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Educação
para a paz

O conflito cognitivo como princípio


pedagógico no processo ensino-
aprendizagem nas aulas de educação física
Cognitive conflict as a pedagogical principle in the
teaching-learning process in physical education classes
Rosemeire de Souza Lourenço
Professora de Educação Física na Rede Municipal de Educação em Londrina
Ângela Pereira Teixeira Victoria Palma
Docente do Programa de Mestrado em Educação e no Curso de Licenciatura
em Educação Física da Universidade Estadual de Londrina – Paraná
angpalma@uel.br
R e s u m o
A questão central deste artigo está no interesse em compreender melhor como professores e professoras de Educação
Física podem criar situações que tenham a possibilidade de se transformarem em conflitos cognitivos para os alunos,
e como o docente pode utilizar-se destes conflitos durante o processo ensino-aprendizagem. O artigo procura
identificar elementos teóricos que sirvam de subsídios para a prática docente em Educação Física que pretenda
utilizar-se do conflito cognitivo como princípio pedagógico.
Unitermos: conflitos cognitivos; ensino-aprendizagem; métodos de ensino.

S y n o p s i s
The central issue of this article is in the interest in better understanding how Physical Education teachers can create
situations which can possibly be transformed into cognitive conflicts for the students, and how the faculty member can
make use of these conflicts during the teaching-learning process. The article attempts to identify theoretical elements
which may act as subsidies for the teaching practice in Physical Education which expects to make use of cognitive
conflict as a pedagogical principle.
Terms: cognitive conflicts; teaching-learning; teaching methods.

Resumen
Resumen: la cuestión central de este artículo está en el interés en comprender mejor como profesores y profesoras de
Educación Física pueden crear situaciones que tengan la posibilidad de transformarse en conflictos cognitivos para
los alumnos, y cómo el docente puede utilizar estos conflictos durante el proceso enseñanza-aprendizaje. El artículo
procura identificar elementos teóricos que sirvan de subsidios para la práctica docente en Educación Física que
pretenda utilizar el conflicto cognitivo como principio pedagógico.
Términos: conflictos cognitivos; enseñanza-aprendizaje; métodos de enseñanza.

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O construtivismo tem servido A construção do


como pressuposto epistemológico conhecimento humano

e filosófico para o desenvolvi- segundo a epistemologia


construtivista

mento da relação pedagógica no


contexto escolar. Alguns estudos
oferecem argumentações sobre a A teoria construtivista parte
utilização destes pressupostos do pressuposto de que o ser hu-
para o desenvolvimento de uma mano nasce com algumas estru-
ação docente no ensino da Edu- O ser humano turas inatas (biológicas), as quais
cação Física (LOURENÇO, nasce com servem como ponto de partida
2004; PALMA, A., 2001). algumas para que ele realize a construção
estruturas inatas
(biológicas), as
do seu conhecimento mediante a

E xistem muitos elementos que


podem nortear uma ação
docente construtivista. Um destes
quais servem
como ponto de
partida para que
sua interação com o meio. A inte-
ração entre o sujeito e o objeto da
aprendizagem deve ser consciente
ele realize a
elementos diz respeito a uma construção do e ativa, para que haja uma atri-
prática educativa que se baseia na seu conhecimento buição de significado, por parte
geração de conflitos cognitivos. mediante a sua do aprendiz, ao objeto de apren-
interação com o
A questão central que emba- meio dizagem (PALMA, A., 1997).
sou este estudo foi justamente o Para se compreender melhor o
interesse em compreender melhor papel das estruturas inatas e o pro-
como os professores e professoras cesso de interação entre o sujeito e
de Educação Física podem criar o objeto de aprendizagem, é
situações que tenham a possibi- preciso examinar as transforma-
lidade de se transformarem em ções que ocorrem no interior do
conflitos cognitivos para os alunos indivíduo e os fatores que exercem
e como o docente pode se utilizar influência sobre o aprendiz para
destes conflitos durante o pro- que estas transformações ocorram.
cesso ensino-aprendizagem. Os fatores que exercem influência
Assim, para tentar encontrar sobre o processo de construção do
elementos que colaborassem para conhecimento, segundo Piaget
uma melhor compreensão das (1987), são a maturação, a expe-
possibilidades de utilização dos riência, a transmissão cultural e a
conflitos cognitivos no processo equilibração.
ensino-aprendizagem, o objetivo A maturação diz respeito a
deste trabalho foi identificar, a uma indicação das possibilidades
partir de um estudo de revisão de ação motora e conceitual do
bibliográfica, elementos teóricos sujeito de acordo com as suas
que pudessem servir de subsídio estruturas cognitivas. A expe-
para a prática docente de pro- riência se caracteriza como o
fessores e professoras de Educação contato do indivíduo com o
Física que pretendam se utilizar do objeto de aprendizagem, o qual
conflito cognitivo como princípio torna possível a abstração. A
pedagógico em suas aulas. transmissão cultural diz respeito

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aos valores impostos pelo meio Segundo Piaget a assimilação


social sobre o sujeito da apren-
dizagem. Finalmente, a equili- [...] é uma inserção de novos
bração é um processo de auto- elementos [...] numa realidade
regulação que se verifica na já organizada [...] e a aco-
coordenação dos fatores citados, A adaptação é modação [...] é a ampliação pro-
um processo
possibilitando a interação entre progressivo por
gressiva do esquema total, que
o sujeito, seu meio físico e meio do qual o se enriquece sem deixar de
social (GARCIA, 1999; PALMA, organismo se permanecer sempre organizado
transforma em
A., 2001). [...] (idem, p. 134).
razão da sua
Com relação às estruturas interação com
inatas, referidas anteriormente, o meio Analisando o indivíduo des-
Piaget admite que o funcio- de o seu nascimento é possível
namento intelectual acontece compreender melhor o processo
graças a uma dotação biológica que ocorre na formação e desen-
(PIAGET, 1974, 1987). Esta dotação volvimento dos conhecimentos.
biológica diz respeito a duas O ser humano, ao nascer, possui
características de funcionamento algumas capacidades inatas (re-
que não variam durante toda a flexas) as quais vão dando lugar
vida do indivíduo: a capacidade a condutas muito diversas, deno-
de organização e de adaptação. minadas de esquemas. Esquema
Estas duas características, pelo fato é o elemento generalizável de
de serem fixas e inatas, são cha- uma ação e que pode ser utili-
madas de invariantes funcionais zado em outras ações, para so-
(PIAGET, 1987). lucionar situações difíceis.
A organização acontece inter- Quando o sujeito se depara
namente no sujeito, diz respeito às com uma situação nova, tentará,
relações entre as partes e o todo, as inicialmente, utilizar seus esque-
quais tornam possível a adaptação. mas para dar conta de solucionar
A adaptação é um processo pro- a situação. Quando percebe que
gressivo por meio do qual o nesta nova situação assimilada,
organismo se transforma em razão seus esquemas não são suficientes
da sua interação com o meio, ou para solucionar o problema, este
seja, é o novo estado do indivíduo sujeito entra em conflito cogni-
após a sua ação sobre o objeto de tivo. Este conflito cognitivo gera
aprendizagem (DELVAL, 1998; um desequilíbrio cognitivo o qual
O ser humano,
PALMA, A., 2001). ao nascer,
mobilizará o indivíduo na busca
A adaptação abrange dois possui algumas por novas respostas, com o pro-
aspectos indissociáveis: a assimi- capacidades inatas pósito de solucionar a questão
(reflexas) as quais
lação e a acomodação (PIAGET, (PIAGET, 1987).
vão dando lugar a
1987). A assimilação diz respeito condutas muito Um novo esquema, melhor e
à incorporação que o organismo diversas mais elaborado, resultado de
faz do meio e a acomodação à análises conscientes e significa-
ação do organismo sobre o meio. tivas, realizadas pelo sujeito, irá

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modificar os conhecimentos ante- velocidade com que avançamos


riores do sujeito, tornando-os no último século.
melhores. Neste momento acon- O conhecimento é resultado
tece a acomodação, o sujeito das ações humanas e esse conhe-
estabelece um novo equilíbrio, cimento encontra na educação o
resultante do processo de adapta- veículo que o transporta ao longo
ção (DELVAL, 2001). da existência das sociedades
As práticas pedagógicas resul- (MORIN, 2001). Os seres humanos
O aluno é um ser
tantes de orientação da teoria ativo, que precisa
criaram condições que tornaram
construtivista são ações intencio- exercer uma ação possível a aprendizagem dos
nais que se preocupam em criar sobre o objeto de conhecimentos acumulados por
aprendizagem
situações que gerem os referidos seus antepassados, não sendo
conflitos cognitivos, os quais serão necessário que sejam produzidos
elementos perturbadores que mo- novamente mas, sim, recons-
bilizarão o sujeito na busca pela truídos, reelaborados, repensados,
construção do seu conhecimento, por meio do processo ensino-
de maneira ativa e consciente. aprendizagem (CORTELLA, 1998;
O aluno é um ser ativo, que DELVAL, 2001).
precisa exercer uma ação sobre o A espécie humana é a única
Os seres humanos
objeto de aprendizagem. O pro- criaram condições
que se preocupou em desen-
fessor é um mediador, no sentido que tornaram volver a capacidade de ensinar
de criar situações que possam se possível a sistematicamente. Atualmente, a
aprendizagem dos
tornar perturbadoras e assim pro- educação acontece principalmen-
conhecimentos
vocar a busca pelo conhecimento acumulados por te nas escolas, as quais visam
(KOHLBERG & MAYER, 1972; seus antepassados contribuir e completar a ação
PALMA, A., 1997; SISTO, 1993). educativa dos adultos.
Ações organizadas e siste-
A cultura, o ensino e a ação matizadas com o propósito de que
docente outros aprendam podem ser
caracterizadas como ensino. Para
A humanidade é rica e com- se compreender o que vem a ser
plexa em suas produções cultu- ensino é necessário que se leve em
rais; toda essa construção cultural consideração alguns elementos.
concerne um grande número de É preciso que se considere que
saberes. Imagine se o ser humano o ensino não se caracteriza como
tivesse que refazer o caminho uma ação mecânica e sem sentido,
percorrido pelos seus antepas- por parte de quem ensina. Ensinar
sados, se fosse necessário cons- é muito mais que apresentar in-
truir, novamente, cada conheci- formações sobre algum conteúdo;
mento. Provavelmente seria o ensino consiste em criar con-
muito difícil e os seres humanos dições de qualidade para os alu-
não teriam chegado onde estão nos, proporcionar situações nas
hoje nem avançariam na mesma quais seja possível a construção

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do conhecimento de maneira ficado do ensino varia de acordo


consciente e significativa com as diferentes concepções de
(HADJI, 2001; LIBÂNEO, 1993; mundo que norteiam a prática
TARDIFF, 2002). educativa (PINO, 2001).
Em primeiro lugar, é pre- Dessa forma, se as concepções
ciso ter em mente que uma de mundo dos docentes conce-
situação de ensino envolve bem o ser humano como um ser
três componentes: alguém que passivo, que aprende por meio
ensina, alguém para qual o O ensino é uma ação
do armazenamento de informa-
ensino se destina e algo que o humana e a sua ções provenientes do meio físico,
primeiro ensina ao segundo, concepção e execução o ensino será visto como o ato de
são permeadas por
respectivamente, o professor, o valores, dogmas e
transmitir, passar e promover a
aluno e o conteúdo. Em se- paradigmas, memorização dos conhecimentos.
gundo lugar, para que haja construídos Se a concepção de mundo
socialmente
ensino é necessário que exista, entende o homem como um ser
por parte de quem ensina, ou que se desenvolve por meio de
seja, o professor, uma intenção determinantes genéticos, o en-
de ensinar. Em terceiro lugar, sino será apenas o ato de criar
é possível dizer que o ensino situações favoráveis para o de-
pode acontecer sem que haja, sabrochar dos saberes já exis-
necessariamente, aprendi- tentes no indivíduo.
zagem. Não há uma relação de Entretanto, se o homem é
dependência do ensino para entendido como um ser ativo,
com a aprendizagem (CHA- que age no processo de cons-
VES, 2001). trução do seu conhecimento, o
Também é importante res- ensino deverá priorizar situa-
saltar que quando se pensa ções que possibilitem a cons-
em ensino é fundamental que trução do conhecimento de ma-
o professor tenha em mente, neira significativa, por meio da
de maneira bem clara, os ação consciente do sujeito da
objetivos que pretende alcan- aprendizagem.
çar, os conteúdos que uti-
lizará para alcançar seus O ensino e os procedimentos
propósitos, as estratégias ade- O homem é entendido metodológicos
quadas às condições dos alu- como um ser ativo, que
age no processo de
nos e ao conteúdo proposto Questões como “o que são
construção do seu
(LIBÂNEO, 1993). conhecimento métodos”, “como eles se organi-
De qualquer forma, não se zam”, “quais são as suas caracte-
pode esquecer que o ensino é rísticas”, “como eles variam de
uma ação humana e que a sua acordo com as concepções de
concepção e execução são per- mundo e sociedade de cada um”,
meadas por valores, dogmas e são algumas das questões que per-
paradigmas, construídos mearam e ainda permeiam muitas
socialmente. Assim, o signi- discussões entre professores.

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Muito autores elaboraram existindo preocupação com a


textos sobre os procedimentos produção de significado por
metodológicos (HAIDT, 1995; parte daquele que aprende.
HADJI, 2001; LIBÂNEO, 1993; Como resultado desta visão,
MASSETO, 1994; MENEGOLLA verifica-se um trabalho pura-
& SANT’ANNA, 1995; RAYS, mente técnico, de transmissão de
1991; ROCHA, 1986; VASCON- É possível conhecimento, pautado em pres-
CELOS, 1995 etc.), contudo, as encontrar o supostos empiristas, os quais
conceito método
posições mantidas por estes au- de ensino desde
concebem o ser humano como
tores diferem bastante quanto à uma visão mera- um ser que aprende por meio do
importância e as características mente técnica até recebimento e armazenamento
uma visão política
dos métodos de ensino. de informações.
e social
De maneira geral, os métodos No entanto, alguns autores
de ensino são entendidos como tentam romper com essa visão
formas de se atingir um objetivo. tradicional sobre os métodos de
Entretanto, é possível encontrar o ensino. Partindo dessa visão que
conceito método de ensino desde tenta ultrapassar o caráter técni-
uma visão meramente técnica até co e tradicional, pode-se dizer
uma visão política e social. Essa que os métodos de ensino são
divergência entre as formas de um meio para que a prática edu-
conceber os métodos de ensino cativa se torne uma prática cheia
encontra explicações no fato de de significado, para que o saber
que toda ação educativa precisa escolar possa se articular com as
ser pensada além da ação condições concretas dos educan-
concreta dos professores em sala dos, tornando, assim, a função
de aula (RAYS, 1991; VASCON- da escola muito mais que a sim-
CELOS, 1995). As reflexões sobre ples transmissão e reprodução
ensino e métodos de ensino dos saberes da humanidade
precisam levar em consideração (HAIDT, 1995; LIBÂNEO, 1993;
as visões de mundo, ou seja, as RAYS, 1991).
A construção de
concepções filosóficas de cada ser uma aprendizagem
Essa forma de conceber o
humano (NOSELLA, 1983). concreta e repleta método de ensino a partir de
Existem autores que tratam de significado elementos que superam a mera
encontra
as questões dos métodos de en- sustentação numa
utilização de técnicas, e o con-
sino de uma forma tradicional, visão de mundo cebem como meio para a cons-
visão esta norteada por con- que entende o ho- trução de uma aprendizagem
mem como um ser
cepções filosóficas que entendem concreta e repleta de significado
ativo e consciente
o ser humano como um ser pas- encontra sustentação numa visão
sivo e reprodutor. Neste caso, o de mundo que entende o homem
conceito método de ensino estará como um ser ativo e consciente,
ligado a aspectos meramente capaz de agir sobre a construção
técnicos, sendo o método de en- do seu próprio conhecimento.
sino um simples instrumento Em suma, os métodos de en-
para consecução de objetivos, não sino não podem ser entendidos

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apenas como técnicas que facili- Em outras palavras, o conflito


tam a aprendizagem ou como cognitivo acontece quando o sujeito
estratégias, sem nenhuma signifi- se depara com uma situação e
cação. Por outro lado, eles percebe que os seus esquemas não
precisam ser entendidos como a são suficientes para solucionar a
organização da ação educativa de questão, gerando, então, um
professores e professoras, os desequilíbrio cognitivo. Esse evento
quais devem estar conscientes da faz parte do processo de equi-
relação que existe entre as suas libração, o qual, segundo Piaget
concepções filosóficas de mundo, (1976), é o mecanismo básico na
homem e sociedade e a sua ação formação dos conhecimentos.
O conflito cognitivo
pedagógica no âmbito escolar. acontece quando o A equilibração acontece como
sujeito se depara resultado do constante processo
O conflito cognitivo como com uma situação
equilíbrio-desequilíbrio-reequilí-
e percebe que os
princípio pedagógico no seus esquemas não brio por que passam os seres hu-
processo ensino- são suficientes manos no caminho para a cons-
aprendizagem nas aulas para solucionar trução dos seus conhecimentos
a questão
de educação física (AEBLI, 1978; BARRETO, 1999;
LOURENÇO, 2004; NUNES,
Hernández (1998), destaca a
1998; URQUIJO, 2000).
inexistência de um método de
Contudo, nem todas as situa-
ensino especificamente construti-
ções com as quais o sujeito se
vista, ou seja, um procedimento
depara, podem gerar um conflito
de ensino que possa ser caracte-
cognitivo. Uma situação não é
rizado como um ensino constru-
perturbadora por si só, mas a sua
tivista. O que há, segundo ele,
influência está ligada às estru-
são métodos de ensino mais ade-
turas cognitivas que o sujeito
quados, ou seja, mais conve-
possui e às possibilidades deste
nientes que outros, para um en-
atribuir um significado ao que se
sino baseado nos pressupostos do
pretende aprender. Além disso,
construtivismo. Como uma des-
nem todo conflito cognitivo
sas possibilidades de ação do-
provocará um novo conhecimen-
cente, surge a idéia de se utilizar
to, isso vai depender das relações
o conflito cognitivo como prin-
que são construídas pelo sujeito,
cípio pedagógico de ensino.
ao longo de suas ações sobre o
Segundo Sisto, conflito
objeto de aprendizagem (CAR-
cognitivo
RETERO & LIMÓN, 1998;
[...] consiste em colocar o sujeito GARCIA & FABREGAT, 1998;
frente a uma situação que não se PALMA, J., 2001).
encaixa (aspecto negativo) em uma De maneira geral, o conflito
afirmação sua anterior (aspecto cognitivo tem como uma de suas
positivo) [...] impossibilitando a características mais destacadas o
generalização da explicação pre- fato de colocar o sujeito frente
tendida (1993, p. 43). aos aspectos negativos de uma

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situação, podendo ser um ele- Um dos fatores que pode pro-


mento que, efetivamente, contri- vocar uma situação perturbadora
bui para equilibrações majoran- é quando o sujeito percebe que
tes (melhores), possibilitando, suas hipóteses não satisfazem a
assim, a construção do conheci- situação na qual se encontra. Isso
mento por parte do sujeito pode acontecer, também, quando
(PALMA, J., 2001; SISTO, 1993; o sujeito é colocado frente aos
URQUIJO, 2000). aspectos negativos de uma situa-
Se o conflito cognitivo pos- ção, isto é, quando o sujeito per-
sibilita ao sujeito uma situação cebe que há elementos que
de desequilíbrio, a qual desenca- tornam inválidas as suas res-
dearia uma mobilização, no postas (NUNES, 1998; PALMA,
sentido de melhorar os conheci- A., 2001).
mentos que possui, então a Os conflitos cognitivos podem
Não existem
utilização do conflito cognitivo, verdades absolutas ser gerados por meio de ações
seria, realmente, uma estratégia sobre como deve concretas do sujeito sobre o objeto
que pode provocar resultados ser a ação docente de aprendizagem. Também as
de um professor
positivos no processo ensino- abstrações que são feitas quando
aprendizagem como um todo e, se lê ou conversa sobre um
conseqüentemente, na Educação assunto e as interações sociais
Física também. podem caracterizar-se como
A importância do processo de elementos provocadores para o
equilibração e do conflito cognitivo aprendiz (PALMA, A., 2001).
para a aprendizagem trouxe al- Outro fator que poderia
gumas propostas baseadas na uti- contribuir para a configuração de
lização destes conflitos como estra- situações de conflito cognitivo
tégia de ensino. seria a heterogeneidade entre os
É importante ressaltar que sujeitos envolvidos no processo
não existem verdades absolutas ensino-aprendizagem, já que isso
sobre como deve ser a ação do- possibilita troca de experiências,
cente de um professor que pre- argumentações, informações. O
tende utilizar o conflito cognitivo choque com diferentes pontos de
como princípio pedagógico em vista, seja por meio de leituras,
sua ação docente e, sim, alguns interações sociais etc., são,
elementos que precisam ser igualmente, fontes de possíveis
considerados e entendidos, os conflitos cognitivos.
quais poderão servir de subsídio Os questionamentos que
para a práxis educativa. Desta podem ser feitos aos aprendizes
forma, a partir deste momento, são ricas oportunidades para que
far-se-á a discussão de alguns surjam conflitos cognitivos. Aebli
fatores que podem provocar uma argumenta que a pergunta é “[...]
situação perturbadora e o con- um dos meios mais importantes
flito cognitivo nos educandos. para conduzir ao trabalho mental

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do aluno” (1976, p. 184). Tão Algumas considerações


importante quanto os questio-
namentos, este autor destaca que Como resultado de algumas
a oferta de tarefas, para serem discussões desenvolvidas neste
solucionadas pelos alunos, é uma estudo, verificou-se que os pro-
excelente oportunidade para o pósitos de uma Educação que tem
desencadeamento de situações por finalidade contribuir para
perturbadoras e de conflitos uma aprendizagem de qualidade
cognitivos. e a construção de cidadãos autô-
Com base nos argumentos nomos, críticos e conscientes de
apresentados e discutidos até aqui seu papel na sociedade, apontam
é possível perceber que não existe para um caminho que se funda-
uma fórmula que sirva para a menta nos pressupostos construti-
geração de conflitos cognitivos. O vistas sobre a origem e o desen-
que existe são alguns pres- volvimento do conhecimento no
supostos que merecem serem ser humano.
levados em consideração quando Foi possível verificar que os
se pensa em desenvolver um en- conflitos cognitivos configuram-
sino que se utiliza dos conflitos se como elementos de fundamen-
cognitivos como elementos provo- tal importância num processo en-
cadores do processo de equili- sino-aprendizagem baseado nos
bração e, por conseguinte, do pro- princípios construtivistas.
cesso de conhecer. Sua importância reside no fato
Sua importância
Enfim, os professores e pro- de ser um elemento que provoca o
reside no fato de
fessoras de Educação Física ser um elemento aprendiz no sentido de melhorar
podem se utilizar do conflito que provoca o as suas estruturas cognitivas. O
cognitivo como elemento desen- aprendiz no sentido conflito cognitivo funciona como
de melhorar as
cadeador do processo de apren- suas estruturas
um desencadeador do processo de
dizagem e para isso precisam ter cognitivas equilibração, já que, quando o in-
em mente que as situações divíduo se depara com uma
podem se tornar perturbadoras e situação para a qual não possui
não são perturbadores por si só. resposta, ou seja, não possui
Existe todo um trabalho de esquemas capazes de oferecer uma
intervenção docente que con- resposta satisfatória, se mobiliza
tribui para a origem de um con- no sentido de relacionar seus
flito cognitivo e para que os pro- esquemas anteriores, reorga-
fessores sejam capazes de criar nizando-os de uma maneira mais
situações que tenham a possibi- elaborada e, assim, construindo
lidade de se tornarem pertur- um novo conhecimento.
badoras é fundamental que com- Todavia, para que estes
preendam profundamente o que conflitos cognitivos possam acon-
são conflitos cognitivos e como tecer, é necessário que sejam cria-
podem ser gerados. das situações nas quais os alunos

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sejam instigados a construir res- suas hipóteses e seus pareceres,


postas satisfatórias. sempre tendo, como base pri-
Os conflitos cognitivos podem meira, o objetivo elaborado por
originar-se em diferentes situa- ele. Dessa forma, mesmo que a
ções, sendo necessário que o atividade escolhida não tenha
aluno tome consciência da impos- sido adequada, o professor con-
sibilidade de seus esquemas em tinuará com o mesmo conteúdo e
resolver a situação proposta. o mesmo objetivo, alterando
É neste ponto que surge o apenas as estratégias de ação,
papel do professor. A importân- Dessa forma,
dando, inclusive, a oportunidade
cia deste professor reside no fato mesmo que a
atividade escolhida para o aluno sugerir uma outra
de ser ele o responsável pela ela- não tenha sido atividade qualquer.
boração, construção e utilização adequada, o
Os conflitos cognitivos são,
de situações em sua aula, as professor con-
tinuará com o por assim dizer, os desencadea-
quais tenham a possibilidade de
mesmo conteúdo e dores de um processo, todavia,
se tornarem provocadoras e, o mesmo objetivo
como já discutimos anterior-
assim, gerarem conflitos cogni-
tivos nos educandos. mente, a construção do conheci-
Cabe ao professor analisar o mento não reside no simples fato
seu conteúdo e, mediante as pos- de um conflito ter sido gerado.
sibilidades de que dispõe, estru- São necessárias freqüentes
turar e organizar situações em que intervenções dos docentes, a fim
sejam possíveis o surgimento de de tornar o processo de apren-
conflitos cognitivos. dizagem mais significativo.
Entretanto, o papel do profes- Em suma, os conflitos cogni-
sor não termina na simples ação tivos caracterizam-se como ele-
de criar e apresentar situações mentos de grande relevância no
problema aos seus alunos. A sua processo ensino-aprendizagem e
função vai muito além disso. é necessário que sejam produ-
O professor e a professora zidos durante as aulas de Edu-
precisam estar constantemente cação Física. Cabe ao professor
intervindo nas situações, questio- lançar mão de todas as suas pos-
nando os seus alunos, argumen- sibilidades, com o intuito de con-
tando sobre as suas soluções, tribuir para uma aprendizagem
requerendo explicações sobre de qualidade.

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Referências bibliográficas

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