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Porto por que?

Por que o porto aqui?


Porto para quê?
Porto para quem?

Roberto Moraes Pessanha

23 de julho de 2019
12 indagações para nos situarmos melhor

23 de julho de 2019
Desenvolvimento para que?
Que desenvolvimento?
Desenvolvimento para quem?
Cidade para quem?
Emprego para quem?
Quem ganha com o porto?
Ele só pode ser aqui?
Por que petróleo precisa de porto?
Petróleo para quem? Para exportar?
Gás para quê e quem?
Energia para quem?
1 - Petróleo offshore precisa de porto.
2 – Há outros portos para isso? Sim e Não.
3 – Projeto aqui para aproveitar as bases já
instaladas e evitar o esvaziamento (?) –
Uma “guerra de lugares” com o Açu?
4 – Porto para quem tem dinheiro ganhar
mais usando o discurso do emprego e
do desenvolvimento para a cidade.
5 – A cidade ganha tributos e recebe
problemas em contrapartida.
6 – O porto como base logística cria outras
possibilidades com o gás, energia, etc.
Necessidade de investigação em
várias escalas e dimensões

PESSANHA, 2017, p.79 - Tese.


Porto-Petróleo: uma relação biunívoca
Evolução produção e exportação de petróleo

A - Segundo a ANP:
1- Daqui a uma década (2030), o Brasil será o 4º
maior produtor de petróleo do mundo.
Sairá de 3,3 mi bpd para 7 mi bpd.
2 – Em 2030 o Brasil estará exportando entre 4 e 5
milhões bpd.
B – Macaé terá 5, 6, 7 UTEs. Seguirá sendo maior
polo de Gás Natural e um dos polos de energia
elétrica do ERJ.
4 – Macaé busca se manter como base das para-
petroleiras e de subsea.
Evolução produção e exportação de petróleo
Bases portuárias apoio offshore no ERJ
Malha de gasodutos / oleodutos no ERJ
Malha de gasodutos – distribuição espacial
Sistemas Portuários ERJ
Estado-Porto: 3º litoral do país com 635 km
Portos em Funcionamento (6):
- Angra; Itaguaí; Sudeste; Rio; Niterói; Forno e Açu
TUP – (7):
BR Angra; TKCSA; Itaguaí; Guaíba; Ilha D´Água e I. Redonda e Imbetiba
TUP em construção (1):
Base Naval da Nuclep.
TUP projetados ou em licenciamento: (7): TeBig (Angra); Lagoa da
Pedra (Mangaratiba); Braskem (D. Caxias); S. Gonçalo; Jaconé (Maricá);
TerPor (Macaé) e Canaã (SFI).
Total: 14 + 7 = 21. (com 14 um porto cada 45 km)

Multiplicação de projetos portuários entre ERJ e ES estabelece


uma disputa. Uma guerra dos portos por bases logísticas.
Sistemas Portuários ERJ
Estado-Porto: 3º litoral do país com 635 km
Sistemas Portuários ERJ
Estado-Porto: 3º litoral do país com 635 km

Fonte: Fonte: Apresentação PELC – RJ – 2040 – Outubro de 2013 – P.37.


Sistemas Portuários ERJ
Estado-Porto: 3º litoral do país com 635 km
Movimentação de
Cargas Offshore
Portos do Rio e Niterói

Rebocadores
Aguardando Atracação
Portos Rio e Niterói

Fotos pesquisador 2013


Apoio Portuários Offshore e Transbordo
O Terpor (Características gerais)
1º Projeto em 2013. 2º Projeto nov. 2018
Área total de 6,4 milhões m². Cronograma
de 10 anos; 4 anos para retroárea primária e
17 meses para “rodovia transportuária”.
Porto com 2 terminais: (Ilhas)
“A” - movimento líquidos, apoio offshore (8 berços de
atracação. Terminal de regaseificação (532 mil m²;
ponte 4 km ext.; Cais de 700 m e 16 m profundidade)
“B” movimentação de petróleo (transbordo - 2 berços
de atracação; 53 mil m² 27 m profundidade);
O Terpor
O Terpor
O Terpor
O Terpor (Características gerais)
Rodovia Transportuária- ligará BR-101- RJ-168
e Clima ao Terpor – “Cinturão Logístico” – 4 viadutos;
16 meses construção ao custo de R$ 100 milhões; 18 km x
14 m. Prevê tráfego de cerca de 1,3 mil caminhões/dia:
óleo combustíveis; GLP; bunker; graneis e serviços.

Porto: abastecimento de água 180 m³/dia e


terá adutora de 12,4 km vinda do Rio Macaé.
Retroáreas primária (Apoio e ETE), secundária e terciária
(ETA, UPGN, tanques em 5 módulos - cap. total de 60
milhões de m³. Terminal de Regaseificação (A) e gasoduto
ligando UTGCABiúnas. 29 tanques de combustíveis e 25
lotes industriais (DI).
O Terpor (Informações gerais)
Terminal apoio offshore – 8 berços de
atracação para PSV – 18 atracações/dia.
Terminal transbordo de petróleo – Ship-to-ship: 2
navios/dia: 20 navios/mês. Tanque GLP: 900.000
m³. Terminal Multiuso - GLP. Estocagem com
tanques para 4,5 milhões de barris.
Armazenamento combustíveis: 420.000 m³
Sobre Construção:
Aterro hidráulico para terminal A 12 milhões m³ para canal
com batimetria de 11 m para 19 m.
Previstas instalações de 7 espigões (estruturas) com
extensão de 10 km (175-310 m cada) p/ engorda da praia
conter erosão e recompor linha da praia, arreto (INPH).
O Terpor
O Terpor
O Terpor
Terpor
O Terpor - Empregos
(Obras e operação)
No EIA/Rima prevê entre 4 mil e 5,3 mil
empregos entre 28º mês e 62º mês obras.
Os empreendedores falam em 10 mil nas obras
O Terpor - Empregos - Obras
O Terpor - Empregos Fase operação

Operação: 900 empregos


Terpor (AID)
Terpor (AID)

Saúde
O Diagnóstico já
identifica enormes
deficiências para
atendimento nos
bairros, Ajuda,
Cabiúnas, Lagomar,
Nova Esperança,
Nova Holanda e
Aeroporto
Terpor (AID)
Meio Ambiente
8 em 12 avaliações de impactos de localização, intensidade
e magnitude foram considerados médio ou altos.

Riscos com proximidade do Parque de Jurubatiba


Macaé
População – 240 mil hab. (PMM-16,6 mil)
Macaé tem 1.216 km² (3º maior do ERJ)
Orçamento 2020 – R$ 2,4 bilhões
Campos – R$ 2 bilhões
Orçamento per capita: Macaé R$ 10,2 mil
Campos R$ 4 mil
*Desde 2015 orçamento de Macaé é maior que o de
Campos também em valores absolutos.
Em 2014: Campos R$ 2,7 bi x Macaé R$ 2,2 bi
Macaé

Numa década Macaé recebeu e gastou

R$ 21,4 bilhões
Macaé

Orçamento Total em 2019: R$ 2,3 bilhões

Principais receitas em 2019 / 2018


Royalties - R$ 662 milhões / R$ 602 milhões
ISS - R$ 510 milhões / R$ 529 milhões
ICMS - R$ 484 milhões/ R$ 407 milhões
IPTU - R$ 70 milhões / R$ 65 milhões
Macaé
ECONOMIA DO PETRÓLEO E ECONOMIA DOS ROYALTES
Matriz Muldimensional da Economia do Petróleo & Economia dos Royalties no ERJ

Dimensão Economia do Petróleo Economia dos Royalties


(Geradora de riqueza) (Petrorrentista)

Ela é arrastada. Não existe sem a Economia do Petróleo;


Imensa capacidade de arrasto sobre outros setores;
Vive das receitas das participações governamentais pagas pela
Envolve altos investimentos em capital fixo sobre o território;
ANP;

Movimenta muito recursos privados e tem forte receita ISS


Mais movimentação de recursos do setor público, basicamente:
obras, serviços e terceirizações.
Forma cadeia abaixo e acima de sua atividade;
Econômica
Não é desencadeadora porque depende do arrasto;
Dinâmica ligadas às instalações e IE para extração; apoios de diversas
naturezas: base portuária, estaleiros; equipamentos, gestão: RH, TI,
Dinâmica econômica baixa e limitada, mais vinculada aos setores:
compras, comunicação, etc.
comércio, imobiliário, serviços e em muitos casos de baixo valor
agregado e de contratação.
Envolve obras de construção civil, montagens e puxa logística para
circulação e fluxos materiais;
Envolve montagem de lojas, obras de edificações casas-apartamentos;
locação e renda terra e dos imóveis; empréstimos e agiotagem;
Empregos + qualificados, recebe + migrantes e tende a gerar +
desempregos.
Empregos menos qualificados e subemprego para população local

Hierárquica, vertical e centralizadora, em especial no controle É fragmentada em termos econômicos, atividades produtivas e
gerencial e finanças. serviços de baixa complexidade;
Espacial
Conexão nacional e global Conexão local/regional

Alto poder em alterar dinâmica regional, espacialidade e a territorialidade, Baixa capacidade em alterar dinâmica espacial, com exceção da
sobre sua área de influência direta e indireta. expansão da fronteira urbana e uso do solo com especulação.
Modernização capitalista; Tende a levar mais à dependência;

Política, Social e Poder político disputado com forte viés econômico; Poder político disputado com forte viés econômico;

Cultural Exclusão dos “de fora”; grandes demandas por moradia; Contradições: programas assistencialistas x emancipadores

Arrasta mais demanda por ensino profissionalizante; Ensino mais geral, menos eficiente, mais pesquisas;

Aculturamento pós-moderno. Cultura de eventos.


Macaé
TUP Imbetiba até 2014 teve maior movimentação
de cargas de apoio offshore do país.
Macaé
Dinâmica Socioeconômica

Nº matrículas curso superior


Em 2003 = 1.521 ----- Em 2017 = 9.566

Em 2015, Macaé possuía 137 mil empregos


8,5 mil empresas

16.680 servidores públicos diretos em 2016


Macaé centro maiores deslocamentos
Campos Cabo Frio e Rio (IBGE)

IBGE (2015) Macaé é um polo intermediário e centraliza


um dos maiores deslocamentos pendulares (dia-a-dia) para trabalho
e estudo do país. Para: Campos Cabo Frio e Rio.
Salário Médio
Macaé
Multiplicação parques logístico-industriais
Macaé
Maior polo de processamento de gás
natural do Brasil
Macaé
Histórico das instalações das Bases
Operacionais da Petrobras
Macaé
Localização UTEs
Macaé
A desigualdade e a desestatização da Petrobras
Movimento das Receitas dos Royalties ERJ
Circuito Espacial do Petróleo e Royalties ERJ
Macaé

E a diversificação econômica?

Quais os caminhos para romper


a petro-dependência?
A ideia do porto
Porto do Açu
Porto do Açu
Porto do Açu
Porto do Açu
Porto do Açu
Porto do Açu
Porto do Açu
Porto do Açu
Projeto do TPN em Maricá
Esquema da Fração do capital no setor petróleo
Inter-relação sistêmica muldimensional
e transescalar (global) do setor petróleo

Mercadoria Especial
Financiamento
$$$ Traders – Mercado
A mais valia futuro [grãos, minério,
deixou de ser O&G - energia]
apropriada 8 x PIB Mundial
pelas Controle dos fluxos
empresas – foi Economia do pedágio
p/fundos

$
+ Financeirização K Fixo no T (IE)
Captura Tríade (PPIn)
Lobby Produção material
Compra de eleição Ciclo reprodução social
Intromissão judiciário
Pressão do
Controle mídia – consensos O Território Usado sistema global
Manipulação: “Think Thank” Urbanização Regional sobre Estados-
Novas Regionalidades nação
Porto por que?
Por que o porto aqui?
Porto para quê?
Porto para quem?
Macaé: Para quem?
1 - A questão em 3 Dimensões:
- Política (Gestão e participação);
- Econômica (Petróleo, Infraestrutura e logística:
rodoviária, ferroviária e portuária)... Mas a Economia antes de tudo
é uma relação entre seres humanos (Kate Raworth);
- Sociocultural (organização comunitária, identidade e
movimentos sociais);
2 – O capital é global, mas precisa do território para
gerar riquezas, por isso é preciso pensar o global e o local (K
financeiro e K fixo), e pensar as pessoas. É preciso equilíbrio!

3 – Como será Macaé após o fatiamento e desmonte da


Petrobras-setor de petróleo, IEs e energia privatizadas?
Macaé
Para quem?
4 - Por que não pensar numa maior integração
regional ou supramunicipal? Uma nova governança
colaborativa e não concorrencial?

5 – Há uma disputa por narrativas – Espaço mental:


Porto para quê e para quem?
6 - É preciso pensar Macaé e a região para as
pessoas. De que adiante Macaé ser polo nacional de
gás natural, energia e ter centralidade como polo
intermediário e crescer sem reduzir as desigualdades?
7 – A cidade pode ser melhor “com as pessoas” e num
projeto acordado.
http://robertomoraes.com.br
23 de julho de 2019

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