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Belo Horizonte
2012
Fabíola Pereira de Carvalho
Fabrício Afonso Pereira Silva
Mário Sérgio dos Santos
Vinícius Souza Silva
Weidman Firmino
Belo Horizonte
2012
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FACULDADE PITÁGORAS DE ENSINO
UNIDADE RAJA NÚCLEO DE ENGENHARIAS
ENGENHARIA ELÉTRICA
Banca Examinadora:
_______________________________________
Jorge Magno Alves Pereira
_______________________________________
Luiz Carlos Sperandio
_______________________________________
Ricardo Morais de Aquino
Dedicamos este trabalho primeiramente a nossas famílias pela compreensão e
auxílio durante esta jornada de estudos, essa que nos apoiaram e acreditaram em
nossos potenciais.
Também aos nossos colegas de profissão que confiaram em nossas escolhas e nos
ajudaram a aplicar e aprimorar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso.
Aos amigos adquiridos nesse período, que sempre se esforçaram para que em todos
os momentos realizássemos o melhor trabalho possível, ajudando-se uns aos outros
e finalmente a todos os professores que nos deram a única coisa que ninguém pode
nos tirar, o conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos esta conquista a todas as pessoas que durante todos estes anos de
curso, estiveram ao nosso lado, compreendendo as ausências para que
pudéssemos adquirir o conhecimento necessário para esta formação e nos
incentivando nos momentos mais difíceis. Esta vitória dedicamos a todos os amigos,
familiares e professores que acompanharam a nossa caminhada, confiaram,
torceram e incentivaram, para que chegássemos até aqui, somos eternamente grato
a todos.
Mesmo a jornada sendo árdua e difícil e muitas vezes o desânimo tentando nos
derrotar, o apoio incondicional de nossas famílias e amigos nos impulsionaram nesta
luta. A nossos professores – em especial nossos orientadores do TCC, Ângela
Baumgratz e Jorge Magno Alves Pereira – fica a gratidão eterna do fornecimento de
seus conhecimentos para que pudéssemos nos aprimorar, a disponibilidade para
tirar dúvidas mesmo em finais de semana e feriados, paciência de explicar repetidas
vezes algo que não intendíamos e nos proporcionar este momento de glória. Nessa
nossa grande batalha, creiam todos, a vitória também é de vocês. MUITO
OBRIGADO!
“O esforço de dois indivíduos trabalhando como
individualmente.”
Willian B. Cornell
RESUMO
According to new estimates by the Energy Research Company (EPE) in studies done
by the year 2021, the average annual growth of total electricity demand will be 4.5%
per annum over the period, rising from 472,000 gigawatt-hours (GWh), data from
2011 to 736,000 GWh in 2021. The growth rate of the Brazilian GDP is estimated at
4.7% per year on average in 10 years. The expansion of the average annual
consumption of electricity will be slightly lower than the economy. This factor could
represent a paradox, since in past economic growth meant a direct proportion to the
demand for electricity. The explanations for these predictions are the clear signs of
increased efficiency in electricity use. Aligned with these trends is the use of sources
of clean and renewable energy, highlighting growing solar photovoltaic energy as a
viable alternative, especially for the environmental benefits. In this work we discuss
the use of solar photovoltaic generation in residential ambients as a supplementary
means of producing electricity.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11
1.1 Problema ............................................................................................................. 15
1.2 Objetivos ............................................................................................................. 16
1.2.1 Objetivos específicos........................................................................................ 16
1.3 Justificativa .......................................................................................................... 17
1.4 Divisão de Trabalho ............................................................................................ 17
2 METODOLOGIA.................................................................................................... 19
3 PRINCIPAIS FONTES DE PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ..................... 21
3.1 Energia hidráulica ............................................................................................... 21
3.2 Energia Nuclear.................................................................................................. 22
3.3 Energia eólica..................................................................................................... 24
3.4 Energia solar ....................................................................................................... 26
4 A ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ................................................................. 28
4.1 Princípio de funcionamento de sistemas fotovoltaicos ....................................... 28
4.1.1 Junção P-N...................................................................................................... 28
4.2 Os benefícios da energia solar fotovoltaica ........................................................ 29
4.3 Componentes de sistemas solares fotovoltaicos................................................. 30
4.3.1 Painéis solares ................................................................................................. 31
4.3.2 Tipos de células solares ................................................................................... 32
4.3.2.1 Células de silício monocristalino .................................................................. 33
4.3.2.2 Células de silício policristalino ...................................................................... 33
4.3.2.3 Células de silício amorfo ............................................................................. 34
4.3.2.4 Célula de arsenieto de gálio (AsGa) ............................................................. 34
4.3.2.5 Células de telureto de cadmio (TeCd) .......................................................... 34
4.3.2.6 Célula de disseleneto de cobre e índio (CuInSe2) ....................................... 35
4.3.3 Baterias ........................................................................................................... 35
4.3.4 Controlador de carga ....................................................................................... 37
4.3.5 Inversor ........................................................................................................... 38
5 UTILIZAÇÃO DE MÓDULOS FOTOVOLTAICOS RESIDENCIAIS ....................... 41
5.1 Esquema de montagem ..................................................................................... 41
5.1.1 Painéis solares ................................................................................................ 41
5.1.2 Direcionamento e inclinação dos módulos ....................................................... 42
5.1.3 Instalação dos demais componentes .............................................................. 43
5.2 Interligação com a rede elétrica ......................................................................... 44
5.2.1 Grandes centrais ............................................................................................. 44
5.2.2 Produção distribuída ....................................................................................... 48
5.3 Custos de instalação .......................................................................................... 49
5.4 Custos de Manutenção....................................................................................... 52
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 53
6.1 Panorama brasileiro de sistemas fotovoltaicos interligados a rede ..................... 53
6.2 Proposta de continuidade de estudo .................................................................. 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 58
APÊNDICE A – Proposta Técnico Comercial da Montagem de um Sistema Real. ... 63
11
1 INTRODUÇÃO
O efeito fotovoltaico foi descoberto por Edmond Becquerel em 1839, que produziu
corrente elétrica expondo dois eletrodos de prata à luz. Em 1877 foi construída a
primeira célula fotovoltaica, sendo que essa apresentava um rendimento baixíssimo
e consequentemente não houve desenvolvimento da mesma.
Vale destacar ainda que são fortes os impactos ambientais para novos
empreendimentos de geração em larga escala.
1.1 Problema
1.2 Objetivos
1.3 Justificativa
2 METODOLOGIA
componentes da nossa equipe, Fabrício Afonso, que reside no bairro Santa Lúcia,
em Betim. Onde foi feito um levantamento de todos os equipamentos que
consomem energia elétrica existentes nesta residência e suas respectivas potências.
Com o intuito de se dimensionar a energia elétrica necessária para manter uma
casa, foi feita uma relação de todas essas cargas, para então definir qual a potência
exigida do equipamento fotovoltaico.
Por fim, todo esse processo de pesquisa, com o qual nos deparamos e analisamos
livros, monografias, artigos científicos e fornecedor, foi essencial para que os
autores agregassem mais conhecimento, no sentido de aplicação da energia
fotovoltaica em residências. Além disso, esse conhecimento serviu como a base
para a elaboração das considerações finais, onde está exposto tudo o que foi
tangibilizado pelos autores.
21
Segundo Ruth Leão (2011), a energia elétrica sempre ocupou, desde sua
descoberta, um lugar fundamental na sociedade. E hoje com avanço tecnológico é
impossível falar de tecnologia sem falar de energia elétrica, pois é ela que possibilita
o perfeito funcionamento de cada produto que faz parte deste avanço.
Segundo Luiz Augusto (2006), a energia nuclear utilizada para produção de energia
elétrica esta associada à fissão de átomos pesados, como urânio, tório e plutônio. E
isto se dá devido a instabilidade natural de alguns isótopos destes materiais estes,
que tendem a converter em outros materiais com números atômicos mais baixos
com liberação de energia devido a perda de massa. Esta energia é elevada e se
apresenta na forma de calor, por isso é usada nas usinas termonucleares para
produção de energia elétrica.
qual dois ou mais núcleos se unem para produzir um novo elemento. A fissão do
átomo de urânio é o principal processo empregado em usinas nucleares para
geração de energia elétrica, devido à energia liberada durante esse processo.
A usina nuclear é constituída de três circuitos independentes, ou seja, sem que haja
contato físico entre os dois circuitos, a saber: primário, secundário e de refrigeração.
No primário, a água no reator é aquecida, a uma média de 300ºC pela energia
térmica liberada na fissão do átomo. Em seguida, essa água passa por tubulações e
vai até o gerador de vapor, onde vaporiza a água do circuito secundário, esse vapor
que é utilizado para movimentar a turbina acoplada ao gerador elétrico. Já na última
etapa, o vapor é condensado através da transferência de energia térmica com a
água de refrigeração, e a água volta ao gerador de vapor para reiniciar o ciclo.
A figura abaixo mostra o funcionamento de uma central nuclear, que também é uma
termoelétrica, ou seja, produz eletricidade a partir de calor.
a) Rotor: é onde são fixadas as pás da turbina. O rotor capta a energia cinética dos
ventos e a transforma em energia elétrica. Esse subconjunto é conectado a um eixo
que transmite a rotação das pás para um gerador elétrico;
b) Nacele: é o suporte do gerador, que fica instalado no alto da torre. O gerador que
também faz parte desse subconjunto que tem a função de realizar a conversão
eletromecânica, produzindo a energia elétrica;
c) Torre: é a estrutura que sustenta a nacele e o rotor, permitindo que os dois
subconjuntos tenham altura ideal para capturar ventos de maior velocidade.
A energia solar segundo Antônio Roque (2012) é a fonte primária que garante a
existência da vida na terra. Ela é gerada no interior do sol através de fusão nuclear e
é transmitida para terra através de radiação eletromagnética, podendo ser
transformada em diversas outras formas de energia, como energia gravitacional,
energia cinética, energia térmica, energia elétrica, energia química, energia eólica,
etc. Estas formas de energia por sua vez podem ser transformadas também em
outras formas de energia permitindo assim obter energia elétrica através de diversas
fontes de energia.
A energia elétrica proveniente de fonte solar, segundo Paul Hewitt (2002), pode ser
gerada diretamente ou indiretamente. Diretamente é o caso que ocorre com as
células fotovoltaicas que serão apresentadas no próximo tópico. E indiretamente é o
que ocorre conforme citado abaixo.
Hídrica ou hidráulica: o sol é o responsável pelo ciclo da água. É ele que faz
evaporar a água que mais tarde se transforma em chuva, a qual segue para o rio,
que por sua vez é armazenado para gerar energia potencial gravitacional e depois
energia cinética, a qual tem a função de girar as turbinas de uma hidrelétrica.
Energia Térmica: o sol é o responsável pela vida das plantas. Conforme dito acima
ele que garante o ciclo das águas e ele é que permite que as plantas realizem
fotossíntese gerando assim as árvores que mais tarde se transforma em carvão
vegetal e é usada em usinas termoelétrica.
O material semicondutor mais utilizado é o diodo de silício, esse é formado por uma
junção P-N, que durante sua formação, cria uma barreira de potencial e uma região
de depleção.
sua vez, o átomo de boro tem três elétrons na camada de valência (um a
menos que o silício). Quando substitui o silício, produz uma “lacuna” (falta de
elétron) que pode se mover livremente no cristal de silício. Se, partindo de um
silício puro, forem introduzidos átomos de boro em uma metade e de fósforo
na outra, será formado o que se chama junção pn, que é central para o
funcionamento da célula fotovoltaica.
(http://www.abinee.org.br/informac/arquivos/profotov.pdf)
Como as placas são instaladas na própria residência, há uma redução de perdas por
transmissão e distribuição de energia e dos investimentos em linhas de transmissão
e distribuição, já que a eletricidade é consumida onde é produzida.
30
Outra vantagem a ser destacada é que a instalação dispensa uma área física
dedicada, o sistema pode ser incorporado no próprio telhado assumindo parte da
arquitetura da residência.
A energia solar fotovoltaica é renovável, não polui o meio ambiente e ainda ajuda a
reduzir o efeito dos gases produzidos pelas emissões de CO2 para a atmosfera e
alterações climáticas causadas pelo efeito estufa.
Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo
vem decaindo. Isso torna cada vez mais a energia solar uma solução
economicamente viável.
Seu método de fabricação consiste em aquecer o silício bruto até o estado de fusão,
ele é resfriado em formato de blocos, sendo logo após serrado em pastilhas e
dopado em sua camada superior com fósforo.
Segundo o Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sergio de Salvo Brito e
o documento “Energia Fotovoltaica - Manual sobre tecnologias, projeto e
instalação”, a eficiência dessas células é de aproximadamente 14% em escalas
industriais.
34
Este tipo de célula apresenta baixa participação no mercado devido a toxicidade dos
materiais utilizados em seu processo de fabricação e falta de matéria prima. Apesar
de serem de fabricação barata e esteticamente mais vantajosa em relação ao silício
policristalino, tendo um tom marrom/azul, até pouco tempo seu uso era restrito aos
equipamentos de pequeno porte, principalmente calculadoras de mão, devido aos
problemas apresentados anteriormente.
35
4.3.3 Baterias
Baterias com esta topologia de construção são compostas por placas de chumbo e
dióxido de chumbo, colocadas dentro de uma solução de ácido sulfúrico misturado
com água. Quando se solicita corrente elétrica da bateria, conectando-se algum
circuito elétrico entre seus terminais, ocorre uma reação química onde o ácido da
solução dissolve o chumbo, gerando como produtos finais sulfato de chumbo e
água. Durante o processo de carregamento, ocorre reação contrária, ocorrendo uma
reconstrução das placas de chumbo e ácido sulfúrico ao estado inicial, lembrando
que como as conversões não são perfeitas, a bateria vai perdendo a capacidade de
se recarregar ao longo dos ciclos de carga e descarga.
4.3.5 Inversor
Por último temos o inversor, que transforma a tensão elétrica contínua fornecida
pelas baterias e painel solar em alternada, que é o tipo fornecido pelas
concessionárias e mais utilizado pelos aparelhos eletroeletrônicos. As figuras abaixo
mostram as tensões contínuas e alternadas durante o processo de geração
fotovoltaico.
O Inversor é conhecido como dispositivo de estado sólido por não conter partes
móveis, sendo totalmente eletroeletrônico. Trata-se de um equipamento bastante
versátil, com aplicações em diversas funções. É comum sua utilização na indústria,
para o acionamento e controle de motores elétricos. Em residências para a
alimentação de computadores, através de “NO-BREAK” durante faltas de energia
elétrica.
A partir do conceito de que a corrente alternada senoidal inverte sua polaridade duas
vezes por ciclo, no tipo de inversor usado, utilizam-se as chamadas chaves
eletrônicas, que trocam a polaridade do circuito várias vezes por segundo de acordo
com a frequência desejada, criando o efeito de uma corrente alternada. Estas
chaves controladas podem ser de transistores1, convencionais IGBT’s, IGCT’s ou
MOSFETs.
1
- Dispositivo eletrônico construído com material semicondutor que tem a função de controle de
tensão e corrente elétrica, podendo funcionar como chave eletrônica ou impedância variável, operado
através de aplicação de corrente elétrica controlada em sua base.É utilizado em praticamente todos
os equipamentos eletrônicos.
40
Para maior segurança, devem-se cobrir os painéis durante sua instalação para não
haver a geração de tensões indesejadas em seus terminais que podem causar
choque elétrico no instalador e como em toda instalação elétrica, as partes metálicas
tem de ser devidamente aterradas na malha principal da instalação para garantir a
segurança a pessoas que possam ter contato com o conjunto e a integridade
material, protegendo os equipamentos também contra descargas elétricas mais
severas.
a) Controlador de carga
Ao conectá-lo ao sistema deve-se fazê-lo na seguinte ordem: bateria, painéis e
cargas consumidoras. Para desconectá-lo seguir a ordem inversa conforme manual.
Respeitar diagrama elétrico fornecido pelo fabricante atentando-se a polaridade que
se não respeitada pode danificar definitivamente todo sistema.
b) Central de controle
Quando possível utilizar caixa para instalação ser instalados do controlador de
carga, inversor, e disjuntores de proteção, abrigando os equipamentos e tornando
seu acesso mais restrito. As proteções elétricas devem estar presentes para
proteção não apenas dos sistema fotovoltaico em si mais também de toda instalação
da residência em caso de curto circuitos o sobrecargas. A central deverá ser
instalada o mais próximo possível do restante dos componentes, fixado a parede ou
local plano e sólido.
c) Baterias
As baterias deverão ser instaladas em local abrigado, próximo a central de controle.
Poderão ser instaladas em um armário metálico preso ao armário de controle ou
separadas em um rack apropriado. O local de instalação também deve ser fresco e
ventilado para não haver perigo de incêndio em caso de formação de gases. Os
terminais, fiação e o eventual visor para observação do eletrólito deverão ser
acessíveis para futuras inspeções. As conexões elétricas deverão ser protegidas
com pasta antioxidante e estarem bem realizadas, as tornando livres de mau contato
que pode danificar seus terminais e ocasionar problemas futuros na instalação.
Onde houver a necessidade de várias baterias elas podem ser instaladas em série
ou paralelo de acordo com as características de tensão do controlador de carga e
inversor de tensão.
44
Para que ocorra essa interligação com a rede elétrica, todo o sistema deve estar
conectado a inversores que contêm componentes e topologia adequada para
realizar a interface com a rede elétrica, ou equipamentos dedicados a este fim. Os
aparelhos devem possuir dispositivos especiais para não inserir perturbações e
outros efeitos indesejados na rede, possuindo sistema anti ilhamento2, filtros contra
inserção de distorção harmônica, saída de corrente elétrica compatível com a rede
em que está conectado, proteções contra sub e sobretensões, sobrecorrente e
curtos circuitos, dentre outras, de acordo com as normas vigentes. Isto é muito
importante para não ocorrer perturbações que venham a comprometer o
fornecimento elétrico de todas instalações conectadas a esta rede ou danos ao
equipamentos de geração.
2
- Sistema que protege a instalação de desconexão da rede elétrica da concessionária, evitando
alteração das propriedades elétricas pela perda de referência da rede, operação isolada e possível
desabastecimento em momentos de baixa geração.
45
Uma das principais vantagens de aplicação deste tipo de sistema consiste no fato de
a geração elétrica ficar nas proximidades da carga minimizando as perdas nas redes
de transmissão e distribuição além de reduzir a necessidade de investimentos por
parte de concessionárias e governo na ampliação infraestrutura elétrica existente.
Além disto, não há necessidade de grandes áreas exclusivas para geração elétrica
como nas hidroelétricas, por exemplo, uma vez que produção e distribuição de
energia elétrica são integradas a edificação.
Como as baterias têm uma vida útil estimada entre 3 e 5 anos, é necessária a troca
para manter a continuidade do fornecimento em períodos de produção insuficiente.
No caso de instalações não interligadas à rede, dependendo de sua magnitude, a
troca dessas torna a manutenção cara em relação a outros em que não é necessário
esse tipo de processo, pois elas são responsáveis por cerca de metade do valor de
implementação de sistemas dotados de acumuladores de energia.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Brasil não verá surgir, tão cedo, grandes "fazendas" de captação de energia solar
para geração centralizada de eletricidade, como as que já existem nos Estados
Unidos, Ucrânia, China e, principalmente, na Alemanha.
"A energia fotovoltaica vai acontecer no Brasil", disse ele, ao falar durante o 4º
Congresso Brasileiro de Energia Solar e 5ª Conferência Latino-Americana da
Sociedade Internacional de Energia Solar, evento realizado no Memorial da América
Latina na última semana. "Mesmo porque, a lei exige a diversificação das fontes.
Mas a mesma lei também exige modalidade tarifária, e a fotovoltaica impacta na
tarifa".
54
Meira Júnior disse ainda que o governo não pretende realizar, por ora, um leilão
para compra de energia fotovoltaica, embora acrescentando que algo assim poderá
ocorrer no "médio prazo", sem dar mais detalhes.
Como pôde ser verificada ao longo deste trabalho a energia fotovoltaica tem se
mostrado bastante promissora em complemento ou até mesmo em substituição a
fontes tradicionais de geração de energia elétrica, visto que sua fonte é inesgotável
e durante sua operação não é gerado nenhum dano ambiental e nem poluição. Por
falta de incentivos governamentais e divulgação dos benefícios para as pessoas,
ainda não há uma instalação em grande escala de energia solar nas unidades
habitacionais.
Este panorama vem mudando aos poucos ao longo do tempo, com a corrida para
adoção cada vez maior de energias limpas e renováveis, para diminuição de
impactos ambientais e também com novas pesquisas que tem aumentado a
eficiência dos painéis solares e facilitado a fabricação destes, diminuindo os custos
de fabricação e aumentando o apelo à sua utilização.
Uma vez que os módulos solares possuem baixa potência unitária, é recomendável
que não os utilizem para alimentar chuveiros. Para aquecimento de agua por meio
da energia solar são utilizados sistemas solares que usam a circulação da agua por
meio de densidade em função da temperatura. O consumo de energia de toda a
residência proveniente da rede elétrica convencional pode vir a se tornar
praticamente nulo com a adoção simultânea de sistemas de aquecimento de água e
fotovoltaicos. Por isso, seria de extrema importância iniciativas governamentais para
tentativa de popularização de sistemas fotovoltaicos principalmente para famílias de
baixa renda, que ficam impossibilitadas de comprá-los atualmente devido aos custos
relacionados.
O custo total de instalação tomado como base uma residência de classe média, com
carga instalada de aproximadamente 10,0 kW, de acordo com proposta comercial
(vide apêndice) realizado na empresa Minha Casa Solar, chega aos R$12.992,00
em um sistema que não é interligado ao sistema elétrico nacional, somando ainda
mais de R$4.074,00 gastos na aquisição de baterias, que caso existisse legislação
que permitisse a venda de energia, poderiam ser descartadas. Diante destes valores
fica praticamente impossível sua implantação por grande parte da população, visto
que os custos são similares ao de um automóvel e a recuperação dos valores
investidos pode demorar até 10 anos para ser atingida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SÁ, Daniel Augusto Pereira de. Sistemas fotovoltaicos para bombeamento de água.
Disponível em: < http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10000529.pdf
>. Acesso em 11 de novembro de 2012.
VALLÊRA, António M.; BRITO, Miguel Centeno. Meio século de história fotovoltaica.
Departamento de Física e Centro de Física da Matéria Condensada (CFMC),
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Disponível em:
<http://solar.fc.ul.pt/gazeta2006.pdf>. Acesso em 11 de novembro de 2012.
HEWITT, Paul G. Fizisica Conceitual; trad Trieste Freire Ricci e Maira Helena
Gravina. 9ª ed. Porto Alegre: Bookman 2002
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