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Rio de Janeiro
Em 1938, Caymmi deixa as praias, o sol e o sossego da Bahia e vai para o Rio
de Janeiro tentar a sorte. Tinha facilidade para o desenho e a experiência no
jornal, esperava encontrar trabalho na imprensa. O parente José Pitanga o
apresentou ao desenhista Edgar de Almeida, da revista O Cruzeiro e Caymmi
consegue um modesto trabalho.
Levado por Assis Valente e Lamartine Babo se apresenta na Rádio Nacional
cantando “Noite de Temporal”, acompanhado do toque do berimbau. Em
seguida, foi apresentado ao diretor da Rádio Tupi que o contratou. No dia 24 de
junho de 1938, Caymmi estreou cantando o samba "O Que é Que a Baiana
Tem?".
Dois meses depois, passava para a Rádio Transmissora e mais tarde foi levado
por Almirante para a Rádio Nacional. Ao mesmo tempo, Caymmi começava a
frequentar a roda dos músicos e de artistas plásticos.
Carmem Miranda
Para o carnaval de 1939, o produtor de cinema Wallace Downey preparava
uma nova produção com Carmem Miranda. O título seria “Banana da Terra”
(1938), assim, a música “O Que é Que a Baiana Tem?” entrou para o filme, na
voz de Carmem Miranda, fazendo grande sucesso, a ponto de popularizar a
palavra “balangandãs”.
Músicas
O Que é Que a Baiana Tem? (1939) contratado pela Odeon, este foi o
primeiro disco de Caymmi, quando cantou o samba ao lado de Carmem
Miranda.
O Mar (1940) foi a primeira gravação de Caymmi na gravadora Columbia: O
mar/ quando quebra na praia/ é bonito... é bonito.(...)
Samba da Minha Terra (1940) uma das mais populares gravações de
Caymmi, foi lançada pelo Bando da Lua, mas só depois de 20 anos foi revivida
quando gravada pelo autor e pelo papa da bossa nova, João Gilberto, em
1961.
Marina (1947) com essa música, Caymmi estreia no gênero samba-canção,
tendo sido gravada por Dick Farney: Marina, morena,/ Marina você se pintou./
Marina, você faça tudo,/ mas faça um favor:/ não pinte esse rosto que eu
gosto,/ e que é só meu. (...)
Maracangalha (1956) um dos sambas mais populares de Caymmi: Eu vou pra
Maracangalha/ Eu vou/ Eu vou de liforme branco/ Eu vou./ Eu vou de chapéu
de palha/ Eu vou. (...)
Casamento e Filhos
Em 1939 Dorival Caymmi estava no auditório da Rádio Nacional para assistir
um programa de calouros quando conhece Stella Maris, vencedora da prova.
No dia 30 de abril de 1940, Caymmi completou 26 anos e casou-se com a
mineira Stella Maris. O casal teve três filhos, que também seguiram a carreira
musical: o cantor, compositor e arranjador Danilo Caymmi, o violonista e
compositor Dori Caymmi e a cantora Nana Caymmi.
Doença e Morte
Com problemas cardíacos, Dorival Caymmi passou a se apresentar
esporadicamente em shows ao lado dos filhos Dori, Nana e Danilo. Com 60
anos de carreira, Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos, mas teve um
grande número de versões de suas músicas feitas por outros intérpretes. Sua
obra, considerada pequena é composta de um grande número de obras-
primas.
Dorival Caymmi faleceu no Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto de 2008.