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Autoras
Módulo de orientação
07
Governo Federal Revisora das Normas da ABNT
Presidente da República Verônica Pinheiro da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva
Revisoras de Língua Portuguesa
Ministro da Educação Janaina Tomaz Capistrano
Fernando Haddad Sandra Cristinne Xavier da Câmara
Secretário de Educação a Distância – SEED
Revisor Técnico
Carlos Eduardo Bielschowsky
Leonardo Chagas da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Revisora Tipográfica
Nouraide Queiroz
Reitor
José Ivonildo do Rêgo Ilustradora
Vice-Reitora Carolina Costa
Ângela Maria Paiva Cruz
Editoração de Imagens
Secretária de Educação a Distância Adauto Harley
Vera Lúcia do Amaral Carolina Costa
ISBN: 978-85-7273-489-9
CDD 370.733
RN/UF/BCZM 2008/109 CDU 371.133
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentação
este módulo, damos continuidade às orientações de diferentes possibilidades de
É importante que você retome seus diários de campo, focalizando: quais as experiências
educativas prévias, vivenciadas pelos seus alunos; e quais as metodologias, formas de avaliação
e concepções sobre os conteúdos curriculares adotados pelo Professor Colaborador.
Essa retomada do seu diário de campo e o diálogo com seu Professor Colaborador serão
fundamentais para as escolhas e delimitações do planejamento de ensino que você fará.
Conteúdos
Orienta o planejamento de ensino para sua atuação ao
1 longo do Estágio Supervisionado.
É importante lembrar que a aula de campo não é um passeio que se faz casualmente com
a família ou amigos. É uma atividade didático-pedagógica! Por isso, tanto a escola como a
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) precisam acompanhar a sua participação
no trabalho que está sendo desenvolvido.
Prepare seu roteiro de trabalho: Para apoiar o seu trabalho, consulte o quadro
os itens principais a serem (anexo A) “Períodos geológicos” retirado de
observados durante a visita, se os Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2002,
alunos precisarão fazer registros, p. 94-95). Ele pode servir de base para seus
Orientar os alunos o que devem observar pertinente estudos e, a partir dele, você pode fazer uma
durante a aula de campo aos conteúdos, evitar dispersões, espécie e ficha, em que o aluno, durante
estimular as perguntas e a reflexão a aula de campo, identificará à qual era,
sobre a relação entre aquele espaço, período e época aquela região pertence,
o contexto social mais amplo e os bem como seus eventos biológicos
conteúdos escolares. principais.
Agora é a sua vez. Com base nos conteúdos que estão sendo trabalhados pela
sua turma de estágio, investigue um ambiente que pode ser visitado e relate:
Procedimentos
b) A turma deve ser dividida em 04 grupos: a acusação (03 alunos), defesa (03
alunos), os escrivães (02 alunos) e o conselho de sentença (que deve ter um
coordenador, ou você ou o professor supervisor). Não pode haver acúmulo
de funções.
Procure avaliar os pontos mais difíceis de desenvolver, o que poderia ter sido repensado
no planejamento e realização. Retome as anotações dos escrivães para lhe ajudar a identificar
que pontos ainda serão necessários ser retomados nas aulas seguintes ao júri.
Tema escolhido:
Por quê?
Avaliar tem sido um tema angustiante para professores e estressante para alunos.
Entretanto, retomamos esse tema nesse módulo com o intuito de ressaltar a necessidade de
transformá-la num processo que não seja uma mera cobrança de conteúdo que devem ser
decorados pelos alunos.
Moretto (2004) ressalta a angústia sentida por se ter que usar um instrumento tão valioso
no processo educativo como recurso de repressão, como meio de garantir que uma aula seja
levada a termo com certo grau de interesse. O autor destaca sentenças como: “anotem, pois
vai cair na prova”, “prestem atenção nesse assunto porque na semana que vem tem prova”,
“se não ficarem calados vou fazer uma prova surpresa”, “já que vocês não param de falar,
considerem a matéria dada e vai cair na prova”, entre outras, como indicadores da maneira
repressiva como tem sido utilizada a avaliação da aprendizagem.
Entretanto, Moretto (2004) destaca que esse processo também gera conseqüências para
o aluno, para estes a hora da avaliação representa “a hora do acerto de contas”, “a hora da
verdade”, “a hora de dizer ao professor o que ele quer que eu saiba”, “a hora da tortura”.
Enquanto não há prova “marcada”, muitos alunos encontram um álibi para não estudar. E
se por acaso o professor achar que a matéria dada não irá cair na prova... “então para que
estudar?”, perguntarão os alunos.
Além disso, para grande parte dos pais, a prova também não cumpre seu real papel.
Moretto (2004) considera que os pais se dão por satisfeitos se a nota for razoável ou ótima, pois
pressupõem que a nota traduz a aprendizagem correspondente, o que nem sempre é verdade.
E os alunos sabem disso. Se a nota foi de aprovação, eles a apresentam como um troféu
“recebido como recompensa”. Lembrar que o dever foi cumprido... ah! Isso nem vem ao caso.
Além disso, ao longo do seu estágio, a avaliação foi um dos pontos centrais: ao observar
a escola, fazer seus registros no diário de campo; e ao ser acompanhado pelo Professor
Colaborador, Tutor de Estágio e professor orientador. Esse conjunto de olhares objetivou melhor
qualificar o trabalho a ser desenvolvido em sala de aula.
Há três momentos que são fundamentais para que você avalie o aluno:
ao início da unidade de ensino: você pode aplicar uma atividade em sala de aula para
tentar depreender os conhecimentos prévios dos seus alunos acerca do conteúdo que
será central na unidade. Para aplicar essa avaliação, o professor não deve ensinar
Não podemos deixar de ressaltar que a avaliação da aprendizagem precisa ser coerente
com a forma de ensinar. Se a abordagem do ensino foi dentro dos princípios da construção
do conhecimento, a avaliação da aprendizagem seguirá a mesma orientação. Nessa linha de
pensamento, Moretto (2004, p. 96) propõe alguns princípios que sustentam nossa concepção
de avaliação da aprendizagem:
Considerar os princípios ora mencionado, bem como ter em mente que o processo de
ensino e aprendizagem deve ser integrado de modo a haver uma avaliação constante tanto do
aprendente, quanto daquele que ensina e de sua prática, é importante para que você, futuro
professor, possa organizar de forma eficiente o processo de avaliação da aprendizagem e,
conseqüentemente, a sua prática.
Moretto (2004) faz uma distinção entre eficácia e eficiência na avaliação da aprendizagem.
Para o autor, a avaliação é eficaz quando o objetivo proposto pelo professor foi alcançado. Por
exemplo, se o professor colocou como objetivo verificar se os alunos sabem todos os afluentes
do rio Amazonas e todos obtêm 10 (dez) na prova, podemos dizer que a avaliação foi eficaz.
A eficiência, por sua vez, está relacionada ao objetivo e o processo desenvolvido para
alcançá-lo é racional, econômico e útil. Para isso, é preciso que a avaliação também seja eficaz.
Entretanto, a avaliação pode ser eficaz sem ser eficiente. Isso ocorre, por exemplo, quando o
professor organiza as condições para que seus alunos aprendam de cor todos os países da
África e suas respectivas capitais e consegue que os todos tirem 10 (dez) na prova elaborada
sobre o assunto. Pode-se afirmar que a avaliação foi eficaz, pois ela atingiu o objetivo proposto.
No entanto, a eficiência foi pouca, pois esse conhecimento possivelmente não é relevante no
contexto dos alunos e o processo de aprendizagem não foi racional, pois aprenderam “de cor”
e de forma isolada.
Leitura complementar
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de
ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. (Docência em formação).
MORETTO, Pedro Vasco. Prova: um momento privilegiado de estudo não um acerto de contas.
4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
Este livro tem como objetivo direto ajudá-lo na sua prática do dia-a-dia, tendo como base
central: não acabar com a prova escrita ou oral, mas ressignificar o instrumento e elaborá-lo
dentro de uma nova perspectiva pedagógica. Visa ajudar docentes dedicados e, muitas vezes,
com poucas oportunidades para uma reflexão simples e direta. É um livro com linguagem muitas
vezes coloquial, como em diálogo com o leitor e está centrado em dois pontos básicos: nos
oito primeiros capítulos, é abordado o tema “Como operacionalizar uma aula com sucesso”,
apresentando os pressupostos da perspectiva construtivista sociointeracionista com relação ao
ensinar. Nos dois capítulos finais são apresentados os fundamentos para um processo de avaliação
da aprendizagem. O livro mostra que o caminho da mudança passa por uma transformação do
processo de avaliação, tornando-o uma oportunidade para o aluno ler, refletir, relacionar, operar
mentalmente e demonstrar que tem recursos para abordar situações complexas.
GODOY, Arilda Schimidt. Revendo a aula expositiva. In: MOREIRA, Daniel A. (Org.). Didática
do ensino superior: técnicas e tendências. São Paulo: Pioneira, 1997.
MENDES, Iran Abreu; MARTINS, André Ferrer Pinto. Didática. Natal-RN: EDUFRN, 2006.
MOREIRA, Daniel A. (org.). Didática do ensino Superior: técnicas e tendências. São Paulo.
Pioneira, 1997.
MORETTO, Pedro Vasco. Avaliar com eficácia e eficiência. In: Prova: um momento privilegiado
de estudo não um acerto de contas. 4 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. p. 93-122.
PAIVA, Irene Alves de; PERNAMBUCO, Marta Maria Castanho Almeida. Educação e realidade:
interdisciplinar. Natal-RN: EDUFRN, 2005.
SANT’ANNA, Ilza Martins; MENEGOLLA, Maximiliano. Didática: aprender a ensinar. 5. ed. São
Paulo: Edições Loyola, 1997.
Anotações
Idade do ferro
Cenozóico Plioceno
Ancestrais do Homem-prossímos
Mioceno
Terciário Domínio das angiospermas 6,5
Olicoceno
(surgimentos das graminias)
Eoceno
Paleoceno Propagação dos mamíferos,
pássaros e insetos polinizadores
Grande desenvolvimento de
Mesozóico amonites no mar
Expansão dos dinossauros e
Jurássico mamíferos 210
Triássico Vegetação dominada por 250
ginospemas
Répteis mamiferóides
Expansão dos insetos
EMENTA
AUTORAS
AULAS
01 Módulo de orientação 1 – O Estágio Supervisionado para Formação de Professores: orientações para o estagiário
03 Módulo de orientação 3 – O período de observação da escola: criando um outro olhar sobre os espaços, sujeitos e
ações de uma antiga conhecida nossa
04 Módulo de orientação 4 – Propostas de ações colaborativas para o Estágio: a interface entre os conhecimentos
escolares e acadêmicos
07 Módulo de orientação 7 – Planejamento de ensino II: objetivos, conteúdos, métodos e avaliação da aprendizagem
Impresso por: Gráfica Texform
09 Módulo de orientação 9 – A (re)escrita do trabalho avaliativo final: o relatório, o artigo científico e o memorial
11 Fichário de estágio
2º Semestre de 2008