Vous êtes sur la page 1sur 15

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

RELATÓRIO 05 – ENSAIO DE FLEXÃO DA ASA ENGASTADA

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2017
Sumário

1 Introdução ............................................................................................................ 3

1.1 Objetivos ............................................................................................................ 4

2 Materiais e metodologia ....................................................................................... 4

3 Resultados e discussão ....................................................................................... 7

3.1 Mesa .................................................................................................................. 8

3.2 Alma................................................................................................................. 10

3.3 Skin .................................................................................................................. 11

4 Conclusões ........................................................................................................ 12

5 Referências Bibliográficas .................................................................................. 13

ANEXO ...................................................................................................................... 14
3

1 Introdução
O estudo das estruturas é de grande importância na engenharia, visto que ele
é responsável pela otimização de projetos. Em geral, estruturas são formadas por
elementos estruturais pelos quais as cargas são transmitidas. A análise da resposta
de elementos estruturais, em modelo reduzido, sob a ação de diferentes condições de
carga é de extrema importância para a modelagem e análise do comportamento
estrutural de projetos reais e complexos que serão sujeitos a carregamentos
semelhantes.

A dinâmica estrutural se preocupa com a ocorrência de vibrações excessivas,


que são indesejáveis estruturalmente, visto que podem causar danos e comprometer
a segurança de estruturas.

A estrutura de uma aeronave de asa fixa pode ser dividida em cinco partes
principais: fuselagem, asas, estabilizadores, superfícies de controle e trem de pouso.
Os componentes da fuselagem são construídos de uma grande variedade de
materiais e são unidos através de rebites, parafusos e soldagem ou adesivos. Os
componentes da aeronave dividem-se em vários membros estruturais (reforçadores,
longarinas, nervuras, paredes, etc.), eles são projetados para suportar cargas ou
resistirem aos esforços solicitantes. Na maioria dos casos, os membros estruturais
são projetados para suportar as cargas de tração, compressão, torção e flexão

Figura 1: Ensaio de flexão na asa de um Boing 787 Dreamliner


4

1.1 Objetivos
Este experimento teve como objetivo determinar o estado plano das
tensões e das deformações causado por um momento conhecido aplicado a uma asa
com um lado engastado.

2 Materiais e metodologia
Para este experimento foram utilizados:

• Bancada de estruturas aeronáuticas da fabricante AeroAlcool modelo


AA-DEA1 (figura 1);
• Uma asa em modelo reduzido da fabricante AeroAlcool (figura 2);
• Extesômetros dispostos na skin, na mesa e na alma da asa.

Figura 2: Bancada de estruturas aeronáuticas

4
5

Figura 3: Modelo reduzido da asa

Figura 4: Leitores de deformação

Ao girar o atuador mecânico presente na bancada didática é aplicada uma força


na ponta não engastada da asa, gerando um momento e consequentemente
deformações por toda a extensão da asa.

5
6

Utilizando os três extensômetros que estão dispostos na skin, na mesa e na


alma da asa é possível determinar estas deformações. Importante ressaltar que os
extensômetros medem deformação a partir da primeira lei de Ohm. Conforme o corpo
de prova é deformado, a resistência do extensômetro varia, possibilitando uma relação
entre deformação e tensão no resistor, portanto os valores observados nos leitores da
Bancada de Estruturas Aeronáuticas estão em microvolts e podem ser transformados
para deformação seguindo a equação 1:

𝑉 ∗ 10−6
𝜀= (1)
8.35 ∗ 2.15

Onde V é a tensão elétrica dada pelos extensômetros e ε é a deformação. No


caso da mesa e da skin os extensômetros medem a deformação longitudinal,
enquanto que na alma ele mede a deformação a 45°.

Fazendo uma análise da deformação na asa é possível determinar que na skin


e na mesa não existe deformação cisalhante, enquanto que na alma não existem
deformações longitudinais.

Para calcular o estado plano das deformações na skin e na mesa é utilizada a


equação 2.

𝜀𝑦 = −𝜈𝜀𝑥 (2)

Onde εy é a deformação em y, εx é a deformação em x determinada pela


equação 1 e ν é o coeficiente de Poisson do material.

Já para calcular o estado plano das deformações da alma é utilizada a equação


3.

𝜀𝜃 = 𝜀𝑥 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃 + 𝜀𝑦 𝑠𝑖𝑛2 𝜃 + 𝛾𝑥𝑦 cos(𝜃) sin(𝜃) (3)

Para determinar o estado plano das tensões é utilizada a Lei de Hooke dada
pelas equações 4,5 e 6.

𝐸
𝜎𝑥 = (𝜀 − 𝜈𝜀𝑦 ) (4)
1 − 𝜈2 𝑥

6
7

𝐸
𝜎𝑦 = (𝜀 − 𝜈𝜀𝑥 ) (5)
1 − 𝜈2 𝑦

𝜏𝑥𝑦 = 𝐺𝛾𝑥𝑦 (6)

Onde E é o módulo de Young e G é o módulo de cisalhamento.

Após os cálculos das tensões e das deformações, os estados planos de


deformação e de tensão são dados, respectivamente pelas equações 7 e 8.

𝛾𝑥𝑦
𝜀𝑥
𝜀 = [𝛾 2 ] (7)
𝑥𝑦
𝜀𝑦
2
𝜎𝑥 𝜏𝑥𝑦
𝐼 = [𝜏 𝜎𝑦 ] (8)
𝑥𝑦

3 Resultados e discussão
Na tabela 1 constam os dados especificados pelo fabricante da asa e o braço
da força exercida pela mesa didática.

Tabela 1: Dados fornecidos pelo fabricante e braço da força

Braço 1,126 m
Módulo de Poisson 0,3
Módulo de cisalhamento 27,5 GPa
Módulo de Young 73,1 GPa
Na tabela 2 estão os valores de tensão elétrica fornecidos pela mesa didática
em microvolts.

Tabela 2: Valores de tensão elétrica medidas pela mesa didática

Força (N) Tensão elétrica na Tensão elétrica na Tensão elétrica na


mesa (µV) alma (µV) skin (µV)
0 0 0 0
100 103 168 114
200 218 348 246

7
8

300 322 516 368


400 423 697 484
500 526 865 603
600 642 1033 732
700 745 1220 846
800 846 1394 958
900 961 1582 1078
1000 1065 1766 1172
Para a conversão desses valores de tensão elétrica em deformação foi
utilizada a equação 1.

Tabela 3: Deformação na mesa, alma e na skin

Força (N) Deformação na Deformação na Deformação na


mesa alma skin
0 0 0 0
100 0,574e-05 0,936e-05 0,635e-05
200 1,209e-05 1,938e-05 1,370e-05
300 1,794e-05 2,874e-05 2,049e-05
400 2,356e-05 3,882e-05 2,696e-05
500 2,930e-05 4,818e-05 3,359e-05
600 3,576e-05 5,754e-05 4,077e-05
700 4,150e-05 6,796e-05 4,7124e-05
800 4,712e-05 7,765e-05 5,336e-05
900 5,353e-05 8,812e-05 6,005e-05
1000 5,932e-05 9,837e-05 6,528e-05

3.1 Mesa
Para obter-se a deformação em y foi utilizada a equação 2. E com isso foi
possível encontrar o estado das deformações máximas para a mesa.

Tabela 4: Deformações em y na mesa

Força (N) Deformação em y


0 0

8
9

100 -0,172e-05
200 -0,363e-05
300 -0,538e-05
400 -0,707e-05
500 -0,879e-05
600 -1,073e-05
700 -1,245e-05
800 -1,414e-05
900 -1,606e-05
1000 -1,780e-05
Para determinar as tensões foram usadas as leis de Hooke, possibilitando a
confecção de estado máximo das tensões para a mesa.

Tabela 5: tensões na mesa

Força (N) 𝜎𝑥 𝜎𝑦 𝜏𝑥𝑦


0 0 0 0
100 4,194e+05 0 0
200 8,836e+05 0 0
300 11,311e+05 0 0
400 17,224e+05 0 0
500 21,418e+05 0 0
600 26,411e+05 0 0
700 30,335e+05 0 0
800 34,448e+05 0 0
900 39,131e+05 0 0
1000 43,365e+05 0 0
Portanto para a mesa, os estados planos máximos de deformações de tensões
são, respectivamente.

5,932e − 05 0 43,365e + 05 0]
𝜀=[ ] 𝑒𝐼=[
0 −1,780e − 05 0 0

9
10

3.2 Alma
Para a alma, foram refeitos os cálculos levando em consideração que não
houve deformações em x e nem em y.

Tabela 6: γxy para a alma

Força (N) 𝛾𝑥𝑦


0 0
100 1,872e-05
200 3,877e-05
300 5,749e-05
400 7,765e-05
500 9,937e-05
600 11,508e-05
700 13,591e-05
800 15,530e-05
900 17,624e-05
1000 19,674e-05

Tabela 7: Tensões na alma

Força (N) 𝜎𝑥 𝜎𝑦 𝜏𝑥𝑦


0 0 0 0
100 0 0 0,515e+05
200 0 0 1,066e+06
300 0 0 1,581e+06
400 0 0 2,135e+06
500 0 0 2,650e+06
600 0 0 3,1647e+06
700 0 0 3,738e+06
800 0 0 4,271e+06
900 0 0 4,847e+06
1000 0 0 5,410e+06
10
11

Portanto para a alma, os estados planos máximos de deformações de tensões


são, respectivamente.

0 9,837e − 05 0 5,410e + 06
𝜀=[ ] 𝑒𝐼=[ ]
9,837e − 05 0 5,410e + 06 0

3.3 Skin
Para a skin foram repetidos os procedimentos feitos para a mesa.

Tabela 8: Deformação em y na skin

Força (N) Deformação em y


0 0
100 -0,191e-05
200 -0,411e-05
300 -0,615e-05
400 -0,809e-05
500 -1,001e-05
600 -1,223e-05
700 -1,414e-05
800 -1,601e-05
900 -1,801e-05
1000 -1,959e-05

Tabela 9: Tensões na skin

Força (N) 𝜎𝑥 𝜎𝑦 𝜏𝑥𝑦


0 0 0 0
100 4,643e+05 0 0
200 10,017e+05 0 0
300 14,984+05 0 0
400 19,708+05 0 0
500 24,553e+05 0 0
600 29,806e+05 0 0

11
12

700 34,448e+05 0 0
800 39,008e+05 0 0
900 43,895e+05 0 0
1000 47,722e+05 0 0

Portando para a skin, os estados planos máximos de deformações e de tensões


são:

6,528e − 05 0 47,722e + 05 0]
𝜀=[ ] 𝑒𝐼=[
0 −1,959e − 05 0 0

4 Conclusões
Com o presente trabalho pode-se perceber que ensaios de flexão em modelos
reduzidos de asas são muito importantes para a estruturação de uma aeronave.
Também foi possível perceber que as deformações e as tensões na mesa e na skin
são muito próximas, e, por isso, os estados planos máximos de tensões e de
deformações para os dois são muito semelhantes, como era esperado. A pequena
diferença observada se deve ao fato de que algumas hipóteses são utilizadas como a
de que as linhas longitudinais do corpo permanecem retas.

Por meio das equações utilizadas foi possível confirmar matematicamente que
não existem tensões em y, assim como tensão cisalhante, na mesa e na skin, como
previsto. Enquanto que na alma, existia tensão cisalhante e não existiam tensões em
x e em y, como esperado.

Dessa forma, o experimento comprovou matematicamente as teorias físicas de


tensão e deformação nas diferentes partes da asa.

12
13

5 Referências Bibliográficas
http://www.avioesemusicas.com/resistencia-de-uma-asa.html <acessado em:
23 de novembro de 2017>

https://pt.linkedin.com/pulse/teste-de-quebra-asa-boeing-777-e-787-felipe-
luca-mba <acessado em: 25 de novembro de 2017>

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/241289/mod_resource/content/1/Aula
%208%20Ensaio%20Flexao_Fluencia_Fadiga.pdf <acessado em: 25 de novembro
de 2017>

http://www.engbrasil.eng.br/ipa/aula31.pdf <acessado em: 27 de novembro de


2017>

13
14

ANEXO
Para os cálculos do presente trabalho foi criado um código para ser executado
no programa MatLab, este código está disposto abaixo:

b = 1.126;
ni = 0.3;
G = 27500000000;
E = 73100000000;
F = [0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000];
Ev45 = [0 168 348 516 697 865 1033 1220 1394 1582
1766];
Evx_1 = [0 103 217 322 423 526 642 745 846 961
1065];
Evx_3 = [0 114 246 368 484 603 732 846 958 1078
1172];
E45 = Ev45/((8.35*(10^6))*2.15);
Ex_1 = Evx_1/((8.35*(10^6))*2.15);
Ex_3 = Evx_3/((8.35*(10^6))*2.15);
Ey_1 = -ni*Ex_1;
Ey_3 = -ni*Ex_3;
V = F;
I = 6.17*10^-6;

gama_1 = (-Ex_1*(cosd(45))^2 -
Ey_1*(sind(45))^2)/(sind(45)*cosd(45));
sigma_x_1 = (E*(Ex_1 + ni*Ey_1))/(1-ni^2);
sigma_y_1 = (E*(Ey_1 + ni*Ex_1))/(1-ni^2);

gama_3 = (-Ex_3*(cosd(45))^2 -
Ey_3*(sind(45))^2)/(sind(45)*cosd(45));
sigma_x_3 = (E*(Ex_3 + ni*Ey_3))/(1-ni^2);
sigma_y_3 = (E*(Ey_3 + ni*Ex_3))/(1-ni^2);

gama_2 = (E45)/(sind(45)*cosd(45));
Tau_2 = G*gama_2;

14
15

15

Vous aimerez peut-être aussi