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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS


PROFESSOR: KLEBSOM GOMES DOS SANTOS
DISCENTE:
HUGO DE PAIVA NUNES

DISCIPLINA
TECNOLOGIA DE TENSOATIVO

RELATÓRIO
APLICAÇÃO DE TENSOATIVOS DIVERSOS NA PRODUÇÃO DE SABONETES

MOSSORÓ – RN
15/10/2012
DISCENTE: HUGO DE PAIVA NUNES

Relatório apresentando à Francisco Klebson


Gomes dos Santos, professor responsável da
disciplina de Tecnologia de Tensoativos, como
um dos requisitos avaliativos para obtenção da
segunda nota da referida disciplina.
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
1.1 Conceito.............................................................................................................................4
1.2 Limpeza com tensoativos...................................................................................................4
1.3 Os fenômenos físico-químicos que envolvem a limpeza com tensoativo...........................5
1.4 Emulsões e soluções de limpeza.........................................................................................5
2. PROPRIEDADES DOS TENSOATIVOS................................................................................6
2.1 Agentes de limpeza.............................................................................................................6
3. CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS.............................................................................6
3.1 Tensoativos aniônicos.........................................................................................................8
3.2 Tensoativos anfóteros.........................................................................................................9
3.3 Tensoativos Não Iônicos.....................................................................................................9
4. COMPOSIÇÃO DE SABONETES........................................................................................10
1. INTRODUÇÃO

1.1 Conceito
Limpar a pele ou os cabelos significa remover sujidades provenientes de poeira,
secreções naturais como a oleosidade em excesso, células córneas em descamação,
poluição, resíduos cosméticos, maquiagem e etc.
O sabão é o tensoativo de limpeza mais antigo e usado ainda nos dias de hoje. É
um sal alcalino de ácido graxo obtido através da reação de saponificação de óleos ou
gorduras por adição de um alcalinizante, como por exemplo, o hidróxido de sódio, ou
neutralização de ácidos graxos.
Os sabonetes é o produto de limpeza mais conhecido e difundido entre os
brasileiros é o sabonete em barra, elaborado, principalmente, com sabão. Dependendo
do tipo de tensoativo ou mistura que compõe a formulação do sabonete, o mesmo pode
ser classificado em:
• Regular;
• Combo ou combars (combination bars);
• Syndet (synthetic detergent);
• Glicerinados;
• Pó.

Tabela 2: Tipo de sabonete, tensoativos presentes e seus respectivos pHs.

• Combars: associação de sabões com detergentes sintéticos.


• Syndets: até 10% de sabão + isotianatos. Têm como característica a suavidade, o
sensorial agradável e a melhora da textura da pele.

1.2 Limpeza com tensoativos

Os tensoativos são as substâncias utilizadas para limpeza mais conhecidas,


práticas, eficazes, seguras e difundidas no mundo. São moléculas anfifílicas - têm
afinidade pela água e óleo - portanto, capazes de diminuir a tensão interfacial entre estas
duas substâncias, permitindo que as mesmas se misturem.
A limpeza feita só com água é menos eficiente porque na superfície da pele
encontram se as secreções lipofílicas das glândulas sebáceas, resíduos de poeira,
corneócitos, poluição e cosméticos, entre outras substâncias, que por não terem
afinidade com a água não saem facilmente quando em contato com a mesma. Para
facilitar o processo de remoção é necessário um tensoativo.

1.3 Os fenômenos físico-químicos que envolvem a limpeza com tensoativo

Alguns dos principais fenômenos são:

 Redução da tensão interfacial entre a água e a gordura/sujeira, reduzindo a


aderência deste material à queratina da pele e cabelos, processo facilitado pelo
trabalho mecânico (esfregação);

 Emulsificação da gordura/sujeira e sua transferência para o veículo aquoso;

 Dispersão ou suspensão do material graxo e sujeira emulsificada na espuma e


sua remoção com o enxágüe.

Esquema de Remoção de sujeira oleosa/ cerosa

Obs:
Detergentes: são os tensoativos sintéticos.
Sabões: são obtidos a partir da mistura de um álcali com um ácido graxo.

1.4 Emulsões e soluções de limpeza

As emulsões utilizadas para limpeza da pele são elaboradas como qualquer


outra, ou seja, apresenta uma fase oleosa, uma aquosa e um ou mais tensoativos com
propriedades emulsificantes. A limpeza promovida por este tipo de produto pode ser
realizada pelos componentes oleosos, o tensoativo emulsionante, ou pode conter
detergentes sintéticos suaves para facilitar a remoção das sujidades da pele sem agredi-
la. Normalmente é usada para remoção de maquiagem, limpeza diária da face ou em
clínicas estéticas, como preparo da pele antes de iniciar algum cuidado cosmético. Estes
produtos podem conter ou não ativos cosméticos.

Há também as soluções de limpeza aquosas, normalmente tamponadas para o pH


da pele, contendo tensoativo(s) suave para ajudar a remoção da sujeira lipofílica e ativos
cosméticos diversos. São especialmente indicadas para pessoas que têm pele oleosa ou
acnêica, para a qual a limpeza com produtos oleosos é incômoda. Podem ser
multifuncionais, ou seja, fazem a limpeza ao mesmo tempo em que proporcionam
algum "cuidado" cosmético extra para a pele.

Quanto à área dos olhos, há que se cuidar para que a formulação não seja
irritante, devendo testar a segurança do produto.

2. PROPRIEDADES DOS TENSOATIVOS

 Diminuem tensão interfacial e superficial


 Detergência
 Formação espuma
 Molhabilidade
 Emulsionantes
 Solubilização

2.1 Agentes de limpeza

 Primário: ação detergente e poder espumógeno.


 Secundário: melhorar as propriedades dos tensoativos principais, reduzir
irritabilidade ocular e cutânea
 Agentes estabilizadores de espuma
 Agentes redutores de irritabilidade

3. CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS

 Tensoativos Aniônicos: carga negativa


 Tensoativos Anfóteros: carga positiva e negativa conforme pH
 Tensoativos Não-Iônicos: sem carga
 Tensoativos Catiônicos: carga positiva

Tabela 1: Principais tensoativos de uso cosmético

Tensoativos Formas Cosméticas


1. Sabões de ácidos graxos 1. Sabonetes cremosos
2. Lauril sulfato de sódio, TEA ou 2. Loções de limpeza, sabonetes
NH3 cremosos, sendo utilizados também
3. Lauril éter sulfato de sódio, TEA para o amolecimento de comedões
ou NH3 3. Mesmo uso que os anteriores,
4. Lauril éter sulfossuccinato de sódio sendo menos agressivos
5. Sarcosinatos de sódio
Aniônicos 6. Cocoil sarcosinato de sódio
7. Cocoil glutamato de sódio
8. Lauroil glutamato de sódio
9. Cocoil glutamato de sódio
10. Cocoil glicinato de sódio
11. Óleo de oliva PEG-] carboxilato de
sódio
Catiônicos 1. Compostos de amônio quaternário: 1. Antimicrobianos, utilizados em
2. Cloreto de cetil trimetil amônio desodorantes e em alguns xampus
3. Sais de dialquil dimetilamônio anti-caspa
4. Polímeros quaternários 2. Condicionadores para os cabelos
Não- 1. Monoetanolamidas (cocamida 1. Em xampus como agentes
iônicos MEA) e dietanolamidas sobreengordurantes,
(Cocoamida DEA) de ácidos estabilizadores de espuma e
graxos de coco doadores de viscosidade e brilho
2. Mono e diestearato de etilenoglicol pérola. Utilizadas também em
3. Estearato de polietilenoglicol sabonetes líquidos com muitos
4. Mono e diestearato de glicerila destes atributos.
5. Álcoois graxos etoxilados ou 2. Emulsificante
propoxilados 3. Espessante
6. Alquilpoliglicosídeos (Decil 4. Emulsificante
glucosídeo e lauril glucosídeo) 5. Co-surfatantes e solubilizantes de
7. Monoetanolamida de ácidos graxos essências
de coco
8. Monoisopropanolamida
(Cocoamida MIPA)
9. Monoetanolamida de ácidos graxos
de babaçu
10. Monoetanolamida de ácidos graxos
de oliva
Anfóteros 1. Betaína de coco 1. Usados em cremes, loções
2. Cocoamidopropil betaína cremosas, sabonetes líquidos, géis
3. Cococarboxianfoglicinato de sódio para banho, xampus mais suaves
4. Lauroanfodiacetato dissódico (infantis) e géis higienizantes
5. Oleil amidopropil betaínal
6. Babaçu amidopropil betaína
7. Oliva amidopropil betaína

3.1 Tensoativos aniônicos


 Formação de carga negativa
 Concentrações utilizadas: de 20 a 30%
 Ex:
 Alquilsulfatos
 Alquil éter sulfatos
 Alquil sulfossuccinatos e alquil éter sulfossuccinatos
 Sarcossinatos (alquil sarcossinatos)
 Isotianatos

Alquil sulfatos

• alto poder espumógeno (mesmo em água dura)


• alta reserva de viscosidade
• boa solubilidade em água
• baixa irritabilidade nas concentrações usuais
• odor agradável
• bom poder molhante e detergente
• completa biodegradabilidade
Ex:
 Lauril sulfato de sódio
 Lauril sulfato de amônio
 Lauril sulfato de trietanolamina (TEA)

Alquil éter sulfatos

 baixo poder espumógeno


 menos irritantes (em relação aos alquilsulfatos)
 baixo ponto de turvação
 fácil controle de viscosidade com a adição de eletrólitos
 maior solubilidade
 Ex:
 Lauril éter sulfato de sódio
 Lauril éter sulfato de monoetanolamina

Alquil sulfossuccinatos e alquil éter sulfossuccinatos

 Menor poder detergente que os alquilétersulfatos


 Menor poder espumante
 Baixo grau de irritação a pele e aos olhos
 Boa solubilidade em água
 Dificuldade de espessamento
 Menor disponibilidade/maior custo
 #Associação com o alquil e alquil éter:
 Lauril éter sulfossuccinato de sódio
 Lauril éter sulfossuccinato de sódio/ Lauril éter 2 OE sulfato de sódio

Sarcossinatos (alquil sarcossinatos)


 Boa capacidade de limpeza
 Menos irritantes que os alquilsulfatos
 Compatíveis com catiônicos
 Espuma abundante e instantânea
 Difíceis de serem espessados
 Alto custo

Isotianatos

 Poder espumógeno semelhante aos sabões


 Sensação aveludada na pele
 Boa espuma frente a água dura
 Hidrolisam a pH muito ácido ou muito alcalino
 Inconveniente: baixa solubilidade em água à temperatura ambiente Þ inadequados
para xampu transparente

3.2 Tensoativos anfóteros

• Boa suavidade
• Bom poder espumógeno
• Bom poder detergente
• Boa solubilidade em água
• Baixo grau de irritação aos olhos, pele e mucosas
• Bom estabilizantes de espumas
• Bom agente condicionador
• Alto custo

 Tensoativos Anfóteros: possuem baixa toxicidade e irritabilidade.


 Possuem tanto um radical ácido quanto um radical básico em sua molécula.
 Concentração usual: 1 a 10%
 Ex:
 Cocobetaína
 Cocoamidopropil betaína
 Cocoanfocarboxiglicinato
 Imidazolinas

3.3 Tensoativos Não Iônicos

 compatibilidade com a maioria das matérias primas


 baixa irritabilidade à pele e aos olhos
 alto poder de redução da tensão interfacial
 baixo poder de detergência
 baixo poder de espuma e estabilizante de espuma
 bom poder espessante
 possui efeito sobreengordurante
 reduz efeito ressecante causado pelos tensoativos aniônicos
 ajudam na solubilização de essências
 Ex:
 Alcanolamidas de ácidos graxos de coco
 Eficiente estabilizador de espuma
 Alcanolamidas de ácidos graxos de coco
 Dietanolamina de ácidos graxos de coco
 Derivados do polioxietileno e polioxipropileno. Ex: cocomonoetalonamida -
na presença de um tensoativo aniônico, aumenta a produção de espuma.
 Derivados etoxilados - ésteres glicerol etoxilado: baixo poder espumógeno.
 ALQUILPOLIGLICOSÍDEOS: Glicose de Milho + Ácidos Graxos do óleo de
coco
 Laurilpoliglicosídeo - Plantaren 1200: poder espessante e estabilizador
de espuma, com baixa irritação. Uso: 1/3 do agente detergente primário
 Decilpoliglicosídeo Plantaren 2000: baixo potencial de irritação, bom
poder espumógeno. Pode ser utilizado como tensoativo primário.

4. COMPOSIÇÃO DE SABONETES

4.1 Sabonete cremoso DOVE

Composição:
• Isotianato de sódio (propriedades detergentes);
• Estearato de sódio;
• Sebato de sódio (Sodium Tallowate);
• Cocoato de sódio;
• Sabão base de sódio;
• Cocoamidopropil betaína (Tensoativo anfótero);
• Sulfato de sódio;
• Cloreto de sódio;
• Ácido esteárico (Ácido graxo saturado - 18C);
• Ácido de coco;
• Ácido graxo de coco;
• EDTA Tetrassódico (agente seqüestrante);
• Ácido etidrônico;
• Dióxido de titânio (agente opacificante);
• Óxido de zinco;
Água, perfume.

4.2 Sabonete LUX


Composição:
• Sabão a base de sódio;
• Cloreto de sódio;
• Ácido de coco;
• Dióxido de titânio;
• Mica (E) sílica;
• Água floral de rosa damascena;
• EDTA tetrassódico;
• BHT;
• Ácido etidrônico;
• Corantes: CI16255, CI 16185, CI 42090;
• Água;
• Glicerina;
• Perfume.

5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

RIBEIRO, C.J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São Paulo, Pharmabooks, 1ªed.


2006.

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