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Relevo
Com altitudes modestas, o relevo apresenta grandes superfícies
aplainadas, talhadas em rochas sedimentares. Os planaltos
identificados em Mato Grosso são: o Planalto e a Chapada do Parecis,
o Planaltos e a Chapada dos Guimarães, o Planalto do Alcantilados, o
Planaltos e as Serras Residuais do Norte, do Guaporé e do Alto
Paraguai, a Província Serrana, o Planalto do Arruda-Mutum e o Planalto
de São Vicente. Formam o relevo, também as depressões do Norte de
Mato Grosso, do Guaporé, do Araguaia, do Alto Paraguai, a Cuiabana
e a Interplanáltica de Paranatinga e as Planícies e Pantanais dos rios
Guaporé e Paraguai e a Planície do rio Araguaia.
Solos
O Estado tem grandes extensões de solos com baixa fertilidade
devido à alta salinidade, presença de rochas e textura arenosa. Há
casos em que os solos têm deficiências de determinados nutrientes,
mas com fertilidade natural média. Além disso, ocorrem áreas com
fertilidade natural média e alta, com topografias favoráveis à
mecanização, mas que apresentam características físicas regulares em
razão de má drenagem e por estarem sujeitas a excesso de água em
Hidrografia
Mato Grosso é um dos lugares com maior volume de água doce
no mundo. Considerado a caixa-d'água do Brasil por conta dos seus
inúmeros rios, aquíferos e nascentes. O planalto dos Parecis, que ocupa
toda porção centro-norte do território, é o principal divisor de águas do
Estado. Ele reparte as águas de três importantes bacias hidrográficas
do Brasil: Bacia Amazônica, Bacia do Paraguai e Bacia do
Tocantins-Araguaia. Os rios de Mato Grosso estão divididos nessas
três grandes regiões ou bacias hidrográficas. Os rios pertencentes à
bacia Amazônica drenam 2/3 do território mato-grossense.
Clima
Em Mato Grosso predominam os climas equatorial e tropical.
O equatorial abrange a porção centro-norte e o tropical atinge a maior
parte das regiões centro-sul e leste de Mato Grosso. As temperaturas
elevadas prevalecem no Estado e são decorrentes desses tipos
climáticos. As temperaturas médias situam-se entre 22º e 26ºC nas
regiões com clima equatorial e entre 20ºC e 28ºC nas regiões com
clima tropical. Estas características, associadas a um período seco
(outono-inverno) e outro chuvoso (primavera-verão), definem o clima
de Mato Grosso.
O regime anual de chuvas varia entre 1.200 mm a 2.700 mm A
sua distribuição espacial está ligada à posição geográfica da região, em
face dos sistemas regionais de circulação atmosférica e também de
aspectos do relevo.
O comportamento da temperatura no território mato-grossense
é influenciado principalmente por fatores geográficos, como a
continentalidade, latitude e altitude e pela circulação atmosférica
regional. A distância da costa brasileira impede a ação moderadora dos
Biomas
O bioma é a unidade biótica de maior extensão geográfica,
compreendendo várias comunidades ecológicas em diferentes estágios
de evolução. É uma região com certo nível de homogeneidade, na qual
há um ecossistema dominante, onde a relação entre vegetação, clima
e solos têm influência principal.
Segundo o IBGE há no Brasil seis biomas: Amazônia, Mata
Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampa. Três desses biomas
revestem o Estado de Mato Grosso: Amazônia, Cerrado e Pantanal. O
maior dos três biomas em território mato-grossense é o bioma
Amazônia que ocupa 53,6% da área do Estado, sobretudo, na parte
norte. O bioma Cerrado abrange 39,6% do território e estende-se
desde as divisas com os Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul até a
divisa com Rondônia. O Pantanal ocupa 6,8% da parte sul do Estado.
Fonte: IBGE,2011
Bioma Amazônia
A vegetação da Amazônia é constituída por grandes porções de
florestas: ombrófila e estacional, ora em blocos contínuos, ora
entremeados por porções de cerrados e campinaranas.
A floresta divide-se em três partes:
Mata de terra firme: ocorre nas áreas jamais inundadas pelas
cheias dos rios da região. Abriga as maiores árvores, muitas das quais
consideradas madeiras nobres como a imbuia, o mogno e o cedro.
Corresponde a mais de 80% da área da floresta.
Mata de várzea: inundada durante as cheias dos rios, também
abriga grandes espécies de árvores, embora menores que as de terra
firme.
Bioma Cerrado
O cerrado é constituído por dois estratos vegetacionais. Um
superior, composto de arbustos e de árvores retorcidas e dispersas, e
um inferior, formado de gramíneas. As árvores e arbustos são dotados
de raízes profundas, troncos e galhos retorcidos e recobertos por
cascas grossas. Geralmente as árvores são de pequeno porte. A
formação da vegetação de cerrado deve-se à alternância de períodos
chuvosos e secos, respectivamente no verão e no inverno.
Os solos do Cerrado são predominantemente de baixa fertilidade,
ácidos, deficientes em nutrientes e com alta concentração de alumínio.
Até a década de 1980, o bioma estava relativamente preservado por
causa do desinteresse dos agricultores em aproveitar seus solos pouco
férteis. Porém, a partir desta década, os avanços tecnológicos, como a
correção da acidez e da fertilidade do solo, desencadearam uma
intensa devastação do bioma em favor da expansão da soja e outros
cultivos.
No Cerrado está 1/3 da biodiversidade nacional e 5% da flora e
da fauna mundiais. Possui grande variedade de espécies endêmicas
(encontradas somente nesse ecossistema). Considerado como um
hotspot (ponto quente, em português) mundial de biodiversidade,
vem sofrendo uma excepcional perda de habitats naturais. O termo
hotspot é usado para designar lugares que, além de apresentarem alto
grau de diversidade biológica e endemismo, devem ser especialmente
protegidos, pois estão muito ameaçados pela atividade humana.
O Cerrado se subdivide em várias fisionomias. Vejamos as
principais:
Cerrado típico (ou Cerrado stricto sensu) - caracteriza-se
pela presença de árvores baixas, inclinadas e tortuosas, de tronco fino,
O fogo no Cerrado
Um ecossistema florestal, quando desmatado através de
queimadas, não se regenera. O cerrado, ao contrário, abriga espécies
que sobrevivem após as queimadas. Os incêndios são elemento natural
dos ambientes do cerrado e há espécies que só sobrevivem por causa
deles.
Durante o incêndio, a camada superficial dos solos funciona como
um isolante térmico, protegendo o sistema subterrâneo das plantas.
Assim, muitas espécies conseguem rebrotar poucos dias após a
passagem do fogo.
As cinzas resultantes dessas queimadas naturais funcionam
como fonte de nutrientes minerais, absorvidos principalmente pelas
plantas herbáceas. Nas áreas recobertas por campos limpos, campos
sujos e campos cerrados, o fogo ajuda na reciclagem de nutrientes. Já
os cerradões são menos adaptados às queimadas e, quando essas são
reincidentes, podem se transformar em campos limpos.
Entretanto, o impacto positivo das queimadas sobre o
ecossistema dos cerrados parece depender da frequência com que são
realizadas. As pesquisas indicam que incêndios anuais podem tornar
os solos ainda mais pobres.
Bioma Pantanal
Situado entre o cerrado e o chaco boliviano, o Pantanal constitui
um ambiente singular associado aos cursos de água e aos ciclos de
cheias e vazantes que formam varjões, lagoas e banhados. A planície
pantaneira é considerada a maior área alagável do mundo.
Esse bioma apresenta um mosaico de ecossistemas, mas
mantém afinidades, sobretudo, com o cerrado e, em parte, com a
floresta amazônica. Os planaltos e as terras altas da bacia do rio
Paraguai são formados por áreas escarpadas e planaltos erodidos,
conhecidos localmente como serras.
Amazônia mato-grossense
No final da década de 1960, Mato Grosso passou a vivenciar um
fluxo migratório sem precedentes em sua história. O governo federal,
amparado por uma política baseada na ideologia de integração e da
segurança nacional, coordenou um arrojado plano de colonização de
vastas áreas na Amazônia Legal.
Diversos projetos de colonização foram instalados na Amazônia
mato-grossense, principalmente por colonizadoras particulares. Muitos
deles foram a semente de municípios na região norte e oeste do
Estado. A colonização e a instalação de empresas agropecuárias
Cerrado mato-grossense
A intensa ocupação do Cerrado provocou mudanças no uso e na
cobertura do solo, caracterizado por queimadas, abertura e
pavimentação de rodovias, desmatamento e expansão da fronteira
agrícola. Em pouco tempo, a vegetação do Cerrado sofreu drástica
alteração.
É na região do Cerrado que se desenvolvem as principais
atividades econômicas de Mato Grosso: a produção de grãos e a
pecuária de corte. Entretanto, a ocupação do Cerrado, desde meados
da década de 1970 para a abertura de novas áreas agrícolas, tem
levado a problemas ambientais devido a não utilização de tecnologias
adequadas e também devido à grande extensão territorial das
ocupações. O desmatamento indiscriminado e as queimadas causam
problemas como a perda de solos por erosão, poluição dos mananciais
e da atmosfera e perda da biodiversidade.
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão
de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à
Pantanal mato-grossense
O frágil equilíbrio dos ecossistemas do Pantanal está sendo
ameaçado pelas recentes tendências de desenvolvimento. Os métodos
tradicionais de pesca e de pecuária estão sendo rapidamente
substituídos pela exploração intensiva, acompanhada do
desmatamento e do comprometimento dos mananciais.
Com suas enormes pastagens naturais e água abundante, o
Pantanal sempre foi uma das principais regiões produtoras de carne de
Mato Grosso. Boa parte do rebanho era criado no sistema chamado de
pecuária extensiva, com o gado solto em grandes áreas naturais. Esse
sistema exige pouco capital do criador, além da posse de grandes
propriedades de terra, porém não alcança produtividade e
rentabilidade suficiente para competitividade no mercado
internacional.
Hoje, o produtor busca melhorar essa produtividade com
tecnologias, aperfeiçoando a qualidade do rebanho bovino. Aos poucos
a pecuária extensiva vai sendo substituída pela pecuária intensiva,
causando desequilíbrios ecológicos na planície com o desmatamento
7. RESERVAS INDÍGENAS.
Dispõe a Constituição Federal que “são reconhecidos aos índios
sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os
direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os
seus bens”. Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são “as por
eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas
atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos
ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias à sua
reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições”.
Nos termos da Constituição Federal, nas suas terras, os índios
detêm a posse permanente e o usufruto exclusivo das riquezas do solo,
dos rios e dos lagos nelas existentes. Contudo, essas terras constituem
o patrimônio da União.
A população indígena de Mato Grosso está distribuída em 43
etnias, que se distribuem em 71 terras indígenas (Mato Grosso em
números, 2013). Mato Grosso é o segundo estado em número de
etnias, perdendo apenas para o Amazonas.
8. EXERCÍCIOS COMENTADOS.
biomas:
(A) Mata Atlântica e Caatinga.
(B) Floresta Amazônica e Cerrado.
(C) Cerrado e Pantanal.
(D) Campos e Caatinga.
(E) Floresta Amazônica e Mata Atlântica.
a) Herbáceo
b) Hileia;
c) Herbáceas-arbóreas e herbáceo-arbustivas
d) Pradarias
Resposta: Caro aluno, você não vai errar esta questão! Ah, você
errou. Então olhe novamente o mapa e grave bem a localização do
Mato Grosso.
Gabarito: D