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CAMPUS ARAPIRACA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
MEMORIAL DESCRITIVO:
Casa indígena Yawalapiti
ARAPIRACA-AL
2019
BÁRBARA LARYSSA DUARTE DA SILVA
TEREZA CRISTINA L. CÉZAR
MEMORIAL DESCRITIVO:
Casa indígena Yawalapiti
ARAPIRACA-AL
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................6
1 ETNIA......................................................................................................................................7
2 CASA INDÍGENA.................................................................................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................16
REFERÊNCIAS........................................................................................................................17
6
INTRODUÇÃO
Tendo como objetivo evidenciar o que há de tradicional nas técnicas e rituais deste
povo, trazendo suas construções arquitetônicas e suas vivências diárias ao indivíduo que não
partilha desta mesma visão de mundo.
1 ETNIA
As mulheres, por sua vez, não têm muita atribuição na categoria política das
denominações dos processos da aldeia. Têm um papel mais recluso em comparativo com o
dos homens, cujo têm, inclusive, locais onde as mulheres não podem adentar, tal como a Casa
da Música, onde somente homens têm acesso e guardam as flautas sagradas, que devem ser
mantidas longe do alcance das mulheres. As mulheres têm como função gerar a vida.
Amamentar e participar da criação, educação e envolvimento da criança com os costumes
locais da tribo. Os jovens, no período da puberdade, se mantêm reclusos por certo tempo, até
atingirem idade suficiente para serem apresentados pela primeira vez ao resto da aldeia.
Sendo o início da menstruação da mulher como marco de demanda restrita aos moradores da
mesma habitação, sendo destruída toda alimentação e água de uma casa quando este
acontecimento vem a ocorrer.
Sobre o processo de procriação, pais, filhos e irmãos estão ligados pela vida toda,
onde algo que ocorra no corpo de um, implica diretamente no corpo do outro, criando então
laços na vida dos Yawalapiti com esse grau de parentesco.
A vida na aldeia começa bem cedo, entre 4h30 e 5h00, onde as mulheres buscam
água, osteriormente os mais jovens vão tomar banho, o banho frio da virilidade, e logo após
os mais velhos, com a água mais quente. Em seguida os homens saem para o plantio ou
colheita voltando por volta de 12h00 para almoçarem com suas famílias, enquanto as
mulheres seguem moendo e processando a mandioca trazida no dia anterior para durante a
tarde fazerem o mingau nakuaya, que é feito do suco venenoso extraído dessa matéria-prima.
À tarde os homens descansam e realizam atividades de trabalhos manuais ou partem para a
caça ou pesca coletiva. No final da tarde os yawalapiti costumam ficar nas portas de casa,
conversando, catando piolho, se pintando e partilhando sobre o dia, enquanto os mais velhos
são chamados pelo putaki wikiti para fumar. Duante a noite, todos se recolhem as 19h00 e
costumam dormir às 22h00.
Os yawalapiti têm os o mundo mítico como um passado que não é ligado ao atual
presente, sendo então em seus rituais um contato físico, mítico e místico a esse mundo ainda
presente na concepção cosmológica desta etnia.
Os índios desta etnia costumam pintar-se sempre em seus rituais, tendo cada ritual
uma pintura diferente, com muitos adornos, enfeites e atributos para cada parte de categoria
no ritual.
as almas dos mortos, a morada dos pássaros que são comandados, para eles, por um urubu
bicéfalo.
Estas casas não têm divisões, somente em casos específicos, como o período de luto
dos índios cujo perderam seus cônjuges, o período de resguarde durante a puberdade de índios
que dura dos 14 aos 17 anos e os casais com filhos recém-nascidos. Cada casa (pah ou pá)
possui uma fogueira central e cada casal sua fogueira particular. A área de dormir é composta
por redes, formando um leque e dispostas a nível e localização onde não atrapalhe o acesso de
fluxo dos moradores. As pah têm duas entradas, uma frontal que é direcionada para a praça e
uma traseira que é direcionada aos fundos da aldeia.
2 CASA INDÍGENA
Talas; (Figura 1)
Isopor; (Figura 4)
Figura 1
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Fonte: Autor
Figura 2
Fonte: Autor
Figura 3
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Fonte: Autor
Figura 4
Fonte: Autor
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Por fim, foram utilizadas palhas de coqueiro para representar a coberta, com o
auxílio de um tecido que sustentou toda a palha (Figura 5).
Figura 5
Fonte: Autor
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante disso, se faz necessário compreender que mesmo com toda a imposição de
uma nova cultura os costumes continuaram prevalecendo e passados de geração em geração
por alguns povos indígenas existentes até os dias atuais. Assim, o estudo aprofundado sobre
determinada cultura nos faz compreender os motivos pelos quais esses costumes continuam a
prevalecer e o quão rico é o conhecimento da mesma.
REFERÊNCIAS
Imagens do Brasil. Aldeia Yawalapiti. Disponível em:
http://www.imagensdobrasil.art.br/produtos/2516/4/1/Aldeia_Yawalapiti#.XRF-pehKjIU.
Acesso em: 23 de junho.
ISA. Povos indígenas no brasil. Disponível em:
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Yawalapiti. Acesso em: 23 de junho.
TRONCARELLI, Maria Cristina; CASTRO, Eduardo Viveiros de. Yawalapiti. Disponível
em: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Yawalapiti. Acesso em 23 de junho.