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Lição 4 – OACE.........................................................................................26-31
Lição 5 – PCR...........................................................................................32-34
Lição 6 – DEA...........................................................................................35-37
Lição 8 – Traumatismo.............................................................................43-48
Lição 10 – Queimaduras...........................................................................58-60
Com a proclamação da república, o atendimento foi integrado ao Estado e passou a ser coordenado
ao longo do tempo por diversos serviços públicos: Serviço de Atendimento Médico Domiciliar de
Urgência (SAMDU); Instituto Nacional de Previdência Social (INPS); Instituto Nacional de Assistência
Médica e Previdência Social (INAMPS) e, atualmente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mediante
as Secretarias de Saúde em cooperação com o Corpo de Bombeiros.
Em 2002, o Ministério da Saúde aprova a regulamentação técnica dos sistemas estaduais de urgência
e emergência (PRT nº 2048/GM), um grande avanço do governo brasileiro, mas ainda carente de um
modelo nacional, próprio! Nesta portaria fica claro a opção pelo modelo Franco-alemão de
atendimento pré-hospitalar, paradoxalmente, o treinamento preconizado é baseado no modelo
Anglo-americano. Em 2003, é instituído a Política Nacional de Atenção às Urgências (PRT nº
1863/GM) em todas as unidades federadas. Finalmente o Brasil tem uma legislação completa na área
de urgência e emergência. Duas décadas após o pioneirismo em Brasília.
Da legislação à prática
Sistema desarticulado
O vasto território brasileiro clama por uma central única, como o 911 dos EUA ou o 000 da Austrália,
os quais o circunstante liga e informa sua emergência, ao receber a chamada, o atendente (com
treinamento específico) avalia a natureza do evento e despacha a ocorrência para os órgãos mais
próximos e competentes para o atendimento (Paramédicos, Bombeiros ou Polícia). Além disso, em
caso de emergência médica, o atendente instrui o solicitante a realizar os primeiros socorros,
aumentando a possibilidade de sobrevida da vítima. A centralização das chamadas de emergência
em apenas um número, permitiria, no Brasil, à integração entre os setores e, consequentemente,
uma melhor e mais rápida resposta às emergências. Vale ressaltar que a memorização de um único
número seria mais fácil para toda a população.
Nossa adaptação entre os setores vai além. A falta de um canal de comunicação entre as unidades de
APH e o hospital, provoca um grave retardo no atendimento da vítima no centro de tratamento
definitivo. Por exemplo, se uma unidade de suporte avançado atende um paciente com traumatismo
penetrante cardíaco, mas não tem como se comunicar com o hospital de referência, ao chegar à sala
de emergência, a equipe cirúrgica não estará imediatamente pronta para a intervenção. O sistema de
comunicação, de preferência direta (via rádio), entre APH e pronto socorro (PS) é imprescindível para
um melhor prognóstico das vítimas de trauma.
Outra divergência é a falta de inter-relacionamento das equipes do PS com a do APH. O elo entre os
dois segmentos do atendimento é o médico regulador, o qual deve, ao início de cada plantão, entrar
em contato com os coordenadores dos hospitais de referência para inquirir a capacidade de
atendimento de cada centro (esta é umas das funções obrigatórias do médico regulador). Tal medida
evitaria grande parte do atrito entre as equipes.
Perspectivas
O Brasil tem um longo caminho pela frente. As dificuldades são diversas, não há uma
intersetorialidade concreta entre os responsáveis pelo atendimento de emergência. Não obstante,
há esforços sendo feitos. Muitos serviços, por conta própria, criam seus canais de comunicação e
articulação com os demais setores, assim como, muitos tripulantes das unidades de resgate se
comunicam via telefone (muitas vezes particular) com o hospital de destino.
A articulação entre os setores tem sido o foco de muitas discussões, demos um grande salto com a
regulamentação do APH, mas no que tange a formação acadêmica dos profissionais envolvidos com a
emergência evoluímos pouco. Acredito que o Brasil tenha um futuro promissor no APH, só que para
Criado em 1856 por Dom Pedro II, o Corpo de Bombeiros dispõe de diversos grupamentos, entre
eles, o GSE (Grupamento de Socorro e Emergência) que é responsável pelo atendimento pré-
hospitalar (APH). Desenvolvido a partir de 1981, foi o pioneiro no resgate de vítimas feridas e
atualmente funciona sob um modelo fora das normas do anexo da Portaria nº 2048/GM, desprovido
de regulação médica, integração com o Sistema Único de Saúde (SUS) e formação, dos profissionais
tripulantes de ambulâncias, por meio dos Núcleos de Educação em Urgências (NEUs). Por outro lado,
é o órgão público responsável pela maioria dos atendimentos às vítimas de trauma.
A estrutura do GSE, no que tange o atendimento pré-hospitalar, é formada por unidades básicas,
tripuladas por condutores e técnicos em emergências médicas (TEM), e por unidades avançadas,
tripuladas por condutores, médicos (militares ou não) e TEMs. Algumas unidades dos Corpos de
Bombeiros possuem motocicletas, conduzidas por bombeiros socorristas e equipadas com materiais
de suporte básico de vida. Aeronaves de asa rotativa são utilizadas no atendimento às vítimas graves.
O Corpo de Bombeiros possui uma central telefônica, 193, a qual direciona as ocorrências para o
quartel mais próximo do evento. Contudo, não há regulação médica integrada a outros serviços e as
vítimas são quase sempre removidas para os hospitais de referência. Além disso, os bombeiros não
atendem no domicílio. As emergências nestes locais somente receberam atenção após 2003, com a
implantação do serviço de atendimento móvel de urgência.
O SAMU é o principal resultado da Política Nacional de Atenção às Urgências. Ele reflete a opção, do
Ministério da Saúde (MS), pelo modelo franco-alemão de atendimento pré-hospitalar, tendo como
principais características a regulação médica e integração total com o SUS, assim como,
monitorização e regulação total das vagas disponíveis em todos os hospitais credenciados pelo MS,
sejam públicos ou particulares. Segundo o MS, atualmente, o SAMU atende 926 municípios, conta
com 114 serviços e cobre 92.7 milhões de brasileiros.
A rede nacional SAMU 192 é a regulação médica das urgências e emergências pré-hospitalares. Isso
confere um atendimento médico direto e indireto a todas as chamadas, permitindo uma resposta
mais bem adaptada, assegurando a disponibilidade de hospitalização, além de organizar o transporte
e preparar a admissão do paciente no hospital.
Bombeiros x SAMU
A integração entre o SAMU e Bombeiros não é expressiva. Os pioneiros não abrem mão do seu
sistema de atendimento e sua hierarquia, enquanto o SAMU, regulamentado de acordo com todas as
portarias vigentes, se propaga como modelo nacional. “Mais que um choque de competências, é um
Na maioria das cidades os dois serviços não são integrados e sequer possuem comunicação entre si,
isso implica, muitas vezes, no acionamento dos dois órgãos para a mesma ocorrência, aumentando o
gasto público, atrito entre os profissionais e, principalmente, deslocando desnecessariamente uma
ambulância. Vale ressaltar que em algumas cidades, como por exemplo, Araras/SP e Rio de
Janeiro/RJ, o Bombeiro e o SAMU são integrados, no Rio de Janeiro, especialmente, o Corpo de
Bombeiros é quem coordena o SAMU, despachando algumas vezes viaturas do 192 para ocorrências
acionadas pelo 193, inclusive. Isso ocorre porque algumas ambulâncias ficam alocadas em quartéis
dos bombeiros.
O conflito entre as duas entidades esta longe de ser simples. O diálogo deve ser intensificado e
direcionado para um ponto comum: Melhor resposta e atendimento. No ponto de vista da maioria
dos especialistas, mais importante do que discutir a padronização dos sistemas é criarem uma
regulação médica única e articulada. Talvez esse seja o primeiro passo para melhorar o sistema.
Anotações
Anotações
Observação
Observação
TÉCNICA
TABELA 1 Idade
Ressuscitador
3 lpm 10 lpm 10 lpm
manual c/ máscara
Procedimentos Operacionais
Ressucitador
manual c/ 3 lpm 10 lpm 10 lpm
máscara
Observações
TÉCNICA
Pressione a polpa digital ou o leito ungueal (unha) e observe o retorno sanguíneo:
PERFUSÃO MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES
Retorna-se em até 2 segundos Normal
Retorna-se após 2 segundos Hemorragia intensa
Se não retorna Choque – PCR
Analise:
Temperatura e umidade da pele.
TEMPERATURA E UMIDADE DA PELE MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES
Pele fria, pálida e úmida Perda sanguínea
Pele fria e seca Exposição ao frio
Pele quente e seca Insolação
Pele quente e úmida Hipertermia (febre), intermação
Analise ainda:
Coloração da pele.
ATENÇÃO
• Roupas grossas de inverno podem absorver grande quantidade de sangue, assim como
pisos porosos, tais como terra, areia e grama onde o sangue pode ser facilmente absorvido.
• Iluminar locais escuros.
• Expor as vestes (EVITAR EXCESSO)
• Alerta: está orientado no tempo, espaço e contexto > fornece informações corretas
relativos à data e dia da semana, sabe o próprio nome, indica para onde se dirigia no
momento do acidente, está ciente de que está envolvido em um acidente ou que apresenta
um problema de saúde;
• Verbal: responde somente quando estimulado > abre os olhos quando o socorrista
determina, mesmo que torne a fechá-lo novamente; aperta a mão do socorrista quando
ordenado;
• Doloroso: somente responde ao estímulo doloroso > quando estimulado através de fricção
no esterno apresenta respostas motoras que indicam o grau de comprometimento
neurológico, em geral está inconsciente ou incapaz de se comunicar com o socorrista;
• Irresponsivo: não apresenta nenhum tipo de resposta, mesmo sendo estimulado através
de ordens verbais ou dor. Apresenta um nível de consciência rebaixado indicando lesão
cerebral grave.
• Pertences pessoais da vítima, mesmo roupas e/ou calçados danificados, devem ser
arrolados em recibo próprio e entregues à pessoa responsável ou à Chefia de Enfermagem
no hospital.
Procedimentos Operacionais
. Parto complicado;
. Envenenamento;
. Acidentes com animais peçonhentos;
. Sinais de lesões internas geradas por trauma violento.
. Aplicar, sempre que necessário, o colar cervical e prancha longa, e remover a vítima para
transporte.
. Os procedimentos complementares de Suporte Básico deverão ser aplicados a vítima
durante o transporte.
IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA
Socorrista 1:
. Faz o alinhamento lentamente da cabeça e a mantém firme com uma leve tração para
cima;
. Na vítima inconsciente, mantém as vias aéreas permeáveis, usando a manobra de elevação
da mandíbula;
. Na vítima consciente, realizar o apoio lateral de cabeça.
Socorrista 2:
. escolhe o colar cervical de tamanho apropriado;
. coloca o colar cervical iniciando pela parte do queixo, deslizando o colar sobre o tórax da
vítima até que seu queixo esteja apoiado firmemente sobre o colar (parte anterior);
. passa a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima até se encontrar com a parte
anterior;
. ajusta o colar e prende o velcro observando uma discreta folga (1 dedo) entre o colar e o
pescoço da vítima.
Socorrista 1:
Mantém a imobilização lateral da cabeça.
Socorrista 1:
. faz o alinhamento lentamente da cabeça e a mantém firme com uma leve tração para cima;
. na vítima inconsciente, mantém as vias aéreas permeáveis, usando a manobra de elevação
da mandíbula;
. na vítima consciente, realizar manualmente o apoio lateral de cabeça.
Socorrista 2:
. escolhe o colar cervical de tamanho apropriado;
. passa a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima;
. coloca a parte anterior do colar cervical, encaixando no queixo da vítima de forma que
esteja apoiado firmemente;
. ajusta o colar e prende o velcro observando uma discreta folga (1 dedo) entre o colar e o
pescoço da vítima.
ATENÇÃO
• Lembrar que mesmo com o colar cervical, a vítima pode movimentar a cabeça. A região
cervical somente estará com imobilização completa com o uso do imobilizador lateral de
cabeça.
• O colar cervical deverá ter o tamanho adequado de forma a proporcionar alinhamento e
imobilização antero-posterior da coluna cervical.
• Em toda vítima de trauma deverá ser colocado o colar cervical, mesmo que o estado da
vítima não seja grave.
ATENÇÃO
Processo ordenado que visa descobrir lesões ou problemas clínicos que, se não tratados,
poderão ameaçar a vida, através da interpretação dos achados na verificação dos sinais
vitais, exame físico e na entrevista. Através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados
pela vítima o socorrista poderá determinar o tipo de emergência e os procedimentos
operacionais específicos. Uma parte da análise é objetiva, através do exame dos sinais vitais
e do corpo da vítima (exame físico) e a outra é subjetiva, através de dados colhidos em
entrevista.
Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajudá-lo no
descobrimento do tipo de problema que afeta a vítima. Estes indícios são divididos em dois
grupos: os sinais e os sintomas.
SINAIS são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos – visão, tato,
audição e olfato – durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem
sangramento, inchaço (edema), aumento de sensibilidade ou deformação; já os sinais mais
comuns de doenças são pele pálida ou avermelhada, suor, temperatura elevada e pulso
rápido.
SINTOMAS são sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser
necessário que o socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas.
Pergunte à vítima consciente se sente dor e exatamente onde. Examine a região indicada
procurando descobrir possíveis lesões por trauma, mas lembre-se de que a dor intensa
numa região pode mascarar outra enfermidade mais séria, embora menos dolorosa. Além da
dor, os outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico incluem náuseas, vertigem, calor,
frio, fraqueza e sensação de mal-estar.
SINAIS VITAIS
NORMAL – de 20 a 40 rpm
NORMAL – de 40 a 60 rpm
ANORMALIDADES DE PULSO
PRESSÃO ARTERIAL
É a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artérias. É
constituída por duas mensurações: PA máxima (sistólica) e PA mínima (diastólica).
Sistólica: é a pressão máxima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias
durante a contração do coração (sístole)
Diastólica: é a pressão mínima exercida pelo sangue contra as paredes internas das artérias
durante o relaxamento do coração (diástole)
ATENÇÃO
Analise as alterações:
1. Observar a reação das pupilas à luz, classificando-as em: reativas ou arreativas;
2. Observar a simetria entre as pupilas classificando-as em: isocóricas ou anisocóricas;
ALTERAÇÕES PUPILARES
TIPO MOTIVADOR DE ALTERAÇÕES
Midríase paralítica Morte cerebral
OBSERVAÇÕES
ATENÇÃO
• Jamais beliscar, dar tapas, espetar com agulhas ou praticar qualquer forma de agressão à
vítima para se obter um estímulo doloroso.
1°. Cabeça:
• Ferimentos ou deformidades;
• Crepitação óssea;
• Secreção pela boca, nariz e/ou ouvidos;
• Hálito;
• Dentes quebrados, próteses dentárias;
4°. Abdome:
• Ferimentos (contusões, escoriações, etc.);
• Dor à palpação;
• Rigidez da parede abdominal (abdome em tábua).
Colher dados com a própria vítima, testemunhas e/ou familiares, durante o atendimento,
concomitantemente com as demais avaliações, que possam ajudar no atendimento, usando
a regra mnemônica A M P L A:
(A) Alergias: a alimentos, medicamentos, pós, gases inalados, ou qualquer substância que
saiba ser alérgico ou que tenha tido contato;
(P) Problemas antecedentes: sofre de alguma doença crônica (diabetes, cardíaco, renal
crônico)? Já teve distúrbios semelhantes? Quando? Como ocorre? Quais os sinais e sintomas
presentes? Sofreu internações hospitalares?;
(L) Líquidos e alimentos ingeridos: quando comeu pela última vez? O que comeu? (alguns
alimentos podem causar conseqüências no organismo ou agravar a condição clínica da
vítima. Além disso, se a vítima precisar ir para a cirurgia, a equipe médica que vier a receber
a vítima no hospital, precisa saber quando foi a última refeição);
(A) Ambiente, local da cena: elementos presentes na cena de emergência podem dar
indicações do tipo de problema apresentado, aplicadores de drogas, frascos de
medicamentos, vômitos, presença de gases, etc.
Anotações
Obstrução de Vias Aéreas por Corpos Estranhos Engasgo ou obstrução de vias aéreas
por corpo estranho (OVACE) é o bloqueio da traqueia de uma pessoa por um objeto
estranho, vômito, sangue ou outros fluidos. Engasgo é considerado uma emergência médica.
Em casos severos, o engasgo pode levar a pessoa à morte por asfixia ou deixá-la
semiconsciente ou inconsciente por um tempo. Nessa situação, deve-se agir rápida e
precisamente para evitar complicações. Em casos mais graves, deve-se chamar uma
ambulância rapidamente, para uma intervenção médica de emergência.
Mais de 90% das mortes por aspiração de um corpo estranho se dão em crianças
menores de cinco anos, sendo 65% dessas vítimas lactentes.
Obstrução súbita das vias aéreas das vias aéreas superiores causadas por corpo
estranho. A OVACE em, adulto geralmente ocorre durante a ingestão de alimentos e, em
criança durante a alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos ).
A obstrução das vias aéreas, podem ser causada:
- Pela língua: Sua queda ou relaxamento pode bloquear a faringe;
- Pela epiglote: Inspirações sucessivas e forçadas podem provocar uma pressão negativa que
forçará a epiglote para baixo fechando as VA;
- Por corpos estranhos: Qualquer objeto, líquidos ou vômito, que venha se depositar na
faringe;
- Por danos aos tecidos :Perfurações no pescoço, esmagamento da face, inspiração de ar
quente, venenos e outros danos severos na região e ;
-Por patologias: Infecções respiratórias, reações alérgicas e certas condições crônicas (asma)
podem provocas espasmos musculares que obstruem as VA.
Isto pode ser um sinal de que o oxigênio não está chegando aos pulmões desta pessoa, o
que chamamos de ASFIXIA.
A asfixia é uma causa comum de morte após engasgo com alimentos ou por ingestão de
corpos estranhos. É mais comum em crianças, mas pode acontecer também com os adultos.
Pode levar à inconsciência em 2 minutos, lesões cerebrais, após 3 minutos e até à morte!
Alimentos ou objetos podem ser responsáveis pela ASFIXIA. Isso acontece quando estes são
engolidos e ao invés de irem para o esôfago (o caminho que o alimento faz), ficam presos
antes deste ou pegam o caminho errado (traqueia), que leva o ar para os pulmões. Nestes
dois casos o ar é impedido de passar, causando o SUFOCAMENTO ou ASFIXIA (tecnicamente
falando "OVACE - Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho).
PARCIAL: A vítima apresenta tosse violenta e dificuldade respiratória. Neste caso deve-se
incentivar a tosse e permanecer atento à vítima, se após expelir o corpo estranho ela voltará
a respirar normalmente. Em hipótese alguma deve-se dar líquidos para beber ou comidas
para "ajudar" a desengasgar!, e conduzir a vitima ao hospital mais próximo pois o objeto
pode se movimentar e evoluir para uma obstrução grave.
TOTAL: Certifique-se que a pessoa esteja realmente com dificuldades para respirar. Alguns
sinais são característicos:
TELEFONES DE EMERGÊNCIAS:
A manobra de Heimlich tem variações dependendo da vitima como adulto, adulto obeso,
adulta gestante, criança e lactantes (bebe)
OBS: É essencial repetir-se a manobra acerca de cinco à oito vezes. Cada empurrão
deve ser vigoroso o suficiente para deslocar o bloqueio. Caso a vítima fique inconsciente, a
manobra deve ser interrompida e deve ser iniciada a reanimação cardiorrespiratória. A
manobra de Heimlich não se aplica da mesma maneira para grávidas.
Anotações
FIGURA 1. Reproduzido de American Heart Association: Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010
para RCP e ACE. [versão em Português].
As novas diretrizes encorajam RCP somente com compressões torácicas (RCPSCT) para o
leigo que testemunha uma parada cardíaca súbita. RCPSCT é mais fácil de ser executada por
indivíduos não treinados e pode ser facilmente instruída por telefone pelo atendente do
Serviço Médico de Emergência (SME).
A sequência para atendimento recomendada para um socorrista que atua sozinho foi
modificada. Agora a recomendação é que ele inicie as compressões torácicas antes da
ventilação de resgate. A antiga sequência A-B-C (vias Aéreas - Boa ventilação - Compressão
Torácica) agora é C-A-B. A sequência A-B-C permanece para o cuidado neonatal, pois quase
sempre a causa de PCR nos recém-nascidos é asfixia.
A ênfase maior das Diretrizes 2010 é a necessidade de uma RCP de alta qualidade, o que
inclui:
• Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente"
100/minuto, como era antes).
• Profundidade de compressão mínima de 5 cm em adultos
• Retorno total do tórax após cada compressão
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas
• Evitar excesso de ventilação
Em muitos países a aquisição e utilização dos aparelhos DEA é livre e incentivada, pelas
seguintes razões:
.em caso de paragem cardio respiratória tem de ser aplicado de imediato, não havendo
tempo para chamar um serviço de emergência;
.os DEA atuam sozinhos/inteligentemente, aplicando o choque apenas se for estritamente
necessário.
Tipo de PCR
A PCR pode ocorrer de 2 formas:
1. Assistolia ou AESP(atividade elétrica sem pulso) – DEA não tem utilidade
2. Fibrilação ventricular ou TV (taquicardia ventricular) sem pulso – DEA é acionado e entra
em ação.
Fibrilação Ventricular (FV) - A causa principal de PCR em adultos é a fibrilação ventricular. A
FV é uma arritmia cardíaca causada geralmente por isquemia miocárdica relacionada à
doença das
Desfibrilação Semi-Automática
Todos os aparelhos podem ser utilizados
seguindo passos simples.
* Determinar que o paciente esta em PCR.
* Efetuar RCP até que o aparelho esteja
pronto para operar.
* Socorro com 2s socorristas: um efetua a
RCP e o outro prepara o DEA.
* Socorro com 1 socorrista: determinar a
inconsciência e ausência de respiração,
chamar por
ajuda(193 ou 192), iniciar a RCP e aprontar
o DEA.
Operação do DEA
. Colocar o aparelho se possível próximo ao ouvido esquerdo da vítima.
. Realizar de preferência os procedimentos do lado esquerdo do paciente.
. Ligar o aparelho.
Anotações
. Doença Coronariana
O coração tem seus próprios vasos sanguíneos para
suprir a intimidade do músculo cardíaco de O2 e
nutrientes e remover CO2 e outros detritos. É o
sistema coronariano (artérias e veias coronárias).
Denominamos o músculo cardíaco de miocárdio.
Para que o miocárdio desempenhe de forma
eficiente sua função de bomba, é fundamental que o
sangue oxigenado alcance a intimidade do seu
tecido. Quando as artérias coronarianas estão
prejudicadas na sua função de transportar sangue, o
suprimento de O2 para o miocárdio é reduzido;
como consequência, sua função de bomba estará
comprometida.
Ao processo lento e gradual de oclusão dos vasos sanguíneos chamamos aterosclerose
(causa mais frequente de angina). Na fase inicial da aterosclerose, ocorre deposição de
gordura na parede dos vasos, estreitando sua luz. Conforme o tempo passa, um depósito de
cálcio vai endurecendo a parede do vaso, e o fluxo de sangue no vaso fica reduzido. A
irregularidade da superfície provoca adesão de plaquetas circulantes formando um trombo.
Este pode alcançar tamanho tal que oclui completamente a luz do vaso, ou quebrar-se e
transformar-se em êmbolo (trombo circulante), que causa a obstrução de vaso mais à frente.
Quando isso ocorre, os tecidos que dependem desse fluxo de sangue, privados de oxigênio,
acabam morrendo. Quando esse processo ocorre nas artérias coronárias, chamamos de
doença coronária, que se resume no baixo suprimento de sangue ao miocárdio. Inclui a
angina de peito e o infarto agudo do miocárdio.
Sinais e Sintomas
● Dor torácica retroesternal ou precordial (às vezes, desconforto), desencadeada por esforço
físico, estresse, refeição volumosa ou exposição a temperaturas muito frias.
● A dor pode irradiar-se para membros superiores, ombros, mandíbula e por- ção superior
do abdome. Raramente ultrapassa dois a cinco minutos, desaparecendo com repouso e uso
de vasodilatador sublingual.
● Confortar e acalmar o paciente;
● Mantê-lo em repouso, em posição confortável;
● Informar-se sobre o uso do vasodilatador sublingual e se o tem;
● Passar os dados clínicos para o médico e aguardar instruções;
● Se houver necessidade de transporta-lo, faze-lo sem sirene, devagar e monitorando sinais
vitais e se possível monitorização cardíaca.
Sinais e Sintomas
● Dor torácica de forte intensidade, prolongada (30 minutos a várias horas), que localiza
atrás do esterno e irradia-se para o membro superior, ombro, pescoço, mandíbula, etc.
Geralmente o repouso não alivia a dor;
● Falta de ar;
●Náusea, vômitos, sudorese fria;
● Vítima ansiosa, inquieta, com sensação de morte iminente;
● Alteração do ritmo cardíaco – bradicardia, taquicardia, assistolia, fibrilação ventricular;
● Na evolução, a vítima perde a consciência e desenvolve choque cardiogênico.
● Assegurar vias aéreas;
Dispinéia: O termo dispinéia significa respiração difícil. Não é uma doença primária, mas
surge como consequência de condições ambientais, trauma e doenças clínicas, como, por
exemplo, obstrução das vias aéreas por corpo estranho, doenças pulmonares (bronquite
crônica e enfisema), condições cardíacas, reações alérgicas, pneumotórax, asma brônquica,
etc. Em qualquer das situações em que algo impeça o fluxo de ar pelas vias aéreas, o
paciente aumenta a frequência e a profundidade da respiração.
A dificuldade em suprir de oxigênio a circulação pulmonar desencadeia hipóxia. Logo, o
paciente pode estar cianótico, forçando os músculos de pescoço, tórax e abdome (em
criança observa-se batimento da asa do nariz). Conforme haja agravamento do quadro, o
paciente desenvolve parada respiratória ou apnéia, inconsciência e parada cardíaca.
Sinais e Sintomas
Dependem do vaso lesado e da importância funcional da área cerebral envolvida. Podem
surgir:
● cefaléia, tontura, confusão mental;
● perda de função ou paralisia de extremidades (geralmente de um lado do corpo);
● paralisia facial (perda de expressão, geralmente de um lado da face, com defeito na fala);
● anisocoria, pulso rápido, respiração difícil, convulsão, coma. Os casos podem ser súbitos e
fugazes (recuperação espontânea) ou mais graves, confirmando a extensão do
comprometimento cerebral.
Anotações
A palavra trauma é oriunda do grego (trauma), a qual significa ferida. Atualmente, utilizamos
quase todas suas derivações, por exemplo, traumatismo e traumatizante. Entretanto,
segundo Luís Mir, hoje há uma consolidação do uso da palavra “trauma” para aspectos
psíquicos e “traumatismo” para os físicos.
A avaliação da vítima traumatizada não consiste apenas nos achados do exame físico, mas
também na suspeita de lesões que não são visíveis ao exame. O socorrista deve utilizar o
conhecimento da cinemática do trauma para avaliar ou suspeitar do tipo e gravidade da
lesão.
Biomecânica do traumatismo
A energia está presente em tudo, está presente em nós e nos objetos que manipulamos, em
geral, a energia existe em cinco formas físicas: mecânica, química, térmica, radiação e
elétrica.
No entanto, essas energias, quando fora de controle tornam-se nocivas, provocando grandes
traumas ou até mesmo a morte. O conhecimento das energias envolvidas no trauma pode
nos ajudar a suspeitar de lesões graves e suas localizações.
Transferência de Energia
Densidade
Quanto mais denso o tecido, maior o número de partículas atingidas, portanto, poderemos
encontrar lesões mais extensas.
Quanto menor a densidade do tecido, menor o número de partículas atingidas, mas isso não
representa diretamente lesões menos extensas, mas menos aparentes. Podemos encontrar
tecidos poucos densos, mas com lesões graves, entretanto, com apresentações diferentes.
Área de superfície
Quando há transferência de energia, tanto para um tecido muito denso quanto para um
tecido pouco denso, a área de superfície de impacto é determinante para o tamanho da
lesão, contudo, não existirá influência direta na gravidade da lesão. Por exemplo, um
ferimento proveniente de uma lâmina em que sua área de contato com a pele não é muito
grande. No entanto, a trajetória da lâmina pode lesionar grandes vasos, ocasionando
ferimentos com risco de morte.
Formação de cavidades
Cavidade temporária
Cavidade permanente
Tipos de Traumatismos
O trauma pode ser classificado de acordo com seu mecanismo, este pode ser contuso ou
penetrante, mas a transferência de energia e a lesão produzida são semelhantes em ambos
os tipos de trauma. A única diferença é a perfuração da pele.
Trauma contuso
Trauma penetrante
A fratura pode ser fechada quando não houver rompimento da pele, ou aberta (fratura
exposta) quando a pele sofre solução de continuidade no local da lesão óssea. As fraturas
são mais comuns ao nível dos membros, podendo ser únicas ou múltiplas.
(a) fratura dos membros, as mais comuns, tornando-se mais graves e de delicado tratamento
quanto mais próximas do tronco;
(c) fratura do crânio, das mais graves, por afetar o encéfalo, protegido por aquele; as lesões
cerebrais seriam responsáveis pelo choque, paralisia dos membros, coma e morte do
paciente. A fratura do crânio é uma ocorrência mais comum nas grandes cidades, devido aos
acidentes automobilísticos, e apresenta maior índice de mortalidade em relação às demais.
O primeiro socorro precisa vir através de aparelho respiratório, pois os pacientes podem
sucumbir por asfixia. Deve-se lateralizar a cabeça, limpar-lhe a boca com o dedo protegido
por um lenço e vigiar a respiração. Não se deve esquecer que o choque pode também
ocorrer, merecendo os devidos cuidados;
(d) fratura da coluna: ocorre, em geral, nas quedas, atropelamentos e nos mergulhos em
local raso, sendo tanto mais grave o prognóstico quanto mais alta a fratura; suspeita-se
desta fratura, quando o paciente, depois de acidentado, apresenta-se com os membros
inferiores paralisados e dormentes; as fraturas do pescoço são quase sempre fatais. Faz-se
necessário um cuidado especial no sentido de não praticar manobras que possam agravar a
lesão da medula; coloca-se o paciente estendido no solo em posição horizontal, com o
ventre para cima; o choque também pode ocorrer numa fratura dessas.
Anotações
Ferimentos
Tipos de Ferimentos
Ferimentos Fechados:
São os ferimentos onde não existe solução de continuidade da pele, a pele se mantém
íntegra. Podendo ser classificada em:
Contusão: lesão por objeto contundente que danifica o tecido subcutâneo subjacente, sem
romper a pele.
Ferimentos Abertos
São os ferimentos que rompem a integridade da pele, expondo tecidos internos, geralmente
com sangramento. Também são denominados feridas. As feridas são traumas de alta ou
baixa energia, decorrentes da superfície de contato do agente vulnerante. Segundo este
conceito, as feridas podem ser classificadas em:
- Transfixante: este tipo de lesão constitui uma variedade de ferida que pode serperfurante
ou penetrante; o objeto vulnerante é capaz de penetrar e atravessar os tecidos ou
determinado órgão em toda a sua espessura saindo na outra superfície. Pode-se utilizar
como exemplo as feridas causadas por projétil de arma de fogo, que são feridas
perfurocontusas, podendo ser penetrantes e/ou transfixantes. As ferida transfixantes
possuem:
. Orifício de Entrada: ferida circular ou
oval, geralmente pequena, com
bordas trituradas e com orla de
detritos deixada pelo projétil (pólvora,
fragmentos de roupas).
Nas escoriações, é comum a presença de corpo estranho (areia, graxa, resíduos de asfalto
etc.), fazer a tentativa de remoção conforme descrito anteriormente; em seguida, cubra a
área escoriada com gaze estéril fixando-a no local com atadura ou bandagem triangular.
Nas feridas incisivas, aproximar e fixar suas bordas com um curativo compressivo, utilizando
atadura ou bandagem triangular.
Nas feridas perfurantes, por arma de fogo, devem ter os orifícios de entrada e saída do
projétil igualmente protegidos. Arma branca que permanece no corpo não deve ser
removida e sim fixada para que permaneça imobilizada durante o transporte, pois a retirada
pode agravar o sangramento. Ferimentos em cabeça, tórax e abdome exigem atenção
redobrada pela equipe de socorro pelo risco de comprometer as funções vitais (nível de
consciência, respiração e circulação). Quando na cabeça, não pressionar a área atingida sob
risco de lesão de cérebro por extremidades ósseas fraturadas. Ferimentos penetrantes em
tórax podem comprometer o mecanismo da respiração pela entrada de ar na cavidade
pleural; o curativo deve ser oclusivo sendo que um dos lados do mesmo não é fixado (três
pontas).
Nas eviscerações (saída de vísceras abdominais pelo ferimento) não tentar recolocar os
órgãos para dentro da cavidade abdominal; cobrir com plástico esterilizado próprio para
este fim ou compressas úmidas (embebecidas em soro fisiológico). Conforme a análise do
mecanismo que produziu a lesão, característica do ferimento (profundo, complicado), a
região do corpo atingido (cabeça, pescoço, tórax e abdome) e o grau de sangramento o
médico deve ser acionado caso não esteja presente no local do acidente.
Curativos são procedimentos que consistem na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril
em uma ferida, com a finalidade de promover a hemostasia, cicatrização, bem como,
prevenir contaminação e infecção. Geralmente nos serviços pré-hospitalares os curativos
são realizados com aplicação de gaze ou compressas cirúrgicas e fixadas com esparadrapo.
Tipos de Curativos
As hemorragias podem ser arteriais, venosas ou capilares, conforme os vasos que sejam
afetados.
Elas também podem ser crônicas, pela perda persistente de pequenas quantidades de
sangue, como em um sangramento de uma úlcera gástrica ou uma moléstia renal.
Os sinais e sintomas das hemorragias podem ser gerais, pela deficiência de sangue
ocasionada por toda hemorragia, ou específicos, dependentes do tipo de sangramento.
Hemorragia Classe II - Frequência cardíaca ≥ 100 batimentos por minuto (bpm), respiração
rápida, pulso fino e leve, diminuição da diurese.
Hemorragia Classe III - Além dos sintomas da hemorragia classe II, apresenta sinais clássicos
de hipoperfusão. Existe diminuição do nível de consciência, palidez e sudorese fria.
Nas hemorragias capilares são pequenas as perdas de sangue. Elas ocorrem em vasos de
pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo. Em geral, são hemorragias “em lençol”,
como as que ocorrem nas arranhaduras de pele ocasionadas por um tombo. O sangue
parece minar da pele.
Muitas vezes as hemorragias recebem denominações de acordo com o local que afetam. Por
exemplo: hemartrose quando afeta uma articulação ou enterohemorragia quando afeta o
intestino.
Nas hemorragias externas o sangue é diretamente visível. Nas internas, o médico se orienta
pelos sinais e sintomas clínicos e por alguns exames de imagem, os quais embora forneçam
sinais indiretos, tornam-se bastante consistentes quando associados aos dados clínicos.
Na fase de assistência médica, o volume sanguíneo deve ser inicialmente reposto através de
soluções salinas. O choque hipovolêmico deve ser tratado com volume, isto é, com soro
fisiológico e solução de Ringer. Casos mais graves podem requerer soluções gelatinosas, mas
existe um volume máximo desta solução que se ultrapassado intoxica e mata o paciente. Ao
mesmo tempo devem ser feitas tentativas de interromper a perda sanguínea, incluindo
cirurgias visando a hemostasia. Em alguns casos torna-se necessária uma transfusão
sanguínea para manter a vida do paciente.
Anotações
Por volta de 15% de todo peso corpóreo de um adulto corresponde a pele, que é o maior
órgão do corpo humano. Sua função é proteger o corpo contra infecções, a perda de água e
é o principal regulador da temperatura. É também órgão sensorial para o tato, dor, nos dá a
sensação da temperatura e percebe a pressão exercida sobre ela.
Em uma área queimada, temos perda do controle da temperatura, de fluidos orgânicos, de
água e da barreira contra infecção.
Quanto a profundidade, uma queimadura pode ser superficial (1º grau), parcial (2º grau) ou
em toda sua espessura (3º grau). Além da profundidade, uma queimadura é tanto mais
grave quanto maior for a superfície do corpo acometida.
Se a queimadura for do 1º grau (não apresenta bolhas), não acomete área entre os dedos,
face ou genital e só atinge alguns poucos centímetros quadrados da pele, pode-se fazer
curativo com gaze vaselinada. Caso contrário, procure um médico.
Nas de 2º grau, em geral as bolhas não devem ser furadas. As exceções existem mas esta
decisão deve ficar por conta do médico.
Nas queimaduras de 3º grau, o resfriamento com água pode aumentar a chance de infecção
pela perda da proteção da pele, não devendo ser realizado, exceto para apagar o fogo.
A pasta de dente, pelo resfriamento, oferece uma sensação de alívio. Entretanto, ela deverá
a seguir ser removida para posterior aplicação dos medicamentos necessários. A remoção é
um procedimento trabalhoso e doloroso. A mesma sensação de alívio ocorre com o
resfriamento com água corrente por alguns minutos e sem os inconvenientes da pasta.
Anotações
O primeiro socorrista que chega numa cena da emergência com múltiplas vítimas enfrenta
um grande problema. A situação é diferente e seus métodos usuais de resposta e operação
não são aplicáveis. Este profissional deve modificar sua forma rotineira de trabalho
buscando um novo método de atuação que lhe permita responder adequadamente a
situação.
Como poderão então esses socorristas prestar um socorro adequado? Obviamente, se eles
voltarem sua atenção para a reanimação de uma ou mais vítimas, as outras potencialmente
recuperáveis poderão morrer.
Portanto, logo que chegam na cena, esses primeiros socorristas devem avaliá-la, pedir
reforços adicionais e providenciar a segurança do local para, só então, dedicarem-se a
seleção das vítimas enquanto as novas unidades de socorro deslocam-se para o local da
emergência.
Esses socorristas aproveitam assim o seu tempo da melhor maneira iniciando um processo
de triagem. Este é o primeiro passo para a organização dos melhores recursos na cena da
emergência.
Triagem – Termo dado ao reconhecimento da situação e seleção das vítimas por prioridades
na cena da emergência. Palavra de origem francesa que significa “pegar, selecionar ou
escolher”.
Esse método foi desenvolvido para o atendimento de ocorrências com múltiplas vítimas,
pois permite a rápida identificação daquelas vítimas que estão em grande risco de vida, seu
pronto atendimento e a prioridade de transporte dos envolvidos mais gravemente feridos.
Cor Vermelha
Cor Amarela
transporte.
Cor Verde
Anotações
MÉTODO GERAL
Sempre que houver a possibilidade de nos depararmos com uma “coluna instável”,
deveremos tomar as providências cabíveis e necessárias:
. Trazer a cabeça para uma posição apropriada, em linha neutra (a menos que
contraindicado). Manter este apoio e imobilização manual até que seja completada a
imobilização definitiva.
. Avaliar o paciente, utilizando o método A B C D E e proceder a todas intervenções
necessárias.
. Examinar o pescoço e aplicar o colar cervical, apropriado.
. Checar a habilidade motora, resposta sensitiva e circulatória dos quatro membros.
. Posicionar o dispositivo de imobilização no paciente e imobilizar o tronco para que este não
possa mover-se para cima ou para baixo, esquerda ou direita.
. Avaliar e acolchoar a região occipital ou interescapular quando necessário.
. Imobilizar a cabeça com o dispositivo, mantendo-a em linha neutra.
. Uma vez na prancha longa, imobilize as pernas para que elas não se movam anteriormente
ou lateralmente.
. Prenda os braços na prancha.
. Reavalie novamente, utilizando o método A B C D E e reavalie a motricidade, resposta
sensorial e circulação de todos os membros.
IMOBILIZAÇÃO CERVICAL
Inicialmente a imobilização
cervical deve ser realizada
manualmente, segurando-se a
cabeça com as mãos e
cuidadosamente trazendo-a para
a posição em linha neutra,
exceto quando houver espasmo muscular, aumento da dor, aparecimento ou agravamento
de uma deficiência neurológica ou comprometimento das vias aéreas/ventilação, onde fica
contra indicado o reposicionamento em linha neutra.
IMOBILIZAÇÃO DO TRONCO
Se levar em consideração o dispositivo de imobilização,
este deve imobilizar de tal forma que não permita
movimentos para cima, baixo, direita e esquerda. Neste
dispositivo a cabeça, tórax e membros inferiores deverão
estar fixados, impedindo desta forma a mobilização da
coluna vertebral.
O dispositivo mais utilizado em nosso meio é a prancha
longa ,onde as cintas ajustáveis poderão estar dispostas
perpendicularmente ao eixo principal do paciente e para
minimizar a possibilidade de deslocamento para cima e
para baixo.
As cintas deverão estar, preferencialmente, no tórax, na
pélvis (sobre as cristas ilíacas), acima e abaixo dos joelhos.
Dependendo da necessidade poderemos aumentar o número de cintas, mas aquelas que
forem colocadas no tórax inferior e no abdómen inferior não poderão estar ajustadas em
demasia para não impedir a excursão do tórax e nem promover aumento da pressão intra-
abdominal.
Imobilização de membros
Em casos de Fraturas a imobilização é feita uma articulação abaixo e uma acima da lesão.
Anotações
Elaboração:
Paulo Rogério Ribeiro Comba
Revisão
Osvaldo Fernandes Bacelar Filho