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2.1 Conceito.
2.2 Efeitos da ruptura do casamento no Direito Brasileiro.
Unidade 3 – Casamento
3.1 Conceito
3.2 Breve Histórico
3.3 Natureza Jurídica
3.4 Caracteres e fins essenciais.
3.5 Casamento civil e religioso.
Unidade 4 – Habilitação
5.1 Conceito.
5.2 Classificação.
5.3 Impedimentos dirimentes públicos ou absolutos.
5.4 Impedimentos dirimentes privados ou relativos.
5.5 Impedimentos impedientes ou proibitivos.
5.6 Oposição dos impedimentos matrimoniais.
6.1 Solenidades.
6.2 Casamento nuncupativo.
6.3 Casamento por procuração.
6.4 Casamento religioso com efeitos civis.
6.5 Casamento perante a Autoridade Diplomática ou Consular.
6.6 Prova específica e posse do estado de casado.
6.7 Prova do casamento realizado no exterior.
9.1 Conceito
9.2 Regime de comunhão universal de bens, bens comuns e bens incomunicáveis,
bens reservados da mulher que exerce profissão lucrativa, dissolução da comunhão.
9.3 Regime de comunhão parcial de bens, bens particulares e bens comuns,
aqüestros.
9.4 Regime total de bens.
9.5 Regime de separação de bens, incomunicabilidade das dívidas, contribuição da
mulher para os encargos do lar.
9.6 Pacto antenupcial, estipulações permitidas e estipulações proibidas, formalidades
e eficácia.
9.7 Regime Legal.
9.8 Regime Obrigatório da separação.
9.9 Doações antenupciais, doações pelos próprios cônjuges e por terceiros.
Unidade 10 – Concubinato
Unidade 11 – Parentesco
Unidade 12 – Filiação
12.1 Espécies.
12.2 Filiação legítima, regras gerais, prova de filiação legítima, legitimação, efeitos
jurídicos.
12.3 Filiação ilegítima, reconhecimento de filho ilegítimo, investigações de
paternidade e de maternidade.
12.4 Adoção, modalidades, requisitos.
Unidade 15 – Alimentos
Unidade 16 – Tutela
16.1 Modalidades.
16.2 Exercício da tutela.
16.3 Cessação e prestação de contas.
Unidade 17 – Curatela
17.1 Modalidades.
17.2 Pessoas sujeitas à curatela.
17.3 Exercício da curatela.
17.4 Validade dos atos praticados pelo interditando antes da interdição.
17.5 Cessação da curatela.
Unidade 18 – Ausência
Bibliografia Recomendada:
1- Estágio: Etapa em que a mulher dá liberdade ao marido, para que este cuide dos
afazeres domésticos (Estágio do jantar).
2- Estágio: Etapa em que o homem começa a cuidar também dos filhos (Estágio em
que o homem começa a trocar as fraldas do bebê).
3- Estágio: Etapa em que a mulher começa a buscar a sua satisfação sexual na cama
também Estágio do Orgasmo feminino).
Casamento:
Plano de validade:
Existência: Homem X Mulher ( Haverá casamento quando ocorre uma união entre
homem e mulher). Existe uma corrente que não admite a união entre homossexuais).
Depois de desfeito o casamento, se poderia casar com a sogra? Não, pois ela
continua sendo parente na linha ascendente. Agora com a cunhada pode.
*Se refere as relações do adotado e adotante. Com a Cf/88 todos são chamados de
filhos sem nenhum tipo de distinção.
IV - os irmãos, legítimos ou ilegítimos, germanos ou não, e os colaterais, legítimos ou
ilegítimos, até o terceiro grau inclusive;
*Não existe mais discriminação em relação a filiação, pela Cf/88. Não existe mais
diferenciação entre filho legítimo e ilegítimo. Não pode haver mais nenhuma espécie de
discriminação. O tio não pode casar com a sobrinha, como regra, pois, existe uma
relação de parentesco de terceiro grau. Mesmo havendo esta proibição é possível um
tio e uma sobrinha ( Terceiro Grau), casarem, se estes conseguirem um laudo de dois
médicos assegurando que haverá uma filiação saudável. Primos irmãos já podem
casar, pois possuem uma relação de parentesco de quarto grau.
V - o adotado com o filho superveniente ao pai ou à mãe adotiva (art. 376);
VI - as pessoas casadas (art. 203);
* Haja vista que no Brasil é proibida a bigamia. O nosso ordenamento jurídico é
fundamentado na monogamia. A separação judicial não autoriza ninguém a contrair
novo casamento. Somente após o efetivo divórcio se pode casar.
VII - o cônjuge adúltero com o seu co-réu, por tal condenado;
*É uma penalidade a ser aplicada ao cônjuge adúltero. Segundo Jamil Bannura, não
existe a necessidade de sentença transitada em julgado no âmbito penal, e, sim, a
mera condenação no âmbito civil.
VIII - o cônjuge sobrevivente com o condenado como delinqüente no homicídio, ou
tentativa de homicídio, contra o seu consorte;
*Os amantes que montam um assacinato do cônjuge que estavam atrapalhando a
relação deles.
X - o raptor com a raptada, enquanto esta não se ache fora do seu poder e em lugar
seguro;
* Rapto e seqüestro: A diferença entre seqüestro e rapto, é que neste existe um fim
libidinoso. O código quer impedir a fuga dos namorados para casar, sem o
consentimento dos pais. Se os filhos forem maiores, ou seja, tiverem capacidade para
casar , não pode ser configurado como rapto.
3. Casamento de boa-fé
4. Parentesco
I. Formação do vínculo:
II. Linha Reta (PAI PARA FILHO) é aqueles que ascendem e descendem do mesmo
tronco comum. Essa linha reta se conta por graus. Na linha reta tanto faz dizer
ascendente e descendente.
Uma pessoa de uma linha com outra pessoa de outra linha é colateral. Irmão é
colateral.
Em tese são parentes na linha colateral de sétimo grau, porém o parentesco na linha
colateral vai até sexto grau. Pelo sistema brasileiro estes não são mais parentes.
A
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BC
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DF
½
E
A
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BC¾D
A
½
B
½
C
½
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½
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____________________________________________________________________
____
Impedimentos Matrimoniais:
Espécies:
I. Dirimentes:
4) De Crime: Nestes casos (Quando uma pessoa tenha sido condenada pelo
homicídio do cônjuge do outro), não se exige a configuração do adultério.
1) Erro ou Coação:
2) Ausência de consentimento paterno:
3) Idade:
Art. 207 - É nulo e de nenhum efeito, quanto aos contraentes e aos filhos, o
casamento contraído com infração de qualquer dos ns. I a VIII do art. 183.
Art. 189 - Os impedimentos do art. 183, I a XII, podem ser opostos:
I - pelo oficial do registro civil (art. 227, III);
II - por quem presidir à celebração do casamento;
III - por qualquer pessoa maior, que, sob sua assinatura, apresente declaração
escrita, instruída com as provas do fato que alegar.
Parágrafo único - Se não puder instruir a oposição com as provas, precisará o
oponente o lugar, onde existam, ou nomeará, pelo menos, duas testemunhas,
residentes no Município, que atestem o impedimento.
®Impedimento Relativo: Art.183, XIII a XVI.
Exige procedimento formal para que não sejam alegados de forma infundada por
qualquer um que entenda pela não realização do casamento.
A parte (Interessado) que efetua a oposição deve firmar a sua declaração fazendo
acompanhá-la da prova correspondente.
Em caso de impossibilidade, deverá trazer duas testemunhas que atestem o alegado.
Possibilidade:
Dirimentes ® Pode se feita pelo próprio oficial. E até por quem presida a celebração
do casamento. A pessoa deve ser capaz.
Direitos e Deveres:
Caso: O homem trai a mulher esta na hora perdoa, três anos depois, arrependida,
ingressa com ação de separação litigiosa, esta ação não será procedente, porém se a
traição for continuada cabe.
Caso: O homem que trai a mulher, e esta para se vingar o trai. O homem pode
ingressar com uma ação de separação, pois esta não entrou com a ação, quando
deveria.
5. Nome do outro: Tanto o homem como a mulher quando casam, podem usar o
nome do outro cônjuge. Na união estável também pode-se usar o nome do outro. Se a
mulher for culpada pela separação, o homem pode exigir que esta deixe de usar o seu
nome, porém, se esta não tiver culpa, pode optar ou não pelo nome do outro cônjuge.
6. Administração dos bens do casal: Antes da CF/88 era feita somente pelo homem,
após a constituição ambos participam da administração. Somente para fins de registro.
8. Fiança: Toda fiança para ser válida somente com a anuência do outro cônjuge.
Separação de Corpos
Obs: O Nosso Tribunal de justiça defende que esta medida cautelar é autosatisfativa.
Na medida autosatisfativa pode-se esperar o prazo de 1 ano para propor ação
principal.
Na medida cautelar se pede para o outro cônjuge se afastar do lar, no alvára eu peço
para eu ser autorizado a me afastar do lar.
Porque tem de se pedir autorização judicial para me afastar do lar? Para não ficar
caracterizado o abandono de lar, pois se sair sem autorização judicial, estarei
rompendo com um dos deveres do casamento, e serei considerado o culpado da
separação. Não depende de perigo, podendo ser pedido por qualquer motivo (Ex: Não
amo mais a minha mulher).
Quando o abandono do lar não é feito por alvará gera culpa. O registro da ocorrência
policial também serve para oficializar a situação.
*A medida cautelar de separação de separação de corpos não tem por objetivo
separar bens, ela tem por objetivo separar os corpos.
Þ Efeitos :
a) Pessoais: O primeiro efeito é saída do lar conjugal, que implica na cessação dos
deveres do casamento, com exceção dos alimentos.
Segunda Corrente : Defende que não existindo a vida em comum não existe
patrimônio em comum.
O Nosso Tribunal defende que: “Todo patrimônio adquirido durante a separação de
fato, com recursos novos, não integram o patrimônio do casal“. É patrimônio exclusivo
daquele que o adquiriu.
Þ União Estável:
Cabe separação de corpos na União Estável, porém não há previsão legal sobre isto.
Separação Judicial
3) Audiência Conciliatória: Audiência de oitiva das partes, e não dos advogados, esta
audiência depende de cada vara. O juiz em primeiro plano tentará a conciliação, se
esta não for possível, ouvirá de viva voz das partes que estas querem se separar. Ao
juiz é permitido as ouvir partes pessoalmente, para ter certeza de que não existe
nenhum tipo de coação. Após isto homologará a sentença, modificando o estado civil
de ambos.
O juiz pode deixar de homologar a separação? Sim, quando este entender que existe
um prejuízo manifesto a uma das partes, ou a pessoa dos filhos, poderá deixar de
homologar a separação.
5) Partilha dos bens, alimentos, visitas: Estas cláusulas de partilha dos bens,
alimentos e visitas, poderão constar ou não, na separação judicial. Na prática os juizes
ao menos tentam colocar a cláusula de alimentos para a garantia dos filhos.
3) Ausência de Culpa.
4) Divórcio Posterior: Basta mais um ano desde a sentença de separação judicial para
se promover o divórcio. Se não promover a ação de divórcio não estarão divorciados
nunca.
É também conhecido como divórcio direto. As pessoas vão direto do casamento para
o divórcio, podendo ser proposta por apenas um dos cônjuges, “não precisando ter
consenso”, ou pelos dois conjuntamente.
3) Contestação Þ A única coisa que pode ser discutida, é se eles tem ou não, 2 anos
contínuos de separação de fato.
Divórcio Conversão:
1) Requisitos Þ Estarem separados judicialmente. Pode ser proposta por um ou por
ambos.
3) Contestação:
- O não decurso do prazo de 1 ano;
- Que as cláusulas da separação judicial não forem cumpridas. Exs: Não pagou
alimentos, ficou de fazer uma doação aos filhos e não fez, ficou d vender um bem e
não fez.
Partilha de bens:
Þ Não há partilha.
Þ É o regime legal de bens, desde a lei do divórcio em 1977. Antes o regime legal era
o universal.
Þ Era o regime legal antes de 1977. Hoje o casal deve fazer um pacto antenupcial
para adotar este regime.
Þ Na partilha dos bens é necessário que seja visto o patrimônio exclusivo de cada
um.
Separação Obrigatória:
1) Requisitos:
a) é uma ação que pode ser proposta por qualquer um dos cônjuges.
2) Causas:
Abandono do lar: Tem de ser caracterizado por dois requisitos fundamentais, tem de
existir o ânimus de abandonar. E, secundariamente este abandono tem de ser
injustificado.
Caso: O Jamil não ama mais a sua mulher. Ele não poderá entrar com uma ação de
separação judicial litigiosa, pois não há causa para propor a ação, este deve requerer
uma autorização judicial para se afastar do lar (medida cautelar de separação de
corpos), e, após um ano de separação de fato, este pode promover uma ação de
divórcio por decurso de prazo.
4) Prova: Cabe o ônus a quem alega. A sentença da separação litigiosa vai considerar
culpado um dos cônjuges, ou, os dois, pelo fim do casamento. Aqui tem instrução
probatória que se concentra na discussão da culpa. A sentença irá considerar um dos
dois cônjuges ou ambos culpados, além de condená-lo as conseqüências decorrentes
da culpa. A prova pode ser produzida mediante prova documental, testemunha
pericial.
6) Efeitos da Culpa:
b) Filhos: O culpado perde a guarda dos filhos. Esta regra está revogada. Agora a
guarda dos filhos é definida segundo o interesse dos filhos, estes é que definem a
guarda.
Efeitos Subjetivos da Culpa: São os mais graves e não tem previsão legal. Não são
descritos na petição inicial. São eles: A vingança, o acerto de contas, prestar contas a
família , amigos e sociedade.
União Estável
1. Histórico:
Hoje existem duas leis que regulam a união estável : Lei 8971/94
Lei 9278/96
A primeira lei que tratou do concubinato foi uma lei previdenciária. Antes da CF/88 a
concubina também podia adotar o nome do companheiro (Lei de registros públicos). A
CF veio tão somente a reconhecer “absolutamente”a união estável.
CF, Art. 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem
e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em
casamento.
União estável é uma união entre um homem e uma mulher (Art.1 da Lei 9278/96).
Não existe prazo de convivência para se criar a união estável; Não são necessários 5
anos estabelecidos. Esta união deve ser duradoura , mas não com prazo definido.
3. Características:
I) Estabilidade: está relacionada com o prazo de duração, mas não está vinculada
somente ao prazo. Está relacionada com o espaço de tempo, este deve ser razoável.
Este prazo fica a critério do julgador.
Paralelamente não se pode formar uma união estável em que o impedimento para
casar seja absoluto. Ex: Uma relação incestuosa entre um irmão e uma irmã, nunca
será uma união estável.
Nos casos de relação adulterina, onde a “amante”não sabe que o seu concubino é
casado (está de boa-fé), aproveita os efeitos da união estável tendo direito a 50% dos
bens que ela adquiriu com ele, porém os que ele adquiriu com a mulher (casada), a
concubina não tem direito.
Concubinato impuro: São as relações entre um homem e uma mulher que não tem a
proteção legal, não garantem aos indivíduos a proteção destas duas normas. São
relações que são tratadas nas varas cíveis comuns.
Para os que são casados pelo regime de comunhão universal de bens, o nosso código
atribui-lhe direito real sobre a moradia, além da respectiva meação, mesmo que a
propriedade do imóvel não seja do cônjuge sobrevivente.
Art. 7º - Dissolvida a união estável por rescisão, a assistência material prevista nesta
Lei será prestada por um dos conviventes ao que dela necessitar, a título de alimentos.
Parágrafo único. Dissolvida a união estável por morte de um dos conviventes, o
sobrevivente terá direito real de habitação, enquanto viver ou não constituir nova
união ou casamento, relativamente ao imóvel destinado à residência da família.
Para efeitos de herança, não existindo descendentes e ascendentes por parte do “de
cujus: , o cônjuge sobrevivente, herda “tudo” pela ordem de vocação hereditária. Se
houver ascendente ou descendente 50% vai para a mulher (patrimônio construído pelo
esforço comum), e 50% vai para o filho ou para o avô dependendo do caso.
A união estável não prevê estas regras acima citadas, por isso as opiniões se
dividem:
2- Corrente: (Minoritária) - Diz que o contrato pode ser firmado a qualquer momento
pois não existe um marco (como há no casamento) na união estável, já que se trata
de um processo progressivo onde não há dada inicial, não tem termo inicial definido.
Com relação a alteração do pacto nupcial, como a lei não proíbe, é permitido; já não
podendo ser aplicado analogicamente, por se tratar de uma norma restritiva de direito.
A união estável é um instituto que quer se aproximar do casamento por isto que as
regras do casamento valem para a união estável.
6. Dissolução: Não existe para a união estável toda aquela gama de ações que se
tem para o casamento. A única ação que existe é a ação de dissolução de união
estável, ou também chamada de ação de dissolução da sociedade de fato, sendo de
competência da vara de família.
Na união estável não é preciso alegar motivo algum, diferentemente do casamento,
além da vontade para dissolver a união estável, porém é permitido discutir os motivos,
bastando apenas um querer.
Só a vontade da pessoa basta, sendo objeto do litígio somente a partilha dos bens e
guarda dos filhos, como o divórcio,como cláusulas obrigatórias, podendo porém, como
no divórcio discutir outros assuntos.
7. Uniões Homossexuais:
A mais tormentosa questão que se coloca, e que mais divide as opiniões, é quando
se questiona sobre a possibilidade de os parceiros virem a adotar. O Projeto de Lei da
união civil nada previa, sendo que a vedação da adoção, tutela ou guarda foi
introduzida pelo relator.
A única objeção que poderia ser suscitada seria face aos termos do artigo 29: "Não
se dará a colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer modo,
incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar
adequado". No entanto, o princípio que deve prevalecer é o do artigo 43: "A adoção
será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em
motivo legítimo". Ao depois, é de se atentar na nossa realidade social, com um enorme
contingente de menores abandonados em situação irregular, que poderiam vir a ter
uma vida com mais dignidade. Assim, não há como se ter por incompatível com a
natureza da medida a relação, ainda que homossexual, que possua as características
de uma união estável, em que exista um lar respeitável e duradouro, cumprindo os
parceiros os deveres assemelhados aos dos conviventes, como a lealdade, a fidelidade,
a assistência recíproca, numa verdadeira comunhão de vida e de interesses.
Como não se pode excluir o direito individual de guarda, tutela e adoção garantido a
todo cidadão, independentemente de sua orientação sexual, tal restrição pode gerar
situações injustas. Em havendo a possibilidade de a adoção ser feita por um só dos
parceiros, eventuais direitos do adotado, quer de alimentos, quer sucessórios, só
poderão ser buscados com relação ao adotante, fato que, com certeza, acarreta
injustificável prejuízo, por não gerar direitos com relação àquele que também tem
como verdadeiramente seu pai ou sua mãe.
“Uma sociedade que se quer aberta, justa, livre, pluralista, solidária, fraterna e
democrática, às portas do novo milênio, não pode conviver com tão cruel
discriminação, quando a palavra de ordem é a cidadania e a inclusão dos excluídos”.
8. Guarda
1) Conceito: Separar a guarda de pátrio poder, são coisas distintas. A guarda está
inserida dentro do pátrio poder. Guarda é um dos direitos do pátrio poder.
“Guarda é o estado de posse do filho menor”. Nos Eua se chama de custódia do filho.
É o fato de ter a criança consigo. Quem não tem a guarda não quer dizer que não
tenha pátrio poder. O fato de exercer a guarda não quer dizer que se detenha
exclusivamente o pátrio poder.
2) Direitos Vinculados:
- Define domicílio e residência do menor: O casal separado a criança fica com a mãe.
A mãe pode ir morar aonde quiser com o seu filho. A mãe não pode impossibilitar o
convívio do pai com o filho.
A mãe não fica impedida de mudar de cidade, desde que, não impossibilite o
convívio do pai com o filho.
Se o pai tiver um convívio menor com o filho durante a período escolar, este terá
direito à passar uma parcela maior das férias com o seu filho.
- Direitos de fiscalização.
3) Deveres Vinculados:
Aquele que detêm a guarda tem mais direitos que o outro, pois, quem não tem a
guarda do menor cumpre com os seus deveres pagando os alimentos do menor.
Aquele que detém a guarda, também tem de arcar com os custos do menor, além de
ser responsável pela aplicação efetiva dos recursos necessários para o sustento deste.
4) Espécies de Guarda:
A única guarda aplicada pelo juiz é a guarda tradicional. Os outros tipos de guarda
depende de consenso dos pais.
A segunda grande desvantagem: é a chantagem que a criança faz com os pais. Isto
evidentemente retira das crianças os limites.Ex Chantagem: Na casa da mamãe eu
posso ver tv até as 10:00 hs.
Nunca se aconselha a separação dos filhos de um casal que tiver mais de um filho
em hipótese nenhuma.
Exceção, por exemplo, um filho que tiver 5 anos e, o outro 15 anos. Neste caso, não
houve um convívio grande entre os irmãos pois a diferença de idade é muito grande.
Logo não verifica-se problema na separação entre os irmãos.
Obs: A criança nunca deve ser ouvida pelo juiz sobre com quem quer ficar, o ideal é
a investigação através de um psicólogo.
O primeiro fator que determina a guarda dos filhos com a mãe é a questão cultural,
pois a mãe é a responsável pela educação dos filhos.
Segundo fator que determina a guarda dos filhos com a mãe é relacionado com os
filhos menores: As crianças até 3 anos de idade tem uma dependência muito grande
com a mãe. A mãe nessa idade da criança é fundamental.
A partir dos 5 anos entende-se que a mãe tem mais condições de ficar com os filhos.
A jurisprudência confirma maciçamente o privilégio da mãe em ficar com os filhos.
Somente em situações em que a mãe não tem condições é que pode-se falar am
alteração da guarda. Em casos extremados esta guarda pode ser alterada.
Ex: Maus tratos (Violência Física e Psíquica); Doença Mental; Prostituição; Drogas;
Má Conduta (duvidosa); Aliciamento; Bebidas; Abandono; Prisão; Cuidados básicos.
* Má conduta em si não quer dizer nada. Uma mãe traficante é caracterizada como
uma má conduta.
Jamais uma pessoa vai perder a guarda por que dispõe de menos dinheiro do que a
outra.
9. Visitas
1) Direito ou Dever?
Visitação Livre: O pai vê o filho quando este quiser. Ela pode ser utilizada em uma
situação inicial. Mas na prática não é aconselhável, pois acarreta problemas.
Forma de regulamentação padrão, a partir dos três anos de idade: Finais de semana
alternados ( quando o pai tiver condições de pernoitar com seu filho) Um final de
semana com o pai e outro com a mãe; Um dia durante a semana para passar com o
filho (Geralmente na quarta-feira); Divisão dos feriados e datas especiais; Dia dos pais
com o pai, e das mães com a mãe;
10. Alimentos
Necessidades básicas:
Þ Esse inciso define o que são as necessidades básicas. Os alimentos devem atender
a estas necessidades. Alimentos também devem ser computados como lazer.
OBS: O culpado pela destruição do casamento não pode exigir do outro alimentos
OBS: Os alimentos entre cônjuges devem ser os alimentos necessários para a sua
sobrevivência. Não é para continuar mantendo o mesmo padrão de vida que tinha na
época em que eram casados. Não será padronizado pelo nível de vida mantido antes
de casados, e sim pelas necessidades básicas necessárias.
OBS: Esses alimentos cessam no momento em que alimentado constituir nova união,
seja esta casamento ou união estável. Essa obrigação nunca mais pode ser requerida.
Esta obrigação deve manter o padrão de vida do filho. O filho não pode ser
prejudicado pela separação dos pais. A idéia é a manutenção do padrão de vida do
filho.
OBS: Os alimentos podem ser pagos em dinheiro ($), estes podem ser pagos em
bens.
Pode se exigir alimentos dos avós, se o pai não tiver condições de arcar pelos
alimentos.
OBS: Os alimentos são irrenunciáveis, mas pode-se requerer a sua não concessão.
Existe a obrigação do filho ter de pagar alimentos ao pai. Não se fala em padrão de
vida, se fala em alimentos necessários à sobrevivência.
Se o pai estiver gravemente enfermo, pode levar o filho que não amparar o pai,
perder o direito sucessório.
5) Requisitos- Binômio:
Nunca digam que os alimentos são fixados em 30% da remuneração. Não é uma
idéia falsa, mas esta idéia não tem fundamento legal nenhum. Os 30% para quem tem
dois filhos é muito pouco.
Necessidade:
Possibilidade:
Ação de exoneração de alimentos: Ação que se comprova que a criança não necessita
de nada, ou que este pai não pode pagar nada. É uma ação que não é aceita. Essa
idéia de exoneração só é aceita naqueles casos em que o pai comprova efetivamente
que está procurando empregos. Geralmente se comprova através de cartas dos
sindicatos (SINE, por exemplo).
O valor da pensão alimentícia só faz coisa julgada formal, não faz coisa julgada
material. O valor da pensão pode ser revisto a qualquer momento, desde que se
comprove alteração no binômio.
7) Procedimento (Lei 5.478/68):
Em hipótese nenhuma pode-se entrar com uma ação alimentar pleiteando alimentos
pretéritos.
Na ação de alimentos o juiz pode fixar o valor dos alimentos desde logo através de
uma liminar para discutir o valor ao longo da ação.
8) Execução de alimentos: é uma ação que tem por fim pagar alimentos não pagos.
Segunda espécie de ação de execução: Execução sob pena de prisão. O sujeito será
preso porque está devendo e, o fato de cumprir esta prisão determinada pelo juiz, não
perdoa a dívida, porém sobre a mesma dívida não poderá ser preso. Logo, pode-se
penhorar os bens do devedor para que seja garantido o pagamento da dívida. Este
poderá ser preso no máximo pelo prazo de 60 dias.
I – Reconhecimento Voluntário:
II – Reconhecimento oficioso:
Declaração da Mãe: A mãe solteira vai até o cartório de registro civil, registrar o seu
filho. Esta mãe será questionada perguntando-se quem é o pai da criança. Duas
opções ela terá. Na primeira opção, ela não diz quem é o pai, por não saber quem é.
Segunda opção: Ela declara quem é o pai.
Ministério Público: O Ministério Público vai tentar reúnir provas da paternidade para
ingressar com uma ação de paternidade contra o suposto pai, e quem ingressa com a
ação é o menor representado pelo Ministério Público.
Essa ação proposta, não retira a legitimidade da mãe de propor esta ação, pois a
legitidade do Ministério Público é uma legitidade concorrente.
Provas:
Hematológicas: Exames sanqüíneos. Além do fator RH, nós temos diversos outros
exames sanqüíneos de definição de grupo, cada vez mais consistentes na verificação.
O D.N.A, tem uma precisão de 99,99%, de que aquele sujeito é, ou não o suposto pai.
Os demais testes tem uma precisão de 60%, apenas.
- D.N.A: tem uma precisão de 99,99%, de que aquele sujeito é, ou não o suposto
pai.
O juiz só pelo exame de D.N.A, não pode julgar procedente uma ação de investigação
de paternidade, pois a medicina é uma ciência experimental, logo, estas estatísticas
são experimentais, e, em segundo lugar este exame de D.N.A pode ter sido
manipulado por alguém de situação financeira avantajada (propina).
O sistema brasileiro impede espécies de filiação, só existe uma filiação , pois não se
pode discriminar os filhos.
Não, depois da adoção não existe vínculo nenhum com os pais biológicos, salvo para
casamento.
Com a morte dos pais, a criança é titular de todos os direitos sucessórios cabíveis.
PÁTRIO PODER:
Poder que os pais exercem sobre os filhos menores. No sentido de que o menor não
só deve obediência ao pai, mas como o pai determina todos os aspectos em relação à
criança.
Não é Pátrio Poder, deve ser entendido como Pátrio Dever ou Dever Familiar. Não
deve ser considerado mais um poder de exercício mas um dever de exercício.
1) Conceito: Pátrio Poder, são as atribuições conferidas aos pais na criação, educação
e sustento dos filhos menores.
Pátrio poder na verdade são deveres, atribuições, obrigações, conferidas aos pais.
Se houver conflito o juiz é novamente chamado para dirimir o conflito com base no
interesse do menor.
Havendo separação dos pais Quem exercerá o Pátrio Poder? O Pátrio poder é
exercido por ambos ainda que separados. A guarda é um dos direitos inerentes ao
pátrio poder.
Art. 394 - Se o pai, ou mãe, abusar do seu poder, faltando aos deveres paternos, ou
arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério
Público, adotar a medida, que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus
haveres, suspendendo até, quando convenha, o pátrio poder.
Art. 395 - Perderá por ato judicial o pátrio poder o pai, ou mãe:
Atos contrários a moral e aos bons costumes. Ex: Exposição ao ridículo, humilhações,
trabalho forçado.
Esta criança que perde o “Poder dos Pais”, não continuará vivendo com os pais. O
ECA prevê nessa situação a Família Substituta, uma família que dê condições
necessários a sua criação e educação. Não havendo família substituta esta criança é
encaminhada a um lar de crianças.
Situação: Um casal que mora com o filho, e o pai por agredir seu filho perde o pátrio
o poder. Esta mulher não denuncia os maus tratos do filho. Em relação a mulher: Þ Ou
esta mulher é considerada como co-responsável por omissão. Þ Ou esta mulher será
obrigada a separar-se para continuar com a criança.
TUTELA:
Os avós embora não possam adotar, podem exercer a tutela deste menor. Ser
inclusive, a sua família substituta.
A família substituta ou adota esta criança, ou exerce a tutela sobre esta crança.
2) Aceitação – 414, CC A pessoa nomeada como tutor é obrigado a aceitar. Não pode
recusar a aceitação. Na prática o exercício da tutela pressupõe sempre a vontade desta
pessoa em ser tutor, pois esta criança deve receber carinho.
I - as mulheres;
3) Nomeação – 409, CC -
Art. 409 - Em falta de tutor nomeado pelos pais, incumbe a tutela aos parentes
consangüíneos do menor, por esta ordem:
III - aos tios, sendo preferido o do sexo masculino ao do feminino, o mais velho ao
mais moço.
4) Excluídos – 413, CC
Art. 413 - Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:
Quem é credor ou devedor do menor não pode exercer a tutela. Pois este poderia
exercer a tutela com outra finalidade ($$$$$$$).
III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes
expressamente excluídos da tutela;
Se esta criança tiver muitos bens, este tutor terá de dar garantias reais sobre a
administração destes bens. Terá de colocar o seu patrimônio próprio para garantia da
administração do patrimônio do menor. Se o patrimônio do tutor for menor que o do
tutelado, este terá de dar garantias fidejussórias.
I - representar o menor, até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-
lo, após essa idade, nos atos em que for parte, suprindo-lhe o consentimento;
III - aceitar por ele heranças, legados, ou doações, com ou sem encargos;
IV - transigir;
CURATELA:
3) Interdição:
Os pais não exercem o pátrio poder em virtude da maioridade do filho. Mas nada
impede que o pai seja o curador do filho.
Art. 392 - Extingue-se o pátrio poder:
I - pela morte dos pais ou do filho;
II - pela emancipação, nos termos do parágrafo único do art. 9º, Parte Geral;
III - pela maioridade;
IV - pela adoção.
REVISÃO DA MATÉRIA:
João e Maria publicam uma nota no jornal dizendo que a partir daquele dia
passariam a morar juntos. Sendo que, dois dias depois separaram-se. Houve uma
união estável? Não houve uma união estável, pois não houve a estabilidade, que é um
requisito essencial da união estável.