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Produção de Etanol

1.Quais são os interesses em Biocombustíveis?

O aumento do preço do petróleo e redução da sua disponibilidade e a preocupação com


problemas ambientais.

2.Quais são os principais biocombustíveis em termos de volume que temos atualmente?

Etanol e o Biodiesel. Outros combustíveis também estão sendo estudados e implementados


em escalas menores, mas eles apresentam menor força do que o etanol e o biodiesel, já que os
mesmos possuem uma alta produção com a tendência de cada vez aumentar mais.

3. Como o etanol pode ser produzido? Por que a via fermentativa é mais vantajosa?

O etanol pode ser produzido pela via sintética ou pela via fermentativa (mas a via sintética não
é expressiva). Basicamente todo etanol que é produzido no Brasil é derivado a partir da via
fermentativa que é extremamente eficiente, muito bem estabelecida e de baixo custo. Os
equipamentos, da via fermentativa, não exigem muito controle e é um processo muito bem
estabelecido. Por outro lado, a via sintética se baseia em problemáticas onde se utiliza como
matéria-prima hidrocarbonetos não saturados, como o eteno, que no final irá gerar um
combustível de origem petroquímica. Com isso, a via fermentativa é mais vantajosa!

4. Fale a respeito da produção de etanol no Brasil e no mundo:

O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo e um dos principais produtores de


etanol por via fermentativa (a maioria dos carros é o famoso carro flex - pode usar tanto a
gasolina quanto etanol-). Mesmo quem faz a opção de usar gasolina, ainda está usando o
etanol, já que a gasolina vendida no Brasil é denominada de E20, E25, ou seja, ela tem que ter
pelo menos 20 ou 25% de etanol na gasolina. Em outros países no mundo geralmente é E10
(10% de gasolina).

**A mesma coisa ocorre para o biodiesel -> ele não é utilizado na forma pura, mas se tem uma
porcentagem de biodiesel que é obrigatória.

**E10 – diminui a emissão de material particulado e de monóxido de carbono. Esse efeito é


maior quando a frota é velha.

5. Quais são os problemas com o aumento da produção de etanol de cana-de-açúcar?

Os problemas são o aumento da monocultura, demanda de água, impactos ambientais e na


biodiversidade, já que se aumenta demais a produção de uma única cultura (no caso, da cana).
Dessa forma, há a necessidade de diversificar a matéria-prima, tanto em termos ambientais
quanto em termos econômicos. Isso é justificado, pois com a monocultura, acaba ocorrendo a
invasão de terras que talvez não sejam próprias para o plantio, fazendo com que o rendimento
da matéria-prima caísse. Com isso, o mais lógico seria utilizar outras matérias-primas para que
processo fosse barateado.
**O processo será barateado dependendo da matéria-prima. O desafio do etanol
lignocelulósico é grande porque há o problema do pré-tratamento.

6. Quais são as matérias-primas para a produção de etanol?

Matérias-primas sacarinas: contém monossacarídeos e dissacarídeos.


Exemplos: Caldo de cana, beterraba, o melaço e o sorgo sacarino.

**No Brasil, se opta pelo caldo de cana e o melaço que vem da produção de açúcar de cana de
açúcar. E nesse caso, os tratamentos são mais simples. No caso do melaço o tratamento vem
baseado em diluição; no caso do caldo de cana têm alguns processos de filtração para tirar as
partículas sólidas no momento da moagem e um processo também de decantação para tirar
algumas bombas, algumas substâncias que vão aumentar a viscosidade. Entretanto, todos são
tratamentos geralmente físicos ou físico-químicos simples e de baixo custo.

Matérias-primas amiláceas:
Exemplos: trigo, milho, cevada, centeio, batata e mandioca.

**O milho é utilizado nos EUA para produção de etanol. Dessa forma, os USA usam matéria
prima amilácea e não sacarina para produzir o seu etanol.

**Qualquer um desses materiais para utilizar a levedura que é utilizada hoje (Saccharomyces
cerevisiae) é necessário que ocorra antes a hidrólise do amido (sacarificação).

Matérias-primas celulósicas:

Há vários exemplos de resíduos, inclusive o bagaço de cana, que hoje em dia é usado para
queima. Esses resíduos vão precisar de um conjunto de métodos para conseguir fazer a
hidrólise gerando glicose. Então, métodos físicos, métodos químicos e enzimáticos vão ser
necessários e, na maioria das vezes, pelo menos 2 métodos vão precisar ser utilizados: um
deles é a hidrólise que geralmente é enzimática e um processo químico, físico ou físico-
químico para desestruturar essa biomassa ou separar alguns compostos dessa biomassa para
conseguir promover a hidrólise.

7. Quais são as etapas de produção de etanol utilizando diferentes matérias-primas?

A matéria-prima sacarínea vai exigir um processo de extração e um processo que venha junto
com essa extração (de filtração e decantação para retirar os sólidos suspensos); a matéria-
prima amilácea irá necessitar de uma moagem, uma sacarificação (que geralmente é
enzimática) para depois seguir na fermentação e destilação; e a matéria-prima lignocelulósica,
irá necessitar da moagem, um pré-tratamento químico ou físico e depois a hidrólise
enzimática.

** A matéria-prima lignocelulósica vai conter, provavelmente, lignina, hemicelulose e um


pouco de pectina. Essas outras frações não vão ser utilizadas já que lignina não é um material
que vai ser consumido pelo micro-organismo para gerar energia e no caso da hemicelulose, a
maioria dos seus açúcares são pentoses e a Saccharomyces cerevisiae, especificamente, não
consome pentoses.

8. Qual é o esquema da produção de etanol de primeira geração vindo da cana-de-açúcar?

Ocorre, inicialmente, a pesagem e, posteriormente, a fragmentação das toras de cana (onde


elas vão ser picadas). Posteriormente, ocorre a extração, onde vai ocorrer uma moagem e uma
extração desse material. Em seguida, uma filtração -> Decantação (permite decantar alguns
compostos que vão atrapalhar na fermentação (gomas, por exemplo)) - gerando um resíduo
que se chama torta de filtro. Depois desse processo de tratamento, o caldo vai ser fermentado
e vai gerar Co2 (que pode ser aproveitado naquela indústria ou não). E, posteriormente,
ocorre o processo de separação que pode ser uma centrifugação, mas que às vezes é uma
simples decantação. Depois da separação por decantação ou por centrifugação, ocorre a
destilação. Essa destilação vai separar o álcool principalmente da água (com auxílio de álcool
etílico, metílico e alcoóis secundários), porém nem toda a água será retirada, sendo necessário
outro processo denominado de retificação que irá retirar um pouco mais dos outros alcoóis
presentes no produto, gerando álcool hidratado. Desse processo de destilação gera-se um
subproduto que é a vinhaça (que é justamente a água que sai da destilação, junto com vários
outros compostos).

**Depois da extração (importante no rendimento final), filtração (separa) e clarificação


(sulfitação e caleação, aquecimento, decantação), vai ocorrer a separação das gomas e se tem
a composição geral do caldo de cana.

**A composição geral do caldo de cana consiste na presença de água, sacarose, açúcares
redutores, cinzas e compostos nitrogenados.

**A concentração dos açúcares redutores vai depender do grau de maturação (quanto mais
maturada estiver a cana, mais açúcar redutor vai ter porque começa a ocorrer a hidrólise da
sacarose).

**A concentração de compostos nitrogenados é bem pequena, então muitas vezes é


necessário adicionar o nitrogênio (nitrogênio homoniacal) e alguns outros sais (cálcio, zinco,
enxofre, e principalmente o magnésio).

**A concentração desejada do brix é de 18 – 20°.

9. Fale sobre o processo de fermentação em si e sobre o agente da fermentação:

A levedura Saccharomyces é um aeróbio facultativo e as condições da fermentação vão induzir


o metabolismo fermentativo pela baixa concentração de oxigênio que é dada no início.
Industrialmente são usadas cepas com alta tolerância ao etanol, pressão osmótica (porque se
trabalha com concentrações de açúcar bastante altas), temperatura (há uma relação entre a
tolerância à temperatura e ao etanol). Além disso, são utilizadas cepas com tolerância a um pH
mais baixo e que apresentem alta velocidade de fermentação e estabilidade genética (pois se
pode reutilizar as células várias vezes e o ideal é não perder essas habilidades).

A levedura industrial utilizada para a produção de etanol é a Saccharomyces cerevisiae. Cada


usina vai ter a sua Saccharomyces cerevisiae altamente adaptada às altas concentrações de
etanol. Essa levedura não é uma levedura industrial (e sim de panificação). Se usássemos uma
levedura que é usada na indústria, ela provavelmente teria um rendimento maior porque ela
teria mais resistências às altas concentrações de etanol. Então, esse micro-organismo terá essa
adaptação que geralmente é feita por processos convencionais -> aquela levedura vai sendo
imposta a altas concentrações de etanol até se selecionar as mais resistentes. Com isso,
quando se diz que uma levedura é uma levedura de usina, significa que o micro-organismo foi
sendo selecionado ao longo do tempo naquelas condições drásticas, sobrevivendo os mais
resistentes e sendo propagados sempre os mais resistentes.

**Quando uma célula for exposta a uma temperatura mais alta, provavelmente ela vai
aumentar a sua sensibilidade ao etanol. Então é importante que tenha células que são mais
resistentes a temperaturas porque elas necessariamente vão sofrer menos quando a
temperatura estiver mais alta junto à alta concentração de etanol.

**A tolerância ao pH mais ácido se deve ao fato de que é realizado um tratamento ácido
(geralmente ácido sulfúrico) que é usado para lavar essas leveduras e remover bactérias que
possam ter contaminado essa massa de levedura.

**Na aula prática, o meio de cultura utilizado foi basicamente caldo de cana. Não foi colocado
o nitrogênio amoniacal e os outros sais, mas foram colocados os extratos de leveduras que
possuem o mesmo efeito.

10. Por que a Saccharomyces cerevisiae foi o micro-organismo que se estabeleceu para a
produção de etanol?

A Saccharomyces cerevisiae foi micro-organismo de escolha que se estabeleceu porque é


realizado um processo que apresenta uma alta viabilidade técnica e econômica. Esse micro-
organismo consegue superar as vantagens/rendimento quando comparados à outros micro-
organismos em termos de alta estabilidade e em termos de altas concentrações de etanol, por
exemplo. A viabilidade técnica se baseia na facilidade de separação e, por ser um eucarioto, a
Saccharomyces cerevisiae apresenta uma facilidade de decantação maior.

11. Fale sobre a rota bioquímica do processo:

Inicialmente ocorre a entrada da sacarose, do amido e da celulose. No caso do amido e da


celulose tem que ocorrer a conversão, gerando glicose. Posteriormente, a glicose será
internalizada pela célula e vai ser metabolizada. No caso da sacarose, quando a sacarose entra
na célula, ela já encontra as enzimas invertases presentes, geralmente, entre a membrana e a
parede da levedura; dessa forma, o que entra na célula já é glicose e frutose. Com isso, esse
processo é muito rápido e ele ocorre no decorrer do transporte do açúcar para o interior da
célula.

**A invertase vai participar do transporte só no sentido de quebrar, mas não vai ser ela que
vai transportar.

12. Fale sobre os produtos secundários:

Em um mundo ideal, a Saccharomyces só faria a rota metabolismo fermentativo -> mas isso
não funciona desse jeito. Tem-se uma série de outros metabolitos (denominados de produtos
secundários) que são produzidos em quantidade bem menor, mas que vão interferir na hora
da destilação, por exemplo. Esses produtos secundários podem ser o glicerol, ácidos orgânicos
(Ác. Pirúvico - que faz parte da via metabólica de degradação fermentativa-, Ác. Succinico, Ác.
Acético), os alcoóis superiores acetaldeído, acetoína. Com isso, se tem outros produtos que
vão fazer parte do mosto fermentado.

** Estima-se que de 5-10% da glicose consumida vai ser desviada para produtos secundários.

**O cálculo baseado no CO2 para calcular o quanto tem de etanol é um cálculo teórico porque
pode-se ter gerado ácidos, alcoóis, etc.

13. Quais são os fatores que irão afetar a fermentação?

-A composição do meio é basicamente o caldo de cana ou melaço + as fontes de nitrogênio e


alguns minerais que devem estar nas concentrações adequadas para que não tenha nenhum
tipo de medição ou nenhum tipo de escassez desses nutrientes.

-A temperatura (deve ser entre 26-35ºC). Se houver um aumento da temperatura, haverá um


aumento da velocidade de crescimento e também da velocidade de consumo. Com isso,
ocorrerá uma geração do produto mais rápida (porém essa temperatura mais alta favorece a
contaminação por bactéria, permite uma maior evaporação do etanol e aumenta a
sensibilidade da levedura pelo etanol). Com isso, para produzir em menos tempo, deve haver
um balanço entre a produtividade, a sensibilidade, a questão da evaporação e a questão da
contaminação.

-O pH deve estar em torno de 4 e 5. Isso dificulta o crescimento de boa parte das bactérias que
normalmente preferem pH mais neutro. Essas leveduras possuem alta tolerância a acidez e é
sabido que a fermentação em pHs mais ácidos vão acontecer quando o inóculo for lavado com
acido sulfúrico; então pode levar essa fermentação a um pH mais próximo de 4.

-Os inibidores da fermentação também são fatores que afetam -> o próprio etanol e minerais
presentes no meio (isso pode acontecer devido à corrosão dos próprios equipamentos).

** Na produção de etanol de segunda geração, o mosto pode apresentar outros inibidores,


dependendo do pré-tratamento empregado para hidrólise da matéria-prima lignocelulósica
(ácidos orgânicos, furfural e hidroxi metilfurfural, produtos de degradação da lignina).

-Concentração de inóculo e concentração de açúcar: Concentrações mais altas de inóculo


devem chegar a alcançar maiores produtividades porque a velocidade vai ser maior (a de
consumo) e consequentemente de síntese do produto também. Mas é claro, o etanol vai ser
produzido a uma quantidade muito grande logo no início do processo e isso tende a diminuir a
viabilidade do fermento. Até certo ponto ele vai reduzir a viabilidade do fermento para
reutilização.
A concentração de açúcar fica entre 15 a 25º brix. O aumento dessa concentração aumenta
também a velocidade de fermentação, mas é claro vai diminuir o crescimento porque aquelas
células vão desviar o metabolismo mais para o consumo, do que para o crescimento (devido à
concentração muito alta). Posteriormente, chega a um momento que ocorre um stress
osmótico, caindo a viabilidade dentro do processo.

**Geralmente, quando a indústria vai preparar as células para começar o processo


fermentativo, ela irá produzir em concentrações menores de açúcares para elas terem alta
viabilidade.

14. Quais são as fases da fermentação?

Fase lag ou fase preliminar: A velocidade de consumo de substrato é muito baixa, tem pouco
crescimento e pouca produção de CO2. A célula, nesse momento, ainda se adaptando a aquele
meio.

Fase exponencial ou tumultuosa: Ocorre o crescimento celular exponencial nessa fase -> essa
fase irá depender da quantidade de nutrientes, da quantidade de células etc. O consumo de
substrato é muito alto e pode ocorrer a elevação da temperatura. Nesse momento se não tiver
um sistema de controle de temperatura (remoção de calor) pode ocorrer uma redução do pH,
muito desprendimento do CO2 e é claro, a produção de etanol e formação de espuma.

Fase estacionária ou complementar: Ocorre uma diminuição da temperatura e do


desprendimento de CO2, ou seja, o metabolismo está acessando o fim do substrato ou
aumento da concentração de alcoóis superiores.

15. Fale sobre o modo de operação:

1) Batelada:

-Sistemas de cortes:
1ª fermentação – faz-se a fermentação e, posteriormente, divide-se em 2 dornas e completa-
se com mosto novo para conseguir gerar mais produto. A primeira dorna é usada para
recuperação do produto e a outra dorna é usada como inóculo para novas duas fermentações.
-Reaproveitamento do inóculo: O reaproveitamente possui um limite -> Quando as células
começam a perder a viabilidade,ocorre o momento de preparar um novo inóculo.

-A recuperação das leveduras é feita com ácido sulfúrico.

-Uma outra possibilidade é a empresa utilizar sempre a cultura pura (100% propagada à cada
batelada) -> é pouco comum e se diminuiu o custo e o resíduo. Evita a contaminação e perdas
de produtividade.

2) Fermentação contínua:

Também é utilizado para a produção de etanol. Esse processo funciona da seguinte forma: se
retira uma quantidade de mosto fermentado equivalente à quantidade de caldo de cana.
Desse meio fermentado, as células irão ser separadas (e não serão reutilizadas) e é levado, no
caso do etanol, para a destilação.

**A empresa que realiza esse tipo de operação possui uma produtividade maior.

16. Fale sobre o processo de recuperação do etanol:

Caldo de cana fermentado livre de células (já ocorreu a decantação ou centrifugação) -> o
mosto fermentado vai para os destiladores -> ocorre a destilação, gerando um etanol 85% (ou
seja, ainda há a existência de água e produtos secundários) -> Para se tornar um produto
comercialmente aplicável, ocorre a retificação (que remove mais um pouco da água e as
impurezas voláteis), gerando um etanol 97,2% -> posteriormente utiliza-se uma coluna de
desidratação, caso se precise do álcool anidro (etanol absoluto – 99%).

17. Explique a produção de etanol de milho:

- Os Estados Unidos é o maior produtor de milho;


- Os EUA utilizam o grão de milho seco, que apresenta 70 % de amido -> matéria-prima
amilácea com grande quantidade de amido e, por isso, é uma matéria-prima interessante para
essa produção;
- Essa matéria-prima pode passar por maceração úmida (permite melhor separação do amido,
óleo e proteínas) ou seca (mais usada). Passa por aquecimento (com o objetivo de
desestruturar o grão de amido para permitir uma melhor hidrólise) e, após esse processo, são
adicionadas amilases (alfa-amilase e gluco-amilase);
- Não gera energia para manutenção do processo (como é o caso da cana de açúcar onde
ocorre a queima do bagaço para a geração energia).

18. Fale sobre a produção de etanol de matérias-primas celulósicas:

É um processo que ainda está em consolidação, ou seja, está começando a entrar em fase
piloto (fase teste) para saber se o processo é, realmente, tecnicamente e economicamente
viável.

A biomassa, ou seja, o material lignocelulósico vai passar por um processo de


moagem/fragmentação dessa matéria-prima, porque quanto menor for o tamanho, mais fácil
será para conseguir desmembrar esse material. Posteriormente, ocorre um pré-tratamento
(químico ou físico-químico). Em seguida, uma separação, onde se o pré-tratamento for ácido,
remove-se a hemicelulose (indo para a fermentação C5 -> mais comum; conhecida como
corrente líquida do processo). A corrente sólida irá continuar contendo a celulose e a lignina.
Dessa forma, aquele material sólido, ao ser desestruturado, será hidrolisado por enzimas. Em
seguida, ocorrerá uma separação (os sólidos terão, principalmente, lignina, celulose residual e
hemicelulose residual -> a lignina é direcionada para a queima – gerando calor e eletricidade).
Por outro lado, a glicose, na corrente líquida, irá passar por uma fermentação C6 usando
leveduras que serão recirculadas e quando elas perdem a viabilidade, são vendidas para a
indústria de ração. Posteriormente, o processo irá passar pelas etapas já faladas (gerando
etanol e vinhaça).

**A C5 (xilose) também pode virar etanol se houver a existência de uma Saccharomyces
cerevisiae modificada, por exemplo, ou outro tipo de micro-organismo capaz de consumir a
xilose. Com isso, no final, teria tanto a hemicelulose como a celulose usada para a produção de
etanol e a lignina utilizada para a queima.

19. Quais são as estratégias para produção de etanol de matérias-primas celulósicas?

Existe um tipo de produção que junta a produção com a etapa de hidrólise (que é a
fermentação e sacarificação simultânea) -> para amido, isso é bem comum. Adicionam-se as
enzimas e as leveduras ao mesmo tempo; as enzimas vão despolimerizar o amido e liberar a
maltose e glicose e a célula irá começar a utilizar aquele açúcar que está sendo hidrolisado.
As vantagens se baseiam na ideia de que se consegue fazer um sistema integrado onde se tem
um único tanque funcionando (não há duas etapas separadas) e as desvantagens podem se
basear no acerto de uma boa condição de produção (pois se deve trabalhar na temperatura
máxima que a levedura puder trabalhar e essa temperatura vai ser inferior a temperatura
ótima da enzima). Há, também, outras possibilidades de integrar o sistema:
Nessa ilustração, depois do pré-tratamento, temos na direta o hidrolisado hemicelulósico que
vai fermentar a fração de pentoses (C5), gerando etanol (esse processo independe de todo o
resto). Além disso, os sólidos que saíram do pré-tratamento vão para a hidrólise da celulose,
gerando uma fração líquida (contendo glicose) que vai ser fermentada separadamente pela
Saccharomyces cerevisiae, gerando etanol. Essas duas correntes de fermentação podem ir
juntas para o destilador (isso seria ideal em um processo convencional -> onde se faz todas as
etapas separadas -> Entretanto, esse processo é muito trabalhoso). Com isso, a ideia é
consolidar as coisas: a primeira possibilidade de consolidação (que é uma cópia do que é feito
pra o amido) é a fermentação e sacarificação simultânea -> que acontece apenas em um
tanque. Nesse tanque adiciona-se as enzimas, a levedura e o bagaço. A hidrólise ocorre e a
levedura vai adquirindo a glicose gerada.

SSCF- sacarificação simultânea com co-cultura.


SSF-Sacarificação simultânea
CF- consolidado. Une todas as etapas.

**Na sacarificação e fermentação simultânea ocorre uma integração entre hidrólise com a
fermentação. Nesse sistema, há em um único tanque as celulases que vão ser adicionadas
junto com a Saccharomyces cerevisiae para consumir a glicose e gerar o etanol. Além da
sacarificação e fermentação simultânea, há um processo que integra as duas frações
(fermentando as duas juntas). Ou seja, quando se faz o pré-tratamento, sai uma fração líquida
(C5) que é jogada em um tanque. A celulose é hidrolisada em outro tanque e a parte líquida é
separada (hidrolisado de glicose). Esse hidrolisado de glicose é jogado no mesmo tanque que
tem a C5. Então, junta-se xilose (que é uma pentose) e glicose no mesmo tanque.
Posteriormente, pode-se fazer uma co-cultura ( utilizando dois micro-organismos: um que vai
consumir a glicose e outro que vai consumir a xilose).

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