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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium


Curso de Enfermagem

Kelly Cristine Rocha Oliveira


Lizânia Mara Querci
Mayra Cristina Berthelli

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA
PROFILAXIA DOS TRAUMAS MAMILARES
ASSOCIADOS AOS FATORES DE RISCO
Associação Hospitalar Santa Casa de Lins
Maternidade

LINS – SP
2010
Kelly Cristine Rocha Oliveira
Lizânia Mara Querci
Mayra Cristina Berthelli

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROFILAXIA DOS TRAUMAS


MAMILARES ASSOCIADOS AOS FATORES DE RISCO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium, curso de Enfermagem, sob a
orientação da Profª. M Sc. Ludmila
Janaina dos Santos de Assis Balancieri e
orientação técnica da Profª. Esp. Jovira
Maria Sarraceni.

LINS – SP
Oliveira, Kelly Cristine Rocha; Querci, Lizânia Mara; Berthelli, Mayra
Cristina
O47a A assistência de enfermagem na profilaxia dos traumas mamilares
associados aos fatores de risco / Kelly Cristine Rocha Oliveira; Lizânia
Mara Querci; Mayra Cristina Berthelli. – – Lins, 2010.
94p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano


Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Enfermagem,
2010
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Ludmila Janaina dos Santos de
Assis Balancieri

1. Assistência de enfermagem. 2. Traumas mamilares – fatores de


risco. I Título.

CDU 616-083
2010

Kelly Cristine Rocha Oliveira


Lizânia Mara Querci
Mayra Cristina Berthelli

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROFILAXIA DOS TRAUMAS


MAMILARES ASSOCIADOS AOS FATORES DE RISCO.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,


para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em:____/____/____

Banca Examinadora:
Profª. Orientadora: Ludmila Janaina dos Santos de Assis Balancieri
Titulação: Professora Enfermeira Especialista em Obstetrícia pela Universidade
Sagrado Coração (USC).
Assinatura:______________________

1º Prof(a): _______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ____________________________

2º Prof(a): _______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ____________________________
AOS MEUS PAIS
Dedico este trabalho aos meus pais Lourdes e Iris que
contribuíram incondicionalmente na vitória de mais uma etapa
em minha vida. Jamais esquecerei os sacrifícios que fizeram
durante esses quatro anos, onde muitas vezes, abriram mão dos
próprios sonhos para que o meu fosse concretizado. OBRIGADA
POR CADA DIA ESTAREM AO MEU LADO!!

Sua filha Kelly

AO MEU NAMORADO LUCAS


Sou grata por você sempre estar ao meu lado, me apoiando,
incentivando e muitas vezes me aconselhando nos momentos
de dificuldade, e sempre me mostrando as faces do amor
verdadeiro. OBRIGADA POR FAZER MINHA VIDA
COMPLETA!! TE AMO MUITO...
“... O amor é paciente, benigno, não arde em ciúmes, tudo
sofre tudo crê, tudo espera, tudo suporta, jamais acaba,
permanece eternamente...”
Kelly

AMIGA LIZÂNIA
Agradeço muito a Deus por ter me dado a oportunidade de
conviver com você, uma amiga que me aconselha, sorri e chora
comigo, que apesar de tudo tem paciência e tolerância para que
nossa amizade cresça a cada dia, afinal são quatro anos de
convivência arduamente... rsrsrsr...Valeu Por Tudo!!
“... A amizade não se explica, ela simplesmente existe...”

Kelly
Em primeiro lugar agradeço a DEUS por estar sempre perto
de mim em todas as minhas decisões e principalmente
resolvendo para mim as mais difíceis como me manter
acordada durante muitas noites onde eu trabalhei, só tenho que
lhe agradecer por um dia ter te conhecido e permitir que eu possa
ter o senhor como o meu melhor amigo eternamente morando
dentro do meu coração. Firmo através dessa que nunca deixarei
de te servir e anunciar o quanto e importante para mim.
(LIZÂNIA)

Para minha querida mãe Maria Jose por estar me apoiando


em todas as minhas necessidades e decisões abrindo-me os olhos
quando necessário, ensinando-me valores grandiosos que
jamais esquecerei, através de muito amor, carinho, atenção,
compreensão, dedicação e muita paciência, muitas vezes
abrindo mão dos próprios sonhos para realizarem os meus,
estando tão presente em mais uma grande e maravilhosa etapa
de minha vida. (LIZÂNIA)

Ao meu grande amor Raphael agradeço por estar comigo


lado a lado nessa longa caminhada me apoiando, com
paciência, carinho, orientações através de suas experiências,
segurança otimismo, palavras amorosas e confortando-me,
quando tive medo das dificuldades. Pois sempre acreditou em
minha capacidade e almejava tanto quanto eu esse sonho Você é
o maior presente que DEUS me deu, e sei que juntos iremos
conquistar inúmeros que virão pela frente. Te amo!!!!!!!!
(LIZÂNIA)
A VERDADEIRA CORAGEM É CORRER ATRÁS DOS SEUS
SONHOS MESMO QUANDO TODOS DIZEM QUE ELE É
IMPOSSIVÉL!!!

Á DEUS E AO MEU PAI


Sei que o correto seria agradecer a Deus em primeiro lugar, porém
como colocar certa pessoa em segundo plano, sendo que em sua vida
sempre fui prioridade. Então para começar agradeço a DEUS e
juntamente a ele agradeço ao MEU PAI, que mesmo com toda sua
simplicidade sempre me motivou e me orientou a estudar, e assim ser
alguém na vida. Pai obrigado por ser tão chato e pegar tanto no me pé
para terminar essa faculdade. Deus obrigado por ter me dado um Paizão.
(MAYRA)

Á MINHA FILHA LÍVIA MARIA


Obrigada por ser a grande motivadora do termino de minha
graduação, pois desde quando você nasceu e eu vi aquele rostinho lindo
olhando para mim eu me conscientizei de que precisava ter um futuro
melhor para poder te oferecer tudo o que eu pudesse. Obrigada por ser a
razão do meu viver!!! (MAYRA)

ÀS MINHAS MÃES ROSÂNGELA E SILVANA


Agradeço a vocês por toda a dedicação em serem mães guerreiras,
um exemplo a ser seguido. Mesmo que em algumas vezes foram muito
rigorosas sempre me deram muito apoio e amor nas horas que mais
necessitava. Mães que foram para mim um presente de Deus. Amo vocês.
(MAYRA)
Á MINHA IRMÃ MAURA E SUBRINHOS (ISADORA,
JOAQUIM E DIOGO)
Obrigada minha irmãzinha por ser tão companheira, mesmo que
seja tão atrapalhada sempre me deu conselhos que muitas e muitas vezes
me ajudaram a seguir em frente. Você é um anjo que Deus me deu para
ajudar-me nos momentos de sufoco. Te amo, você é tudo de bom.
(MAYRA)

AO MEU ESPOSO FABIANO


Agradeço a você por me apoiar em meus estudos e ter tanta
paciência com minhas ausências. Te amo, obrigada por ser tão
compreensivo e estar presente em minha vida. Você é presente de Deus.
(MAYRA)

ÁS MINHAS TIAS, TIOS, PRIMOS, AVÓS, SOGRA


Obrigado a todos por acreditar em mim, que eu conseguiria e me
ajudarem com problemas que acabaram surgindo nestes quatro anos.
Obrigada pela confiança. (MAYRA)

Á MINHAS COMPANHEIRAS DE TCC


Agradeço por me concederem o privilégio de realizar este trabalho
com vocês, obrigada pela compreensão, paciência e união que tivemos
durante este ano. Vocês serão sempre lembradas com carinho. Adoro
vocês.(MAYRA)
AOS MEUS COLEGAS
Luiz Paulo, Marcus Vinicius, Marco Aurélio e Patrícia. Com
carinho a todos vocês, obrigada pela força que me deram durante esses
quatro anos, alguns que estão juntos, outros que não mais e outros que
aprendi o quanto é bom conhecer melhor as pessoas. Adoro vocês!!!.
(MAYRA)

ÁS PESSOAS QUE SEMPRE DUVIDARAM E NÃO


ACREDITARAM NO MEU SUCESSO
Essas são as pessoas que eu mais agradeço, pois sempre desejaram
meu fracasso. E com isso sempre tive vontade de vencer e mostrar a elas
que eu era capaz. (MAYRA)

A MINHA LUTA TEVE UM GOSTO MUITO AMARGO, MAS


MINHA VITÓRIA HOJE TEM SABOR DE MEL!!!!
(MAYRA)
AGRADECIMENTOS

DEUS

Nosso pai, bondoso, protetor, fiel e amigo de todos os


momentos, por estar sempre perto em todas as nossas decisões e
principalmente nos ajudando nos momentos de dificuldades...
NUNCA DEIXAREMOS DE SERVI-LO E ANUNCIAR O
QUANTO É IMPORTANTE NÓS!!!
Kelly, Lizânia e Mayra

ORIENTADORA LUDMILA E JOVIRA

Agradecemos pela atenção, incentivo, empenho e


colaboração em nos ajudar na conclusão deste trabalho que
arduamente foi desenvolvido. DEUS ABENÇOE-AS SEMPRE
Kelly, Lizânia e Mayra

PROFESSOR CRISTIANO

Agradecemos pelo empenho em nos ajudar no começo de


nossa caminhada da monografia, e apesar de não ter visto a
evolução e conclusão deste trabalho, deixamos nosso MUITO
OBRIGADO
Kelly, Lizânia e Mayra

INSTITUIÇÃO E PROFISSIONAIS

Agradecemos pela autorização da pesquisa e


principalmente pela recepção dos profissionais do setor da
maternidade e diretor técnico... OBRIGADA
Kelly, Lizânia e Mayra
RESUMO

O presente estudo decorre de trabalho caracterizado por pesquisa descritiva,


qualitativa, do curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário
Católico Salesiano Auxilium, com o objetivo de prestar assistência de
enfermagem na ocorrência dos traumas mamilares associados aos fatores de
risco. Para isso, foi realizada uma pesquisa no período de 23 de agosto a 6 de
setembro de 2010, na Associação Hospitalar Santa Casa de Lins, no setor da
maternidade, sendo um período por dia, com vinte puérperas (na fase do
colostro). Inicialmente responderam uma ficha de avaliação com questões
abertas e fechadas, com o propósito de identificar o nível de conhecimento
delas sobre o aleitamento materno e suas técnicas. Posteriormente, foram
orientadas através de álbum seriado (elaborado pelo Ministério da Saúde), e
panfletos (elaborado pelas autoras trabalho monográfico), e submetidas a
exame físico a mama para observar traumas mamilares. Também foi
entrevistada a enfermeira obstetriz responsável pelo setor. Constatou-se que
existe um déficit de conhecimento entre as entrevistadas relacionado ao
questionário e que, das vinte puérperas avaliadas, cinco apresentaram fissuras
mamilares e em alguns casos, secreção serosanguinolentas, sendo que uma
puérpera apresentou mamilo plano e um mamilo invertido com orifício de mais
ou menos um centímetro. O trabalho destaca ainda que o enfermeiro tem um
papel essencial na comunicação, bem como na orientação das puérperas para
direcionar as técnicas corretas de amamentar o recém-nascido e as
adversidades encontradas na anatomia das mamas das entrevistadas,
esclarecendo suas dúvidas, evitando assim o aparecimento dos traumas
mamilares.

Palavras- chave: Assistência de enfermagem. Traumas mamilares – fatores de


risco. Enfermeiro.
ABSTRACT

This study present follows the work characterized by descriptive, qualitative


research undergraduate nursing students from Auxilium Salesian Catholic
University Center, with the goal of providing nursing care in the occurrence of
nipple trauma associated risk factors. For this, achieved in period of August 23
to September 06, 2010, at the Association Hospital of Lins, in the maternity
sector, being one period per day, with twenty women (colostrum stage). Initially
responded an evaluation record with form and closed and opened questions,
with the purpose of identifying the level of their knowledge on breastfeeding and
its techniques. Later, they were oriented through serial album (produced by the
Ministry of Health), and pamphlets (developed by the authors monograph), and
submitted to physical examination the breast to observe nipple trauma. She
also was interviewed the nurse midwife responsible for the sector. It was found
that there is a lack of knowledge among the interviewees related to the
questionnaire and that of the twenty mothers evaluated, five presented nipple
cracked and in some cases, serous secretion, being that one them presented
one plan and inverted nipple with a hole of more one centimeter or less. The
work details still that the nurse has an essential role in communication as well
as the orientation of the women to direct the correct techniques to breastfeed
the baby and the hardships encountered in the anatomy of the breasts of the
women interviewed, clarifying their doubts, so as to prevent nipple injuries.

Keywords: Nursing care. Nipple trauma - risk factors. Nurse.


LISTA DE FIGURAS

Figura1: Anatomia da mama............................................................................ 49


Figura 2: Fissura mamária............................................................................... 32
Figura 3: Pega adequada................................................................................ 33
Figura 4: Mamilo invertido................................................................................ 39
Figura 5a: Mamilo invertido.............................................................................. 39
Figura 5b: Mamilo invertido.............................................................................. 39
Figura 6: Mamilo com fissura e plano.............................................................. 39
Figura 7: Mamilo com fissura........................................................................... 40

LISTA DE QUADROS

Quadro1: Importância do colostro.................................................................... 20


Quadro 2: Comparação entre o leite materno, animal e artificial..................... 22

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Componentes do leite materno........................................................ 21


Tabela 2: Você amamentou nas gestações anteriores? Por quê?................ 41
Tabela 3: Permanecem em alojamento conjunto............................................ 41
Tabela 4: Foi orientada sobre amamentação durante o pré-natal?................. 42
Tabela 5: Da última vez que amamentou, percebeu rachaduras ou lesões
nas mamas? Como tratou?.............................................................................. 42
Tabela 6: Você sabe o que é colostro e qual sua importância?...................... 43
Tabela 7: Como deve ser em sua opinião, a pega correta do recém-nascido
no seio materno?............................................................................................. 44
Tabela 8: Como interromper uma mamada?................................................... 45
Tabela 9: Durante seu pré-natal você recebeu da enfermeira orientações
quanto.............................................................................................................. 45
Tabela 10: Na sua visão o que pré dispõem a ocorrência de fissura e qual
suas complicações?......................................................................................... 46
Tabela 11: Você sente dor ao amamentar?..................................................... 47
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AHSCL – Associação Hospitalar Santa Casa de Lins


BINÔMIO – Mãe e filho
Kg – Kilo-grama
OMS – Organização Mundial da Saúde
RN – Recém-nascido
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................16

CAPÍTULO I – ALEITAMENTO MATERNO: ASPECTOS ANATÔMICOS......18

1 ANATOMIA DA MAMA...........................................................................18
1.1 A importância do colostro........................................................................19
1.2 Composição do leite materno..................................................................20
1.3 Amamentação e aleitamento materno....................................................22
1.4 A importância do leite materno................................................................23
1.5 A importância do aleitamento materno para a criança...........................23
1.6 A importância do aleitamento materno para a mãe................................24
1.7 A importância do aleitamento materno para a família............................25

CAPÍTULO II – FATORES DE RISCO QUE PODEM LEVAR AO DESMAME


PRECOCE.........................................................................................................26

2 FATORES QUE PODEM CAUSAR O DESMAME PRECOCE..............26


2.1 Variáveis demográficas...........................................................................28
2.2 Variáveis socioeconômicas.....................................................................29
2.3 Variáveis relacionadas à assistência pré-natal e pós-natal. .................30
2.4 Traumas mamilares.................................................................................31
2.4.1 Fissura mamária......................................................................................32
2.4.2 Assistência de enfermagem na fissura mamária....................................33
2.5 Importância da educação em saúde.......................................................33

CAPÍTULO III – PESQUISA..............................................................................36

3 INTRODUÇÃO........................................................................................36
3.1 Método da pesquisa................................................................................36
3.2 Técnicas..................................................................................................37
3.3 Estudo de caso........................................................................................37
3.4 A opinião da enfermeira..........................................................................39
3.5 Resultado................................................................................................39
3.6 Conclusão da pesquisa...........................................................................46

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO......................................................................47
CONCLUSÃO....................................................................................................48
REFERÊNCIAS.................................................................................................49
APÊNDICES......................................................................................................53
ANEXOS............................................................................................................67
INTRODUÇÂO

A amamentação é de extrema importância na vida dos recém nascidos


durante os seis primeiros meses, além de proporcionar uma melhor qualidade
de vida para o binômio mãe-filho.
A motivação para realização da pesquisa sobre a importância da
assistência de enfermagem na profilaxia dos traumas mamilares foi percebida
através de revisão bibliográfica e prática diária, em que se observa que muitas
mães amamentam seus filhos com as técnicas de amamentação incorreta,
fatos que trazem prejuízos tanto para a mãe que pode desenvolver um trauma
mamilar quanto para o filho que poderá ser prejudicado na sua amamentação.
Atualmente, quando a informação propaga-se com grande velocidade,
falta o conhecimento por parte das mães e profissionais que atuam diretamente
com puérperas. A partir dessa carência de conhecimento, falta de motivação e
orientação dos envolvidos no processo de amamentação, houve o interesse em
pesquisar e colaborar para uma mudança necessária.
Entretanto não é suficiente que a puérpera esteja informada das
vantagens do aleitamento materno e optar pela amamentação. Para levar
adiante a opção de amamentar, muitas vezes, ela precisa contar com o apoio
da equipe de saúde, em especial, do enfermeiro.
Tem por objetivo o trabalho: prestar assistência de enfermagem por
meio da educação em saúde, as puérperas na fase do colostro, auxiliando na
prevenção da ocorrência dos traumas mamilares, associando sua ocorrência
aos fatores de risco.
E assim procura responder à seguinte pergunta problema: a orientação e
a assistência de enfermagem podem auxiliar na prevenção dos traumas
mamilares em puérperas na fase do colostro?
A orientação e a assistência de enfermagem em saúde, sobre o
aleitamento materno, pode atuar na prevenção de ocorrência dos traumas
mamilares através de folhetos ilustrativos e álbuns seriados, contendo
informações sobre a importância e os benefícios da amamentação, e suas
técnicas.
A pesquisa foi realizada na Associação Hospitalar Santa Casa de Lins,
empresa filantrópica, do ramo hospitalar, no setor da maternidade, onde são
atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particulares, no
período de 23/08/10 a 06/09/10.

O trabalho está assim organizado:

Capítulo I: Aleitamento Materno: Aspectos Anatômicos.

Capítulo II: Fatores de Risco que Podem Levar ao Desmame Precoce.

Capítulo III: A Pesquisa.

Para finalizar, seguem a proposta de intervenção e conclusão.


CAPÍTULO I

ALEITAMENTO MATERNO: ASPECTOS ANATÔMICOS

1 ANATOMIA DA MAMA

As mamas são órgãos semelhantes, situados ventralmente nos


músculos peitoral maior, serratil anterior e músculo oblíquo externo, constituída
pelo parênquima que é formado pela glândula mamária que possui de 15 a 20
lobos piramidais, com ápices voltados para a superfície e base para o interior
da mama (DANGELO; FATTINE, 2002).
A sua forma e firmeza diversifica-se, diante de vários fatores como raça,
idade, peso, biotipo, grau de adiposidade, hereditariedade, entre outros, sendo
que o tamanho não indica sua capacidade funcional (SANTOS 2005; JALDIN;
SANTANA, 2006).
De acordo com Jaldin e Santana (2006), a pele que envolve a mama
além de lisa, delgada, elástica e macia, possui uma coloração mais clara que a
do restante do corpo, que pode ser observada em sua aréola e mamilo. O
mamilo fica localizado no centro da aréola, possuindo tamanho diferente, com
formação cilíndrica e coloração pigmentada, contendo de 15 a 20 orifícios
adequados à entrada dos ductos lactíferos.

Fonte: Leite / Wikipedia, 2010


Figura1: Anatomia da mama
A aréola tem superfície variável, com forma circular, tamanho e diâmetro
diferentes apresentando folículos pilosos ao seu redor (ANDRADE; SEGRE,
2002).
Contudo, na superfície da aréola, encontram-se as glândulas de
Montegomery, responsáveis pelo aspecto rugoso da pele (CURY, 2003;
SANTOS, 2005).
Durante a gravidez e lactação, as glândulas de Montegomery produzem
secreção oleosa e anti-séptica, com o objetivo de proteger e lubrificar o mamilo
e a aréola na sucção (CARVALHO; TAMEZ, 2005).

1.1 A importância do colostro

O colostro começa a ser produzido muito antes do parto, no ultimo


trimestre de gestação- nessa fase, é comum ocorrer a perda de secreções
transparentes em pequenas quantidades. Após o nascimento da criança, sua
produção estende-se por mais uma semana, tempo suficiente para dar ao bebê
uma série de nutrientes essenciais. A cada mamada, é comum variar a
quantidade de colostro: em geral, saem entre 2 e 20 ml nos três primeiros dias.
Estudos apontam que mulheres que já amamentaram têm mais facilidade para
produzi-lo, o que contribui para o aumento do volume secretado. (SILVEIRA,
2008).
Nos primeiros dias após o parto, as mamas secretam colostro. O
colostro é amarelo e mais denso que o leite maduro e é secretado apenas em
pequenas quantidades. Mas isto é suficiente para uma criança normal e é
exatamente aquilo de que precisa para os primeiros dias.
Contém mais anticorpos e mais células brancas que o leite maduro. Fornece a
primeira imunização para proteger a criança contra a maior parte das bactérias
e vírus (ALVES, 2010).
O colostro é também rico em fatores de crescimento que estimulam o
intestino imaturo da criança a se desenvolver. O fator de crescimento prepara o
intestino para digerir e absorver o leite maduro e impede a absorção de
proteínas não digeridas. Se a criança recebe leite de vaca ou outro alimento
antes de receber o colostro, estes alimentos podem lesar o intestino e causar
alergias. (ALVES, 2010)
O colostro é laxativo e auxilia a eliminação do mecônio. Isto ajuda a
evitar a icterícia. (COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO, 2010).

Propriedade Importância
Rico em anticorpos Protege contra infecções e alergias
Muitos leucócitos Protege contra infecções
Laxante Expulsa o mecônio, ajuda a prevenir a icterícia
Fatores de Acelera a maturação intestinal, previne alergia e
crescimento intolerância
Reduz a gravidade de algumas infecções (como
Enriquecido de
sarampo e diarréia); previne doenças oculares
vitamina A
causadas por deficiência de vitamina A.
Fonte: Colostro. 2010. p. 5
Quadro1: Importância do colostro

1.2 Composição do leite materno

O leite materno é composto por nutrientes e enzimas balanceadas com


substancias imunológicas, com o objetivo de proteger e favorecer um
crescimento epidêrmico que se ajusta adequadamente para promover as
mudanças necessárias na vida da criança. Os componentes do leite materno
oferecem nutrientes e energia necessária em quantidades apropriadas, tendo
em seu conteúdo calórico a composição de lactose, gordura e proteína (REGO,
2006).

A composição do leite varia, sobretudo para cada espécie


de mamífero. O ideal é que o leite oferecido a qualquer
mamífero recém-nascido seja o leite de sua própria mãe,
o leite homólogo, ou seja, produzido pela espécie em
atenção às necessidades imunológicas, fisiológicas e
nutricionais do recém-nascido e do lactente. O leite
maduro humano apresenta a menor concentração de
proteínas entre os mamíferos, sendo, contudo, adequado
para o crescimento normal do lactente. (LAMOUNIER;
VIEIRA; GOUVÊA, 2006, p.55).
Tabela 1: Componentes do leite materno.

Composição do leite materno (100 ml)

Energia 70 kcal
Proteína 1,1 g
Caseína:albumina 40:60
Lipídios 4,2g
Carboidrato 7g
Vitamina A 190 mcg
Vitamina D 2,2 mcg
Vitamina E 0,18 mg
Vitamina K 1,5 mcg
Vitamina C 4,3 mg
Tiamina 16 mcg
Riboflavina 36 mcg
Niacina 147 mcg
Piridoxina 10 mcg
Folato 5,2 mcg
Vitamina B12 0,03 mcg
Cálcio 34 mg
Fósforo 14 mg
Ferro 0,05 mg
Zinco 0,3 mg
Água 87,1 ml
Sódio 0,7 mEq
Cloro 1,1 mEq

Potássio 1,3 mEq

Fonte: LEITE materno. 2010.


No quadro 2 serão apresentados dados referentes a comparação do
leite materno,animal e artificial.

Leite Materno Leite Animal Leite Artificial


Quantidade
Excesso, difícil de Parcialmente
Proteínas adequada e fácil
digerir. modificado.
de digerir.
Suficiente em Deficiente em Deficiente em
ácidos graxos ácidos graxos ácidos graxos
Lipídeos
essenciais, lipase essenciais, não essenciais, não
para digestão. apresenta lipase. apresenta lipase.
Deficiente de A e Vitaminas
Vitaminas Suficiente.
C. adicionadas.
Quantidade Parcialmente
Minerais Excesso.
adequada. correto.
Pouca Pouca
Adicionado, má
Ferro quantidade, boa quantidade, má
absorção.
absorção. absorção.
Pode precisar de
Água Suficiente. Precisa de mais.
mais.
Propriedades
Presente. Ausente. Ausente.
antiinfecciosas
Fatores de
Presente. Ausente. Ausente.
Crescimento
Fonte: A importância do colostro. 2008.
QUADRO 2: Comparação entre o leite materno, animal e artificial.

1.2 Amamentação e aleitamento materno

A amamentação e o aleitamento materno são palavras distintas, sendo a


amamentação o ato de a nutriz oferecer ambos os seios, diferenciando-se do
aleitamento materno que é a forma pelo qual o lactente recebe o leite materno
(CARVALHO; TAMEZ, 2005).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2008), e preconizado
exclusivamente o leite materno durante os primeiros seis meses de vida.
Depois dos seis meses, com o objetivo de suprir suas necessidades
nutricionais, a criança deve começar a receber alimentação complementar
segura e nutricionalmente adequada, juntamente com a amamentação, até os
dois anos de vida ou mais.

1.3 A importância do leite materno

O aleitamento materno é necessário no crescimento e desenvolvimento


crânio-facial em nível ósseo, muscular e funcional, inclusive no
desenvolvimento da linguagem. O ato de amamentar a criança é importante
para a prevenção das alterações estruturais da face (ALVES, 2010).
Para Tanigute (apud PRADO; SANTOS, 2009), a face necessita de
estímulos para seu desenvolvimento, os quais são oferecidos pela função de
sistema estomatognático: respiração, sucção (amamentação), mastigação e
deglutição. É importante para o desenvolvimento mandibular contribuindo para
o estimulo de crescimento da mandíbula, o que proporcionará harmonia facial e
o bom desenvolvimento dos órgãos fonoarticulatorios, responsáveis pela
articulação dos sons e fala. Logo após o nascimento, a mandíbula do bebê
apresenta-se contraída à maxila superior, a sua língua é volumosa face ao
tamanho da cavidade bucal e postura-se no assoalho da boca. È importante a
sucção no desenvolvimento ósseo-muscular e, portanto, no equilíbrio do
posicionamento das arcadas e da língua.

1.5 A importância do aleitamento materno para a criança

O aleitamento materno não só protege o lactente de problemas


gastrintestinais, respiratórios e sistêmicos, como também produz efeitos em
longo prazo diminuindo a incidência de infecções, alergias e outros processos
patológicos. Tem uma significante capacidade de diminuir a taxa de
mortalidade infantil, reduzindo o risco de diarréias agudas e persistentes,
septicemia neonatal e doenças respiratórias (REGO, 2006).
O leite materno contém todos os nutrientes de que a criança precisa nos
primeiros seis meses de vida, tendo água em quantidade suficiente mesmo em
clima quente e seco. Proteína e gordura adequadas para o seu crescimento, e
vitaminas em quantidades suficientes, embora não possua grande quantidade
de ferro, este é bem absorvido no intestino da criança, contendo quantidades
adequadas de sais, cálcio e fósforo de fácil digestibilidade, portanto, mais
facilmente absorvido pelo bebê o qual mama com maior frequência do que
aquele que toma mamadeira (ALVES, 2010).
As crianças que mamam no peito são mais tranquilas e calmas,
aumentando assim o laço afetivo mãe-filho, fazendo o bebê sentir-se amado e
seguro, sendo mais fáceis de socializar-se durante a infância (ALVES, 2010).
O leite materno também facilita a liberação de mecônio, diminuindo o
risco de icterícia e protegendo contra obstipação, pois promove o crescimento
no intestino da criança de microrganismos (lactobacillus) que fermentam a
lactose do leite, tornando as fezes mais frequentes e menos consistentes,
principalmente nas duas primeiras semanas de vida. Estes microrganismos
impedem que outras bactérias se instalem e causem diarréia (ALVES, 2010).
Nos lactentes, o ato de sugar o seio é importante para o
desenvolvimento da mandíbula, dentição e músculos da face, contribuindo
também para outros benefícios, como o bom desenvolvimento da fala (ALVES,
2010).

1.6 A importância do aleitamento materno para a mãe

Quando a criança suga o seio materno, a hipófise posterior da mãe é


estimulada a produzir um hormônio (ocitocina) que contrai o útero diminuindo o
sangramento e favorecendo que o útero volte mais rapidamente ao volume
normal, ajudando a mãe a voltar mais rápido ao peso pré-gestacional.
Amamentar ajuda a mãe a voltar a seu peso anterior, pois a lactação exige um
gasto extra de 500 calorias por dia (GOUVÊA, 2003; TAMEZ; SILVA, 2006).
O aleitamento materno exclusivo em sistema de livre demanda, nos seis
primeiros meses após o parto, desde que não surja menstruação, é um bom
método de planejamento familiar com falha estimada inferior a 1,8%. Estudos
de populações demonstraram que mulheres que amamentaram com maior
freqüência e por mais tempo, tiveram menor risco de câncer de ovário e de
mama (ALVES, 2010).
É mais fácil e prático para a mãe, pois está sempre pronto e na
temperatura certa, sendo este sem risco de contaminação, não possuindo
necessidade de utilização de recursos domésticos para sua aquisição (ALVES,
2010).
Segundo Coutinho (2009), os benefícios do aleitamento materno são:
diminuição da hemorragia pós-parto e involução uterina mais rápida;
diminuição do risco de contrair câncer de mama, do útero e do ovário;
recuperação mais rápida do peso pré-gestacional; experiência única de
amamentar e favorecer o papel maternal. Não amamentar também aumenta o
risco de desenvolver câncer de ovário e câncer endometrial. Quanto á
osteoporose, o risco das mulheres que amamentaram de a contraírem na
velhice é quatro vezes menor.
Para completar, em quanto estão amamentando, as mulheres correm
menos risco de engravidar. No entanto, é bom que fique claro que amamentar
não é um método contraceptivo seguro e segue sendo importante contar com
um médico que indique uma forma contracepção suplementar (ALVES, 2010).

1.7 A importância do aleitamento materno para a família

A amamentação é mais econômica para a família, pois evita o


adoecimento, melhorando a qualidade de vida do lactente e da família (ALVES,
2010).
Segundo Coutinho (2009), o aleitamento materno e o planejamento
familiar são medidas de saúde preventiva, necessitando de apoio, por meio de
programas que incentivem, trazendo com isso benefícios para a saúde do
binômio mãe-filho. Há vantagens do leite materno para a família e sociedade
tais como: estar sempre pronto para ser utilizado, sem necessidade de usar
outros produtos, é mais econômico que as fórmulas lácteas, diminuindo os
gastos em cuidados de saúde, consequentemente menor absentismo dos pais
ao trabalho devido a doenças dos filhos, e há redução do impacto ambiental
relacionado com a eliminação das latas das fórmulas lácteas.
CAPÍTULO II

FATORES DE RISCO QUE PODEM LEVAR AO DESMAME PRECOCE

2 FATORES QUE PODEM CAUSAR O DESMAME PRECOCE

Por fatores diversos, a maioria das mães deixa de amamentar ou


amamentam de forma inadequada seus filhos antes mesmo de completarem
seis meses de vida (MARIN et al., 2007).

Esses fatores são resultados do meio em que vivem as mulheres; da


situação socioeconômica de suas famílias; não cumprimento da
legislação como creches em locais de trabalho e horários especiais
para amamentação; propaganda de fórmulas infantis; desinformação
da população e profissionais da saúde sobre as vantagens e
importância do aleitamento materno; falta de preparo da mulher no
período pré-natal; e falta da atuação dos serviços de saúde em
estimular e sensibilizar a amamentação no pré-natal e puerpério
(SANTOS; PIZZI, 2006, p. 27).

A preocupação com os efeitos deletérios do desmame precoce


representa uma unidade. Os modelos explicativos para a relação
amamentação - desmame multiplicam-se e sinalizam para o embate entre
saúde e doença, evidenciando os condicionantes sociais, econômicos, políticos
e culturais que transformaram a amamentação em um ato regulável pela
sociedade (ARAUJO et al., 2008).
A amamentação não é totalmente instintiva no ser humano, muitas
vezes deve ser aprendida para ser prolongada com êxito, considerando-se que
a maioria das nutrizes precisa de esforço e apoio constantes. Nesse sentido, as
mulheres, ao se depararem pela primeira vez com o aleitamento materno,
requerem que lhes sejam apresentados modelos ou guias práticos de como
devem conduzir-se nesse processo, que na maioria das vezes tem como
primeira referência o meio familiar, as amizades e vizinhança nos quais estão
inseridas (ARAUJO et al., 2008).
Nesse contexto, observa-se a necessidade de rever o posicionamento
do profissional diante da mulher que deseja amamentar. E torna-se preciso
reconhecer que, por ser uma prática complexa, não se deve reduzir apenas
aos aspectos biológicos, mas incluir a valorização dos fatores psicológicos e
socioculturais. Além disso, é fundamental que o profissional permita que a
mulher coloque suas vivências e experiências anteriores, uma vez que a
decisão de amamentar está diretamente relacionada ao que ela já viveu
(ARAUJO et al., 2008).
Partindo desse enfoque, acrescenta-se que o aleitamento materno
depende de fatores que podem influir positiva ou negativamente no seu
sucesso. Alguns desses fatores estão diretamente relacionados à mãe, como
as características de sua personalidade e sua atitude frente à situação de
amamentar, ao passo que outros se referem à criança e ao ambiente, como por
exemplo, as suas condições de nascimento e o período pós-parto havendo,
também, fatores circunstanciais, como o trabalho materno e as condições
habituais de vida (ARAUJO et al., 2008).
Outro fato importante é que a idade materna mais jovem está
relacionada à menor duração do aleitamento, talvez motivada por algumas
dificuldades, tais como: um nível educacional mais baixo, poder aquisitivo
menor e, muitas vezes, o fato de serem solteiras. As adolescentes muitas
vezes aliam sua própria insegurança e falta de confiança em si mesmas para
prover a alimentação para o seu bebê à falta de apoio das próprias mães ou
familiares mais próximos, ao egocentrismo próprio dessa idade e aos
problemas com a auto-imagem, alcançando frequentemente, um menor índice
de aleitamento (ARAUJO et al., 2008).
E no que se refere ao grau de instrução materna, esse fator afeta a
motivação para amamentar, e mães com maior grau de instrução tendem a
amamentar por mais tempo, em decorrência principalmente da possibilidade de
um maior acesso a informações e sobre as vantagens do aleitamento materno
(ARAUJO et al., 2008).
O desmame é definido como a introdução de qualquer tipo de alimento
na dieta de uma criança que, até então, se encontrava em regime de
aleitamento materno exclusivo. Dessa forma, denomina-se "período de
desmame" aquele compreendido entre a introdução desse novo aleitamento
até a supressão completa de aleitamento materno (ARAUJO et al., 2008).
O desmame precoce sofre influência de variáveis, que podem ser
divididas em cinco categorias:
a) variáveis demográficas: tipo de parto, idade materna, presença
paterna na estrutura familiar, números de filhos, experiência com
amamentação;
b) variáveis socioeconômicas: renda familiar, escolaridade materna e
paterna, tipo de trabalho do chefe de família;
c) variáveis associadas à assistência pré-natal: orientação sobre
amamentação e desejo de amamentar;
d) variáveis relacionadas à assistência pós-natal imediata: alojamento
conjunto, auxílio de profissionais de saúde, dificuldades iniciais;
e) variáveis relacionadas à assistência pós-natal tardia (após a alta
hospitalar): estresse e ansiedade materna, uso de medicamentos pela
mãe e pelo bebê, introdução precoce de alimentos (ARAUJO et al.,
2008).

2.1 Variáveis demográfica

O tipo de paridade materna influencia na decisão pelo tipo de


aleitamento, sendo um fator bastante comentado na literatura, sugerindo que
as primíparas, ao mesmo tempo em que são mais propensas a começar o
aleitamento, costumam mantê-lo por menos tempo, introduzindo mais
precocemente os alimentos complementares, parecendo haver para as
multíparas uma forte correlação entre o modo como seus filhos anteriores
foram amamentados e como este último o será (FALEIROS; TREZZA;
CARANDINA, 2009).
Acredita-se que as nutrizes desmamam mais precocemente os
primogênitos e mantêm o aleitamento materno tanto mais prolongado quanto
maior o número de ordem da criança na família. A razão pode estar muitas
vezes, relacionada à insegurança da primípara, sendo mais jovem, com menos
instruções e menor experiência para com a vivência com RN (FALEIROS;
TREZZA; CARANDINA, 2009).
O fato de ter uma experiência anterior com aleitamento materno, como
as mães que tiveram uma experiência prévia positiva, provavelmente, terão
mais facilidade para proporcionar um aleitamento adequado para os demais
filhos, podendo haver uma correlação entre o desejo da gestante em
amamentar seu filho e a duração da amamentação (FALEIROS; TREZZA;
CARANDINA, 2009).
Muitas vezes, falhar na amamentação, apesar de um forte desejo de
efetivá-la, pode ser devido à falta de acesso à orientação e ao apoio adequado
de profissionais ou de pessoas mais experientes dentro ou fora de sua família.
Considerando que cada nascimento se dá em contextos não necessariamente
iguais, ou seja, diferença de idade, de condições socioeconômicas ou de
situação conjugal da mãe, o simples fato de ter uma experiência prévia, talvez
não seja suficiente como estímulo para amamentação dos filhos subsequentes.
Portanto, a dificuldade de análise da influência dessa variável se deve a
múltiplos fatores e às mudanças na dinâmica familiar ocorridas com o passar
do tempo (FALEIROS; TREZZA; CARANDINA, 2009).

2.2 Variáveis socioeconômicas

Dentre as causas do desmame precoce estão os mitos maternos, a falta


de experiência anterior, mães adolescentes, aquisição de mamadeiras e
chupetas, insucesso familiar na prática da amamentação, dificuldades técnicas
no ato de amamentar, baixa escolaridade, gravidez indesejada, doença da
mama; e também vários tabus arraigados em crendices populares são
mantidos até hoje, como: o leite é fraco, as mamas são pequenas, o leite de
peito não engorda, a mãe nutriz é magra, e que determinados alimentos fazem
mal à mulher que amamenta, a ponto de provocar cólicas no bebê (OMS,
2008).
Além disso, a instalação de indústrias produtoras de leite, com suas
propagandas enganosas e cativantes, e a distribuição gratuita de leites
artificiais, bicos, chupetas e mamadeiras causaram profunda modificação nos
hábitos alimentares do povo brasileiro, incluindo os das crianças. O valor do
leite materno foi duramente menosprezado pelas pessoas que acreditavam nas
falsas premissas de que o leite de lata e o de vaca era tão bom quanto o leite
humano, além de ser mais prático (RANDOW et al., 2008).
O aleitamento materno para os recém-nascidos de baixo peso (RNBP)
apresenta dificuldades inúmeras para a mãe, família e recém nascido, assim
como para o pessoal de saúde ao proporcionar assistência ao parto e o
período de internação do RN (XAVIER; JORGE; GONÇALVES, 1991).
A presença permanente da mãe junto do bebê, além de garantir calor
e leite materno, traz inúmeras outras vantagens dentre as quais a promoção do
vínculo mãe-bebê, condição indispensável para a qualidade de vida e
sobrevivência do recém nascido após a alta da Unidade Hospitalar (LAMY et
al., 2005).

2.3 Variáveis relacionadas à assistência pré-natal e pós-natal

Existem inúmeras maneiras de promover, estimular e apoiar o


aleitamento materno, entre elas, as principais estratégias de ação focalizam o
acompanhamento pré-natal sistemático, a implantação do alojamento conjunto
nas maternidades, o acompanhamento sequencial da criança, a construção de
creches e o respeito às leis de proteção à nutriz. Propaganda de massa,
treinamento de profissionais de saúde, formação de grupos de gestantes e
outras estratégias, procuram resgatar os benefícios do aleitamento materno
para o binômio mãe-filho (ALVES et al., 2008).

O Ministério da Saúde define o alojamento conjunto como um


sistema em que o RN sadio (acima de 2 Kg e 35 semanas de idade
gestacional, sem antecedente de asfixia), logo após o nascimento,
permanece ao lado da mãe 24 horas por dia num mesmo ambiente
até a alta hospitalar, possibilitando a prestação de todos os cuidados
assistenciais, assim como orientações sobre a saúde do binômio
mãe-filho (SAKAE; COSTA; VAZ, 2001, p. 35).

De acordo com Randow et al. (2008), é no período puerperal que o


processo de lactação torna-se concreto e a capacidade de amamentar da
puérpera se torna alvo de críticas desencorajadoras, como também, diante de
dificuldades com o recém-nascido. Assim a mãe pode entender esta atitude
como incapacidade de cuidar de seu filho e como consequência poderá inibir o
processo de lactação, devido a sua ansiedade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2009), o enfermeiro deverá
estar próximo durante e após o parto, auxiliando as mães nas primeiras
mamadas do recém-nascido, para que o aleitamento materno seja iniciado o
mais precoce possível, de preferência imediatamente após o parto.
Os primeiros dias após o parto são cruciais para o aleitamento materno
bem-sucedido, pois é nesse período que a lactação se estabelece, além de ser
um período de intenso aprendizado para a mãe e adaptação do recém-nascido
(RANDOW et al., 2008).
Susin et al. (1998), em seu estudo, confirmaram a hipótese de que a
orientação as mães sobre aleitamento materno no período pós-natal aumenta
os seus conhecimentos sobre o assunto e, consequentemente, a continuação
do aleitamento materno nos seis primeiros meses.

2.4 Traumas mamilares

Vinha (apud COCA et al., 2009, p. 447), o trauma mamilar


pode ser definido como uma solução de continuidade da pele
do mamilo e/ou aréola, ou seja, por fissura, escoriação, erosão,
dilaceração e vesículas, o que dificulta o processo de
amamentação por ocasionar desconforto e dor.

Fonte: Aleitamento materno, 2009.


Figura 2: Fissura mamária.

De acordo com o Ministério da Saúde (2009), além de serem muito


dolorosas e, com frequência, serem a porta de entrada para bactérias, é
importante corrigir o problema que está causando a dor mamilar (na maioria
das vezes ocasionadas pela má pega), sendo necessário intervir para aliviar a
dor e promover a cicatrização das lesões o mais rápido possível.
Para o sucesso da amamentação e prevenção dos traumas no mamilo, é
fundamental uma técnica correta, garantindo a retirada eficaz do leite pela
criança (GIUGLIANI et al., 1995).
O bebê precisa aprender a extrair o leite do seio de forma adequada,
mesmo sendo um ato reflexo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
Segundo Cordeiro (apud COCA et al., 2009), para uma preensão
correta, a mãe deve posicionar os lábios da criança no mamilo, com o objetivo
de estimular o reflexo de busca, procura e preensão. Em seguida, ela deve
aproximar a criança da mama, e esta deve apreender parte ou toda a região
mamilo-areolar, de forma que a sua boca permaneça bem aberta, e o queixo
toque a mama, o lábio inferior fique voltado para fora, e a língua esteja sobre a
gengiva. Com essa técnica é possível observar parte da aréola, sendo mais
acima da boca que abaixo dela; todavia, se os lábios estiverem apertados e
apontando para frente, indica pega inadequada.

Fonte: Amamentação, 2009.


Figura 3: Pega adequada.

2.4.1 Fissura mamária

São rupturas do tecido mamilar que causam dor intensa à sucção,


podendo ocorrer tanto na base, como no bico e na ponta do mamilo. Uma das
origens dessa lesão são as disfunções orais da criança, como sucção
ineficiente, e o uso de cremes e óleos que podem causar irritação na pele
(GIUGLIANI, 2004; NASCIMENTO, 2006).
Segundo Santos (2005), os sintomas da fissura mamária são presença
de solução de continuidade em forma de fenda, com profundidade e tamanhos
variáveis, podendo apresentar sangramento e dor localizada.

2.4. 2 Assistência de enfermagem na fissura mamária

Para tratar fissura:


- corrigir a posição da mamada e orientar a mãe a continuar
amamentando;
- aconselhar a mãe a lavar os mamilos apenas uma vez ao dia, ao
tomar banho;
- aconselhar a mãe a expor os mamilos ao ar e ao sol tanto quanto
possível no intervalo das mamadas, ou banho de luz com lâmpadas
de 40 watts, colocada a um palmo de distância da mama 10 minutos
de cada lado, 3 vezes ao dia;
- aplicar sempre leite materno nos mamilos após as mamadas, pois
isto pode facilitar a cicatrização;
- aconselhar a mãe a mudar de posição costumeira,
preferencialmente utilizar a posição da bola de futebol americano ou
do cavalinho;
- nos casos graves, dependendo da extensão da fissura, orientar a
mãe a suspender a sucção direta ao seio por um período de 24 a 48
horas, ordenhar a mama e oferecer o leite na colherinha ou conta-
gotas (RANDOW et al., 2008, p. 132- 133).

Segundo Randow et al., (2008) orientar as mães durante o pré-natal


sobre o preparo da mama e técnicas de amamentação, dando ênfase às
estratégias que devem ser utilizadas para o fortalecimento dos tecidos areolar
e mamilar, tais como: banho de sol nos seios, fricção de toalha, utilização de
sutiã de algodão com orifício na região mamilar.

2.5 A importância da educação em saúde

O enfermeiro tem papel crucial na orientação à prática da amamentação,


pois atuam como facilitadores e encorajadores desta prática, além de atuarem
no esclarecimento de todas as dúvidas das gestantes e lactantes. É necessária
uma comunicação simples e objetiva durante a orientação, o incentivo e o
apoio ao aleitamento materno, demonstrando diversas posições, promovendo
relaxamento e posicionamento confortável e mostrando como isso pode ser
usado para ajudar na sucção do recém-nascido (AMORIM; ANDRADE, 2009).
Seja na rede básica, hospitalar ou ambulatorial, o enfermeiro deve estar
preparado para lidar e direcionar uma demanda diversificada, principalmente
quando se tratar de questões de ordem da mulher nutriz. Deve ser capaz de
identificar e oportunizar momentos educativos, facilitando a amamentação, o
diagnóstico e o tratamento adequados (AMORIM; ANDRADE, 2009).
Esse mesmo profissional de saúde tem compromisso de atuar não
apenas em função de seu conhecimento científico ou habilidades técnicas que
possui, mas principalmente pela arte e sensibilidade que pode desenvolver no
outro os sentimentos, vontades e que induzem ao aleitamento materno
(AMORIM; ANDRADE, 2009).
A possibilidade de garantir informações contínuas, claras e objetivas e
de uma assistência de enfermagem mais humanizada junto à comunidade,
exige uma atuação do profissional de enfermagem junto às mães e futuras
mães que irão promover o aleitamento materno para com seus bebês
(AMORIM; ANDRADE, 2009).

A importância do enfermeiro em todos os níveis da assistência é de


substancial relevância. No que concerne à assistência pré-natal, ele
deve mostrar a importância do acompanhamento da gestação na
promoção, prevenção e tratamento de distúrbios durante e após a
gravidez bem como informá-la dos serviços que estão à sua
disposição (AMORIM; ANDRADE, 2009, p. 95).

Segundo Almeida, Fernandes e Araújo (2004), os enfermeiros, por meio


de suas práticas e atitudes, podem incentivar a amamentação e apoiar as
mães, ajudando-as no início precoce da amamentação a adquirir autoconfiança
em sua capacidade de amamentar. Ele tem um papel relevante, pois, é o
profissional que mais estreitamente se relaciona com as nutrizes e tem
importante função nos programas de educação em saúde.
De acordo com Brasil (2003), no puerpério, o enfermeiro deverá realizar
a prática do alojamento conjunto durante todo o tempo em que a puérpera
estiver internada e apoiá-la durante todos os cuidados com o bebê, ensinando
as técnicas adequadas para amamentar, promover encontros de palestras com
as mães sobre o aleitamento materno e os cuidados que o bebê precisa, não
oferecendo nenhum outro tipo de alimento ou bebida além do leite materno,
ensinar a ordenha manual, avaliar a posição e pega da amamentação, e
também realizar o treinamento dos profissionais de saúde.
Assim, o enfermeiro, como responsável técnico pela equipe de
enfermagem, deve distinguir-se pela liderança, pelo saber técnico, específico e
científico de sua área de atuação diante do aleitamento materno (AMORIM;
ANDRADE, 2009).
CAPÍTULO III

PESQUISA

3 INTRODUÇÃO

Com o objetivo de orientar as puérperas na fase do colostro na


Associação Hospitalar Santa Casa de Lins- AHSCL, quanto à importância do
aleitamento materno e suas técnicas, por meio de educação em saúde e,
posteriormente, auxiliá-las na profilaxia dos traumas mamilares, associando
sua ocorrência aos fatores de risco, após aprovação do Comitê de Ética,
Pesquisa – CET – Unisalesiano, Protocolo nº 372, foi realizada uma pesquisa
descritiva e qualitativa no setor da maternidade desse hospital e, em seguida,
uma visita diária no período de 23/08/2010 a 06/09/2010.
A AHSCL está localizada na Rua Pedro de Toledo, 486, na cidade de
Lins/SP, estando à maternidade situada no terceiro andar, mantendo
funcionamento 24 horas por dia. O setor é composto por 04 apartamentos, 10
leitos distribuídos em 03 quartos, 02 salas de pré-parto com 02 leitos cada uma
e 01 sala de observação, contendo 01 leito, 01 sala de parto, rouparia,
expurgo, copa, sala de exames obstétricos, berçário, posto de enfermagem. Os
atendimentos realizados são pelo SUS (Sistema Único de Saúde), convênio e
particular, e sua equipe de saúde é composta por médico plantonista,
enfermeira obstetriz responsável, técnicos e auxiliares de enfermagem.

3.1 Método da pesquisa

Durante o período de 23/08/2010 a 06/09/2010, 20 puérperas,


internadas na AHSCL, permitiram a realização da pesquisa em seus
respectivos leitos. Responderam uma Ficha de Avaliação (Apêndice D),
possuindo questões abertas e fechadas para identificação do nível de
conhecimento delas, sobre o AM e suas técnicas, e, posteriormente,
orientadas, através de álbum seriado (Anexo B), e panfletos (Apêndice E).
Também foi entrevistada a enfermeira obstetriz responsável pelo setor.
Estudo de Caso: através do estudo de caso com as puérperas, foram
analisados e constatados os aspectos voltados para o aparecimento dos
traumas mamilares e, conseqüentemente, a associação destes, aos fatores de
risco.
Método de Observação Sistemática: foi avaliado o nível de
conhecimento das puérperas sobre aleitamento materno e suas técnicas.
Estatístico: os dados serão apresentados através de tabela e gráfico.

3.2 Técnicas

3.2.1 Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A)


3.2.2 Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B)
3.2.3 Roteiro de Entrevista com Enfermeiro (Apêndice C)
3.2.4 Ficha de Avaliação para Puérperas (Apêndice D)
3.2.5 Panfleto Amamentação (Apêndice E)
3.2.6 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A)
3.2.7 Álbum seriado (Anexo B)

3.3 Estudo de caso

No estudo realizado, foram avaliadas 20 puérperas, sendo que 12


puérperas apresentaram mamas túrgidas, mamilos protusos, presença de
tubérculos de Montgomery e rede de haller com colostro à expressão.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.


Figura 4: Mamilo protuso.
Contudo 5 puérperas apresentaram mamas túrgidas, com mamilos
protusos e fissurados, e em alguns casos, secreção serosanguinolentas e
colostro à expressão, entretanto, 2 puérperas tiveram mamilo plano e 1
puérpera mamilo invertido com orifício de mais ou menos 1 cm.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010. Figura 5b: Mamilo invertido.


Figura 5a: Mamilo invertido.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010


Figura 6: Mamilo com fissura e plano.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.


Figura 7: Mamilo com fissura
3.4 A opinião da enfermeira

É do sexo feminino, 26 anos, residente na cidade de Lins/SP, pós-


graduada em Obstetrícia, tendo como experiência profissional: enfermeira
obstetriz da maternidade da AHSCL (3 anos), e docente do curso técnico de
enfermagem do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (1 ano).
Eis o relato:

O aleitamento materno tem grande importância, pois cria


vínculo entre o binômio mãe-filho, sendo essencial para a
prevenção de infecção no recém-nascido e auxiliando na
prevenção de hemorragia materna, bem como, ausência de
custo na compra de leite. Na instituição é realizada somente
orientação no período de internação, sendo que as variáveis
que contribuem para a ausência do AM são a falta de
orientação a partir do pré-natal, pós-parto e principalmente
após a saída do hospital, onde geralmente é interrompida a
amamentação. Os profissionais estão capacitados para orientar
as mães, pois sempre estão sendo atualizados quanto à
importância do aleitamento e contam com auxilio dos pediatras
(ENFERMEIRA OBSTETRIZ, 26 anos).

3.5 Resultado

Os resultados obtidos através da pesquisa serão demonstrados nas


tabelas nº 1 à nº 10, sequencialmente.

Tabela 2: Você amamentou nas gestações anteriores? Por quê? (continua)


Itens N. de casos Percentual %

Sim. Pois é importante para o bebê 9 45%

Não, pois não tinha leite 1 5%

Não, pois é meu primeiro filho 1 5%

Sim 4 20%
(conclusão)

Não 5 25%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Constatou-se com o resultado que 65% responderam que amamentaram


seus filhos, porém, em suas justificativas não evidenciaram a importância do
aleitamento materno. Observou-se também que 25% não amamentaram, pois,
não tinha leite, 5% era o primeiro filho e os outros 5% não amamentaram e
nem justificaram, visto que, o fato de a puérpera ter uma experiência anterior
com aleitamento materno, poderá facilitar um aleitamento adequado e
duradouro. (FALEIROS; TREZZA; CARANDINA, 2009).

Tabela 3: Permanecem em alojamento conjunto


Itens N. de casos Percentual%

Sim 20 100%

Não 0 0%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Evidenciou-se que 100% das puérperas estavam em alojamento


conjunto com o recém-nascido. De acordo com Beretta (2000) o alojamento
conjunto é um sistema em que o recém-nascido permanece ao lado da mãe
desde o momento do parto até a alta da maternidade, sendo um local fácil de
orientar e avaliar na prática os cuidados da mãe com o filho.

Tabela 4: Foi orientada sobre amamentação durante o pré-natal?


Itens N. de casos Percentual%

Sim 16 80%

Não 4 20%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.


O resultado mostra que 80% das entrevistadas foram orientadas sobre
amamentação durante o pré-natal, e 20% não foram orientadas, porém na
prática identificamos um déficit no embasamento teórico. Segundo Ministério
da Saúde (2007) durante o pré-natal deve-se orientar a mãe sobre as
vantagens da amamentação para a mãe, para a criança e para sua família, e a
importância do aleitamento materno exclusivo.

Tabela 5: Da última vez que amamentou, percebeu rachaduras ou lesões nas


mamas? Como tratou?
Itens N. de casos Percentual%

Não 13 65%

Sim, usei pomada 4 20%

Sim, lavando com água e sabão 1 5%

Sim, parei de amamentar e passei pomadas 1 5%

Não respondeu 1 5%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Identificou-se que 65% das entrevistadas não apresentaram ou não


perceberam fissura nos seios, 5% não responderam e 30% apresentaram e
trataram de forma inadequada, sendo que, o tratamento correto para fissura
mamária é lavar os seios com água corrente, sendo que, o Ministério da Saúde
(2007) orienta sobre o não uso de cremes, pomadas, sabão e sabonetes.

Tabela 6: Você sabe o que é colostro e qual sua importância? (continua)


Itens N. de casos Percentual%

Sim 1 5%

Não 4 20%

Sim, é o leite que contêm vitaminas e proteínas


6 30%
necessárias ao nenê

Sim, é o primeiro líquido que sai e é importante


6 30%
para o bebê
(conclusão)

Sim, é importante para a limpeza intestinal e


2 10%
previne de infecções
1 5%
Sim, é a primeira vacina do bebê

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Os resultados mostram que 20% das entrevistadas desconhecem o que


é colostro e sua importância, e 80% quando questionadas, pôde-se detectar
um déficit, assim, observou-se que 100% das puérperas não detêm
conhecimento sobre o assunto. Sendo que para Carvalho e Tamez (2005) o
colostro é o 1º leite que a mãe possui, sendo este super concentrado, dando
num pequeno volume, o máximo de elementos nutritivos. Colostro é amarelo,
transparente, levemente salgado e com aparência aguada. No entanto tem
maior valor nutritivo que o próprio leite e transmite ao bebê anticorpos da mãe,
protegendo-o contra algumas doenças. Depois de alguns dias o colostro vai
clareando e tornando-se mais opaco, até chegar ao leite materno, que é
definitivo.

Tabela 7: Como deve ser em sua opinião, a pega correta do recém-nascido no


seio materno?
Itens N. de casos Percentual%

A criança deve estar em posição correta e


1 5%
pegar a mama

Deixá-lo pegar não só o bico, mas também a


12 60%
aréola

Não deixar o bebê afogar e tampar o nariz 1 5%

Não soube responder 2 10%

Barriga com barriga e um dos braços do


2 10%
bebê embaixo do seio

Deitada e bem solta 1 5%

Bebê virado do lado 1 5%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.


Identificou-se que 100% das entrevistadas não possuem conhecimento
relacionado à técnica de posição para amamentar, pois nenhuma das
respostas foi respondida de forma correta. Segundo Ministério da Saúde (2007)
o corpo do bebê deverá estar inteiramente de frente para a mãe e bem próximo
(barriga do bebê voltada para o corpo da mãe), estando alinhado, a cabeça e a
coluna em linha reta, no mesmo eixo, e a boca do bebê deve estar de frente
para o bico do peito e a mãe deve apoiar com o braço e mão o corpo e o
“bumbum” do bebê, aproximando a boca do bebê bem de frente ao peito, para
que ele possa abocanhar, ou seja, colocar a maior parte da aréola (área mais
escura e arredondada do peito) dentro da boca, estando seu queixo tocando o
peito da mãe.

Tabela 8: Como interromper uma mamada?


Itens N. de casos Percentual%

A própria criança interrompe 4 20%

Não respondeu 7 35%

Colocando o dedo em sua boca para que ele sinta que


5 25%
não tem mais nada e solte de leve espontaneamente

Retirando o bebê do seio 1 5%

Em casos de doença 1 5%

Não se deve interromper uma mamada 2 10%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Das participantes, 100% não detêm nenhum conhecimento sobre a


questão, pois nenhuma das respostas das entrevistadas foi correta, pois
conforme o Ministério da Saúde (2007) preconiza, se for preciso interromper a
mamada, a mãe deve colocar a ponta do dedinho no canto da boca do bebê
para que ele solte o seio sem machucar, contudo geralmente ele solta o seio
naturalmente.
Tabela 9: Durante seu pré-natal você recebeu da enfermeira orientações
quanto:
Itens N. de casos Percentual%

A importância da amamentação 10 32,26%

Composição do leite materno 4 12,90%

Posição para pega correta do seio 8 25,81%

Não marcou nenhuma opção 9 29,03%

Total 31 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Foi identificado que 32,26% das entrevistadas durante o pré-natal


recebeu orientação da enfermeira quanto a importância da amamentação;
12,90% referente a composição do leite materno e 25,81% sobre a posição
para pega correta do seio materno; porém, 29,03% não marcaram nenhuma
opção, entretanto, observou-se que, na prática, as puérperas não tinham o
conhecimento sobre o tema, visto que havia duvidas e dificuldades das
mesmas. Segundo Ruocco (2005) o aleitamento fortalece o vínculo mãe-
criança, aumenta o desenvolvimento cognitivo, principalmente nas crianças de
baixo peso, e reduz a incidência de doenças infecciosas infantis, contudo,
identificamos que as entrevistadas durante o pré-natal recebeu orientação da
enfermeira quanto à importância da amamentação, à composição do leite
materno e como deve ser a posição para pega correta do seio materno,
entretanto, observou-se que na prática as puérperas não tinham o
conhecimento sobre o tema, visto que, havia dúvidas e dificuldades das
mesmas. Sendo que leite materno é muito mais do que uma simples coleção
de nutrientes, é uma substância viva, de grande complexidade biológica,
ativamente protetora e imunomoduladora (BARROS, 2003; LEÃO, 2003;
ROZOLEN, 2004).

Tabela 10: Na sua visão o que pré dispõem a ocorrência de fissura e qual suas
complicações? (continua)
(conclusão)
Itens N. de casos Percentual%

Pode ser o mau jeito de amamentar e uma de


1 5%
suas complicações é a dor ao amamentar

Não soube responder 6 30%

Porque o peito ainda está abrindo ou o bebê teve


1 5%
pega errada

Forma incorreta de amamentar 1 5%

Na hora que deu a anestesia que não senti as


1 5%
pernas

Por falta de hidratação da pele 2 10%

O próprio organismo 1 5%

Não tive nenhuma 1 5%

A mãe deve molhar com água morna antes de


1 5%
amamentar

Caso a criança arrote nos seios e após a


1 5%
amamentação eles não serem limpos

Pega incorreta e a maneira dele sugar 3 15%

Ressecamento da pele, muita dor quando o nenê


1 5%
pega e puxa

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

O resultado mostra que 80% das entrevistadas desconhecem o que pré


dispõe a ocorrência de fissura e quais suas complicações, e somente 20%
conhecem. Segundo Randow et al (2008) as fissuras do mamilo são
decorrentes da má posição da criança em relação à mama; do número e
duração inadequada das mamadas e principalmente da técnica incorreta de
sucção. E suas complicações são dor intensa, podendo apresentar ou não
sangramento.

Tabela 11: Você sente dor ao amamentar? (continua)


Itens N. de casos Percentual%

Sim 5 25%

Não 14 70%
(conclusão)

Cólicas 1 5%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

O resultado mostra que 70% não sentem algia ao amamentarem, 5%


apresentam cólicas, sendo este, um processo natural, pois ao amamentar são
estimulados os músculos uterinos para a sua involução, todavia 25%
apresentam queixas álgicas durante a amamentação, indicando técnica e
posição incorreta.

3.7 Conclusão da pesquisa

Diante de tal fato, vale considerar que as orientações não estão sendo
realizadas de forma adequada, pois ainda existem falhas no processo de
amamentação. Assim, as medidas tomadas precisariam ser reavaliadas, para
se obter o resultado esperado, enfatizando na educação continuada os
benefícios e requisitos de uma amamentação bem sucedida.
Para a realização dessa tarefa são necessários conhecimentos
científicos e habilidades no manejo da lactação para aconselhamento no pré-
natal, ajuda no período de estabelecimento da amamentação e avaliação
criteriosa da técnica adequada, quando surgem os problemas relacionados
com o aleitamento.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

O principal objetivo deste estudo foi demonstrar a importância da


orientação para prevenção dos traumas mamilares ocorridos em puérperas na
fase do colostro.
Objetivamos como proposta de intervenção, uma orientação não
somente após o nascimento do recém nascido, mas durante todo o pré-natal
através de orientações individuais e em grupo, através de palestras e
distribuição de material educativo, com enfoque na importância da
amamentação e a técnica de pega correta na mama. Criando um feedback
entre o enfermeiro(a) da unidade básica de saúde (UBS) e o enfermeiro (a) da
maternidade do Hospital.
Sendo importante que os médicos e enfermeiros orientem tanto no pré-
natal como no puerpério imediato, pois eles são responsáveis técnicos que se
distinguem pelo saber cientifico e específico de sua área de atuação,
sensibilizando o sentimento e a vontade em amamentar.
Alternativa viável seria também a intervenção da enfermeira durante a
prática da primeira amamentação, observando a anatomia das mamas,
técnicas da amamentação, esclarecendo dúvidas e quebrando mitos que
possam surgir.
CONCLUSÃO

Por meio da literatura verificou-se, que são múltiplas as variáveis que


levam aos traumas mamilares sendo elas: uso de hidratantes, cremes,
pomadas, óleos e sabonetes na região mamilo-areolar; pega incorreta na
amamentação; primíparas; ausência de orientação adequada; desinteresse da
puérpera em amamentar; disfunções orais; e mitos.
Sendo que na pesquisa objetivou-se que os principais fatores no
surgimento dos traumas mamilares, são: ausência de orientação adequada,
bem como, disponibilidade dos profissionais e desinteresse das puérperas em
executarem tais propostas.
A promoção da amamentação requer, porém, orientações, com
avaliação criteriosa e constante da técnica correta de amamentar,
reconhecimento das dificuldades e apoio sempre que solicitado, solucionando
os problemas encontrados. Para tanto, o médico e o enfermeiro devem estar
preparados cientificamente, fornecendo informações práticas para atender a
cada nutriz e recém nascido.
Contudo, tratando-se de um assunto complexo, conclui-se que esta
pesquisa deve ter continuidade. Pois poderão abordar novas propostas e
intervenções para obter um resultado mais eficaz.
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APÊNDICES
APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇAO

Será apresentado o nível de conhecimento das puérperas. Com a


realização de orientações utilizando álbum seriado e panfleto.

1.1 RELATO DO TRABALHO REALIZADO

Serão demonstrados as puérperas a importância e os benefícios do


aleitamento materno e suas técnicas através de orientações, com auxílio de
álbum seriado e panfleto, esclarecendo as possíveis dúvidas. Será realizado
exame físico da mama para possível identificação de traumas mamilares e
Ficha de Avaliação para Puérperas, assim como, Ficha de Avaliação para a
enfermeira (o) do setor.
As entrevistas das puérperas e da enfermeira (o) serão inseridas
juntamente com o trabalho.

1.2 DISCUSSÃO

Será realizada a descrição dos fundamentos teóricos, procedimentos


práticos, assistência e orientações utilizadas no caso.

1.3 RESULTADOS E SUGESTÕES

Por meio da pesquisa, espera-se que as orientações dadas às


puérperas sobre aleitamento materno, sejam aceitas pelas mesmas e possam
dar continuidade na prática da amamentação pelo período preconizado pela
OMS, como também identificar o desmame precoce recorrente a presença de
traumas mamilares e, consequentemente, a associação destes, aos fatores de
risco.
APÊNDICE B - Roteiro de Observação Sistemática

I- IDENTIFICAÇÃO
LOCAL:__________________________________________DATA:__________

II- ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 O conhecimento das puérperas sobre amamentação e os cuidados com


as mamas.

2 As técnicas realizadas durante a amamentação.

3 Se houve eficácia na orientação ás puérperas.

4 Se as puérperas apresentaram ou não traumas mamilares.


APÊNDICE C - Roteiro de Entrevista para o Enfermeiro

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo:______________________ Idade:__________

Cidade:____________________ _ Estado:_________

Ano de formação: ____________ Instituição:_______________________

Experiência profissional:____________________________________________

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual a importância do aleitamento materno?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2 A unidade institucional em que trabalha, realiza educação em saúde para


puérperas?

( ) SIM ( ) NÃO
2.1 Quais os métodos utilizados?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

3 De acordo com sua experiência profissional, quais as principais variáveis ou


aspectos que contribuem para o aparecimento da fissura mamária?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

4 Em sua opinião os profissionais de enfermagem, apresentam-se capacitados


para realizar educação em saúde para as puérperas, visando a redução dos
casos de fissura mamária?

( ) SIM ( ) NÃO

4.1Justifique a resposta.

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
APENDICE D - Ficha de Avaliação para Puérperas

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome: _________________________________________ Idade:__________

Escolaridade da puérpera:__________________________________________

Profissão da puérpera:_____________________________Salário:__________

Estado civil:_______________________________ Idade do parceiro:________

Escolaridade do parceiro:__________________________________________

Profissão do parceiro:______________________________Salário:_________

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Número de paridade:______________ 1.1 Tipos de partos:__________

2 Você amamentou em gestações anteriores: ( ) SIM ( ) NÃO


2.1 Por quê?_____________________________________________________

3 Realizou o pré natal ( ) SIM ( ) NÃO

3.1 Se não, qual o motivo?__________________________________________

3.2 Quantas consultas?__________

4 Peso ao nascer?___________

4.1 Permanecem em alojamento conjunto? ( ) SIM ( ) NÃO

5 Foi orientada sobre amamentação durante o pré natal: ( ) SIM ( ) NÃO

5.1 Por qual profissional: ( ) Enfermeira ( ) Médico ( ) Outros.

6. Têm o desejo de amamentar o recém nascido: ( ) SIM ( ) NÃO

7. Para você é importante amamentar, pois:

( ) A amamentação faz parte desta fase pós-parto.

( )Porque não tem custo, devendo ser exclusivo até o 6º.

( ) Oferece vitaminas, proteína e outros componentes e é responsável por


auxiliar no crescimento, desenvolvimento ,imunização e hidratação do seu
bebê, também promove vinculo maior entre RN e nutriz.
8. Da ultima vez que você amamentou você apresentou rachaduras ou lesões
nas mamas?

( ) Sim ( ) Não

Como
tratou?__________________________________________________________
_______________________________________________________________

9. Você sabe o que é colostro e qual sua importância?

( ) Sim ( ) Não

Justifique________________________________________________________
_______________________________________________________________

10. Como deve ser a pega correta do RN no seio materno em sua opinião ?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

11. Como interromper uma mamada?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

12. Para você a dieta influencia na ocorrência das rachaduras?

( ) Sim ( ) Não
Porquê?________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

13. Durante seu pré-natal você recebeu da enfermeira orientações quanto:

( ) A importância da amamentação.

( ) Composição do leite materno.

( ) Posição para pega correta do seio materno.

14. Você recebeu orientação sobre a pega correta do seio aqui no hospital,
após o nascimento do seu bebê.

( ) Sim ( ) Não

15. Você planejou está gestação?

( ) Sim ( ) Não

16. Qual a sensação ao amamentar?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

17. Na sua visão o que pré dispõem a ocorrência de fissura e qual suas
complicações.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

18. Você sente dor ao amamentar?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
APÊNDICE E - Panfleto Amamentação

Amamentar...

... um ato de amor, carinho e proteção

Como obter uma amamentação bem sucedida

Inicie a amamentação o mais breve possível, assim que a criança estiver bem
acordada, pois neste momento o instinto de sugar será muito forte. Mesmo que
você ainda não esteja produzindo leite, suas mamas contêm o colostro, um
líquido fino que possui anticorpos contra doenças.

Amamente sempre que o bebê solicitar:

Recém-nascidos necessitam mamar freqüentemente, pelo menos a cada 2


horas, e não de acordo com qualquer esquema restritivo. Isto também
estimulará suas mamas a produzirem mais leite. Posteriormente, o bebê vai
adotar uma rotina mais previsível.
Os bebês que mamam no peito têm fome com mais freqüência do que aqueles
alimentados com leites artificiais, porque o leite materno é digerido mais
facilmente do que as fórmulas (leites artificiais).
Alimente-se bem e descanse:

Para produzir boa quantidade de leite, você necessita de uma dieta


balanceada, que inclui 500 calorias extras por dia e de seis a oito copos de
líquidos. Descansar também ajuda a prevenir infecções nas mamas, que
podem ser agravadas pelo cansaço.

Benefícios do Aleitamento Materno

O leite materno é um alimento completo. Isso significa que, até os 6 meses, o


bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite).
Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros
alimentos.
É bom que o bebê continue sendo amamentado até 2 anos ou mais. Quanto
mais tempo o bebê mamar no peito, melhor para ele e para a mãe

Benefícios para o bebê

- O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os 6 meses, inclusive
água, e é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite, porque foi feito
para ele.
- Funciona como uma verdadeira vacina, protegendo a criança de muitas
doenças.
- Além disso, é limpo, está sempre pronto e quentinho.
- A amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê.
- Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da
criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa
respiração.

Benefícios para a mãe

- Reduz o peso mais rapidamente após o parto.


- Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de
hemorragia de anemia após o parto.
- Reduz o risco de diabetes.
- Reduz o risco de câncer de mama e de ovário.
- Pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez nos primeiros seis
meses desde que a mãe esteja amamentando
exclusivamente (a criança não recebe nenhum outro alimento) e em livre
demanda (dia e noite, sempre
que o bebê quiser) e ainda não tenha menstruado.
Como evitar problemas com a amamentação

- O bebê pegar corretamente a mama.

- Lavar os mamilos apenas com água, não usar sabonetes, cremes ou


pomadas. Não é necessário lavar os mamilos sempre que o bebe for mamar.

-Retirar um pouco do leite para amaciar a aréola (parte escura do peito) antes
da mamada se a mama estiver muito cheia e endurecida.

- Conversar com outras mulheres (amigas, vizinhas, parentes, etc.) que


amamentaram bem e durante bastante tempo seus bebês.

Direitos que garantem a amamentação

Da mesma maneira que toda criança tem o direito ao aleitamento materno, as


mães também têm o direito de amamentar seus bebês garantidos por lei.

A lei brasileira diz que a mulher tem direito a 120 dias de licença-maternidade a
partir do oitavo mês de gestação, sem prejuízo do salário.

Após o período de licença, a funcionária retorna ao trabalho e passa a ter


direito a dois descansos remunerados de meia hora por dia para amamentar o
bebê até ele completar seis meses de idade.
As leis do país possibilitam o aleitamento exclusivo durante os seis primeiros
meses de vida do bebê e ainda incentiva a mãe a continuar a amamentação
quando tiver que retornar ao trabalho.

Para o sucesso da amamentação...

basta que a mãe tenha...

o desejo de amamentar!!!
ANEXOS
ANEXO A - Manual
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UNISALESIANO
(Resolução nº 01 de 13/06/98 – CNS)

TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL

1. Nome do Paciente:

Documento de Sexo: Data de Nascimento:


Identidade nº

Endereço: Cidade: U.F.

Telefone: CEP:

1. Responsável Legal:

Documento de Sexo: Data de Nascimento:


Identidade nº
Endereço: Cidade: U.F.

Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.):

II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA

1. Título do protocolo de pesquisa: A assistência de enfermagem na profilaxia


dos traumas mamilares associados aos fatores de risco

2. Pesquisador responsável: Ludmila Janaina dos Santos de Assis Balancieri

Cargo/função: Inscr.Cons. Unidade ou Departamento do


Professora de Regional: Solicitante:
Obstetrícia
165356

3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum


dano como conseqüência imediata ou tardia do estudo).

SEM RISCO RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO


RISCO MAIOR

4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar):

Optou-se pelo tema devido sua relevância na atualidade e aos altos índices
de trauma mamilar já citado em literaturas. Com objetivo de beneficiar o binômio
mãe – filho.

“Por motivos diversos, grande parte das mães deixa de amamentar ou


amamentam de forma inadequada seus filhos antes mesmo de completarem seis
meses de vida”. (MARIN et al, 2007, p. 70).

“Ações preventivas podem auxiliar para diminuir as dificuldades na


amamentação”. (COCA et al, 2009).

O Ministério da Saúde define o alojamento conjunto como


um sistema em que o RN sadio (acima de 2 kg e 35
semanas de idade gestacional, sem antecedente de asfixia),
logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe 24
horas por dia num mesmo ambiente até a alta hospitalar,
possibilitando a prestação de todos os cuidados
assistenciais, assim como orientações à mãe sobre a saúde
do binômio mãe-filho. (SAKAE; COSTA; VAZ, 2000).

Os profissionais de saúde desempenham papel de extrema relevância na


assistência à nutriz. Para isso, são necessários conhecimentos atualizados e
habilidades, tanto no manejo clínico da lactação como na técnica de
aconselhamento. (SILVA, CANOVA, ALVES, 2007).

Segundo Cordeiro (apud COCA et al, 2009, p. 451) para


uma preensão correta, a mãe deve posicionar os lábios da
criança no mamilo, com o objetivo de estimular o reflexo de
busca, procura e preensão. Em seguida, ela deve aproximar
a criança da mama. A criança deve apreender parte ou toda
a região mamilo-areolar, de forma que a sua boca
permaneça bem aberta, o queixo toque a mama, o lábio
inferior fique voltado para fora, a língua esteja sobre a
gengiva, observando-se parte da aréola, sendo mais acima
da boca que abaixo dela. Lábios apertados e apontando
para frente indica pega inadequada.

As ações de incentivo, promoção e apoio ao aleitamento materno entre as


nutrizes significa também estar atento para as situações de risco para o desmame
(OLIVEIRA; GOMES, 2006).

Entre os fatores envolvidos nas taxas sub ótimas de


aleitamento materno encontram-se o desconhecimento da
importância do aleitamento materno para a saúde da criança
e da mãe, algumas práticas e crenças culturais, a promoção
inadequada de substitutos do leite materno, a falta de
confiança da mãe quanto a sua capacidade de amamentar o
seu filho e práticas inadequadas de serviços e profissionais
de saúde. (SILVA, CANOVA, ALVES, 2007, p. 12).

A promoção da amamentação deve ser uma ação prioritária entre os profissionais


da saúde e suas estratégias devem variar de acordo com a população, sua
cultura, seus hábitos, suas crenças, sua posição sócio-econômica, e outros.
(GIUGLIANI, 1994).

Os fatores relacionados ao desmame podem ser


classificados de diversas formas. Caldeira & Goulart (2002)
classificaram as variáveis em quatro grupos: (1) Variáveis
Demográficas: paridade, tipo de parto, peso ao nascimento,
idade materna, presença de pai na estrutura familiar; (2)
Variáveis Socioeconômicas: renda familiar (em salários
mínimos), escolaridade materna, escolaridade paterna, tipo
de trabalho do pai (especializado ou não); (3) Variáveis
associadas à assistência pré-natal: número de consultas
pré-natais, orientação sobre amamentação no pré-natal,
desejo de amamentar no pré-natal, experiência anterior com
a amamentação; (4) Variáveis relacionadas à assistência
pós-natal: alojamento conjunto, incentivo de profissionais da
saúde no hospital/maternidade, tempo decorrido entre o
nascimento e a primeira mamada, dificuldades iniciais
(traumas mamilares).

Estar atento para as ações de incentivo, promoção e apoio ao aleitamento


materno entre as nutrizes significa também estar atento para as situações de risco
para o desmame. (OLIVEIRA; GOMES, 2006).

Diante do exposto surgiu o seguinte questionamento: A orientação e a


assistência de enfermagem podem auxiliar na prevenção dos traumas mamilares
em puérperas na fase do colostro?

O trabalho será realizado no Hospital Associação Hospitalar Santa Casa de


Lins, no setor da maternidade em alojamento conjunto, no período de 23 de
Agosto a 06 de Setembro, em puérperas na fase do colostro no período de15 dias
sendo realizado em Hum (01) período por dia. Serão observados os aspectos
voltados ao conhecimento por meio de coletas de dados, sendo questões de
check-list e dissertativa, para obtermos o nível de conhecimento da mesma sobre
o aleitamento materno, e sua situação socioeconômica, demográfica, como
também exame específico das mamas em puérperas.

Objetivo geral - Prestar assistência de enfermagem por meio da educação em


saúde, às puérperas na fase do colostro, auxiliando na prevenção da ocorrência
dos traumas mamilares, associando sua ocorrência aos fatores de risco.

Objetivos específicos - Promover e orientar a importância do aleitamento materno


e suas técnicas;

Realizar o exame físico com a finalidade de identificar os traumas mamilares;


Avaliar o nível de conhecimento das puérperas e do enfermeiro do setor.

5. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a


identificação dos procedimentos que são experimentais: (explicitar)

6. Desconfortos e riscos esperados: Não se aplica


7. Benefícios que poderão ser obtidos: Amamentação eficaz conforme
preconiza a OMS

8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo:


(explicitar)

9. Duração da pesquisa: 15 dias, sendo diariamente em hum período.

10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise


de projetos de pesquisa em / /

III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU


REPRESENTANTE LEGAL

1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a


qualquer dúvida acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos
relacionados com a pesquisa e o tratamento do indivíduo.

2. Recebi esclarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a


qualquer momento e deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à
continuação de meu tratamento.

3. Recebi esclarecimento sobre o compromisso de que minha identificação se


manterá confidencial tanto quanto a informação relacionada com a minha
privacidade.
4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber
informações obtidas durante o estudo, quando solicitadas, ainda que possa afetar
minha vontade de continuar participando da pesquisa.

5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de


complicações e danos decorrentes da pesquisa.

Observações complementares.

IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO

Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador,
conforme registro nos itens 1 a 6 do inciso III, consinto em participar, na
qualidade de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso II.

________________________________ Local, / / .

Assinatura
____________________________________

Testemunha

Nome .....:

Endereço.:

Telefone .:

R.G. .......:

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