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2T19
Participantes:
Carlos Eduardo Tavares de Castro
Diretor-Presidente
Carlos Augusto Botrel Berto
Diretor Financeiro e de Relações com
Investidores
1
Índice
1. Destaques .........................................................................................................................................................3
1.1. Alterações no Conselho de Administração e Diretoria Executiva: ................................................................ 3
1.2. Plano de Negócios 2019 e Estratégias de Longo Prazo 2019 a 2023 ............................................................. 3
1.3. Reajuste Tarifário - 2019................................................................................................................................ 4
1.4. Captação de Recursos..................................................................................................................................... 5
1.5. Rating ............................................................................................................................................................. 5
1.6. Remuneração aos Acionistas .......................................................................................................................... 6
2. Dados Operacionais ........................................................................................................................................8
2.1. Concessões de Prestação de Serviços............................................................................................................. 8
2.2. Dados Operacionais........................................................................................................................................ 9
2.3. Empregados e Empregados por Ligação ...................................................................................................... 10
2.4. Base de Clientes ........................................................................................................................................... 11
3. Situação Hidrica............................................................................................................................................12
3.1. Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ..................................................................................... 12
3.2. Interior do Estado de Minas Gerais .............................................................................................................. 13
4. Desempenho Trimestral ...............................................................................................................................14
4.1. Receitas ........................................................................................................................................................ 14
4.2. Custos e Despesas ........................................................................................................................................ 15
4.3. Outras Receitas (Despesas) Operacionais .................................................................................................... 17
4.4. Equivalência Patrimonial ............................................................................................................................. 18
4.5. Resultado Financeiro .................................................................................................................................... 18
4.6. Tributos sobre o Lucro ................................................................................................................................. 19
4.7. Lucro Líquido............................................................................................................................................... 19
2
4.8. EBITDA e EBITDA com Ajustes de Itens não Administráveis ..................................................................
2 19
5. Investimentos.................................................................................................................................................21
5.1. Sistemas de Abastecimento de Água............................................................................................................ 21
5.2. Sistemas de Esgotamento Sanitário.............................................................................................................. 21
6. Endividamento ..............................................................................................................................................22
6.1. Dívida Bruta e Dívida Líquida ..................................................................................................................... 22
6.2. Linhas de Financiamento e Indexadores ...................................................................................................... 23
7. Demonstrativo de Resultado Trimestral .....................................................................................................25
8. Balanço Patrimonial – Ativo ........................................................................................................................26
9. Balanço Patrimonial – Passivo.....................................................................................................................27
10. Fluxo de Caixa...............................................................................................................................................28
Release de Resultados 2T19
1. Destaques
Conforme Fato Relevante divulgado em 01.07.2019, a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada naquela
data, aprovou a destituição e eleição de 5 (cinco) membros do Conselho de Administração. Abaixo, a atual
composição do Conselho de Administração, cujo prazo de gestão expirará na Assembleia Geral Ordinária (AGO)
do exercício de 2020:
Em 04.07.2019, conforme Fato Relevante divulgado naquela data, o Conselho de Administração aprovou a
destituição dos membros da Diretoria Executiva e a eleição dos novos Diretores. Abaixo, composição atual da
iretoria Executiva, cujo prazo de gestão expirará na data da primeira reunião do Conselho de Administração a ser
realizada após a AGO do exercício de 2021:
A tabela a seguir, mostra os valores referenciais projetados e contemplam os investimentos globais anuais:
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Release de Resultados 2T19
Esse Plano será revisado pelo Conselho de Administração da Companhia até o final deste exercício e
oportunamente divulgado ao mercado.
A ARSAE-MG divulgou em 29.06.2019, a Resolução nº 127/2019, na qual autoriza a aplicação de reajuste médio
de 8,38% nas tarifas de prestação de serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da
Companhia. Os principais pontos do reajuste estão destacados a seguir:
ii) Fator de Qualidade (FQ): negativo, resultando na redução de 0,47% sobre todos os itens da receita. Neste
ciclo tarifário, o foco se dá na ampliação da abrangência e da qualidade do serviço de esgotamento sanitário.
iii) Fator de Incentivo ao Controle de Perdas (IP): negativo, resultando na redução de 0,01% sobre todos os
itens da receita, e que contempla, atualmente, o indicador de Penalidade por Falta de Micro e Macromedição
(PFM). O Índice de Perdas na Distribuição (IPD), que será utilizado como primeiro balizador para as metas de
redução, foi definido em 40,43% neste reajuste. Esse é o patamar base para a diminuição de 0,8 pontos percentuais
normatizados para a Companhia para o próximo reajuste. Para o reajuste subsequente, o balizador é 1,2 pontos
percentuais.
Compensações de Itens Não Administráveis: refere-se à compensação das diferenças mês a mês entre as
variações de preços estimadas e incorridas para os itens não administráveis (energia elétrica, material de
tratamento, combustíveis e lubrificantes, telecomunicação e tributos e outras obrigações) totalizando R$22,2
milhões.
Mudança na estrutura tarifária dos serviços de esgotamento sanitário: em continuidade aos ajustes nas
tarifas EDT (Esgotamento Dinâmico com Coleta e Tratamento) e EDC (Esgotamento Dinâmico com Coleta), neste
reajuste, a tarifa EDT passa a corresponder a 97,5% da tarifa de água, enquanto a tarifa EDC passa a representar
31,25% das tarifas de água.
Repasse Tarifário: a partir da Resolução nº 110/2018, foram definidos os mecanismos de reconhecimento dos
repasses tarifários para fundos de saneamento básico, tendo como teto o percentual correspondente a 4% da receita
líquida para todos os municípios atendidos pela Companhia, e será utilizado em ações e projetos dispostos no
Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do município.
Para o reajuste de 2019, 60 municípios atenderam aos requisitos estabelecidos para habilitação de seus respectivos
fundos municipais aos repasses, cujo valor, para os 12 meses, totaliza R$75,1 milhões. Ressalta-se que no reajuste
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Release de Resultados 2T19
do ano anterior, o valor dos repasses aprovado pela ARSAE-MG foi de R$43,4 milhões e referia-se a repasse
realizado para o Município de Belo Horizonte.
Em julho de 2019, foi concluída a captação de recursos por meio da 14ª Emissão de Debêntures da Companhia,
no valor de R$199,0 milhões. Esses recursos serão destinados à execução de parte do seu programa de
investimentos. Os detalhes dessa emissão estão descritos a seguir:
1.4.1. 1ª Série:
d) Amortização: 12 parcelas trimestrais sucessivas, com vencimento no dia 15 dos meses de março, junho,
setembro e dezembro de cada ano, sendo o primeiro pagamento em 15.09.2021.
1.4.2. 2ª Série:
d) Amortização: 8 parcelas semestrais sucessivas, com vencimento no dia 15 dos meses de junho e dezembro de
cada ano, sendo o primeiro pagamento em 15.12.2022.
1.5. Rating
1.5.1. Moody’s
A agência de classificação de risco Moody’s, em relatório divulgado em 03.07.2019, afirmou o perfil de risco
corporativo da Companhia em ‘Ba3’ (escala global) e ‘A1.br’ (escala nacional brasileira). Na opinião da Moody’s,
a perspectiva é positiva e reflete os seguintes pontos fortes:
Fluxo de caixa estável da companhia, dado seu baixo risco de volume e mecanismo previsível de definição de
tarifa.
Práticas de governança corporativa fortes, o que limita o risco de interferência do seu controlador, o Estado de
Minas Gerais (B2 estável).
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Release de Resultados 2T19
O comunicado à imprensa da referida agência pode ser acessado na íntegra nos seguintes sites:
www.copasa.com.br/ri, www.cvm.gov.br e www.b3.com.br.
1.5.2. Fitch
A agência de classificação de risco Fitch afirmou, em comunicado divulgado em 11.07.2019, o Rating Nacional
de Longo Prazo da COPASA MG e de suas emissões de debêntures, em AA(bra). Ao mesmo tempo, a perspectiva
do rating corporativo foi revisada para Positiva, de Estável.
Os ratings da Companhia se apoiam no baixo risco de negócios do setor de saneamento básico, bem como na
posição quase monopolista na prestação de serviços de fornecimento de água tratada e de coleta e tratamento de
esgoto em sua área de concessão. A Companhia se favorece, ainda, de uma resiliente operação em diversos
municípios sob contratos de longo prazo. Com isso, a análise incorpora a maior previsibilidade da demanda da
COPASA MG, associada à expectativa de manutenção de robusta geração de fluxo de caixa das operações em
cenários hídricos regulares e de que os fortes fundamentos da indústria de saneamento continuarão sendo
preservados a médio prazo.
O comunicado à imprensa da referida Agência de Risco pode ser acessado na íntegra nos sites
www.copasa.com.br/ri, www.cvm.gov.br e www.b3.com.br.
O Conselho de Administração definirá até 31 de março de cada exercício, o percentual do Lucro Líquido Ajustado
a ser distribuído, observando o mínimo estatutário de 25% e o limite de 50%.
A declaração deverá ocorrer trimestralmente e o pagamento será realizado em até 60 dias, a contar da data da
declaração, a exceção dos valores referentes ao quarto trimestre, cuja definição ocorrerá na Assembleia Geral
Ordinária (AGO).
Em conjunto com a divulgação das Demonstrações Financeiras Anuais (DFs) e das Informações Trimestrais (ITR)
referentes ao segundo trimestre de cada exercício, a administração procederá e divulgará o Cálculo do
Enquadramento Regulatório, já considerando o pagamento dos Dividendos Regulares, visando avaliar se o mesmo
se encontra dentro da margem considerada eficiente (Intervalo Eficiente de Alavancagem Regulatória) e caso esse
índice esteja:
a) Acima do intervalo: o Conselho de Administração definirá que o percentual de distribuição do Lucro Líquido
Ajustado será o mínimo legal obrigatório.
b) Dentro do intervalo: a remuneração obedecerá ao critério e limites definidos para a distribuição de Dividendos
Regulares.
c) Abaixo do intervalo: o Conselho de Administração poderá, até 03 (três) meses após a divulgação das DFs e do
ITR do segundo trimestre de cada exercício, declarar Dividendos Extraordinários, que compreenderá uma
remuneração adicional que seja suficiente para que o patamar inferior do referido intervalo seja alcançado.
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Release de Resultados 2T19
Essa declaração ocorrerá após a realização de estudos que indiquem que eventual pagamento de Dividendos
Extraordinários não colocará em risco a saúde financeira, o Plano de Investimentos ou a liquidez corrente da
Companhia.
Ressalta-se que por Cálculo do Enquadramento Regulatório entende-se, para o atual ciclo regulatório, o múltiplo
Dívida Líquida corrente da Companhia dividido pelo EBITDA acumulado dos 12 meses anteriores ao período de
cálculo (Dívida Líquida/EBITDA), que deverá alcançar o valor de 2,10x, com margem de 0,10x para cima ou para
baixo.
O indicador Divida Líquida/EBITDA, conforme detalhado no item 6 deste Release (Endividamento), ficou em
2,0x.
Para o ano de 2019, o Conselho de Administração aprovou, em reunião realizada em 28.02.2019, a distribuição de
dividendos no percentual correspondente a 25% do Lucro Líquido, sob a forma de JCP.
Em observância à citada Política, o Conselho de Administração aprovou 2 (duas) distribuições de JCP referentes
ao exercício de 2019, totalizando R$74,0 milhões, conforme detalhado na tabela a seguir:
Data do Valor Bruto Valor Bruto por
Referência Data da RCA Data do Crédito
Pagamento (R$ Milhões) Ação (R$)
1T19 21.03.2019 26.03.2019 20.05.2019 53,0 0,41923
2T19 14.06.2019 21.06.2019 13.08.2019 21,0 0,16586
Acumulado 2019 74,0 0,58509
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Release de Resultados 2T19
2. Dados Operacionais
Ao longo do 2019, foram formalizados Contratos de Programa, referentes a renovações e assunções de concessões,
com 10 (dez) municípios, cuja população urbana conjunta estimada é de aproximadamente 43 mil habitantes,
conforme relação a seguir:
Espírito Santo do Dourado, Gameleiras e Natalândia: assunção dos serviços de abastecimento de água.
Cristiano Otoni, Pintópolis e Santa Fé de Minas: renovação dos serviços de abastecimento de água e
assunção dos serviços de esgotamento sanitário.
Antônio Dias, Campestre e Poço Fundo: renovação dos serviços de abastecimento de água.
Destaca-se que, na renovação de algumas das concessões acima, a COPASA MG assumiu a concessão dos serviços
em localidades e distritos desses municípios, ampliando sua área de cobertura para além das sedes municipais,
visando, assim, contribuir para a universalização dos serviços de saneamento básico no Estado.
A COPASA MG chegou em junho de 2019 como concessionária para prestação de serviços de água em 642
municípios e de esgotamento sanitário em 311 municípios, conforme quadro a seguir:
Junho/2019 Junho/2018
Concessões e Operações¹
Total Controladora COPANOR Total Controladora COPANOR
Água
Concessões 642 593 49 636 587 49
Em Operação 629 581 48 628 581 47
Esgoto
Concessões 311 255 56 303 248 55
Em Operação 261 222 39 256 219 37
1). Considera-se apenas uma concessão/operação por município, independentemente de haver mais de um contrato, nos casos de atendimento de
COPASA e COPANOR no mesmo município, ou de se tratar de um contrato que abranja somente distritos e localidades.
As 8 (oito) principais concessões que, em conjunto, representavam cerca de 50% da receita líquida de água e
esgoto da Companhia, bem como os respectivos vencimentos, encontram-se elencadas a seguir:
Município Vencimento
Belo Horizonte 2034
Contagem 2073
Betim 2042
Montes Claros 2048
Ipatinga 2022
Divinópolis 2041
Ribeirão das Neves 2034
Pouso Alegre 2046
Em junho de 2019, 78,6% das receitas líquidas de água e esgoto da Companhia eram provenientes de concessões,
cujos prazos de vencimentos ocorrem após janeiro de 2034. Cabe mencionar ainda que, até junho de 2020, a
Companhia não possui concessões a vencer.
No encerramento do 2T19, 67 municípios, representando cerca de 4,1% das receitas líquidas de água e esgoto, se
encontravam com concessões vencidas. Em observância à Lei Federal nº 11.445/2007, atendendo ao princípio da
continuidade da prestação dos serviços públicos essenciais, os serviços continuam sendo prestados e faturados
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Release de Resultados 2T19
normalmente pela Companhia, até que ocorra o pagamento de indenização pelos ativos não amortizados. A
Companhia vem negociando com as autoridades municipais, buscando renovar essas concessões.
A seguir, são apresentados os principais dados operacionais e a sua evolução nos períodos comparativos. O número
de economias (unidades consumidoras) de água da Controladora apresentou elevação de 1,2% nos últimos 12
meses. Já o número de economias de esgotamento sanitário mostrou incremento de 3,5% no mesmo período.
2T19 2T18
Especificação - COPASA (Controladora) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Água
Ligações (1.000 unidades) 4.264 4.213 1,2% 4.143 1,7%
Economias (1.000 unidades) 5.165 5.104 1,2% 5.021 1,6%
População Atendida (1.000 habitantes) 11.380 11.345 0,3% 11.302 0,4%
Volume Distribuído (1.000 m³/trimestre) 249.674 242.902 2,8% 233.642 4,0%
Volume Medido (1.000 m³/trimestre) 144.336 144.944 -0,4% 144.256 0,5%
Extensão de Rede (km) 53.198 51.354 3,6% 50.619 1,5%
Índice de Hidrometração (%) 99,7 99,8 - 99,7 -
Índice de Perdas¹ (%) 40,6 39,9 - 37,2 -
Esgoto
Ligações (1.000 unidades) 2.847 2.743 3,8% 2.673 2,6%
Economias (1.000 unidades) 3.594 3.474 3,5% 3.392 2,4%
População Atendida (1.000 habitantes) 8.085 7.870 2,7% 7.769 1,3%
Volume Medido (1.000 m³/trimestre) 99.227 97.621 1,6% 96.989 0,7%
Volume Tratado (1.000 m³/ trimestre) 75.872 67.458 12,5% 62.937 7,2%
Extensão de Rede (km) 26.231 25.459 3,0% 24.495 3,9%
Água e Esgoto
Dias de Consumo (trimestre) 90,90 92,10 -1,3% 90,95 1,3%
Dias de Consumo (média mensal) 30,30 30,70 -1,3% 30,32 1,3%
1) Diferença entre o volume distribuído e o volume medido, dividida pelo volume distribuído, dos últimos doze meses.
2T19 2T18
Especificação – COPANOR 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Água
Ligações (1.000 unidades) 101 98 3,1% 96 2,2%
Economias (1.000 unidades) 105 102 2,9% 100 2,0%
População Atendida (1.000 habitantes) 209 205 1,9% 205 0,1%
Volume Distribuído (1.000 m³/trimestre) 3.934 3.690 6,6% 3.674 0,4%
Volume Medido (1.000 m³/trimestre) 2.151 1.999 7,6% 2.065 -3,2%
Extensão de Rede (km) 2.137 2.135 0,1% 2.128 0,3%
Esgoto
Ligações (1.000 unidades) 46 45 2,4% 44 1,1%
Economias (1.000 unidades) 48 47 2,2% 46 0,9%
População Atendida (1.000 habitantes) 95 94 1,4% 94 0,1%
Volume Medido (1.000 m³/trimestre) 933 907 3,0% 913 -0,7%
Extensão de Rede (km) 1.428 1.424 0,3% 1.421 0,2%
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Release de Resultados 2T19
2T19 2T18
Especificação-CONSOLIDADO
2T19 2T18 X 2T17 X
(COPASA+COPANOR)
2T18 2T17
Água
Ligações (1.000 unidades) 4.365 4.311 1,3% 4.239 1,7%
Economias (1.000 unidades) 5.270 5.205 1,2% 5.121 1,6%
População Atendida (1.000 habitantes) 11.589 11.550 0,3% 11.507 0,4%
Volume Distribuído (1.000 m³/trimestre) 253.608 246.592 2,8% 237.316 3,9%
Volume Medido (1.000 m³/trimestre) 146.487 146.943 -0,3% 146.321 0,4%
Extensão de Rede (km) 55.335 53.489 3,5% 52.747 1,4%
Esgoto
Ligações (1.000 unidades) 2.893 2.788 3,8% 2.717 2,6%
Economias (1.000 unidades) 3.642 3.521 3,5% 3.438 2,4%
População Atendida (1.000 habitantes) 8.180 7.964 2,7% 7.863 1,3%
Volume Medido (1.000 m³/trimestre) 100.160 98.528 1,7% 97.901 0,6%
Extensão de Rede (km) 27.659 26.882 2,9% 25.916 3,7%
O número de empregados, e o indicador empregados por mil ligações de água e esgoto são apresentados a seguir:
2T19 2T18
Especificação 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
COPASA
Empregados 11.558 11.356 1,8% 11.267 0,8%
Empregados/ Mil Ligações de Água e Esgoto 1,63 1,63 -0,4% 1,65 -1,2%
COPANOR
Empregados 459 430 6,7% 415 3,6%
Empregados/ Mil Ligações de Água e Esgoto 3,12 3,01 3,7% 2,96 1,7%
COPASA + COPANOR
Empregados 12.017 11.786 2,0% 11.682 0,9%
Empregados/Mil Ligações de Água e Esgoto 1,66 1,66 -0,3% 1,68 -1,1%
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Release de Resultados 2T19
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Release de Resultados 2T19
3. Situação Hidrica
Os reservatórios do Rio Manso, Vargem das Flores e Serra Azul encontram-se com aproximadamente 65% da
capacidade total, conforme pode ser visto no gráfico abaixo:
Em função do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, operada pela Vale S.A., em Brumadinho, em
25.01.2019, a COPASA MG executou ações visando identificar e mitigar os riscos à operação da Companhia.
Preventivamente, a empresa fechou as comportas da unidade de captação de água no rio Paraopeba, no mesmo dia
do rompimento, visando à preservação das instalações da captação, cujos ativos não sofreram deterioração,
portanto, não foram comprometidos.
Após negociações, neste mês, foi assinado Termo de Compromisso entre o Ministério Público do Estado de Minas
Gerais e a Vale S.A, tendo como interveniente a COPASA MG. Por meio desse instrumento, a Vale S.A é obrigada
a construir, até 30.09.2020, às suas expensas, novo ponto de captação no Rio Paraopeba, a 12 Km acima da
captação anteriormente afetada, conduzindo a água até a Estação de Tratamento do Rio Manso. O Termo inclui,
ainda, a obrigação de fornecimento dos demais estruturas necessárias para a condução da água.
A vazão do Rio das Velhas, no ponto de captação do sistema de produção, é bastante influenciada pela ocorrência
de chuvas, tendo em vista sua localização na parte alta da bacia hidrográfica. As características dessa bacia
proporcionam picos de vazão repentinos quando da ocorrência de chuvas nas cabeceiras e o rápido retorno à
normalidade do fluxo. A evolução da vazão média está registrada abaixo, tendo atingido 11,5 m³/s nos últimos 7
(sete) dias anteriores a 26.07.2019, sendo que a outorga de captação de água desta unidade é de 8,7 m³/s.
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Release de Resultados 2T19
A COPASA MG inaugurou, em setembro de 2018, a obra do sistema de captação de água no Rio Pacuí, visando
complementar o abastecimento na região de Montes Claros, maior concessão operada pela Companhia no interior
do Estado, conforme mencionado no Release de Resultados de 2018 e 4T18. Com isso, a Companhia encerrou o
racionamento no abastecimento de água.
Em 15.07.2019, 08 (oito) municípios (Águas Vermelhas, Belo Oriente, Capitão Enéas, Cristália, Divisa Alegre,
Nova Módica, Pedra Azul e Urucânia/Bom Jesus de Cardosos), que representam, de forma conjunta,
aproximadamente 26 mil ligações de água e 12 mil ligações de esgoto, encontravam-se em situação de
racionamento.
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Release de Resultados 2T19
4. Desempenho Trimestral
4.1. Receitas
A seguir tabela com a receita bruta, as deduções (PIS/COFINS) e a receita líquida de água, esgoto e resíduos
sólidos nos períodos comparativos:
2T19 2T18
Especificação (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Receita Bruta – Água 763.949 724.070 5,5% 662.610 9,3%
Receita Bruta – Esgoto 432.629 398.703 8,5% 366.186 8,9%
Receita Bruta - Resíduos Sólidos 557 622 -10,5% - -
Receita Bruta - Total 1.197.135 1.123.395 6,6% 1.028.796 9,2%
PIS/COFINS (110.817) (104.029) 6,5% (95.164) 9,3%
Receita Líquida – Água, Esgoto e Resíduos Sólidos 1.086.318 1.019.366 6,6% 933.632 9,2%
A receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos de 2T19 totalizou R$1,1 bilhão, 6,6% superior ao 2T18,
conforme tabela a seguir:
2T19 2T18
Especificação (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Receita Líquida Direta - Água 670.419 635.453 5,5% 581.137 9,3%
Receita Líquida Direta - Esgoto 389.027 357.483 8,8% 329.246 8,6%
Receita Líquida Direta - Água e Esgoto 1.059.446 992.936 6,7% 910.383 9,1%
A seguir, a Companhia apresenta os comentários sobre os fatores que influenciaram a receita líquida de água e
esgoto nos períodos comparativos:
reposicionamento tarifário médio de 4,31% aplicado pro rata para consumos registrados no mês de agosto e
integral a partir de setembro de 2018; e
queda de 1,7% no volume por economia de água e esgoto, em função, principalmente, do menor período de
consumo registrado no 2T19 (90,9 dias), contra 92,1 dias do 2T18.
A seguir, é apresentado o quadro com o faturamento direto de água e esgoto dos períodos comparativos:
2T19 2T18
Especificação (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Faturamento - Água 751.835 729.062 3,1% 670.980 8,7%
Faturamento - Esgoto 441.646 415.308 6,3% 378.806 9,6%
Faturamento - Água e Esgoto 1.193.481 1.144.370 4,3% 1.049.786 9,0%
14
Release de Resultados 2T19
Os custos e despesas, que correspondem ao somatório dos custos dos serviços vendidos, despesas com vendas e
administrativas decorrentes da exploração dos serviços de água, esgoto e resíduos sólidos totalizaram R$824,1
milhões em 2T19, contra R$807,2 milhões no 2T18, incremento de 2,1%. A tabela a seguir demonstra os custos e
despesas nos períodos comparativos:
2T19 2T18
Especificação (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Custos Administráveis 565.272 565.976 -0,1% 506.526 11,7%
Pessoal 336.429 324.232 3,8% 311.225 4,2%
Serviços de Terceiros 111.570 115.567 -3,5% 99.523 16,1%
PPP do Rio Manso 18.849 20.121 -6,3% 7.196 179,6%
Material 13.889 12.469 11,4% 13.392 -6,9%
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) 47.059 62.878 -25,2% 47.071 33,6%
Repasse Tarifário a Municípios 24.295 22.820 6,5% 20.153 13,2%
Custos Operacionais Diversos 13.181 7.889 67,1% 7.966 -1,0%
Custos não Administráveis 106.769 93.620 14,0% 91.160 2,7%
Energia Elétrica 106.341 93.722 13,5% 95.435 -1,8%
Telecomunicações 3.504 2.923 19,9% 4.171 -29,9%
Material de Tratamento 19.558 16.349 19,6% 16.911 -3,3%
Combustíveis e Lubrificantes 6.287 6.728 -6,6% 4.908 37,1%
Créditos Tributários (28.921) (26.102) 10,8% (30.265) -13,8%
Custos de Capital
Depreciações e Amortizações 148.408 141.316 5,0% 139.422 1,4%
Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos 3.624 6.306 -42,5% 2.637 139,1%
Total 824.073 807.218 2,1% 739.745 9,1%
A seguir, a Companhia apresenta os comentários sobre os itens que compõem os custos das vendas e dos serviços
prestados, despesas com vendas e administrativas (excluindo-se os custos de construção) que apresentaram
variações mais significativas:
4.2.1.1. Pessoal
Os gastos com pessoal apresentaram elevação de 3,8% em relação ao mesmo período de 2018, em função,
principalmente, de:
Essa conta apresentou queda de 3,5%. A seguir, os itens que apresentaram variações mais significativas:
elevação de R$3,5 milhões nos gastos com serviços de conservação e manutenção de bens e sistemas,
decorrentes de reajustes nos preços dos contratos de prestação de serviços, maior demanda por serviços corretivos
e manutenção preventiva nos sistemas;
aumento de 32,2% nas despesas de arrecadação, cobrança, leitura e entrega de contas, em função,
especialmente, do aumento significativo nas tarifas cobradas pelo principal agente arrecadador;
15
Release de Resultados 2T19
redução em R$4,1 milhões nas despesas com locação de frota de veículos, que em função da adoção do CPC
06 (R2), foram contabilizados como amortização do arrendamento mercantil, no Passivo;
A queda de 6,3% nas despesas referentes à Parceria Público-Privada (PPP) do Sistema Rio Manso, comparando-
se o 2T19 com o 2T18, ocorreu em função da redução nos gastos com energia elétrica, decorrente da menor
utilização desse insumo, após a suspensão da captação de água do Rio Paraopeba.
4.2.1.4. Materiais
O aumento observado ocorreu em função, principalmente, de incremento nos gastos com materiais de conservação
e manutenção de bens e sistemas e com materiais de segurança, proteção e uniformes.
A queda na PCLD reflete, principalmente, os impactos das negociações de débitos com entidades filantrópicas e
prefeituras realizadas no segundo semestre de 2018, bem como redução no número de faturas em condições de
serem consideradas na referida provisão.
A PCLD líquida, obtida por meio da diferença entre a PCLD e a recuperação de contas baixadas (contabilizada
em Outras Receitas Operacionais) apresentou queda de 12,1% no 2T19, conforme pode ser visto no quadro a
seguir:
2T19 2T18
Especificação (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
(+) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) 47.059 62.878 -25,2% 47.071 33,6%
(-) Recuperação de Contas Baixadas 13.368 24.570 -45,6% 19.284 27,4%
(=) PCLD Líquida 33.691 38.308 -12,1% 27.787 37,9%
O aumento de 6,5% nos valores dos repasses tarifários, comparando-se o 2T19 com o 2T18, se deveu,
principalmente, à elevação do faturamento de Belo Horizonte, que é base mais representativa para o cálculo dos
repasses efetuados.
A elevação de 67,1% nesta conta, comparando-se o 2T19 com o 2T18, ocorreu, principalmente, em função do
pagamento de despesas legais e judiciais, não recorrentes, no valor de R$7,1 milhões, referentes a honorários
advocatícios arbitrados no processo de desapropriação do Sistema Rio Manso, maior reservatório de água da
RMBH.
16
Release de Resultados 2T19
As despesas com esse insumo apresentaram aumento de 13,5% em 2T19, comparativamente ao 2T18, em função
da elevação de 10,6% no custo médio de energia devido, principalmente, ao Reajuste tarifário da CEMIG, aplicado
com a Resolução Homologatória 2.396 de 22.05.2018, associado ao crescimento no consumo de energia em 2,6%.
4.2.2.2. Telecomunicações
A elevação de 19,9% pode ser explicada pelo reajuste nos contratos de telefonia e transmissão de dados, bem como
maior consumo de dados pela implantação de novos serviços e projetos digitais.
A variação nesta conta deve-se, principalmente, ao aumento de preço de materiais de tratamento, bem como maior
utilização de produtos químicos nas unidades de tratamento de água da RMBH, em função do aumento de turbidez
da água bruta do Rio das Velhas.
A elevação nos créditos tributários, comparando-se o 2T19 com o 2T18, deveu-se ao aumento nos gastos com
energia elétrica e com serviços utilizados como insumos no processo produtivo.
O item Outras Receitas (Despesas) Operacionais apresentou resultado líquido negativo de R$55,7 milhões no
2T19, ante os R$549 mil (positivos) registrados em 2T18, conforme tabela a seguir:
2T19 2T18
Especificação (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Outras Receitas Operacionais 19.146 32.521 -41,1% 49.728 -34,6%
Receita de Serviços Técnicos 22 31 75
Reversão de Provisão não Dedutível 2.217 3.848 26.394
Recuperação de Contas Baixadas 13.368 24.570 19.284
Outras Receitas 3.539 4.072 3.975
Outras Despesas Operacionais (74.869) (31.972) 134,2% (30.855) 3,6%
Provisão não Dedutível (51.447) (14.943) (14.525)
Perdas Eventuais ou Extraordinárias (4.930) (2.098) (1.143)
Taxa de Fiscalização sobre Serviços (9.387) (8.303) (8.132)
Outras Despesas (9.105) (6.628) (7.055)
Outras Receitas (Despesas) Operacionais (55.723) 549 - 18.873 -97,1%
4.3.1. Outras Receitas Operacionais: esse grupo apresentou redução de R$13,4 milhões, em função,
principalmente, de menor recuperação de contas baixadas, decorrente de alteração, em outubro de 2018, da
metodologia de reconhecimento da recuperação dessas contas, que passaram a contemplar apenas o valor de cada
parcela no momento de cada pagamento, em substituição à recuperação integral dos valores no momento da
negociação.
4.3.2. Outras Despesas Operacionais: houve aumento de R$42,9 milhões, principalmente, em função de:
17
Release de Resultados 2T19
4.3.2.1 Provisão não Dedutível: provisões extraordinárias e não recorrentes referentes a 2 (dois) processos
judiciais, conforme detalhado a seguir:
Processo de execução fiscal do Município de Montes Claros: foi proposta ação de execução fiscal visando
ao recebimento dos créditos tributários inscritos nas Certidões de Dívida Ativa relativo a Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza (ISSQN), do período anterior à publicação da Lei Federal Complementar nº 116/2003, entre
janeiro de 2000 e dezembro de 2003, em que a COPASA MG não possuía isenção de tributos municipais. O
Tribunal de Justiça de Minas Gerais entendeu que o imposto era devido ao referido Município, sendo que o valor
apurado, em 30.06.2019, foi de R$10,6 milhões.
4.3.2.2 Outras Despesas: refere-se a gastos de R$1,1 milhão na preservação da captação do Rio das Velhas, em
decorrência de Acordo de Cooperação Técnica celebrado pelo Estado por intermédio da Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Secretaria de Estado de Obras e Transportes Públicos, Corpo de
Bombeiros, Polícia Militar, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Fundação Estadual de Meio Ambiente e
COPASA. Registrou-se ainda aumento nos valores destinados ao Programa de Proteção de Mananciais, conforme
definido na Revisão Tarifária.
O resultado de equivalência patrimonial do 2T19 é referente à subsidiária COPANOR e foi negativo em R$1,7
milhão, sendo que no 2T18 o resultado foi negativo em R$2,6 milhões, conforme tabela a seguir:
2T19 2T18
Demonstrativo Sintético da COPANOR (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 7.889 6.464 22,0% 6.087 6,2%
Receita de Construção 8.898 - -
Outras Receitas Operacionais 1.949 522 754
Custos e Despesas Operacionais (11.248) (9.381) (9.390)
Custos de Construção (8.898) - -
Outras Despesas Operacionais (535) (538) (252)
Receitas (Despesas) Financeiras Líquidas 235 353 676
Lucro (Prejuízo) Líquido (1.710) (2.580) -33,7% (2.125) 21,4%
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$30,8 milhões em 2T19, contra valor negativo de R$64,3 milhões
no mesmo período anterior, tendo a variação do real frente ao euro, que apresentou comportamentos distintos nos
trimestres comparativos, contribuído de maneira representativa para esse resultado. No 2T19, houve ligeira
valorização do real frente ao euro, com impactos positivos nas variações cambiais, ao passo que no 2T18 a
significativa desvalorização do real frente ao euro gerou resultado líquido desfavorável, conforme tabela a seguir:
18
Release de Resultados 2T19
2T19 2T18
Especificação (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Receitas Financeiras 29.667 31.665 -6,3% 43.361 -27,0%
Variações Monetárias 1.344 1.541 2.844
Variações Cambiais 1.237 11.386 (4.603)
Juros 11.069 4.309 6.809
Ganho Real em Aplicações Financeiras 4.781 5.714 15.281
Capitalização de Ativos Financeiros/Outros 11.236 8.715 23.030
Despesas Financeiras (60.486) (95.942) -37,0% (101.258) -5,3%
Variações Monetárias (15.993) (11.181) (17.997)
Variações Cambiais 119 (39.244) (21.294)
Juros sobre Financiamentos (44.403) (45.312) (61.955)
Diversas (209) (205) (12)
Resultado Financeiro (30.819) (64.277) -52,1% (57.897) 11,0%
A elevação observada nesta conta é decorrente, principalmente, de menor valor registrado como incentivo fiscal
oriundo dos JCP declarados, comparando-se o 2T19 com o 2T18, cujos valores foram R$7,1 milhões e R$17,5
milhões, respectivamente. Tal fato é reflexo da remuneração aos acionistas que, para o exercício de 2019, será de
25% do lucro líquido, enquanto em 2018 esse percentual foi de 50%.
A redução de 2,9% no resultado antes dos tributos sobre o lucro, comparando-se o 2T19 com o 2T18, ocorreu em
função, principalmente, das despesas não recorrentes, referentes a processos judiciais, conforme destacado em
Outras Despesas Operacionais (item 3.3 deste Release) e ao pagamento de honorários advocatícios de R$7,1
milhões, conforme mencionado em Custos Operacionais Diversos (item 3.2.1.7 deste Release).
2T19 2T18
Especificação (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Resultado antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 197.293 203.140 -2,9% 203.672 -0,3%
Resultado Financeiro Líquido (30.819) (64.277) -52,1% (57.897) 11,0%
Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro 166.474 138.863 19,9% 145.775 -4,7%
Tributos sobre o Lucro (47.415) (28.711) 65,1% (34.888) -17,7%
Lucro Líquido 119.059 110.152 8,1% 110.887 -0,7%
Lucro Líquido por Ação (R$) 0,94 0,87 8,1% 0,88 -0,7%
4.8.1. EBITDA
O EBITDA é uma medição não contábil adotada pela COPASA MG, calculada de acordo com a Instrução CVM
527/2012, consistindo no lucro líquido acrescido dos tributos sobre o lucro, resultado financeiro,
depreciações/amortizações e desses mesmos itens da subsidiária COPANOR.
O EBITDA atingiu R$346,1 milhões no 2T19, contra R$344,1 milhões no 2T18, sendo afetado, negativamente,
pelas despesas e pagamentos judiciais, não recorrentes, anteriormente citadas. A Margem EBITDA, que é
calculada por meio da divisão do EBITDA pelo somatório da receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos,
outras receitas operacionais e das receitas da COPANOR, atingiu 31,0% no 2T19 (32,5% no 2T18), conforme
tabela a seguir:
19
Release de Resultados 2T19
2T19 2T18
Especificação (R$ mil) 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Lucro Líquido do Período 119.059 110.152 8,1% 110.887 -0,7%
(+) Tributos sobre o Lucro 47.415 28.711 65,1% 34.888 -17,7%
(+) Resultado Financeiro 30.819 64.277 -52,1% 57.897 11,0%
(+) Depreciações e Amortizações 148.408 141.316 5,0% 139.422 1,4%
(+)Tributos sobre o Lucro, Resultado Financeiro e
446 (353) -226,3% (677) -47,9%
Depreciações/Amortizações da COPANOR
(=) EBITDA 346.147 344.103 0,6% 342.417 0,5%
Margem EBITDA 31,0% 32,5% 34,6%
O EBITDA com ajustes de itens não administráveis não é uma medida reconhecida pelas Práticas Contábeis
Adotadas no Brasil ou pelas IFRS, não possue um significado padrão e pode não ser comparável a medidas com
títulos semelhantes fornecidos por outras companhias.
O EBITDA com ajustes de itens não administráveis é uma medição não contábil elaborada pela Companhia,
conciliada com suas informações contábeis observando as disposições da Instrução CVM nº 527/2012, consistindo
no lucro líquido acrescido dos tributos sobre o lucro, resultado financeiro, das depreciações/amortizações e desses
mesmos itens da subsidiária COPANOR, bem como dos itens não administráveis (energia elétrica, material de
tratamento, combustíveis e lubrificantes, telecomunicações, impostos e taxas).
Conforme metodologia, a Agência Reguladora realiza estimativas dos valores a serem despendidos pela
Companhia no ciclo tarifário, referentes aos custos não administráveis (energia elétrica, material de tratamento,
combustíveis e lubrificantes, telecomunicações e impostos e taxas).
Ao longo do ciclo tarifário anual, de forma a garantir a neutralidade da variação dos preços desses itens, é criada
uma conta de compensação. Essa conta registra as eventuais diferenças nos preços estimados e os efetivamente
observados. O saldo dessa conta é corrigido pela taxa Selic e contemplado no cálculo do índice de
reposicionamento tarifário, com impactos positivos ou negativos no reajuste.
A Companhia divulga o EBITDA com ajustes de itens não administráveis porque o utiliza para medir o seu
desempenho considerando os impactos da compensação de itens não administráveis. O EBITDA com ajustes de
itens não administráveis não deve ser considerado isoladamente ou como um substituto de lucro líquido ou lucro
operacional, como um indicador de desempenho operacional ou fluxo de caixa ou para medir a liquidez ou a
capacidade de pagamento da dívida.
A seguir, o cálculo do EBITDA, considerando os ajustes estimados dos itens não administráveis:
20
Release de Resultados 2T19
5. Investimentos
O valor total previsto para 2019 é de R$786 milhões, sendo R$750 milhões na COPASA MG e R$36 milhões na
COPANOR, conforme indicado no Plano Plurianual de Negócios 2019-2023.
Os investimentos realizados pela Controladora, de janeiro a junho de 2019, totalizaram R$302,8 milhões, sendo
que R$138,7 milhões foram alocados em sistemas de abastecimento de água, R$142,1 milhões em sistemas de
esgotamento sanitário e R$21,9 milhões em programas de desenvolvimento empresarial e operacional, conforme
quadro a seguir:
21
Release de Resultados 2T19
6. Endividamento
A dívida bruta contábil, que era de R$3,3 bilhões em junho de 2018, apresentou elevação de 6,8%, atingindo R$3,5
bilhões em junho de 2019. A dívida líquida que era de R$3,1 bilhões em junho de 2018, apresentou redução de
1,5%, terminando junho de 2019 em R$3,0 bilhões.
O índice de alavancagem, medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA dos últimos 12 meses, se manteve em
2,0x.
O gráfico a seguir mostra a dívida bruta, a dívida líquida, o indicador Dívida Líquida/EBITDA, bem como a
proporção de dívidas de curto e longo prazo da Companhia nos períodos comparativos. A dívida de curto prazo,
que representava cerca de 23% da dívida total em junho de 2018, passou a representar 13% da dívida total em
junho de 2019.
A dívida em moeda estrangeira representava 9,0% da dívida bruta em junho de 2019, percentual em linha com
aquele registrado em junho de 2018. Para a operação com o banco KfW, cujo saldo devedor era de €50,0 milhões
(equivalente a R$218,1 milhões), não há mecanismo de hedge contratado. A dívida com o Bank of New York
(BNY), cujo saldo devedor era de US$25,4 milhões (equivalente a R$97,1 milhões) no encerramento do 2T19, está
garantida por títulos da dívida externa brasileira, no montante de US$22,6 milhões (equivalente a R$86,5 milhões),
caucionados no Banco do Brasil, corrigidos pela média dos preços dos bônus de Cupom Zero do Tesouro dos
Estados Unidos da América.
22
Release de Resultados 2T19
A Companhia apresenta a seguir as linhas de financiamento, com as respectivas taxas de juros, vencimentos e
saldos devedores em junho de 2019:
Taxa Saldo
Taxa Fixa Início do Término do
Endividamento - Linhas de Financiamento Variável Devedor em %
(Anual) Contrato Contrato
(Anual) R$ Milhões
Em Moeda Nacional:
Recursos FGTS* 7,71% TR ** 16.03.2039 659,0 18,7%
Finame 3,15% - 28.03.2011 15.01.2025 58,3 1,7%
BNDES Empréstimo 1,70% TJLP 15.01.2008 15.05.2025 299,1 8,5%
BNDES/Debêntures 3ª Emissão 2,30% TJLP 06.12.2007 16.12.2019 24,8 0,7%
BNDES/Debêntures 4ª Emissão
1ª Série 1,55% TJLP 15.07.2010 15.07.2022 79,3 2,3%
2ª Série 9,05% IPCA 15.07.2010 15.08.2022 178,1 5,1%
3ª Série 1,55% TJLP 15.07.2010 15.07.2022 105,0 3,0%
Caixa/Debêntures 5ª Emissão 9,00% TR 20.09.2011 01.09.2031 215,1 6,1%
Debêntures de Mercado - 7ª Emissão
2ª Série 7,39% IPCA 15.04.2014 15.04.2021 65,8 1,9%
BNDES/Debêntures 8ª Emissão
1ª Série 1,87% TJLP 15.06.2015 15.06.2028 63,7 1,8%
2ª Série 8,18% IPCA 15.06.2015 15.06.2028 30,3 0,9%
BNDES/Debêntures 11ª Emissão
1ª Série 2,62% TJLP 15.01.2017 15.01.2031 114,3 3,3%
2ª Série 8,85% IPCA 15.01.2017 15.01.2031 52,4 1,5%
Debêntures de Mercado - 12ª Emissão
1ª Série 5,06% IPCA 08.02.2018 15.01.2024 202,6 5,8%
2ª Série 5,27% IPCA 08.02.2018 15.01.2026 87,2 2,5%
Debêntures de Mercado - 13ª Emissão
106,9% do
1ª Série - 15.07.2018 15.07.2021 95,4 2,7%
DI
110,0% do
2ª Série - 15.07.2018 15.07.2023 556,8 15,8%
DI
3ª Série 6,50% IPCA 15.07.2018 15.07.2025 71,7 2,0%
Debêntures de Mercado - 14ª Emissão
106,1% do
1ª Série - 15.06.2019 15.06.2024 56,5 1,6%
DI
2ª Série 4,30% IPCA 15.06.2019 15.06.2026 142,6 4,1%
Outras Obrigações:
TLibertas (Previdência Complementar) 6,00% INPC 08.01.2001 08.11.2021 42,1 1,2%
Em Moeda Estrangeira:
TBank of New York - Bônus*** 4,27% Dólar 30.03.1989 10.04.2024 97,1 2,8%
TKfw 2,07% Euro 29.11.2011 20.12.2023 218,1 6,2%
Total Dívida Curto + Longo Prazo 3.515,3 100,0%
Custo de Captação de Valores Mobiliários 8,1
23
Release de Resultados 2T19
O cupom médio dos empréstimos e financiamentos, em 2T19, era de 7,0% a.a., em linha com o observado no
2T18. A seguir, apresentamos a evolução do cupom médio e a representatividade da dívida por indexador
contratual, no 2T19, 2T18 e 2T17.
24
Release de Resultados 2T19
2T19 2T18
CONTROLADORA (R$ mil) Nota* 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
Lucro líquido por ação (em R$) 19 0,94 0,87 8,1% 0,88 -0,7%
* Nota Explicativa das Informações Trimestrais – ITR.
25
Release de Resultados 2T19
2T19 2T18
CONTROLADORA (R$ mil) Nota* 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
26
Release de Resultados 2T19
2T19 2T18
CONTROLADORA (R$ mil) Nota* 2T19 2T18 X 2T17 X
2T18 2T17
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
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Release de Resultados 2T19
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Release de Resultados 2T19
Sobre a COPASA MG
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA MG é uma sociedade de economia mista, controlada
pelo Estado de Minas Gerais. A Companhia tem como atividade planejar, executar, ampliar, remodelar e explorar
serviços públicos de saneamento básico, envolvendo abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos
sólidos. A COPASA MG possui concessões em 75% dos municípios do Estado de Minas Gerais, atendendo uma
população aproximada de 11,6 milhões de habitantes com serviços de abastecimento de água e de 8,2 milhões de
habitantes com serviços de esgotamento sanitário. As ações da COPASA MG são negociadas desde fevereiro de
2006 no Novo Mercado, segmento máximo de governança corporativa da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, sob o código
CSMG3.
Contato
Eventuais informações constantes neste documento referentes a perspectivas de negócios, projeções e metas operacionais e financeiras da
COPASA MG constituem-se em premissas e expectativas da Administração da Companhia, baseadas em informações atualmente
disponíveis. Elas envolvem riscos e incertezas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou
não ocorrer. Alterações na política macroeconômica, na legislação ou em outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da
COPASA MG e conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações.
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