qualquer deslize gramatical na
alternativa em comento.
D) O verbo “almejar” é transitivo direto. Logo, não rege emprego de preposição: “O
profissional qualificado almeja o seu espaço...”.
E) O erro do período ocorreu devido ao emprego da vírgula. Conforme estudaremos
oportunamente, não se separam sujeito e verbo. Logo, o correto é “A tolerância, a
ousadia e a criatividade fazem parte do perfil ...”.

Gabarito: C.

A questão 15 tomará por base o seguinte parágrafo, extraído da crônica


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“Percebes?”, de Caetano Veloso:

Diante da TV, assistindo a um filme português no Canal Brasil, me deparei


com uma experiência que já conhecia de antes mas que pensei que tivesse
esquecido. O filme era falado em português europeu e estava legendado em
português brasileiro. Foi vendo uma obra de Manuel de Oliveira no cinema que eu
tinha passado pela mesma situação. Revivendo-a ao assistir televisão, pensei com
mais convencimento que, dado o fato de os brasileiros em geral terem dificuldade
de entender a fala lusitana, deve ser aceitável que filmes portugueses passem com
legendas no Brasil.

(O Globo, 05 de maio de 2013.)

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15. (FUNRIO-2013/MPOG/Analista em Tecnologia da Informação) O autor


empregou o verbo ASSISTIR duas vezes. Na primeira vez, com a preposição A;
na segunda vez, sem preposição. Essa mudança de regência tem como
motivo:

A) a diferença de significado desse verbo nos dois trechos.


B) a influência da língua oral, que costuma omitir a preposição pedida por esse
verbo.
C) a expressividade que o escritor pretendeu atribuir a esse verbo.
D) a intenção de não repetir uma preposição que já havia sido empregada
anteriormente.
E) a necessidade de utilizar uma linguagem simples e direta para o leitor.

Comentário: A questão exigiu dos candidatos o conhecimento da regência verbal. E


adivinhem qual foi o verbo apresentado pela banca? Ganha um chocolate quem
acertar (rs...)! Foi o clássico verbo assistir, sempre presente em provas de
concursos.
Primeiramente, é preciso ter a noção de que o verbo assistir, no contexto em
que está inserido, foi empregado na acepção de ver, observar, presenciar. Com
essa significação, a transitividade é indireta, regendo o emprego da preposição a, tal
como ocorreu no trecho assistindo a um filme português... .
Em segundo plano, vale mencionar que, na linguagem coloquial (falada)
brasileira, o verbo assistir constrói-se, em tal acepção [ver, observar, presenciar],
de preferência com objeto direto (assistir o jogo, um filme), e escritores modernos
têm dado acolhida à regência gramaticalmente condenada. (Celso Cunha & Lindley
Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, pág. 534)

Exemplo: Trata-se de um filme que eu assistia. (Clarice Lispector)

Logo, percebe-se que há influência da língua oral no trecho Revivendo-a ao


assistir televisão, omitindo a preposição a.

Gabarito: B.

16. (VUNESP-2010/CREA-SP) Considerando apenas as regras de regência, o


verbo em destaque no trecho - A redução da pegada ecológica depende do esforço
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de todos... – está corretamente substituído por:

(A) envolve
(B) resulta
(C) liga-se
(D) sujeita-se
(E) subordina-se

Comentário: De acordo com as lições de Celso Pedro Luft, na obra Dicionário


Prático de Regência Verbal, editora Ática, 2010, p.172, o verbo “depender” é
transitivo indireto, regendo o emprego da preposição “de”, conforme ocorreu no
trecho “(...) depende do esforço (...)”. É importante destacar, ainda, que o citado
dicionário apresenta as seguintes acepções para o verbo “depender”:

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1. Estar subordinado ou sujeito.


2. Estar ligado, anexo, ou em conexão ou relação imediata.
3. Derivar, resultar.
4. Estar na dependência de; envolver, decisão ou resolução.

Exemplo: O empréstimo depende (de aprovação) do conselho fiscal.

Então, se o verbo “depender” apresenta todas essas acepções, qual seria


aquela que pode substituí-lo na oração? A resposta da questão está na assertiva
(B): o verbo “resultar” rege o emprego da preposição “de”, encaixando-se
perfeitamente no contexto “A redução da pegada ecológica resulta do esforço de
todos...”.
As opções (C), (D) e (E), embora apresentem as acepções citadas no
dicionário, regem o emprego da preposição “a”, o que prejudicaria a correção
gramatical do período.
Por fim, o verbo “envolver”, contido na opção (A), é transitivo direto, não
exigindo o emprego de preposição.

Gabarito: B.

17. (VUNESP-2013/SEFAZ-SP) Considerando a norma-padrão da língua, assinale a


alternativa em que os trechos destacados estão corretos quanto à regência, verbal
ou nominal.

(A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de dez mil tomadas.
(B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver um homem que estaria
ouvindo as notas de um oboé.
(C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar logotipos e negociar.
(D) O taxista levou o autor a indagar no número de tomadas do edifício.
(E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse a um prédio na
marginal.

Comentário: Vamos analisar as opções.

a) Esta é a resposta da questão. Em conformidade com o Dicionário Prático de


Regência Verbal, de Celso Pedro Luft, editora Ática, 2010, p. 216, o verbo “dispor”,
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em sua transitividade indireta, rege o emprego da preposição “de”, assumindo


acepção de “ter, possuir”: Dispor de dinheiro, de recursos, de bens. Esta é a
significação encontrada no período “O prédio que o taxista mostrou dispunha de
mais de dez mil toneladas”. Portanto, este é o nosso gabarito.
b) Errada. De acordo com as lições de Celso Pedro Luft, na obra Dicionário Prático
de Regência Nominal, editora Ática, 2010, p. 120, o nome “conje(c)tura” rege o
emprego da preposição “sobre”, significação “suposição”: Vagas conjecturas
[suposições] sobre a vida dramática do séc. XII. / Fazem-se diversas conecturas
sobre o resultado da próxima reunião do conselho.
c) Errada. De acordo com as lições de Luft, p. 197, o adjetivo “empenhado” rege o
emprego das preposições “em” (menos usual) e “por”: Empenhado em (ou por) algo.

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d) Errada. Celso Pedro Luft afirma que o verbo “indagar” é transitivo direto, razão
por que o trecho da assertiva deve ser reescrito como em “O taxista levou o autor a
indagar o número de tomadas (...)”.
e) Errada. Novamente, deveríamos ter um verbo transitivo direto em “(...) o autor
reparasse um prédio na marginal”.

Gabarito: A.

18. (VUNESP-2013/Prefeitura de Ribeirão Preto) Observe as seguintes passagens


do texto.

• ... ouvir e contar histórias para os filhos é um hábito que não só poderia se
estender até o fim da infância... (sexto parágrafo)
• As bibliotecas também poderiam funcionar como locais de incentivo do gosto pela
literatura. (sétimo parágrafo)

As expressões destacadas podem ser, correta e respectivamente, substituídas,


atendendo à norma-padrão da língua portuguesa e sem alteração do sentido da
mensagem, por:
(A) ao ... ao
(B) do ... no
(C) com o ... sob o
(D) ante o ... pelo
(E) sobre o ... sobre o

Comentário: A resposta da questão encontra-se na assertiva (A). A primeira


expressão destacada pode ser substituída pela locução prepositiva “até a”,
combinando a preposição com o artigo definido “o”: “(...) poderia se estender até ao
fim da infância (...)”. Por sua vez, o termo “do” (contração da preposição “de” com o
artigo definido “o”) pode ser substituído pela combinação “ao”. De acordo com as
lições de Celso Pedro Luft, o substantivo “incentivo” rege o emprego da preposição
“a”, validando a combinação “ao” em “(...) locais de incentivo ao gosto pela
literatura. Logo, esta é a resposta da questão.

Gabarito: A.

19. (VUNESP-2013/Polícia Civil-SP) Na questão abaixo, assinale a alternativa que


02763616100

preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase, considerando a norma-


-padrão da língua portuguesa.

_____________ programas de computador __________ desenhar rostos com


perfeição.

(A) Haverá ... apto com


(B) Haverão ... apto por
(C) Haverá ... aptos para
(D) Haverão ... apto em
(E) Haverão ... aptos de

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Comentário: Na primeira lacuna, o verbo “haver” deve ser empregado na acepção
de “existir”. Nessa significação, o mencionado verbo – “haver” – é impessoal,
devendo permanecer na 3ª pessoa do singular: “Haverá programas de computador
(...)”. Assim, já eliminamos as opções (B), (D) e (E). Por sua vez, o adjetivo “apto”
deve ser flexionado no plural para concordar com “programas”, nome ao qual se
refere. Ademais, as lições de Luft indicam que “aptos” pode reger o emprego das
preposições “a” e “para”, validando a assertiva (C) como resposta da questão.

Gabarito: C.

02763616100

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EMPREGO DO ACENTO GRAVE

Agora, abordaremos um tema que sempre aparece em provas: a crase. Mas,


afinal, o que é crase ? Por crase compreende-se a fusão de duas vogais iguais.
Amigos, é preciso chamar a atenção de vocês para o seguinte: crase é
diferente de acento grave. Graficamente, o fenômeno da crase, definido como a
fusão de duas vogais iguais, é marcado pelo emprego do acento grave. Em outras
palavras, crase não é acento, e sim um fenômeno linguístico.

Em língua portuguesa, o acento grave registra:

a) PREPOSIÇÃO A + ARTIGO DEFINIDO A(S)

Este é o primeiro caso clássico de crase. Para que vocês tenham certeza de
que ocorrerá esse fenômeno, recomendo que vocês usem a seguinte desta primeira
dica:

1ª) verifiquem se o termo regente - o verbo (regência verbal) ou o nome


(regência nominal) - exige a preposição A. Se houver essa regência, fiquem de
olho: haverá grande possibilidade de o fenômeno da crase ocorrer;

2ª) verifiquem se o termo regido admite a anteposição do artigo definido A(S).

A essa altura, vocês podem estar se perguntando: Mas, Fabiano, como farei
isso? Digo a vocês que é muito simples!
Para essa análise, construam uma frase em que o termo regido desempenhe
a função de sujeito. Caso este termo aceite a anteposição do artigo definido A(S) na
frase criada por vocês, haverá o encontro do A (preposição) com o A(S) (artigo
definido). Logo, ocorrerá o fenômeno da crase. Vamos ver como funciona na
prática?
O aluno estava atento __ aula do professor.

Na frase acima, vocês, na hora da prova, desejarão saber se é possível


empregar (ou não) o acento grave indicativo de crase. Então, o que fazer? Apliquem
a primeira dica e cheguem à conclusão de que:
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1º) o adjetivo atento - que é o termo regente - exige preposição A (atento a


alguma coisa);

2º) construindo uma frase que o termo regido - aula do professor -


desempenhe a função de sujeito, vocês verificarão que essa expressão admite
a anteposição do artigo definido A. Vejam a frase abaixo:

A aula do professor é divertida.

Perceberam? Logo, haverá o encontro do A (preposição) com o A (artigo


definido), ou seja, ocorrerá o fenômeno da crase. Portanto:

O aluno estava atento à aula do professor.

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b) PREPOSIÇÃO A + PRON. DEMONSTRATIVO AQUELE (e flexões)

Pessoal, este é o segundo caso clássico que pode implicar o fenômeno da


crase. Para ter certeza de que haverá a fusão, recomendo que vocês usem esta
segunda dica:

1ª) este item é igualzinho ao primeiro do método anterior: verifiquem se o


termo regente - o verbo (regência verbal) ou o nome (regência nominal) - exige
a preposição A. Se houver essa regência, fiquem "ligados": haverá grande
possibilidade de o fenômeno da crase ocorrer;

2ª) aqui, uma novidade: verifiquem se o termo regido é o pronome


demonstrativo aquele(s), aquela(s), aquilo. Se uma dessas formas
pronominais aparecer, haverá o encontro do A (preposição) com o A inicial do
pronome aquele (e flexões). Logo, ocorrerá o fenômeno da crase. Vamos ver
como funciona na prática ?

Refiro-me __quele(a) candidato(a).

Na frase acima, vocês, na hora da prova, desejarão saber se é possível


empregar (ou não) o acento grave indicativo de crase. Então, o que fazer? Apliquem
a segunda dica e percebam que:

1ª) o verbo referir-se rege a preposição A (refiro-me a alguém / a alguma


coisa);

2ª) o termo regido é o pronome demonstrativo AQUELE(A). Neste caso, como


foi constatada a presença da preposição A, exigida pelo termo regente, haverá
a fusão com o A inicial da forma pronominal. Então:

Refiro-me àquele(a) candidato(a).

Atenção!

Antes da preposição DE e do pronome relativo QUE, o A(S) equivalerá ao


pronome demonstrativo AQUELA(S). Nesse caso, vocês deverão aplicar a
02763616100

segunda dica:

1ª) verifiquem se o termo regente - o verbo (regência verbal) ou o nome


(regência nominal) - exige a preposição A. Se houver essa regência, fiquem
em alerta: haverá grande possibilidade de o fenômeno da crase ocorrer;

2ª) verifiquem se o termo regido é o pronome demonstrativo A(S), seguido ou


do pronome relativo QUE ou da preposição DE. Quando, na frase, houver uma
dessas combinações, o A(S) será equivalente ao pronome demonstrativo
aquela(s). Sendo assim, uma vez constatada a obrigatoriedade da preposição
A, haverá a fusão com o A inicial da forma pronominal A(S).

Vamos ver como funciona na prática:

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A prancha que ganhei é igual __ que você comprou.

Sua blusa é igual __ da vitrine.

Aplicando a segunda dica nas frases acima, vocês concluirão que:

1ª) o adjetivo igual rege a preposição A (igual a alguma coisa / a alguém) ;

2ª) Na primeira frase, o termo regido é o A, seguido do pronome relativo QUE.


Na segunda, o termo regido é o A, seguido da preposição DE. Quando houver
essas combinações, o A será equivalente ao pronome demonstrativo aquela.
Sendo assim, haverá a fusão da preposição A com o A inicial do pronome
aquela. Logo, ocorrerá a crase e as lacunas dos exemplos devem ser
preenchidas da seguinte forma:

A prancha que ganhei é igual à que você comprou.

Sua blusa é igual à da vitrine.

c) PREPOSIÇÃO A + PRONOME RELATIVO A(S) QUAL(IS)

Este é o terceiro e último caso clássico que pode resultar na ocorrência da


crase. Aqui, é fundamental que vocês redobrem a atenção, pois há uma oração
subordinada adjetiva.

Muito cuidado, pessoal! Com o pronome relativo A QUAL / AS QUAIS, o


fenômeno da crase ocorrerá somente se:

- o termo posterior ao pronome relativo reger a preposição A; e

- o termo anterior ao pronome relativo admitir o emprego do artigo definido


A(S).

Vamos visualizar na prática?


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Apliquem a primeira dica no exemplo abaixo:

A aula __ qual o aluno estava atento é divertida.

Na frase acima, vocês, na hora da prova, desejarão saber se é possível


empregar (ou não) o acento grave indicativo de crase. Aplicando a primeira dica,
chegamos à conclusão de que:

1ª) o adjetivo atento (termo regente) exige a preposição A (atento a alguma


coisa), que antecederá o pronome relativo QUAL;

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2ª) o termo regido é o pronome relativo QUAL, que, no exemplo em análise,


substitui a palavra aula. Para verificar se este vocábulo admite a anteposição
do artigo definido A, criem uma frase em que essa palavra (aula) desempenhe
a função de sujeito. Por exemplo:

A aula começou.

Logo, haverá o encontro do A (preposição) com o A (artigo definido), isto é,


ocorrerá o fenômeno da crase. Sendo assim, a lacuna do exemplo em comento
deve ser preenchida da seguinte forma:

A aula à qual o aluno estava atento é divertida.

CASOS PROIBIDOS

Já sabemos que, em língua portuguesa, a crase representa a fusão de duas


vogais iguais, sendo demarcada pelo emprego do acento grave. Na maioria das
vezes, a crase decorre da junção entre o A (preposição) e o A(S) (artigo definido
feminino). Sempre que essa fusão acontecer, o termo regido admitirá a
anteposição do artigo (lembrem-se da primeira dica!).
Sendo assim, é possível que vocês cheguem à conclusão de que NÃO
haverá o fenômeno da crase antes de:

- palavras masculinas. É evidente que palavra masculina não admite a


anteposição de artigo definido feminino.

Exemplos: Pedimos um bife a cavalo. / Andamos a pé.

Dica estratégica!

Se as expressões À MODA DE ou À MANEIRA DE estiverem implícitas,


subentendidas, deveremos empregar o acento grave indicativo de crase.

Exemplo: Neymar fez um gol à Pelé. (= Neymar fez um gol à moda de Pelé.)
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- “A” no singular (preposição rígida), quando o termo regido estiver no plural.


Nesse caso, há somente uma preposição.

Exemplo: Não vai a festas em sua homenagem. (a = preposição rígida)

- pronomes pessoais, pronomes demonstrativos de 1ª e 2ª pessoas (ESTE(S),


ESTA(S), ISTO, ESSE(S), ESSA(S) e ISSO), pronomes indefinidos (TUDO,
NADA, TODO(S), CADA, QUALQUER...), pronomes relativos (CUJO(S),
CUJA(S) e QUEM) e pronomes de tratamento (iniciados por VOSSA ou SUA).

Em regra, os pronomes não admitem a anteposição do artigo definido


feminino, exceto os pronomes indefinidos OUTRAS, VÁRIAS, DEMAIS.

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Exemplos:

Contaram tudo a ela.


Não dou importância a essa confusão.
Atendemos a qualquer hora do dia.
A pessoa a cuja filha me refiro estuda no Estratégia Concursos.
Envie flores a quem você ama.
Sugerimos a Vossa Excelência que o processo seja arquivado.

Mas:

Refiro-me às outras pessoas. / Refiro-me a outras pessoas. (a = preposição rígida)


O galanteador dá flores às várias namoradas. / O galanteador dá flores a várias
namoradas. (a = preposição rígida)

Dica estratégica!

As formas DAMA, DONA e MADAME e os pronomes de tratamento


SENHORA e SENHORITA admitem a anteposição do artigo definido feminino A(S).
Por essa razão, se a regência (verbal ou nominal) exigir a preposição A, deveremos
empregar o acento grave.

Exemplos:

O mordomo referiu-se à madame.


Diga à senhora diretora que está tudo pronto para a reunião.

- verbos. Ainda que estejam substantivados ("o cantar", "o nascer"), os verbos
recebem artigo masculino e não feminino.

Exemplo: A partir de hoje, não erro mais questão assim. / Preço a combinar.

- artigos indefinidos.

Exemplos:

O rapaz dirigiu-se a um canto da sala.


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A Internet deu origem a uma avalanche de empreendedorismo no mundo.

Dica estratégica!

Na frase "Fabiano chegou à uma.", temos a indicação de hora ("uma hora"),


e não do artigo indefinido "uma". Logo, devemos empregar o acento grave.

CASOS ESPECIAIS

É fundamental chamar a atenção de vocês para o fato de que o acento grave


NÃO deverá ser empregado:

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- antes das palavras CASA e DISTÂNCIA, quando estas NÃO estiverem


determinadas.

Exemplos:
Pedro chegou a casa e logo foi dormir.
O rapaz flertava a moça a distância.

Dica estratégica!

Se os vocábulos CASA e DISTÂNCIA estiverem DETERMINADOS, o acento


grave indicativo de crase deverá ser empregado.

Exemplos:
Sofia chegou à casa de Pedro.
O rapaz flertava a moça à distância de um metro.

- antes da palavra TERRA, sempre que trouxer a ideia de terra firme, opondo-
-se à de estar a bordo (nesse caso, a palavra é antecedida apenas pela
preposição).

Exemplo: Os marinheiros voltaram a terra.

Atenção!

Se houver uma qualificação, uma determinação da palavra TERRA, será


admitida a anteposição do artigo definido A, ocorrendo o fenômeno da crase
se a regência permitir.

Exemplo:
Os marinheiros voltaram à terra de seus sonhos.

Aqui, cabe uma ressalva importante: quando o vocábulo TERRA


designar o nome do planeta, ocorrerá a crase se a regência exigir.
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Exemplo: Os astronautas retornaram à Terra. (= Os astronautas retornaram ao


planeta.)

- entre palavras repetidas. Aqui, há apenas a preposição unindo dois


substantivos que originam uma expressão.

Exemplos:
Finalmente fiquei face a face com a tão esperada prova. (face com face)
Li seu relatório página a página. (página por página)

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ACENTO GRAVE ANTES DE PRONOMES POSSESSIVOS FEMININOS

Pronome adjetivo possessivo feminino

Quando o pronome adjetivo possessivo feminino estiver no singular, poderão


ocorrer duas situações:

1ª) caso o pronome adjetivo possessivo esteja empregado sem artigo, não haverá
crase, ainda que o termo regente exija a preposição A.

Exemplo: O cônsul enviou várias cartas a sua filha. (a = preposição)

2ª) caso o pronome adjetivo possessivo esteja empregado com artigo, haverá
crase, desde que o termo regente exija a preposição A.

Exemplo:
O cônsul enviou várias cartas à sua filha. (à = preposição A + artigo definido A)
Sendo assim, vocês podem concluir que, antes de pronome adjetivo possessivo
feminino no singular, o emprego do acento grave indicativo de crase será
facultativo.

Se o pronome adjetivo possessivo feminino aparecer no plural, o


emprego do acento grave será, em regra, obrigatório.

Exemplo:
O cônsul enviou várias cartas às suas filhas. (às = preposição A + artigo definido
AS)

Dica estratégica!

Se, no contexto, aparecer apenas a preposição A, não ocorrerá crase, ainda


que o pronome adjetivo possessivo feminino esteja no plural.

Exemplo:
O cônsul enviou várias cartas a suas filhas. (a = preposição rígida)
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Pronome substantivo possessivo feminino

Antes de pronomes substantivos possessivos femininos (no singular ou


no plural), o emprego do acento grave será obrigatório.

Exemplo:
Não deram atenção a(à) minha queixa, nem à sua. (o pronome sua substitui
queixa)
Não deram atenção às minhas queixas, nem às suas. (o pronome suas substitui
queixas)

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ACENTO GRAVE ANTES DE NOMES PRÓPRIOS FEMININOS

Antes de nomes próprios (ou personativos) femininos, o emprego do


acento grave será facultativo.

Exemplo:
Diga a Joana que a estamos esperando.
Diga à Joana que estamos esperando.

Dica estratégica!

Se o nome próprio feminino designar personagem histórica ou entidade


religiosa, não se emprega o acento grave, ainda que a regência exija a preposição
A.

Exemplos:
Na aula de ontem, o estagiário fez alusão a Joana d'Arc.
Joana estava solteirona; por isso, pediu um milagre a Nossa Senhora.

Cuidado!

Se o nome próprio feminino que designar personagem histórica ou


entidade religiosa estiver determinado, emprega-se o acento grave indicativo de
crase.

Exemplo: Na aula de ontem, o estagiário fez alusão à corajosa Joana d'Arc.

ACENTO GRAVE ANTES DE NOMES DE LUGAR FEMININOS

MÉTODO PRÁTICO

Para verificar se haverá ou não crase antes de nomes de lugar femininos,


recomendo que vocês utilizem o método prático a seguir, composto por dois versos:

Quem vai A e volta DA, crase há.


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Quem vai A e volta DE, crase para quê?

Não entenderam? Acompanhem abaixo:

Se, ao substituirmos o verbo IR pelo antônimo VOLTAR, aparecer DA


(contração da preposição DE + artigo definido A), constatamos que o topônimo
(nome de lugar) admite a anteposição do artigo. Logo, o acento grave indicativo
de crase deve ser empregado.
Contudo, se, ao substituirmos o verbo IR pelo antônimo VOLTAR, aparecer
somente DE (preposição), constatamos que o nome de lugar feminino não admite a
anteposição do artigo. Logo, o acento grave indicativo de crase não deve ser
empregado.

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Exemplos:

COM CRASE

Pretendo ir à Bahia. (= Pretendo voltar da Bahia.)


Fui à França. (= Voltei da França.)

SEM CRASE

Iremos a Paris. (= Voltaremos de Paris.)


Pretendo ir a Copacabana. (= Pretendo voltar de Copacabana.)

Dica estratégica!

Se os topônimos estiverem determinados, ocorrerá a crase. Por quê? Ora,


ao substituirmos o verbo IR pelo antônimo VOLTAR, aparece DA (contração da
preposição DE + artigo definido A). Logo, o acento grave indicativo de crase deve
ser empregado.

Exemplos:
Iremos à Paris das luzes. (= Voltaremos da Paris das luzes.)
Pretendo ir à Copacabana da Bossa Nova. (= Pretendo voltar da Copacabana da
Bossa Nova.)

ACENTO GRAVE EM LOCUÇÕES

Vitoriosos alunos, o acento grave deve ser empregado em locuções cujo


núcleo é formado (sempre) por palavra feminina.
As locuções femininas classificam-se em:

- adverbiais: à baila, à beça, às claras, à direita, às escondidas, à esquerda, à


força, às moscas, à noite, às pressas, à revelia, à solta, à tarde, às vezes, à vista, à
vontade ...

Exemplos:
Passarei no concurso e comprarei um carro à vista.
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Para comemorar a aprovação no concurso, iremos ao teatro à noite.

Cuidado!

Em locuções adverbiais femininas de instrumento, regidas de


preposição A, temos um ponto divergente: alguns gramáticos consagrados não
recomendam o emprego do acento grave; outros, porém, admitem o emprego do
acento grave, a fim de que seja mantida a clareza da frase.

Em um concurso do Banco do Brasil (organizado por outra banca), por


exemplo, havia um item em que constava o excerto 'preencher à maquina'. Após os
recursos, o item foi anulado, haja vista a divergência doutrinária.

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O que fazer, afinal? No momento da prova, analisem todas as alternativas


(inclusive quanto à clareza) antes de julgá-las.

- prepositivas (terminadas por uma preposição essencial): à altura de, à base


de, à beira de, às custas de, à espera de, às expensas de, à frente de, à maneira
de, à mercê de, à moda de, à procura de ...

Exemplos:
Os alunos do Estratégia Concursos ficarão à frente dos demais candidatos.
O aluno foi aprovado no concurso; portanto, está à espera da convocação.

Observação!

Na locução prepositiva ATÉ A (equivalente à preposição ATÉ), o emprego da


preposição A é facultativo.
Vocês podem me perguntar: Fabiano, é por isso que as gramáticas expõem
que, antes da preposição ATÉ, o emprego do acento grave é facultativo? Eu lhes
respondo: acompanhem.

Se empregarmos a locução prepositiva ATÉ A, e o termo regido admitir a


anteposição do artigo definido A, haverá crase, demarcada pelo acento grave.

Exemplo: Empolgado com a aprovação, corri até à praia de Botafogo. (à =


preposição A + artigo definido A)

Por outro lado, se empregarmos somente a preposição ATÉ, não haverá


crase.

Exemplo: Empolgado com a aprovação, corri até a praia de Botafogo. (a = artigo


definido A)

Perceberam que, após a preposição ATÉ, o emprego da preposição A é


facultativo? Por isso, as gramáticas prescrevem que o emprego do acento grave é
facultativo.

- conjuntivas: à medida que, à proporção que.


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Exemplos:
Você ficará mais preparado para o concurso à medida que estudar.
À proporção que você for promovido, sua remuneração aumentará.

- adjetivas: à brasileira, à milanesa, à toa ...

Exemplos:
Fiquei em casa à toa.
Ontem comi um bife à milanesa.

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O acento grave também deve ser empregado em locuções femininas que


indicam hora.

Exemplo:
Saí de casa às quatro horas da tarde.
Ele voltará à uma.

Cuidado!

Indicando tempo passado, devemos usar o verbo HAVER.

Exemplo: O candidato terminou a prova há duas horas.

Indicando tempo futuro, devemos usar a preposição A.

Exemplo: O candidato terminará a prova daqui a duas horas.

20. (ESAF-2005/STN) Assinale a opção que preenche de forma correta as


lacunas do texto.

João Paulo II, com a acuidade de sua inteligência e a abrangência e profundidade


de sua vivência, cultura e saber, clamou com forte carisma, como verdadeiro
herdeiro dos profetas bíblicos, ____1____ perenidade e atualidade dos valores que
nos foram transmitidos pelo povo da Aliança e levados ___2____ perfeição por
Jesus Cristo, que revelou a vocação _____3____ transcendência da humanidade,
seu sentido maior e definitivo. O hedonismo e o utilitarismo induzem ____4______
relativização do respeito _____5____ vida humana, em especial ____6_______
dos mais frágeis e indefesos.
02763616100

(Paulo Leão, “A fé não teme a razão”, Folha de S. Paulo, 9/4/2005, com adaptações)

1 2 3 4 5 6
a) a à à a à à
b) a à à à à a
c) à à a a a à
d) à a a a a à
e) à a à a à à

Comentário: Na primeira lacuna, o termo regido é “perenidade”, que admite a


anteposição do artigo definido “a”. Entretanto, o termo regente – “clamou” – é transitivo
direto, não regendo emprego de preposição. Sendo assim, no trecho “... clamou com
forte carisma, como verdadeiro herdeiro dos profetas bíblicos, a perenidade...”, não

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houve o fenômeno da crase. Há tão somente o artigo “a”. Sendo assim, já eliminados
as assertivas C, D e E. Na segunda lacuna, o termo regente é “levados”, que exige o
emprego da preposição “a”. Por sua vez, o termo regido “perfeição” admite a
anteposição do artigo “a”. Logo, no trecho “... levados à perfeição...”, ocorreu o
fenômeno da crase. Como a terceira lacuna é igual nas opções A e B, vamos analisar
a quarta. No trecho “... O hedonismo e o utilitarismo induzem....”, o vocábulo
destacado é o termo regente, que exige o emprego da preposição “a”. Então, sinal de
alerta! Por seu turno, o termo regido “relativização” admite a anteposição do artigo
definido “a”. Logo, houve a fusão entre esses dois elementos, sendo demarcada pelo
acento grave: “... induzem à relativização...”. Eliminamos, assim, a letra A. Portanto, a
letra B é o gabarito da questão.

Gabarito: B.

21. (ESAF-2006/CGU) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas


do texto.

Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no


Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A
iniciativa do governo federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania
e Solidariedade e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
vai selecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo o país que estão
contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
(ODM), como __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redução da
mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um compromisso assumido, perante
__4__ Organização das Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 metas
sociais até o ano de 2015.

(Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da


República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006)

1/2/3/4/5
a) a / à / à / a / às
b) as / a / a / à / as
c) às / à / a / à / às
d) a / a / a / a / as
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e) as / a / a / à / às

Comentário: Na primeira lacuna, devemos empregar somente a preposição “a”.


Esse elemento é exigido pelo termo regente “dar” (VTDI), tendo como complemento
direto o vocábulo “visibilidade’ e indireto a palavra “experiências”. Como esta última
está no plural, há duas possibilidades:

1ª – empregar a forma “às”, caracterizando a fusão entre a preposição “a” e o artigo


definido “as”;

2ª – empregar a forma “a”, caracterizando uma preposição rígida.

Diante dessas duas hipóteses, já eliminamos as letras B e E.

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Por sua vez, a segunda lacuna deve ser preenchida apenas pelo artigo
definido “a”, admitido pelo nome “erradicação”. Portanto, eliminamos as assertivas A
e C, tendo a letra D como gabarito da questão.
Vamos analisar as demais lacunas: na terceira, novamente temos somente o
artigo definido “a”; na quarta, há apenas o artigo definido “a”, uma vez que já foi
empregada a preposição “perante”; por fim, temos somente o artigo definido “as”,
pois o termo regente “cumprir” é transitivo direto, não exigindo emprego da
preposição “a”.

Gabarito: D.

22. (ESAF-2006/MTE) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas


do texto.

Os primeiros imigrantes trazidos por empresas importadoras eram, em geral,


obrigados __1__assinar contratos de parceria com o importador para trabalharem
nas lavouras do café do estado de São Paulo. O contratante adiantava __2__
despesas de transporte da Europa __3__ colônias e o necessário
__4__subsistência inicial. Nas colônias, o imigrante recebia determinado número de
pés de café para cultivar. Tinha direito __5__ meação no resultado da venda.

(Sidnei Machado, http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/ viewPDFInterstitial/1766/1463)

1 2 3 4 5
a) à as as à a
b) à às às à à
c) a as as a a
d) a às às a à
e) a as às à à

Comentário: Na primeira lacuna, temos apenas a preposição “a”, pois verbos não
admitem a anteposição do artigo definido “a”: “... obrigados a assinar...”. Na
segunda, o termo regente “adiantava” é transitivo direto e indireto, ou seja, rege
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emprego da preposição “a” apenas no objeto indireto “às colônias”. Temos, portanto,
apenas o artigo definido “as”: “... adiantava as despesas...”; por sua vez, na terceira
lacuna houve o emprego do acento grave indicativo de crase, pois ocorreu a fusão
entre a preposição “a” e o artigo definido “as”, admitido pelo substantivo “colônias”:
“...O contratante adiantava as despesas de transporte da Europa (OD) às colônias
(OI) ...”. Já a quarta lacuna deve ser preenchida com a forma “à”, em virtude da
fusão da preposição “a”, exigida pelo termo regente “necessário”, com o artigo
definido “a”, admitido pelo vocábulo “subsistência”; por fim, a forma correta é “à”,
pois vocábulo “direito” rege emprego da preposição “a” , e o termo regido “meação”
admite a anteposição do artigo definido “a”: “Tinha direito à meação...”.

Gabarito: E.

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23. (ESAF-2010/MPOG)

A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras está cada
vez mais em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em número e
modificamos quase todo o planeta. Graças aos avanços científicos, tomamos
consciência de que nossa sobrevivência na Terra está fortemente ligada a(2)
sobrevivência das outras espécies e que nossos atos, relacionados a(3) alterações
no planeta, podem colocar em risco nossa própria sobrevivência. Contudo, aliado ao
desenvolvimento científico, temos o crescimento econômico que nem sempre
esteve preocupado com questões ambientais. O que se almeja é o desenvolvimento
sustentável, que é aquele viável economicamente, justo socialmente e correto
ambientalmente, levando em consideração não só as(4) nossas necessidades
atuais, mas também as(5) das gerações futuras, tanto nas comunidades em que
vivemos quanto no planeta como um todo.

(Adaptado de A. P . FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável: o crescimento


econômico e o meio ambiente. Disponível em http://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008)

Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da


Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase em:

a) 1, 2 e 3
b) 1 e 2
c) 1, 3 e 5
d) 2 e 4
e) 3, 4 e 5

Comentário: A inserção do sinal indicativo de crase é obrigatória nos itens 1 e 2.


Vejamos. Em (1), o termo regido é a forma verbal “deixaremos”, cuja transitividade é
direta e indireta. Esse elemento exige, portanto, um complemento direto – o
pronome relativo “que” – e um complemento indireto – a expressão “gerações
futuras”. Portanto, haverá a fusão obrigatória entre a preposição “a” e o artigo
definido “as” no trecho “...herança que deixaremos às gerações futuras...”. Em (2),
temos o seguinte: o termo regente “ligada” exige emprego da preposição “a”. Por
sua vez, o termo regido “sobrevivência” admite o emprego do artigo definido “a”,
ocorrendo, portanto, a fusão obrigatória entre esses dois elementos. Em (3), o
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emprego do acento grave é proibido por se tratar exclusivamente de uma


preposição rígida, exigida pelo termo regente “relacionados”. Isso ocorreu porque o
termo regido “alterações” está no plural. Por fim, as opções contidas em (4) e em (5)
são apenas objetos diretos do verbo “levar”. Portanto, não há exigência de
preposição e, por conseguinte, não ocorreu o fenômeno da crase.

Gabarito: B.

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24. (FCC/DNOCS) Muitos consumidores não se mostram atentos ___


necessidade de sustentabilidade do ecossistema e não chegam ___ boicotar
empresas poluentes; outros se queixam de falta de tempo para se dedicarem
___ alguma causa que defenda o meio ambiente.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
respectivamente, por:
(A) à - a - a
(B) à - a - à
(C) à - à - a
(D) a - a - à
(E) a - à – à

Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida com “à”, pois o termo regente
(atentos) exige o emprego da preposição “a”, e o termo regido (necessidade) admite
a anteposição do artigo definido “a”. Sendo assim, haverá a fusão, ou seja, a crase,
que é representada pelo emprego do acento grave.Dessa forma, já eliminamos as
letras D e E. Por sua vez, a segunda lacuna deve ser preenchida com “a”, pois,
ainda que o verbo “chegar” exija o emprego da preposição “a”, a forma verbal
“boicotar” não admite a anteposição de artigo definido feminino. Assim, também
eliminamos a assertiva C. Já a terceira lacuna deve ser preenchida com a forma “a”:
ainda que a forma verbal “dedicarem-se” exija o emprego da preposição “a”, o
pronome indefinido “alguma” não admite o emprego de artigo definido “a”. Logo, não
se usa acento grave indicativo de crase. Portanto, o período do enunciado deve ser
preenchido da seguinte forma: Muitos consumidores não se mostram atentos à
necessidade de sustentabilidade do ecossistema e não chegam a boicotar
empresas poluentes; outros se queixam de falta de tempo para se dedicarem a
alguma causa que defenda o meio ambiente.
Gabarito: A.

25. (FCC/TRE-AM) Sem nada perguntar ___ ninguém, o rapaz dirigiu-se ___ um
canto da sala, ___ espera de ser chamado pela atendente.
(A) a - a - a
(B) a - a - à
(C) a - à - à
(D) à - à - a 02763616100

(E) à - a – a

Comentário: Na primeira lacuna, o pronome indefinido “ninguém” não admite a


anteposição do artigo definido “a”. Logo, não se usa o acento grave indicativo de
crase, ainda que o verbo “perguntar”, no contexto em que está empregado, exija o
emprego da preposição “a”. Na segunda lacuna, o verbo “dirigir-se” rege o emprego
da preposição “a”. Entretanto, o termo regido é iniciado pelo artigo indefinido “um”.
Logo, a lacuna deve ser preenchida apenas com a preposição “a”. Por sua vez, a
terceira lacuna introduz uma locução prepositiva feminina (à espera de), em que se
emprega o acento grave. Portanto, o período do enunciado deve ser preenchido da
seguinte forma: Sem nada perguntar a ninguém, o rapaz dirigiu-se a um canto da
sala, à espera de ser chamado pela atendente.

Gabarito: B.

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26. (FCC/TRT 2ª REGIÃO) Atente para as seguintes frases:

I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um


notório extrovertido.

II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem


notar; também as tímidas chamam a atenção.

III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar
a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em

(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) I.
(E) III.

Comentário: A afirmativa I foi a grande “pegadinha” da questão, pois muitos


candidatos confundiram “a medida que” com a locução conjuntiva feminina “à
medida que”. Notem que, no contexto, o verbo “estabelecer” é transitivo direto, ou
seja, não exige preposição. Sendo assim, “a medida” é o objeto direto, precedendo
o pronome relativo “que”, o qual retoma a expressão “a medida”. Portanto, não se
justifica o emprego do acento grave: Não é possível estabelecer a medida que
distancia um notório tímido de um notório extrovertido. Com relação à afirmativa II, o
verbo “assistir” foi empregado no sentido de “caber”. Nessa acepção, a
transitividade é indireta, regendo o emprego da preposição “a”. Como o termo regido
“pessoas” admite o emprego do artigo definido “as”, houve a fusão, ou seja, a crase:
Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem notar;
também as tímidas chamam a atenção. Por fim, a afirmativa III, “à vontade” é uma
locução adverbial feminina de modo, em que se emprega o acento grave: Ainda que
com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar a atenção de todos.

Gabarito: A. 02763616100

27. (FUNRIO-2009) Pela internet, um grupo de jovens universitários buscou a


melhor formar de ajudar ___ vítimas de enchentes em Santa Catarina, e um
deles foi ___ Itapema, disposto ___ colaborar na reconstrução da cidade.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,


respectivamente, por:

(A) as - a - à
(B) as - a - a
(C) às - à - a
(D) as - à - à
(E) às - a – à

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Comentário: No contexto, o verbo “ajudar” é transitivo direto, tendo como objeto


direto “as vítimas de enchentes”. Sendo assim, a primeira lacuna deve ser
preenchida apenas com o artigo definido “as”. Em “foi __ Itapema”, o verbo “ir” exige
o emprego da preposição “a”. Entretanto, o topônimo (nome de lugar) “Itapema” não
admite artigo. Portanto, essa lacuna deve ser preenchida apenas com a preposição
“a”. Por sua vez, a terceira lacuna deve ser preenchida apenas com a preposição
“a”, requerida pelo adjetivo “disposto” (disposto A algo), já que o verbo “colaborar”
não admite a anteposição de artigo definido feminino “a”.

Gabarito: B.

28. (FUNRIO-2007) A frase inteiramente correta quanto ao emprego ou


ausência do sinal de crase é:

(A) O ensino permanente deve oferecer às pessoas os meios de superar


obstáculos, para atingir os objetivos a que se propõem.
(B) Apesar da obrigatoriedade de crianças entre 7 e 14 anos irem a escola, boa
parte delas é incapaz de escrever um bilhete à um amigo.
(C) Atender a todas as crianças, tornando-as capacitadas à uma vida digna e
confortável, deve ser o objetivo maior de uma escola.
(D) Uma educação de qualidade oferece à qualquer pessoa as condições essenciais
à entrada ou à permanência no mercado de trabalho.
(E) A medida que se avança na melhoria do sistema de ensino, é possível oferecer
boas condições de trabalho à muitas pessoas.

Comentário: Logo na assertiva A, temos o gabarito da questão. O verbo “oferecer”,


no contexto em que está empregado, é transitivo direto e indireto, regendo o
emprego da preposição “a” (oferece algo A alguém) no objeto indireto. No trecho “a
que se propõem”, a forma verbal “propor-se” é transitiva indireta, regendo o
emprego da preposição “a”. Como já sabemos, em orações adjetivas, a preposição
deve anteceder o pronome relativo que a inicia. Entretanto, não houve emprego do
acento grave indicativo de crase em virtude de o termo antecedente ser masculino
(os objetivos), o qual, evidentemente, não admite emprego de artigo definido
feminino.

Gabarito: A.
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29. (FUNRIO-2009) Está correto o emprego ou a ausência do sinal de crase na


frase:

(A) Consumidores menos abastados, com menor poder de negociação, submetem-


se as exigências dos credores a fim de obterem crédito.
(B) Lado a lado com as conquistas econômicas, os estratos sociais mais baixos
ascenderam a uma classe social superior.
(C) Os produtos destinados à classes sociais de maior poder aquisitivo estão a
disposição da classe C, por conta do crédito fácil.
(D) O poder público busca atender, à todo momento, com medidas pertinentes, as
necessidades das classes mais desfavorecidas.

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(E) A mídia estampa de maneira persuasiva e à qualquer hora produtos destinados


à uma classe emergente cada vez maior.

Comentário: O período correto é encontrado na assertiva B. Em “Lado a lado”,


temos palavras repetidas. Segundo a regra gramatical, não se usa o acento grave
nessa circunstância. No trecho “ascenderam a uma classe social”, o verbo
“ascender” foi empregado no sentido de “elevar-se, subir”. Nessa acepção, a
transitividade é indireta, regendo o emprego da preposição “a”. Entretanto, não
houve o emprego do acento grave, porque há, no contexto, o pronome indefinido
“uma”.

Gabarito: B.

30. (FUNRIO-2010) A alimentação diária, ____ base de feijão com arroz,


fornece ____ população brasileira os nutrientes necessários ____ uma boa
saúde.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
respectivamente, por:

(A) a - à - à
(B) à - a - a
(C) à - à - a
(D) a - a - à
(E) à - à – à

Comentário: Em “A alimentação diária, à base de feijão com arroz”, temos a locução


prepositiva “à base de”. Por essa razão, emprega-se o acento grave. Assim, já
eliminamos as letras A e D. No trecho “(...) fornece à população brasileira”, a forma
verbal “fornece” (termo regente) é transitiva direta e indireta, regendo, no objeto
indireto, o emprego da preposição “a”. O termo regido “população brasileira” admite
o emprego do artigo definido “a”. Logo, houve a fusão, ou seja, a crase. Por
conseguinte, também eliminamos a letra B. Por fim, no trecho “necessário a uma
boa saúde”, ainda que o termo regente “necessário” exija o emprego da preposição
“a” (necessário A algo), não haverá o uso do acento grave, pois o termo regido é o
pronome indefinido “uma”. Portanto, as lacunas devem ser preenchidas por “à”, “à” e
“a”.
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Gabarito: C.

31. (FUNRIO-2008/CBMERJ/Guarda-vidas) Em “retorna à formação para tirar


vantagem do poder de sustentação da ave à sua frente.”, o emprego da crase
é, respectivamente:

a) indevido e opcional;
b) obrigatório e obrigatório;
c) obrigatório e opcional;
d) equivocado e obrigatório;
e) opcional e equivocado.

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Comentário: No trecho “retorna à formação (...)”, o emprego do acento grave
indicativo do fenômeno da crase é obrigatório. Neste segmento, o verbo “retornar”
rege o emprego da preposição “a”, termo que se fundirá com o artigo definido “a”
admitido pelo termo regido “formação”. Assim, restam-nos apenas as letras (B) e
(C). Continuando a análise, no excerto “(...) sustentação da ave à sua frente”, o
emprego do acento grave é opcional, pois estamos diante de um pronome
possessivo feminino singular. Portanto, tanto faz grafar (ou não) o trecho com
acento grave: “(...) sustentação da ave a sua frente” ou “(...) sustentação da ave à
sua frente”.
Logo, a letra (C) é a resposta da questão.

Gabarito: C.

“Tendo começado quase ao mesmo tempo a vida de escritor e a de professor,


bem se pode imaginar quanto me vi às voltas com as regras ditadas durante
todos aqueles anos por filósofos e gramáticos.”

32. (FUNRIO-2008/DEPEN/Agente Penitenciário) Assim como está adequado o


emprego do acento de crase no sintagma “às voltas”, também está correto
esse uso do acento em:

a) Peço encarecidamente à V. Exa. a transferência desse indivíduo.


b) Os vales-refeição serão distribuídos à partir de amanhã à tarde.
c) Encomendei um sanduíche à metro e comprei comida à quilo.
d) À meia-noite, assistimos pela tevê à chegada do Ano Novo.
e) Saíram às escondidas e foram à pé até à esquina pegar um táxi.
Comentário: A resposta da questão encontra-se na letra (D). Na expressão “à meia-
noite”, o acento grave foi empregado em uma locução adverbial feminina, o que
respeita os cânones gramaticais. Em seguida, no trecho “(...) assistimos pela tevê à
chegada do Ano Novo”, o verbo “assistir” foi utilizado na acepção de “ver,
presenciar”. Conforme nos ensinam as lições gramaticais, quando “assistir” for
empregado nesta significação, será transitivo indireto, regendo o emprego da
preposição “a”. Este termo, por sua vez, fundir-se-á com o artigo definido “a”,
admitido antes do termo regido “chegada”, acarretando o fenômeno da crase.
Nas demais opções:
a) Em regra, não se utiliza o acento grave antes de formas de tratamento, salvo
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antes de “senhora, senhorita e madame”.


b) Segundo as lições gramaticais, não se emprega o acento grave antes de formas
verbais. Portanto, o correto é “(...) distribuídos a partir de amanhã”.
c) Nos trecho “à metro” e “à quilo”, o acento grave foi mal empregado, pois nomes
masculinos não admitem a anteposição do artigo definido “a”. Logo, o adequado
seria “sanduíche a metro” e “comida a quilo”.
e) A expressão “às escondidas” é uma locução adverbial feminina, o que justifica o
emprego do acento grave. Entretanto, o segmento “à pé” contém desvio gramatical,
pois não se emprega o acento grave indicativo de crase antes de nomes masculinos
(a pé). Vale destacar que, após a preposição “até”, o emprego do acento grave é
facultativo. Logo, estariam corretas as estruturas a seguir: “até a esquina” e “até à
esquina”.

Gabarito: D.

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33. (FUNRIO-2008/DEPEN/Agente Penitenciário) Qual das frases abaixo,


embora consagrada pelo uso na imprensa de prestígio, ainda é apontada
como um desvio em relação às normas da língua padrão?

a) Custa-me crer que tudo isso ainda seja proibido na sociedade brasileira
contemporânea.
b) Quinze por cento da população gaúcha declararam que seus momentos de lazer
diminuíram.
c) A maior parte daqueles bairros não tinham nenhuma estrutura para suportar as
enchentes.
d) Assim que elas intervieram, a dúvida foi sanada e todos ficamos satisfeitos e
felizes.
e) O público feminino preferia mais a punição da vilã do que a vingança da heroína.

Comentário: Ocorreu desvio gramatical na assertiva (E). O verbo “preferir” é


transitivo direto e indireto e dispensa o uso da correlação “mais...do que”. Em outras
palavras, o início da estrutura do objeto direto será introduzido pela preposição “a”,
e não pela expressão “do que”: O público feminino preferia (VTD) a punição da vilã
(OD) à vingança da heroína (OI)”. Reparem que o objeto direto “a punição da vilã”
foi iniciado pelo artigo definido “a”, termo que também deve ser empregado no
objeto indireto, a fim de manter o paralelismo sintático da estrutura. Com isso,
ocorreu o fenômeno da crase.

Gabarito: E.

34. (FUNRIO-2013/MPOG/Analista em Tecnologia da Informação) Assinale a


única substituição feita com a expressão estar com você que contém erro no
emprego do acento de crase.

A) Estar à sua volta.


B) Estar às vezes com você.
C) Estar à disposição de você.
D) Estar à pé com você.
E) Estar às boas com você

Comentário: O único desvio é encontrado na assertiva (D). No trecho Estar à pé


02763616100

com você, o acento grave foi empregado inadequadamente antes do vocábulo pé.
Palavras de gênero masculino não admitem a anteposição do artigo definido a , o
que impede a fusão com a preposição a. Logo, não ocorre o fenômeno da crase:
Estar a pé com você.

Gabarito: D.

35. (FUNRIO-2006/DOCAS-RJ/Assistente Administrativo) A frase que apresenta


ERRO quanto à sintaxe de regência é:

a) Falta de atenção implica em erros.


b) Prefiro ler a ver televisão.
c) Assistimos a uma partida emocionante.

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d) Todos visam a uma vida tranquila.


e) Perdoou ao filho a desobediência.

Comentário: A alternativa errada é a letra (A). No contexto, o verbo “implicar” foi


empregado na acepção de “acarretar”. Por essa razão, deve assumir transitividade
direta, ou seja, não reger o emprego de preposição. Logo, o trecho correto é “Falta
de atenção implica (VTD) erros (OD).
As demais opções estão em conformidade com o padrão culto do idioma.

Gabarito: A.

36. (VUNESP-2013/FUNDAÇÃO CASA/2013) Há pessoas que, mesmo sem


condições, compram produtos _________ não necessitam e ________ tendo de
pagar tudo _____ prazo.

Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta e respectivamente,


considerando a norma culta da língua.

(A) a que … acaba … à


(B) com que … acabam … à
(C) de que … acabam … a
(D) em que … acaba … a
(E) dos quais … acaba … à

Comentário: No contexto da primeira lacuna, devemos empregar a expressão “de


que”, introduzindo a oração adjetiva “de que não necessitam”. É importante destacar
que a forma verbal “necessitam” rege o emprego da preposição “de”, termo que
antecede o pronome relativo “que”. Por sua vez, a segunda lacuna deve ser
preenchida pela forma verbal “acabam”, concordando em número (plural) com o
sujeito “pessoas”: “(...) pessoas que (...) compram produtos de que não necessitam
e acabam tendo de (...)”. Por fim, a terceira lacuna deve ser preenchida apenas com
a preposição “a”, já que não ocorre o fenômeno da crase antes de vocábulos
masculinos: “(...) pagar tudo a prazo”.

Gabarito: C. 02763616100

37. (VUNESP-2013/SEJUS-ES) Analise as afirmações a seguir.

I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso por homicídio. – o termo
em destaque pode ser substituído, sem alteração do sentido do texto, por “faz”.

II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser reescrita da seguinte forma
– Todo preso aspira à libertação.

III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido ao
bom comportamento. – pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
do”, sem alterar o sentido do texto.

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De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, está correto o que se afirma
em

(A) I, II e III.
(B) III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) I, apenas.
(E) I e II, apenas.

Comentário: Vamos analisar as afirmações.

I. No período “Há sete anos”, a forma verbal “há” foi empregada na acepção de
tempo pretérito. Essa é uma das possibilidades em que o verbo “haver” é impessoal,
devendo permanecer na 3ª pessoa do singular. Por sua vez, o verbo “fazer” também
será impessoal quando indicar tempo passado, estando adequada a substituição
proposta pelo examinador: “Faz sete anos (...)”. Portanto, a afirmação está correta.

II. Em “todo preso deseja a libertação”, a forma verbal em destaque é transitiva


direta, não exigindo o emprego de preposição. Todavia, na reescritura “todo preso
aspira à libertação”, o verbo “aspirar” foi empregado na acepção de “almejar,
pretender”, sendo transitivo indireto e regendo o emprego da preposição “a”. A este
termo juntar-se-á o artigo definido “a”, que antecede o termo regido “libertação”,
acarretando o fenômeno da crase. Logo, a afirmação II também está correta.

III. A locução prepositiva “devido a” exprime valor de causa, podendo ser substituída
pela expressão “em razão do” no período “estou sendo olhado de forma diferente
aqui no presídio em razão do bom comportamento”. Logo, a letra (A) é a resposta
da questão.

Gabarito: A.

38. (VUNESP-2013/SEJUS-ES) O Instituto Nacional de Administração Prisional


(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio ____ ressocialização do
indivíduo preso, com o objetivo de prepará-lo para o retorno ____ sociedade. Dessa
forma, quando em liberdade, ele estará capacitado ____ ter uma profissão e uma
vida digna. 02763616100

(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Acesso


em: 18.08.2012. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto,


de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

(A) à … à … à
(B) a … a … à
(C) a … à … à
(D) à … à ... a
(E) a … à … a

Comentário: Na primeira lacuna, devemos empregar a estrutura “à”, resultante da


contração entre a preposição “a”, exigida pelo termo regente “apoio”, e o artigo

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definido “a”, admitido pelo termo regido “ressocialização”: “(...) apoio à
ressocialização”. Assim, já eliminamos as opções (B), (C) e (E). Por sua vez, a
segunda lacuna também deve ser preenchida com a estrutura “à”, indicando a
ocorrência do fenômeno da crase em “retorno à sociedade”, uma vez que o termo
regente “retorno” exige o emprego da preposição “a” e o termo regido “sociedade”
admite o emprego do artigo definido feminino “a”. Por fim, a terceira lacuna deve ser
preenchida com a preposição “a”, tendo em vista que o verbo não admite a
anteposição do artigo definido feminino: “capacitado a ter (...)”. Logo, a letra (D) é a
resposta da questão.

Gabarito: D.

39. (VUNESP-2012/Iamspe) Assinale a alternativa em que o acento indicativo da


crase foi empregado corretamente, de acordo com a norma-padrão.

(A) A mãe pátria cumpriu o que prometeu à seus filhos?


(B) Quanto à previsões do clima, podemos dizer que são sombrias.
(C) A natureza exerce, às vezes, o papel de fera, e outras vezes, o de fada.
(D) O que a mãe pátria anda fazendo para socorrer às pessoas inocentes?
(E) A mãe natureza pode nos levar à grandes belezas e surpresas.

Comentário: O emprego adequado do acento grave ocorreu na assertiva (C). De


acordo com os cânones gramaticais, o acento deve ser utilizado nas locuções
adverbais femininas, tai como ocorre em “às vezes”.

Nas demais opções:

a) não deve ocorrer o fenômeno da crase antes do pronome possessivos “seus”,


sendo o termo “a” somente preposição.
b) o trecho “quanto a previsões” contém apenas a preposição “a”, exigida pelo termo
“quanto”. Nesse caso, não ocorreu o fenômeno da crase pelo fato de o termo regido
“previsões” estar no singular. A crase ocorreria se “previsões” estivesse no plural:
quanto às previsões.
d) o contexto nos apresenta o verbo “socorrer” com transitividade direta, ou seja,
não exigindo preposição; o termo “as” é tão somente artigo definido.
e) o verbo “levar” é transitivo direto e indireto, regendo o emprego da preposição “a”
na estrutura do objeto indireto “a grandes belezas e surpresas”. Entretanto, não
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deve ocorrer o fenômeno da crase em virtude de o termo regido “grandes belezas e


surpresas” estar flexionado no plural.

Gabarito: C.

40. (VUNESP-2013/Polícia Civil-SP) De acordo com a norma-padrão da língua


portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente empregado em:

(A) A população, de um modo geral, está à espera de que, com o novo texto, a lei
seca possa coibir os acidentes.
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensarem a sua postura.
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à punições muito mais severas.

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(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a vida dos demais motoristas e
de pedestres.
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento da nova lei para que ela
possa funcionar.

Comentário: O emprego do acento grave está correto na opção (A). Conforme nos
ensinam os eminentes gramáticos, esse acento deve ser empregado em locuções
prepositivas de base feminina, tal como ocorre em “à espera de”.
Nas demais opções:
b) não deve ocorrer o fenômeno da crase, pois a forma verbal “repensarem” não
admite a anteposição do artigo definido feminino “a”; o termo “a”, portanto, é tão
somente uma preposição.
c) também não deveria ocorrer a crase em “sujeitos a punições”, pois o “a” é apenas
preposição regida pelo nome “sujeitos”.
d) não deve ser empregado o acento grave indicativo de crase diante de “ninguém”,
palavra de sentido indefinido.
e) à feição do que ocorreu na assertiva anterior, também não ocorre crase em “cabe
a todos”.

Gabarito: A.

41. (VUNESP-2013/SEFAZ-SP) Observe os trechos:

• Renovar sistematicamente os quadros é um princípio de gestão importante para


qualquer empresa. (segundo parágrafo)

• Uma pesquisa recente, feita pela consultoria PwC e a FGV-Eaesp, procurou


avaliar como o mundo corporativo busca adequação para essa realidade. (quarto
parágrafo)

• Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que


quadros mais maduros podem constituir alternativa para a escassez de talentos…
(penúltimo parágrafo)

Considerando as regras de emprego do acento indicativo de crase, as expressões


destacadas podem ser substituídas, correta e respectivamente, por:
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(A) à … à … a
(B) à … a … a
(C) à … à … à
(D) a … a … à
(E) a … à … à

Comentário: A resposta da questão encontra-se na assertiva (D). Ao substituir a


preposição “para” pelo elemento “a”, não haverá o fenômeno da crase, pois o termo
regido “qualquer” apresenta sentido indefinido: “(...) importante a qualquer empresa”.
Por sua vez, a segunda preposição “para” também deve ser substituída tão somente
pela preposição “a”: ainda que o termo regente “adequação” exija o emprego da
preposição “a”, o termo regido “essa” não admite a anteposição do artigo definido
“a”. Por fim, a terceira substituição deve ser feita pela estrutura “à”, pois o termo

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regente “alternativa” exige o emprego da preposição “a”, ao passo que o termo
regido “escassez” admite a anteposição do artigo definido “a”: “(...) alternativa à
escassez (...)”. Portanto, esta é a resposta da questão.

Gabarito: D.

42. (VUNESP-2013/Prefeitura de Ribeirão Preto) Assinale a alternativa em que o


acento indicativo de crase está empregado corretamente.

(A) Comecei à ler um livro muito divertido hoje.


(B) Se quiser, posso emprestar meus livros à você.
(C) O acesso à leitura ainda é muito limitado no Brasil.
(D) Há pouco espaço dedicado à livros nas estantes dos brasileiros.
(E) Seria ótimo se as famílias se dedicassem à mais atividades de leitura.

Comentário: O emprego correto do acento grave indicativo de crase ocorreu na


assertiva (C). Inicialmente, o substantivo “acesso” rege o emprego da preposição
“a”, em conformidade com as lições de Celso Pedro Luft, na obra Dicionário Prático
de Regência Nominal, editora Ática, 2010. Em segundo lugar, o termo regido
“leitura” admite a anteposição do artigo definido “a”. Para fazer essa constatação,
basta colocá-lo na função de sujeito em qualquer oração, como em “A leitura é útil”.
Percebemos, então, que a anteposição do artigo é permitida, acarretando o
fenômeno da crase em “O acesso à leitura ainda é muito limitado no Brasil”.
As demais opções apresentaram erros, a saber:
a) o verbo “ler não admite a anteposição do artigo definido “a”, não devendo ocorrer
o fenômeno da crase, portanto.
b) em regra, não se emprega acento grave indicativo de crase antes de pronomes
pessoais.
d) o termo regente “dedicado” rege o emprego da preposição “a”; entretanto, o
termo regido “livros” não admite a anteposição do artigo definido “a”. Logo, temos
somente uma preposição.
e) em “(...) se dedicassem a mais atividades (...)”, não deve ocorrer o fenômeno da
crase em razão de estarmos diante de um pronome indefinido.

Gabarito: C.
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43. (VUNESP-2013/Polícia Civil-SP) Assinale a alternativa em que o acento


indicativo da crase está empregado de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.

(A) Estavam à dois metros da delegacia.


(B) Policiais e falsários ficaram frente à frente.
(C) Convidaram à funcionária para uma reunião.
(D) O hino faz referência à lealdade que os policiais devem ter com a Pátria.
(E) À cada momento a violência aumenta nas grandes cidades.

Comentário: O emprego do acento grave indicativo de crase está correto na opção


(D). Inicialmente, vale destacar que o termo regente “referência” rege o emprego da
preposição “a”. Em um segundo momento, é importante observar que o termo

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regido “lealdade” admite a anteposição do artigo definido “a”. Com isso, temos o
fenômeno da crase em “O hino faz referência à lealdade (...)”.

As demais opções apresentaram erros, a saber:

a) Em “Estavam a dois metros (...)”, o termo “a” é apenas preposição.


b) Conforme nos ensinam as lições gramaticais, não se usa o acento grave
indicativo de crase entre palavras repetidas, tal como ocorre em “frente a frente”.
c) Em “Convidaram a funcionária (...)”, o termo “a” é tão somente artigo, porque o
verbo “convidar’ é transitivo direto, ou seja, não rege emprego da preposição “a”.
e) Em “À cada momento (...)”, o emprego do acento grave não encontra justificativa
gramatical, uma vez que estamos diante de uma palavra de sentido indefinido.

Gabarito: D.

44. (VUNESP-2013/TJ-SP) O escritor toca nas significações existentes para torná-


-las destoantes, estranhas, e para conquistar, devido ____ estranheza, uma nova
harmonia que se aposse do leitor, envolvendo-____ .

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem


ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

(A) à ... o
(B) a ... lhe
(C) essa ... lhe
(D) à essa ... o
(E) a essa ... lhe

Comentário: O gabarito da questão encontra-se na assertiva (A). Na primeira


lacuna, temos a locução prepositiva “devido a”, sendo a preposição “a” amalgamada
ao artigo definido “a” empregado antes do termo regido “estranheza”. Com isso,
ocorreu o fenômeno da crase em “devido à estranheza”. Por sua vez, a segunda
lacuna deve ser preenchida com o pronome oblíquo “o”: já que o verbo “envolver” é
transitivo direto, devemos empregar a forma pronominal “o”: envolvendo-o.

Gabarito: A. 02763616100

45. (VUNESP-2013/SEJUS-SP) O acento indicativo de crase está corretamente


empregado em:

(A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas com as dificuldades para


lidar com as frustrações de seus desejos.
(B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações nos mecanismos biológicos
de controle emocional.
(C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
(D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade alimentam a violência
crescente nas cidades.
(E) Um ambiente desfavorável à formação da personalidade atinge os mais
vulneráveis.

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Comentário: Há correção quanto ao emprego do acento grave na assertiva (E). No
contexto desta opção, o termo regente “desfavorável” rege o emprego da
preposição “a”. Por seu turno, o termo regido “formação” admite a anteposição do
artigo definido “a”, acarretando o fenômeno da crase em “desfavorável à formação”.
As demais opções apresentaram erros, a saber:
a) verbos não admitem a anteposição do artigo definido feminino “a”, razão por que
o termo “a”, constante do trecho “começam a ser relacionadas” é apenas
preposição.
b) o termo “a” é apenas preposição, uma vez que o termo regido “perturbações” está
flexionado no plural. Haveria o fenômeno da crase apenas se esse termo estivesse
antecedido do artigo definido “as”: deve-se às perturbações.
c) não ocorre o fenômeno da crase antes do pronome indefinido “uma”.
d) não se emprega o acento grave antes de palavras do gênero masculino, como
em “(...) aliadas a exemplo (...)”.

Gabarito: E.

46. (VUNESP-2013/SEJUS-SP) As lacunas das frases a seguir devem ser


preenchidas, correta e respectivamente, com:

Crianças que foram humilhadas são vulneráveis _______ doença da violência.


As crianças devem ter limites de disciplina impostos _______ pais.
(A) pela ... de
(B) de ... com os
(C) à ... pelos
(D) com ... aos
(E) por ... em

Comentário: A resposta da questão encontra-se na assertiva (C). No contexto da


primeira lacuna, o termo regente é o adjetivo “vulneráveis”, elemento que rege o
emprego da preposição “a”. Por sua vez, o termo regido “doença” admite a
anteposição do artigo definido “a”, culminando na crase em “(...) vulneráveis à
doença da violência”. Já no contexto da segunda lacuna, devemos empregar a
preposição “por”, termo exigido pelo nome “impostos”, seguido do artigo “os”, que
antecede o termo regido “pais”: “(...) de disciplina impostos pelos pais”.

Gabarito: C.
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47. (FEPESE-2013-DPE/SC-Analista Técnico-Adaptada) Considere o seguinte


trecho:

“A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da


língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima
clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa
daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.”

Analisando-o do ponto de vista sintático, avalie as afirmativas abaixo:

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I. O verbo “impor” no contexto em que se insere deve ser classificado como
transitivo direto e indireto. Os termos “certos parâmetros” e “uso que se faz da
língua” são seus objetos direto e indireto, respectivamente.

Comentário: De fato, o verbo ‘impor’ assume transitividade direta e indireta. Por


conseguinte, terá dois complementos: um direto e outro indireto. O objeto direto é a
expressão ‘certos parâmetros’; já o objeto indireto é o segmento “ao uso que se faz
da língua”. Vejam que, de acordo com o examinador, não foi inserida a combinação
‘ao’ na estrutura do complemento indireto, causando erro na afirmação.

Gabarito: Errada.

II. A crase presente em “à evolução da língua” ganha amparo sintático na contração


de uma preposição – exigida pelo termo “infensa” e de um artigo que define a
palavra “evolução”.

Comentário: De acordo com as lições de Celso Pedro Luft, na obra Dicionário


Prático de Regência Nominal, editora Ática, p. 290, o nome “infenso” rege o
emprego da preposição ‘a’, termo que se fundirá com o artigo definido ‘a’ que
antecede o termo regido ‘evolução da língua’. Com isso, ocorre obrigatoriamente o
fenômeno da crase em “infensa à evolução da língua”. Portanto, a afirmação está
correta.

Gabarito: Certa.

48. (FEPESE-2013-DPE/SC-Analista Técnico) Assinale a frase que está em acordo


com a norma culta da língua portuguesa.

a. ( ) Custa-me crer que ele foi demitido.


b. ( ) Lembro-me que o médico os assistiu durante todo o percurso.
c. ( ) Estas são as ações que te falei sobre o caso X e sobre as quais deves elaborar
um relatório.
d. ( ) Estejam alertas, pois o tempo das pseudos ameaças está por acabar.

Comentário: Questão sobre sintaxe de regência. De acordo com as opções, a única


frase em conformidade com os cânones gramaticais está na letra (A). Em “Custa-me
crer que ele foi demitido”, o verbo “custar” foi adequadamente empregado na
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terceira pessoa, conforme prescreve a gramática tradicional.

Nas demais opções:

b) o verbo pronominal ‘lembrar-se’ rege o emprego da preposição ‘de’, termo que


deve anteceder o trecho ‘que o médico (...) percurso’.
c) faltou a preposição ‘de’, termo exigido pela forma verbal ‘falei’: “Estas são as
ações de que te falei (...)”.
d) segundo as regras de concordância nominal, ‘alerta’ é invariável, devendo
permanecer no singular. Ademais, a grafia adequada do composto é “pseudo-
ameaças”.

Gabarito: A.

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49. (FEPESE-2013/DPE/SC-Técnico em Atividades Administrativas-Adaptada) Em


“das 7:00 as 22:00hs”, não há necessidade de acento indicador de crase, como não
haveria se estivesse escrito de 7 a 20 h.

Comentário: No trecho “das 7:00 as 22:00hs”, há necessidade do emprego do


acento grave indicativo de crase. Reparem que, na sentença, houve o emprego da
preposição ‘de’, seguida do artigo definido ‘a’ antes do primeiro elemento. Por
conseguinte, também deve haver o emprego da preposição (a) antes do segundo
termo, antecedido do artigo definido ‘as’. Com isso, ocorre o fenômeno da crase,
mantendo-se, inclusive, o paralelismo sintático da estrutura: “das 7:00 às 20:00hs”.
Assim, o item está errado.
Apenas para reforçar as lições sobre paralelismo sintático, vale destacar que
estaria correta a estrutura “de 7 a 20h”, pois houve apenas o emprego de
preposição antes do primeiro e do segundo elementos. Obviamente, porém, há uma
diferença semântica entre as expressões “das 7 às 20h” (horário determinado) e “de
7 a 20h” (intervalo de tempo; duração).

Gabarito: Errada.

50. (IADES-2014/IPHAN/Arqueólogo-Adaptada) Considere o fragmento abaixo para


responder à próxima questão.

Cada indivíduo é parte de um todo – da sociedade e do ambiente onde vive –


e constrói, com os demais, a história dessa sociedade, legando às gerações futuras,
por meio dos produtos criados e das intervenções no ambiente, registros capazes
de propiciar a compreensão da história humana pelas gerações futuras.

I. O uso da crase é facultativo em “às gerações futuras” (linha 2).

Comentário: No excerto acima, o termo regente a forma verbal “legando”, cuja


transitividade é direta e indireta. No contexto, o objeto direto é a expressão
“registros” e o objeto indireto é o sintagma “às gerações futuras”, sendo este
constituinte introduzido pela preposição ‘a’, exigida pelo verbo “legar”. A esse
elemento se juntará o artigo definido ‘as’ que antecede ‘gerações’, acarretando o
fenômeno da crase. Logo, o acento grave indicativo de crase é obrigatório,
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contrariando a afirmação do examinador.

Gabarito: Errado.

51. (IADES-2013/CAU-BR/Assistente Administrativo-Adaptada) Considere o


fragmento abaixo para responder à próxima questão.

Antes de pensar em despoluir nossos rios, devemos refletir sobre a causa da


poluição, intimamente associada a lançamentos sem controle de efluentes
domésticos e industriais nos rios e à destinação do lixo nas cidades.

I. O emprego do acento grave em “à destinação do lixo nas cidades” (linha 3) deve-


-se ao gênero da palavra “destinação”.

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Comentário: De acordo com o contexto, o termo regente é o nome “associada”,


elemento que exige o emprego da preposição ‘a’. A este elemento se juntará o
artigo definido ‘a’ que antecede o termo regido ‘destinação do lixo’, acarretando o
fenômeno da crase: “(...) associada [...] à destinação do lixo nas cidades”. Logo, o
emprego do acento grave deve-se à fusão de dois elementos (preposição ‘a’ e artigo
definido ‘a’), contrariando a afirmação da banca.

Gabarito: Errada.

52. (IADES-2014/Metrô-DF/Administrador) Se, no lugar dos verbos destacados no


verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados,
respectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras
sobre regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
deveria ser:

(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.


(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

Comentário: De acordo com as regras de regência verbal, assunto estudado


anteriormente, quando o verbo “esquecer” for empregado em sua forma não
pronominal, será transitivo direto, exigindo um objeto direto como complemento.
Logo, o início da nova redação seria “Esqueço (V.T.D.) os filmes (O.D.)”. Dessa
maneira, já descartamos as letras (A), (C) e (D), restando-nos, como possíveis
respostas, apenas as assertivas (B) e (E). Na continuação do período, a expressão
relativa “o qual” refere-se ao substantivo “filmes”, devendo concordar com este
nome em número e gênero, assumindo, pois, a forma “os quais”. Vale destacar,
sobretudo, a inserção da preposição “de” antes desta expressão relativa, haja vista
a regência do verbo “gostar” (quem gosta, gosta DE algo ou DE alguma coisa). Por
conseguinte, a nova redação seria “Esqueço os filmes dos quais não gosto no
elevador”, validando a letra (E) como resposta da questão.

Gabarito: E.
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53. (IADES-2014/CAU-RJ/Agente de Fiscalização-Adaptada) Analise a


afirmação a seguir.

I. Na oração “dão suporte à vida”, a crase é facultativa.

Comentário: No contexto, o verbo “dar” é transitivo direto e indireto, regendo o


emprego da preposição “a” para iniciar a estrutura do objeto indireto. Por sua vez, o
termo regido “vida” admite a anteposição do artigo definido “a”, termo que se funde
com a preposição “a”, resultando no fenômeno linguístico da crase. Logo, o
emprego do acento grave é obrigatório, contrariando a afirmação do examinador.

Gabarito: Errada.

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54. (IADES-2014/EBSERH-UFRN/Advogado) Se, no lugar dos termos


destacados na oração “Cuide da sua casa”, fossem empregados,
respectivamente, Refira-se e família, de acordo com a norma-padrão, a (o):

(A) substituição de “da” por para também deveria ocorrer.


(B) uso da crase seria obrigatório.
(C) uso da crase seria facultativo.
(D) colocação do pronome “se” antes do verbo seria facultativa.
(E) a colocação do pronome se antes do verbo seria obrigatória.

Comentário: A substituição de “Cuide” e “casa” por, respectivamente, “Refira-se” e


“família” não possibilitaria a colocação proclítica (antes do verbo). Inserindo a forma
verbal “Refira-se”, a colocação do pronome “se” será depois do verbo, pois, em
obediência à norma-padrão da Língua Portuguesa, não se inicia período por
pronome oblíquo átono. Portanto, já identificamos que nosso gabarito é assertiva
(E).
Vale destacar, ainda, que a substituição da forma verbal “Cuide” pela
estrutura “Refira-se” possibilita a reescrita “Refira-se à sua família”. Entretanto, a
questão deveria ter sido anulada, pois o emprego do acento grave antes do
pronome demonstrativo “sua” (pronome possessivo singular) é facultativo (o que
validaria também a letra (C)): Refira-se à/a sua família. Lamentavelmente, contudo,
a banca manteve a letra (E) como resposta definitiva.

Gabarito: E.

55. (IADES-2014/GDF/Administrador) Nas passagens “Eu era ligado à MPB de


Caetano”, “Depois que Renato Russo veio à redação do Correio” e “À época, a
Plebe era a mais falada.”, o emprego da crase é:

(A) obrigatório nas três situações.


(B) facultativo nas três situações.
(C) obrigatório nas duas primeiras situações e facultativo na terceira.
(D) obrigatório apenas na segunda situação e facultativo nas demais.
(E) proibido apenas na primeira situação.
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Comentário: Em “Eu era ligado à MPB”, o nome “ligado” rege o emprego da


preposição ‘a’, termo que se funde com o artigo definido ‘a’, admitido pelo termo
regido “MPB” (Música Popular Brasileira). Assim, já descartamos as letras (B) e (D)
e (E). Já no excerto “Depois que Renato Russo veio à redação do Correio”, o verbo
“vir” rege o emprego da preposição ‘a’ na estrutura do adjunto adverbial “redação do
Correio”, elemento que se funde com o artigo definido ‘a’, resultando no fenômeno
obrigatório da crase. Por fim, no segmento “À época, a Plebe era mais a mais
falada”, temos um adjunto adverbial, cujo emprego do acento grave é obrigatório.
Logo, a letra (A) é nosso gabarito.

Gabarito: A.

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56. (IADES-2014/EBSERH-UFBA/Assistente Administrativo-Adaptada) Acerca


do texto abaixo, analise a afirmação a seguir.

I. O emprego do acento indicativo de crase antes das palavras “lazer” e


“trabalho” é facultativo.

Comentário: De acordo com o texto, identificamos que as palavras “lazer” e


“trabalho” pertencem ao gênero masculino. Em conformidade com os cânones
gramaticais, não se emprega o acento grave diante de nomes masculinos, tendo em
vista que não se admite a anteposição do artigo definido feminino ‘a’. Portanto, não
há que se falar em faculdade no emprego do acento indicativo de crase antes de
tais vocábulos.

Gabarito: Errada.

Água para todos: Sudam e Prefeitura de Belém discutem saneamento

A prefeitura de Belém solicitou da Superintendência do


Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) apoio para a implementação de
projetos relacionados ao Programa Águas para Todos, do Governo Federal. O
projeto diz respeito a obras de saneamento de Belém e visa reduzir o déficit de
água e esgoto da cidade.
A iniciativa é voltada para as regiões periféricas do município,
compreendidas pelas ilhas Mosqueiro, Outeiro, Icoaraci e Cotijuba. Trata-se de
áreas pobres com grande concentração de famílias de baixa renda. A ideia é
02763616100

possibilitar a essas famílias o acesso à água tratada adequada para o


consumo a partir da implementação de sistema de produção de água
subterrânea.
De acordo com a prefeitura, o Pará, apesar de ser um estado rico em
recursos hídricos, dispõe de menos de 60% de atendimento de água potável.
Disponível em: < http://www.sudam.gov.br/comunicacao-social/845-agua-para-todos-sudam-e-prefeitura-de-belem-
discutem-saneamento->. Acesso em: 10/8/2013 (com adaptações).

57. (IADES-2013/SUDAM/Assistente Administrativo) Com relação à


estruturação linguística do texto, analise as afirmações e, em seguida,
assinale a alternativa correta.

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I - Apesar da presença do termo “respeito” (linha 4), que exige complemento


introduzido por preposição “a”, não foi empregado acento indicativo de crase
antes do termo “obras” (linha 4) por ser esse termo um nome feminino no
plural empregado em sentido genérico.

II - Embora o termo “visa” (linha 4) exija complemento indireto, o termo


“reduzir” (linha 4) não foi preposicionado por ser verbo.

III - Os termos “da cidade” (linha 5) e “do município” (linha 6) retomam o termo
“Belém” (linha 4).

IV - A última frase do texto ficaria gramaticalmente correta caso se


substituísse “apesar de” (linha 12) por “porém”.

A quantidade de itens certos é igual a:

(A) 0.
(B) 1.
(C) 2.
(D) 3.
(E) 4.

Comentário: Vamos analisar as afirmações.

I. Certa. No contexto, o substantivo “respeito” rege o emprego da preposição “a”.


Entretanto, não houve a fusão com o artigo definido “a”, uma vez que não se
empregou tal elemento em virtude de o termo regido “obras” ter sido utilizado em
sentido genérico.

II. Certa. No texto, o verbo “visar’ foi empregado no sentido de “almejar”,


“pretender”, assumindo transitividade indireta. Entretanto, devido à semântica de
‘buscar, procurar, pretender’, o verbo “visar”, quando empregado em tal acepção,
passou a aceitar também a transitividade direta, dispensando a preposição.
Segundo as lições de Celso Pedro Luft, na obra Dicionário Prático de
Regência Verbal, “isto se deu, de início, principalmente com o infinitivo”.
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Exemplos:

Todas essas considerações visam apenas glosar os debates. (Joaquim Ribeiro)


O ataque visava cortar a retaguarda da linha de frente. (Euclides da Cunha)

III. Certa. De fato, os sintagmas “da cidade” e “do município” fazem alusão ao termo
“Belém”, citado anteriormente. Com isso, desempenham um importante papel
coesivo no contexto em que se encontram.

IV. Errada. A locução “apesar de” exprime valor de concessão, matiz semântico
diverso do conector “porém”, o qual expressa ideia de adversidade.

Gabarito: D.

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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA

1. (FUNRIO-2011) Qual dos vocábulos a seguir apresenta a mesma regência do


adjetivo “efetivas” (...as redes sociais são efetivas também na constituição de
parcerias entre empresas e profissionais autônomos.), considerando sua ocorrência
no contexto?

A) Era um homem determinado ___ lutar.


B) Suas palavras foram elogiosas ____ a colega.
C) Fiquei indeciso ___ escolher um dos caminhos.
D) Ele foi bastante receptivo ____ comentários.
E) Ela é sensível ____ críticas.

2. (FCC-2011/TRE-RN) O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a


atividade econômica para a pecuária. (1º parágrafo).
O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima ocorre no segmento
também grifado em:

(A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas − com belas praias, falésias,
dunas e o maior cajueiro do mundo...
(B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar especial para o turismo na
economia estadual.
(C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação do
Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal.
(D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas naturais que desafiam a
imaginação do homem.
(E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda toda a beleza do sertão
potiguar ...

3. (FUNRIO–2010) A troca da palavra destacada pela expressão entre


parênteses altera o sentido completo do trecho APENAS em:

(A) “Hoje acho que teria dificuldade em encontrar papel carbono...” (de)
(B) "com diversas vantagens sobre o sistema atual," (em relação ao)
(C) "Sei de gente que dedica todas as suas horas vagas à Internet, no sem-número
de grupos de que se pode participar." (do).
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(D) "Assim mesmo, não sobra tempo para responder à enxurrada diária de e-mails e
mensagens variadas." (de)
(E) "Assim como, do ponto de vista do leitor," (sob o)

4. (FUNRIO–2009) Assinale a opção em que a preposição destacada NÃO está


de acordo com a norma culta da língua portuguesa.

(A) Para mim, procurar a felicidade não é o essencial.


(B) Para alguns, ser feliz constitui-se em ter fartura somente.
(C) O homem moderno está compelido a buscar bens materiais.
(D) O texto alude sobre o aumento de felicidade, de modo geral.
(E) Há pessoas que se confrontam com a escolha entre o material e o espiritual.

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5. (ESAF-2004/Instituto Rio Branco) Identifique a letra em que uma das frases


apresenta erro de regência verbal.

a) Atender uma explicação.


Atender a um conselho.

b) O diretor atendeu aos interessados.


O diretor atendeu-os no que foi possível.

c) Atender às condições do mercado.


Os requerentes foram atendidos pelo juiz.

d) Atender o telefone.
Atender ao telefone.

e) Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da doença.


Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio.

6. (FUNRIO-2007) “... encarregadas de fazer com que as rotinas


administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas com certa
eficiência e autonomia”.
A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) Muitos políticos duvidavam ______ fosse possível chegar a um consenso


naquela questão.
(B) A prática política _____ os idealistas sonhavam mostrou-se ineficaz diante de
tantos conflitos.
(C) O regime democrático, ______ são respeitadas as liberdades individuais, foi
finalmente restabelecido naquele país.
(D) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas _____ se marcasse a data
das eleições.
(E) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões ______ a
maioria espera.

7. (FCC/TJ-AP) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados


02763616100

na frase:
(A) Otário é você, que confia de que Obama faça um governo competente, de cujo
não há ainda qualquer indício.
(B) Prefira-se morar em Beverly Hills do que morar em Darfur; a esta região falta
tudo o que aquela não falta.
(C) Esses doutores, de cujo pessimismo todos conhecem, estão sempre aplicados
com a difusão fascinada dos horrores.
(D) É como se a barbárie e a crueldade, às quais esses doutores assistem com
indiferença, fossem fenômenos cujo horror devesse ser naturalizado.
(E) O autor está convicto que tais doutores representam um radical pessimismo, de
cujo parecer orgulhar-se de ostentar.

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8. (FCC/TRT 7ª Região) “Órgãos públicos, entidades não governamentais e até


mesmo internautas engajados aderiram à novidade ...”.
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado
acima é:
(A) ... que o governo havia fraudado as votações.
(B) ... e, cada vez mais, interagem com as chamadas redes sociais.
(C) Alguns movimentos ecológicos nasceram em redes...
(D) Seu sucesso impulsiona o debate sobre o uso de redes sociais na internet ...
(E) ... intensificando contato direto com eles.

9. (FCC/TRE-PI) “Esta tradição trabalha a ação política como uma ação


estratégica”.
A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado
acima é:
(A) ... que identifica o cerne dos fatos políticos no predomínio do conflito
(B) Neste contexto, política é guerra ...
(C) Recorrendo a metáforas do reino animal ...
(D) ... que obedece aos consagrados preceitos do "não matar" e do "não mentir" ...
(E) ... que a fraude é mais importante do que a força ...

10. (FUNRIO-2008) Na frase “Preferimos confiar e acreditar nas coisas...”, a


expressão sublinhada complementa corretamente, ao mesmo tempo, dois
verbos que têm a mesma regência: confiar em, acreditar em. Do mesmo modo,
está também correta a seguinte construção:
Preferimos

(A) ignorar e desconfiar das coisas...


(B) subestimar e descuidar das coisas...
(C) não suspeitar e negligenciar as coisas...
(D) nos desviar e evitar as coisas...
(E) nos contrapor e resistir às coisas...

11. (FCC-2012/TRE-SP) Está empregado corretamente o elemento grifado na


frase: 02763616100

(A) Adoniran Barbosa, a qual primeira tentativa de entrar para o rádio foi
malsucedida, tornou-se um grande sucesso nesse veículo.
(B) Em 1935, Adoniran ganhou um concurso com uma marchinha carnavalesca,
pela qual foi eleita a melhor marcha do ano.
(C) Nas canções de Adoniran, a linguagem, cujos traços coloquiais são facilmente
percebidos, reproduz o modo de falar de certas camadas sociais.
(D) Adoniran Barbosa, o qual verdadeiro nome era João Rubinato, foi considerado
pela crítica o maior sambista paulista.
(E) Certas composições de Adoniran, nas quais incluem "Trem das onze" e
"Saudosa Maloca", são conhecidas pela maioria dos brasileiros.

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12. (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRAS) O período escrito de acordo com a


norma padrão é:

(A) O formigueiro, sobre cuja a destruição foi atribuída às crianças, era muito antigo.
(B) O astrônomo de cuja teoria lhe falei vem ao Brasil no próximo semestre.
(C) O planeta que moramos tem condições para abrigar várias formas de vida.
(D) A constelação cuja a estrela principal se chama Alpha Centauri fica no
Hemisfério Sul.
(E) O planeta Marte, cujo é vizinho próximo da Terra, não parece ter água em sua
superfície.

13. (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRAS) Assinale a opção em que a regência


do verbo destacado difere da dos demais.

(A) “... exige de nós a capacidade de atuarmos em áreas ...”


(B) “... O sentir faz a ponte entre o pensar e o agir.”
(C) “… e consequentemente nos leva ao aprendizado.”
(D) “alguém perguntou a um velho se ele tinha crescido
naquela cidade.”
(E) “…que nos ensina a resposta do velho sábio.”

14. (CESGRANRIO-2010–PETROBRAS) Em relação aos aspectos gramaticais,


assinale a opção em que é respeitado o registro culto e formal da língua.

(A) Não sei onde você pretende chegar com esse tipo de atitude.
(B) Devido o processo de seleção, precisamos nos capacitar.
(C) Entre mim e você não deve existir concorrência desleal.
(D) O profissional qualificado almeja ao seu espaço na empresa.
(E) A tolerância, a ousadia e a criatividade, fazem parte do perfil de um bom
profissional.

A questão 15 tomará por base o seguinte parágrafo, extraído da crônica


“Percebes?”, de Caetano Veloso:

Diante da TV, assistindo a um filme português no Canal Brasil, me deparei


com uma experiência que já conhecia de antes mas que pensei que tivesse
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esquecido. O filme era falado em português europeu e estava legendado em


português brasileiro. Foi vendo uma obra de Manuel de Oliveira no cinema que eu
tinha passado pela mesma situação. Revivendo-a ao assistir televisão, pensei com
mais convencimento que, dado o fato de os brasileiros em geral terem dificuldade
de entender a fala lusitana, deve ser aceitável que filmes portugueses passem com
legendas no Brasil.

(O Globo, 05 de maio de 2013.)

15. (FUNRIO-2013/MPOG/Analista em Tecnologia da Informação) O autor


empregou o verbo ASSISTIR duas vezes. Na primeira vez, com a preposição A;
na segunda vez, sem preposição. Essa mudança de regência tem como
motivo:

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A) a diferença de significado desse verbo nos dois trechos.
B) a influência da língua oral, que costuma omitir a preposição pedida por esse
verbo.
C) a expressividade que o escritor pretendeu atribuir a esse verbo.
D) a intenção de não repetir uma preposição que já havia sido empregada
anteriormente.
E) a necessidade de utilizar uma linguagem simples e direta para o leitor.

16. (VUNESP-2010/CREA-SP) Considerando apenas as regras de regência, o


verbo em destaque no trecho - A redução da pegada ecológica depende do esforço
de todos... – está corretamente substituído por:

(A) envolve
(B) resulta
(C) liga-se
(D) sujeita-se
(E) subordina-se

17. (VUNESP-2013/SEFAZ-SP) Considerando a norma-padrão da língua, assinale a


alternativa em que os trechos destacados estão corretos quanto à regência, verbal
ou nominal.

(A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de dez mil tomadas.
(B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver um homem que estaria
ouvindo as notas de um oboé.
(C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar logotipos e negociar.
(D) O taxista levou o autor a indagar no número de tomadas do edifício.
(E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse a um prédio na
marginal.

18. (VUNESP-2013/Prefeitura de Ribeirão Preto) Observe as seguintes passagens


do texto.

• ... ouvir e contar histórias para os filhos é um hábito que não só poderia se
estender até o fim da infância... (sexto parágrafo)
• As bibliotecas também poderiam funcionar como locais de incentivo do gosto pela
literatura. (sétimo parágrafo)
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As expressões destacadas podem ser, correta e respectivamente, substituídas,


atendendo à norma-padrão da língua portuguesa e sem alteração do sentido da
mensagem, por:
(A) ao ... ao
(B) do ... no
(C) com o ... sob o
(D) ante o ... pelo
(E) sobre o ... sobre o

19. (VUNESP-2013/Polícia Civil-SP) Na questão abaixo, assinale a alternativa que


preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase, considerando a norma-
-padrão da língua portuguesa.

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_____________ programas de computador __________ desenhar rostos com


perfeição.

(A) Haverá ... apto com


(B) Haverão ... apto por
(C) Haverá ... aptos para
(D) Haverão ... apto em
(E) Haverão ... aptos de

20. (ESAF-2005/STN) Assinale a opção que preenche de forma correta as


lacunas do texto.

João Paulo II, com a acuidade de sua inteligência e a abrangência e profundidade


de sua vivência, cultura e saber, clamou com forte carisma, como verdadeiro
herdeiro dos profetas bíblicos, ____1____ perenidade e atualidade dos valores que
nos foram transmitidos pelo povo da Aliança e levados ___2____ perfeição por
Jesus Cristo, que revelou a vocação _____3____ transcendência da humanidade,
seu sentido maior e definitivo. O hedonismo e o utilitarismo induzem ____4______
relativização do respeito _____5____ vida humana, em especial ____6_______
dos mais frágeis e indefesos.
(Paulo Leão, “A fé não teme a razão”, Folha de S. Paulo, 9/4/2005, com adaptações)

1 2 3 4 5 6
a) a à à a à à
b) a à à à à a
c) à à a a a à
d) à a a a a à
e) à a à a à à

21. (ESAF-2006/CGU) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas


do texto.

Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no


Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A
iniciativa do governo federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania
02763616100

e Solidariedade e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)


vai selecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo o país que estão
contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
(ODM), como __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redução da
mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um compromisso assumido, perante
__4__ Organização das Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 metas
sociais até o ano de 2015.

(Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da


República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006)

1/2/3/4/5
a) a / à / à / a / às
b) as / a / a / à / as

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c) às / à / a / à / às
d) a / a / a / a / as
e) as / a / a / à / às

22. (ESAF-2006/MTE) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas


do texto.

Os primeiros imigrantes trazidos por empresas importadoras eram, em geral,


obrigados __1__assinar contratos de parceria com o importador para trabalharem
nas lavouras do café do estado de São Paulo. O contratante adiantava __2__
despesas de transporte da Europa __3__ colônias e o necessário
__4__subsistência inicial. Nas colônias, o imigrante recebia determinado número de
pés de café para cultivar. Tinha direito __5__ meação no resultado da venda.

(Sidnei Machado, http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/ viewPDFInterstitial/1766/1463)

1 2 3 4 5
a) à as as à a
b) à às às à à
c) a as as a a
d) a às às a à
e) a as às à à

23. (ESAF-2010/MPOG)

A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras está cada
vez mais em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em número e
modificamos quase todo o planeta. Graças aos avanços científicos, tomamos
consciência de que nossa sobrevivência na Terra está fortemente ligada a(2)
sobrevivência das outras espécies e que nossos atos, relacionados a(3) alterações
no planeta, podem colocar em risco nossa própria sobrevivência. Contudo, aliado ao
desenvolvimento científico, temos o crescimento econômico que nem sempre
esteve preocupado com questões ambientais. O que se almeja é o desenvolvimento
sustentável, que é aquele viável economicamente, justo socialmente e correto
ambientalmente, levando em consideração não só as(4) nossas necessidades
atuais, mas também as(5) das gerações futuras, tanto nas comunidades em que
02763616100

vivemos quanto no planeta como um todo.

(Adaptado de A. P . FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável: o crescimento


econômico e o meio ambiente. Disponível em http://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008)

Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da


Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase em:

a) 1, 2 e 3
b) 1 e 2
c) 1, 3 e 5
d) 2 e 4
e) 3, 4 e 5

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24. (FCC/DNOCS) Muitos consumidores não se mostram atentos ___


necessidade de sustentabilidade do ecossistema e não chegam ___ boicotar
empresas poluentes; outros se queixam de falta de tempo para se dedicarem
___ alguma causa que defenda o meio ambiente.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
respectivamente, por:
(A) à - a - a
(B) à - a - à
(C) à - à - a
(D) a - a - à
(E) a - à – à

25. (FCC/TRE-AM) Sem nada perguntar ___ ninguém, o rapaz dirigiu-se ___ um
canto da sala, ___ espera de ser chamado pela atendente.
(A) a - a - a
(B) a - a - à
(C) a - à - à
(D) à - à - a
(E) à - a – a

26. (FCC/TRT 2ª REGIÃO) Atente para as seguintes frases:

I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um


notório extrovertido.

II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem


notar; também as tímidas chamam a atenção.

III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar
a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em

(A) II e III.
(B) I e II.
(C) I e III.
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(D) I.
(E) III.

27. (FUNRIO-2009) Pela internet, um grupo de jovens universitários buscou a


melhor formar de ajudar ___ vítimas de enchentes em Santa Catarina, e um
deles foi ___ Itapema, disposto ___ colaborar na reconstrução da cidade.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,


respectivamente, por:

(A) as - a - à
(B) as - a - a
(C) às - à - a

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(D) as - à - à
(E) às - a – à

28. (FUNRIO-2007) A frase inteiramente correta quanto ao emprego ou


ausência do sinal de crase é:

(A) O ensino permanente deve oferecer às pessoas os meios de superar


obstáculos, para atingir os objetivos a que se propõem.
(B) Apesar da obrigatoriedade de crianças entre 7 e 14 anos irem a escola, boa
parte delas é incapaz de escrever um bilhete à um amigo.
(C) Atender a todas as crianças, tornando-as capacitadas à uma vida digna e
confortável, deve ser o objetivo maior de uma escola.
(D) Uma educação de qualidade oferece à qualquer pessoa as condições essenciais
à entrada ou à permanência no mercado de trabalho.
(E) A medida que se avança na melhoria do sistema de ensino, é possível oferecer
boas condições de trabalho à muitas pessoas.

29. (FUNRIO-2009) Está correto o emprego ou a ausência do sinal de crase na


frase:

(A) Consumidores menos abastados, com menor poder de negociação, submetem-


se as exigências dos credores a fim de obterem crédito.
(B) Lado a lado com as conquistas econômicas, os estratos sociais mais baixos
ascenderam a uma classe social superior.
(C) Os produtos destinados à classes sociais de maior poder aquisitivo estão a
disposição da classe C, por conta do crédito fácil.
(D) O poder público busca atender, à todo momento, com medidas pertinentes, as
necessidades das classes mais desfavorecidas.

(E) A mídia estampa de maneira persuasiva e à qualquer hora produtos destinados


à uma classe emergente cada vez maior.

30. (FUNRIO-2010) A alimentação diária, ____ base de feijão com arroz,


fornece ____ população brasileira os nutrientes necessários ____ uma boa
saúde.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
02763616100

respectivamente, por:

(A) a - à - à
(B) à - a - a
(C) à - à - a
(D) a - a - à
(E) à - à – à

31. (FUNRIO-2008/CBMERJ/Guarda-vidas) Em “retorna à formação para tirar


vantagem do poder de sustentação da ave à sua frente.”, o emprego da crase
é, respectivamente:

a) indevido e opcional;

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b) obrigatório e obrigatório;
c) obrigatório e opcional;
d) equivocado e obrigatório;
e) opcional e equivocado.

32. (FUNRIO-2008/DEPEN/Agente Penitenciário) Assim como está adequado o


emprego do acento de crase no sintagma “às voltas”, também está correto
esse uso do acento em:

a) Peço encarecidamente à V. Exa. a transferência desse indivíduo.


b) Os vales-refeição serão distribuídos à partir de amanhã à tarde.
c) Encomendei um sanduíche à metro e comprei comida à quilo.
d) À meia-noite, assistimos pela tevê à chegada do Ano Novo.
e) Saíram às escondidas e foram à pé até à esquina pegar um táxi.

33. (FUNRIO-2008/DEPEN/Agente Penitenciário) Qual das frases abaixo,


embora consagrada pelo uso na imprensa de prestígio, ainda é apontada
como um desvio em relação às normas da língua padrão?

a) Custa-me crer que tudo isso ainda seja proibido na sociedade brasileira
contemporânea.
b) Quinze por cento da população gaúcha declararam que seus momentos de lazer
diminuíram.
c) A maior parte daqueles bairros não tinham nenhuma estrutura para suportar as
enchentes.
d) Assim que elas intervieram, a dúvida foi sanada e todos ficamos satisfeitos e
felizes.
e) O público feminino preferia mais a punição da vilã do que a vingança da heroína.

34. (FUNRIO-2013/MPOG/Analista em Tecnologia da Informação) Assinale a


única substituição feita com a expressão estar com você que contém erro no
emprego do acento de crase.

A) Estar à sua volta.


B) Estar às vezes com você.
C) Estar à disposição de você.
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D) Estar à pé com você.


E) Estar às boas com você

35. (FUNRIO-2006/DOCAS-RJ/Assistente Administrativo) A frase que apresenta


ERRO quanto à sintaxe de regência é:

a) Falta de atenção implica em erros.


b) Prefiro ler a ver televisão.
c) Assistimos a uma partida emocionante.
d) Todos visam a uma vida tranquila.
e) Perdoou ao filho a desobediência.

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36. (VUNESP-2013/FUNDAÇÃO CASA/2013) Há pessoas que, mesmo sem


condições, compram produtos _________ não necessitam e ________ tendo de
pagar tudo _____ prazo.

Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta e respectivamente,


considerando a norma culta da língua.

(A) a que … acaba … à


(B) com que … acabam … à
(C) de que … acabam … a
(D) em que … acaba … a
(E) dos quais … acaba … à

37. (VUNESP-2013/SEJUS-ES) Analise as afirmações a seguir.

I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso por homicídio. – o termo
em destaque pode ser substituído, sem alteração do sentido do texto, por “faz”.

II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser reescrita da seguinte forma
– Todo preso aspira à libertação.

III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido ao
bom comportamento. – pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
do”, sem alterar o sentido do texto.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, está correto o que se afirma


em

(A) I, II e III.
(B) III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) I, apenas.
(E) I e II, apenas.

38. (VUNESP-2013/SEJUS-ES) O Instituto Nacional de Administração Prisional


(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio ____ ressocialização do
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indivíduo preso, com o objetivo de prepará-lo para o retorno ____ sociedade. Dessa
forma, quando em liberdade, ele estará capacitado ____ ter uma profissão e uma
vida digna.

(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Acesso


em: 18.08.2012. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto,


de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) à … à … à
(B) a … a … à
(C) a … à … à
(D) à … à ... a
(E) a … à … a

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39. (VUNESP-2012/Iamspe) Assinale a alternativa em que o acento indicativo da


crase foi empregado corretamente, de acordo com a norma-padrão.

(A) A mãe pátria cumpriu o que prometeu à seus filhos?


(B) Quanto à previsões do clima, podemos dizer que são sombrias.
(C) A natureza exerce, às vezes, o papel de fera, e outras vezes, o de fada.
(D) O que a mãe pátria anda fazendo para socorrer às pessoas inocentes?
(E) A mãe natureza pode nos levar à grandes belezas e surpresas.

40. (VUNESP-2013/Polícia Civil-SP) De acordo com a norma-padrão da língua


portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente empregado em:

(A) A população, de um modo geral, está à espera de que, com o novo texto, a lei
seca possa coibir os acidentes.
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensarem a sua postura.
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à punições muito mais severas.
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a vida dos demais motoristas e
de pedestres.
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento da nova lei para que ela
possa funcionar.

41. (VUNESP-2013/SEFAZ-SP) Observe os trechos:

• Renovar sistematicamente os quadros é um princípio de gestão importante para


qualquer empresa. (segundo parágrafo)

• Uma pesquisa recente, feita pela consultoria PwC e a FGV-Eaesp, procurou


avaliar como o mundo corporativo busca adequação para essa realidade. (quarto
parágrafo)

• Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que


quadros mais maduros podem constituir alternativa para a escassez de talentos…
(penúltimo parágrafo)

Considerando as regras de emprego do acento indicativo de crase, as expressões


destacadas podem ser substituídas, correta e respectivamente, por:
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(A) à … à … a
(B) à … a … a
(C) à … à … à
(D) a … a … à
(E) a … à … à

42. (VUNESP-2013/Prefeitura de Ribeirão Preto) Assinale a alternativa em que o


acento indicativo de crase está empregado corretamente.

(A) Comecei à ler um livro muito divertido hoje.


(B) Se quiser, posso emprestar meus livros à você.
(C) O acesso à leitura ainda é muito limitado no Brasil.

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(D) Há pouco espaço dedicado à livros nas estantes dos brasileiros.
(E) Seria ótimo se as famílias se dedicassem à mais atividades de leitura.

43. (VUNESP-2013/Polícia Civil-SP) Assinale a alternativa em que o acento


indicativo da crase está empregado de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.

(A) Estavam à dois metros da delegacia.


(B) Policiais e falsários ficaram frente à frente.
(C) Convidaram à funcionária para uma reunião.
(D) O hino faz referência à lealdade que os policiais devem ter com a Pátria.
(E) À cada momento a violência aumenta nas grandes cidades.

44. (VUNESP-2013/TJ-SP) O escritor toca nas significações existentes para torná-


-las destoantes, estranhas, e para conquistar, devido ____ estranheza, uma nova
harmonia que se aposse do leitor, envolvendo-____ .

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem


ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

(A) à ... o
(B) a ... lhe
(C) essa ... lhe
(D) à essa ... o
(E) a essa ... lhe

45. (VUNESP-2013/SEJUS-SP) O acento indicativo de crase está corretamente


empregado em:

(A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas com as dificuldades para


lidar com as frustrações de seus desejos.
(B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações nos mecanismos biológicos
de controle emocional.
(C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
(D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade alimentam a violência
crescente nas cidades.
(E) Um ambiente desfavorável à formação da personalidade atinge os mais
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vulneráveis.

46. (VUNESP-2013/SEJUS-SP) As lacunas das frases a seguir devem ser


preenchidas, correta e respectivamente, com:

Crianças que foram humilhadas são vulneráveis _______ doença da violência.


As crianças devem ter limites de disciplina impostos _______ pais.
(A) pela ... de
(B) de ... com os
(C) à ... pelos
(D) com ... aos
(E) por ... em

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Teoria e questões comentadas
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47. (FEPESE-2013-DPE/SC-Analista Técnico-Adaptada) Considere o seguinte


trecho:

“A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da


língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima
clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa
daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.”

Analisando-o do ponto de vista sintático, avalie as afirmativas abaixo:

I. O verbo “impor” no contexto em que se insere deve ser classificado como


transitivo direto e indireto. Os termos “certos parâmetros” e “uso que se faz da
língua” são seus objetos direto e indireto, respectivamente.

II. A crase presente em “à evolução da língua” ganha amparo sintático na contração


de uma preposição – exigida pelo termo “infensa” e de um artigo que define a
palavra “evolução”.

48. (FEPESE-2013-DPE/SC-Analista Técnico) Assinale a frase que está em acordo


com a norma culta da língua portuguesa.

a. ( ) Custa-me crer que ele foi demitido.


b. ( ) Lembro-me que o médico os assistiu durante todo o percurso.
c. ( ) Estas são as ações que te falei sobre o caso X e sobre as quais deves elaborar
um relatório.
d. ( ) Estejam alertas, pois o tempo das pseudos ameaças está por acabar.

49. (FEPESE-2013/DPE/SC-Técnico em Atividades Administrativas-Adaptada) Em


“das 7:00 as 22:00hs”, não há necessidade de acento indicador de crase, como não
haveria se estivesse escrito de 7 a 20 h.

50. (IADES-2014/IPHAN/Arqueólogo-Adaptada) Considere o fragmento abaixo para


responder à próxima questão.
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Cada indivíduo é parte de um todo – da sociedade e do ambiente onde vive –


e constrói, com os demais, a história dessa sociedade, legando às gerações futuras,
por meio dos produtos criados e das intervenções no ambiente, registros capazes
de propiciar a compreensão da história humana pelas gerações futuras.

I. O uso da crase é facultativo em “às gerações futuras” (linha 2).

51. (IADES-2013/CAU-BR/Assistente Administrativo-Adaptada) Considere o


fragmento abaixo para responder à próxima questão.

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Antes de pensar em despoluir nossos rios, devemos refletir sobre a causa da
poluição, intimamente associada a lançamentos sem controle de efluentes
domésticos e industriais nos rios e à destinação do lixo nas cidades.

I. O emprego do acento grave em “à destinação do lixo nas cidades” (linha 3) deve-


-se ao gênero da palavra “destinação”.

52. (IADES-2014/Metrô-DF/Administrador) Se, no lugar dos verbos destacados no


verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados,
respectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras
sobre regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
deveria ser:

(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.


(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

53. (IADES-2014/CAU-RJ/Agente de Fiscalização-Adaptada) Analise a


afirmação a seguir.

I. Na oração “dão suporte à vida”, a crase é facultativa.

54. (IADES-2014/EBSERH-UFRN/Advogado) Se, no lugar dos termos


destacados na oração “Cuide da sua casa”, fossem empregados,
respectivamente, Refira-se e família, de acordo com a norma-padrão, a (o):

(A) substituição de “da” por para também deveria ocorrer.


(B) uso da crase seria obrigatório.
(C) uso da crase seria facultativo.
(D) colocação do pronome “se” antes do verbo seria facultativa.
(E) a colocação do pronome se antes do verbo seria obrigatória.
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55. (IADES-2014/GDF/Administrador) Nas passagens “Eu era ligado à MPB de


Caetano”, “Depois que Renato Russo veio à redação do Correio” e “À época, a
Plebe era a mais falada.”, o emprego da crase é:

(A) obrigatório nas três situações.


(B) facultativo nas três situações.
(C) obrigatório nas duas primeiras situações e facultativo na terceira.
(D) obrigatório apenas na segunda situação e facultativo nas demais.
(E) proibido apenas na primeira situação.

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56. (IADES-2014/EBSERH-UFBA/Assistente Administrativo-Adaptada) Acerca


do texto abaixo, analise a afirmação a seguir.

I. O emprego do acento indicativo de crase antes das palavras “lazer” e


“trabalho” é facultativo.

57. (IADES-2013/SUDAM/Assistente Administrativo) Com relação à


estruturação linguística do texto, analise as afirmações e, em seguida,
assinale a alternativa correta.
I - Apesar da presença do termo “respeito” (linha 4), que exige complemento
introduzido por preposição “a”, não foi empregado acento indicativo de crase
antes do termo “obras” (linha 4) por ser esse termo um nome feminino no
plural empregado em sentido genérico.

II - Embora o termo “visa” (linha 4) exija complemento indireto, o termo


“reduzir” (linha 4) não foi preposicionado por ser verbo.

III - Os termos “da cidade” (linha 5) e “do município” (linha 6) retomam o termo
“Belém” (linha 4).

IV - A última frase do texto ficaria gramaticalmente correta caso se


substituísse “apesar de” (linha 12) por “porém”.

A quantidade de itens certos é igual a:

(A) 0.
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(B) 1.
(C) 2.
(D) 3.
(E) 4.

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