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NOTÍCIAS / ALEMANHA

AL EM AN H A

"Good bye, Lenin" e a nostalgia da RDA
A Alemanha acorre em peso aos cinemas para ver a tragicomédia "Good bye, Lenin", que revive a extinta RDA. A película
navega na onda da "Ostalgie" – a melancólica nostalgia do Leste ("Ost") alemão.

Ninguém pode explicar muito bem a razão do sucesso de "Good bye, Lenin", o filme que estreou há
cerca de um mês no Festival Internacional de Cinema de Berlim (Berlinale) e tornou­se quase
imediatamente um objeto de culto entre os espectadores alemães. Até o próprio diretor Wolfgang
Becker mostra­se surpreso com a reação do seu público: "Pode até ter se tornado um objeto de culto,
mas esta não era a intenção do filme."

A modéstia do cineasta está numa crassa contradição com o recorde de bilheteria: quase dois milhões
de alemães assistiram ao seu filme nas últimas duas semanas. A película encanta e comove os corações
O filme "Good bye, Lenin" estoura nas
bilheterias de toda a Alemanha
germânicos, seja no antigo lado oriental do país, seja na parte ocidental, independente de idade, sexo
e status social. Pela primeira vez desde a reunificação do país, uma obra de arte logrou o que já era
considerado como quase impossível: derrubar o muro invisível dentro das cabeças de alemães ocidentais e orientais.

Apartamento socialista

A ação de quase toda a película está situada no outono setentrional de 1989, em pleno processo de dissolução da antiga RDA, a Alemanha
comunista. Quando se dirigia para os festejos do 40º aniversário da Alemanha Oriental, a socialista convicta Christiane Kerner vê seu filho
Alex ser espancado pelos soldados que reprimem uma manifestação política. Ela sofre um enfarte cardíaco e cai em coma profundo. Não
toma conhecimento de todas as atribulações políticas que levaram à derrubada do muro de Berlim e ao fim do regime comunista na RDA.

Depois de oito meses, Christiane desperta do estado de coma. Ela vive agora num país capitalista, mas não pode inteirar­se disto. Pois os
médicos temem que o choque poderia ser fatal para ela. Alex decide ocultar a verdade. Leva a mãe doente para a casa. Isolando­a do
mundo externo, ele praticamente recria a Alemanha Oriental dentro do próprio apartamento, usando todo tipo de artimanhas.

O fim do dualismo

A tragicomédia "Good bye, Lenin" veio reforçar uma tendência que já se nota, há algum tempo, na sociedade alemã: a nostalgia do Leste
alemão. Mais odiada que amada pelos alemães enquanto existiu, a Alemanha Oriental significou ditadura e privações econômicas para os
cidadãos do Leste e simbolizou a "ameaça comunista" para a maior parte dos alemães ocidentais.

L EIA M AIS

Dez anos de abertura dos arquivos do Stasi
Milhares de documentos, vídeos e disquetes documentam as atividades do serviço secreto da antiga Alemanha Oriental. Em 1981, uma lei possibilitou
que os arquivos fossem consultados.  

"Sem muro a Alemanha Oriental não teria sobrevivido"
Como os historiadores avaliam a construção do Muro de Berlim.  

L IN KS EXTER N OS

Good bye, Lenin
Site oficial do filme alemão

Data 07.03.2003

Páginas 1 | 2 | Texto completo
Autoria Assis Mendonça

Assuntos relacionados Berlinale, Nina Hagen, Karl Lagerfeld, Fidel Castro, Stasi, Johanna Wokalek, Catherine Deneuve, Jeanne Moreau, Brigitte Bardot, Léa
Seydoux

Palavras­chave Ostalgie, nostalgia, RDA, Alemanha Oriental, comunismo, Alemanha comunista, socialismo, filme, Berlinale, moda, culto

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M AIS D A M ESM A ED ITOR IA

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