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Supercondutividade

Aline Maria da Silva de Castro Mat.: 14214040233


Física Estatística e Matéria Condensada

Professor:Marcello Barbosa da Silva Neto

Aluna: Aline Maria da Silva de Castro

Polo Campo Grande

Matrícula: 14214040233
O supercondutor

Considerando, que num condutor normal ao se aplicar uma diferença de potencial a um


fio metálico, os elétrons passam a se movimentar movidos por uma força elétrica em
uma direção preferencial, podemos dizer que quando esses elétrons encontram
impurezas, imperfeições na rede cristalina, ou deslocamento de íons devido a vibrações
térmicas, esses mesmos elétrons sofrem o efeito da resistividade elétrica.
Contudo, essa mesma resistividade elétrica, do metal, diminui à medida que o material é
resfriado. Quando a temperatura é diminuída, as vibrações térmicas dos íons diminuem
e os elétrons de condução sofrem menor número de espalhamentos.
Diante dessas possibilidades, durante o estudo da liquefação do gás hélio, foi descoberto
o fenômeno da supercondutividade pelo físico holandês Heike Kamerlingh Onnes.
Um material supercondutor pode ser caracterizado como aquele em que quando
resfriado sua resistividade decresce da maneira usual, mas cai abruptamente a zero a
uma temperatura poucos graus acima do zero absoluto. A essa temperatura deu-se a
denominação de temperatura crítica, e é uma temperatura característica de cada
material.

Figura 1- Perda de resistividade de um supercondutor em


temperaturas baixas
Efeito Meissner

Sabendo que quando um material é submetido a um campo magnético, este penetra no


mesmo, ainda que o valor em seu interior seja diferente do valor do campo aplicado.
Nos supercondutores, em campos suficientemente pequenos, o valor do campo
magnético no interior do material é zero (B=0), ou seja, um supercondutor em presença
de campo magnético expulsa de seu interior as linhas de fluxo, expelem o campo
magnético. Este fenômeno é conhecido por efeito Meissner.
Essa propriedade de um supercondutor implica no fato de que um supercondutor é um
diamagnético quase perfeito. Lembrando que Diamagnetismo é o termo utilizado para
designar o comportamento de materiais que são repelidos na presença de campos
magnéticos.

Figura 2 - Comportamento magnético de um supercondutor.


Fenomenologia

A supercondutividade deve se manifestar sob a forma de um estado eletrônico mais


ordenado. A passagem a um estado de menor entropia deve-se à existência de interações
entre elétrons, observadas quando o material atinge a temperatura crítica.
A segunda variável que determina o comportamento supercondutor é o campo
magnético . A supercondutividade é destruída pela aplicação de um campo
magnético suficientemente elevado. A intensidade deste campo, acima do qual a
supercondutividade é destruída, é denominado de campo critico · O valor do campo
crítico depende da temperatura do material: tende a zero quando se está próximo da
temperatura critica e é máximo no zero absoluto.

Figura 3 -

Estudando experimentalmente esse campo magnético máximo em função da


temperatura, que pode ser aplicado a um material supercondutor, de maneira que esse
permaneça nesse estado, chegou-se a seguinte definição, utilizando o conceito de
energia livre de Gibbs:

Onde:

é a energia livre de Gibbs, ou seja, a soma da energia interna com as trocas de energia
com o meio:
é a energia de Gibbs no estado normal

é a energia de Gibbs no estado supercondutor

Vale ressaltar, que associado a este campo crítico existe uma densidade de corrente
critica (corrente / área), acima da qual a supercondutividade do material também é
destruída. Como o campo magnético é gerado por cargas em movimento (corrente),
existe uma restrição sobre o valor de densidade de corrente que circula através do
material supercondutor.

Equações de London

Simplificando um pouco as ideias, pode-se dizer que alguns elétrons do material


supercondutor comportam-se de maneira normal, aproximadamente como elétrons
livres (elétrons normais), enquanto outros exibem comportamento "anômalo" (os
superelétrons).
Utilizando esse pressuposto, London foi capaz de explicar a eletrodinâmica nos
supercondutores através das Leis de Maxwell, fazendo um adendo que desse conta do
efeito Meissner.
De acordo com essas observações, London descreve o material como sendo um
composto de dois fluidos, ou seja, um formado por elétrons normais e outro por
superelétrons. O fluido com elétrons normais se comporta conforme a Lei Ohm na sua
formulação microscópica . Enquanto que os elétrons responsáveis pela
supercondutividade, os “superelétrons”, que possuem uma desidade ns e não são
espalhados por impurezas, ou vibrações da rede cristalina, e por isso são acelerados
livremente por um campo elétrico, seguem a seguinte densidade de corrente:

Onde : é a massa do “superelétrons” e é a sua velocidade.

De posse de , London derivou os dois lados desta equação em função do


tempo, para chegar no que é conhecida como a 1ª Equação de London, que descreve
exatamente a propriedade da resistividade nula de um supercondutor.

Analisando essa expressão pode-se afirmar que não há a necessidade de aplicação de


um campo elétrico em um supercondutor para manter a corrente constante no tempo
(contrário de um condutor normal), pois se o campo elétrico for nulo, teremos como
consequência o fato de que a derivada temporal da densidade de corrente é uma
constante.
Num pensamento complementar a essa primeira equação, temos:

Contudo:

Pela Lei de Faraday-Lenz: e pela Lei de Ampère:

Fazendo as substituições necessárias e aplicando a identidade vetorial adequada, além


da Lei de Gauss (pois não há monopolos magnéticos), chegamos a definição da 2ª Lei
de London, que define que o campo magnético é atenuado numa fina camada de
espessura na superfície do material, caindo a zero no interior do mesmo, ou seja, ela
define o Efeito Meissner.
Teoria BCS e pares de Cooper

Aprofundando o tema a partir de um pensamento microscópico do fenômeno é chegado


o momento da completa definição dos “superelétrons”.
Através das observações ficou constatado que quando um supercondutor retorna ao seu
estado normal a contribuição dos elétrons na condução é bem diferente, devido a uma
mudança muito drástica nos elétrons de condução.
Nesse contexto surge a teoria BCS, como resultado dos estudos de Bardeen, Cooper e
Schrieffer para a compreensão qualitativa de como poderia ocorrer a atração entre dois
elétrons.
Considerando, dois elétrons viajando pela rede cristalina, constituídas por íons
positivos, observou-se que ocorre uma distorção da mesma provocada pela atração
coulombiana entre os elétrons e os íons positivos. Esse fato provoca o aumento da
densidade de cargas positivas na proximidade dos elétrons, e sendo assim, se num
intervalo de tempo menor que o tempo em que ocorre esse fenômeno, outro elétron de
spin contrário “cruzar” com essa distorção, que comporta uma concentração de cargas
positivas, podemos considerar plausível que ocorra uma interação entre esses elétrons,
uma vez que a força atrativa entre o par de elétrons será maior que a repulsão
coulombiana entre eles, considerando a baixa temperatura, característica necessária para
se ter um supercondutor.
A essa atração, que ocorre entre um par de elétrons é dado o nome de Pares de Cooper,
que na verdade são Bósons com spin zero, que na teoria dos dois fluídos era comumente
conhecido como superelétrons.

Supercondutores tipo II

Possuem uma temperatura de transição superior às dos supercondutores da categoria


tipo I, através de um mecanismo que não está totalmente esclarecido. Esta categoria de
supercondutores difere do tipo I na medida em que a sua transição de um estado normal
para um estado de supercondutividade é gradual, havendo uma região de
comportamento misto. As regiões com comportamento misto permitem alguma
penetração por campos magnéticos externos, tendo como consequência a sua
temperatura crítica aumentada de maneira significativa.
O supercondutor do tipo II apresenta regiões no estado normal, cercada por regiões
supercondutoras. Essas regiões mistas, chamadas de vórtices, permitem a penetração de
campo magnético no material, através dos núcleos normais. Conforme a temperatura
aumenta, dentro do estado intermediário, os núcleos vão superando as regiões
supercondutoras.
Num supercondutor do tipo II, a intensidade H do campo magnético deve ser tal que
<H< , onde , é o campo critico inferior (abaixo do qual o material expulsa
totalmente as linhas de fluxo - estado Meissner) e é o campo critico superior (acima
do qual a amostra passa ao estado normal).
Supercondutores do tipo II costumam suportar correntes mais fortes que os do tipo I,
sem perder a condição de supercondutor. Logo, são mais promissores para possíveis
aplicações.
Bibliografia

Textos de Apoio ao professor de Física nº 8. Ano 1998. Fernanda Ostermann Letície


M. Ferreira Cláudio J. H. Cavalcanti
https://www.if.ufrgs.br/public/tapf/n8_ostermann_ferreira_cavalcanti.pdf <acessado em
23/04/2019>

Supercondutividade.
https://www.if.ufrj.br/~tclp/estadosolido/SUPERCONDUTIVIDADE.pdf <acessado
em 24/04/2019>

Introdução à Supercondutividade, Suas Aplicações e a Mini-Revolução Provocada


Pela Redescoberta do MgB2: Uma Abordagem Didática. Paulo S. Branício.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172001000400004
<acessado em 24/04/2019>

Supercondutores.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3565134/mod_resource/content/1/QFL-
1101%20-%2016a%20aula%20-%20Supercondutoes%20%2829-05-2017%293.pdf
<acessado em 25/04/2019>

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