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('rtltrt'ight dasta edição:

l,l5ll'Ii'c lrlIilores Associados,SantoAndré, 2003.


lìrtlos os clireitosreservados Apresentação
E com muita satisfação que apresentamoso primeiro volume do livro
l ; t h r i t t t l o e :l t'Primeiros PassosemAnálise do Comportamento e Cogniçãoon.
Háalgunsanos
a ABPMC, sob direção do Prof. Hélio Guilhardi, çriou esta modalidade de
apresentaçãocom o intuito de dar a oportunidade para que conceitos básicos em
Análise do Comportamentoe Cognição fossem (re)vistos por profissionais e
alunos. O empreendimentofoi muito bem aceito pela comunidade de Analistas do
Comportamento.
Muitos alunos de graduação em Psicologia, principalmente, dos
primeiros anos, perguntavam a seus professores se eles iriam conseguir
"aproveitar alguma coisa do Encontro",wa vez que thesfaltava o domínio em
alguns conceitos básicos.Os "Primeiros Passos"vieram preencherestalacuna
e, acreditamos,contribuiu para o aumentona participação de alunos dos primeiros
anos de graduaçãoem Psicologia nos Encontros Anuais da ABPMC.
As apresentaçõeseram publicadas então nos volumes do livro ,.Sobre
Compoúamento e Cogrição" . No XI Ençontroda ABPMC, realizadoem Londrina
em setembrode2002, a atual diretoria e comissãocientífica do eventodecidiram
E$ETec Editores Associados
reunir as apresentações dessamodalidade em um liwo - separadoda publicação
do volume 6'SobreComportamento e Cognição". Esperamosqueo liwo sirvade
GoordEnlçãocdltorial:TeresaCristinaCumeGrassi-Leonardi
Alrlttente editorial:JussaraVinceGomes referênciapara alunosde graduaçãoque estejambuscandoum texto introdutório
Revleãoortográfica:ErikaHorigoshi sobre tópicos em Análise do Comportamento e Cognição. Desejamostambém
que essapublicaçãosejaútil paraprofessoresem buscade um material açessível
aos alunos e para profissionais que desejemretomar alguns conceitose tópicos
abordados.Esperamosainda que estapublicação seja tão bem sucedidaquanto
as outras publicações da ABPMC.
Aproveitamos a oportunidade para agradecera atuaTdiretoria da ABPMC
pelo incentivo e total apoio na organizaçãodesteliwo; agradecemosaosprofissionais
que, acreditando nesse novo empreendimento, submeteram seus textos para
publicação; e, por fim, mas não menos importante, parabenizamoso Prof. Hélio
Guilhardi pela iniçiativa ao criar estamodalidade de apresentaçãonos Enconfrosda
ABPMC e agradecemosseuapoio, traduzido no prefiicio desteprimeiro volume do
liwo "Primeiros Passosem Arrálise do Comportamento e Cognição".
Srrlintnçiìo rle exctttplltrcs:eset@uol.com.br
'lcl.( I l)4ee0-56t33
It'l/lirx:( I I ),143136ti66 Carlos Eduardo Costa
JosianeCecíliaLuzia
www r ' te lt' t' .tr rtltl.b r
Heloísa Helena Nunes Sant'Anna
l l r , r o i s n l l r r r n , t Nu r t,s S,tNr ' Au Na

"lr o a1odc senti:rque confere existênciaao sentimento".Corroboranctoeste


ponto clevista, Sant'Anna(1999) coloça:"Somos capazesde sentir apenasos
scntinrentosdisponíveisem nossocontexto".
Dessafoma, para analisaro relato de Beatriz, temosque enfocar,não o
(substantivo),"depressão",mas as contingênciaspresentesna
senl.inLrento
comunidadeverbal que o construiu. Este procedimento de análise aplica-se a
todos c's sentimentose emoções.
Análise funcional do comportamento
Concluindo, a interpretaçãodos Estados Subjetivos deve ser feita de Sonia Meyerl
Í'ora para dentro, ou seja, é analisando as contingências que a comunidade DepartamenÍo de Psicologia Clínìca IP-USP
verbal estabeleceque poderemos explicar os sentimentos,os pensamentos,a
consci€:ncia e os demaisestados.

RBF'srìÊNcrAs

Granger,G.-G. (1979).Introdução.In Descartes,R. OsPensadores.SãoPaulo:


A br ilCulnr al.

I f aggbloom,S. J.,et al. (2002).The most eminentpsychologistos the 20thcentury.


Reviewof GeneralPsl,chologt, 6, 139-152.
í Rnsunro
Kohlenberg,R.I.,&Tsai,M.(1991). FunctionalAnalyticPsychotherapy:Creating
Intenseand curative TherapeuticRelationships.Plenum Press,New York. A análise funcional é a identificação das relações entre os eventos ambientais e
as açõesdo organismo.Paraestabelecerestasrelações,devemosespecihcara ocasião
Sant'lmra, R.C. ( 1999). O p sicoterapeutacomo estímulo discriminativo pa ra a em que a respostaocorre,a própria respostae as conseqüências reforçadoras.Quando
as relações são de dependência entre eventos, estas são denominadas "contingências de
rutrmalidade.Trabalho apresentadono VII Encontroda ABPMC, Campinas.
reforço". O primeiro passo da análise funcional é a identificação do comportamento de
SkinneqB. F. (1974).Sobreo Behaviorismo.(Trad.Maria da PenhaVillalobos.) interesse,que deve ser enunciadotanto em termos de ação ou omìssãode açãocomo em
SãoPaulo:Cultrix. termos de classede ações,ou seja, comportamentosindividuais podem sermembros de
classesfuncionais rnais amplas. Para identificar relaçõesentre variáveis ambientais e o
Skinn,er,B. F. (1990). Can Psycology be a scienceof mind? American comportamento de interesse, inicia-se com a descrição da situação antecedentee da
I's.ttthologist,45(l I), 1206-1210. subseqüente,para em seguida verificar quais desteseventos de fato exercem controle
sobre a resposta analisada. Comportamentos operantespodem estar sendo mantidos
Walson,J.B. (1961).El Conductismo(3rd ecl.).(Trad.OrionePoli.)BuenosAires: por reforçamento positivo ou negativo. Para analisar a ocasiãoem que a respostaocorre
I id ilora Paidos.(Trabalhooriginalpublicadoem 1912.) (seus antecedentes),devemos verificat se existem para essa resposta: 1) estímulos
eliciadores;2) estímulos discriminativos; 3) operaçõesestabelecedoras; 4) regras e
auto-regras(que sãoestímulosdiscriminativos ou operaçõesestabelecedoras); 5) eventos
encobertosgeralmente não podem ser consideradosantecedentes,pof não participarem
da determinação da resposta;6) a história de vida não é uma ocasião em que a resposta
ocorre. Relaçõesentre respostastambém fazemparte da identifrcação de relaçõesentre

1 Os trabalhos finais apresentàdosà disciplina ministrada pela autora no Programa de Pós-graduaçàoem


Psicologia Clínica da USP "Avaliação e terâpia comportamental: fundamentÕs conceituais e teóricos"
de Adriana Regina Rubio, Noel José Dias da Costa e Fabíola Alvates Garciâ-Serpaíoram adaptadospara
este capitulo.


t)
Pntrral.rnos
Pessos
li,rrrrr|\,/lrrrtr

r'\'('rìk):riìrrìl)icnlilisc açõesdo organismo.A análisefuncionalestáintimamenterelacionada


O comportamentode interessedeve ser enunciadoem termos de ações
.ì ilì1,.'t
v(ÌtÌçiì(),c pcrnìanece sendoum desafioo desenvolvimento deuma análisecompleta,
do participante.Por exemplo,ajovem faz cháparao pai, cozinhaparao namorado,
cs;rt'eiulrncntcquandoela não é desenvolüdacom controlesexpei:imentais. Nestecaso, leva de carromembrosda suafamília aoslugaresque elespeclem.Deve,também,
t l:r lrotlcscr denominadaavaliaçãofuncional. serenunciadoem tenxos de classeou classesde ações.No exemplodado,uma
l':rl;rvllrr;-châve: análisefuncional;avaliaçãofuncional:análisede continsências. classede açõespoderia ser a de agradar os outros. Além disso, para que uma
definição seja completa, é aconselhávelidentificar exernplos e não-exemplos
A análise do comportamento está interessada nas relações entre os (Matos, 1999b).No casocitado, um não-exemploeraprocurar emprego.
cvcnlos ambientais (os estímulos) e as ações do organismo (as respostas). A Comportamentosindividuais são freqüentementeconsideradoscomo
itlcntif,rcação destas r:elaçõesé a análise funcional. "Fazer uma análise funcional membros de classesfuncionais mais amplas. Estas são agrupamentosde
c idr:nlificar o valor de sobrevivência de determinado comportamento" (Matos, comportamentosque compartilhama mesmafunção,mesmoque com topografias
le99b. p.l1) . diferentes. A identificação destes agrupamentosou classesrequer repetidas
Uma fonnulação da interaçãoentreum organismoe seuambientedeve observaçõesde diversos comportamentose dá-se pela constataçãode
sempreespecificara ocasiãoem que a respostaocorre,a própria respostae as regularidade de funções de diferentes formas de comportamentosabertos ou
conseqüênciasreforçadoras.As inter-relaçõesentre elas são as contingências encobertos.Sturmey(1996) sugeriuaindaque comportamentosmúltiplos podem
de n:forço (Skinnea I 974). ser organizadosem tennos de encadeamentoou de hierarquias de respostas.
Contingênciasreferem-searelaçõesde dependônciaentreeventos:entre Tambémpode ser foco de interessea omissãoou não ocorrênciade um
a respostae a conseqüênciareforçadora,no caso do comportamentooperante; dado cornportamento(Matos, 1999b),como, por exemplo,a falta de habilidades
cntre a:rtecedente,
respostae conseqüente,no operantediscriminado; entre uma sociais.Analistasdo comportamentopreocupam-seem foúalecercomportamentos
conrÍiçãoe um antecedentee a respostae a conseqüência,em uma discriminação adaptadosque sejam funcionalmenteequivalentesàquelesque estão causando
condicionai. Operantescomplexos envolvem múltiplas contingênciasoperando problemasÊ, para isso, às vezesé necessiíriodesenvolvernovos repertóriosde
em difbrentescombinações,simultâneae/ou sucessivamente. comportamentosquepossamsubstituiros problemáticos,outrasvezeso repertório
já existe,mas não estásendodevid.amente reforçado(Shrmey, 1996).
O primeiro passo para a rcalizaçã,o de uma análise funcional é a
iderrtificação do comportamento de interesse. Isto requer, do analistado O segundopassopara a realizaçãode uma análisefuncional é, de acordo
comportamento,a observaçãodo comportamentoe/ou a obtençãode relatos de com Matos ( 1999b)"identificar e descrevero efeito comportamental:a freqüência
outras pessoas. com que ocorre, duração ou intensidade.
S t ur m e y (1 9 9 6 ) e n u me ro u d i v e rs o s cri teri os para sel eção de O terceiro passo é o da identificação de relaçõesordenadasentre
cornpoltamentos-alvo, sugeridospor vários autores: selecionaro problenra variáveisarnbientaise o compofiamentode interesse,assimcomo a identificação
r nais a. v er s iv op a ra o c l i e n te , p a i s o u c u i d adores;- sel eci onarcomo de reiações eÍÌtre o compofiamento de interessee os outros comportamentos
compofiamento-alvoaqueleque apresenteperigo fisico ao cliente e/ou a outros; existentes(Matos, 1999b).Pararcalizar estatarefa,iniciamos com a descrição da
selecionarcomportamentos-alvo, sem o tratamentodos quais o cliente teria situaçãoantecedentee da situaçãosubseqüenteao comportamentode interesse.
uln prognósticopobre; - selecionaro comportamentoque é fácil de mudar para Após essa descrição,passamosa identificar quais eventos são condições
âs s eguLr ar c oop e ra ç ã o d o c l i e n te o u d o c ui dador; * sel eci onar um antecedentes e quais são conseqüências.
comportamento-chave,aquele que produz maior mudança entre diversos Paraanalisalas conseqüências,as seguintesperguntassugeridaspor
conrpoltamentos-alvo;- ensinarcomportamentosincompatíveisfuncionalmente Matos (1999b) podem ser formuiadas: a) é uma condição reforçadora ou uma
rclacicnradosque aumentema adaptaçãoao ambiente,ou que sejamimportantes condição aversiva? b) sua ação se faz por apresentação,remoção ou
para o desenvolvimento de outros comportamentos,ou que sejam relevantes impedimento?c) o produto é gran.de,provável, imediato? d) existemprodutos a
l)irrzruÍn desempenhobem-sucedido,ou que sejamvalorizadossocialmente, longo prazo? Quais? e) os produtos são conseqüênciasnaturais ou sociais?
sclocionarcomo comportamento-alvoaqueleque é provável de se manter; São conseqüêrrciasmediadaspor agentessociais? Quem são os agentes?
sclcciunarcornportamentos para mudar que são consistentescom as normas As respostasa estasperguntas ajudam-nos a entender características
locirrisc/ou de desenvolvimento; - selecionarcomportamento-alvo quepermita essenciaisdos comportamentosoperantes.As respostasque são controladas
urrrrrrrr:llrorhabilidadede discriminação entredesempenhos beme malsucedidos.
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76
P,\ssos
PnrNasrRos
l . i o ut,t ÍV t,vtttt

pclos cstínrulosconseqüentessão chamadasde operantes,os operantessão, l, Estímulos eliciadores


crÌtiìo,çaracterizadospela relaçãoRESPOSTA*CONSEQÜÊNCIA(R-C). Os RespostasrefÌexasoufespondentessãoeliciadasouprovocadaspor
oporantespodem ocotïer em baixa fieqüência ou alta freqüência,a dependerdo umestímulo'Porexemplo,oestímulo..ruídoalto''eliciaarespostadesusto.
cstirnulo conseqüente.Quandose observao aumentona ÍÌeqüênciade respostas,
diz-se que as respostasforam reforçadase, quando se observabaixa freqüência
de respostas,dizemos que as respostasforam punidas ou extintas.Dois tipos de 2. Estímulos discriminativos
conseqüênciassão chamadosde reforços, aquelasem que uma respostaproduz EmumacontingênciadetrêStermos,oSestímulosdiscriminativos(SDs)
quais uma resposta tem conseqüências
a apresentaçãode um estímulo (reforço positivo) e aquelasem que uma resposta sinalizam as condiçõãs sob as
produz a remoção (reforço negativo ou fuga) ou o adiamento de um estímulo diferençiais.
(refbrço negativo - esquiva). Ambos os tipos de conseqüênciasproduzem o indiscriminadamente' eles
Os operantes(relaçõesR-C) não ocoÍÏem
aurncntona freqüênciada resposta(Sidman,1995).Assim comonascontingências e em outras náo'na presençade algum
podem ocoÍrer em atgumas situações
de refcrrçamento,dois tipos de contingênciasde punição podem serobservados: ou' ainda' uma rgspostapoderia ocorrer
estímulo e não ocoffer tu t"u u"td""ia
o primeiro tipo ocorrequandoumarespostaprodtzaapresentação de um estímulo na presençade um outro estímulo' Os
na presençade um estímulo e não ocorrer
aversivo(puniçãopositiva), e o segundo,quandouma respostaproduz a remoção são-freqüentemente çhamados de
estímulos qrr" unt"""d"* os operantes
de um estímulo reforçador positivo (punição negativa) (Sidman, 1995). A de dependência entÍ€ um estímulo
estímulos dis"riminatit]oì , " u''auçAo de
freqüênciade respostastambém diminui quandoum reforçador usual deixa de (R) e uma-cônseqüência(C) é chamada
disçriminativo (So), uma Íesposta
ser apresentado,e esseprocessoé chamadode extinção. icatarna'' 1e81'leeea)'Emumatríplice
reee;Matos'
;;il;;;s"*iáis"-n-Cj sob
termos, os SDssinalizam as condições
Ao realizarmos análises funcionais de comportamentos considerados contingênciaou contingênciade três
problemáticos,podemos direçionar nossapesquisasobre os conseqüentespara diferenciais' Por exemplo' um
as quais uma Íespostã-i"* "ot'"qüências (R)
prËr"ttça dos pais (SD1)falar "palawões"
asseguintesquestões:há falta de conseqüências apropriadas?Isto porquealgumas adolescentepoO" upr"ria", qrr" rru amigos (SD2) falar
presença dos
vezespessoasdesenvolvemcomportamentos problemáticos simplesmenteporque é seguidopor desaprovaçao1Ct;- enquanto.na
respostas mais úteis. Há conseqüências competitivas e áitt""ei9 (9zj Um adolescentesúmetido a
o ambiente não reforça "palavrões" 1Rl
'"gJáï* discriminado se falar palavrões apenas
entresi?Vários comportamentos desenvolvem-se sob um conjunto de condições, esta situação apresenr;;á rrà opË.unt"
palavrõesna presençados pais' O operante
masmais tardepassÍÌm a seÍ influenciadospor outras condições, e pode serdificil na presençados amigos e não fãhr
a respostaemitida pelo organismo ocorre
identificarquaisdelasestãooperandonum determinadomomento.Conseqüências é consideradodiscriminado quando baixa
a crÌrto prÍLzomuitas vezescompetemcom as de longo prazo, como no caso de de um-bo e não ocorre ou ocoÍÏe em
com alta freqüência ";;;;ã;;
de um outro SD(Matos' 1981)'
fazer díeta,em que a conseqüênciaa longo prazo mantém o comportamento, mas freqüênciana .rru ut"Át'Ëa o" p"'"ttçu
o reforço imediato obtido pelo comer çlaramenteinterfere.Há controle conseqüente (estímulo discriminativo) no
A função do estímulo antecedente (estímulo
inadequado,ou seja,existemreforçosquenão deveriamreforçar,como é o ca^co da função do estímulo antecedente
op"runr.'ã"u" ,"' aif"t"""i"Ja da operante tem a função
pedofilia?Nestescasos,pode sernecessáriodiÍicultar o acessoa estesreforçadores antecedenteno
eliciador) no respondente' O estímulo será seguida por
(Follette,Naugle & Linnerooth,2000). em que ÌIma resposta
apenas de estabelecer a ocasião a resposta. A relação
erenão elicia, não provoca
Paraanalisara ocasiãoem que a respostaocorre, ou sej4 os antecedentes determinadas entendida'
da resposta,devemos verifiçar se existem para essa resposta 1) estímulos
"orr."q,iãrr"ius,
discriminativo e a resposta noìperante deve ser
entre o estímulo seja' a resposta tem a
Podemos tetmos probabilísticos' ou
eliciadores;2) estímulosdiscriminativos;3) operaçõesestabelecedoras. segundoMatos (19S1.1, do
"m aumentada em função da apresentação
ainda tentar identificar a existência de um tipo importante de estímulo sua probabiliauO" O" ã*"C'ttiu tratando'
disçrin:rinativo ou operação estabelecedora: 4) regras e auto-regras. Se elapoderá ou não ocorrer' não se
estímulo discriminativ;;;;;;"' eliciador no respondente'
pensamentos ou sentimentos antes da oconência N" do estímulo
iderrtiÍìcarmos a ocorrênciade portanto, d" r,tt'u ""soé causal e não probabilística' ou seja' a
'"ttçao "t"J'
e a resposta
claresposta,teremosque olhar çom muito cuidadoseestes5) eventosencobertos a relação entre o se
"*"àt'lo estímulo antecedentee sempreocorrerá
porJcmser consideradosantecedentes,serealmenteparticipam da determina.ção respostaé eliciada, p;;;;;Jtptìo
cla r.esposta.Ao analisarmosa 6) história de vida, devemos evitar confundi-la o estímulo eliciador estiverpresente'
c()r-na ocasiãoem que a respostaocorre.
79
18
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:,r rr,r,\ [,.1| \ | r{ Pnrprurncls
P,lssos

Ao irrrlIisanllos fìncionalmente colÌÌportamentosconsiderados


As operaçõesestabelecedorasde privação, saciaçãoe estimulação
pr,rlrlt'nr;iticos,podetnosdirecionarnossapesquisasobreos antecedentes para
aversivapossuem,
segundo Michael (1993), quatroefeitosconluns:
;rs r;rlluirrlesqucstõss:Faltam antecedentes apropriados,ou seja, o problema
ot olr.çnlo por falta clerepertório do indivíduo, mas por falta de oportunidadede
ocorr'ôrrcir,rde uma respostaapropriada?Uma criança que é filha única e que não 1- E fei to est abelecedorde r ef or çam ent o ou punição: um a oper ação
lìt:t;iicnl.aescolapode não ter tido oportunidadede desenvoivercooperação. estabelecedoraaltera momentaneamentea efetividade reforçadoraou punidora
l;ultucontrolediscriminativo?Há ocasiõesem que um padrãocomportamental é de um estímulo;
rpropriadoem algunscontextos,masnão em outros,entretanto,estesdiferentes 2- Efeitoevocativoou supressivo: evocaou suprimerespostas que no passado
c onlc : x t osnã o c o n tro l a m d i fe re n c i a l rn e nteas respostas.H á control e produziram conseqüênciascuja efetividade tenha sido alterada;
tlisr;rinrinativoinadequado?Este parece ser o caso de comportamentos 3- Efeito evocativo ou supressivodo SD:aumenta a efetividade evocativa ou
ruutolesivos que sãoreforçadosdiferencialmente,mas ondeseriamais desejável
supressivade todos os SDsque tenham sido correlacionadoscom o reforçador
clueo tÌìesmocontexto controlasserespostasÍuncionalmente equivalentes,mas ou punidor definido pelas operaçõesestabelecedoras;
rurcnosdestrutivas(Follette, Naugle & Linnerooth, 2000).
4- Efeito sobre o reforçamento ou punição condicionada: aumenttdiminui a
efetividadereforçadoraou punidora de qualquerestímuloquetenhasido pareado
3. Oper:açõesEstabelecedoras- OEs com o reforçadorou punidor estabelecidopelasoperaçõesestabelecedoras.
Além dos estímulos discriminativos, outras condições ambientais
antececlentes podem alterar diferentementea probabiiidade de ocorrência dos A s oper ações est abelecedor aspodem ser condicionadas ou
operanl.es. Operaçõescomo a privação e a saciaçãopodem aumentarou diminuir incondicionadas.As operaçõesestabelecedorascondicionadassão aquelas
a probabilidadecle ocorrênciade uma resposta.A estasoperaçõesMichael correlacionadascom estímulos reforçadores,punidores ou eliciadores
(19Í\2, 1993)chamoude operações estabelecedoras (OEs).Catania(1999)define condicionados,ou seja, que passarampor um processode aprendizagem.As
as OEsicomo qualqueroperaçãoque mude a condiçãode um estímulocomo um operaçõesestabelecedorasincondicionadas são aquelas correlacionadascom
refcrrçadorou punidor, como, por exemplo, a privação, a saciaçâo,os estímulosincondicionados,não estabelecidospor qualquer processode
procerJimentosque estabelecemestímulos formalmente neutros corno aprendizagem.A distinção entre as operaçõesestabelecedorascondicionadase
r ef or ç : ador e sc c l n d i c i o n a d o so u c o m o a .versi voscondi ci onados e as incondicionadasdependeunicamente do processode estabelecimento- inato
apresentaçõesde estímulos que mudam a condição reforçadora ou punitiva de ou aprendido--e não do efeito evocativo.
outrosestímulos(p.412).Por exemplo,seuma criançapedeou não um copo de O estudo das operaçõesestabelecedoras pode çontribuir para uma
água pode depender, em grande parte, de quanto tempo se passoÌr desde a análisemais minuçiosa dasvariáveis das quais o comportamentoé função. Para
últirna vez em que ela bebeu água e não da presençaou ausênciado filtro de Schlinger e Blakely (1994), a análise do comportamento operante não deve se
água.ì-)ssasoperaçõestêm a função de evocar a respostae alterar a efetividade restringir apenasà análiseda contingênciade dois termos (relaçãoR-S), mas
de ever'Ìtosreforçadoresou pr-uritivos. deveria contemplar também a análise das OEs e dos SDs que antecedem a
As oper:açõesestabelecedoras produzemdois diferentesefeitossobre contingênciade dois termos. O seguinteparadigma é sugerido por Schlinger e
o complortamentode um organisrno: 1- alterar (aumentandoou dirninuindo) a Blakely(1994):
efetivicladede algum objeto ou evento como reforçador ou punidor e 2- evoçar
o comportamentoque, no passado,foi seguido por esta conseqüência.As
openaçõesestabelecedorassão operaçõesambientais antecedentesque devem OE
ter suasfunçõesdiÍèrenciadasda função dasoperaçõesambientaisantecedentes
ì
definidascomo estímulosdiscriminativos"As operaçõesestabelecedoras definem
a efetividade de conseqüências,enquantoos SDsapenassinalizam a ocorrência
das conseqüências,casoa respostasejaemitida.
r'
R -> Conseqüência

qD)

80 81
PmuBmosPa,ssos
lürx il Mr,vrn

Uur cxe:nrploda utilidadeda análisede operaçõesestabelecedoras foi Regras são antecedentesde comportamentosde seguir regras,e esses
(lu(líÌlì(ìf l )orrglrorc llackbert (2000)em estudosÍelacionadosà depressão. Para comportamentossão denominadosde comportamentosgovemadospor regras
oHrrul()r'cli, os colÌìportamentosdepressivossão, geralmente,antecedidospor em contraposiçãoaos comportamentosmodeladospor contingências.A rigor,
lrèxt:rrrrtliçilcs:l- níveisinsufiçientesde reforçamento;2-aperdade umagama apenasa piimeira emissãode um novo comportamentoapósuma regra ter sido
de relìrrçadores;3- persistentepunição ou altos níveis de estimulaçãoaversiva. formulada é um comportamento governado por regras,porque o comportamento
A tercreiracondição funcionaria como operaçãoestabelecedorapara os de seguir regfas também é um operante mantido por contingências. As
eorfìlr()r'tarÌÌentos depressivos, vma vez que evocaria os seguintes conseqüênciasque mantêm o comportamentogovernadopor regrassãode dois
componanlentos:chorarexcessivamente, autodepreciação, formulaçãode regras tipos: a obediência à regra é mantida por contingênciassociais; a execuçãodo
lhlsrs sobre si mesmo, esquiva social, abuso de álcool e drogas, pensamentos cãmportamento especificado pela regra é, em geral, um desempenhomotor
pcssinrist.as sobreo futuro, sono,entreoutros.Estabeleceria,ainda,asexpressões modeladopor contingênciasnaturais(Matos, 2001).
tlc sinrpatia,a comiseraçãoe a oferta de assistênciacomo reforçadoresefetivos. Essamesmaquestãopode ser mais bem explicada: o compoÍamento de
Âlónr disso, estas condições antecedentespoderiam potencializar os efeitos seguirregrassempreenvolve duascontingências,uma alongoprazo, acontingência
rcÍbrçadoresdo comer, dormir, do isolamento,das drogase do álcool. última, e outra a cuÍto prazo, a contingênciapróxima ou reforço por segrir a regra
Segundo Sturmey (1996), os estadosemocionais também poderiam (Baum, 1999). Quando o ouvinte acatauma ordem, pedido ou instrução, o falante
llrrcionar como operaçõesestabelecedoras. O estadode ansiedade,por exempÌo, fornece aprovação ou reforçadores simbóliços ou retira uma condição aversiva'
prxleria funcionar como uma OE por: I - aumentaro valor reforçadorda remoção Esta conseqüência tem papel fundamental quando se quer instalar um
dcste estímulo e 2- aumentara freqüência dos comportamentosque removem comportamento,ouquandoseestiierninício detreino.Acontingênciaútimajustifica
estcestímulo.Parao autor,o conhecimentodas operaçõesestabelecedoras pelo a existênciada contingênciapróxima' pois emboraatuea longo pftLzo,
analistado comportamento poderiaproporcionar formulações mais complexase
sutis a,cercade suas formulações. Além disso, as operações estabelecedoras "incorpora uma relaçãoentrecomportetmento e conseqüêncía que é
poderiamserutilizadas para descrevercomo asrelaçõesantecedente-resposta- realmenteimportante,independente de quão trivial ou arbitrária a
conseqüênciasão alteradasem ambientesdiferentes. contingênciapróxima possa parecen
A relaçãoé impartante porque se
Miguel (2000) apontaquatrorazõespara que o conceito de OE sejalevado referi à saúde, sobrevivênciae bem-estara longo prazo dos
descendentes e dafamília (Baum,1999,p' 162)"'
cm conta numa análise funcional: 1- porque tal conceito pressupõerelações
ambientais que poderiam alterar o valor de reforçadores condicionados,
independentedo valor de reforçadoresprimários com os quaisforam pareados;2- Por exemplo, sujeirae pedregulhosno chão constituemo contextopara
porque permite a manipulação de comportamentos através da manipulação de usaÍ sapatos, porque isso impede ferimentos e doenças que poderiam ser
eventos ambientais antecedentes,mantendo a rclação resposta-conseqüência adquiriãasao andardescalço.Assim, a reduçãoda probabilidadede ferimentos
constante;3- porque provoca uma nova discussãoconceitual a respeito do uso dã"nça* e o aumentoda probabilidade de sobreviver e reproduzir constituem
"
do termo SD;4- porque chama a atençãodos analistasdo comportamento para um o reforço último por usar sapatos. A regra e a contingência próxima são
dos maisimportantese tradicionais fenômenospsicológicos: a motivação. Segundo temporárias. Se a respostaneste contexto for fortalecida, entrarã em contato
Catania (1999), quando estudamosa motivação, estamosinteressadosno que com a contingência ultima e serámantida por ela. Esta seria a situação ideal,
torna as conseqüênciasmais ou menos efetivascomo reforçadorasou punitivas. emboranão ocorra em todos os casos(Baum, 1999)'
Regras facilitam a aquisição de novos comportamentos, principalmente
l. Regra e auto-regra quandoas contingênciassãocomplexas,imprecisasou aversivas.Entretanto,o
seguimentode regraspode produzir reduçãona sensibilidadecomportamental
e
Regra é um estímulo discriminativoverbal que descrevecontingências às contingênciasnaturais, ou seja, quando as contingênciasnaturais mudam
(Skinner,1982),mashá situaçõesem que elapodefuncionaraindacomo operação o não se altera, diz-se que o comportâmento é insensível às
"o-portu*ento está
estabelecedora,ou seja,pode exercermúltiplas funções(Albuquerque,2001). A contin!ências naturais. Provavelmente, nestes casos, o comportamento
regra pode ser uma instrução, um conselho, uma ordem, uma exigência, uma não fazendo contato çom as
up"nur sob controle das contingências sociais,
proporitade beneficio mútuo. ctntingências naturaisque produziriam comportamento incompatível'

82 83
Pnrvr:rnos
Passos

Sc'cs hurra.os não apenasseguemregras apresentadas Ao analisarmos comportamentos considerados problemáticos,


por outros,
( ()ilr()t;ulrl)Úlnlbrrnulam e seguemsuaspróprias regras. podemos direcionar nossa pesquisasobre o controle por regras para as
Quando estas são
lirr11111l'11'1* .u reformuladaspelo indivíduo cujo compoftamentopassama seguintesquestões:O cliente formula regras que não correspondemà
r'.nr,..rllrr', dizenrosque sãoauto-regras.Nestecaso,uma partedo repertóriodo contingêncianatural?Ele tem dìfiçuldadesem seguir regrase auto-regras?A
rrrrlivíthroaÍòtaoutrapartedesterepertório.As auto-regraspodemserexplicitadas di fi cul dade em seguir r egr as r est r inge- se àquelas que descr evem
|rrblic;rrncnte,ou podemocorrerde forma encoberta,quandoo indivíduopensa conseqüênciasdiretas do comportamento (em contraposição à aprovação
( . k r nir s1997)
, . social)? Ou ele apresentaseguimento excessivo de regras, mantidas por
conseqüênciar; sociais?(Follette,Naugle & Linnerooth, 2000).
Iì irnportanteconsiderar que, quando há correspondênciaentre auto-
c desempenhonão-verbal,é difïcil afirmar seo desempenhonão-verbalfoi
'clrrto
t'.rrtrolado pelo relato ou se as mesmas contingências controlam tanto ação 2. Eventos encobertospodem ser antecedentes?
(fuanto descriçãoda ação,sem que o relato participe da
tleterminaçãoda ação. Baseando-se em Skinner(1982), algunsterapeutascomportamentais e
A formulação de novasregrasé um mecanismode mudançana clínica, pesquisadoresbrasileiros têm utilizado eventos encobertos em suas análises
ú ur'a f.rma de facilitar o aparecimentode novos comportamentosque se espera (Banaco,1999).Tal uso suscitaquestõese divergências.Algumas delasseriam:
(lr-lcpaÍìsema ser controlados por suasconseqüênciasnaturais.
Entretanto, ao o uso de eventosintemosna análisefuncional é legítimo?Não seriauma tentativa
sc:c:or]duziruma análisefuncional de um casoclínico, é difïcil que regrassejam de explicar as causasdo comportamentohumanoa partir do interior daspessoas,
lnlcceclentescrjticos.Geralmente,os compoftamentos-alvo de nossasanáìises como nas teorias mentalistas?Se for importante utilizar os eventosencobertos
c inten,ençõesestãobem estabelecidos e, mesmoque tenhamsido adquiriclos na análise funcional, qual seria o papel destese sua importância?
l)or reÉifas,são mantidos por algurn tipo de reforço, caso contrário não se
Inicialmente,é necessárioclefiniro que sãoeventosencobertos.Segundo
r'anteriam. se o cliente estáseguindouma regra que estáem desacordo
oom as Skinner (1982), o comportamentoencobertoé aqueleque só pode serobservado
conseqüências naturaisde suasações,ele deve estarsendoreforÇadopor isso
pela própria pessoaque secomporta (por exemplo, sentir) ou pode serexecutado
c ó essa a dimensão que deve ser anarisadacom ele. podemos conrid".u.
u em uma escalatão pequenaque não seja visível aosoutros(por exemplo,pensar),
possibilidadede que ele sejaexcessivamente controladopor aprovaçãosocial.
ou o comportamento encoberlo ê fazer aquilo que se faria quando o estírnulo
outro cuidado deve ser tomado ao se empregaro conceito de govemo estivessepresente(como ver algo na ausênciada coisa vista, "fantasiar", por
lx)r re,graspara explicar fenômenosque ocoffem na clínica. Não se devem exemplo). Por isso, o acessoda comunidade verbal a estescomportamentosé
c.n Íì;ndir crenças,conceitousadopelos terapeutascomportamentaiscognitivos,
restrito, e depende da descrição verbal feita pelo indivíduo de seus próprios
corìl regras,apesarde existirem algumas semelhanças.Afirmar que um
cliente comportamentosencobertos.Até o momento, o relato verbal é a fonte mais
p.ssui uma crença,muitas vezes irracionar,e que ela é responsável
por importantede dadossobreos eventosinternos(de Rose, 1997).
r:ornpontamentos que causamproblemas, é usualmenteuma afirmação sobre a
pr.babilidade de comportamentoe está baseadana observação Poderiase definir eventosintemos apartir de outra perspectiva.Banaco
ds instâncias (1999) sugere que seria melhor definir essa classe de eventos não como
.u passadosdo comportamento (costa, 2002). o temo .,regra" é por
'clatos
vczcsusadode maneirasimilar,como nos alertouBaum (1999),uo aomporlamentosencobertos,mas sim como respostasencobertas,já que
uã*u, q,r" sabemosque o compoftamento é mais do que uma resposta.
rrì. sc diz que'ma pessoaestáseguindouma regraquancÍopercebemos
alguma
rcgtrllridadeem seu comporlamento.por exemplo,uma ãva[ação O uso dos eventosencobertosno processoterapêuticotem importância
funcional
irlcrrÍiÍìcouo comportamentoinadequadode um homem em aproximar-se no contexto behaviorista?Na busca dessaresposta,terapeutasbrasileiros têm
de
rrrrrlhores. ldentificou aindauma história de puniçãopara essaclassede ações. sereferidocom freqüênciaà seguintecitaçãode Skinner(1982):
ttt:tst;oncluiuque estahistória levou-o ao desenvolvimentoda rcgra..se
eu for
lirlrrrr:.rr algumamoça,vai dar tudo errado",que teriapassado "{Jma análise behavìorista não díscute a utilidade práIica dos relatos
a-controlarseu
('(|lillx)rrirr'ìento de esquìva.social.Mas seráque há necessidadede supor que acerca do mundo interior o qual é sentido e observado inít"ospectivamente.
rrr;r rrgra cste.iacontrolandoo comportamento?Não bastaa história Eles são pistas (l) para o comportctmentapassado e as condiçõesque o
ãe vida
;rrrrtr crrlerrtlcr a firnçãodestecomportamento,? afetaram; (2) para o comportamentoatual e as condiçõesque o afetam;
e (j) para as condiçõesrelacionada'scom o comportameníofuturo."

84 85
r , I I \ f,l r \ | rr

(...) Porteparecerque há uma razão maisJortepurd investigaros


l';rrrt.c t'stiu',crìtão,.iustif'lcadaa prática de Seinvestigaf o mundo interiof queimpttrltt.mascomo
sentimentos alheios.se 'nãoé o comportamento
,1,,.-r lrr.rrtt's.M;rs outt'a questão é levantada: O que fazer com aS informaçõeS qu(lntaa seucomportamento ', a descobertudo:;senlimentos
a pessoa sesente
l:las siìtt o que, e servem a quê?
, ,rlt l;rrlrr:;',f deveriaconsüraíro primeiropasso.Mas a maneiraconxoun(l.pessoQ se
depende do comportomento e das
l)c lttlsc 1 l9t)'7)menciona que há circunstânciasnas quais o pesquisador senleacerc(lde seucomportamento
rr;ro 1rrr,.lt.obtcr ilaclos de observação Sobre aiguma contingência que opel:a ou condiçõesde que é função, e podemoslidar com estasseme'xamtnar
rìl)('r()lrsçlrle as respostasque está estudando.NeSsesCasos,ele Se utiliza de sentimentos. Quandoestamosajudandopessoasa agir de.formamais
efìcaz,nossa primeìratarefaseráaparenÍemente modifcar-lhea maneira
,,,1,,1,,r,vcrl)Í.tisdos sujeitos que descrevam aS contingências que necessita para
o que pensal'am, Ou O que Sentiram
de sentire assima maneìrade agtt masumprogromamaiseJëtivoserir
|ì,,,lcr rrrurlisilr. Assim, perguntar aos clientes mudar-lhes a maneiradeagir e assím,incidentalmente, a desentir'
1o rìì()tìlLìtì[opode Seï uma forana fle se poder chegar aos dAdos que levâm à conheceroutrapessoa ë simplesmenÍe conhecer
Numaanálísebehaviorista,
I ist: lìrn cio na l.
;rrr:i o queelafaz,fez oufara, bemcomoa dotaçãogenéticae os ambientes
Skinner (1974) justifica esta prâticada seguinte forma: passados epresentes queexplicam por queelaofaz' Nãosetratadeuma
tarefafácil por"quemuitos fatoresrelevantes estãofora do alcancee cada
pnuoá é iidubimvelmente única.Mas nossoconhecimento de outremé
",lijrlumo,stíescobrir como outra pessoa se sentepor varias razões. -límitada dosfatos í$'194)'"
pelaacessibilidade, não pela natureza
lÌttttltu.rte rJenosso comportamenta é reforçada por seus efeiros sobre
o,\orüros, e será presumivelmente mais reforçador se o efeitofor claro E mbor a não haja nada, em um a concepção ext er nalist a do
.4.s,sim, agimos para reJ'arçar aqueles de quem Sostamos ou a quem verbal
compoftamento, que justifique a recusa em analisar o comportamento
(t,nun'tosou pQrQ evítaríeri-los, em parte, por cctusado quefarão por em entendê-los
supo;tamentedescritivo de ãventos intemos, há que se cuidar
\uu vez. (A tendência poderia ser inata, de vez que há um valor de do
viveviv<2ncia,por exemplo'no comportomentode uma mãe que alimentct
como indicativos das contingências ambìentais envolvidas na conduta
tem sua importância em
sctt.[rlho, cuida dele e os protege dos perigos e que, assimfazendo, indivíduo (Tourinho, 1997). Essa classe de eventos
vistos,
ltntpit:ia condições que clttssirtcamos como reforçadores
positivos e oferecer pistas para que sejam identificados os determinantes,sendo
destes deterninantes que
n<:gativos; todavia, as contingêncías s.ociais de reforço geram um portanto, como adjuntos a eles, um subproduto
( ()mportamentocomparável). É importante que o receptor revele que facilitam suai<lentificação.
íìtmo.tbem-sucedídose ele o pode fazer informando sel$ sentimentos. A consideraçãodos eventos encobeÍtosna análise funcional e devida
llnttt pessoa que está sendo massageada diz que a sensação é boa; e
díz que ao fato de se constituírem em facilitadores do processo de identificação
t.tl.quém Ìraro quem se está tocando detenninada peça musical possível perceber
qo,statlela. Quando tais 'sinaisde sentimentos'eslìo dusenles'podemos compreensão<losel'entosem análise.Através deles,torna-se
.t)<'rguntarou ínvestÌgar de outro ntodtt como uma
pessoa se sente a intensida<leem que certos eventosimpactam o indivíduo'
pata a
( Skinner,1974, P.193);' Concluindo, a identificação de contingências é fundamental
decorrentemudança deste. Essa tarefa será
compreensãodo comportamentoe a
O que fazer: com aS informações obtidas sobre os eventos encobertos? analista do comportamento, investigar com
bem-sucedida Se o terapeuta, ou
lrsl:r ['unta questão primordial ao se tratar do tema anáLise funcional' Tais Nesse sentido,o
propriedadetodos os aspectospossíveisrelacíonadosa ela.
irrlorrrlrçõcs devem Sef consideradas não como explicação da conduta do se feveste de importância, dadas as suas
estudo dos errentosencobeÍtos
rrrtlrvirluo, trrascomo um meio de se Sabermais a respeito das contingências nas possibilidadesem favorecer tal tarefa'
rtrririsclc cstá inserido.A isto, Skinner(1974) refere-seassim:
Emboratenhamimportânciaem sinalizareventosepermitiruma compfeensão
se deve atribuir função
rnais ampla dos deteminantes, aos eventosencobeftosnão
diretamente associadosa
",.1t ornunidade verbal pergwúa 'como você se sente', em vez de 'por que causal.Contudo,deve,sebuscarno ambienteos eventos
ì'(r((; ,r(' st'n|e assim?' por que terá maior probabilidade de obter uma elesquetenhamtalrelaçãocom o comportamento em análise'
n'tlttxltt. T'ira vantagem da informação disponível, mas deve culpar só a não são
Finalizando, pensamentos,regras' auto-regÍase sentimentos-
tt 1tni1t1i11.st'não houver outros típos de informução ao dispor (p'187-
osantecedentespriorizados.Elespodemserantecedentesquandoháalguma
Por exemplo' quando o
evidência de que participaram da contingência'

81
86
Sottt^ Mt,yt,tr
Pp.nrsrnosPessos

ou processode tomadade decisãode uma pessoativer inflr


llcrÌiiiilncllt()
rlr'ctirrrrcnlca açãosubseqüente. Finalizando, a aniílise funcional ou a avaliaçãofuncional (termo preferido
Nestecaso,há uma relaçãoresposta*4
l).r'cs podcm ser consideradasantecedentes no casoem que não é feita uma análiseexperimental) é o instrumentobásico de
quando eliciarem respof
Mctkr,prlr suavez.não seriaconsiderado trabalho de qualquer analista de comportamento. É sua tarefa identificar
um antecedente, e sim um int
tlir cxislônciade um estímuloaversivo. \ contingênciasque estãooperandoe inferir quais asque possivelmenteoperarÍÌm
no passado,ao ouvir a respeito ou observar diretamentecomportamentos.Ele
pode também propor, criar ou estabelecerrelações de contingêncía para
3. | | istória de vida não é antecedente
desenvolverou instalar comportamentos,alterar padrões,assim como red.ozir,
Devemosevitar confirndir história de vida e antecedentes.Antecedente enfraquecerou eliminar comportamentosdos repertórios dos indivíduos.
tcrn sido entendido como a ocasiãoem que a respostaocoÍTee não como ..atos Mudanças no comportamento só se dão quando ocorrem mudanças nas
c Íìrkls anteriores de uma pessoaque permitem julgar sua conduta presente" contingências.Por isso,a análisefuncional é fundamentalsempreque o objetivo
( l)icionário Michaelis eletrônico). Isto não quer dizer que apesquisaaã nistoria sejao de predição ou controle do comportamento.Entretanto,estanão tem sido
dc vicJanão seja relevante, apenasque os dados obtidos não são aqueles que uma tarefa fácil, especialmentequando elanão é desenvolvidacom os controles
correspondem ao primeiro termo da contingência de três termos. variáveis experimentaispossíveisnolaboratório(Meyer,1997,1998). Mas, de acordocom
históricas podem ser importantes, se elas levam à identificação de variáveis Skinner(1974),a objeçãofeitaauma análisefuncional completa,a de que ela não
contemporâneasque afetam o comportamento e são controláveis. o pode ser levada a efeito, é que ela ainda não foi levada a efeito. Ele disse que o
conher;imento da história nos dá informações sobre a maneira pela qual o comportamentohumano é talvez o mais dificil de ser estudadopelos métodos
indiví<luotende a se comportar em função da aprendizageme dos esquemasde científicos, mas que a complexidadenão nos deveria desanimar.
rcÍìrrçamentoa que foi submetido.
Relaçõescomportamento-comportamento: A análisedos antecedentes RnrsnÊNcrl,s
c consrlqüentesé, em grandeparte, análisede relaçõesordenadasentrevariáveis
arnbientais e o oomportamento de interesse. Entretanto, já foi levantada a Albuquerque,L. C. (2001).Definiçõesde regras.In H. J. Guilhardi,M. B. B. P.
possibilidade de haver relações entre o comportamento de interessee ouffos Madi, P. P. Queiroz & M. C. Scoz (Orgs.), Sobre Comportamentoe Cognìção.
çotnpOftamentosexistentes no caso das auto-regras e dos comportamentos Expondo a Variabilidade, v.7 @p.132-laQ. Santo André: ESETec Editores
cncobentos.Paraidentificar relaçõescompoÉamento-*omportamento, algumas Associados.
pcrguntaspodem serúteis: "Existem outros comportamentosque ocoffem antes
do conrportamentode interesse?Suarelaçãocom o Çomportamentode interesse Banaco,R. A. ( 1999).O acessoa eventosencobertosna pútica clínica: um fim ou um
ó de necessidade(pré-requisitos),de facilitação, ou sãoocorrênciasacidentais?" meto? Revista Brasileira de Tërapia Comportamental e Cognitiva, l(2).
(Matos,1999b,p.16).
Banaco,R. 4., Zamignani, D. R., & Kovac. R. (1997). O estudode eventos
como último aspectoa ser considerado,é importante ressaltarque a privados atravésde relatos verbais de terapeutas.In R. A. Banaco (Org.), Sobre
análisefuncionalesüiintimamenterelacionadaà intervenção,dadoque ela fornece
Comportamento e Cognição, v. l, cap. 30. Santo André: ESETec Editores
condíçõespara seuplanejamento.Inclusive, o sucessode uma intervençãoque
Associados.
Íìri baseadaem predições possibilitadas pela análise funcional tem sido
cunsicleradaum teste desta. Analistas do comportamento preconizam que a Baum, W M. (1999). Compreendero behaviorismo: ciência, comportamentoe
sclcçãodo tratamentoseja feita çom basena análise da função, ou da provável cultura. (Trads. M. T. A. Silva, M. A. Matos & G. Y Tomanari.) Porto Alegre:
íirrrçã<ldo comportamento. Neste sentido é que a aplicação de técnicas Artmed. (Trabalhooriginal publicado em 1994.)
tlissociadas cleuma análisefuncionalnão é vista com bonsolhospelosanalistas
tlo comportamento. Sem entrar em detalhes sobre como se pode derivar um Catania,A. C. (1999). Aprendizagem: comportamento,linguagem e cogníção.
lrrlnm$nto a partir da análisefuncional, podemosdizer que a intervençãopode Porto Alegre: Artrned.
re rlur iro se propor novas contingênciasou ao se ensinar o cliente a conduzir
Costa, N. (2002). Tërapia analítico-comportamental: dosfundamentosfilosóficos
tuttdt
l isçs í Lrncionaìs.
à relação com o modelocognitivista.SantoAndré: ESETecEditoresAssociados.

88
89
S o N ti r Mt,r'ti l Plssos
Pruvrpmos

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